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SISTEMA DE ENSINO
GEOGRAFIA DO 
AMAZONAS
O Espaço Natural
Livro Eletrônico
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O Espaço Natural
GEOGRAFIA DO AMAZONAS
Júlio Santos
Sumário
Introdução ............................................................................................................................................................................3
O Espaço Natural .............................................................................................................................................................4
Classificação das Vegetações ..................................................................................................................................4
Classificação dos Rios: ..............................................................................................................................................37
Bacias Hidrográficas ...................................................................................................................................................43
A Estrutura Geológica do Brasil ..........................................................................................................................49
Exercícios ...........................................................................................................................................................................65
Gabarito ..............................................................................................................................................................................70
Gabarito Comentado ....................................................................................................................................................71
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O Espaço Natural
GEOGRAFIA DO AMAZONAS
Júlio Santos
Introdução
Olá, caro (a) aluno (a)!
É com uma satisfação imensurável que o recebo e convido para mais um encontro para 
discutirmos sobre o espaço natural - estrutura geológica e características do relevo; ecossiste-
mas florestais e não-florestais; o clima; a rede hidrográfica; aproveitamento dos recursos natu-
rais e impactos ambientais, e, para isso, é necessário um estudo pormenorizado em busca de 
um excelente aprendizado uma vez que é um assunto recorrentemente cobrado em diversas 
provas e concursos.
O espaço natural é um tema bastante interessante e para termos um aprendizado otimiza-
do devemos compreender todos os aspectos físicos que remetem ao relevo, clima, vegetação, 
hidrografia.
Enfim, devemos ter foco, disciplina, motivação e muito treino que devem ser pilares em 
sua rotina diária para seu sucesso e com isso criar condições para que você alcance os seus 
objetivos. O tempo urge, é improtelável iniciar os estudos o quanto antes, mas fique calmo já 
que o conteúdo a seguir foi confeccionado de acordo com seu edital com diversos exercícios 
comentados. A principal dica é ler, reler e fazer o máximo possível de exercícios uma vez que “a 
repetição é a mãe da aprendizagem, o pai da ação, o que a torna o arquiteto da concretização”.
Após essa conversa inicial, vamos colocar a mão na massa!
Mas não esqueça que foco, disciplina, motivação devem te acompanhar, então vamos 
ao trabalho!
Júlio Santos
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O Espaço Natural
GEOGRAFIA DO AMAZONAS
Júlio Santos
O ESPAÇO NATURAL
A Amazônia, Selva Amazônica, Floresta Equatorial da Amazônia, Floresta Pluvial ou Hileia 
Amazônica é uma floresta latifoliada (folhas longas), úmida e que cobre a maior parte da Bacia 
Amazônica da América do Sul (maior bacia do planeta). Contempla uma área de 7 milhões de 
quilômetros quadrados, dos quais 4.196.943 Km² encontram-se no Brasil, correspondendo a 
49,31% de nosso território. A Hileia Amazônica responde por 81,85% de toda a Amazônia Legal, 
que inclui a região norte, parte do Mato Grosso e Maranhão.
A Amazônia é considerada a maior floresta equatorial do planeta (a boreal é a maior do 
globo), com enorme biodiversidade devido a sua localização e a disponibilidade hídrica.
Caro (a) concurseiro (a), vamos lembrar que ao estudarmos os biomas, ecossistema que 
atuam de forma integrada, harmoniosa, podendo existir uma ou diversas vegetações, existe 
uma máxima que afirma que “a vegetação responde ao clima”. Logo, a enorme intensidade da 
luminosidade, já que a floresta é cortada pela linha do equador, e a disponibilidade hídrica são 
fatores responsáveis pela tamanha biodiversidade amazônica. A floresta Amazônica é consi-
derada uma vegetação higrófila, perenifólia, latifoliada.
Mas o que é higrófila? E perenifólia? E latifoliada?
Existem alguns critérios, que são da biologia, associados a classificação dos biomas 
brasileiros.
Veja:
ClassIfICação das Vegetações
Quanto ao Porte:
• Herbácea ou gramínea: é uma vegetação de pequeno porte ou rasteira.
EXEMPLO
Briófitas (fungos).
https://www.resumoescolar.com.br/biologia/grupos-vegetais-caracteristicas-gerais-do-reino-plantae-e-das-briofitas/
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O Espaço Natural
GEOGRAFIA DO AMAZONAS
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• Arbustiva: é uma vegetação de médio porte.
EXEMPLO
Pteridófitas (samambaia), cerrado, caatinga.
https://www.matanativa.com.br/blog/inventario-no-cerrado/
• Arbórea: é uma vegetação de grande porte.
EXEMPLO
Gimnosperma (pinheiro), angiosperma (mangueira).
https://www.revistaplaneta.com.br/testemunhas-da-historia/
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O Espaço Natural
GEOGRAFIA DO AMAZONAS
Júlio Santos
Obs.: � O estado do Paraná demonstra uma intensa biodiversidade com a presença dos três 
estratos de vegetação da seguinte maneira:
 � - Herbácea: campos.
 � - Arbustiva: cerrado.
 � - Arbórea: araucária.
Quanto à Umidade:
• Hidrófila: é uma vegetação aquática.
EXEMPLO
Vitória-régia.
https://www.greenme.com.br/alimentarse/alimentacao/7466-vitoria-regia-como-usar-alimentacao/
• Higrófila: é uma vegetação que necessita de grande quantidade de água.
EXEMPLO
Floresta Amazônica.
https://wollenreisenweit5.live/?utm_campaign=QPF8euu28II5lw7O2iHhCidoSOXmw5ºLxD6bwphw43U1&t=main9
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• Mesófila: é uma vegetação que necessita de uma quantidade intermediária de água.
EXEMPLO
Mata Atlântica.
http://genjuridico.com.br/2020/05/12/lei-da-mata-atlantica-ou-lei-12-651-2012/
• Tropófila: é uma vegetação que necessita de pequena quantidade de água.
EXEMPLO
Cerrado.
https://brasilescola.uol.com.br/brasil/cerrado.htm
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• Xerófila: é uma vegetação que necessita de clima árido e semiárido.
EXEMPLO
Caatinga.
https://brasilescola.uol.com.br/brasil/caatinga.htm
• Halófila: é uma vegetação com grande quantidade de sal.
EXEMPLO
Mangues.
https://www.ecycle.com.br/component/content/article/6-atitude/1478-os-efeitos-dos-manguezais-sobre-o-e-
feito-estufa.html
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https://www.ecycle.com.br/component/content/article/6-atitude/1478-os-efeitos-dos-manguezais-sobre-o-efeito-estufa.html
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Quanto à Durabilidade:
• Perenifólia: é uma vegetação que não perde as folhas.
EXEMPLO
Pinheiro.
https://www.plantaseraizes.com.br/pinheiro-e-seus-beneficios/
• Caducifólia: é uma vegetação que perde as folhas.
EXEMPLO
Ipê.
https://www.elo7.com.br/painel-tecido-sublimado-3d-floresta-ipe-roxo-3-00m-x-2-00m/dp/D60C68
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Quanto à Luminosidade:
• Ombrófila: necessita de pequeno volume de luz ou luz indireta.
EXEMPLO
Violeta, Avenca, Orquídea.
https://www.infoescola.com/biomas/floresta-ombrofila/
• Heliófila: necessita de um grande volume de luz ou luz direta.
EXEMPLO
Floresta Amazônica.
https://www.infoescola.com/biomas/mata-de-araucarias/
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Quanto aos Tipos de Folhas:
• Latifoliada: são folhas longas de região de clima úmido.
EXEMPLO
Bananeira.
http://www.biologico.sp.gov.br/uploads/files/pdf/livro_banana/capitulo12.pdf
• Aciculifoliada: são folhas em forma de agulha, são comuns em regiões de clima seco.
