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Contabilidade_EStrategia (1)

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Aula 00
Contabilidade Geral p/ SEFAZ/RS - Auditor Fiscal
Professores: Gabriel Rabelo, Luciano Rosa
00000000000 - DEMO
Contabilidade Geral para o ICMS/RS 
Teoria e exercícios comentados 
Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa – Aula 00 
 
Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 46 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
APRESENTAÇÃO .............................................................................................................................. 1 
O CURSO, EDITAL E PROVA .............................................................................................................. 2 
TÓPICOS TRATADOS NA AULA DE HOJE ............................................................................................. 6 
CONCEITO DE CONTABILIDADE. ....................................................................................................... 6 
OBJETO E CAMPO DE APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE ......................................................................... 6 
OBJETIVO DA CONTABILIDADE E USUÁRIOS DAS DEMONSTRAÇÕES ..................................................... 7 
PRINCIPAIS ASPECTOS DA RESOLUÇÃO 1.282/2010 DO CFC ................................................................ 9 
PRINCIPAIS ASPECTOS DA RESOLUÇÃO 1.282/2010 DO CFC ................................................................ 9 
RESOLUÇÃO N. 750/93 DO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE (ATUALIZADA) .............................. 9 
CAPÍTULO I - DOS PRINCÍPIOS E DE SUA OBSERVÂNCIA ..................................................................... 9 
CAPÍTULO II - DA CONCEITUAÇÃO, DA AMPLITUDE E DA ENUMERAÇÃO ............................................... 10 
SEÇÃO I - O PRINCÍPIO DA ENTIDADE ............................................................................................. 11 
SEÇÃO II - O PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE .................................................................................... 12 
SEÇÃO III - O PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE .................................................................................. 13 
SEÇÃO IV - O PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL ......................................................... 13 
SEÇÃO VI - O PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA ..................................................................................... 18 
SEÇÃO VII - O PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA ........................................................................................ 19 
QUESTÕES COMENTADAS ............................................................................................................... 21 
QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ............................................................................................ 39 
GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ..................................................................... 46 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
Olá, meus amigos. Como estão?! 
 
É com um imenso prazer que estamos aqui, no Estratégia Concursos, o mais 
novo e revolucionário site de preparação para concursos públicos, para ministrar 
para vocês a disciplina de Contabilidade para o concurso de Auditor-Fiscal da 
Receita Estadual, do Estado do Rio Grande do Sul. 
 
O Estratégia conta com os melhores professores do Brasil, não tenham dúvidas. 
Certamente, estudando pelo material que ofereceremos aqui, em todas as 
disciplinas, você não precisará de mais nada para ter uma preparação sólida e 
focada para este certame. 
 
Se você mora no Rio Grande do Sul e não quer sair deste Estado espetacular, 
então este certame é uma ótima oportunidade. 
 
Antes de mais nada, permita que nos apresentemos: 
 
Meu nome é Gabriel Rabelo, sou Auditor Fiscal da Secretaria da Fazenda 
do Estado do Rio de Janeiro, tendo, também, dentre outros, exercido o cargo 
de Auditor Fiscal da Secretaria da Fazenda do Estado do Espírito Santo. 
AULA 00: PRINCÍPIOS E NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE 
EMANADAS PELO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE - CFC. 
00000000000
00000000000 - DEMO
Contabilidade Geral para o ICMS/RS 
Teoria e exercícios comentados 
Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa – Aula 00 
 
Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 46 
 
Sou professor colaborador de direito empresarial e contabilidade no sítio do 
Estratégia. 
 
Ministro, também, contabilidade e direito empresarial em cursos presenciais 
preparatórios para concursos e, em videoaula, no Eu Vou Passar. 
 
Sou autor dos livros 1.001 Questões Comentadas de Direito Empresarial – 
FCC e 1.001 Questões Comentadas de Direito Administrativo – ESAF, este 
último em co-autoria com a professora Elaine Marsula, ambos publicados pela 
Editora Método. 
 
Meu nome é Luciano Rosa, sou Agente Fiscal de Rendas da Secretaria da 
Fazenda do Estado de São Paulo, aprovado no concurso de 2009. 
Anteriormente, trabalhei durante 10 anos na Assembleia Legislativa de São 
Paulo, aprovado em 1º lugar no concurso de 1999, ocupando os cargos de 
Agente Técnico Legislativo Especializado – área de finanças, e, em comissão, 
durante 7 anos, o cargo de Diretor Técnico Legislativo. Sou professor de 
contabilidade para concursos. Autor de diversos cursos na área de contabilidade. 
 
Sou formado em Administração de Empresas pela Faculdade de Economia e 
Administração – FEA – USP. Possuo 17 anos de experiência em empresas 
privadas, na área de Controladoria, tendo ocupado os cargos de Assistente de 
Auditoria, Analista de Custo, Chefe da Contabilidade Financeira e Controller. 
 
 
 
Além disso, lançamos juntos, pela Editora Método, 
o livro Contabilidade Avançada Facilitada para 
Concursos – Teoria e questões e mais de 200 
questões comentadas. Este livro é baseado nos 
Pronunciamentos Contábeis emanados do Comitê de 
Pronunciamentos Contábeis e está disponível para 
venda no site da editora e nas diversas livrarias. 
 
 
 
 
O CURSO, EDITAL E PROVA 
 
O edital foi publicado no Diário Oficial do Estado em 11 de abril de 2014, sendo 
que o certame será realizado pela Fundação Universidade Empresa de 
Tecnologia e Ciência – FUNDATEC. 
 
As provas serão realizadas nos dias 09 e 10 de agosto de 2014. Ao todo 
temos 100 vagas para o nosso cargo, sendo 10 reservadas para os portadores 
de necessidades especiais e 16 para os Candidatos Negros e Pardos. 
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Contabilidade Geral para o ICMS/RS 
Teoria e exercícios comentados 
Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa – Aula 00 
 
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São requisitos para ingresso no cargo: 
 
a) ser brasileiro; 
b) encontrar-se no gozo e exercício de seus direitos civis; 
c) estar em dia com as obrigações militares e eleitorais; 
d) ter concluído curso de nível superior, em grau de bacharelado de duração plena 
reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC), em Ciências Jurídicas e Sociais, 
Ciências Econômicas, Ciências Contábeis, Administração, Engenharia ou 
Tecnologia da Informação; 
e) ter ilibada conduta social, profissional ou funcional e não registrar antecedentes 
criminais; e 
f) haver recolhida a taxa de inscrição especificada no edital, no valor de R$ 145,22. 
 
O vencimento básico mensal é de R$ 10.940,00, acrescido de Prêmio de 
Produtividade e Eficiência variável de R$ 8.188,94, correspondente ao mês 
março/2014 (bom, não é?). 
 
Cada dia a mais que transcorre é um dia a menos na preparação. Estudar para 
concursos como este exige foco e preparação. Quem sair à frente certamente 
terá uma base mais sólida e forte para concorrer a uma vaga do concurso. 
 
Os principais destaques deste curso que ministraremos são: 
 
- Conteúdo teórico completo, apresentado com objetividade e de modo fácil. 
- Acervo de questões comentadas da FUNDATEC. 
- Contato direto com os professores para responder dúvidas. 
- Material atualizado de acordo com as mudanças ocorridas na contabilidade 
pelas Leis 11.638/07 e 11.941/09, bem como ênfase nos PronunciamentosContábeis tão cobrados pelas bancas. 
- Matérias apresentadas de acordo com o edital, específico, de modo que você 
terá aqui tudo o que precisa levar para o certame. Nem mais, nem menos. 
- Apresentação de temas da maneira como a FUNDATEC exige em concursos. 
 
Para esse concurso, dividimos a matéria de contabilidade em três cursos: 
Contabilidade Geral, Contabilidade Avançada e Contabilidade de Custos e Análise 
Empresarial e Financeira. Serão 30 questões, sendo que a banca não indicou a 
quantidade de questões para cada subdivisão. O número mínimo de acerto é de 
50% para contabilidade e 60% do total de pontos. 
 
