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Física do Meio Ambiente Responsável pelo Conteúdo: Prof. Dr. Francisco de Assis Cavallaro Revisão Textual: Prof.ª Me. Sandra Regina Fonseca Moreira Radiações Eletromagnéticas e suas Implicações nas Sociedades Modernas Radiações Eletromagnéticas e suas Implicações nas Sociedades Modernas • Apresentar os fundamentos das radiações eletromagnéticas e suas implicações na socieda- de moderna. OBJETIVO DE APRENDIZADO • Fundamentos de Radiações Eletromagnéticas; • Tipos de Radiação; • Efeito da Radiação sobre as Plantas; • Principais Leis da Radiação de Corpo Negro; • Radiação Solar; • Interação da Radiação na Atmosfera; • Efeito Estufa e o Aquecimento Global. UNIDADE Radiações Eletromagnéticas e suas Implicações nas Sociedades Modernas Fundamentos de Radiações Eletromagnéticas A radiação eletromagnética é uma forma de energia que é produzida pela oscila- ção elétrica e magnética, ou pelo movimento acelerado de partículas eletricamente carregadas que viajam através do vácuo ou da matéria. Figura 1 – Campos elétrico (vermelho) e magnético (azul) Fonte: chem.libretexts.org Uma onda eletromagnética é definida pela combinação dos campos elétrico e magnético que são perpendiculares entre si (Figura 1), cujos movimentos são osci- lantes e combinados, e se propagam caracterizando uma onda. Do ponto de vista da Mecânica Quântica, a radiação eletromagnética é definida como um deslocamento de fótons, propagando-se como ondas transversais que os- cilam perpendicularmente à direção do seu movimento. Fóton: É uma partícula elementar que faz a mediação da força eletromagnética, sendo descri- to pela eletrodinâmica quântica. Pode-se comportar como uma onda ou como uma partícula. Propriedades Gerais da Radiação Eletromagnética • A radiação eletromagnética pode se propagar por qualquer meio, inclusive no vácuo. • Propaga-se na velocidade da luz (c = 3 × 108 m/s). Ondas Eletromagnéticas e suas Características Amplitude É a distância do deslocamento vertical, do ponto neutro ao pico ou vale de uma onda, conforme mostrado na Figura 2, indicando a intensidade de oscilação de uma onda. A amplitude mostra quão energética é uma onda, pois quanto maior a amplitude, maior a sua energia. 8 9 vale crista amplitude λ – lambda Comprimento de onda Figura 2 – Onda eletromagnética Fonte: Acervo do Conteudista Comprimento de Onda O comprimento de onda (λ) é caracterizado como a distância de um ciclo comple- to da oscilação de uma onda. Ondas de maior comprimento de onda, como as ondas de rádio, transportam menos energia do que outras de menor comprimento de onda. Já estas, as ondas de menor comprimento, como os raios X, são mais energéticas, podendo apresentar perigos à saúde. O comprimento de onda é calculado pela seguinte equação: cλ υ = em que: • c é a velocidade da luz; • λ é o comprimento de onda; • υ é a frequência. Os comprimentos de onda são importantes para definir o tipo de onda com que se está lidando, assim, quando eles são mais curtos, aumenta-se a frequência (Figura 3), o que se traduz em uma onda mais energética. Figura 3 – Diferentes comprimentos de ondas e frequências Fonte: Wikimedia Commons O comprimento de onda nos diz o tipo de radiação e a sua energia. 9 UNIDADE Radiações Eletromagnéticas e suas Implicações nas Sociedades Modernas Período O período é definido como o intervalo de tempo que uma onda leva para percor- rer um comprimento de onda, comumente expresso em segundos (s) e tendo como símbolo a letra T. Frequência A frequência é definida como o número de ciclos por segundo, e é expressa como hertz (Hz). O inverso do período é a frequência, que indica o número de comprimentos de onda que passam por um ponto, por unidade de tempo, confor- me a equação abaixo: 1 T υ = A energia é diretamente proporcional à frequência e pode ser expressa como: E = hv em que: • E é a energia; • h é a constante de Planck, (h = 6,62607 x 10–34 J · s); • υ é a frequência. Velocidade Para uma onda qualquer a velocidade pode ser expressa pela seguinte forma: velocidade = λf ou λv No caso de uma onda eletromagnética, a velocidade de propagação no vácuo é de c = 3 × 108 m/s, dada pela seguinte relação: c T λ λυ= = Espectro Eletromagnético Quando a onda eletromagnética se propaga carregando energia, ao aumentar- mos o nível de energia da onda, o seu comprimento de onda diminui, juntamente com um aumento da frequência. Com isso, a radiação eletromagnética é dividida em variados tipos de radiação com base em seu comprimento de onda e frequência den- tro do espectro eletromagnético (Figura 4), sendo classificadas em ondas de rádio, micro-ondas, ondas infravermelhas, luz visível, radiação ultravioleta, raios X e raios gama, a depender da faixa de comprimento de onda em que se encontram. 