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APOTILA ESPAÇO CONFINADO

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Seja bem Vindo! 
 
 
Curso NR 33 – Segurança e 
Saúde nos Trabalhos em 
Espaço Confinados 
 
CursosOnlineSP.com.br 
 
Carga horária: 60 hs 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conteúdo programático: 
Introdução a NR 33 
Objetivo e Definição 
Trabalhos Realizados em Espaços Confinados 
Riscos Presentes nos Trabalhos Realizados em Espaços 
Confinados 
Responsabilidades do Empregador 
Responsabilidades dos Trabalhadores 
Gestão da Saúde 
Medidas Técnicas de Prevenção de Acidentes e Sinistros 
Medidas Administrativas de Prevenção de Acidentes e Sinistros 
Medidas Pessoais de Prevenção de Acidentes e Sinistros 
Capacitação para Trabalhos em Espaços Confinados 
Emergência e Salvamento 
Disposições Gerais 
Anexo I - Sinalização 
Anexo II - Permissão de Entrada e Trabalho – PET 
Anexo III - Glossário 
Bibliografia 
 
 
Introdução a NR 33 
 
Esta norma estabelece os requisitos mínimos para identificação de 
espaços confinados e o reconhecimento, avaliação, 
monitoramento e controle dos riscos existentes, de forma a garantir 
permanentemente a segurança e saúde dos trabalhadores que 
interagem direta ou indiretamente nestes espaços. 
Podemos deixar mais claro estes riscos classificados em: riscos 
geométricos, de acesso e de atmosfera. 
 
"Espaço confinado é qualquer área ou ambiente não projetado 
para ocupação humana contínua, que possui meios limitados de 
entrada e saída, a ventilação existente é insuficiente para 
remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou 
enriquecimento de oxigênio." 
 
Riscos geométricos em verde 
 
Riscos de acesso em amarelo 
 
Riscos de atmosfera em rosa. 
 
Vamos marcar ao longo do curso algumas frases como no exemplo 
acima para que o aprendizado seja mais fácil para a compreensão 
de cada risco. 
Além da norma regulamentadora do Ministério do Trabalho e 
Emprego, existe também outras duas normas da ABNT que tratam 
especificamente sobre espaços confinados, são elas: 
- ABNT NBR 14606 - Postos de serviço - Entrada em espaço 
confinado. 
- ABNT NBR 14787 - Espaço confinado - Prevenção de acidentes, 
procedimentos e medidas de proteção. 
 
Define espaço confinado como qualquer área não projetada para 
ocupação humana contínua, a qual tem meios limitados de entrada e 
saída e na qual a ventilação existente é insuficiente para remover 
contaminantes perigosos e/ou deficiência/enriquecimento de 
oxigênio que possam existir ou desenvolver. 
 
 
Objetivo e Definição 
 
 
33.1.1 Esta Norma tem como objetivo estabelecer os requisitos mínimos para 
identificação de espaços confinados e o reconhecimento, avaliação, 
monitoramento e controle dos riscos existentes, de forma a garantir 
permanentemente a segurança e saúde dos trabalhadores que interagem direta 
ou indiretamente nestes espaços. 
 
33.1.2 Espaço Confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para 
ocupação humana contínua, que possua meios limitados de entrada e saída, cuja 
ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes ou onde possa 
existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio. 
 
Onde encontramos espaços confinados? A seguir uma lista com 
uma pequena amostra de onde podemos encontrar: 
Na indústria: 
 
- Indústria de papel e celulose: Misturadores, digestores, fornos, 
silos de cavacos. 
 
- Indústria gráfica: Tanques de tinta ou solvente. 
 
- Indústria alimentícia: Câmaras frias, fornos, extratores, tanques 
de aquecimento ou cozimento. 
 
- Indústria da borracha, couro e têxtil: Caldeira a vapor, calandras, 
ramas, tanques de químicos. 
 
- Indústria naval e operações marítimas: Tanques de combustível, 
porões, compartimentos fechados. 
 
- Indústrias químicas e petroquímicas: Reatores, coluna de 
destilação, torre de resfriamento, tanques de armazenamento, 
precipitadores 
 
 
 
Na área de serviços: 
 
- Serviços de gás: Tubulões e dutos. 
 
- Serviços de água e esgoto: Fossas, tubulões. 
 
- Serviços de eletricidade e telefonia: Tubulões e caixas 
subterrâneas. 
 
 
Outras áreas: 
 
- Construção civil: Caixões, tubulões, buracos, valas, escavações. 
 
- Beneficiamento de minérios: Fornos, tubulões. 
 
- Siderúrgicas e metalúrgicas: Fornos, tanques, tubulões. 
 
- Agricultura e agronegócio: Silos, moegas, poços de elevadores, 
transportadores fechados, tanques para armazenagem de 
fertilizantes, etc. 
 
Mais algumas definições aplicadas: 
 
OSHA: define espaço confinado como área grande o suficiente a 
ponto de permitir que o trabalhador realize seu trabalho, com meios 
limitados ou restritos para entrada e saída; não sendo desenhada 
para a ocupação humana; com configuração interna capaz de causar 
claustrofobia ou asfixia, podendo apresentar riscos atmosféricos e 
agentes contaminantes agressivos à saúde e à segurança. 
 
NIOSH (1997): define espaço confinado como um espaço que 
apresenta passagens limitadas de entrada e saída, ventilação natural 
deficiente que contém ou produz perigosos contaminantes do ar e 
que não é destinado para ocupação humana contínua. 
NIOSH criou ainda uma classificação de três classes, determinando 
o risco em cada um deles: 
 
Espaços Classe A – são aqueles que apresentam situações que são IPVS. Incluem os 
espaços que têm deficiência em 02 ou contêm explosivos, inflamáveis ou atmosferas 
tóxicas. Imediatamente perigoso para a vida - requer procedimentos de resgate com 
mais de um indivíduo completamente equipado com equipamento de ar mandado - 
manutenção de comunicação necessária e um vigia adicional fora do espaço confinado: 
-OXIGÊNIO - Percentual < 16% (122 mmHg) ou > 25% (190mmHg) 
-INFLAMABILIDADE - 20% ou mais do L.I.E. 
-TOXICIDADE - IDHL (IPVS) 
 
Espaços Classe B – não apresentam perigo para a vida ou a saúde, mas têm o 
potencial para causar lesões ou doenças se medidas de proteção não forem usadas. 
Perigoso, mas não imediatamente ameaçador - requer procedimentos de resgate com 
um indivíduo completamente equipado com equipamento de ar mandado - visualização 
indireta ou comunicação frequente com os trabalhadores : 
-% DE OXIGÊNIO - 16.1 a 19,4 (122 mmHg - 149 mmHg) ou 21.5 a 25 (163 mmHg - 
190 mmHg) 
 
-INFLAMABILIDADE - 10% a 19% do L.I.E. 
 
-TOXICIDADE - Maior que o limite de contaminação Menor que o valor IDHL (IPVS) 
 
Espaços Classe C – são aqueles riscos existentes que são insignificantes, não 
requerendo procedimentos ou práticas especiais de trabalho. Riscos potenciais - não 
requer modificações nos procedimentos de trabalho - procedimentos de resgate 
padrões - comunicação direta com os trabalhadores, de quem está fora do espaço 
confinado : 
 
-% DE OXIGÊNIO - 19.5 a 21.44 (148 mmHg - 163 mmHg) 
 
-INFLAMABILIDADE - 10% do L.I.E. ou menos 
 
-TOXICIDADE - Menor que o limite de contaminação estabelecido pelo CFR 29 
 
Nem sempre é fácil reconhecer o que pode ser ou não um espaço confinado. Um 
exemplo prático são tanques abertos; eles podem ser considerados como espaços 
confinados, pois a ventilação natural inexiste, o potencial de acúmulo de fontes 
geradoras ou de escape de gases torna a atmosfera perigosa. Para reconhecermos um 
espaço confinado, é preciso conhecer o potencial de risco de ambientes, processos, 
produtos, etc. Porém o mais sério risco se concentra na atmosfera do ambiente 
confinado. 
 
Trabalhos Realizados em Espaços Confinados 
 
Podemos citar alguns exemplos de trabalhos realizados em 
espaços confinados, dentre eles: 
- Obras de Construção Civil: Limpeza e remoção de lodos, 
resíduos e outros dejetos; 
 
 
 
- Manutenção de Equipamentos: Inspeção de equipamentos e 
condições internas; manutenção de tubulações abrasivas e 
aplicações de revestimentos; rosqueamento, revestimento, 
cobertura; 
 
 
 
- Reparo de Equipamentos: Leitura de manômetros e escalas, 
bússola, tabelas e outros indicadores; instalação, conserto e 
inspeção elétrica, telefones, fibras, cabos ópticos, soldagem; 
 
 
 
- Limpeza de Reservatórios: testes de redes de esgotos, petróleo, 
vapor e canos d’água; consertos, incluindo ajustes de 
equipamentos mecânicos,- Operações de Salvamento e Resgate: Resgate de trabalhadores 
que estão feridos ou não, conscientes ou não, dentro dos espaços 
confinados. 
 