A Contabilidade Geral veio prevista no edital do seguinte modo: 
 
CONTABILIDADE GERAL: 1. Contabilidade: Conceito, objeto, objetivos, campo 
de atuação e usuários da informação contábil. 2. Princípios e Normas Brasileiras 
de Contabilidade emanadas pelo Conselho Federal de Contabilidade - CFC. 3. 
Conceitos, forma de avaliação, evidenciação, natureza, espécie e estrutura. 4. 
Atos e fatos administrativos. 5. Livros contábeis obrigatórios e documentação 
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contábil. 6. Variação do patrimônio líquido – receita, despesa, ganhos e perdas. 
7. Apuração dos resultados. 8. Regimes de apuração – caixa e competência. 9. 
Escrituração contábil – lançamentos contábeis; contas patrimoniais, resultado. 
10. Fatos contábeis – permutativos, modificativos e mistos. 11. Itens 
Patrimoniais: conteúdo, conceitos, estrutura, formas de avaliação e classificação 
dos itens patrimoniais do ativo, do passivo e do patrimônio líquido. 12. 
Demonstrações contábeis – balanço patrimonial, demonstração do resultado do 
exercício, demonstração de lucros ou prejuízos acumulados, demonstração das 
mutações do patrimônio líquido, demonstração dos fluxos de caixa e 
demonstração do valor adicionado. 13. Notas explicativas às demonstrações 
contábeis – conteúdo, forma de apresentação e exigências legais de 
informações. 14. Ajustes, classificações e avaliações dos itens patrimoniais 
exigidos pelas novas práticas contábeis adotadas no Brasil trazidas pela Lei 
Federal nº 11.638/07 e Lei Federal nº 11.941/09. 15. Estoques – tipos de 
inventários, critérios e métodos de avaliação. 16. Apuração do custo das 
mercadorias vendidas, tratamento contábil dos tributos incidentes em operações 
de compras e vendas. 
 
Nossas aulas, por seu turno, serão assim divididas: 
 
CRONOGRAMA 
Aula 00. 16.04.2014. Princípios e Normas Brasileiras de Contabilidade 
emanadas pelo Conselho Federal de Contabilidade - CFC. 
Aula 01. 26.04.2014. 1. Contabilidade: Conceito, objeto, objetivos, campo de 
atuação e usuários da informação contábil. 3. Conceitos, forma de avaliação, 
evidenciação, natureza, espécie e estrutura. 4. Atos e fatos administrativos. 5. 
Livros contábeis obrigatórios e documentação contábil. 6. Variação do 
patrimônio líquido – receita, despesa, ganhos e perdas. 7. Apuração dos 
resultados. 8. Regimes de apuração – caixa e competência. 9. Escrituração 
contábil – lançamentos contábeis; contas patrimoniais, resultado. 10. Fatos 
contábeis – permutativos, modificativos e mistos. 
Aula 02. 03.05.2014. 11. Itens Patrimoniais: conteúdo, conceitos, estrutura, 
formas de avaliação e classificação dos itens patrimoniais do ativo, do passivo e 
do patrimônio líquido. 14. Ajustes, classificações e avaliações dos itens 
patrimoniais exigidos pelas novas práticas contábeis adotadas no Brasil trazidas 
pela Lei Federal nº 11.638/07 e Lei Federal nº 11.941/09. 
Aula 03. 10.05.2014. 12. Demonstrações contábeis – balanço patrimonial. 
Aula 04. 17.05.2014. Demonstração do resultado do exercício. 
Aula 05. 24.05.2014. Demonstração de lucros ou prejuízos acumulados, 
demonstração das mutações do patrimônio líquido. 
Aula 06. 31.05.2014. Demonstração dos fluxos de caixa e demonstração do 
valor adicionado. 
Aula 07. 07.06.2014. 13. Notas explicativas às demonstrações contábeis – 
conteúdo, forma de apresentação e exigências legais de informações. 15. 
Estoques – tipos de inventários, critérios e métodos de avaliação. 16. Apuração 
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do custo das mercadorias vendidas, tratamento contábil dos tributos incidentes 
em operações de compras e vendas. 
 
Além da teoria, traremos aqui centenas de questões comentadas. Nosso foco 
claramente será a FUNDATEC. Mas as questões de contabilidade dessa banca 
são, na sua maioria, muito fáceis. Para um concurso do nível do ICMS RS, é de 
se esperar dificuldade maior. Assim, usaremos também questões de bancas 
tradicionais, como a FCC, a ESAF, e outras. 
 
O site Estratégia Concursos possui um ótimo Fórum para dúvidas, mas, para 
quem preferir, nossos e-mails são: 
 
gabrielrabelo@estrategiaconcursos.com.br 
lucianorosa@estrategiaconcursos.com.br 
 
Quaisquer dúvidas, por favor, enviem aos dois e-mails, para que ambos 
possamos ter ciência do que está se passando no curso. 
 
É isso! Vamos começar a nossa batalha?! 
 
Forte abraço! 
 
Gabriel Rabelo/Luciano Rosa. 
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TÓPICOS TRATADOS NA AULA DE HOJE 
 
Na aula de hoje veremos o seguinte tópico: 
 
Aula 00. 16.04.2014. Princípios e Normas Brasileiras de Contabilidade 
emanadas pelo Conselho Federal de Contabilidade - CFC. 
 
CONCEITO DE CONTABILIDADE. 
 
Inicialmente, temos de nos perguntar o que é a contabilidade. O que vem a ser? 
Existe uma definição formal para tanto, retirada do 1º Congresso Brasileiro de 
Contabilidade, em 1924, qual seja: 
 
Contabilidade é a ciência que estuda e pratica as funções de orientação, 
de controle e de registro dos atos e fatos de uma administração 
econômica. 
 
Atente-se: a contabilidade é uma ciência! 
 
Cuidado com questões que a definem como técnica, metodologia, e até 
mesmo arte! Apenas a título de exemplo, vejam como a ESAF explorou esta 
questão, lá nos idos de 1992, no concurso para Técnico do Tesouro Nacional: 
 
(ESAF/Técnico do Tesouro Nacional/Adaptada/1992) O Primeiro Congresso 
Brasileiro de Contabilidade, realizado na cidade do Rio de Janeiro, de 17 a 27 de 
agosto de 1924, formulou um conceito oficial de CONTABILIDADE. Assim, 
podemos afirmar que contabilidade é a metodologia especial concebida para 
captar, registrar, reunir e interpretar os fenômenos que afetam as situações 
patrimoniais, financeiras e econômicas de qualquer ente. 
 
Certo ou errado?! Errado. A contabilidade é uma ciência e não metodologia. 
 
As ciências contábeis ajudam a controlar e conhecer os elementos que o 
integram. Exemplifiquemos: Através da contabilidade, podemos saber quantas 
mercadorias a empresa X possui em seu estoque, quantos carros possui à 
disposição para realizar o frete destas mercadorias, qual o gasto mensal que 
esta empresa tem com salários, etc. 
 
OBJETO E CAMPO DE APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE 
 
Como ciência que é, a contabilidade possui um objeto. Esse objeto é o 
patrimônio das entidades. O patrimônio é o conjunto de bens, direitos e 
obrigações de uma entidade. 
 
A contabilidade se aplica às aziendas. Por azienda devemos entender o 
patrimônio de uma pessoa que é gerido de maneira organizada. A contabilidade 
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se aplica a entidades, que tenham fins lucrativos (empresários), quer não 
(União, Estados, associações, por exemplo). 
 
A Fundação Carlos Chagas abordou este tema na prova para Auditor Fiscal de 
Tributos Estaduais da Paraíba (item correto), nos idos de 2006, com a seguinte 
redação: 
 
(FCC/SEFAZ/PB/2006) O objeto e o campo de aplicação da contabilidade são 
respectivamente o patrimônio e a azienda. 
 
A doutrina costuma classificar a azienda, quanto ao fim a que se destina, em 
três tipos, a saber: 
 
1) Azienda econômica: Como, por exemplo, as empresas. Objetivo de lucro. 
2) Aziendas econômico-sociais: São exemplo as associações, cuja sobra 
líquida é destinado a outros fins que não a remuneração do capital empregado. 
Por exemplo, a associação de moradores da Barra da Tijuca reverte o dinheiro 
que obteve ao término do exercício com a limpeza e o cultivo de árvores na 
região. 
3) Aziendas sociais: Não possui escopo lucrativo, tal como a União, Estados, 
Municípios. 
 
OBJETIVO DA CONTABILIDADE E USUÁRIOS DAS DEMONSTRAÇÕES 
 
A contabilidade possui uma finalidade. Esta finalidade nos guiará ao longo do 
estudo das ciências contábeis. Senão vejamos. 
 
As demonstrações contábeis são elaboradas e apresentadas para usuários 
externos em geral, tendo em vista suas finalidades distintas e necessidades 
diversas. Governos, órgãos reguladores ou autoridades tributárias, por exemplo, 
podem determinar especificamente exigências para atender a seus próprios 
interesses. Essas exigências, no entanto, não devem afetar a elaboração das 
demonstrações contábeis. 
 
Demonstrações contábeis objetivam fornecer informações que sejam 
úteis na tomada de decisões econômicas e avaliações por parte dos 
usuários em geral, não tendo o propósito de atender finalidade ou necessidade 
específica de determinados grupos de usuários. 
 