10 11 Figura 4 – Espectro eletromagnético mostrando a luz visível Fonte: Wikimedia Commons A região do espectro eletromagnético (Figura 5) na qual o olho humano é sensível é chamada de espectro de luz visível, presente na faixa de 380 até 740 nm. Figura 5 – Espectro eletromagnético com os tipos de radiação Fonte: Wikimedia Commons Tipos de Radiação Ondas de Rádio As ondas de rádio encontram-se na faixa de 1m a 1×108m de comprimento de onda, apresentam níveis de energia mais baixos e são muito utilizadas em transmis- 11 UNIDADE Radiações Eletromagnéticas e suas Implicações nas Sociedades Modernas sões de dados, telecomunicação, sensoriamento remoto, sistemas de radar, os quais são muito úteis na meteorologia, sendo usados para prover mapas da superfície terrestre e para previsão de padrões climáticos, pois as ondas de rádio atravessam facilmente a atmosfera. Micro-ondas As micro-ondas são muito utilizadas no dia a dia para aquecimento de alimentos, pois a frequência emitida pelos equipamentos de micro-ondas atinge a frequência de ressonância da água presente nos alimentos, fazendo suas moléculas vibrarem, au- mentando sua temperatura. Também são úteis para a transmissão de dados através do espaço e em sensoriamento remoto, situação em as micro-ondas são emitidas e coletadas, possibilitando adquirir informações sobre as áreas refletidas. As micro-ondas têm um comprimento de onda longo, da ordem de 1mm a 1m, e são boas para transmitir informações, pois são um tipo de onda que pode atravessar nuvens e chuvas leves. Podem ser utilizadas em radares por meio do efeito Doppler. Múltiplas aplicações do sensoriamento remoto: https://youtu.be/hPuWMFt66oA Ondas Infravermelhas A radiação infravermelha (IV), ilustrada na Figura 6, é uma radiação não ionizante presente na faixa invisível do espectro eletromagnético, apresentando comprimen- tos de onda que vão de 700nm a 1mm. Essa radiação pode ser liberada por calor ou energia térmica, e é comumente usada em sensoriamento remoto, em que os sensores captam o calor emitido pelos corpos, fornecendo imagens, que também permitem o levantamento de condições climáticas. Figura 6 – Imagem representando uma termografia no espectro infravermelho Fonte: Wikimedia Commons A radiação IV pode ser classificada em três tipos: • Radiação infravermelha curta (700nm – 1500nm); • Radiação infravermelha média (1500nm – 5600nm); • Radiação infravermelha longa (5600nm – 1mm). 12 13 Espectroscopia por infravermelho: https://bit.ly/2WaLSZc Luz Visível A luz visível é a única região do espectro eletromagnético capaz de ser vista pelos seres humanos, abrangendo cores diferentes, e todas são caracterizadas por um de- terminado comprimento de onda. A tabela abaixo mostra os comprimentos de onda e as respectivas cores definidas no espectro: Tabela 1 Região (cor) Comprimento de Onda (nm) Violeta 380 - 435 Anil 435 - 500 Azul 500 - 520 Verde 520 - 565 Amarelo 565 - 590 Laranja 590 - 625 Vermelho 625 - 740 Fonte: Adaptado de chem.libretexts.org Ultravioleta A radiação ultravioleta (UV) apresenta-se com um comprimento de onda menor que o da luz visível e maior que dos raios X, presentena faixa de 380nm a 1nm. A radiação UV é mais conhecida por causa de seus efeitos prejudiciais na pele, ocasionados pela exposição excessiva à luz solar, podendo causar câncer de pele. A radiação UV, relacionada aos problemas que podem causar à saúde humana e ao meio ambiente, é classificada como: • UVA (320 – 400nm); • UVB (280 – 320nm); • UVC (200 – 280nm). A parcela da radiação UVB que consegue atravessar a atmosfera terrestre é a maior responsável pelos danos à pele. O link a seguir ilustra as faixas de radiação UV emitidas pelo Sol que interagem com a atmosfera terrestre. Interação da radiação UV com a atmosfera terrestre: https://bit.ly/2yqh7Xf 13 UNIDADE Radiações Eletromagnéticas e suas Implicações nas Sociedades Modernas Equações de Ondas A descrição matemática de uma onda harmônica é: y = Asen (kx – ωt) Onde: • A é a amplitude; • k é o número da onda; • x é a posição no eixo x. 2k π λ = em que: • λ é o comprimento de onda. A frequência angular pode ser descrita como: ω = 2πυ = 2πT Onde: • υ é