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TERAPÊUTICA APLICADA: BASES DA 
BOA PRESCRIÇÃO
UNIDADE IV
MEDICAMENTOS DO ÂMBITO ODONTOLÓGICO
Elaboração
Juliano de Pierri
Atualização
Talita Zanin Damas
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................4
UNIDADE IV
MEDICAMENTOS DO ÂMBITO ODONTOLÓGICO ....................................................................................................................7
CAPÍTULO 1
MEDICAMENTOS INEGAVELMENTE DO ÂMBITO ODONTOLÓGICO ........................................................................ 7
CAPÍTULO 2
MEDICAMENTOS LIMÍTROFES DO ÂMBITO ODONTOLÓGICO ................................................................................ 28
CAPÍTULO 3
FÁRMACOS FORA DO ÂMBITO ODONTOLÓGICO ........................................................................................................ 32
PARA (NÃO) FINALIZAR ...............................................................................................................................33
REFERÊNCIAS ...............................................................................................................................................34
INTRODUÇÃO
O objetivo desta disciplina é introduzir o aluno no estudo da terapêutica, bem 
como investigar bases sólidas que permitam a esse aluno uma correta prescrição 
medicamentosa, discernindo entre o risco e o benefício que determinado tratamento 
expõe ao paciente. 
Ainda sobre o tema, deixaremos claro que a prescrição medicamentosa não pode 
ser feita com bases puramente empíricas, como em outrora, mas sim se observando 
as constatações científicas e, principalmente, estabelecendo-se uma maneira 
clara e racional que leve em consideração a disponibilidade dos fármacos, bem 
como suas limitações, riscos e benefícios ao paciente. 
Fazer uma prescrição medicamentosa em odontologia é relativamente fácil, 
inclusive com programas de computador que realizam essa tarefa de maneira 
automatizada. Executar uma prescrição odontológica bem-feita, que considere 
todos esses fatores mais as particularidades do paciente, sem se esquecer dos 
aspectos legais envolvidos, não é uma tarefa das mais corriqueiras, ao contrário, é 
algo que exige muito mais do prescritor do que se imagina, conforme mostraremos 
com o passar do curso.
Por fim, melhoraremos a capacidade de tomada racional de decisão, fazendo 
com que o aluno esteja realmente disposto a prescrever com excelência e tendo 
acesso a um arsenal terapêutico que lhe propicie tratar não somente os casos mais 
simples, como também os mais complexos, sempre com liberdade e conhecimento 
para escolher os fármacos a serem utilizados.
Objetivos
 » Mostrar o que é terapêutica aplicada.
 » Explicar a importância da ciência dentro das tomadas de decisão.
 » Apresentar as características mais importantes de ação dos fármacos.
 » Discutir as relações mínimas entre as prescrições medicamentosas e a 
legislação vigente.
 » Explicitar as bases teóricas da prescrição de fármacos.
 » Compreender em que se baseiam as normas para boa prescrição.
 » Conhecer pelo menos uma técnica para boa prescrição de fármacos.
 » Mostrar que a boa prescrição utiliza medidas farmacológicas e não 
farmacológicas.
 » Mostrar aos profissionais quais os fármacos utilizados e quais não devem 
ser usados em odontologia.
6
7
UNIDADE IVMEDICAMENTOS DO ÂMBITO ODONTOLÓGICO
CAPÍTULO 1
MEDICAMENTOS INEGAVELMENTE DO ÂMBITO 
ODONTOLÓGICO
Até este momento foi possível avaliar com muito mais precisão e lógica a maneira 
como devemos encarar as prescrições de fármacos aos nossos pacientes. A força 
da lei que rege a odontologia no Brasil, Lei n. 5.081, de 24 de agosto de 1966, 
cita claramente no seu parágrafo 6o:
Art. 6o Compete ao cirurgião-dentista:
I - praticar todos os atos pertinentes a Odontologia, decorrentes 
de conhecimentos adquiridos em curso regular ou em cursos de 
pós-graduação;
II - prescrever e aplicar especialidades farmacêuticas de uso 
interno e externo, indicadas em Odontologia;
III - atestar, no setor de sua atividade profissional, estados 
mórbidos e outros;
III - atestar, no setor de sua atividade profissional, estados 
mórbidos e outros, inclusive, para justificação de faltas ao emprego. 