EXEMPLO
Cactos.
https://gaia.forumeiros.net/t35-duvidas-em-algumas-palavras
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Quanto à Espécie:
• Homogênea: predomínio de uma espécie.
EXEMPLO
Mata de Araucária.
https://ciclovivo.com.br/planeta/meio-ambiente/povos-pre-colombianos-extincao-da-araucaria/
• Heterogênea: várias espécies no mesmo ambiente.
EXEMPLO
Floresta Amazônica.
https://marsemfim.com.br/amazonia-e-sua-importancia-para-o-mundo/
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Caro (a) concurseiro (a), vale lembrar que o bioma é o conjunto de ecossistemas que fun-
cionam de forma estável, caracterizado por um tipo vegetal, mas podem existir diversas vege-
tações. Nesse sentido, o relevo, o clima e a vegetação formam um conjunto responsável pela 
formação de um bioma. É no bioma que os seres vivos atuam de forma integrada. O Brasil 
possui uma enorme biodiversidade devido a enorme presença de luz (a região é cortada pela 
linha do equador) e umidade (encontram-se diversas bacias, como a bacia Amazônica, que é a 
maior do planeta, além da bacia do Paraná e do São Francisco).
A floresta Amazônica é um excelente exemplo de biodiversidade, sendo considerada a 
maior floresta equatorial do mundo, situada, em sua maior parte, no Brasil, porém abrangendo 
alguns países vizinhos. É importante salientar que a maior floresta do mundo é a floresta de 
coníferas (pinheiros), localizada na Rússia.
Veja uma imagem dessa floresta boreal.
https://www.infoescola.com/biomas/taiga/
Podemos destacar, de maneira geral, que as florestas tropicais são as mais predominantes 
no Brasil e as savanas são equivalentes aos cerrados. As vegetações rasteiras vêm sofrendo 
uma devastação, devido a uma pecuária intensiva, cujo gado promove pisoteamento, provo-
cando a arenização. A maior floresta do mundo é a Floresta de Coníferas e a maior floresta 
equatorial do mundo é a Amazônica. Os desertos são mais predominantes na África e no norte 
do planeta, as taigas e tundras são as vegetações mais comuns.
Veja a distribuição das vegetações no planeta:
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https://geografalando.blogspot.com/2013/06/vegetacao-formacoes-vegetais-do-mundo.html
Caro estudante, vamos inicializar nosso estudo pela floresta Amazônica, que não é a maior 
floresta do mundo (o título cabe à boreal, conforme destaquei), contudo a floresta ou hileia 
amazônica é a maior floresta equatorial do planeta. A parte brasileira da Floresta Amazônica é 
conhecida como “Amazônia Legal”.
A floresta equatorial é uma região quente e úmida. O grande volume de chuvas se deve à 
proximidade com a linha do Equador, região que é bastante quente. Issoprovoca a transpira-
ção da floresta e a evaporação das águas da Bacia Amazônica, considerada a maior bacia hi-
drográfica do planeta. Esses fatores provocam as chamadas chuvas convectivas (conhecidas 
como de verão, temporárias ou passageiras), que são quase diárias.
Vamos relembrar a classificação das chuvas.
Chuva Convectiva
As chuvas convectivas são comuns na região Norte do Brasil. Essas chuvas ocorrem qua-
se que diariamente e são fruto do fenômeno conhecido como evapotranspiração.
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https://www.infoescola.com/geografia/chuva-convectiva/
Por serem formadas pela evaporação da água, essas chuvas costumam ser rápidas, porém 
com grande volume. Na região da linha do Equador, como as temperaturas são muito quentes, 
há uma forte evaporação das águas. Assim, as partículas ficam menos densas e se direcionam 
para as regiões de elevadas altitudes, fato que acaba gerando uma região de baixa pressão 
atmosférica.
Chuva Frontal
https://www.suapesquisa.com/geografia/tipos_chuva.htm
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As chuvas frontais são aquelas que se formam quando há o encontro de uma massa de ar 
quente com outra de ar frio. São chuvas que têm por característica o fato de serem duradouras 
e com pequeno volume. Esse tipo de chuva é muito comum durante o inverno em São Paulo.
Chuva Orográfica
https://www.infoescola.com/meteorologia/tipos-de-chuvas/
A chuva orográfica, também chamada de chuva de montanha, é formada devido a uma 
barreira do relevo. Sobre esse assunto, vale destacar dois conceitos importantes, que são o 
barlavento e o sotavento. Barlavento é o processo de subida do ar úmido e o sotavento é o 
processo de descida do ar seco. Esse é um fenômeno que ocorre bastante na região do sertão 
nordestino e, de acordo com especialistas, a responsabilidade pela ocorrência desse fenôme-
no é a Serra da Borborema.
O Brasil já conta com uma área em avançado estado de desertificação. Trata-se da região 
do sertão nordestino. Além disso, nos pampas gaúchos, há uma área que se encontra em um 
processo conhecido como arenização, fruto do pisoteio realizado pelo gado.
Na medida em que se diminui a temperatura, a vegetação passa a ser formada pela cha-
mada floresta de folha caduca (ou vegetação caducifólia). Esse tipo de vegetação perde as 
suas folhas em determinadas estações do ano. Nessa temperatura, quanto menor a umidade, 
menor a biodiversidade.
Em temperaturas mais frias, há a incidência da taiga, vegetação formada basicamente 
por coníferas (pinheiros). As coníferas representam o maior volume de vegetação do pla-
neta. Nos locais mais frios, há a ocorrência da tundra, local em que é muito pequena a bio-
diversidade.
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Agora, meu caro (a) concurseiro (a), após a compreensão de diversos conceitos, é possível 
uma plena compreensão de quando afirmamos que a floresta Amazônica é higrófila, pereni-
fólia, latifoliada. A região tem um dos mais altos índices pluviométricos – volume de chuvas 
– que ultrapassa os 2500 milímetros anuais. As altas temperaturas e o grande volume hídrico 
resultam na evaporação e formação de nuvens. A elevada pluviosidade é responsável pela ma-
nutenção da exuberante vegetação e pela farta rede hidrográfica.
Características da floresta Amazônica:
• Tem 60% do total localizado em território nacional (Amazônia legal – AC, AM, PA, AP, RR, 
RO, TO, MT, MA);
• Possui grande volume de água (vegetação Higrófila), devido à presença da bacia do 
Amazonas (formado pelo rio Negro - “rico em matéria orgânica” - e Solimões - “bastante 
caudaloso”);
• A inundação é a responsável pela fertilização do solo contribuindo para biodiversidade;
• É perenifólia (não perde as folhas), latifoliadas (maior transpiração), ombrófila (umidade 
e sombra) e heterogênea (biodiversidade);
• Tem sofrido devastação devido às fronteiras agrícolas.
• Possui enorme presença da Mata de Terra Firme, Várzea e Igapó;
• Ocupa 49,31% do território nacional.
Obs.: � Em relação à fertilidade do solo amazônico, a doutrina não é passiva, havendo duas 
posições principais.
 �
Os dados demonstram, em relação aos solos da Amazônia, que cerca de 14% têm um nível 
aceitável de fertilidade, já os outros 86% são marcados por uma reduzida fertilidade, fruto do 
fenômeno de lixiviação, ou seja, lavagem dos solos pelas águas da chuva. Diante dessa situ-
ação, uma questão é bastante intrigante uma vez que existe uma das florestas com a maior 
biodiversidade do planeta em um solo predominantemente pobre.
Por que isso ocorre?