frequência; • T é o período de oscilação da onda. Interferência As ondas apresentam uma propriedade importante: a capacidade de se combinar com outras ondas, chamada de interferência, podendo ser de dois tipos: construti- va e destrutiva, conforme a Figura 7. Figura 7 – Interferências construtivas e destrutivas Fonte: Acervo do Conteudista 14 15 • Interferência construtiva: ocorre quando duas ou mais ondas estão em fase, onde se somam, aumentando sua amplitude resultante; • Interferência destrutiva: acontece quando duas ou mais ondas se anulam mu- tuamente, pois seus movimentos de propagação e amplitude estão fora de fase, produzindo uma amplitude menor. Efeito da Radiação sobre as Plantas Nas plantas, a radiação eletromagnética provoca diversos efeitos, podendo for- talecer ou provocar sua morte, sendo que esses efeitos variam conforme o compri- mento de onda incidente. A Tabela 2 apresenta os comprimentos de onda e seus respectivos efeitos nas plantas: Tabela 2 – Comprimentos de onda e efeitos nas plantas Comprimento de Onda Efeito Região do Espectro Até 0,28 µm Provoca a morte rápida das plantas Ultravioleta 0,28 a 0,40µm Até 0,32µm apresenta alta nocividade. Acima de 0,32µm inibe o crescimento das plantas Ultravioleta e violeta 0,40 a 0,51µm Apresenta elevada absortividade pelos pig-mentos clorofila e xantofila Anil e azul 0,51 a 0,61µm Baixa influência na fotossíntese Verde e amarelo 0,61 a 0,72µm Alta influência na fotossíntese Laranja e vermelho 0,72 a 1,0µm Interfere na germinação das sementes, cres-cimento, floração e coloração dos frutos Vermelho e infravermelho curto Acima de 1,0µm Quando absorvido, têm influência nos pro-cessos bioquímicos das plantas Acima do infravermelho curto Fonte: CHANG, 1968, in AYOADE, 1996 Principais Leis da Radiação de Corpo Negro Lei de Planck Planck (1900) imaginou que a radiação era absorvida e emitida em pequenas, mas discretas quantidades (isto é, quantidades descontínuas), denominadas quanta, ou seja, a energia radiativa é emitida em pequenos pacotes, e que a energia de um quan- tum é hν. Dessa forma, a radiância espectral emitida por um corpo negro (Figura 8), em função do comprimento de onda, pode ser descrita por: ( ) 2 5 2 1, 1T hcB T hc ekλ λ λ = − 15 UNIDADE Radiações Eletromagnéticas e suas Implicações nas Sociedades Modernas Onde: • T é a temperatura do corpo negro (em Kelvin); • c = 3 × 108 m s–1, é a velocidade de propagação da luz o vácuo; • h = 6,63 × 10–34 J · s, é a constante de Planck; • k = 1,38 × 10–23 J · K–1, é a constante de Boltzman; • λ é o comprimento de onda (em m). Figura 8 – Curvas de um corpo negro para diferentes temperaturas Fonte: Wikimedia Commons Lei de Wien A lei do deslocamento de Wien diz que o comprimento de onda de um corpo negro no ponto de máxima emissão de radiância é inversamente proporcional à sua temperatura. Com isso, diferenciando a função de Planck com relação ao compri- mento de onda, podemos descrever a lei de Wien como: 32,897 10 máx K T T λ −× = = em que: • λmáx é o comprimento de onda do pico da distribuição (em m); • k é a constante de Wien; • T é a temperatura absoluta em kelvin. Por intermédio desta função, podemos concluir que quanto maior a temperatura de um corpo, menor será o seu comprimento de onda de emissão máxima de radia- ção. Dessa forma, qualquer corpo luminoso que se resfria progressivamente deixa de emitir luz visível, explicando a razão de uma barra de ferro, ao ser aquecida, tornar-se primeiro vermelha e depois esverdeada e azulada. 16 17 Wien postulou em sua segunda lei, que a radiância máxima relativa ao compri- mento de onda máximo λmáx era proporcional à quinta potência da temperatura do corpo, descrita pela equação: Bλ (λmáx, T) = KT 5 em que: • K é uma constante de proporcionalidade. Radiação Solar O Sol, a estrela mais próxima da Terra, constitui a principal fonte de energia do planeta, e sua distância média, denominada unidade astronômica (UA), equivale a: 111,5 10d m≈ × Devido ao movimento orbital do planeta Terra ao redor do Sol apresentar uma forma elíptica, a distância solar varia entre 1,471 × 1011m no Periélio, em janeiro, a 1,521 × 1011m no Afélio, em julho, conforme mostra a Figura 9 abaixo: Figura 9 – Orbita da Terra ao redor do Sol mostrando o periélio e o afélio Fonte: Adaptado de Wikimedia Commons A energia do Sol é proveniente de reações nucleares, com a fusão de quatro átomos de hidrogênio em um núcleo de hélio, liberando uma grande quantidade de energia. Como