Demonstrações contábeis elaboradas com tal finalidade satisfazem as 
necessidades comuns da maioria dos seus usuários, uma vez que quase todos 
eles utilizam essas demonstrações contábeis para a tomada de decisões 
econômicas, tais como: 
 
(a) decidir quando comprar, manter ou vender instrumentos patrimoniais; 
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(b) avaliar a administração da entidade quanto à responsabilidade que lhe 
tenha sido conferida e quanto à qualidade de seu desempenho e de sua 
prestação de contas; 
(c) avaliar a capacidade de a entidade pagar seus empregados e 
proporcionar-lhes outros benefícios; 
(d) avaliar a segurança quanto à recuperação dos recursos financeiros 
emprestados à entidade; 
(e) determinar políticas tributárias; 
(f) determinar a distribuição de lucros e dividendos; 
(g) elaborar e usar estatísticas da renda nacional; ou 
(h) regulamentar as atividades das entidades. 
 
Portanto, a finalidade da contabilidade é prover seus usuários de 
informações sobre a gestão dos negócios. 
 
Entre os usuários das demonstrações contábeis incluem-se investidores atuais e 
potenciais, empregados, credores por empréstimos, fornecedores e outros 
credores comerciais, clientes, governos e suas agências e o público. Eles usam 
as demonstrações contábeis para satisfazer algumas das suas diversas 
necessidades de informação. Essas necessidades incluem: 
 
(a) Investidores. Os provedores de capital de risco e seus analistas que se 
preocupam com o risco inerente ao investimento e o retorno que ele produz. 
Eles necessitam de informações para ajudá-los a decidir se devem comprar, 
manter ou vender investimentos. Os acionistas também estão interessados em 
informações que os habilitem a avaliar se a entidade tem capacidade de pagar 
dividendos. 
(b) Empregados. Os empregados e seus representantes estão interessados em 
informações sobre a estabilidade e a lucratividade de seus empregadores. 
Também se interessam por informações que lhes permitam avaliar a capacidade 
que tem a entidade de prover sua remuneração, seus benefícios de 
aposentadoria e suas oportunidades de emprego. 
(c) Credores por empréstimos. Estes estão interessados em informações que 
lhes permitam determinar a capacidade da entidade em pagar seus empréstimos 
e os correspondentes juros no vencimento. 
(d) Fornecedores e outros credores comerciais. Os fornecedores e outros 
credores estão interessados em informações que lhes permitam avaliar se as 
importâncias que lhes são devidas serão pagas nos respectivos vencimentos. Os 
credores comerciais provavelmente estarão interessados em uma entidade por 
um período menor do que os credores por empréstimos, a não ser que 
dependam da continuidade da entidade como um cliente importante. 
(e) Clientes. Os clientes têm interesse em informações sobre a continuidade 
operacional da entidade, especialmente quando têm um relacionamento a longo-
prazo com ela, ou dela dependem como fornecedor importante. 
(f) Governo e suas agências. Os governos e suas agências estão interessados 
na destinação de recursos e, portanto, nas atividades das entidades. Necessitam 
também de informações a fim de regulamentar as atividades das entidades, 
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estabelecer políticas fiscais e servir de base para determinar a renda nacional e 
estatísticas semelhantes. 
(g) Público. As entidades afetam o público de diversas maneiras. Elas podem, 
por exemplo, fazer contribuição substancial à economia local de vários modos, 
inclusive empregando pessoas e utilizando fornecedores locais. As 
demonstrações contábeis podem ajudar o público fornecendo informações sobre 
a evolução do desempenho da entidade e os desenvolvimentos recentes. 
 
PRINCIPAIS ASPECTOS DA RESOLUÇÃO 1.282/2010 DO CFC 
 
Como ciência, também, a contabilidade pauta-se em princípios. Princípio pode 
ser definido como a causa primária, o momento, o local ou trecho em que algo, 
uma ação ou um conhecimento, tem origem. E na Contabilidade não é diferente. 
 
Os princípios fundamentais que norteiam a contabilidade (conhecidos como 
princípios de contabilidade) estão previstos na Resolução do Conselho Federal de 
Contabilidade n. 750/93. Essa Resolução já passou por algumas mudanças, 
contudo, as mais importantes foram sem dúvidas as promovidas pela Resolução 
do CFC n. 1.282/10, cujo teor será o objeto de estudo desta aula. 
 
De antemão, as principais alterações promovidas pela Resolução de 2010 foram: 
 
PRINCIPAIS ASPECTOS DA RESOLUÇÃO 1.282/2010 DO CFC 
 
1 – Mudança de nomenclatura: os princípios não são mais denominados 
princípios fundamentais de contabilidade, mas tão-somente princípios de 
contabilidade. 
2 – Possuíamos 7 princípios, agora são somente 6, a saber: entidade, 
continuidade, oportunidade, registro pelo valor original, competência e 
prudência. 
3 – O princípio da atualização monetária foi incorporado ao do registro pelo valor 
original. 
 
Agora, vamos fazer um pequeno passeio na legislação antes de iniciarmos as 
questões. 
 
RESOLUÇÃO N. 750/93 DO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE 
(ATUALIZADA) 
 
CAPÍTULO I - DOS PRINCÍPIOS E DE SUA OBSERVÂNCIA 
 
Art. 1º Constituem PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE (PC) os enunciados por 
esta Resolução. 
 
§ 1º A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício 
da profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de 
Contabilidade (NBC). 
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Eis aqui um primeiro aspecto importanteda norma. Houve mudança de 
nomenclatura. Antes os princípios eram chamados de Princípios 
Fundamentais da Contabilidade. Com a mudança, passam a ser tratados 
como Princípios de Contabilidade. Esse já é um primeiro aspecto que pode 
ser cobrado em prova, por que não? 
 
Com efeito, se sou contabilista legalmente habilitado, deverei observar sempre a 
aplicação dos princípios de contabilidade quando do exercício da profissão. 
 
De igual sorte, quando da elaboração de alguma norma de contabilidade, os 
órgãos que a emitir deverá sempre o fazer em consonância com os princípios de 
contabilidade. 
 
§ 2º Na aplicação dos Princípios de Contabilidade há situações concretas e a 
essência das transações deve prevalecer sobre seus aspectos formais. (Redação 
dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10) 
 
Como exemplo deste parágrafo temos a seguinte situação: em regra, os bens 
registrados contabilmente na empresa são os de propriedade da empresa. 
Contudo, na situação de arrendamento mercantil (leasing) financeiro, embora o 
imobilizado não seja de propriedade formal da empresa, por ser muito provável 
que a empresa adquirirá o bem ao final do contrato, o registro é feito no 
arrendatário, considerando a essência sobre a forma. 
 
Assim, quando ALFA promove o arrendamento de um veículo de BETA e este 
arrendamento caracteriza-se, nos termos do CPC 06, como um arrendamento 
mercantil financeiro, devemos considera-lo como um ativo de ALFA, mesmo que 
juridicamente seja uma propriedade de BETA. Esta é, pois, uma exceção à regra 
de que na contabilidade devemos registrar somente os bens, direitos e 
obrigações da entidade que elabora as demonstrações contábeis. 
 
CAPÍTULO II - DA CONCEITUAÇÃO, DA AMPLITUDE E DA ENUMERAÇÃO 
 
Art. 2º Os Princípios de Contabilidade representam a essência das doutrinas e 
teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento 
predominante nos universos científico e profissional de nosso País. Concernem, 
pois, à Contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo 
objeto é o patrimônio das entidades. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 
1.282/10) 
 
A importância deste artigo está em enaltecer a importância dos princípios de 
contabilidade, sendo a essências das doutrinas e teorias das ciências contábeis. 
 
Reconhece, ainda, o patrimônio como objeto de estudo da Contabilidade. 
 
Continuemos... 
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Art. 3º São Princípios de Contabilidade: (Redação dada pela Resolução CFC nº. 
1.282/10) 
 
1) da ENTIDADE; 
2) o da CONTINUIDADE; 
3) o da OPORTUNIDADE 
4) o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL; 
5) da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA; (Revogado pela Resolução CFC nº. 1.282/10) 
6) o da COMPETÊNCIA 
7) o da PRUDÊNCIA. 
 
Antes das alterações possuíamos 7 princípios de Contabilidade. Agora, restaram-
nos somente 6. 
 
O princípio da atualização monetária foi incorporado ao princípio do 
registro pelo valor original. 
 
SEÇÃO I - O PRINCÍPIO DA ENTIDADE 
 
Art. 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da 
Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da 
diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios 
existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de 
pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com 
ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se 
confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou 
instituição. 
 