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A verdade é que existe uma intensa relação homeostática entre o solo e a floresta, carac-
terizada por um intenso ciclo de reciclagem, favorecido pela intensa radiação solar e disponi-
bilidade hídrica, que são fatores responsáveis pela ocorrência da fotossíntese. Lembre-se de 
que o solo amazônico é ligeiramente ácido e o enorme volume de matéria orgânica nas áreas 
férteis é fruto do deslocamento dessa matéria a partir das cordilheiras dos Andes, com uma 
reduzida porcentagem de matéria orgânica na camada superficial do solo, denominada de ho-
rizonte zero ou húmus.
Caro (a) concurseiro (a), veja a composição de um solo:
• Solos: os tipos de solos são determinantes para fixação de uma vegetação.
Veja a divisão de um solo em camadas.
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/constuicao-solo.htm
Horizontes do solo:
• Horizonte “O”: é uma camada orgânica, cor escura (húmus). É nessa camada que atuam 
as chamadas bactérias sapróvoras, responsáveis pela nitrificação do solo e sua conse-
quente fertilidade.
• Horizonte “A” (solo): é uma camada com forte concentração de matéria orgânica, ocor-
rendo a lixiviação (rico em húmus).
• Horizonte “B” (subsolo): é uma camada que apresenta elementos lixiviados de “a”, ocor-
re laterização (concentração de ferro).
• Horizonte “C” (regolito): é uma camada com forte influência da rocha matriz, possui 
diversos minerais.
• Rocha matriz “R” (rocha-mãe): é uma camada com formação rochosa e intenso trans-
porte de húmus pelas chuvas.
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Caro (a) estudante, vamos aprofundar um pouco mais a respeito do espaço natural ama-
zônico. Para isso, é necessária a compreensão do Domínio Amazônico que se relaciona a uma 
superfície que compreende uma parcela da planície do rio Amazonas, assim como as depres-
sões e os baixos planaltos sobre os quais está inserida.
Mas o que é um domínio?
Nesse ponto é importante fazemos uma distinção entre vegetação, biomas e domínios 
morfoclimáticos.
Vegetação Domínio morfoclimático Bioma
Vegetação é um termo geral 
para a vida vegetal de uma 
região; refere-se às formas 
de vida que cobrem os solos 
e às estruturas espaciais, 
ou qualquer outra medida 
específica ou geográfica 
que possui características 
botânicas. É mais amplo 
que o termo flora, que se 
refere exclusivamente à 
composição das espécies.
Domínio morfoclimático 
é uma classificação 
geográfica que engloba 
aspectos naturais, 
como clima, hidrografia, 
vegetação, relevo e solo, 
predominantes em uma 
determinada área, e a forma 
como eles se relacionam 
entre si.
O Bioma (de bios: clima; 
e onda: massa ou grupo) 
é um grande conjunto de 
ecossistemas interligados. 
Ecossistema, por sua vez, é 
um sistema ecológico em 
que existem vida e interação 
entre os seres vivos em 
um determinado espaço, 
podendo variar de tamanho, 
desde uma poça d’água até 
uma grande floresta.
A Floresta ou Domínio Amazônico costuma ser dividida em três tipos de mata, de acordo 
com sua proximidade em relação aos rios.
Veja:
http://geografiabemfacil.blogspot.com/2016/10/as-matas-amazonicas.html
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Mata de Terra Firme:
Florestas de terra firme são florestas que se desenvolvem em áreas que não estão sujeitas 
a inundações por estarem situadas em uma região mais elevada do relevo amazônico. Essa 
característica favorece a proliferação de árvores de grande porte, podendo alcançar até 60 
metros de altura. A maior parte da vegetação é heliófila, ou seja, recebe luz direta. A mata de 
terra firme responde por cerca de 90% da floresta equatorial, sendo caracterizada por árvores 
de grande porte (castanheira, mogno, cedro etc.).
Várzea:
É um tipo de vegetação característica da Amazônia, que ocorre ao longo dos rios e planí-
cies inundáveis. Esse ambiente é periodicamente inundado e está sob o regime hidrológico 
do Rio Amazonas e de seus tributários mais próximos, por isso é bastante dinâmico, sendo 
constantemente remodelado pelos rios.
Os rios que inundam a várzea são de água branca, como os rios Amazonas, Madeira e So-
limões, que possuem grande quantidade de sedimentos em suspensão originados dos Andes. 
A deposição de sedimentos e de matéria orgânica submersa torna os solos da várzea natural-
mente férteis.
A floresta de várzea apresenta menor diversidade de plantas do que a de terra firme, pois 
poucas espécies dispõem de mecanismos morfofisiológicos que tolerem o ritmo sazonal de 
inundação. Mas ainda assim apresenta alto valor, pois contempla espécies restritas e caracte-
rísticas desse ecossistema. Além disso, a várzea apresenta uma alta concentração de biomas-
sa, resultado da grande quantidade de nutrientes no solo.
A mata de várzea é marcada por inundações durante o período das cheias, visto que ocupa 
terras baixas e drenadas por pequenos cursos de água. As espécies vegetais são diversifica-
das, apresentando árvores como a seringueira, jatobá, maçaranduba, entre outras.
Igapó:
Na floresta de Igapó, a vegetação geralmente é baixa sendo constituída por arbustos, ci-
pós e musgos, que são exemplos de plantas comuns nessas áreas. As florestas de igapó, por 
ocorrerem em regiões geológicas mais antigas dos Períodos do Terciário e Pré-Cambriano, 
possuem solos bastante pobres. O igapó está situado em uma área inundada da floresta Ama-
zônica, pois se desenvolve nas margens dos rios da região. As espécies vegetais mais abun-
dantes são a vitória-régia, mucuri e sumaúma.
A região amazônica também possui um grande número de igarapés, que consistem em 
um curso d’água amazônico de primeira, segunda ou terceira ordem, constituído por um braço 
longo de rio ou canal. Existem em grande número na Bacia Amazônica. Caracterizam-se pela 
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pouca profundidade e por correrem quase no interior da mata. Apenas pequenas embarca-
ções, como canoas e pequenos barcos, podem navegar pelas águas de um igarapé devido a 
sua baixa profundidade e por ser estreito.
Veja:
https://conexaoplaneta.com.br/blog/por-que-os-pequenos-rios-da-amazonia-sao-fundamentais/
A maioria dos igarapés tem águas escuras semelhantes às do rio Negro, um dos principais 
afluentes do rio Amazonas, transportando poucos sedimentos. São navegáveis por pequenas 
embarcações e canoas, que desempenham um importante papel como vias de transporte e de 
comunicação.
Caro (a) concurseiro (a), um outro aspecto sobre a região amazônica que requer atenção 
especial refere-se ao fenômeno das fronteiras agrícolas, que se iniciou quando o Brasil, junta-
mente com outros países em desenvolvimento, “aderiu” à ideia dos Estados Unidos de que a 
fome global era causada por conta das práticas rudimentares de produção de alimentos utili-
zadas nos países menos desenvolvidos. Nesse sentido, passou-se a adquirir fertilizantes, pes-
ticidas, máquinas agrícolas e sementes geneticamente modificadas oriundas dos EUA para 
aumentar a produção de alimentos. Contudo, o real objetivo dos norte-americanos era estabe-
lecer laços de dependência com esses países emergentes. O movimento de Revolução Verde, 
no Brasil, começou na região central por meio da monocultura de soja, mas logo se expandiu 
para outras regiões, fenômeno conhecido como fronteiras agrícolas.
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http://marte.sid.inpe.br/col/sid.inpe.br/deise/1999/02.11.10.54/doc/2_169p.pdf
Mas por que a soja?
1) É a base da alimentação do gado.