 
 
 
Riscos Presentes nos Trabalhos Realizados em Espaços 
Confinados 
 
 
 
Vamos citar alguns riscos que quase sempre estão presentes para 
quem trabalha em ambientes confinados: 
Riscos Físicos: 
 
- Vibrações 
 
- Radiações 
 
- Umidade 
 
- Temperatura 
 
- Eletricidade 
 
- Ruídos 
 
- Pressões anormais 
 
Riscos Biológicos: 
 
- Vírus; 
 
- Bactérias; 
 
- Parasitas; 
 
- Fungos; 
 
- Animais peçonhentos 
 
Riscos Químicos: 
 
- Poeiras, névoas, gases e vapores; 
 
- Fumos metálicos 
 
- Diminuição do O2(oxigênio) e aumento do anidrido carbônico, 
gás metano e nitrogênio em processos de fermentação de 
materiais orgânicos por decomposição 
 
 
Riscos Mecânicos: 
 
- Iluminação Deficiente; 
 
- Ferramentas Defeituosas; 
 
- EPI´s inadequados; 
 
- Possibilidade de Explosões 
 
 
Riscos Ergonômicos: 
 
- Esforço; 
 
- Postura; 
 
- Fobia; 
 
Dentre os riscos mais graves e às vezes difíceis de se detectarem são os 
originários dos agentes químicos. Dentre os agentes químicos mais perigosos em 
ambientes confinados podemos destacar em especial os: 
Combustíveis (risco de explosão): 
 
- Metano(CH4) 
 
- Hidrogênio(H2) 
 
Tóxico (risco de envenenamento): 
 
- Monóxido de Carbono(CO) 
 
- Sulfeto de Hidrogênio (H2S) 
 
Asfixiante (risco de sufocamento): 
 
- Nitrogênio (N2) 
 
- Dióxido de Carbono (CO2) 
 
Além do mais, vale lembrar que para o Oxigênio (O2), o mínimo 
permissível para a respiração segura está em torno de 19,5% de 
O2. Concentração abaixo deste percentual pode causar problemas 
como: 
 
- Descoordenação (de 15 a 19% de O2), 
 
- Respiração difícil (de 12 a 14% de O2), 
 
- Respiração bem fraca (de 10 a 12% de O2), 
 
- Falhas mentais, inconsciência, náuseas e vômitos (de 8 a 10% 
de O2), 
 
- Morte após 8 minutos (de 6 a 8% de O2) e 
 
- Coma em 40 segundos (de 4 a 6% de O2). 
 
Oxigênio (O2): Devemos ter ciência que o enriquecimento de 
oxigênio torna o espaço confinado perigoso pois causa 
incrementos na faixa de explosividade dos gases combustíveis, 
propiciando queimas violentas (explosões rápidas). Assim nunca 
acenda maçaricos oxi-acetilênico, no interior de tanques ou outros 
espaços confinados, após a permissão, acenda-o do lado de fora 
e, adentre com o maçarico aceso e já regulado. 
 
Monóxido de Carbono (CO): Este gás não possui odor e nem cor e 
pode permanecer por muito tempo em ambientes confinados sem 
que o ser humano tome providências de ventilar ou exaurir o local 
e consequentemente, em caso de entrada nestes locais, podemos 
ter consequências danosas ao homem. Em concentrações 
superiores ao seu LIMITE DE TOLERÂNCIA, que é de 39 ppm irá 
ocorrer: 
 
- Dor de Cabeça (200 PPM); 
 
- Palpitação (1000 A 2000 PPM); 
 
- Inconsciência (2000 A 2500 PPM); 
 
- Morte (a partir de 4000 PPM). 
Sulfeto de Hidrogênio / Gás Sulfídrico (H2S): É um gás incolor, mais 
pesado que o ar, que forma uma mistura explosiva em contato com 
este, sendo altamente tóxico, tem cheiro de ovo podre em baixas 
concentrações, e é um dos piores agentes ambientais, pois em 
concentrações médias e acima, o sistema olfativo humano não 
consegue perceber e detectar a sua presença. 
Alguns exemplos de ambientes confinados onde são encontrados 
alguns dos agentes químicos acima citados: 
- Deficiência de Oxigênio (O2): Na grande maioria das 
circunstâncias 
 
- Enriquecimento de Oxigênio (O2): Presença de fonte de Oxigênio 
 
- Monóxido de Carbono (CO): Escapamento de motor, processos 
de combustão 
 
- Dióxido de Nitrogênio (NO2): Escapamento diesel, silos de grãos 
 
- Sulfeto de Hidrogênio (H2S): Esgoto, águas residuais, processos 
petroquímicos e celulose 
 
Valores seguros de gases sugeridos para entrada e trabalho em ambientes 
confinados: 
 
Substância Entrada Trabalho 
Oxigênio 20,9% >20,5 % 
Inflamáveis 0% do L.I.E. < 5% do L.I.E. 
Monóxido de Carbono 0 ppm < 25 ppm 
Dióxido de Nitrogênio 0 ppm < 1 ppm 
Sulfeto de Hidrogênio 0 ppm < 10 ppm 
 
 
Responsabilidades do Empregador 
 
Existem muitas responsabilidades caso a empresa possua atividades a serem 
realizadas em espaços confinados. Os trabalhadores expostos devem ser informados 
sobre a localização e os perigos por meio de sinalização; além disso devem ser 
adotadas medidas para impedir que trabalhadores não-preparados acessem ou 
trabalhem nestes espaços. Veja a seguir o que diz a norma quanto a este item. 
 
 
 
 33.2.1 Cabe ao Empregador: 
 
a) indicar formalmente o responsável técnico pelo cumprimento desta norma; 
b) identificar os espaços confinados existentes no estabelecimento; 
c) identificar os riscos específicos de cada espaço confinado; 
d) implementar a gestão em segurança e saúde no trabalho em espaços 
confinados, por medidas técnicas de prevenção, administrativas, pessoais e de 
emergência e salvamento, de forma a garantir permanentemente ambientes com 
condições adequadas de trabalho; 
e) garantir a capacitação continuada dos trabalhadores sobre os riscos, as 
medidas de controle, de emergência e salvamento em espaços confinados; 
f) garantir que o acesso ao espaço confinado somente ocorra após a emissão, por 
escrito, da Permissão de Entrada e Trabalho, conforme modelo constante no 
anexo II desta NR; 
g) fornecer às empresas contratadas informações sobre os riscos nas áreas onde 
desenvolverão suas atividades e exigir a capacitação de seus trabalhadores; 
h) acompanhar a implementação das medidas de segurança e saúde dos 
trabalhadores das empresas contratadas provendo os meios e condições para 
que eles possam atuar em conformidade com esta NR; 
i) interromper todo e qualquer tipo de trabalho em caso de suspeição de condição 
de risco grave e iminente, procedendo ao imediato abandono do local; e 
j) garantir informações atualizadas sobre os riscos e medidas de controle antes 
de cada acesso aos espaços confinados. 
 
O subitem “a” acima, especifica que o RESPONSÁVEL TÉCNICO é o “profissional 
habilitado para identificar os espaços confinados existentes na empresa e elaborar as 
medidas técnicas de prevenção, administrativas, pessoais e de emergência e resgate”. 
Se fizermos uma consulta na NR 4 (item 4.12), NR 29 (item 29.2.1) e NR 31 (item 31.6.2) 
chegamos à conclusão que aos Serviços Especializados em Segurança e Saúde do 
Trabalho compete: 
 
- “identificar e avaliar os riscos”; 
 
- “estudar e propor medidas preventivas e corretivas”; 
 
- “assessorar tecnicamente o empregador e os trabalhadores”; 
 
- “treinar e orientar os trabalhadores”; 
 
- “manter registros de ocorrências de acidentes”; 
 
- “elaborar programas de controle de emergência” 
 
- entre outros 
 
Apesar da extensa lista, as atribuições apontam para o SESMT, SESSTP e SESTR, não 
havendo em nenhuma destas NRs a determinação explicita da figura do 
PROFISSIONAL RESPONSÁVEL. Porém quando analisamos a Resolução do 
CONFEA nº 359, verifica-se que em seu artigo 4º (subitens 1 a 18), consta 
explicitamente o Engenheiro de Segurança do Trabalho como o PROFISSIONAL 
RESPONSÁVEL pelas atribuições previstas pela NR 33 para o RESPONSÁVEL 
TÉCNICO. 
 
Por ser uma responsabilidade do empregador imposta pela norma e uma atribuição 
inalienável do profissional, a indicação do RESPONSÁVEL TÉCNICO deve ser vista de 
certa formalidade, prevenindo desvios futuros e omissões e/ou responsabilizações 
indevidas. Assim, deve ser gerado um documento formal assinado pelo preposto da 
direção da empresa onde constarão, obrigatoriamente as seguintes cláusulas: 
 
- Local e data da nomeação; 
 
- Nome, cargo e função do responsável técnico nomeado; 
 
- Empresas ou estabelecimentos sob responsabilidade do responsável técnico; 
 
- Menção ao item 33.2.1 –“a” da NR 33 e Resolução CONFEA nº 359 – artigo 4º - 1 a 
18; 
 
- Atribuições do responsável técnico, que deverão abranger e limitar-se a: 
 
a) Identificação de Espaços Confinados na empresa; 
 
b) Antecipação e avaliação de risco e definiçãode medidas preventivas, corretivas e de 
emergência; 
 
c) Elaboração e revisão periódica de Programa de Prevenção de Acidentes em Espaços 
Confinados; 
 
d) Especificação e indicação de fornecedores de instrumentos de medição e 
equipamentos de proteção coletiva e individual; 
 
e) Elaboração e revisão periódica de procedimentos de trabalho e de segurança, em 
conjunto com a Supervisão das áreas e Supervisores de entrada; 
 
f) Elaboração e aplicação de programa de treinamento inicial e periódico para os 
Supervisores de entrada, Vigias e trabalhadores em espaços confinados; 
 
g) Auditoria de todo o sistema previsto no programa; 
 
h) Elaboração de relatórios periódicos sobre todo o sistema. 
 
Para as empresa que porventura sejam dispensadas da obrigatoriedade de contratação 
de Engenheiro de Segurança, é imprescindível ter um profissional na forma de 
consultoria e que a empresa contratante obtenha deste, toda a documentação 
pertinente, acompanhada da respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica – ART. 
 
 
 
Responsabilidades dos Trabalhadores 
 
 
33.2.2 Cabe aos Trabalhadores: 
a) colaborar com a empresa no cumprimento desta NR; 
 
b) utilizar adequadamente os meios e equipamentos fornecidos 
pela empresa; 
 
c) comunicar ao Vigia e ao Supervisor de Entrada as situações de 
risco para sua segurança e saúde ou de terceiros, que sejam do 
seu conhecimento; e 
 
d) cumprir os procedimentos e orientações recebidos nos 
treinamentos com relação aos espaços confinados. 
 
 
Gestão da Saúde 
 
Abordaremos neste capítulo alguns pontos específicos na gestão 
da saúde: 
 
Do ponto de vista médico, quem pode trabalhar em um espaço confinado? 
Todo trabalhador devidamente qualificado e que não apresente 
transtorno ou doença que possam ser desencadeados ou 
agravados durante a realização do trabalho em ambientes 
confinados. 
 
Quais são as condições físicas ideais que permitem ao trabalhador atuar em um 
espaço confinado? 
 