Parágrafo único – O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é 
verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não 
resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-contábil. 
 
Quando A e B celebram contrato para constituir uma sociedade LTDA e 
entregam para esta entidade cada um o montante de R$ 100.000,00, não 
poderão, a seu bel prazer e a qualquer tempo, reaver tal dinheiro em caso de 
necessidade. Uma vez constituída, passa a existir distinção entre a sociedade e a 
figura de seus sócios. No direito empresarial, tal distinção é conhecida como 
princípio da autonomia patrimonial da pessoa jurídica. Para nós, na 
contabilidade, será chamada de princípio da entidade. 
 
O cerne deste princípio está em separar o patrimônio dos sócios do 
patrimônio da pessoa jurídica. 
 
É a pessoa jurídica que é objeto de direito, e não os seus sócios. Assim, é a 
sociedade que realiza a compra de mercadorias, pertencendo a ela (e não aos 
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sócios) o produto que fora comprado. As receitas são reconhecidas pela entidade 
também e não como patrimônio pessoal dos sócios e assim por diante. 
 
Acerca do parágrafo único, façamos as considerações pertinentes. O parágrafo 
único do artigo 4º propõe que o ”patrimônio pertence à entidade, mas a 
recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios 
autônomos não resulta em nova entidade, mas numa unidade de natureza 
econômico-contábil”. 
 
Imagine-se que uma pessoa jurídica possui um estabelecimento empresarial. 
Suponhamos que essa empresa possua um carro. Ora, este carro pertence à 
empresa, mas a empresa não pertence a este carro, de modo que pode o veículo 
sofrer operações como compra/venda, permuta, etc, sem que se altere a 
natureza da entidade. Assim, concluímos que o patrimônio pertence à entidade, 
mas a recíproca não é verdadeira. 
 
A segunda parte da norma diz que a soma ou agregação contábil de patrimônios 
autônomos não resulta em nova entidade, mas numa unidade de natureza 
econômico-contábil. Assim, no caso de consolidação de balanços entre empresas 
controladas ou coligadas com influência significativa, não teremos uma nova 
entidade, mas somente uma unidade de natureza econômico-contábil, que será 
evidenciada, por exemplo, pelas demonstrações consolidadas. 
 
SEÇÃO II - O PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE 
 
Art. 5º O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em 
operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos 
componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância. (Redação dada 
pela Resolução CFC nº. 1.282/10) 
 
O princípio da continuidade teve sua redação alterada. Contudo, sua essência é 
a mesma: a empresa deve ser avaliada e escriturada na suposição de que 
a entidade não será extinta, está em funcionamento contínuo. As 
mudanças apenas facilitaram o entendimento anterior. 
 
O princípio da continuidade está diretamente ligado à avaliação dos ativos e 
passivos da empresa. 
 
Basicamente, todo o ativo fica registrado por valores de entrada. Por 
exemplo, as máquinas e equipamentos ficam registrados pelos valores que a 
empresa pagou, menos a depreciação acumulada e eventual ajuste para perdas. 
Esse critério de avaliação é válido em função da continuidade esperada da 
empresa. 
 
Se não houver continuidade (se a empresa for fechar as portas), aí não importa 
mais quanto a empresa pagou pelas máquinas; interessa saber por quanto elas 
serão vendidas. 
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Assim, na ausência de continuidade, saímos de uma contabilidade 
basicamente a preços de entrada para uma contabilidade a preços de 
saída. 
 
No caso do passivo, se a empresa tiver dívidas a longo prazo e houver 
descontinuidade, as dívidas passam a ter vencimento antecipado (ninguém vaificar com dívidas de uma empresa fechada; se houver falência, os credores irão 
se habilitar junto à massa falida, enfim , vão tomar as providências necessárias 
para receber a dívida). 
 
SEÇÃO III - O PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE 
 
Art. 6º O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e 
apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras 
e tempestivas. 
 
Parágrafo único. A falta de integridade e tempestividade na produção e na 
divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por 
isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da 
informação. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10) 
 
Este princípio também ganhou nova roupagem, mais enxuta. A informação 
contábil necessita ser tempestiva e íntegra (essas são as duas palavras 
chaves). A tempestividade ajuda de modo consistente na produção de 
informação para a tomada de decisões acertadas. Quanto mais tempestiva 
(rápida) uma informação, mais subjetiva ela se torna, uma vez que a rápida 
produção de uma informação contábil pode estar desprovida de elementos que 
provem sua integridade e confiabilidade, e vice-versa. 
 
Por exemplo, uma S/A anuncia a venda de uma filial no momento em seguida à 
realização da venda (logo após fechar o negócio). O anúncio é feito verbalmente 
na imprensa, sem explicar pormenorizadamente a situação. Essa informação foi 
tempestiva (até demais), porém, não foi íntegra, pois não se pautou em 
documentos, notas, contratos, que são documentos que garantiriam a 
fidedignidade da informação contábil. Por isso, deve-se fazer a ponderação 
entre a oportunidade e a confiabilidade da informação. 
 
SEÇÃO IV - O PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL 
 
Art. 7º O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os 
componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores 
originais das transações, expressos em moeda nacional. 
 
Os fatos contábeis serão registrados pelo seu valor original! Exemplo: Se 
compramos um carro por R$ 30.000, esse é o valor que deverá constar na 
contabilidade, o chamado custo histórico. 
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§ 1º As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus distintos 
e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas: 
 
I – Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem 
pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que 
são entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são registrados 
pelos valores dos recursos que foram recebidos em troca da obrigação ou, em 
algumas circunstâncias, pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os 
quais serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações; 
e 
 
Exemplifiquemos. Compramos um veículo por R$ 30.000,00. Este é o custo 
histórico, pois é o valor pago (em caixa) para aquisição deste ativo. Se, ao 
revés, adquirimos mercadorias, por R$ 50.000,00, este é o nosso custo 
histórico, pois é o quanto será necessário para liquidar este passivo no curso 
normal das operações (o quanto sairá do caixa). Todavia, estes valores podem 
sofrer variações. São as chamadas variações do custo histórico a que o CFC 750 
alude no item II a seguir. São variações do custo histórico: custo corrente, valor 
realizável, valor presente, valor justo e atualização monetária. 
 
Atenção: Cada tipo de ativo/passivo estará sujeito a uma ou mais espécies de 
variações, mas não necessariamente todas. Isso será estudado com maior 
tenacidade ao longo do curso. Mas é essencial que fique claro desde já. Por 
exemplo, o veículo adquirido acima está sujeito ao teste de recuperabilidade 
(previsto no artigo 183, §3º da Lei 6.404/76 e regulamentando no CPC 01). Se o 
veículo tiver um valor recuperável de somente R$ 25.000,00, faremos um ajuste 
em seu custo histórico, para adequá-lo ao valor recuperável. Não trabalhamos, 
neste caso, com o conceito de valor presente, valor justo, atualização monetária 
e custo corrente. A este caso aplicou-se tão-somente o ajuste a valor 
recuperável. É essencial que isso fique claro. 
 
II – Variação do custo histórico. Uma vez integrado ao patrimônio, os 
componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações 
decorrentes dos seguintes fatores: 
 
a) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou 
equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos 
equivalentes fossem adquiridos na data ou no período das demonstrações 
contábeis. Os passivos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes 
de caixa, não descontados, que seriam necessários para liquidar a obrigação na 
data ou no período das demonstrações contábeis; 
 
O que vem a ser o custo corrente? Vejamos... 
 
Os estoques são contabilizados pelo valor de compra (valor original). Depois, 
devem ser avaliados pela regra custo ou mercado, dos dois o menor. 
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Atualmente, o “valor de mercado” é chamado de “valor justo”. Então agora 
temos custo ou valor justo, dos dois o menor. 
 
Pois bem. Imagine-se que uma empresa comprou matéria prima, digamos, 
comprou ácido sulfônico para usar em alguns produtos químicos. 
 
Chegado a época de fechar o balanço, a empresa ainda tem ácido sulfônico em 
estoque. 
 
O que seria o valor justo para o ácido sulfônico? 
 
Se a empresa não costuma vender esse material, não podemos usar o valor que 
a empresa conseguiria numa eventual venda de ácido sulfônico. Se ela não tem 
tradição, não fabrica ácido sulfônico, não conhece ou não tem relacionamento 
comercial com possíveis compradores desse produto, então o preço que ela 
poderia estimar numa eventual venda não é o valor justo (provavelmente seria 
menor que o valor justo). 
 
Assim, para as matérias primas, o valor justo é o valor que a empresa iria 
gastar para comprar o produto dos fabricante/vendedores de ácido sulfônico. 
 
