Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Maria Teresa Patrocinio Souza Universidade Federal de Juiz de Fora 2° período Casos Clínicos - Laboratório de Habilidades Clínicas II (LHC ) Um homem de 50 anos comparece à consulta com queixa de paraparesia. Descreva como o exame físico deste paciente pode diferenciar uma “síndrome do neurônio motor superior” de uma “síndrome do neurônio motor inferior”. O exame físico de um paciente com queixa de paraparesia inclui: avaliação de força muscular, reflexo motor, clônus e tônus, sendo necessário pesquisar bilateralmente tanto nos membros inferiores (afetados) quanto nos membros superiores para confirmar a hipótese diagnóstica. Em caso de síndrome do neurônio motor superior, o paciente poderá apresentar paresia; hiperreflexia, clônus, tônus aumentando, além de sinal de Babinski. Em caso de síndrome do neurônio motor inferior, o paciente poderá apresentar paresia, hiporreflexia ou arreflexia e hipotonia. Uma mulher de 55 anos comparece à consulta com queixa de “tonteira”. Descreva, em no máximo 10 linhas, como a entrevista desta paciente pode direcionar a interpretação da causa da “tonteira”. A entrevista será fundamental para determinar a causa da tonteira da paciente. Assim, realizam-se perguntas separadas de cada tipo possível para evitar vieses, esperando uma resposta da paciente se ela sente algum dos sintomas. Para avaliar vertigem, deve-se perguntar se a paciente tem a sensação que está tudo rodando ao seu redor ou seu corpo rodando em relação ao ambiente. Para avaliar pré-síncope, deve-se perguntar se ela sente que vai desmaiar, se a visão fica escurecida, se sente tal sensação ao se levantar bruscamente. Para avaliar distúrbios neurológicos, deve-se verificar se ela tem desequilíbrio ao andar. Por fim, para avaliar se a causa é psiquiátrica, pergunta-se da sensação de "cabeça vazia" ou "cabeça fora do corpo". No exame físico de um paciente com queixas motoras é fundamental a avaliação do tônus. Descreva os achados que podem ser observados nesta avaliação com as alterações anatomoclínicas correspondentes. Em uma avaliação de tônus muscular, pode-se encontrar os seguintes achados: hipotonia, hipertonia no padrão espasticidade ou rigidez ou paratonia. Na hipotonia ocorre lesões Maria Teresa Patrocinio Souza Universidade Federal de Juiz de Fora 2° período cerebelares ou neurônio motor inferior, fazendo com que no exame físico os membros percam a resistência normal e fiquem flácidos; paciente pode apresentar uma marcha atáxica ou escarvante; pode indicar uma Síndrome de Guillain - Barré, lesões medulares ou AVC. Na hipertonia padrão espasticidade ocorre lesões no neurônio motor superior e as manifestações anatomoclínicas se mostram para os movimentos de extensão no MMSS e flexão no MMII; paciente pode ter marcha ceifante ou em tesoura; pode indicar um AVC em fases tardias ou crônicas. Na hipertonia padrão rigidez ocorre lesões dos núcleos da base e das vias extrapiramidais e a resistência é encontrada para todos os movimentos, não se alterando com a mudança de velocidade; comum na doença de Parkinson. Por fim, na paratonia ocorre lesões cerebrais difusas e encontra-se uma hipertonia ao toque e, assim, durante o exame, pode aparecer uma perda súbita do tônus que facilita o movimento ou um aumento súbito que dificulta o movimento; comum em doenças degenerativas como demência. Um paciente comparece à consulta com queixa de ptose palpebral à direita. Descreva como o exame físico pode diferenciar um comprometimento do III nervo craniano ou do simpático cervical. Se a ptose palpebral do paciente for acompanhada de miose (pupila contraída), indica um comprometimento do SNA simpático cervical. Se a ptose, no entanto, for acompanhada de midríase (pupila dilatada), indica um comprometimento do nervo oculomotor (III). Durante o exame físico, pode-se complementar a avaliação com os seguintes testes: 1- Reflexos foto motor direto e indireto: utiliza-se uma lanterna médica, a resposta esperada é a contração das pupilas (miose), e por isso, em caso de ausência do reflexo, há comprometimento do III par craniano; 2- Reflexo de acomodação: solicita-se ao paciente que olhe para o fundo da sala e, então, coloca-se um objeto na linha mediana de frente a ele. A resposta esperada é a miose e sua ausência indica danos no III par craniano; 3- Pesquisa dos movimentos oculares conjugados: paciente irá apresentar um estrabismo divergente no exame físico em caso de comprometimento do III par.
Compartilhar