2) É uma forma de suprir as necessidades nutricionais da população europeia, uma vez 
que essa população vive em países diminutos, nos quais a carne bovina é extremamen-
te cara. Por isso, compra-se a soja brasileira, que é fonte de proteína. Assim, o Estado 
brasileiro acabou introduzindo o ciclo da soja, que resultou na expansão da região Cen-
tro-Oeste. A região escolhida para o plantio foi a Norte, devido às terras abundantes e 
baratas, à mão de obra, às condições climáticas e à disponibilidade de água necessária 
para a introdução da soja. O resultado: a região Norte está cada vez mais devastada. A 
Revolução Verde, com o processo de expansão das fronteiras agrícolas, juntamente ao 
garimpo e à situação das madeireiras, tem desmatado a região Norte. E isso, de uma 
forma ou de outra, acaba interferindo no processo de reposição de água, pois ele tem 
relaçãocom a permanência da vegetação. O desmatamento tem como consequência 
a morte das nascentes, que são muito importantes para a biodiversidade do extremo 
norte do Brasil.
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Além da floresta Amazônica, que se destaca no extremo norte do Brasil, é necessário en-
fatizar a presença dos mangues, que são uma vegetação localizada no litoral e possui como 
principal papel o de filtro biológico (filtra a água doce para encontrar com a água salgada e 
vice-versa), com a presença de vegetações com raízes pneumatóforas (capazes de captar o 
nitrogênio presente na atmosfera). Os mangues apresentam vegetações halófilas e enorme 
biodiversidade. Observe o mapa e analise sua presença na região amazônica nos estados do 
Amapá, Pará e Maranhão.
https://www.laboratorioterra.com/2016/07/manguezais-grande-maternidade-da.html
A Amazônia tem grande diversidades de fauna e flora devido à enorme disponibilidade de 
água e luz. São produtos típicos da região:
• Guaraná;
• Açaí (você sabia que uma empresa japonesa tentou patentear o nome “açaí”? Porém o 
Brasil recorreu à OMC sobre isso e a patente foi quebrada, tornando o nome um domínio 
público);
• Cupuaçu;
• Castanha-do-Brasil (antes denominada de Castanha-do-Pará);
• Camu-camu;
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• Pupunha;
• Tucumã;
• Buriti.
Os principais parques nacionais brasileiros estão no Amazonas:
a) Parque Nacional do Jaú (1980): foi criado pelo decreto-lei n. 85.200/1980, com 2,272 
milhões de hectares de área e situado nos municípios de Novo Airão e Barcelos.
b) Parque Nacional da Amazônia (1974): foi criado pelo decreto-lei n. 73.683/1974 e está 
situado entre o Amazonas e Pará.
c) Parque Nacional do Pico da Neblina (1979): foi criado pelo decreto-lei n. 83.550/1979. 
Sua área é de 2,2 milhões de hectares e está situado no município de São Gabriel da 
Cachoeira. Abriga o ponto mais alto do Brasil, o Pico da Neblina, com 2.993,78 metros.
Entretanto, a vegetação não seria tão exuberante se não houvesse um clima adequado 
para a adaptação dos biomas destacados acima, uma vez que, conforme dito anteriormente, 
“a vegetação responde ao clima”.
O clima responsável por tamanha diversidade é o Equatorial, com temperaturas médias 
entre 25 e 28 ºC e precipitação de aproximadamente 2500 mm/ano.
Para entender os valores de precipitação, basta imaginar que, ao se captar toda a chuva 
que cai sobre uma determinada região, esta formaria uma coluna sólida sobre toda a área com 
altura equivalente ao valor determinado.
EXEMPLO
Se a precipitação sobre a região da Amazônia é de 2500 mm, isso significa que a coluna de 
água formada sobre toda a Amazônia será de 2,5 metros. Esses são valores bastante altos, 
visto que nessa região ocorrem chuvas quase que diariamente.
É importante salientar o fato da proximidade da região com a Linha do equador, garan-
tindo enorme incidência de raios solares absorvidos pela floresta, atestando que ocorra um 
bioma com intensa biodiversidade. Podemos também destacar a ZCIT (Zona de Convergência 
Intertropical) como um dos fatores relevantes para a disseminação de sementes, devido à pre-
sença dos ventos alísios que se deslocam de áreas de alta pressão, nos trópicos, para baixa 
pressão, no equador.
Mas por que isso acontece?
Caro (a) concurseiro (a), a compreensão desse fenômeno tem respaldo na teoria geral 
dos gases que afirma que quanto maior a temperatura, menor a densidade e menor a pressão 
atmosférica. Logo, como o equador é a região com as maiores temperaturas, menores serão 
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as densidades e a pressão. Diante disso, os ventos caminham dos trópicos (alta pressão) em 
direção ao equador (baixa pressão).
Veja:
https://www.youtube.com/watch?v=6x1Kt8I7aG0
Em resumo:
• Ventos alísios: são ventos que caminham dos trópicos em direção ao equador.
• Ventos contra-alísios: são aqueles que caminham do equador em direção aos trópicos.
Os deslocamentos dos ventos em direção ao equador favorecem a disseminação das se-
mentes, aumentando a biodiversidade da Amazônia. É interessante lembrarmos também da 
ZCAS (Zona de Convergência do Atlântico Sul), que atua no verão com intensa pluviosida-
de. Ocorre devido ao encontro da frente fria do Atlântico Sul com a mEc (Massa Equatorial 
Continental).
Vale lembrar que a massa equatorial continental somente é quente e úmida no Brasil de-
vido ao fenômeno de evapotranspiração. Nas demais regiões do mundo, é uma massa de ar 
quente e seca.
Veja a área de atuação da ZCAS:
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https://cadernizando.blogspot.com/2017/08/a-zona-de-convergencia-do-atlantico-sul.html
A mEc (Massa Equatorial Continental) exerce grande influência na Amazônia Ocidental 
com enormes precipitações, já na Amazônia Oriental, região do médio e baixo Amazonas e 
litoral, o clima sofre interferência da massa equatorial marítima (mEm) e da ZCIT. A massa 
polar atlântica (mPa) também se destaca nesse cenário, atuando apenas no inverno. Produz o 
fenômeno da geada (solidificação do orvalho) na região Sul do Brasil e perde força na região 
Nordeste, promovendo chuvas tropicais; já na região Norte do Brasil, promove o fenômeno 
conhecido como friagem, que é a redução brusca da temperatura que chega aos 17 ºC, porém 
isso é bastante representativo, visto que se trata de uma região em que a temperatura média 
é superior a 25 ºC.
Veja a atuação da mPa:
https://eumilitar.blog/2020/03/26/a-massa-polar-atlantica-mpa/
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Assim como o clima, a bacia hidrográfica também exerce grande influência na região com 
o papel de ser a principal dispersora de água, englobando uma área de 6.925.674 km², desde as 
nascentes do rio Amazonas nos Andes Peruanos até sua foz no Oceano Atlântico. A Região Hi-
drográfica Amazônica tem, no Brasil, 63,88% do seu território. De forma geral, os terrenos sedi-
mentares apresentam os melhores aquíferos e, no caso brasileiro, ocupam cerca de 4.130.000 
km2, o que correspondea aproximadamente 48% do território nacional. Os demais terrenos 
ocupam os 52% restantes, correspondentes a cerca de 4.380.000 km2 do território do País.
O Brasil é o país com mais água doce disponível (Canadá possui mais água doce em ge-
leiras), com cerca de 12% a 15%, que está localizada principalmente no aquífero do Guarani, 
aquífero Alter do Chão e na bacia hidrográfica do Amazonas.
Vejamos o aquífero do Guarani:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Aqu%C3%ADfero_Guarani#/media/Ficheiro:Aq%C3%BC%C3%ADfero_Guarani.png
Vejamos o aquífero de Alter do Chão e a bacia do Amazonas:
https://www.coladaweb.com/geografia-do-brasil/bacia-amazonica
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Mas o que são os aquíferos?