Veja o texto da lei 6404/76: 
 
§ 1o Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se valor justo: 
(Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) 
 
a) das matérias-primas e dos bens em almoxarifado, o preço pelo qual 
possam ser repostos, mediante compra no mercado; 
 
O que isso tem a ver com o custo corrente? 
 
Veja a definição de custo corrente: os ativos são reconhecidos pelos valores em 
caixa ou equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou 
ativos equivalentes fossem adquiridos na data ou no período das demonstrações 
contábeis. 
 
Ou seja, o custo corrente é o custo de reposição, ou melhor, o valor que a 
empresa pagaria hoje pela matéria prima, se fosse comprá-la. 
 
Explicando de outra forma: numa negociação, temos o lado Vendedor e o lado 
Comprador. Para o Vendedor, o valor justo é o preço líquido de venda (é o preço 
do produto que ele está vendendo, menos as despesas necessárias para efetuar 
a venda). E para o comprador, o valor justo é o preço de compra ou preço de 
reposição ou preço corrente (é o preço que ele está pagando pelos produtos 
adquiridos). 
 
Mas há outro aspecto que precisamos examinar, quanto à avaliação das 
matérias primas. 
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Os estoques destinados à venda (estoques de produtos acabados) só podem 
gerar dinheiro (futuros benefícios econômicos)para a empresa com a venda. 
 
No caso de matéria prima, elas podem ser vendidas ou podem ser usadas na 
fabricação de produtos acabados. 
 
Vamos voltar ao exemplo do ácido sulfônico: se o valor do estoque for de R$ 
10.000, e o custo corrente (custo de reposição, o preço que vai custar para 
comprar mais ácido sulfônico) cair e for de R$ 9.500, em princípio, deveríamos 
reconhecer uma perda (debita “despesa com perda em estoque – resultado” e 
credita “ajuste para perdas prováveis em estoque – retificadora do ativo). 
 
Mas se os produtos nos quais o ácido sulfônico não tiver queda de preço, então 
não há perda. 
 
É semelhante ao teste de recuperabilidade, temos o valor realizável líquido (no 
caso é o custo corrente) e o valor em uso (referente ao uso da matéria prima 
para fabricar os produtos acabados). 
 
b) Valor realizável. Os ativos são mantidos pelos valores em caixa ou 
equivalentes de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em uma forma 
ordenada. Os passivos são mantidos pelos valores em caixa e equivalentes de 
caixa, não descontados, que se espera seriam pagos para liquidar as 
correspondentes obrigações no curso normal das operações da Entidade; 
 
Suponha que a empresa Alfa tenha mercadorias registradas por R$ 100,00. O 
CPC 16, que trata sobre estoques prescreve: 
 
9. Os estoques objeto deste Pronunciamento devem ser mensurados pelo valor 
de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor. 
 
O próprio CPC traz uma noção do que diz ser valor realizável: 
 
Valor realizável líquido é o preço de venda estimado no curso normal dos 
negócios deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos 
estimados necessários para se concretizar a venda. 
 
Se, por exemplo, este estoque só puder ser vendido por R$ 90,00, com 
despesas de vendas de R$ 5,00, nosso valor realizável líquido será, portanto, de 
R$ 85,00. Nesse caso, precisaríamos ajustar o valor do estoque para R$85,00. 
 
c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do 
fluxo futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no 
curso normal das operações da Entidade. Os passivos são mantidos pelo valor 
presente, descontado do fluxo futuro de saída líquida de caixa que se espera 
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seja necessário para liquidar o passivo no curso normal das operações da 
Entidade; 
 
Em lição comezinha, valor presente é quanto vale hoje um ativo ou passivo 
pertencente à empresa. O ajuste a valor presente está previsto na Lei 6.404/76 
para ativos e passivos de longo prazo e para os de curto prazo (estes apenas 
quando houver efeito relevante) – artigo 183, VIII e artigo 184, III. Se tenho 
um ativo de longo prazo, uma duplicata a receber, por exemplo, no valor de R$ 
200.000,00, com juros sobre este valor de R$ 50.000,00. Qual o seu valor 
presente? É no valor de R$ 150.000,00. 
 
d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo 
liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem 
favorecimentos; e 
 
Valor justo de um ativo é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado entre 
partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com 
ausência de fatores que pressionem para a liquidação da transação ou que 
caracterizem uma transação compulsória. A norma diz a palavra “trocado”. 
Lembre-se, contudo, que essa troca do ativo pode ser realizada entre ATIVO x 
DINHEIRO, o que configuraria uma venda. Geralmente esse valor justo vai 
corresponder ao valor de mercado. Uma pessoa quer comprar algo, procura 
alguém que tenha esse algo e tenha também interesse na venda, fecham um 
negócio naturalmente, sem influências um sobre o outro. Esse é o valor justo. 
 
Segundo a Lei 6.404/76: 
 
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes 
critérios: 
 
I - as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos 
e títulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo 
prazo: 
a) pelo seu VALOR JUSTO, quando se tratar de aplicações destinadas à 
negociação ou disponíveis para venda; 
 
e) Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da 
moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o 
ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais. 
 
§ 2º São resultantes da adoção da atualização monetária: 
 
I – a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não 
representa unidade constante em termos do poder aquisitivo; 
 
II – para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das transações 
originais, é necessário atualizar sua expressão formal em moeda nacional, a fim 
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de que permaneçam substantivamente corretos os valores dos componentes 
patrimoniais e, por consequência, o do Patrimônio Líquido; e 
 
III – a atualização monetária não representa nova avaliação, mas tão somente o 
ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a aplicação 
de indexadores ou outros elementos aptos a traduzir a variação do poder 
aquisitivo da moeda nacional em um dado período. (Redação dada pela 
Resolução CFC nº. 1.282/10) 
 
O princípio da atualização monetária continua com o mesmo teor do que 
prescrevia a Resolução antes do CFC 1.282/10. O que houve foi a mudança de 
posicionamento, tornando-se “espécie” do genérico princípio do Registro pelo 
Valor Original. 
 
SEÇÃO VI - O PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA 
 
Art. 9º O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e 
outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, 
independentemente do recebimento ou pagamento. 
 
Exemplificando, se a remuneração de pessoal de uma empresa referente ao mês 
de dezembro de 2010 atrasar. O pagamento só vai ocorrer em janeiro de 2011. 
Quando será feito o registro na Contabilidade? Ora, o pagamento se referirá a 
que mês? Em que mês houve o fato gerador dessa despesa? Bem, em 
dezembro. Logo, dar-se-á o registro contábil ainda no mês de dezembro, 
independentemente do pagamento. O mesmo vale para as receitas. 
 
Parágrafo único. O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade 
da confrontação de receitas e de despesas correlatas. (Redação dada pela 
Resolução CFC nº. 1.282/10). 
 
Assim, quando realizo a venda de uma mercadoria e procedo à sua entrega, 
devo reconhecer simultaneamente a receita de vendas e todas as despesas que 
correspondam a essa venda. 
 
Atenção: O regime a se utilizar na contabilidade é o da competência, que 
contabiliza receitas e despesas quando incorridas. Todavia, as micro e pequenas 
empresas podem se utilizar do regime de caixa. 
 
Dispõe a Resolução n. 94 do Comitê Gestor do Simples Nacional que: 
 
Art. 61. A ME ou EPP optante pelo Simples Nacional deverá adotar para os 
registros e controles das operações e prestações por ela realizadas: (Lei 
Complementar n º 123, de 2006, art. 26, §§ 2 º e 4 º ) 
 
I - Livro Caixa, no qual deverá estar escriturada toda a sua movimentação 
financeira e bancária; 
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(...) 
 
§ 3 º A apresentação da escrituração contábil, em especial do Livro Diário e do 
Livro Razão, dispensa a apresentação do Livro Caixa. 
 
O livro caixa escritura receitas e despesas conforme hajapagamento ou 
recebimento. Por seu turno, livros diário e razão coadunam com o princípio da 
competência. Portanto, a questão tomou como absoluto algo que comporta uma 
pequena exceção. 
 
SEÇÃO VII - O PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA 
 
Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os 
componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se 
apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações 
patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. 
 
O entendimento é o seguinte: quando se apresentem alternativas válidas para 
quantificação das mutações patrimoniais que alterem o PL, escolhe-se o menor 
valor para o ativo, e maior valor para o Passivo. Assim, se é possível que a 
conta clientes fique avaliada pelo total de vendas, no montante de R$ 
100.000,00, mas, se é possível também estimar que 5% desses valores não 
serão recebíveis, deveremos fazer a provisão adequada, em homenagem ao 
princípio da prudência. 
 