Ter boa condição física não é suficiente para o trabalhador 
desempenhar adequadamente o trabalho no espaço confinado. O 
trabalhador deve estar psicologicamente preparado para o 
trabalho nas condições especiais que representam o espaço 
confinado. Deve ter suficiente grau de instrução que o permita 
compreender o treinamento ministrado para o trabalho. 
Trabalhador analfabeto ou de baixa escolaridade representa risco 
potencial de acidente. E não raros são aqueles que se submetem 
a esse tipo de trabalho. 
 
Qual o limite de peso para que um trabalhador possa atuar num espaço 
confinado? 
Não existe uma norma legal que estabeleça uma regra. Depende 
do tipo de espaço confinado e das vias de acesso e saída. Sempre 
deve prevalecer o bom senso. Ninguém permitirá que um portador 
de obesidade mórbida, isto é, com Índice de Massa Corporal (IMC) 
acima de 40 kg/m2 trabalhe num local de difícil acesso ou saída. 
Alguns profissionais estabelecem como limite o IMC de 35 kg/m2. 
Outros mais exigentes estabelecem como limite o IMC igual ou 
superior a 30 kg/m2 (obesos de acordo com a Organização 
Mundial da Saúde). Nos trabalhadores com IMC em torno de 30 
kg/m2 deve ser considerada a influência da massa muscular, pois 
muitos trabalhadores atingem essa marca por conta do 
desenvolvimento da massa muscular e não de gordura corporal. 
 
Além da claustrofobia, que outros tipos de complicações impedem o trabalhador 
de entrar num espaço confinado? 
 
O excesso de peso; alergia respiratória como asma, rinite alérgica, 
pois necessitará usar muitas vezes máscara contra poeira, 
vapores e gases, ou suprimento de ar puro; doença cardiovascular 
como hipertensão arterial, arritmias cardíacas, insuficiência 
coronariana. Transtornos mentais e neurológicos como ansiedade, 
esquizofrenia, depressão, distúrbio bipolar, epilepsia, fobia de 
altura (acrofobia) e outras. Quaisquer doenças na fase aguda 
contraindicam o trabalho em espaços confinados desde uma gripe, 
sinusite, dermatoses e outras. 
 
Quais os riscos para a saúde no trabalho em espaço confinado? Existem riscos 
biológicos, como presença de animais como ratos e moscas? Que tipo de 
doenças eles podem transmitir? 
 
Existem riscos à vida e à saúde. A falta de oxigênio pode causar 
asfixia e morte. Antes disso, o trabalhador poderá ficar 
desorientado, confuso, agitado e inadvertidamente pensarão que 
estará tendo uma crise nervosa. Esses são sintomas de asfixia, 
como ocorre com uma pessoa que está se afogando. Outro risco 
é a presença de gás ou vapor tóxico, sendo muito comum se 
encontrar gás sulfídrico (H2S), aquele com cheiro de ovo podre. O 
H2S é muito comum nas galerias de esgoto, estações 
subterrâneas de energia elétrica e minas. Também o asfixiante 
simples, metano, pode ser encontrado nos espaços confinados 
deslocando o oxigênio. São produzidos pela decomposição da 
matéria orgânica. Várias doenças causadas por microrganismos 
(vírus, bactérias, helmintos e protozoários) podem ser adquiridas 
quando as regras básicas de proteção são desrespeitadas. A mais 
comum é a leptospirose, transmitida pela urina de rato 
contaminada pela bactéria Leptospira. Esta doença poderá causar 
a morte por hepatite aguda fulminante ou insuficiência renal aguda. 
Outra doença comum de ocorrer é a hepatite A, perfeitamente 
evitável com vacinação e medidas adequadas de proteção ao 
trabalhador. Várias infecções da pele podem ser causadas pelo 
contato com matéria orgânica infectada de micro-organismo. 
Todas evitáveis com o uso de equipamentos de proteção 
adequados. 
 
Que outros tipos de doenças se verificam com mais frequência nos trabalhadores 
de espaços confinados? 
 
São as doenças decorrentes dos produtos químicos usados na 
limpeza de tanques, reatores e outros equipamentos. O contato 
com a pele, mucosas e vias respiratórias pode causar desde 
irritação até intoxicações generalizadas. A inalação dos fumos das 
soldas ou a ação das radiações não-ionizantes procedentes do 
trabalho com solda e corte nesses ambientes também propiciam 
lesão na pele, olhos e vias aéreas. 
 
Por que elas ocorrem? 
 
Existem vários motivos. A má ventilação dos espaços confinados 
predispõe a diversas doenças respiratórias. A falta de 
Equipamento de Proteção Individual (EPI) ou o uso inadequado 
dos mesmos. A falta de higiene da pele e do EPI. O 
desconhecimento dos fatores de risco ou certo grau de 
negligência. 
 
 
 
Como tratá-las? 
 
O melhor tratamento é a prevenção. Cada caso deve ser tratado 
de acordo com sua especificidade. No caso de asfixia, o resgate 
deve ser imediato, a vítima deve ser colocada em local arejado, 
sem substâncias tóxicas, e ser adequadamente ventilada com 
oxigênio e a seguir removida para o serviço médico da empresa ou 
hospital. Quando houver contaminação do vestuário, este deve ser 
substituído imediatamente para que seja evitado o contato com a 
pele. Em caso de contato cutâneo, deve-se providenciar a imediata 
remoção da substância tóxica da pele. 
 
Como preveni-las? 
O trabalhador necessita ser adequadamente informado dos fatores 
de riscos existentes no espaço confinado e, principalmente, 
compreender a natureza desses riscos e como enfrentá-los. Deve 
conhecer bem a razão para usar os equipamentos de proteção 
individual, os procedimentos de comunicação com o observador 
(vigia) e o sistema de resgate em caso de alguma anormalidade. 
Trabalhadores sem boas condições físicas e psíquicas não devem 
trabalhar nos ambientes confinados. 
 
Que tipo de sequelas a ocorrência de acidentes ou de doenças em espaços 
confinados pode deixar no trabalhador? 
Dependerá do tipo de acidente. Por exemplo, queda de andaimes 
ou de escadas utilizadas no interior do espaço confinado pode 
causar lesão e sequelas dos ossos e articulações. Traumas 
cranianos poderão provocar lesões neurológicas. A asfixia por falta 
de oxigênio poderá causar sequelas motoras ou cognitivas. 
 
Um bom sistema de intercomunicação e resgate pode minimizar complicações em 
espaços confinados? 
Sim, é fundamental elaborar um bom sistema deintercomunicação 
e resgate. Quanto mais tempo se perder no resgate, maiores serão 
as chances de complicações. 
 
Com que frequência se deve fazer os exames médicos nos trabalhadores dessa 
área? 
Dependerá do tipo do local onde trabalham e dos fatores de riscos 
presentes. De acordo com a NR 7 - Programa de Controle Médico 
de Saúde Ocupacional, nas atividades consideradas insalubres, a 
periodicidade do exame deve ser semestral. Agora é muito 
importante o trabalhador ser perguntado sempre que for adentrar 
no espaço confinado se está em condições de exercer a atividade. 
A aptidão é pontual. No exame periódico, poderá estar apto, mas 
o surgimento de uma doença aguda após a realização do exame 
incapacitará o trabalhador para o exercício da atividade. Daí a 
necessidade de o trabalhador ser perguntado sobre o seu estado 
de saúde antes de ingressar no espaço confinado. Essa 
sistemática deve ser feita rotineiramente pelo supervisor do 
trabalho ou pelo observador (vigia). 
 
Existem vacinas a serem aplicadas nos trabalhadores de espaços confinados? 
Os trabalhadores em geral deveriam obrigatoriamente ser 
vacinados contra o tétano. Os que forem trabalhar em locais com 
material biológico deveriam ser vacinados contra a hepatite A e, 
por extensão, contra a hepatite B. Esses também deveriam 
receber no início do outono a vacina antigripal. Outras vacinas 
dependeriam da realidade epidemiológica da região onde os 
trabalhos serão realizados. Por exemplo, aqueles que 
necessitarem trabalhar na região onde a febre amarela é endêmica 
também deveriam receber a vacina contra essa doença pelo 
menos 10 (dez) dias antes de irem para o local de trabalho. 
 
 
 
Medidas Técnicas de Prevenção de Acidentes e Sinistros 
 
33.3.1 A gestão de segurança e saúde deve ser planejada, programada, 
implementada e avaliada, incluindo medidas técnicas de prevenção, medidas 
administrativas e medidas pessoais e capacitação para trabalho em espaços 
confinados. 
 
33.3.2 Medidas técnicas de prevenção: 
 
 a) identificar, isolar e sinalizar os espaços confinados para evitar a entrada de 
pessoas não autorizadas; 
 
b) antecipar e reconhecer os riscos nos espaços confinados; 
 
c) proceder à avaliação e controle dos riscos físicos, químicos, biológicos, 
ergonômicos e mecânicos; 
 
d) prever a implantação de travas, bloqueios, alívio, lacre e etiquetagem; 
 
e) implementar medidas necessárias para eliminação ou controle dos riscos 
atmosféricos em espaços confinados; 
 
f) avaliar a atmosfera nos espaços confinados, antes da entrada de trabalhadores, 
para verificar se o seu interior é seguro; 
 
g) manter condições atmosféricas aceitáveis na entrada e durante toda a 
realização dos trabalhos, monitorando, ventilando, purgando, lavando ou 
inertizando o espaço confinado; 
 
h) monitorar continuamente a atmosfera nos espaços confinados nas áreas onde 
os trabalhadores autorizados estiverem desempenhando as suas tarefas, para 
verificar se as condições de acesso e permanência são seguras; 
 
i) proibir a ventilação com oxigênio puro; 
 
j) testar os equipamentos de medição antes de cada utilização; e 
 
k) utilizar equipamento de leitura direta, intrinsecamente seguro, provido de 
alarme, calibrado e protegido contra emissões eletromagnéticas ou interferências 
de radiofrequência. 
 
Os especialistas estimam que 85% dos acidentes envolvendo espaço confinado 
poderiam ser evitados se no local e/ou na atividade tivessem sido identificados os riscos. 
Por isso, o empregador deve avaliar a existência de espaços confinados, para que 
sejam identificados através de sinalização de advertência e barreiras de proteção. 
 