É um bolsão de água localizado no subsolo que é formado pela infiltração da água quando 
essa encontra uma rocha impermeável havendo sua acumulação, podendo originar um o aquí-
fero confinado ou aberto à superfície.
O aquífero poderá ser de três tipos dependendo da formação da rocha impermeável:
• Evaporoso: formado por rochas sedimentares regolíticas.
• Cárstico: formado por rochas calcárias.
• Fissural: formado por rochas cristalinas.
Aquífero Alter do Chão:
É considerado maior que o do Guarani e é exclusivamente brasileiro, situado no AM, PA, AP, 
em uma área de 430 mil Km2, mas podendo chegar a 1,3 milhões de Km2 quando integrado com 
o SAGA (Sistema Aquífero Grande Amazônia), com um volume de água de cerca de 162.000 Km3.
Aquífero do Guarani:
É o maior aquífero transfronteiriço do mundo. Foi formado por derramamentos basálticos 
que impermeabilizaram o solo de uma área de arenito, infiltrando água no período cretáceo, ju-
rássico entre 100 e 250 milhões de anos atrás. A utilização da agricultura com agrotóxicos tem 
contaminado seu solo. O aquífero do Guarani está localizado no Paraguai, Argentina, Uruguai 
e Brasil (PAU “Brasil”) em uma área de 1,2 milhão de Km2 e com um volume de água de cerca 
de 45.000 Km3. No Brasil, está presente em cerca de 840.000 Km2; no Paraguai, 58.500 Km2; no 
Uruguai, 58.500 Km2 e na Argentina, 255.000 Km2.
Observe a área de abrangência no Brasil do aquífero do Guarani:
https://agua-sua-linda.tumblr.com/post/151820652308/um-oceano-embaixo-da-amaz%C3%B4nia-o-aqu%C3%A-
Dfero-alter
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CURIOSIDADE
O sistema aquífero Cabeças1, é considerado o de melhor potencial hidrogeológico na Bacia 
Sedimentar do Parnaíba, com água de boa qualidade. O sistema é utilizado para uso domés-
tico e irrigação. Nos estados da Bahia, Minas Gerais, Goiás, Piauí e Maranhão, encontra-se 
o Urucuia-Areado, com água predominantemente bicarbonatada cálcica, pouco mineralizada. 
Já o sistema aquífero de Furnas, correspondente a parte dos estados de Mato Grosso, Mato 
Grosso do Sul, Goiás, Paraná e São Paulo, é caracterizado por água bicarbonatada sódica, po-
tássica e mista.
O SAGA (Sistema Aquífero Grande Amazônia) possui como benefícios em relação ao aquí-
fero do Guarani o fato de:
• Encontrar-se totalmente em território nacional – Amazonas, Pará e Amapá;
• Localizar-se em uma estrutura totalmente sedimentar, o que viabiliza sua exploração, 
pois são rochas de mais fácil perfuração;
• A água estar quase intacta, pois está numa área pouco povoada;
• Ser renovável, pois pode ser reabastecido pela chuva.
Os melhores aquíferos conhecidos são os depósitos arenosos correspondentes às Forma-
ções Solimões, Içá e Alter do Chão, que apresentam bons índices de produtividade em diversas 
áreas, como Belém, Ilha de Marajó, Santarém e Manaus (Alter do Chão), além de Rio Branco e 
Porto Velho (Solimões).
Os estudiosos e especialistas apontam para a necessidade de compreender o sistema 
hídrico amazônico como um todo.
A água do aquífero é que mantém o rio abastecido sempre, que é também abastecido 
pelas chuvas constantes, que ocorrem devido à grande umidade do ar. A interferência em um 
desses elementos pode desequilibrar o sistema todo, definitivamente. A necessidade de uma 
plena compreensão do sistema hídrico da Amazônia torna fundamental o estudo da Teoria dos 
rios voadores.
Mas o que são os rios voadores?
Os rios voadores2 são “cursos de água atmosféricos” formados por massas de ar carrega-
das de vapor de água, muitas vezes acompanhados por nuvens, e são propelidos pelos ventos. 
Essas correntes de ar invisíveis passam em cima das nossas cabeças carregando umidade da 
Bacia Amazônica para o Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil.
Essa umidade, nas condições meteorológicas propícias, como uma frente fria vinda do Sul, 
por exemplo, se transforma em chuva. É essa ação de transporte de enormes quantidades de 
1 https://www.pensamentoverde.com.br/meio-ambiente/conheca-os-principais-aquiferos-brasileiros/
2 https://riosvoadores.com.br/o-projeto/fenomeno-dos-rios-voadores/
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vapor de água pelas correntes aéreas que recebe o nome de rios voadores – um termo que 
descreve perfeitamente, mas em termos poéticos, um fenômeno real que tem um impacto 
significante em nossas vidas.
A floresta amazônica funciona como uma bomba d’água. Ela puxa para dentro do continen-
te a umidade evaporada pelo oceano Atlântico e carregada pelos ventos alísios.
Ao seguir terra adentro, a umidade cai como chuva sobre a floresta. Pela ação da evapo-
transpiração das árvores sob o sol tropical, a floresta devolve a água da chuva para a atmosfe-
ra na forma de vapor de água. Dessa forma, o ar é sempre recarregado com mais umidade, que 
continua sendo transportada rumo ao oeste para cair novamente como chuva mais adiante.
Propelidos em direção ao oeste, os rios voadores (massas de ar) recarregados de umidade 
– boa parte dela proveniente da evapotranspiração da floresta – encontram a barreira natural 
formada pela Cordilheira dos Andes. Eles se precipitam parcialmente nas encostas leste da 
cadeia de montanhas, formando as cabeceiras dos rios amazônicos. Porém, barrados pelo 
paredão de 4.000 metros de altura, os rios voadores, ainda transportando vapor de água, fazem 
a curva e partem em direção ao sul, rumo às regiões do Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil 
e aos países vizinhos.
O regime de chuva e o clima do Brasil se devem muito a um acidente geográfico localizado 
fora do país! A chuva, claro, é de suma importância para nossa vida, nosso bem-estar e para a 
economia do país. Ela irriga as lavouras, enche os rios terrestres e as represas que fornecem 
nossa energia.
Além desse fenômeno de enorme importância, devemos também destacar a pororoca, que 
consiste no encontro entre as águas dos rios e do mar.
Veja:
https://outraspalavras.net/outrasaude/no-brasil-a-onda-e-do-tipo-pororoca/
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O episódio acontece quando a maré alta invade o rio, invertendo a correnteza e provo-
cando uma onda gigante. A onda percorre mais de 10 km. É um acontecimento marcante da 
região Amazônica, principalmente na foz do rio Amazonas, com elevações das águas nas 
adjacências da foz. Quando ultrapassa esse obstáculo, as águas correm rio adentro com 
uma velocidade de 16 a 24 Km por hora, com ondas entre 4 e 6 metros.
O estado do Amapá se destaca nesse fenômeno. Acontece em um grande número de rios 
no estuário do rio Araguari, no município de Cutias, e mais ao sul da foz do Araguari, nos rios 
e canais das ilhas de Bailique, Curuá, Caviana, Janauaçu, Juruparí e Mexiana. É um aconte-
cimento que leva a enorme devastação, já que ocorre o alargamento progressivo, reduzindo 
a profundidade do rio.