(Redação dada pela Lei n. 6.215, de 1975)
IV - proceder à perícia odontolegal em fôro civil, criminal, 
trabalhista e em sede administrativa;
V - aplicar anestesia local e truncular;
VI - empregar a analgesia e a hipnose, desde que comprovadamente 
habilitado, quando constituírem meios eficazes para o tratamento;
VII - manter, anexo ao consultório, laboratório de prótese, 
aparelhagem e instalação adequadas para pesquisas e análises 
8
UNIDADE IV | MEDICAMENTOS DO ÂMBITO ODONTOLÓGICO
clínicas, relacionadas com os casos específicos de sua especialidade, 
bem como aparelhos de Raios X, para diagnóstico, e aparelhagem 
de fisioterapia;
VIII - prescrever e aplicar medicação de urgência no caso de 
acidentes graves que comprometam a vida e a saúde do paciente;
IX - utilizar, no exercício da função de perito-odontólogo, em casos 
de necropsia, as vias de acesso do pescoço e da cabeça. 
Assim sendo, o cirurgião-dentista tem à sua disposição a utilização (prescrição 
e aplicação) de fármacos que são: “especialidades farmacêuticas de uso interno 
e externo, indicadas em Odontologia”;
Em virtude dessa lei, deve-se ter a clareza de entender quais são, incontestavelmente, 
os medicamentos “indicados em odontologia”. Assim, o próprio Conselho Federal 
de Farmácia, conforme disposto nos arts. 38 e 55, parágrafo 1o, da Portaria 
SVS/MS n. 344/1998, afirma que o cirurgião-dentista pode prescrever 
substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial quando para uso 
odontológico:
Ao cirurgião-dentista é permitida a prescrição das substâncias 
relacionadas nas listas A1, A2, A3, B1 e C1, conforme abaixo:
A1, A2 (entorpecentes) e A3 (psicotrópicas) que devem ser prescritas 
na Notificação de Receita “A”, de cor amarela; B1(psicotrópicas) 
que devem ser prescritas na Notificação de Receita “B”, de cor azul.
Nessa lista constam os benzodiazepínicos (diazepam, lorazepam, alprazolam, 
midazolam, triazolam), muito utilizados pelos dentistas para controlar a ansiedade.
Observe os adendos no final de cada listagem que fazem exceções a algumas 
substâncias, as quais passam a ser prescritas na Receita de Controle Especial 
em duas vias. Exemplo: as substâncias codeína e tramadol pertencem à lista A2, 
porém constam nos itens 2 e 3 do adendo; quando prescritas em quantidades 
que não excedam a 100 mg por unidade posológica, ficam sujeitas à prescrição 
na Receita de Controle Especial.
Os medicamentos inibidores da COX-2, como celecoxibe, eterocoxibe e 
lumiracoxibe, também pertencentes à lista C1 e prescritos na receita de controle 
especial, são empregados como medicação pré e pós-operatória em intervenções 
odontológicas e no tratamento da dor em quadros inflamatórios agudos.
9
MEDICAMENTOS DO ÂMBITO ODONTOLÓGICO | UNIDADE IV
C1 (outras substâncias sujeitas à receita de controle especial em duas vias). 
Nesta lista, como exemplo, constam as substâncias imipramina, amitriptilina e 
nortriptilina, que são prescritas pelos dentistas para tratamento da dor crônica com 
ATM, e a substância gabapentina, indicada para bruxismo com ATM (Articulação 
Temporomandibular). Todos esses medicamentos prescritos pelos dentistas não 
são para uso crônico.
Os dois artigos citados dizem claramente, e de maneira inequívoca, que os 
medicamentos inegavelmente de uso odontológico são os: “analgésicos (inclusive os 
entorpecentes com dosagens inferiores a 100 mg), anti-inflamatórios, antibióticos 
e antissépticos”. Somados a esses, estão os anestésicos locais, os quais, por força 
da lei de 1966, estão no rol de fármacos que podem ser utilizados e aplicadospelo cirurgião-dentista. 
A esses cinco grupos de fármacos chamaremos de “medicamentos do âmbito 
odontológico”, isto é, medicamentos que podem e devem ser usados, quando 
necessário, pelo odontólogo na sua prática diária. São eles:
» analgésicos;
» anti-inflamatórios;
» antibióticos;
» antissépticos;
» anestésicos locais.
Assim sendo, faremos algumas considerações importantes do ponto de vista 
prático quando há necessidade de prescrever algum desses fármacos. Todas as 
informações aqui contidas foram levantadas junto a dois dos maiores autores 
quando se fala em terapêutica medicamentosa, um nacional (ANDRADE, 2006) 
e outro internacional (YAGIELA et al., 2011).
Analgésicos
A dor é uma das reações mais comuns que leva os pacientes a procurarem ajuda 
de profissionais especializados. É um fenômeno muito complexo caracterizado 
por uma sensação desagradável que frequentemente interrompe as atividades 
normais dos pacientes. 
10
UNIDADE IV | MEDICAMENTOS DO ÂMBITO ODONTOLÓGICO
A sensação dolorosa tem finalidade protetora, sendo aceita como uma advertência 
para o paciente, servindo ainda como um guia para o diagnóstico. Parece que 
indivíduos saudáveis percebem a dor da mesma forma, em face de um determinado 
estímulo doloroso, mas reagem de diferentes maneiras. Essa reação é influenciada 
por vários fatores, tais como idade, sexo, medo, experiências passadas, fadiga, 
instabilidade emocional e apreensão. Dessa forma, só o próprio paciente é capaz 
de descrever a intensidade da dor que está sentindo.