Parágrafo único. O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo grau de 
precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas em certas 
condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam 
superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo 
maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos 
componentes patrimoniais. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10) 
 
Neste parágrafo único o princípio da Prudência adverte sobre o cuidado a ser 
tomado quando da utilização de valorações de ativos e passivos que envolvam 
condições de incerteza, isto é, de subjetividade. Assim, ao mesmo tempo em 
que o contabilista reconhece as variações patrimoniais decorrentes, por 
exemplo, da ação do tempo, intempéries (como a depreciação), em virtude do 
princípio do registro pelo valor original deve ter o zelo necessário para retratar 
sempre a realidade existente na empresa. 
 
Art. 11. A inobservância dos Princípios de Contabilidade constitui infração nas 
alíneas “c”, “d” e “e” do art. 27 do Decreto-Lei n.º 9.295, de 27 de maio de 1946 
e, quando aplicável, ao Código de Ética Profissional do Contabilista. (Redação 
dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10) 
 
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Art. 12. Revogada a Resolução CFC n.º 530/81, esta Resolução entra em vigor 
a partir de 1º de janeiro de 1994. 
 
 
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QUESTÕES COMENTADAS 
 
01. (FUNDATEC/CAGE RS/Auditor/2014 – prova reaplicada) – De acordo 
com a NBC T 1, aprovada pela Resolução CFC 1.121/2008, “os efeitos das 
transações e outros eventos são reconhecidos quando ocorrem e são lançados 
nos registros contábeis e reportados nas demonstrações contábeis dos períodos 
a que se referem. Dessa forma, apresentam informações sobre transações 
passadas e outros eventos que sejam as mais úteis aos usuários na tomada de 
decisões econômicas”. Tal definição se refere ao princípio da: 
 
A) Competência 
B) Continuidade 
C) Entidade 
D) Oportunidade 
E) Prudência 
 
Comentário: 
O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros 
eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, 
independentemente do recebimento ou pagamento. Ou seja, são 
contabilizados e incluídos nas demonstrações contábeis quando ocorrem, e não 
quando do pagamento ou recebimento. 
 
Gabarito provisório  A 
 
 
02. (FUNDATEC/CAGE RS/Auditor/2014 – prova reaplicada) – O Princípio 
contábil da Prudência determina a adoção 
 
A) do maior valor para os componentes do Ativo e do maior para os do Passivo, 
sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação 
das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. 
 
B) do menor valor para os componentes do Ativo e do menor para os do 
Passivo, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a 
quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. 
 
C) do maior valor para os componentes do Ativo e do menor para os do 
Passivo, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a 
quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. 
 
D) do menor valor para os componentes do Ativo e do menor ou igual valor 
para os do Passivo, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas 
para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio 
líquido. 
 
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E) do menor valor para os componentes do Ativo e do maior para os do 
Passivo, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a 
quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. 
Comentário: 
Vamos ver o Princípio da Prudência: 
 
Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do MENOR valor para os 
componentes do ATIVO e do MAIOR para os do PASSIVO, sempre que se 
apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações 
patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. 
 
Gabarito provisório  E 
 
03. (FUNDATEC/Contador/CREA/PR/2013) Qual o Princípio que se refere 
ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para 
produzir informações íntegras e tempestivas? 
 
A) Entidade. 
B) Oportunidade. 
C) Prudência. 
D) Registro pelo Valor Original. 
E) Competência 
 
Comentários : 
 
Art. 6º O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e 
apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras 
e tempestivas. 
 
Gabarito  B. 
 
 
04. (FUNDATEC/Contador/CEEE/RS/2010) Os Princípios Fundamentais de 
Contabilidade, normatizados pelo Conselho Federal de Contabilidade, são de 
observância obrigatória no exercício da profissão do Contador e, portanto, 
devem ser de pleno domínio do profissional. Um desses princípios é o que se 
refere, simultaneamente, à tempestividade e à integridade do registro do 
patrimônio e das suas mutações, determinando que este seja feito de imediato e 
com a extensão correta, independentemente das causas que as originaram. 
 
Esse é o Princípio da 
 
A) Competência. 
B) Continuidade. 
C) Oportunidade. 
D) Prudência. 
E) Simultaneidade. 
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Comentários : 
 
Art. 6º O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e 
apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras 
e tempestivas. 
 
Gabarito  C. 
 
05. (FUNDATEC/Técnico em Contabilidade/PREVIRG/2010) As receitas e 
as despesas das empresas são apropriadas ao período em função de sua 
incorrência e da vinculação da despesa à receita, independentemente de seus 
reflexos no caixa. Essa é uma exigência da legislação societária, ou seja, 
segundo essa legislação, as empresas adotam o Regime de: 
 
A) Caixa. 
B) Competência. 
C) Exceção. 
D) Partidas Dobradas. 
E) Partidas Simples. 
 
Comentários: 
 
Segundo a Resolução n. 750/93 do CFC: 
 
Art. 9º O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e 
outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, 
independentemente do recebimento ou pagamento.Gabarito  B. 
 
6. (CESGRANRIO/Técnico Administrativo/BNDES/2013) Há um princípio 
que obriga a Contabilidade a reconhecer a receita, no momento da emissão de 
seu documento fiscal, independente de seu recebimento. 
 
Tal princípio é o do(a) 
 
a) regime de competência 
b) regime de caixa 
c) relevância 
d) confiabilidade 
e) continuidade 
 
Comentários 
 
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O princípio que obriga a Contabilidade a reconhecer a receita, no momento da 
emissão de seu documento fiscal, independente de seu recebimento, é o da 
competência. 
 
Gabarito  A. 
 
7. (FUNCAB/Analista Contábil/MPE/RO/2012) A redução ao valor 
recuperável (impairment test) é um exemplo de aplicação do Princípio Contábil 
da: 
 
a) Continuidade 
b) Prudência. 
c) Oportunidade 
d) Correção Monetária. 
e) Entidade. 
 
Comentários 
 
O teste de recuperabilidade (também conhecido por “impairment test”) tem 
como finalidade principal apresentar o valor real pelo qual um ativo será 
realizado. 
 
Essa realização poderá ser feita tanto pela venda do bem, quanto pela sua 
utilização nas atividades empresariais. 
 
O CPC 01 prega que a finalidade do teste de recuperabilidade é assegurar que 
seus ativos estejam registrados contabilmente por valor que não exceda 
seus valores de recuperação. 
 
A norma define como valor recuperável de um ativo ou de uma unidade 
geradora de caixa é o maior valor entre o valor justo líquido de despesas de 
venda (nova nomenclatura para o antigo valor líquido de venda) de um ativo e 
seu valor em uso. 
 
Desta forma, temos de comparar o valor contábil líquido (isto é, subtraído de 
depreciação, amortização, exaustão) com o valor recuperável (que é o maior 
valor entre o valor de venda do ativo ou o valor de uso deste bem/direito). 
 
A aplicação do teste de recuperabilidade está em plena consonância com o 
princípio da prudência. 
 
Gabarito  B. 
 
8. (FUNCAB/Analista Contábil/MPE/RO/2012) A influência no valor 
econômico dos ativos e, em muitos casos, no valor de vencimento dos passivos, 
especialmente devido a um prazo determinado, previsto ou previsível para que o 
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patrimônio tenha cumprido sua destinação social e a sua finalidade se extinga, é 
apresentada no Princípio Contábil da: 
 
a) Prudência. 
b) Oportunidade. 
c) Entidade. 
d) Continuidade. 
e) Competência. 
 
Comentários 
 
O princípio da continuidade está diretamente ligado à avaliação dos ativos e 
passivos da empresa. 
 
Basicamente, todo o ativo fica registrado por valores de entrada. Por 
exemplo, as máquinas e equipamentos ficam registrados pelos valores que a 
empresa pagou, menos a depreciação acumulada e eventual ajuste para perdas. 
Esse critério de avaliação é válido em função da continuidade esperada da 
empresa. 
 
Se não houver continuidade (se a empresa for fechar as portas), aí não importa 
mais quanto a empresa pagou pelas máquinas; interessa saber por quanto elas 
serão vendidas. 
 
Assim, na ausência de continuidade, saímos de uma contabilidade 
basicamente a preços de entrada para uma contabilidade a preços de 
saída. 
 
No caso do passivo, se a empresa tiver dívidas a longo prazo e houver 
descontinuidade, as dívidas passam a ter vencimento antecipado (ninguém vai 
ficar com dívidas de uma empresa fechada; se houver falência, os credores irão 
se habilitar junto à massa falida, enfim , vão tomar as providências necessárias 
para receber a dívida). 
 
Gabarito  D. 
 