O termo pororoca é derivado do Tupi que designa “estrondo”, corresponde a um fenôme-
no natural em que acontece o encontro das águas de um rio com o oceano. Em nenhum lugar 
do mundo, no entanto, o fenômeno é tão intenso como no litoral do Amapá e do Pará, uma 
área influenciada pelas águas do maior rio do mundo, o Amazonas. Esse fenômeno intensi-
fica-se nas noites de Lua Cheia e Nova. No Estado do Amapá, ela ocorre na ilha do Bailique, 
na “Boca” do Araguari, no Canal do inferno da Ilha de Maracá em diversas partes insulares e 
com maior intensidade nos meses de janeiro a maio.
Mas por que o fenômeno é denominado destruidor?
A pororoca é responsável pela diminuição da profundidade do rio, deixando mais sus-
ceptível ao assoreamento e a ocorrência do episódio das terras caídas que acontece nas 
margens dos rios amazônicos, principalmente nas margens dos depósitos aluvionais recen-
tes (várzea), e depósitos mais antigos (área de terra firme), ou seja, é a erosão fluvial ou o 
deslocamento de solo que atua nas margens dos rios de águas brancas, ou barrentas, como 
no rio Amazonas.
A diminuição da vazão torna a água muito barrenta e diminui drasticamente a quantidade 
de peixes.
Veja a imagem do fenômeno de terras caídas:
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http://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2015/10/fenomeno-terras-caidas-ameaca-comunidades-ribeirinhas-
-no-am.html
Caro (a) estudante, você sabia que a insuficiência hídrica é marcante na região amazônica?
Mas como assim?
A insuficiência hídrica deve estar associada ao acesso à água potável, não necessariamen-
te à quantidade de água disponível. Logo, devemos salientar que uma quantidade considerá-
vel de pessoas, muitas vivendo abaixo da linha da pobreza e residindo em palafitas, não têm 
qualquer acesso à água potável e encontram-se em condições de insuficiência hídrica. Então 
a população ribeirinha que vive ao longo do curso dos vários rios da bacia amazônica tem difi-
culdade de acesso à água potável.
Caro (a) estudante, destacamos as características que envolvem os aquíferos, contudo, 
ainda temos um longo caminho pela frente que se relaciona com a compreensão dos rios, seus 
elementos, sua classificação.
Respire fundo, lave seu rosto e vamos nessa!
Rio é um curso de água natural que corre de uma parte mais elevada (nascente, cabeceira 
ou embocadura) para uma mais baixa (foz ou desembocadura) e que deságua em outro rio, ou 
no mar, ou no lago.
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Os rios podem ser classificados de acordo com:
• Regime: pluvial, nival ou misto;
• Durabilidade: perenes ou intermitentes;
• Formas: retilíneo, anastomosados, entrelaçados, meandrantes;
• Drenagem: endorréica, exorréica, arréica, criptorréica;
• Foz: estuário ou delta;
• Relevo: planalto ou planície.
Porém, inicialmente, vamos analisar os elementos de um rio para em seguida classificarmos.
Elementos de um rio:
• Rede hidrográfica: é o conjunto do rio principal, seus afluentes e subafluentes.
−	 Rio principal: é normalmente o mais extenso e de maior navegabilidade.
−	 Afluentes: ramificações do rio principal.
−	 Subafluentes: ramificações dos afluentes.
https://alunosonline.uol.com.br/geografia/partes-um-rio.html
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• Bacia hidrográfica: é o conjunto qualquer de terras sob a influência dos rios.
https://slideplayer.com.br/slide/1264018/
• Nascente (cabeceira ou embocadura): é o local onde a água “brota” da terra.
• Vertente: é a direção das águas, onde o rio vai desaguar.
EXEMPLO
Brasil – vertente no Atlântico.
• Foz (desembocadura): é o local onde o rio deságua (seja em outro rio, mar ou lago).
• Dispersor de águas: corresponde ao vale.
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Obs.: � - O curso inferior é mais propício à navegação e o curso superior à produção de energia 
a partir de hidroelétricas.
 � - As margens direita/esquerda tem como referência o sentido das águas.
• Confluência: é o encontro de dois ou mais rios.
https://www.ebc.com.br/noticias/galeria/audios/2014/11/mpf-quer-impedir-ana-de-autorizar-obras-em-rios-da-
-amazonia
• Meandros: são curvas de um rio.
https://maestrovirtuale.com/meandro-caracteristicas-como-e-formado-e-tipos/
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• Talvegue: é a parte mais profunda de um rio.
https://slideplayer.com.br/slide/3251010/
1. Interflúvios: Relevo ou área elevada entre dois cursos de água ou dois vales (partes de 
uma área elevada).
2. Vertentes: é a direção das águas.
3. Margens: é um termo utilizado em geografia para designar o local onde a água se encon-
tra com a terra.
4. Leito: é o espaço ocupado pelas águas,isto é, é o caminho que o rio percorre.
5. Talvegue: parte mais profunda de um rio.
6. Vale: é tipicamente uma área de baixa altitude cercada por áreas mais altas, como mon-
tanhas ou colinas.
• Montante: é o deslocamento em um rio no sentido contrário ao da correnteza.
• Jusante: é o deslocamento em um rio no sentido da correnteza.
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ClassIfICação dos rIos:
Quanto ao Regime:
É o processo de formação, é como se dá o abastecimento de um rio.
• Regime pluvial: ocorre através das chuvas.
EXEMPLO
Bacia do Paraná.
• Regime nival: ocorre através da precipitação de flocos formados por cristais de gelo.
EXEMPLO
Rios na cordilheira dos Andes.
• Regime misto: ocorre através da precipitação de flocos formados por cristais de gelo e 
pelas chuvas.
EXEMPLO
Bacia do Amazonas (única no Brasil).
http://peacles.blogspot.com/2016/11/entenda-diferenca-pluvial-x-fluvial.html
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Quanto à Durabilidade:
• Rio perene: é aquele que nunca seca.
EXEMPLO
São Francisco, Amazonas.
• Rio intermitente: é aquele que seca durante um período.
EXEMPLO
Jaguaribe, Piranhas-Açu.
https://slideplayer.com.br/slide/1350287/
Quanto à Drenagem:
Drenagem é um fenômeno relacionado ao escoamento das águas em determinado intervalo.
• Drenagem exorréica: é aquela em que o rio deságua no mar.
EXEMPLO
Rio São Francisco.
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• Drenagem Endorréica: é aquela em que o rio deságua em outro rio, dentro do continente.
EXEMPLO
Rio Tietê deságua no Paraná.
• Drenagem arréica: é aquela em que o rio deságua no deserto.
EXEMPLO
Rio Aracoiaba – CE.
• Drenagem criptorréica: é aquela em que suas águas infiltram o solo e formam os lençóis 
freáticos.
EXEMPLO
Sac Actun – México (215,4 maior rio subterrâneo do mundo).
http://profwladimir.blogspot.com/2016/10/tipos-de-drenagens-dos-rios.html
Quanto aos Tipos de Foz:
• Estuário: deságua por meio de um canal.
EXEMPLO
Estuário do Amazonas – AM.
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• Delta: deságua por mais de um canal.
EXEMPLO
Delta do Parnaíba – PI.
https://gramho.com/explore-hashtag/bernoli
Quanto ao Relevo:
• Planalto: é um rio mais propício a gerar energia.
EXEMPLO
Rio São Francisco.
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• Planície: é um rio mais adequado para a navegação.
EXEMPLO
Rio Amazonas, Paraguai.
Quanto aos Tipos de Rios:
• Rios retilíneos: curso pouco sinuoso.
• Rios meandrantes: possui diversas curvas.
• Rios entrelaçados: são rios que se cruzam.
• Rios anastomosados: são rios que sofrem desvios em função das ilhas ou bancos de 
areias.
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Caro (a) estudante, seguem algumas dicas a respeito da classificação das bacias hidrográ-
ficas. Vamos enfatizar a Bacia Amazônica devido ao nosso foco de estudo.