Os analgésicos são essenciais para o controle da dor nos procedimentos cirúrgicos 
periodontais. Podem ser classificados quanto ao seu mecanismo de ação em: 
» Analgésicos não opioides: agentes de ação restrita sobre a dor e a febre 
e que não comprometem os receptores do sistema nervoso central. Esse 
grupo de medicamentos apresenta propriedades analgésicas e antitérmicas:
 › Derivado do Para-aminofenol > Paracetamol.
 › Derivado da Pirazolona > Dipirona.
» Analgésicos não opioides no pré-operatório: a inibição da hiperalgesia 
pelos analgésicos não opioides e anti-inflamatórios não esteroidais pode 
justificar seu uso precoce em procedimentos cirúrgicos, como os de 
implantodontia e cirurgia ambulatorial. O tratamento da dor já instalada é 
mais difícil, pois inúmeros mecanismos envolvidos já foram desencadeados, 
intensificando-a. Assim, os analgésicos devem ser utilizados de acordo 
com esquemas de doses fixas, e não como se costuma ver em receitas “se 
necessário”. Portanto, esses agentes farmacológicos podem ser usados 
antes de se iniciar o procedimento cirúrgico, ou devem ser administrados 
imediatamente após o seu término, quando o paciente ainda está sob efeito 
anestésico.
A escolha do analgésico: os analgésicos não opioides estão indicados para dores 
leves a moderadas. A escolha poderá ser feita em função do procedimento 
operatório, da toxicidade relativa, de diferenças farmacocinéticas, de relatos 
científicos baseados em evidências, de experiência de uso, entre outras.
Derivado do para-aminofenol: nas doses terapêuticas utilizadas em odontologia, 
não tem ação anti-inflamatória. Possui adequada toxicidade em doses para adultos 
que não ultrapassem 4 g/dia e não sejam administrados em pacientes que fazem 
uso de álcool ou tomam medicamentos que contêm álcool. Não inibe a agregação 
plaquetária e causa efeitos insignificantes sobre a mucosa gastrointestinal. 
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MEDICAMENTOS DO ÂMBITO ODONTOLÓGICO | UNIDADE IV
Especialidades farmacêuticas:
» Dôrico® 500 mg.
» Termol® 750 mg.
» Paracetamol 500 mg e 750 mg.
» Tylenol® 500 mg, 650 mg e 750 mg.
Adultos: administrar por via oral 1 (um) comprimido 650 mg de 4 em 4 ou de 
6 em 6 horas.
» 35 gotas de tylenol a cada 6 horas.
Derivado da pirazolona: neste grupo, o fármaco mais utilizado é a dipirona. Seu 
mecanismo de ação ainda não foi totalmente elucidado; entretanto, admite-se 
que exerça sua ação deprimindo diretamente a atividade de nociceptores. É 
uma droga analgésica clássica efetiva sobre a dor já instalada. É rapidamente 
absorvida pelo tubo digestivo e pode provocar problemas gastrointestinais, 
alergias e raramente agranulocitose.
Especialidades farmacêuticas:
» Novalgina® 500 mg.
» Dipirona® 500 mg.
» Anador® 500 mg.
» Magnopyrol® 500 mg.
Adultos: Administrar por via oral 1 comprimido a cada 6 horas.
» Analgésicos opioides: agentes que atuam em receptores do sistema 
nervoso central. Constam da lista A2, mas, em dosagens inferiores a 100 
mg, ficam sujeitos à prescrição na Receita de Controle Especial, de cor 
branca, em duas vias, previsto no adendo da lista A2, itens 2, 3 e 4. Neste 
grupo, encontramos a morfina, a codeína, o propoxifeno, entre outros. São 
considerados analgésicos de ação central, pois atuam sobre o tônus afetivo 
e componentes emocionais da dor.
Indicações: dores agudas moderadas e intensas, somente quando não respondem 
a analgésicos não opioides.
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UNIDADE IV | MEDICAMENTOS DO ÂMBITO ODONTOLÓGICO
Classificação:
a. Agonistas fortes:
 › Morfina.
 › Meperidina ou peptidina.
 › Fentanil.
 › Alfentanil.
 › Sulfentanil.
 › Metadona.
 › Levorfanol.
 › Hidromorfona.
 › Oximorfona.
b. Agonistas leves a moderados:
 › Codeína.
 › Oxicodona.
c. Agonista fraco:
 › Propoxifeno.
d. Agonistas parciais (agonistas/antagonistas):
 › Nalorfina.