 
9. (FCC/Auditor Fiscal/ISS SP/2007) Em relação ao princípio contábil da 
Competência, é correto afirmar que 
 
(A) o reconhecimento de despesas deve ser efetuado quando houver o efetivo 
desembolso financeiro por parte da pessoa jurídica que efetuou o gasto. 
(B) uma despesa é considerada incorrida quando há um surgimento de um 
ativo, sem o concomitante desaparecimento de um passivo. 
(C) as perdas involuntárias de ativos por razões fortuitas ou por força maior não 
devem ser computadas na apuração do resultado do exercício, porque não estão 
correlacionadas com a realização de receitas. 
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(D) as receitas são consideradas realizadas, nas transações com terceiros, 
quando estes efetuarem o pagamento. 
(E) a extinção, mesmo que parcial, de um passivo, sem o desaparecimento 
concomitante de um ativo, de valor igual ou maior, é considerada realização de 
receita. 
 
Comentários 
 
As contas de resultado servem para apurar o lucro/prejuízo do exercício. Essas 
contas de resultado podem ser de receita ou de despesa. Se as receitas se 
sobrepuserem às despesas, teremos então lucro. Ao revés, prejuízo. 
 
Regime de caixa é o regime contábil que apropria as receitas e despesas no 
período de seu recebimento ou pagamento, respectivamente, 
independentemente do momento em que são realizadas. 
 
Regime de competência é o que apropria receitas e despesas ao período de 
sua realização, independentemente do efetivo recebimento das receitas ou do 
pagamento das despesas. 
 
o regime a ser utilizado na contabilidade é o de competência. Assim, se 
temos uma conta de luz que vence em janeiro de 2010, referente a janeiro de 
2010, devemos lançar este valor como despesa em janeiro de 2010, mesmo se 
o pagamento se der, por exemplo, só em março de 2010. 
 
Se anteciparmos o pagamento de um empregado em junho de 2011, por um 
serviço que ele prestará somente em março de 2012, a despesa com salário só 
será lançada em março de 2012, pois é nesse período que houve a efetiva 
despesa. 
 
Por exemplo: 
 
Recebimento da fatura de luz em dezembro de 2009, referente ao mês de 
novembro de 2009, para pagamento em janeiro de 2010. 
 
Quando lançaremos como despesa de acordo com o regime de competência? 
 
Ora, temos de procurar a quando a prestação, fatura, se refere. Utilizamos a luz 
em novembro. Então, em novembro devemos lançar como despesa, pelo 
lançamento: 
 
D – Despesa com energia elétrica (Despesa – Resultado) 
C – Contas a pagar (Passivo) 
 
Aí, quando do pagamento, vamos fazer o lançamento para dar baixa no passivo, 
assim: 
 
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D – Contas a pagar 
C – Caixa 
 
Esse é o regime de competência. Ele está consagrado em um princípio contábil 
de mesmo nome, chamado princípio da competência. Esse princípio está 
previsto na Resolução 750/93, do CFC, que prega: 
 
Art. 9º O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e 
outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, 
independentemente do recebimento ou pagamento. 
 
Parágrafo único. O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da 
confrontação de receitas e de despesas correlatas. (Redação dada pela 
Resolução CFC nº. 1.282/10). 
 
Passemos agora ao regime de caixa. 
 
O regime de caixa, como já dito acima, é o regime contábil que apropria as 
receitas e despesas no período de seu recebimento ou pagamento, 
respectivamente, independentemente do momento em que são realizadas. 
 
Assim, para o regime de caixa, se o salário foi pago em dezembro, é neste mês 
que devemos considerar a despesa como incorrida. Se uma venda teve seu 
recebimentoem janeiro, independentemente se a entrega das mercadorias for a 
posteriori, reconheceremos a receita em janeiro! E assim por diante. 
 
Analisemos as assertivas: 
 
(A) o reconhecimento de despesas deve ser efetuado quando houver o 
efetivo desembolso financeiro por parte da pessoa jurídica que efetuou 
o gasto. 
 
O item está incorreto, pois se refere ao regime de caixa. 
 
(B) uma despesa é considerada incorrida quando há um surgimento de 
um ativo, sem o concomitante desaparecimento de um passivo. 
 
O item b está incorreto. O surgimento de um ativo sem o corresponde 
desaparecimento de um passivo é considerado como uma receita. 
 
Por exemplo, recebimento de juros no valor de R$ 100,00 relativos a um 
empréstimo efetuado pela empresa ALFA. O lançamento é o seguinte: 
 
D – Bancos (ativo) 100,00 
C – Receita de juros (receita) 100,00 
 
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(C) as perdas involuntárias de ativos por razões fortuitas ou por força 
maior não devem ser computadas na apuração do resultado do 
exercício, porque não estão correlacionadas com a realização de 
receitas. 
 
O item está incorreto. Remetendo à contabilidade de custos, temos o seguinte: 
Perda é um bem ou serviço consumidos de forma anormal e involuntária. 
 
PERDAS NORMAIS NO PROCESSO DE PRODUÇÃO: são consideradas parte 
do custo dos produtos. 
 
PERDAS ANORMAIS: vão diretamente para o resultado do período. 
 
(D) as receitas são consideradas realizadas, nas transações com 
terceiros, quando estes efetuarem o pagamento. 
 
A letra d está incorreta, pois o regime de competência considera as receita no 
momento em que incorrerem, independentemente de recebimento ou 
pagamento. 
 
(E) a extinção, mesmo que parcial, de um passivo, sem o 
desaparecimento concomitante de um ativo, de valor igual ou maior, é 
considerada realização de receita. 
 
A letra E é nosso gabarito. Imaginemos que tenhamos uma dívida com um 
fornecedor e, repentinamente, temos o valor desta obrigação anistiado por ele. 
Neste caso, reconheceremos uma receita no resultado do exercício. 
 
Gabarito  E. 
 
 
10. (FCC/Auditor Fiscal/ISS SP/2007) O princípio contábil que se relaciona 
diretamente à quantificação dos componentes patrimoniais e à formação do 
resultado, além de constituir dado importante para aferir a capacidade futura de 
geração de resultados é o Princípio 
 
(A) da Continuidade. 
(B) do Registro pelo valor original. 
(C) da Oportunidade. 
(D) da Entidade. 
(E) da Prudência. 
 
Comentários 
 
A questão se refere ao princípio da continuidade. Pelo princípio da 
continuidade, devemos trabalhar pressupondo que a empresa se manterá em 
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exercício, continuará operando. Quantificaremos componentes patrimoniais e 
registraremos receitas e despesas partindo desses pressupostos. 
 
Gabarito  A. 
 
11. (FCC/Analista Judiciário/Contabilidade/TJ PE/2012) A adoção do 
menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, 
sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação 
das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido, é determinada pelo 
princípio 
 
 a) da entidade. 
 b) da continuidade. 
 c) do registro pelo valor original. 
 d) da prudência. 
 e) da competência. 
 
Comentários 
 
A questão faz alusão ao já estudado princípio da prudência. 
 
Gabarito  D. 
 
12. (FCC/Analista Contábil/TRE-SE/2007) De acordo com a Resolução CFC 
750/93, o Princípio Fundamental de Contabilidade, que se refere 
simultaneamente à tempestividade e à integridade do registro do patrimônio e 
das suas mutações, determinando que este seja feito de imediato e com a 
extensão correta, independentemente das causas que as originaram, é o da 
 
(A) Entidade. 
(B) Competência. 
(C) Integridade. 
(D) Oportunidade. 
(E) Continuidade. 
 
Comentários 
 
O princípio da oportunidade refere-se ao momento em que devem ser 
registradas as variações patrimoniais. Devem ser feitas imediatamente e de 
forma integral, independentemente das causas que as originaram, contemplando 
os aspectos físicos e monetários. 
 
Quando se tratar de um fato futuro, o registro deverá ser feito desde que 
tecnicamente estimável mesmo existindo razoável certeza de sua ocorrência. 
São os casos de Provisões para Férias, para Contingências, etc. A questão 
refere-se ao princípio da Oportunidade. 
 
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Gabarito  Letra D. 
 
13. (FCC/Analista Judiciário/Contabilidade/TRE-PB) De acordo com os 
Princípios Contábeis Fundamentais de Contabilidade, ao se verificar a extinção 
de um passivo, qualquer que seja o motivo, a utilização de um ativo de valor 
superior gera na entidade na qual esse evento foi identificado 
 
(A) um ganho patrimonial registrado em Patrimônio Líquido. 
(B) uma despesa no período em que o fato ocorrer. 
(C) uma receita não operacional reconhecida no exercício. 
(D) um lançamento em conta de resultado de exercícios futuros. 
(E) um ganho de capital registrado em conta de Patrimônio Líquido. 
 