- É da responsabilidade do empregador treinar os trabalhadores informando sobre os 
riscos e mecanismos de controles a serem estabelecidos para a realização de atividades 
em espaços confinados. 
 
- Muitos acidentes graves ocorrem simplesmente porque os procedimentos internos não 
previam controles preventivos, entre eles a permissão para trabalho e/ou permissão de 
entrada com monitoramento das condições ambientais. 
 
 
 
 
Relacionamos a seguir às principais causas de morte em espaços confinados: 
 
a) Espaço confinado não-reconhecido: O local não é reconhecido e/ou identificado como 
um espaço confinado; 
 
b) Confiança nos sentidos: Os riscos, às vezes, são imperceptíveis ao sentido natural 
das pessoas, não se pode ver ou sentir, como, por exemplo, a presença de gases inertes 
como o nitrogênio e o argônio; 
 
c) Subavaliação dos riscos: As pessoas acreditam que podem entrar e sair do local sem 
serem afetadas pelos riscos do ambiente, não possuem a percepção da rapidez com 
que podem ser surpreendidas por uma atmosfera mortal e serem sepultadas vivas; 
 
d) Baixa percepção de risco: Duvidam que o acidente aconteça após a entrada no 
espaço e simplesmente ignoram os procedimentos de segurança; 
 
e) Resgate de pessoas: Muitos socorristas sem treinamento geralmente morrem junto 
com a vítima nestas situações. 
 
Uma vez identificado e estabelecida a classe (“a”, “b” ou “c”), cada espaço confinado 
deve receber uma sinalização nos moldes da figura constante no anexo 1 da NR 33. 
Complementando a sinalização, pode ser acrescido um número de identificação, a 
classe e a frase “Não Entre sem Permissão do Responsável”. 
 
A antecipação, reconhecimento e análise dos riscos pode ser feita na forma de uma 
planilha contendo uma matriz para cada equipamento onde constará no mínimo o 
seguinte: 
 
- Etapa da tarefa ou atividade; 
 
- Perigos identificados; 
 
- Causa provável; 
 
- Efeito esperado; 
 
- Medida de controle. 
 
 
Na fase de antecipação, reconhecimento, análise e recomendação de controle devem 
ser previstos os riscos, mecânicos, elétricos, químicos, físicos e ergonômicos. Uma 
forma prática para identificar os riscos de uma atividade em espaços confinados é a 
divisão de todo o trabalho em grandes blocos, tais como: abertura das bocas de visitas; 
entrada e inspeção visual; montagem de sistemas de iluminação e andaimes; 
preparação de soldas para inspeção; inspeção de soldas; correção de defeitos; 
colocação de material; limpeza; interrupção de atividades; retirada dos materiais e 
equipamentos; fechamento das bocas de visitas; entrega do serviço. 
 
Para cada bloco ou etapa, devem ser feitas as seguintes perguntas: As pessoas podem: 
 
- bater contra algo que cause ferimento? 
 
- ser atingidas por algo que cause ferimento? 
 
- ficar presas dentro, sobre ou entre objetos que causem ferimento? 
 
- cair no mesmo nível ou em níveis diferentes? 
 
- entrar em contato com temperaturas extremas – produtos quentes, fogo etc.? 
 
- entrar em contato com corrente elétrica? 
 
- Inalar, absorver, engolir substância perigosa – tóxica, irritante, asfixiante? 
 
- sofrer sobrecarga muscular ao levantar, abaixar, puxar, empurrar, alcançar? 
 
Para cada resposta “sim” deve ser definida uma ou várias ações de controle. As 
condições de projeto, das instalações, dos processos e produtos utilizados, bem como 
as práticas adotadas para o trabalho que está sendo analisado, podem apresentar riscos 
já evidentes e outros que serão criados em diferentes etapas. 
Dentre os riscos mais comuns, atenção especial deve ser dada ao seguinte: 
 
- Solventes utilizados para inspeção ou limpeza, tais como: líquido penetrante, 
removedor, revelador, solventes de tintas e outros, mesmo em pequenas quantidades, 
podem evaporar no interior de espaços confinados criando atmosferas tóxicas e/ou 
inflamáveis; 
 
- Do mesmo modo, tintas e solventes ou gases para corte e solda, quando usados ou 
deixados dentro de espaços confinados podem evaporar e criar atmosferas tóxicas e/ou 
explosivas; 
 
 
- Ácido Clorídrico, utilizado para limpeza de chapas de aço pode reagir com o Sulfeto 
de Ferro, presente como resíduo em tanques, por exemplo, liberando Sulfeto de 
Hidrogênio (H2S), que é um gás altamente tóxico e inflamável; 
 
- Enxofre ou Sulfeto de Hidrogênio, em contato com chapas de ferro pode produzir 
Sulfeto de Ferro que,quando exposto ao ar, reage com o Oxigênio elevando a 
temperatura podendo inflamar materiais combustíveis, devendo, portanto, ser mantido 
coberto com água ou outro meio que impeça o contato com o ar; 
 
- Mangueiras utilizadas para insuflação de ar para dentro de espaços confinados, 
principalmente para suprimento de equipamento de respiração pessoal, devem ser 
limpos previamente e testados fora do espaço confinado, uma vez que podem conter 
resíduos de materiais tóxicos ou asfixiantes remanescentes de utilizações anteriores. 
Além disso, estas mangueiras devem transitar por locais onde não seja possível a 
entrada acidental de produtos tóxicos, estrangulamento ou ruptura durante o uso; 
 
- O ar utilizado para suprimento de sistemas de proteção respiratória deve ser captado 
em local onde seja assegurado que o compressor ou ventilador não aspire gases de 
combustão ou outras substâncias tóxicas ou asfixiantes para as pessoas; 
 
- Equipamentos de proteção respiratória filtrante não asseguram o suprimento de ar, 
razão pela qual não devem ser utilizados em espaços confinados onde sejam possíveis 
altas concentrações de contaminantes e/ou deficiência de oxigênio; 
 
- Tanques que permaneceram fechados por muito tempo podem conter baixa 
concentração de oxigênio, uma vez que o processo de oxidação das chapas metálicas 
consome o oxigênio na reação com o ferro formando o óxido de ferro; 
 
- Resíduos de matéria orgânica, como açúcares, vinhaça, ou mesmo água bruta com 
alta carga de resíduos orgânicos, podem desenvolver processos fermentativos que 
resultam na produção de Metano,(inflamável e asfixiante), Sulfeto de Hidrogênio (tóxico 
e inflamável) ou Dióxido de Carbono (asfixiante); 
 
- Ácidos fortes em contato com chapas de aço carbono de tanques reagem liberando 
Hidrogênio que pode ficar acumulado e entrar em combustão durante trabalhos a 
quente; 
 
- Grande quantidade de pessoas dentro de espaços confinados de dimensões limitadas 
pode provocar a redução da concentração de oxigênio, devido seu consumo, e a 
elevação da de Dióxido de Carbono, devido a exalação deste gás, decorrente do 
processo metabólico do organismo das pessoas; 
 
- Insuflação de oxigênio para “melhorar o ar” dentro de espaços confinados pode 
enriquecer a atmosfera aumentando o potencial de inflamabilidade dos materiais ali 
presentes, principalmente óleos, tecidos e até os cabelos das pessoas; 
 
- Tanques de armazenamento ou de consumo dos veículos retêm líquidos e gases na 
camada de óxido de ferro interna e nos poros do metal das chapas e que continuam 
evaporando e formando misturas explosivas, mesmo após esvaziados. A remoção total 
dos combustíveis, principalmente os não solúveis em água, como gasolina, diesel e 
solventes, só é conseguida com a ventilação forçada ou a passagem de vapor saturado 
por várias horas; 
 
- O uso de válvulas simples, chaves de comando de circuitos elétricos desligados, 
fusíveis retirados, colocação de etiquetas de advertência, embora aparentemente 
seguros e muito utilizados, jamais devem ser considerados como bloqueio confiável, 
uma vez que podem ser operados acidentalmente. O único bloqueio admitido como 
seguro é a desconexão de tubos ou colocação de flange cega ou raquete, ou ainda 
válvulas duplas com dreno intermediário com diâmetro igual ao da tubulação bloqueada, 
e colocação de cadeados individuais em todas as válvulas, chaves, comportas etc.; 
 
- Equipamentos e ferramentas manuais com acionamento elétrico devem ser 
alimentados por circuito com proteção de corrente de fuga do tipo “FI” ou 
“DR”(ELÉTRICA); 
 
- Atenção especial deve ser dada aos resíduos e efluentes gerados no serviço em 
questão; 
 
- Por tratar-se de condições especiais, as pessoas que serão empregadas em trabalhos 
em espaços confinadas devem ser selecionadas por especialista da área médica e 
receber treinamento específico. Toda a documentação relativa ao controle médico, bem 
como o treinamento, deve ser conservada por tempo indeterminado; 
 
- Finalmente, deve ser preparado um plano de intervenção para a hipótese de uma falha 
nas prevenções previstas, notadamente quanto ao socorro de pessoas e combate a 
incêndio; 
 
Com relação aos sistemas de bloqueio e etiquetagem, previstos no item 33.3.2 acima, 
é importante destacar que devem ter um mínimo de planejamento para garantir que 
funcionem. Para tanto é necessário o seguinte: 
- Identificação de todos os pontos de bloqueio que serão necessários para isolamento 
de cada espaço confinado – válvulas, flanges, chaves, disjuntores, comportas etc; 
 
- Análise do modo de falha de cada tipo de bloqueio, previsão e instalação de meios 
físicos ou implantação de procedimento de trabalho; 
 
- Definição dos tipos e quantidades de cadeados e etiquetas; 
 
- Aquisição dos cadeados e etiquetas, em quantidade para uso inicial mais um 
percentual para as reposições que ocorrerão ao longo do tempo; 
 
- Preparação dos pontos para instalação dos cadeados em chaves, válvulas, painéis 
elétricos etc; 
 
- Criação de regra de procedimento para instalação, retirada e/ou violação de cadeados 
e etiquetas. 
 