DICAS
1 A rede hidrográfica brasileira é a mais densa do planeta com grande umidade.
2 É rica em rios e pobre em lagos
3 O Brasil é pobre em lagos já que estão relacionados a processos tectônicos.
4
No Brasil, cerca de 64% do relevo é formado de bacia sedimentares e 36% de 
escudos cristalinos, contudo, no nordeste de clima semiárido, 60% do relevo é 
formado de escudos cristalinos (impermeável).
5 A água é a terceira fonte de produção energética do Brasil sendo a primeira os hidrocarbonetos e a biomassa.
6 Existe no Brasil as bacias primárias (possuem um rio de grande porte) e as secundárias (não possuem um rio de grande porte).
7
Quase todas as bacias brasileiras são pluviais, perenes, exorréicas, estuários e 
planálticas, exceto:
- Bacia amazônica.
- Bacia do Paraguai.
- Bacia Nordestina.
8 A bacia do Paraguai é de planície e a secundária do Nordeste é intermitente, a Amazônica é mista e de planície.
9 A bacia do Parnaíba é do tipo Delta, a Amazônica é mista e as demais são do tipo estuário.
10 A bacia com maior potencial de navegação é a Amazônica e Paraguai.
11 A bacia com maior potencial de energia: Amazônica e Paraná.
12
A Transposição do São Francisco é um projeto que visa deslocar o rio São 
Francisco para regiões de escassez hídrica.
Proposta: busca o desvio de água que nasce na serra da Canastra e promove a 
separação de Alagoas e Sergipe, com o desvio do eixo norte (402 Km) e o eixo 
leste (220 Km), bobeando água para os rios que secam.
Aspectos positivos:
Segurança hídrica, irrigação, geração de emprego, melhora da economia, 
contenção do êxodo rural, abastecimento rural.
Aspectos negativos:
Promove uma piora na biodiversidade, empregos intermitentes, macrocefalia 
urbana, inundações de áreas.
Indústria da seca, que são benfeitorias feitas em troca de votos.
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Conforme visto anteriormente, a rede hidrográfica brasileira é a mais densa do planeta com 
grande umidade, sendo rica em rios e pobre em lagos.
O Brasil é pobre em lagos, visto que estes estão relacionados a processos tectônicos, os 
quais não ocorreram na história geológica do relevo brasileiro, pois o Brasil se localiza no cen-
tro de uma placa tectônica.
BaCIas HIdrográfICas
É a terceira fontede produção energética do Brasil, sendo a primeira os hidrocarbonetos 
(petróleo), seguido da biomassa e, em terceiro lugar, a hidroenergia.
O Brasil possui bacias primárias (possuem um rio de grande porte) e secundárias (não 
possuem um rio de grande porte), podendo destacar:
Características da bacia Amazônica:
• É a maior bacia hidrográfica do planeta.;
• Existe um fenômeno que promove chuvas periódicas e é fruto da evaporação das águas 
dessa bacia. O fenômeno descrito é denominado de evapotranspiração;
• Por ser uma bacia de planície, difere da ideia de bacias brasileiras pluviais, perenes, pla-
nálticas, de estuário;
• É extremamente navegável;
• Apresenta maior potencial de hidroenergia;
• É a maior bacia hidrográfica do país, mas não é unicamente brasileira, suas nascentes 
estão nos Andes. Por isso, é uma bacia de regime misto;
• No Brasil, é utilizada cerca de 75% e 80% da energia por meio da hidroeletricidade;
• Detém 75% dos recursos superficiais do território nacional. Isso é fruto, também, da pre-
sença da Floresta Amazônica;
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• Possui mais de 1.500 espécies de peixes e o maior peixe de água doce do planeta: o 
pirarucu (dizem que existe também a arraia de água doce);
• Nasce na cordilheira dos Andes (Peru). Ao entrar no Brasil, é denominada de Solimões; 
quando encontra o rio Negro, passa a ser denominada de Amazonas;
• O rio Negro e o rio Solimões são rios de drenagem endorréica;
• Possui o maior potencial energético, contudo, devido às condições naturais, sociais e o 
afastamento dos grandes centros, tem o menor potencial instalado, ou seja, por causa 
da geomorfologia da região, da distância dos grandes centros e por ser um rio de planí-
cie, o potencial não é implementado;
• O Brasil investe nessa produção energética devido ao baixo custo de produção, associa-
do a outras regiões;
• As usinas hidrelétricas causam grande impacto industrial. Não produzem efeito estufa, 
mas provocam perda de solo, deslocamento de populações, causando impactos históri-
cos e sociais referentes às comunidades indígenas. Esse é mais um motivo para a não uti-
lização do potencial hidroenergético da região norte da bacia hidrográfica do Amazonas;
• A hidroenergia tem como vantagem uma energia a menor custo;
• A Bacia Amazônica é de planície, mas tem como divisores o planalto das guianas e cen-
tral, que é desnivelado, ocasionando a construção das hidrelétricas;
• As estradas na Amazônia são os leitos dos rios, bastante caudalosos, ideais para nave-
gação de cabotagem.
Caro (a) estudante, é importante retomarmos para a relação da Amazônia e as Fronteiras 
Agrícolas, uma vez que tem sido cada vez mais alvo de prova de concursos.
A Amazônia sofre bastante impacto com fronteiras agrícolas, agrotóxicos, desmatamen-
tos, contaminação por garimpos. A Revolução Verde foi um processo que aconteceu na dé-
cada de 1960, quando os Estados Unidos alegaram que a fome global era responsabilidade 
dos países em desenvolvimento, em função de suas técnicas rudimentares. Essa alegação 
gerou um alerta dentro do Estado brasileiro, que, de forma inconsequente, comprou a ideia dos 
Estados Unidos. O governo americano começou a vender sementes modificadas, máquinas 
agrícolas, adubos, fertilizantes e agrotóxicos para o Brasil, assim como uma série de técnicas 
para o aumento da produtividade.
É importante termos em mente que a fome global não é responsabilidade de países em 
desenvolvimento, como o Brasil. Ela está associada a três elementos: má distribuição de ali-
mentos, interesses econômicos e desperdício.
É possível perceber que perdurou, no Brasil, o pacto colonial. Se no passado o país vendia 
matéria-prima e comprava manufaturas, na atualidade o Estado brasileiro é grande vendedor 
de commodities; de qualquer matéria-prima no estado primitivo ou semi-industrializado de co-
mercialização global; e é comprador de tecnologia. Logo, é perceptível a permanência dos 
laços de dependência.
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Enfim, estamos chegando ao fim, mas ainda dá tempo de destacarmos a geomorfologia 
(relevo) da região da Amazônia. Antes disso, é fundamental fazermos uma distinção entre as 
três principais unidades geomorfológicas que mais estão presentes em nosso planeta.
• Crátons;
• Bacias Sedimentares;
• Dobramentos Modernos.
Dessas três unidades, a única que não está presente no Brasil são os dobramentos moder-
nos, pois estão relacionados ao encontro de duas ou três placas tectônicas. O Brasil está no 
centro da placa Sul-Americana.
Os crátons têm origem a partir de um relevo bastante antigo originado na era pré-cambria-
na e pode ser dividido em escudos cristalinos e plataformas continentais.
Observe as caraterísticas dessa formação geológica:
Escudos cristalinos (formação mais antiga do planeta):
• Presente em 36% do território brasileiro.
• Surgiram na Era pré-cambriana.
• Formados por rochas magmáticas e metamórficas.
• Bastante desgastados.
• Ricos em minerais metálicos (ferro, ouro, bauxita).
EXEMPLO
Serra do Navio (AP), Serra dos Carajás (PA), Quadrilátero Ferrífero (MG).