o Sol apresenta em sua massa aproximadamente 74% de hidrogênio, as rea- ções nucleares estarão presentes por bilhões de anos, pois ocorre uma elevação de hélio à medida em que há uma diminuição da quantidade de hidrogênio no núcleo. A temperatura da superfície do Sol é de 6000ºC, emitindo energia por radiação eletromagnética, que se propaga na velocidade da luz c = 300.000 km/s. 17 UNIDADE Radiações Eletromagnéticas e suas Implicações nas Sociedades Modernas O Sol irradia como um corpo negro e, conforme a lei de Stefan-Boltzman, o fluxo de radiação de um corpo negro é diretamente proporcional à quarta potência de sua temperatura absoluta, conforme a equação abaixo: F = σT4 Onde: • F é o fluxo de radiação; • T e a temperatura absoluta do corpo; • σ é a constante de Stefan-Boltzman = 5,67 x 10–8W · m–2K–4. Espectro de radiação solar na atmosfera: https://bit.ly/3dmHeNj O link acima mostra o espectro de radiação solar no topo da atmosfera e ao nível do mar, sendo possível observar que a intensidade máxima de radiação do Sol ocorre próxima a 500nm e que o espectro solar se divide na seguinte forma: • Luz visível: ~43%; • Infravermelho: ~49%; • Ultravioleta: ~7%. A radiação solar é também chamada de radiação de onda curta, presente na faixa de 0,3 μm a 4,0 μm. • Radiação Solar Direta (Rdireta): é a parte da radiação solar que atravessa a atmosfera terrestre chegando até a superfície, decrescendo com a distância per- corrida e com a presença dos constituintes atmosféricos; • Radiação Solar Difusa (Rdifusa): é a fração da radiação que é resultante do espalhamento pelas moléculas de gás e nuvens que constituem a atmosfera, atravessando-a e alterando a sua direção de incidência. Irradiância Solar A irradiância solar, também chamada de constante solar, é a taxa de energia emi- tida pelo Sol que chega ao topo da atmosfera terrestre, perpendicular à direção do Sol a uma distância média Terra-Sol. O valor da irradiância solar é medido pelo Total Irradiance Monitor da NASA, cujo valor é de: E0 = 1360,8 ± 0,5 W/m² É importante observar que esse valor da irradiância ou constante solar varia con- forme a atividade solar e a distância Terra-Sol. 18 19 Figura 10 – Parâmetros para cálculo da irradiação da energia solar à Terra Fonte: Acervo do Conteudista Conhecendo a distância entre a Terra e o Sol (Figura 10), cujo valor é d = 1,5 × 1011m e o raio do SolRs = 7 × 10 8m, é possível determinar a sua luminosidade (E0). Conforme a Lei de Stefan-Boltzman, considerando que o Sol emite radiação como um corpo negro, e a potência emitida pelo Sol é Φs = 3,9 × 10 26W, podemos calcular sua irradiância E0: ( ) 26 7 2 22 8 3,9 10 6,3 10 / 4 4 7 10 S S S S S E W m A R φ φ π π × = = = ≅ × × Considerando que a energia se conserva, o fluxo que atravessa a área 24S SA Rπ= deve ser igual ao que atravessa 4π(d + Rs) 2, e (d + Rs) é o novo raio de irradiância da radiação solar. Irradiância: constitui a densidade de fluxo de radiação incidente sobre uma superfície. ( ) 0 22 04 4 S S S SE R E d R φ φ π π = = + Considerando o novo raio (d + Rs) como r, cujo valor é a soma do raio do Sol e a distância do Sol à Terra: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 11 8 11 22 0 2 0 2 0 2 27 8 2 0 211 1,5 10 7 10 1,507 10 4 4 4 4 2 6,3 10 7 10 1359 / 1,507 10 S S S S S S d R E R E r E R E r ESRE r E W m π π π π + = × + × = × = = = × × = ≅ × 19 UNIDADE Radiações Eletromagnéticas e suas Implicações nas Sociedades Modernas Para encontrar a energia do Sol por unidade de área que chega perpendicular- mente à superfície de um astro, como a Terra, pode-se utilizar a seguinte equação: 24 S Z EE Dπ = em que: • EZ é a energia irradiada na superfície do astro (p.ex. Terra); • ES e a energia emitida pela fonte (p.ex. Sol); • D é a distância entre o astro e a fonte emissora. IMPORTANTE Devido à rotação da Terra, o fluxo médio de radiação incidente equivale a ¼ da constan- te solar, pois a potência interceptada na Terra é dividida pela sua área total. Exemplo Calcule a energia média irradiada pelo Sol que chega à superfície terrestre per- pendicularmente, considerando que haja uma reflexão de 39% desta luz incidente pela superfície terrestre. Dados: Constante Solar = E0 = 1360,8W/m². Resolução ( ) ( ) 2 2 2 11 0,39 1360,8 / 4 10,61 1360,8 / 4 207,5 / Z Z Z E W m E W m E W m = − × × = × × = Insolação Definimos insolação como a quantidade de radiação solar por unidade de área e por unidade de tempo que chega a um lugar da superfície terrestre. A