Para a avaliação inicial e o monitoramento previstos no item 33.3.2 acima, devem ser 
especificados e adquiridos instrumentos que possuam aprovação para áreas 
classificadas e que atinjam níveis de precisão de resposta compatíveis com a 
necessidade. Como os sensores dos medidores de gases tóxicos, combustíveis e 
oxigênio sofrem alterações e desgastes ao longo do tempo, devem ser previstas e 
realizadas calibrações periódicas e aferição anual, com substituição das partes 
desgastadas. Espaços confinados onde é esperada a variação na concentração de 
oxigênio, gases tóxicos ou inflamáveis durante o tempo de permanência de pessoas, é 
indispensável o emprego de monitoradores dotados de sensores específicos e sistema 
de alarme sonoro, visual e vibratório e que deve ficar preso ao corpo das pessoas que 
permanecem na posição de maior risco. 
Com relação ao monitoramento contínuo, da forma como está redigido o item 33.3.2 “h” 
acima, parece estar implícito que qualquer espaço confinado exigirá tal providência. Por 
outro lado, é preciso considerar que, se a análise preliminar de risco e as avaliações 
feitas antes da emissão da permissão de entrada e trabalho indicarem que não haverá 
a possibilidade de ocorrer a presença de contaminantes perigosos, vapores inflamáveis 
e/ou combustíveis, nem deficiência ou excesso de oxigênio, o monitoramento contínuo 
poderá ser dispensado. Na tabela a seguir é apresentado um roteiro de decisão, em 
função da classe do espaço. 
 
ITEM CLASSE A CLASSE B CLASSE C 
 
1 Teste de Gás Inicial X X X 
2 Monitoramento X O O 
 
X = Exigido; O = Definido por Pessoa Qualificada 
 
33.3.2.1 Os equipamentos fixos e portáteis, inclusive os de comunicação e de 
movimentação vertical e horizontal, devem ser adequados aos riscos dos espaços 
confinados; 
 
33.3.2.2 Em áreas classificadas os equipamentos devem estar certificados ou 
possuir documento contemplado no âmbito do Sistema Brasileiro de Avaliação 
da Conformidade - INMETRO. 
 
Os equipamentos e instrumentos acionados por corrente elétrica alternada ou contínua, 
quando aprovados para uso em áreas classificadas, recebem etiquetas ou gravações 
em seu corpo onde aparecem a Norma de referência, a classe, o grupo e divisão ou 
zona de risco para a qual foi homologado. Nas tabelas 3 e 4 é ilustrada a comparação 
entre os organismos mais referenciados internacionalmente (API/NEC3); (ABNT4); 
(IEC5). Na tabela 3 é ilustrada a classificação feita pelo API/NEC, em função do 
combustível envolvido na área classificada. 
 
Tabela 3 – Classificação da Área em Função do Combustível Presente (API/NEC) 
Classe Grupo Substância 
I 
A Acetileno 
B Hidrogênio, Butadieno, Óxido de Eteno, Óxido de Propileno, Gases Manufaturados contendo mais de 30% em volume de Hidrogênio 
C Acetaldeido, Éter Dietílico, Eteno, Dimetil Hidrazina, Hidrazina Assimétrica, Ciclopropano, Monóxido de Carbono etc.D Acetona, Acrilonitrila, Amônia, Benzeno, Butano, Butanol, Gasolina, Nafta, Propano, Propanol, Cloreto de Vinila, Metano, Hexano, Gás Natural etc. 
II 
E Poeiras metálicas combustíveis, independentemente de sua resistividade. 
F Poeiras carbonáceas – carvão mineral, hulha ou poeira de coque, que tenha mais de 8% de material volátil total e tendo resistividade entre 102 e 108 .cm 
G Poeira combustível, com resistividade superior ou igual a 10
5 .cm – farinha de trigo, ovo 
em pó, açúcar, goma arábica, celulose, vitamina B1 e C etc. 
III - Fibras combustíveis – rayon, sisal, juta, fibras de madeira etc. 
3 American Petroleum Institute/National Eletrical Code (USA) 
4 NBR 5.418 – Instalações Elétricas em Atmosferas Explosivas 
5 International Eletrotechnical Commission - Norma 60079-10 - Classification of 
Hazardous Areas 
 
33.3.2.3 As avaliações atmosféricas iniciais devem ser realizadas fora do espaço 
confinado. 
 
33.3.2.4 Adotar medidas para eliminar ou controlar os riscos de incêndio ou 
explosão em trabalhos a quente, tais como solda, aquecimento, esmerilhamento, 
corte ou outros que liberem chama aberta, faíscas ou calor. 
33.3.2.5 Adotar medidas para eliminar ou controlar os riscos de inundação, 
soterramento, engolfamento, incêndio, choques elétricos, eletricidade estática, 
queimaduras, quedas, escorregamentos, impactos, esmagamentos, amputações 
e outros que possam afetar a segurança e saúde dos trabalhadores. 
 
Na fase de antecipação, análise e controle dos riscos, descrita nos comentários 
do item 33.3.2 acima já foram descritos os principais riscos e as medidas de 
controle. Não devem ser esquecidos os riscos de inundação e soterramento, que 
normalmente são negligenciados, em função da maior atenção dedicada aos 
demais – incêndio, explosão, intoxicações etc. 
 
 
 
Medidas Administrativas de Prevenção de Acidentes e Sinistros 
 
33.3.3 Medidas administrativas: 
 
 a) manter cadastro atualizado de todos os espaços confinados, inclusive dos 
desativados, e respectivos riscos; 
 
b) definir medidas para isolar, sinalizar, controlar ou eliminar os riscos do espaço 
confinado; 
 
c) manter sinalização permanente junto à entrada do espaço confinado, conforme 
o Anexo I da presente norma; 
 
d) implementar procedimento para trabalho em espaço confinado; 
 
e) adaptar o modelo de Permissão de Entrada e Trabalho, previsto no Anexo II 
desta NR, às peculiaridades da empresa e dos seus espaços confinados; 
 
f) preencher, assinar e datar, em três vias, a Permissão de Entrada e Trabalho 
antes do ingresso de trabalhadores em espaços confinados; 
 
g) possuir um sistema de controle que permita a rastreabilidade da Permissão de 
Entrada e Trabalho; 
 
h) entregar para um dos trabalhadores autorizados e ao Vigia cópia da Permissão 
de Entrada e Trabalho; 
 
i) encerrar a Permissão de Entrada e Trabalho quando as operações forem 
completadas, quando ocorrer uma condição não prevista ou quando houver 
pausa ou interrupção dos trabalhos; 
 
j) manter arquivados os procedimentos e Permissões de Entrada e Trabalho por 
cinco anos; 
 
k) disponibilizar os procedimentos e Permissão de Entrada e Trabalho para o 
conhecimento dos trabalhadores autorizados, seus representantes e fiscalização 
do trabalho; 
 
l) designar as pessoas que participarão das operações de entrada, identificando 
os deveres de cada trabalhador e providenciando a capacitação requerida; 
 
m) estabelecer procedimentos de supervisão dos trabalhos no exterior e no 
interior dos espaços confinados; 
 
n) assegurar que o acesso ao espaço confinado somente seja iniciado com 
acompanhamento e autorização de supervisão capacitada; 
 
o) garantir que todos os trabalhadores sejam informados dos riscos e medidas de 
controle existentes no local de trabalho; e 
 
p) implementar um Programa de Proteção Respiratória de acordo com a análise 
de risco, considerando o local, a complexidade e o tipo de trabalho a ser 
desenvolvido. 
 
O Programa de Prevenção de Acidentes em Espaços Confinados deve ser estruturado 
na forma de um documento onde constarão os objetivos, as atribuições e 
responsabilidades de cada área e/ou profissional envolvido. Além disso, deve integrar 
este documento a relação dos espaços confinados com suas respectivas identificações 
e localizações, classificação e tipo de sinalização. Para cada espaço e tipo de 
intervenção deve haver um procedimento ou instrução de trabalho prevendo todos os 
passos para execução, as atribuições e responsabilidades de cada envolvido e meios 
técnicos de controle. 
Como o conteúdo dos procedimentos ou instruções de trabalho deve ser produzido 
inicialmente, revisado periodicamente e passado formalmente para todos os envolvidos, 
devem ser geradas cópias de todas as suas versões que ficarão arquivadas pelo prazo 
de 5 anos após sua geração. O conteúdo de todas as versões dos procedimentos ou 
instruções de trabalho deve ser passado formalmente aos envolvidos e, como 
comprovação, devem ser geradas listas de frequência onde constarão o nome do 
programa, conteúdo, datas de execução, nomes e assinaturas dos instrutores e dos 
participantes. 
Estas listas devem ser guardadas pelo prazo mínimo de 5 anos, sendo recomendável 
que este prazo seja indeterminado. Para o caso dos instrumentos de medição e 
monitoramento, devem ser realizadas calibragens e aferições periódicas e guardados 
os certificados comprobatórios. Como o subitem “L” acima explicita o termo 
“capacitação”, é recomendável que todos os trabalhadores que forem treinados 
respondam um questionário como prova de que compreenderam o assunto transmitido. 
Também é recomendável que uma cópia deste questionário seja arquivada na empresa 
no prontuário individual do trabalhador. A permissão de entrada e trabalho deve ser 
adaptada para a empresa e possuir 3 vias, sendo que uma delas necessariamente ficará 
no bloco e outra com o executante do trabalho. Antes da execução, todos os campos 
da permissão devem ser preenchidos e a autorização de execução deve ser feita 
através da colocação das assinaturas nos campos respectivos. Ao término ou nas 
interrupções prolongadas do trabalho a permissão deve ser encerrada, com a colocação 
de assinatura do executante na via do emitente e do emitente na via do executante. 
O bloco contendo pelo menos 1 das vias das permissões deve ser arquivado na 
empresa pelo prazo mínimo de 5 anos. E finalmente, conforme previsto no subitem “p” 
acima, deve ser implementado um programa de proteção respiratória para todos os 
envolvidos que utilizarão este tipo de proteção. A Instrução Normativa nº 01 pode ser 
adotada como referência para execução de tal programa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33.3.3.1 A Permissão de Entrada e Trabalho é válida somente para cada entrada. 
 
 
 
33.3.3.2 Nos estabelecimentos onde houver espaços confinados devem ser 
observadas, de forma complementar apresente NR, os seguintes atos normativos: 
NBR 14606 – Postos de Serviço – Entrada em Espaço Confinado; e NBR 14787 – 
Espaço Confinado – Prevenção de Acidentes, Procedimentos e Medidas de 
Proteção, bem como suas alterações posteriores. 
 