Caro estudante, observe a áreas mineradoras do Brasil. É importante destacar que são lo-
cais onde encontram-se os escudos cristalinos.
https://marcosbau.wordpress.com/geobrasil-2/brasil-recursos-minerais-metalicos/
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Plataformas Continentais:
• Possuem as mesmas características dos escudos, porém em áreas mais rebaixadas.
http://geoconceicao.blogspot.com/2013/04/relevo-oceanico.html
Bacias Sedimentares:
• Presente em 64% do território brasileiro.
• Surgiram na era Paleozoica, Mesozoica e Cenozoica.
• Formadas por rochas sedimentares (restos de animais, minerais e/ou vegetais).
• Ricas em petróleo (“pesado”, o que dificulta seu refino) e carvão mineral (PR, SC, RS, SP).
https://www.youtube.com/watch?v=QV90KTpf6wE
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Obs.: � O Brasil é pobre em reservas de carvão mineral. Além disso, o carvão que é obtido no 
território nacional ainda é de má qualidade (turfa). O petróleo continental também é 
de má qualidade, pois se trata do chamado “petróleo pesado”, cujo processo de refino 
é difícil e muito oneroso. É por esse motivo que o Brasil se concentra em explorar o 
petróleo nas plataformas continentais (mar).
Dobramentos Modernos:
• Não estão presentes no território brasileiro, já que são formadospelo encontro entre 
placas e o Brasil está no centro da placa Sul-Americana.
• Surgiu no final da era Mesozoica e Cenozoica.
• Formados pelos choques entre placas tectônicas (orogênese).
• Grandes cadeias de montanhas.
EXEMPLO
Himalaia.
https://conhecimentocientifico.r7.com/ja-ouviu-falar-em-dobramentos-modernos-saiba-o-que-sao-e-onde-ficam/
Divisão da Estrutura Geológica Brasileira
A estrutura geológica brasileira é formada basicamente pela presença de planaltos (36%) 
e planícies (64%). Segundo Aziz Ab’Saber, o planalto é uma superfície mais ou menos plana, 
onde a erosão (desgaste) supera a sedimentação (acúmulo). Por outro lado, a planície é uma 
superfície com um comportamento contrário, onde a erosão é menor que a sedimentação.
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Observe as bacias e escudos presentes no território brasileiro:
http://geografia-marciameyer.blogspot.com/2012_03_01_archive.html
Caro (a) estudante, observe que existe uma intima relação entre os recursos naturais e a 
formação geológica. Conforme já dito anteriormente, as maiores áreas mineradoras têm ori-
gem a partir dos crátons e aqueles com maior oferta de petróleo e carvão mineral se destacam 
por serem bacias sedimentares.
Estrutura Geológica e Recursos Naturais
O Brasil é um país privilegiado do ponto de vista mineralógico, com a presença de diver-
sas áreas de extrativismo tais como: Serra dos Carajás (PA), Serra do Navio (AP), Quadrilátero 
Ferrífero (MG), Maciço do Urucum (MS), Vale das Trombetas (AM), Teles Pires (AM/MT), en-
tre outras.
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Observe na imagem a seguir a distribuição das áreas mineradoras no Brasil:
http://wikigeo.pbworks.com/w/page/36433890/Vale%20do%20Rio%20Tombetas%20%28PA%29
a estrutura geológICa do BrasIl
A estrutura geológica é a classificação da litosfera terrestre de acordo com suas origens e 
as composições de suas rochas (base para o relevo). A litosfera é a camada mais superficial 
da terra. E, conforme já abordamos anteriormente, há três tipos de rochas:
Magmáticas: formadas pelo esfriamento e solidificação de elementos endógenos – no 
caso, o magma pastoso – e podem ser:
• Intrusivas (resfriamento lento, como o granito).
• Extrusivas (resfriamento rápido, como o basalto).
• Hipoabissais (resfriamento intermediário, como as rochas obsidianas).
Sedimentares: constituídas por sedimentos que originam as inúmeras partículas das ro-
chas, lama, matéria orgânica, podendo até possuir em sua composição restos corpóreos de 
vegetais e animais. Apresentam-se em formas de camadas ou estratos. Nessas rochas são 
encontrados os fósseis. Elas sofrem a ação do calor solar, da água e do vento como forma de 
decomposição. Podem ser:
• Orgânicas (formada por restos vegetais ou animais, como, por exemplo, a argila).
• Químicas (formada pela evaporação da água, como o sal).
• Detríticas (formada por restos minerais como, por exemplo, a areia).
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Metamórficas: rochas que resultam da transformação de outras, pelo aumento de pressão 
ou temperatura.
Caro (a) estudante, como informado anteriormente, existem somente três estruturas geológicas:
• Crátons.
• Bacias sedimentares.
• Dobramentos modernos.
As três planícies vinculadas às bacias sedimentares brasileiras são a Amazônica, litoral e Pan-
tanal, essa última é a maior planície alagada do planeta. O petróleo brasileiro na superfície terrestre 
é “mais pesado” do que o extraído do mar, daí justificam-se os altos investimentos da Petrobrás 
no Pré-sal, no Recôncavo Baiano e na Bacia de Campos. O Brasil está localizado no centro de uma 
placa tectônica, a placa Sul-Americana. O Brasil tem um relevo predominantemente planáltico.
Mas, nesse momento, mais do que as características geomorfológicas do país, temos que 
distinguir as propostas de divisão de três grandes estudiosos do relevo brasileiro: Aroldo de 
Azevedo, Aziz ab’Saber e Jurandyr Ross
Classificação do Relevo Brasileiro
• 1940 – Aroldo de Azevedo
A classificação de Aroldo de Azevedo baseava-se no critério da altimetria, que dividia o Brasil 
em planaltos e planícies. Segundo o estudioso, as áreas acima de 200 metros de altitude seriam 
consideradas planálticas e as áreas inferiores a 200 metros de altitude seriam consideradas pla-
nícies. É uma classificação ultrapassada, está em desuso. Contudo, é fundamental salientar que 
não existiam instrumentos mais sofisticados para uma análise pormenorizada do relevo nacio-
nal. A proposta de Azevedo destaca a presença de quatro planaltos e três planícies.
http://planetadoalan.blogspot.com/2011/05/mapa-de-relevo-aroldo-de-azevedo.html
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• 1958 – Aziz Ab’ Saber
A classificação de Aziz Ab’ Saber, executada pelo departamento de geografia da Universi-
dade de São Paulo, propôs uma mudança brusca nos conceitos de planalto e planície defen-
didos por Azevedo. Segundo Aziz Ab’ Saber, planalto era uma superfície mais ou menos plana 
onde a erosão superava a acumulação; já a planície era uma unidade geomorfológica, onde a 
erosão era menor que a acumulação. Segundo Saber, foram consideradas dez unidades geo-
morfológicas com a presença de sete planaltos e três planícies. Saber é responsável pela intro-
dução de uma abordagem morfoclimática que considerava os efeitos do clima sobre o relevo.
http://iedaoliboni.blogspot.com/2010_11_01_archive.html
• 1989 – Jurandyr Ross
É a divisão geomorfológica mais complexa do Brasil. Jurandyr Ross destacou, além das 
características morfoestruturais (estruturas geológicas) e morfoclimáticas (inspirado em Aziz 
ab’Saber), as características morfoesculturais do relevo, ou seja, a ação dos agentes externos 
sobre as unidades geomorfológicas. A grande contribuição de Ross foi a introdução do concei-
to de depressão. Suas pesquisas, que culminaram em uma nova proposta de divisão do relevo 
brasileiro, foram encorajadas após sua participação no projeto Radam (Brasil e EUA). Segundo 
Ross, o relevo brasileiro seria dividido em 11 planaltos, 11 depressões e seis planícies.
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