radiação solar incidente depende de três fatores: • Período do ano; • Período do dia; • Latitude. A insolação depende da área em que a radiação solar é distribuída, e pode ser calculada pela seguinte equação: ZEI A = 20 21 em que: • I é a insolação; • EZ é a energia do Sol no zênite (vertical superior); • A é a área. A radiação solar é espalhada por uma área A’, conforme mostrado na Figura 11, quando o ângulo de incidência θ da luz solar não é perpendicular ao horizonte. Figura 11 – Insolação conforme os ângulos de incidência dos raios solares. Fonte: astro.if.ufrgs.br Quando o ângulo de incidência da energia solar é diferente da direção perpendicular ao horizonte, a mesma energia é espalhada pela área A’, conforme a equação abaixo: AA senθ ′ = Conforme pode ser observado na Figura 11 acima, a inclinação da órbita faz variar a altura máxima do Sol para um determinado ponto na Terra. Com isso, a insolação varia conforme o lugar. PS Z Horizonte Lat Eq ua do rC írc ulo Di ur no do So l n o V erã o Ec líp tic a Cír cu lo Di ur no do So l n o I nv ern o ZI ZV Figura 12 – Ângulos de incidência dos raios solares nos solstícios de verão e inverno Fonte: Adaptado de astro.if.ufrgs.br 21 UNIDADE Radiações Eletromagnéticas e suas Implicações nas Sociedades Modernas Para realizarmos esses cálculos, sabendo da latitude do local, primeiramente é necessário encontrar o ângulo zenital (Figura 12), e a altura máxima do Sol nos solstícios (θinverno e θverão). Para isso, utilizamos a equação a seguir: Para o Solstício de Verão (SV ~ 21 de Dezembro): θverão = 90° –ZV ZV = (Lat – 23,5°) Para o Solstício de Inverno (SI ~ 21 de Junho): θinverno = 90° –ZI ZI = (Lat + 23,5°) Para calcularmos a variação da insolação nos solstícios de verão e inverno em determinado lugar da superfície terrestre, calculamos a razão da insolação nos sols- tícios, conforme a seguir: Z V V V ZI I I E I A sen EI sen A θ θ = = Exemplo Vamos calcular a variação da insolação na cidade de São Paulo (Lat. = 23,55°) ao meio dia no Solstício de Verão (SV ~ 21 de Dezembro) e no Solstício de Inverno (SI ~ 21 de Junho): Resolução 1º. Encontrar a altura máxima do Sol nos solstícios (θinverno e θverão): Para o Solstício de Verão (SV ~ 21 de Dezembro): θverão = 90° – 0,05° = 89,95° ZV = (23,55° – 23,5°) = 0,05° Para o Solstício de Inverno (SI ~ 21 de Junho): θinverno = 90° – 47,05° = 137,05° ZI = (23,55° + 23,5°) = 47,05° 89,95º 0,99 1,46 137,05º 0,68 Z V V ZI I E I A sen EI sen A = = = = 22 23 Portanto, para a cidade de São Paulo, a insolação ao meio dia, no Verão, é 46% maior do que no inverno, no mesmo período. Radiação Terrestre A radiação terrestre, também conhecida como radiação de onda longa, na faixa de 4 a 100μm, ocorre porque a temperatura do planeta situa-se predominantemente abaixo de 300K. A Figura 13 mostra as radiações solar e terrestre nos diferentes comprimentos de onda: 0.1 1008060504030201087653 4210.80.60.40.30.2 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 Comprimento de Onda (μm) Flu xo R ad ia tiv o ( W /m 2 /μ m ) escalonado por fator 10–6 SOL TERRA 10mm = 1cm 1000μm = 1mm 100μm 10μm 103nm = 1μm 100nm 10nm 1nm 10–1nm Comprimento de Onda Raios-XRaios-X Radiação Ultravioleta Radiação Infravermelha MicroondasMicroondas 400 nm 700 nm Espectro Visível Raios-X Microondas Figura 13 – Espectro de radiação eletromagnética da Terra e do Sol Fonte: Acervo do Conteudista Cerca de metade da radiação solar incidente no topo da atmosfera atinge a super- fície terrestre, e a maior parte é irradiada novamente para o espaço. A atmosfera é aquecida, principalmente pela energia irradiada pela Terra, pois absorve mais radiação de ondas longas, que são emitidas pela superfície do planeta, ao invés de ondas curtas (emitidas pelo Sol). A superfície terrestre é suprida continuamente pela energia do Sol e da atmosfera, devido à reirradiação de energia (Efeito Estufa), formando um ciclo contínuo, o que permite que a Terra tenha uma temperatura média de 15°C. O coeficiente de reflexão da superfície, chamado de albedo, depende principal- mente da sua cor, e varia conforme as características ópticas da superfície. 