33.3.3.3 O procedimento para trabalho deve contemplar, no mínimo: objetivo, 
campo de aplicação, base técnica, responsabilidades, competências, preparação, 
https://www.primecursos.com.br/arquivos/images/nr33/NR33_12HD.jpg
emissão, uso e cancelamento da Permissão de Entrada e Trabalho, capacitação 
para os trabalhadores, análise de risco e medidas de controle. 
 
33.3.3.4 Os procedimentos para trabalho em espaços confinados e a Permissão 
de Entrada e Trabalho devem ser avaliados no mínimo uma vez ao ano e revisados 
sempre que houver alteração dos riscos, com a participação do Serviço 
Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT e da Comissão 
Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA. 
 
33.3.3.5 Os procedimentos de entrada em espaços confinados devem ser revistos 
quando da ocorrência de qualquer uma das circunstâncias abaixo: 
 
a) entrada não autorizadanum espaço confinado; 
 
b) identificação de riscos não descritos na Permissão de Entrada e Trabalho; 
 
c) acidente, incidente ou condição não prevista durante a entrada; 
 
d) qualquer mudança na atividade desenvolvida ou na configuração do espaço 
confinado; 
 
e) solicitação do SESMT ou da CIPA; e 
f) identificação de condição de trabalho mais segura. 
 
 
A permissão de entrada e trabalho (PET) contém procedimentos escritos de segurança 
e emergência: 
 
 - verificar se as medidas de segurança foram implantadas e se a permissão de entrada 
e trabalho – pet está assinada pelo supervisor de entrada. 
 
- o trabalhador deve entrar no espaço confinado com uma cópia da permissão de 
entrada e trabalho 
 
Manter sinalização permanente junto à entrada do espaço confinado, conforme o anexo 
i da presente norma; 
 
 
- a sinalização é importante para informação e alerta quanto aos riscos em espaços 
confinados. 
 
- o isolamento é necessário para evitar que pessoas não autorizadas se aproximem do 
espaço confinado. 
 
O supervisor de entrada deve: 
 
 
 
 
a) emitir a Permissão de Entrada e Trabalho - PET antes do início das atividades; 
 
b) executar os testes, conferir os equipamentos e os procedimentos contidos na 
Permissão de Entrada e Trabalho - PET; 
 
c) assegurar que os serviços de emergência salvamento estejam disponíveis e que os 
meios para acioná-los estejam operantes; 
 
d) cancelar os procedimentos de entrada e trabalho quando necessário; e 
 
e) encerrar a Permissão de Entrada e Trabalho PET - após o término dos serviços. 
 
f) desligar a energia elétrica, trancar com chave ou cadeado e sinalizar quadros elétricos 
para evitar movimentação acidental de máquinas ou choques elétricos quando o 
trabalhador autorizado estiver no interior do espaço confinado. 
 
O vigia deve: 
 
a) manter continuamente a contagem precisa do número de trabalhadores autorizados 
no espaço confinado e assegurar que todos saiam ao término da atividade; 
 
b) permanecer fora do espaço confinado, junto à entrada, em contato permanente com 
os trabalhadores autorizados; 
 
c) adotar os procedimentos de emergência, acionando a equipe de salvamento, pública 
ou privada, quando necessário; 
 
d) operar os movimentadores de pessoas; e 
 
e) ordenar o abandono do espaço confinado sempre que reconhecer algum sinal de 
alarme, perigo, sintoma, queixa, condição proibida, acidente, situação não prevista ou 
quando não puder desempenhar efetivamente suas tarefas, nem ser substituído por 
outro vigia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Medidas de segurança, testes de ar: 
 
 
Os testes do ar interno são medições para verificação dos níveis de oxigênio, gases e 
vapores tóxicos e inflamáveis. Antes que o trabalhador entre em um espaço confinado, 
o supervisor de entrada deve realizar testes iniciais do Ar interno. Durante as medições, 
o supervisor de entrada deve estar fora do espaço confinado. 
 
As medições são necessárias para que não ocorram acidentes por asfixia, intoxicação, 
incêndio ou explosão. 
 
 
Medidas Pessoais de Prevenção de Acidentes e Sinistros 
 
33.3.4 Medidas Pessoais 
 
33.3.4.1 Todo trabalhador designado para trabalhos em espaços confinados deve 
ser submetido a exames médicos específicos para a função que irá desempenhar, 
conforme estabelecem as NRs 07 e 31, incluindo os fatores de riscos 
psicossociais com a emissão do respectivo Atestado de Saúde Ocupacional - 
ASO. 
 
Como em toda atividade “industrial”, aplicam-se aqui os critérios previstos nos itens 
9.1.3 e 9.3.5.6 da NR 9 – PPRA, ou seja: o Médico Examinador deve receber da área 
especializada (SESMT ou SESTR) a descrição dos locais de trabalho e dos riscos a que 
estão ou estarão expostos os trabalhadores. 
Os exames clínicos e complementares devem contemplar o mínimo previsto para cada 
risco e o ASO deve conter todos os dados especificados na NR 7 e NR 31, ou seja; 
 
- nome completo do trabalhador, número de sua identidade e sua função; 
 
- riscos ocupacionais a que está, esteve ou estará exposto; 
 
- indicação dos procedimentos médicos a que foi submetido e a data em que foram 
realizados; 
 
- definição de apto ou inapto para a função específica que o trabalhador vai exercer, 
exerce ou exerceu; 
 
- data, nome, número de inscrição no Conselho Regional de Medicina e assinatura e 
carimbo do médico que realizou o exame. 
 
A primeira via do ASO deverá ficar arquivada no estabelecimento, à disposição da 
fiscalização e a segunda será obrigatoriamente entregue ao trabalhador, mediante 
recibo na primeira via. Além das dosagens que normalmente são feitas como exames 
complementares, não podem ser esquecidos os riscos ergonômicos e os problemas 
relacionados a claustrofobia. Como é previsto que as pessoas utilizarão respiradores, 
parece inevitável que sejam submetidos também a espirometria e demais exames 
complementares. 
 
33.3.4.2 Capacitar todos os trabalhadores envolvidos, direta ou indiretamente com 
os espaços confinados, sobre seus direitos, deveres, riscos e medidas de 
controle, conforme previsto no item 33.3.5. 
 
33.3.4.3 O número de trabalhadores envolvidos na execução dos trabalhos em 
espaços confinados deve ser determinado conforme a análise de risco. 
 
33.3.4.4 É vedada a realização de qualquer trabalho em espaços confinados de 
forma individual ou isolada. 
 
Esta regra aplica-se a todo espaço identificado e/ou sinalizado que existir na empresa, 
mesmo que a entrada seja apenas para simples verificação ou inspeção. 
 
33.3.4.5 O Supervisor de Entrada deve desempenhar as seguintes funções: 
 
a) emitir a Permissão de Entrada e Trabalho antes do início das atividades; 
 
b) executar os testes, conferir os equipamentos e os procedimentos contidos na 
Permissão de Entrada e Trabalho; 
 
c) assegurar que os serviços de emergência e salvamento estejam disponíveis e 
que os meios para acioná-los estejam operantes; 
 
d) cancelar os procedimentos de entrada e trabalho quando necessário; e 
 
e) encerrar a Permissão de Entrada e Trabalho após o término dos serviços. 
 
33.3.4.6 O Supervisor de Entrada pode desempenhar a função de Vigia. 
 
Estas atribuições devem constar do procedimento ou instruções de trabalho. 
 
33.3.4.7 O Vigia deve desempenhar as seguintes funções: 
 
a) manter continuamente a contagem precisa do número de trabalhadores 
autorizados no espaço confinado e assegurar que todos saiam ao término da 
atividade; 
 
b) permanecer fora do espaço confinado, junto à entrada, em contato permanente 
com os trabalhadores autorizados; 
 
c) adotar os procedimentos de emergência, acionando a equipe de salvamento, 
pública ou privada, quando necessário; 
 
d) operar os movimentadores de pessoas; e 
 
e) ordenar o abandono do espaço confinado sempre que reconhecer algum sinal 
de alarme, perigo, sintoma, queixa, condição proibida, acidente, situação não 
prevista ou quando não puder desempenhar efetivamente suas tarefas, nem ser 
substituído por outro Vigia. 
 
33.3.4.8 O Vigia não poderá realizar outras tarefas que possam comprometer o 
dever principal que é o de monitorar e proteger os trabalhadores autorizados; 
 
Estas atribuições devem constar do procedimento ou instruções de trabalho. 
 
33.3.4.9 Cabe ao empregador fornecer e garantir que todos os trabalhadores que 
adentrarem em espaços confinados disponham de todos os equipamentos para 
controle de riscos, previstos na Permissão de Entrada e Trabalho. 
 
Na tabela 6 é apresentado um roteiro de decisões contendo os requisitos mínimos 
em função da classe do espaço confinado. 
 
REQUISITO CLASSE A CLASSE B CLASSE C 
1 Permissão Escrita X X X 
2 Teste de Gás X X X 
3 Monitoramento X O O 
4 Exames Médicos X X O 
5 Pessoal Treinado X X X 
6 Rotulagem e Avisos X X X 
7 Preparação: Isolamento, Bloqueio e Etiquetagem X X O 
Drenagem e Ventilação X X O 
- Limpeza Interna O O O 
- Equipamentos e Ferramentas Especiais X X O 
8 Procedimentos:- Plano Inicial X X X 
- Prontidão X X O 
- Comunicação e Observação X X X 
- SalvamentoX X X 
- Trabalho X X X 
9 EPI e Roupas: - Cabeça O O O 
- Ouvidos O O O 
- Mãos O O O 
- Pés O O O 
- Corpo O O O 
- Sistema Respiratório O O - 
- Cinto de Segurança X X X 
- Cinto e Corda X O - 
10 Meios de Resgate X X X 
11 Registros das Condições e Exposição X X - 
X = Exigido, O = Definido por Pessoa Qualificada 
 
33.3.4.10 Em caso de existência de Atmosfera Imediatamente Perigosa à Vida ou 
à Saúde - Atmosfera IPVS –, o espaço confinado somente pode ser adentrado com 
a utilização de máscara autônoma de demanda com pressão positiva ou com 
respirador de linha de ar comprimido com cilindro auxiliar para escape. 
 