Comentários 
 
Tomemos como exemplo um empréstimo que a empresa tenha feito, no valor de 
R$ 1.000, com juros de 10%, para pagamento único. Quando for efetuado o 
pagamento, será feito o seguinte lançamento: 
 
D – Empréstimos a pagar (PC) 1.000 
D – Despesas de Juros (Resultado) 100 
C – Caixa (AC) 1.100 
 
Vejam que houve extinção de um passivo, em contrapartida, a utilização do 
ativo se dá em valor superior ao do passivo. Haverá, portanto, geração de 
despesas. O gabarito da questão é a letra B. 
 
Gabarito  B. 
 
14. (FCC/Analista Legislativo/Contador/2007) A Cia. Astral tem como 
sócio presidente o Sr. Carlos Alberto. A empresa, neste último exercício, vem 
atravessando sérias dificuldades financeiras em função de dois outros 
concorrentes terem se instalado na mesma região, disputando mercado que 
anteriormente era somente seu. 
 
O Sr. Carlos Alberto habitualmente apresenta suas despesas pessoais para 
serem contabilizadas e pagas pela empresa. Ao fazer isso o Sr. Carlos Alberto 
está infringindo o Princípio/Norma Contábil 
 
(A) da continuidade. 
(B) do conservadorismo. 
(C) da entidade. 
(D) do custo como base de valor. 
(E) da competência. 
 
Comentários 
 
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O princípio ferido empresa é o princípio da entidade, haja vista que ele 
reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia 
patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no 
universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma 
pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer 
natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta 
acepção, o patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou 
proprietários, no caso de sociedade ou instituição. 
 
Gabarito  C. 
 
15. (FCC/AFRE SEFAZ PB/2006) O princípio contábil que impõe a escolha de 
hipótese que resulte menor patrimônio líquido, quando se apresentarem opções 
igualmente aceitáveis diante dos demais Princípios Fundamentais da 
Contabilidade, é o Princípio da 
 
(A) Prudência.(B) Oportunidade. 
(C) Competência. 
(D) Entidade. 
(E) Continuidade. 
 
Comentários 
 
O princípio da prudência especifica que ante duas alternativas, igualmente 
válidas, para a quantificação da variação patrimonial, será adotado o menor 
valor para os bens ou direitos e o maior valor para as obrigações ou 
exigibilidades. Assim, quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis 
diante dos outros princípios fundamentais de contabilidade será escolhido a 
opção que diminui ou aumentar menos valor do Patrimônio Líquido. Baseia-se na 
premissa de "nunca antecipar lucros e sempre prever possíveis prejuízos”. 
 
Gabarito  A. 
 
16. (FCC/Fiscal de Rendas/ICMS SP/2009) A empresa Amandia S.A. atua 
no mercado varejista, em todo território nacional, emitindo mais de um milhão 
de notas fiscais/mês. Sua cobrança é realizada integralmente por intermédio do 
Banco Cobrança S.A. Por seus serviços, o Banco cobra R$ 2,20 por título 
enviado. A empresa contabiliza o serviço bancário contratado no ato do débito 
da despesa em conta corrente, que ocorre no momento da efetivação da 
cobrança pelo banco. A adoção desse procedimento, pela empresa, evidencia a 
aplicação: 
 
(A) do regime de competência. 
(B) do regime de caixa. 
(C) da essência sobre a forma. 
(D) do princípio da materialidade. 
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(E) da confiabilidade. 
 
Comentários 
 
Análise das alternativas: 
 
(A) do regime de competência. 
 
Errada. Pela competência, o valor da cobrança deveria ser reconhecido assim 
que o serviço fosse prestado, independente do pagamento. 
 
(B) do regime de caixa. 
 
Correta. A empresa está usando o regime de caixa, pois só reconhece a 
despesa quando do pagamento. Lembramos que, contabilmente, deve ser usado 
o Regime de Competência. 
 
(C) da essência sobre a forma. 
 
Errada. Este princípio não se aplica neste caso. Não há conflito entre essência e 
forma. 
 
(D) do princípio da materialidade. 
 
Errada. Não temos informação suficiente para saber se a despesa é material ou 
não, portanto não podemos afirmar que tal princípio está sendo aplicado. 
 
(E) da confiabilidade. 
 
Errada. A confiabilidade é uma das características qualitativas da informação 
contábil, e não um princípio. Estabelece que, para ser útil, a informação deve ser 
confiável, ou seja, deve estar livre de erros ou vieses relevantes. Não se aplica a 
este caso. 
 
Gabarito  B. 
 
17. (FCC/Analista Judiciário/Contabilidade/TRT/16ª/2009) O valor de 
aquisição de um ativo ou dos insumos necessários para fabricá-lo e colocá-lo em 
condições de gerar benefícios para a entidade representa um parâmetro correto 
para seu registro contábil. Essa afirmação está de acordo com o seguinte 
Princípio de Contabilidade: 
 
(A) Oportunidade. 
(B) Entidade. 
(C) Conservadorismo. 
(D) Prudência. 
(E) Registro pelo Valor Original. 
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Comentários 
 
Análise das alternativas: 
 
Letra a: Errada. 
 
O Princípio da OPORTUNIDADE refere-se, simultaneamente, à tempestividade e 
à integridade do registro do patrimônio e das suas mutações, determinando que 
este seja feito de imediato e com a extensão correta, independentemente das 
causas que as originaram. 
 
Letra b: Errada. 
 
O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade 
e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um 
Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, 
independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma 
sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins 
lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com 
aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição. 
 
Letra c: Errada. 
 
É outro nome para o Princípio da Prudência 
 
Letra d: Errada. 
 
Princípio da PRUDÊNCIA impõe a escolha da hipótese de que resulte menor 
patrimônio líquido, quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis diante 
dos demais Princípios Fundamentais de Contabilidade 
 
Letra e: Correta. Do Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL resulta que 
a avaliação dos componentes patrimoniais deve ser feita com base nos valores 
de entrada, considerando-se como tais os resultantes do consenso com os 
agentes externos ou da imposição destes; uma vez integrado no patrimônio, o 
bem, direito ou obrigação não poderão ter alterados seus valores intrínsecos, 
admitindo-se, tão-somente, sua decomposição em elementos e/ou sua 
agregação, parcial ou integral, a outros elementos patrimoniais; o valor original 
será mantido enquanto o componente permanecer como parte do patrimônio, 
inclusive quando da saída deste;, 
 
Gabarito  E. 
 
18. (FGV/Auditor Fiscal da Receita Estadual/SEFAZ RJ/2011) São 
princípios contábeis, de acordo com o Conselho Federal de Contabilidade 
(Resolução 750/93) 
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(A) essência e forma e prudência. 
(B) reavaliação e competência. 
(C) oportunidade e atualização monetária. 
(D) continuidade e competência. 
(E) registro pelo valor original e reserva de ajuste de avaliação patrimonial. 
 
Comentários 
 
Segundo a Resolução n. 750/93, do CFC, atualizada pelo CFC n. 1.282/2010: 
 
Art. 3º São Princípios de Contabilidade: (Redação dada pela Resolução CFC nº. 
1282/10) 
 
I) o da entidade; 
II) o da continuidade; 
III) o da oportunidade; 
IV) o do registro pelo valor original; 
VI) o da competência; e 
VII) o da prudência. 
 
Gabarito  D. 
 
19. (FCC/Analista Judiciário/Contabilidade/TRE/SP/2012) Segundo a 
Resolução no 750/1993, do Conselho Federal de Contabilidade, levando-se em 
consideração as modificações promovidas pela Resolução no 1.282/2010 do 
mesmo Conselho, o Princípio da Contabilidade que se refere ao processo de 
mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir 
informações íntegras e tempestivas, é denominado Princípio 
 
a) do Registro pelo Valor Original. 
b) da Competência. 
c) da Prudência. 
d) da Oportunidade. 
e) da Entidade. 
 
Comentários 
 
Art. 6º O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e 
apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras 
e tempestivas. 
 
Parágrafo único. A falta de integridade e tempestividade na produção e na 
divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por 
isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da 
informação. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10) 
 
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Contabilidade Geral para o ICMS/RS 
Teoria e exercícios comentados 
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Gabarito  D. 
 
20. (FCC/Agente Fiscal de Rendas/ICMS SP/2013) O Princípio 
 
I. Da Entidade estabelece que o patrimônio pertence à entidade e que não se 
confunde com o patrimônio dos seus sócios ou proprietários. 
II. Da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro 
e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio 
não precisam levar em conta esta circunstância. 
III. Do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do 
patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores

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