23 UNIDADE Radiações Eletromagnéticas e suas Implicações nas Sociedades Modernas Tabela 3 – Albedo médio de algumas superfícies (porcentagem) Superfície Albedo (%) Solo descoberto 10-25 Areia, deserto 25-40 Grama 15-25 Floresta 10-15 Neve (limpa, seca) 75-95 Neve (molhada e/ou suja) 25-75 Superfície do mar (sol > 25° acima do horizonte) Abaixo de 10 Superfície do mar (pequena altura do sol) 10-70 Nuvens espessas 70-80 Nuvens finas 25-50 Fonte: AYOADE, 1996 Quanto maior o albedo da superfície, menor a radiação solar que é absorvida, aque- cendo menos. O albedo médio do planeta Terra é de aproximadamente 30% e varia dependen- do das características locais, sendo influenciado pelos oceanos azuis e pela cobertura de nuvens que causam maior reflexão. Artigo sobre a diminuição do albedo terrestre. Disponível em: https://bit.ly/2yBzCI9 Interação da Radiação na Atmosfera Devido à composição da atmosfera terrestre, aproximadamente 30% da radiação solar incidente consegue penetrar e chegar à superfície sem interferência, e os 70% restantes são absorvidos, espalhados ou refletidos ao espaço, dependendo, principal- mente, do comprimento de onda e do tipo de partícula que interagem. A atmosfera terrestre tem uma composição variada, a depender da camada e da altu- ra, e seus componentes principais são: o nitrogênio (N2), o oxigênio (O2) e o argônio (Ar). Absorção A Figura 14 a seguir mostra a opacidade da atmosfera, indicando a absortividade de radiação em determinados comprimentos de onda: 24 25 Figura 14 – Opacidade da atmosfera indicando a absorção de radiaçãoem função do comprimento de onda Fonte: Laboratório Nacional de Astrofísica Uma parte da radiação solar recebida é absorvida pelos gases da atmosfera da Terra. Os gases absorvem energia, a depender do comprimento de onda da radiação incidente, sobretudo na faixa do ultravioleta, onde quase toda energia é absorvida. Transmissão A transmissão ocorre quando a energia eletromagnética é capaz de atingir a superfície terrestre, atravessando a atmosfera, dependendo da sua composição. A capacidade da atmosfera de permitir que a radiação passe através dela é denominada transmissividade (Figura 15) e varia conforme o comprimento de onda. Figura 15 – Transmissividade da atmosfera terrestre nos comprimentos de ondaff Fonte: Adaptado de gsp.humboldt.edu Há regiões na atmosfera da Terra que podem ser consideradas transparentes, com absorção mínima de radiação ou quase nula de radiação em comprimentos de onda específicos, e são chamadas de “Janelas Atmosféricas”. • Dispersão de luz: é realizada por aerossóis e partículas de poeira presentes na atmosfera; • Dispersão de Rayleigh: é a dispersão de luz por partículas na atmosfera, me- nores que o comprimento de onda da luz incidente, ocorrendo com radiação de comprimentos de onda curtos. É através da dispersão de Rayleigh que o pôr do sol tem um desvio para o vermelho, em que a luz é refletida em maior quantidade de partículas pela diminuição do ângulo do sol em relação à atmosfera; 25 UNIDADE Radiações Eletromagnéticas e suas Implicações nas Sociedades Modernas • Dispersão de Mie: ocorre quando o comprimento de onda da radiação inci- dente apresenta um tamanho similar ao das partículas da atmosfera. É o que acontece nas nuvens, onde a luz é espalhada igualmente em todos os compri- mentos de onda, o que gera a cor característica branca. Isso ocorre devido à dispersão da luz ao interagir com as gotas de água da nuvem. Os gases ozônio, vapor de água e dióxido de carbono são componentes menores da atmosfera; contudo, exercem um efeito enorme sobre o planeta, absorvendo a ra- diação em alguns comprimentos de onda, como é indicado no link a seguir. Irradiação solar na Terra: https://bit.ly/2yu23YC • Vapor de água (H2O): grande absorvedor na faixa de 5,5 – 7,0μm e >27μm. O vapor de água na atmosfera varia bastante; • Dióxido de carbono (CO2): absorve, principalmente, na região do infraverme- lho térmico do espectro eletromagnético; • Ozônio (O3): Filtra a radiação na faixa ultravioleta (UV) na atmosfera superior abaixo de 360 nm do espectro, e é o principal responsável pela proteção da radiação prejudicial que causa câncer de pele. O2, H2O, CO2 e CH4 são gases de efeito estufa que aprisionam parte do calor da atmosfera, o que impede sua irradiação para o espaço. Camada de Ozônio O ozônio (O3) forma-se quando as moléculas de oxigênio (O2) são rompidas devi- do à interação da radiação ultravioleta proveniente do Sol, assim, elas se separam e se combinam individualmente com outras moléculas de oxigênio. Este processo é conhecido como Ciclo Chapman. O ozônio está presente na atmosfera não em forma de camada, mas em diversas proporções, e na estratosfera há em torno de 90% do ozônio da atmosfera. Com isso, não seria correto afirmar que há um “buraco” na