Para o correto atendimento deste item é necessário, em primeiro lugar, entender o 
significado de “Atmosfera IPVS”. Conforme a própria definição dada pela NR 33, 
atmosfera IPVS (Imediatamente Perigosa à Vida ou à Saúde) é qualquer atmosfera que 
apresente risco imediato à vida ou produza imediato efeito debilitante à saúde. 
No Brasil não estão disponíveis valores de concentração de substâncias que 
caracterizariam uma atmosfera como IPVS. Como referência, pode ser consultada a 
base do NIOSH onde aparece a relação dos valores denominados IDLH – Immediately 
Dangerous to Life or Health 
(http://www.cdc.gov/Niosh/idlh/intridl4.html) 
 
Outra condição que pode caracterizar uma atmosfera como IPVS é a deficiência de 
oxigênio. Como referência, pode ser consultado o resumo no arquivo Deficiência de 
Oxigênio. Finalmente, deve ser destacada a exigência de uso de cilindro auxiliar para 
escape, quando o entrante estiver utilizando respirador com linha de ar. Esta providência 
visa assegurar que, em caso de ruptura ou bloqueio da mangueira ou qualquer falha no 
sistema de suprimento de ar, o usuário tenha uma reserva suficiente para deixar o 
espaço sem risco. 
 
 
Capacitação para Trabalhos em Espaços Confinados 
 
33.3.5 – Capacitação para trabalhos em espaços confinados 
 
33.3.5.1 É vedada a designação para trabalhos em espaços confinados sem a 
prévia capacitação do trabalhador. 
 
33.3.5.2 O empregador deve desenvolver e implantar programas de capacitação 
sempre que ocorrer qualquer das seguintes situações: 
 
a) mudança nos procedimentos, condições ou operações de trabalho; 
 
b) algum evento que indique a necessidade de novo treinamento; e 
 
c) quando houver uma razão para acreditar que existam desvios na utilização ou 
nos procedimentos de entrada nos espaços confinados ou que os conhecimentos 
não sejam adequados. 
 
33.3.5.3 Todos os trabalhadores autorizados, Vigias e Supervisores de Entrada 
devem receber capacitação periódica a cada 12 meses, com carga horária mínima 
de 8 horas. (Alterado pela Portaria MTE n.º 1.409, de 29 de agosto de 2012). 
 
33.3.5.4 A capacitação inicial dos trabalhadores autorizados e Vigias deve ter 
carga horária mínima de dezesseis horas, ser realizada dentro do horário de 
trabalho, com conteúdo programático de: (Alterado pela Portaria MTE n.º1.409, de 
29 de agosto de 2012). 
 
a) definições; 
 
b) reconhecimento, avaliação e controle de riscos; 
 
c) funcionamento de equipamentos utilizados; 
 
d) procedimentos e utilização da Permissão de Entrada e Trabalho; e 
e) noções de resgate e primeiros socorros. 
 
33.3.5.5 A capacitação dos Supervisores de Entrada deve ser realizada dentro do 
horário de trabalho, com conteúdo programático estabelecido no subitem 
33.3.5.4, acrescido de: 
 
a) identificação dos espaços confinados; 
 
b) critérios de indicação e uso de equipamentos para controle de riscos; 
 
c) conhecimentos sobre práticas seguras em espaços confinados; 
 
d) legislação de segurança e saúde no trabalho; 
 
e) programa de proteção respiratória; 
 
f) área classificada; e 
 
g) operações de salvamento. 
 
33.3.5.6 Todos os Supervisores de Entrada devem receber capacitação específica, 
com carga horária mínima de quarenta horas para a capacitação inicial. (Alterado 
pela Portaria MTE n.º 1.409, de 29 de agosto de 2012). 
 
33.3.5.7 Os instrutores designados pelo responsável técnico, devem possuir 
comprovada proficiência no assunto. 
 
33.3.5.8 Ao término do treinamento deve-se emitir um certificado contendo o nome 
do trabalhador, conteúdo programático, carga horária, a especificação do tipo de 
trabalho e espaço confinado, data e local de realização do treinamento, com as 
assinaturas dos instrutores e do responsável técnico. 
 
33.3.5.8.1 Uma cópia do certificado deve ser entregue ao trabalhador e a outra 
cópia deve ser arquivada na empresa. 
A capacitação deve ser assegurada pelo Responsável Técnico diretamente, ou por meio 
de pessoa por ele designada, desde que garantida a real proficiência dos instrutores. 
NOTA: Por tratar-se de “capacitação”, cuja atribuição é do Responsável Técnico, é 
recomendável que sejam aplicados testes de verificação escrita com exigência de acerto 
de 100% das respostas. 
Os testes devem ser guardados por tempo indeterminado. Como conteúdo da prova de 
conhecimento devem ser incluídos todos os aspectos relevantes que permitam 
realmente comprovar que o treinando aprendeu e está “capacitado”. 
Como a carga horária prevista para treinamento, tanto para os trabalhadores, quanto 
para os Vigias e Supervisores de Entrada, parece ser “exaustiva”, é desejável que o 
tempo seja distribuído entre discussões teóricas e “muita” prática nas condições reais 
de campo nos próprios espaços onde estes terão que entrar e trabalhar. 
Devem ser incluídas nas práticas de campo simulações de providências preliminares de 
isolamento e bloqueios, uso de instrumentos de medição e monitoramento, uso, cuidado 
e limitações de EPIs e resgate de vítimas. 
Para o caso do Supervisor de Entrada devem ser incluídos ainda exercícios práticos de 
preenchimento, encaminhamento e arquivo de permissão de entrada e trabalho e uso, 
cuidados, manutenção e limitações de medidores e monitoradores de gases e EPIs. 
 
Periodicidade: Sempre que ocorrer uma das seguintes situações: 
 
a) Mudança nos procedimentos, condições ou operações de trabalho; 
 
b) Algum evento que indique a necessidade de novo treinamento; e 
 
c) Quando houver uma razão para acreditar que existam desvios na utilização ou nos 
procedimentos de entrada nos espaços confinados ou que os conhecimentos não sejam 
adequados. (item 33.3.5.2) 
 
Instrutores (item 33.3.5.4) (equipe multidisciplinar): Designados pelo Responsável 
Técnico e comprovada proficiência no assunto. 
 
Emissão do Certificado: Ver Informações (item 33.3.5.8) e em 2 Vias (item 33.3.5.8.1), 
deve constar: 
 
a) Nome do trabalhador; 
 
b) Conteúdo Programático; 
 
c) carga horária; 
 
d) Especificação do tipo de trabalho e espaço confinado; 
 
e) Data e local da realização do treinamento; 
 
f) Assinatura dos Instrutores e do Responsável Técnico. 
 
Capacitação dos Vigias: 
 
a) Manter continuamente a contagem do número de trabalhadores; 
 
b) Permanecer fora do espaço confinado, junto à entrada, em contato permanente com 
os trabalhadores autorizados; 
 
c) Adotar os procedimentos de emergência, acionando a equipe de salvamento, pública 
ou privada, quando necessário; 
 
d) Operar os movimentadores de pessoas; e 
 
e) Ordenar o abandono do espaço sempre que reconhecer algum sinal de alarme, 
perigo, sintoma, queixa, condição proibida, acidente, situação não prevista ou quando 
não puder desempenhar suas tarefas, nem ser substituído por outro Vigia. 
 
Capacitação dos Supervisores, Periodicidade: 
 
- Inicial (item 33.3.5.1), ou 
 
- Sempre que ocorrer uma das seguintes situações: 
 
a) Mudança nos procedimentos, condições ou operações de trabalho;(item 33.3.5.2) 
 
b) Algum evento que indique a necessidade de novo treinamento; e 
 
c) Quando houver uma razão para acreditar que existam desvios na utilização ou nos 
procedimentos de entrada nos espaços confinados ou que os conhecimentos não sejam 
adequados. (item 33.3.5.2) 
 
d) Carga horária de 40 horas realizado dentro do período de trabalho 
Conteúdo programático do curso de capacitação dos supervisores,item 3.3.5.4, 
acrescido de: 
 
a) Identificação dos espaços confinados; 
 
b) Critérios de indicação e uso de equipamentos para controle de riscos; 
 
c) Conhecimentos sobre práticas seguras em espaços confinados; 
 
d) Legislação de SST; 
 
e) Programa de proteção respiratória; 
 
f) Área classificada; e 
 
g) Operações de salvamento. 
 
 
Emergência e Salvamento 
 
33.4 Emergência e Salvamento 
 
 
33.4.1 O empregador deve elaborar e implementar procedimentos de emergência 
e resgate adequados aos espaços confinados incluindo, no mínimo: 
 
a) descrição dos possíveis cenários de acidentes, obtidos a partir da Análise de 
Riscos; 
b) descrição das medidas de salvamento e primeiros socorros a serem 
executadas em caso de emergência; 
 
c) seleção e técnicas de utilização dos equipamentos de comunicação, iluminação 
de emergência, busca, resgate, primeiros socorros e transporte de vítimas; 
 
d) acionamento de equipe responsável, pública ou privada, pela execução das 
medidas de resgate e primeiros socorros para cada serviço a ser realizado; e 
e) exercício simulado anual de salvamento nos possíveis cenários de acidentes 
em espaços confinados. 
 
33.4.2 O pessoal responsável pela execução das medidas de salvamento deve 
possuir aptidão física e mental compatível com a atividade a desempenhar. 
 
33.4.3 A capacitação da equipe de salvamento deve contemplar todos os 
possíveis cenários de acidentes identificados na análise de risco. 
 