camada de ozônio, mas que há uma diminuição da concentração de ozônio em certos lugares, como veremos a seguir. Redução de Ozônio O ozônio encontra-se em diversas camadas da atmosfera terrestre, e é distribuído, principalmente, na ionosfera, mesosfera e estratosfera, com uma crescente diminui- ção de sua concentração nestas camadas. Como sabemos, a atmosfera terrestre é composta por diversos gases, incluindo o ozônio, sofrendo interação com a radiação terrestre e solar. A diminuição da concen- tração de ozônio está relacionada à composição dos gases das respectivas camadas. Por exemplo, na ionosfera, o teor de ozônio é mais alto; já o ar nesta camada é muito fino; com isso, a sua diminuição se torna insignificante na ionosfera. 26 27 Entretanto, na mesosfera e na estratosfera, como os gases presentes (o ar) são mais espessos, o teor de ozônio é menor. A perda do ozônio é maior nessas camadas. EM SÍNTASE O chamado buraco na camada de ozônio significa simplesmente que acima de alguns continentes, sobretudo na Antártida, Ásia e algumas regiões da América do Sul, a me- sosfera e a estratosfera perderam seu nível original de concentração de ozônio (O3). A diminuição do ozônio (Figura 16) é um fenômeno global, pois os gases não estão aprisionados e, portanto, circulam por diversos fatores através da atmosfera, e seus efeitos e causas podem estar em qualquer lugar do planeta. Figura 16 – Evolução da diminuição da concentração de ozônio na Antártida (quanto mais próximo do azul escuro, mais fi na é a “camada” de ozônio) Fonte: Adaptado de MCGRAW-HILL, 2009 Causas da Diminuição do Ozônio Está comprovado que o clorofluoreto de carbono (CFC) é a principal razão para o esgotamento do ozônio. O CFC é um grupo de gases portadores de cloro de baixa gra- vidade específica que sobem até a estratosfera e a mesosfera. Devido à radiação solar ionizante nessas camadas, o cloro gasoso é produzido a partir dos CFCs, fazendo-os reagir com o ozônio da atmosfera, reduzindo substancialmente a sua quantidade. A concentração de ozônio é medida através da Dobson Unit (ou Unidade Dobson – UD), que corresponde à unidade de medida da densidade atmosférica de ozônio (O3), de forma que 1 UD equivale a 2,69 x 10 16 moléculas de ozônio por centímetro quadrado de área observada. Figura 17 – Buraco de ozônio na Antártida onde o total de ozônio é igual ou menor que 220 Unidades Dobson (UD) – Mapa 4 de Outubro de 2004 Fonte: ozonewatch.gsfc.nasa.gov 27 UNIDADE Radiações Eletromagnéticas e suas Implicações nas Sociedades Modernas O buraco de ozônio sobre a Antártida (Figura 17) é formado por uma série de condições atmosféricas únicas sobre o continente, que se combinam para criar um ambiente ideal para a destruição do ozônio. Considera-se a ocorrência do Buraco de Ozônio quando a concentração de ozônio na atmosfera atinge valores abaixo de 220 UD. No verão antártico, os fótons de alta energia são capazes de fotolisar os compos- tos halogenados, liberando os radicais halógenos, destruindo o ozônio (O3). Estes halogênios não podem ser diluídos em todo o globo terrestre, pois como a Antártida está cercada por um vórtice polar que não se mistura a outras correntes atmosféri- cas, resulta na criação do buraco de ozônio. Mínimas concentrações de ozônio na Antártida de 1979-2013. Disponível em: https://youtu.be/bL8YHQ20UbQ Efeito Estufa e o Aquecimento Global O efeito estufa é um processo natural que aquece a superfície da Terra. Quando a energia do Sol atinge a atmosfera da Terra, parte dela é refletida de volta ao espaço, e o restante é absorvido e reirradiado pelos gases do efeito estufa. A atmosfera é quase transparente à luz visível, absorvendo aproximadamente 20% da radiação solar incidente. Devido à presença de gases estufa, tais como vapor d’água, dióxido de carbono, metano e ozônio, a energia infravermelha é absorvida seletivamente num certo comprimento de onda, e irradiada num outro comprimento em todas as direções, inclusive para a superfície terrestre. Já uma fração significativa da energia emitida pela superfície da Terra é absorvida pela atmosfera e reemitida de volta à superfície, fazendo aumentar a temperatura do sistema. O saldo desse efeito é o aprisionamento do calor dentro da atmosfera, devido ao aumento da temperatura da superfície em comparação com a dos níveis atmosféri- cos superiores, conforme é ilustrado a seguir. Ilustração do efeito estufa: https://bit.ly/2SHRisA Com o aumento de atividades antrópicas prejudiciais, como o desmatamento e a queima de combustíveis fósseis, há um acréscimo dos gases estufa na atmosfera, potencializando o efeito estufa, o que gera um desequilíbrio de energia no planeta. 