Como os tipos de acidentes esperados e suas consequências serão identificados na 
fase de antecipação e análise de risco, devem ser previstos os procedimentos e 
recursos para resgate, primeiros socorros e remoção das possíveis vítimas. Devem ser 
esperadas queimaduras químicas e físicas, cortes e sangramentos, contusões simples 
e fraturas, choques elétricos, sufocações, afogamentos, parada respiratória e cardíaca 
etc. 
Além das ocorrências esperadas devem ser avaliados os locais prováveis destas 
ocorrências. É necessário prever a sequência do resgate, aplicação dos primeiros 
socorros e a remoção para o ambulatório da empresa ou para unidade de atendimento 
externo. Para tanto, devem ser verificadas e ajustadas as condições para entrada de 
socorristas e a saída do acidentado do espaço confinado. Bocas de visita estreitas 
demais não permitem a passagem de macas rígidas, pisos e passadiços elevados e 
estreitos dificultam a retirada e remoção de um acidentado e, portanto, devem ser 
preparados previamente para garantir a eficácia do atendimento. 
Devem ser previstos os locais externos para encaminhamento de acidentados, tais 
como unidades especializadas para queimados, fraturas, problemas cardiorrespiratórios 
etc. 
Deve ser preparada uma lista que deve ser atualizada permanentemente contendo os 
nomes, endereços e roteiros de acesso para cada entidade por especialidade. 
Finalmente, por tratar-se de matéria especializada, deve ser convocado um médico para 
definição dos procedimentos e especificação dos meios para resgate, atendimento e 
remoção, além do conteúdo teórico e prático do treinamento. Deve ser exigido também 
deste profissional a supervisão e/ou realização do próprio treinamento. 
Conforme já detalhado no comentário após o item 33.5.8.1 acima, o treinamento deve 
ser realizado de forma teórica, acompanhado de exercícios em condições reais de 
campo ao final do qual deve ser aplicado um teste de conhecimento onde seja possível 
comprovar que o treinando entendeu o assunto ministrado. Cópia dos testes devem ficar 
arquivada por prazo indeterminado. 
 
 
Disposições Gerais 
 
33.5 Disposições Gerais 
 
33.5.1 O empregador deve garantir que os trabalhadores possam interromper suas 
atividades e abandonar o local de trabalho, sempre que suspeitarem da existência 
de risco grave e iminente para sua segurança e saúde ou a de terceiros. 
 
 
33.5.2 São solidariamente responsáveis pelo cumprimento desta NR os 
contratantes e contratados. 
 
 
33.5.3 É vedada a entrada e a realização de qualquer trabalho em espaços 
confinados sem a emissão da Permissão de Entrada e Trabalho. 
 
 
Anexo I – Sinalização 
 
Sinalização para identificação de espaço confinado: 
 
 
Use sempre está placa em dimensões mínimas 40x40cm, fixado em frente ou ao lado 
da entrada do espaço ou ambiente confinado. 
 
 
Anexo II - Permissão de Entrada e Trabalho – PET 
 
É uma planilha com um checklist que deverá ser preenchido conforme orientações no 
item 33.3.3 Medidas administrativas desta norma. 
 
*Clique na imagem para abrir em alta resolução 
 
 
Anexo III – Glossário 
 
Abertura de linha: abertura intencional de um duto, tubo, linha, 
tubulação que está sendo utilizada ou foi utilizada para transportar 
materiais tóxicos, inflamáveis, corrosivos, gás, ou qualquer fluido 
https://www.primecursos.com.br/arquivos/images/nr33/NR33_12HD.jpg
em pressões ou temperaturas capazes de causar danos materiais 
ou pessoais visando a eliminar energias perigosas para o trabalho 
seguro em espaços confinados. 
 
Alívio: o mesmo que abertura de linha. 
 
Análise Preliminar de Risco (APR): avaliação inicial dos riscos potenciais, 
suas causas, consequências e medidas de controle. 
 
Área Classificada: área potencialmente explosiva ou com risco de 
explosão. 
 
Atmosfera IPVS - Atmosfera Imediatamente Perigosa à Vida ou à Saúde: 
qualquer atmosfera que apresente risco imediato à vida ou 
produza imediato efeito debilitante à saúde. 
 
Avaliações iniciais da atmosfera: conjunto de medições preliminares 
realizadas na atmosfera do espaço confinado. 
 
Base técnica: conjunto de normas, artigos, livros, procedimentos de 
segurança de trabalho, e demais documentos técnicos utilizados 
para implementar o Sistema de Permissão de Entrada e Trabalho 
em espaços confinados. 
 
Bloqueio: dispositivo que impede a liberação de energias perigosas 
tais como: pressão, vapor, fluidos, combustíveis, água e outros 
visando à contenção de energias perigosas para trabalho seguro 
em espaços confinados. 
 
Chama aberta: mistura de gases incandescentes emitindo energia, 
que é também denominada chama ou fogo. 
 
Condição IPVS: Qualquer condição que coloque um risco imediato de 
morte ou que possa resultar em efeitos à saúde irreversíveis ou 
imediatamente severos ou que possa resultar em dano ocular, 
irritação ou outras condições que possam impedir a saída de um 
espaço confinado. 
 
Contaminantes: gases, vapores, névoas, fumos e poeiras presentes 
na atmosfera do espaço confinado. 
Deficiência de Oxigênio: atmosfera contendo menos de 20,9 % de 
oxigênio em volume na pressão atmosférica normal, a não ser que 
a redução do percentual seja devidamente monitorada e 
controlada. 
 
Engolfamento: é o envolvimento e a captura de uma pessoa por 
líquidos ou sólidos finamente divididos. 
 
Enriquecimento de Oxigênio: atmosfera contendo mais de 23% de 
oxigênio em volume. 
 
Etiquetagem: colocação de rótulo num dispositivo isolador de energia 
para indicar que o dispositivo e o equipamento a ser controlado 
não podem ser utilizados até a sua remoção. 
 
Faísca: partícula candente gerada no processo de esmerilhamento, 
polimento, corte ou solda. 
 
Gestão de segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados: conjunto 
de medidas técnicas de prevenção, administrativas, pessoais e 
coletivas necessárias para garantir o trabalho seguro em espaços 
confinados. 
 
Inertização: deslocamento da atmosfera existente em um espaço 
confinado por um gás inerte, resultando numa atmosfera não 
combustível e com deficiência de oxigênio. 
 
Intrinsecamente Seguro: situação em que o equipamento não pode 
liberar energia elétrica ou térmica suficientes para, em condições 
normais ou anormais, causar a ignição de uma dada atmosfera 
explosiva, conforme expresso no certificado de conformidade do 
equipamento. 
 
Lacre: braçadeira ou outro dispositivo que precise ser rompido para 
abrir um equipamento. 
 
Leitura direta: dispositivo ou equipamento que permite realizar 
leituras de contaminantes em tempo real. 
 
Medidasespeciais de controle: medidas adicionais de controle 
necessárias para permitir a entrada e o trabalho em espaços 
confinados em situações peculiares, tais como trabalhos a quente, 
atmosferas IPVS ou outras. 
 
Ordem de Bloqueio: ordem de suspensão de operação normal do 
espaço confinado. 
 
Ordem de Liberação: ordem de reativação de operação normal do 
espaço confinado. 
 
Oxigênio puro: atmosfera contendo somente oxigênio (100 %). 
 
Permissão de Entrada e Trabalho (PET): documento escrito contendo o 
conjunto de medidas de controle visando à entrada e 
desenvolvimento de trabalho seguro, além de medidas de 
emergência e resgate em espaços confinados. 
 
Proficiência: competência, aptidão, capacitação e habilidade aliadas 
à experiência. 
 
Programa de Proteção Respiratória: conjunto de medidas práticas e 
administrativas necessárias para proteger a saúde do trabalhador 
pela seleção adequada e uso correto dos respiradores. 
 
Purga: método de limpeza que torna a atmosfera interior do espaço 
confinado isenta de gases, vapores e outras impurezas 
indesejáveis através de ventilação ou lavagem com água ou vapor. 
 
Quase-acidente: qualquer evento não programado que possa indicar 
a possibilidade de ocorrência de acidente. 
 
Responsável Técnico: profissional habilitado para identificar os 
espaços confinados existentes na empresa e elaborar as medidas 
técnicas de prevenção, administrativas, pessoais e de emergência 
e resgate. 
 
Risco Grave e Iminente: Qualquer condição que possa causar acidente 
de trabalho ou doença profissional com lesão grave à integridade 
física do trabalhador. 
 
Riscos psicossociais: influência na saúde mental dos trabalhadores, 
provocada pelas tensões da vida diária, pressão do trabalho e 
outros fatores adversos. 
 
Salvamento: procedimento operacional padronizado, realizado por 
equipe com conhecimento técnico especializado, para resgatar e 
prestar os primeiros socorros a trabalhadores em caso de 
emergência. 
 
Sistema de Permissão de Entrada em Espaços Confinados: procedimento 
escrito para preparar uma Permissão de Entrada e Trabalho (PET). 
 
Supervisor de Entrada: pessoa capacitada para operar a permissão de 
entrada com responsabilidade para preencher e assinar a 
Permissão de Entrada e Trabalho (PET) para o desenvolvimento 
de entrada e trabalho seguro no interior de espaços confinados. 
 
Trabalhador autorizado: trabalhador capacitado para entrar no espaço 
confinado, ciente dos seus direitos e deveres e com conhecimento 
dos riscos e das medidas de controle existentes. 
 
Trava: dispositivo (como chave ou cadeado) utilizado para garantir 
isolamento de dispositivos que possam liberar energia elétrica ou 
mecânica de forma acidental. 
 
Vigia: trabalhador designado para permanecer fora do espaço 
confinado e que é responsável pelo acompanhamento, 
comunicação e ordem de abandono para os trabalhadores. 
 
 
Bibliografia 
 
MTE - Ministério do Trabalho e Emprego 
SESI - Canal Youtube 
NR-33 Espaço Confinado: Análise e implementação [EBook Kindle], 
Ribeiro, Marcelo Leandro, 2014 
 
https://www.youtube.com/user/sesi
	Introdução a NR 33
	Objetivo e Definição
	Trabalhos Realizados em Espaços Confinados
	Riscos Presentes nos Trabalhos Realizados em Espaços Confinados
	Responsabilidades do Empregador
	Responsabilidades dos Trabalhadores
	Gestão da Saúde
	Medidas Técnicas de Prevenção de Acidentes e Sinistros
	Medidas Administrativas de Prevenção de Acidentes e Sinistros
	Medidas Pessoais de Prevenção de Acidentes e Sinistros
	Capacitação para Trabalhos em Espaços Confinados
	Emergência e Salvamento
	Disposições Gerais
	Anexo I – Sinalização
	Anexo II - Permissão de Entrada e Trabalho – PET
	Anexo III – Glossário
	Bibliografia

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