28 29 Balanço Global de Energia Podemosconsiderar que quase a totalidade da energia que entra no planeta Terra é proveniente do Sol, na forma de radiação eletromagnética, há ainda fontes adicio- nais, como, por exemplo, o aquecimento geotérmico, porém são valores desprezíveis de se considerar no balanço de energia da Terra. No topo da atmosfera terrestre, uma região perpendicular à linha Terra-Sol rece- be cerca de 1368 W/m2, que se denomina Constante Solar (E0 ou S0), como vimos anteriormente. Um pouco menos da metade dessa energia vem na forma de radia- ção na faixa visível do espectro eletromagnético; e a parte restante, no infravermelho próximo, e uma menor quantidade, no ultravioleta. Para equilibrar o sistema, a energia solar incidente precisa ser balanceada por uma emissão de energia igual à realizada pelo sistema. Com isso, o balanço de energia pode ser estimado através da determinação da temperatura dos agentes do sistema utilizando a Lei de Stefan-Boltzmann, que relaciona o fluxo de energia radiante à temperatura. Podemos expressar o balanço de energia no sistema Terra, conforme mostrado na Figura 18: Figura 18 – Balanço de radiação no sistema Terra Fonte: Acervo do Conteudista Como a atmosfera não é um corpo negro perfeito, devemos considerar a emissivi- dade (e), definida como a relação entre a energia irradiada por um objeto e a energia irradiada por um corpo negro na mesma temperatura. Com isso, podemos definir uma equação geral para o balanço de energia: ( )4 40 1 4 1 4 2 1 21 2 4 2 2 2 1 2 S P e S e a e T a S T T T T T σ σ e e e e = − = − − = − = − 29 UNIDADE Radiações Eletromagnéticas e suas Implicações nas Sociedades Modernas em que: • e é a emissividade; • Ta é a temperatura da atmosfera; • Te é a temperatura de emissão efetiva da Terra; • TS é a temperatura na superfície da Terra; • σ é a constante de Boltzmann, cujo valor é 5,67 × 10–8 Wm–2 K–4; • aP é o albedo; • S0 é a constante solar. Exemplo Considerando que uma emissividade média do planeta Terra seja igual a 0,97, e, através de diversas medições na superfície, a temperatura média observada foi aproximadamente de 28°C, determine a temperatura de emissão efetiva da Terra, em °C, considerando esses parâmetros. Resolução 1º. Converter a temperatura de °C para K: (T)°C + 273,15 = (T)K (28)°C + 273,15 = 301,15K Portanto, TS = 301,15K 2º. Encontrar Te: 1 4 1 4 2 2 2301,15 2 0,97 301,15 1,18 301,15 1,18 255,11 ou 18º S e e e e e e T T K T K T KT T K T C e = − = − = = = ≅ − A temperatura efetiva de equilíbrio radiativo do planeta Terra é de -18ºC, e a tem- peratura média observada na superfície gira em torno de 15ºC, pois devido à presença da atmosfera, o sistema é retroalimentado, fazendo aquecer a superfície. O link a seguir mostra o balanço entre a energia emitida e recebida pelo sistema nas variadas latitudes. Balanço de radiação em variadas latitudes: a) saída e entrada de radiação; b) resultado da interação do sistema: https://bit.ly/3bjOhoR 30 31 Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Vídeos Minimum Ozone Concentrations 1979-2013 Mínimas concentrações de ozônio na Antártida de 1979-2013. https://youtu.be/bL8YHQ20UbQ Sensoriamento Remoto: princípios e aplicações Múltiplas aplicações do sensoriamento remoto. https://youtu.be/hPuWMFt66oA Leitura Conhece o albedo? Ele está diminuindo e isso não é nada bom Artigo sobre a diminuição do albedo terrestre. https://bit.ly/2yBzCI9 31 UNIDADE Radiações Eletromagnéticas e suas Implicações nas Sociedades Modernas Referências AYOADE, J. O. Introdução à climatologia para os trópicos. 4. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1996. GARRISON, T. Fundamentos de oceanografia. 4. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2010. GROTZINGER, J.; JORDAN, T. Para Entender a Terra. 6. ed. Rio de Janeiro: Bookman, 2013. UCL – Université Catholique de Louvain. The Earth’s energy budget. Disponível em: <http://www.climate.be/textbook/chapter2_node2.html>. Acesso em: 23 ago. 2019. UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Fotometria. Disponível em: <http://astro.if.ufrgs.br/rad/rad/rad.htm>. Acesso em: 18 agosto. 2019. VAREJÃO-SILVA, M. A. Meteorologia e climatologia. Versão digital 2. Recife, 2006. 32
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