 › Pentazocina.
 › Profadol.
e. Antagonistas:
 › Naloxona.
 › Levalorfano.
 › Naltrexona.
Efeitos adversos dos analgésicos opioides: sono, euforia, depressão 
respiratória, miose, atividade antitussígena, dependência, tolerância, aumento 
do tônus da musculatura gastrointestinal e redução de seus movimentos, atividade 
emética (que provoca vômito) e antidiurética.
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MEDICAMENTOS DO ÂMBITO ODONTOLÓGICO | UNIDADE IV
Seleção do analgésico opioide: a escolha por um analgésico opioide é 
determinada pela severidade da dor; entretanto, fatores, como experiência de 
uso e características farmacocinéticas, também devem ser considerados. Os 
opioides mais frequentemente prescritos são codeína e propoxifeno, isolados 
ou em associações com analgésicos não opioides.
Especialidades farmacêuticas:
» Doloxene A® 50 mg (Propoxifeno 50 mg + ácido acetilsalicílico 325 mg).
 › Adultos: administrar por via oral 1 cápsula de 4 em 4 horas.
» Tylex® 30 mg (Paracetamol 750 mg + codeína 30 mg).
 › Adultos: administrar por via oral 1 comprimido a cada 4 horas.
» Tylex® 7,5 mg (Paracetamol 500 mg + codeína 7,5 mg).
 › Adultos: administrar por via oral 1 comprimido a cada 4 horas.
» Sylador®, Tramal® 50 mg (Tramadol® analgésico opioide agonista).
 › Adultos: administrar por via oral 1 comprimido de 12 em 12 horas.
» Sylador® gotas 50 mg/mL.
 › Adultos: 20 gotas em água três vezes ao dia via oral (máximo 400 mg/dia).
» Silador® supositórios de 100 mg.
 › Adultos: administrar por via retal 1 supositório a cada 12 horas (máximo quatro 
supositórios por dia).
» Sylador® injetável 50 ou 100 mg.
 › Adultos: administrar por via IM ou IV 1 ampola de 8 em 8 horas (máximo de 
400 mg por dia).
» Dorless® 50 mg (Cloridrato de tramadol agonista®).
 › Adultos: 1 cápsula a cada 8 horas (dose máxima 400 mg/dia).
 › Adultos: 50 a 100 mg 2 a 3 vezes ao dia IV ou IM.
» Dorless® 100 mg solução.
 › 1 mL (30 gotas).
 › Adultos: 15 (0,5 mL) ou 30 (1 mL) gotas a cada 6 ou 8 horas.
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UNIDADE IV | MEDICAMENTOS DO ÂMBITO ODONTOLÓGICO
» Codex® 30 mg (paracetamol 500 mg + codeína 30 mg).
 › Adultos: 1 comprimido a cada 4 horas via oral.
» Codex® 7,5 mg (paracetamol 500 mg + codeína 7,5 mg).
 › Adultos: 1 comprimido a cada 4 horas via oral.
» Codaten® 50 mg (codeína 50 mg + diclofenaco sódico 50 mg).
 › Adultos: 1 comprimido 3 vezes ao dia via oral.
Pelos motivos acima expostos, sugerimos fortemente que os analgésicos opioides 
somente sejam prescritos pelo odontólogo nos casos em que realmente a dor 
seja impossível de controlar com os analgésicos e AINES comuns. 
Sugerimos a leitura de um texto complementar que trataexatamente de 
casos de dependência e tolerância observados em pacientes que fazem uso 
desse tipo de fármaco: “Relato de caso: dependência a opioides”. Disponível 
em: http://www.inca.gov.br/rbc/n_49/v02/pdf/RELATO1.pdf.
Sugerimos também a leitura do “Guia prático de prescrição e dispensação 
de medicamentos na odontologia”. Disponível em: http://www.crosp.org.br/
uploads/arquivo/c2035e1fd371097aa1de449aceca1291.pdf.
Anti-inflamatórios: os anti-inflamatórios são divididos basicamente em dois 
grupos:
» Anti-inflamatórios não esteroidais ou não hormonais (AINEs).
» Anti-inflamatórios esteroidais ou corticosteroides ou glicocorticoides (AIEs).
Anti-inflamatórios não esteroidais: os anti-inflamatórios não esteroidais também 
podem ser classificados como anti-inflamatórios analgésicos não opioides, 
pois apresentam propriedades analgésica, antitérmica, anti-inflamatória e 
antitrombótica. Como visto anteriormente, esses medicamentos agem por 
inativação da enzima ciclo-oxigenase, que pode ser do tipo 1 e 2. É importante 
lembrar que a ciclo-oxigenase-1 (COX-1), também chamada de ciclo-oxigenase 
constitutiva, é proveniente de células endoteliais, plaquetas, macrófagos, rins 
e estômago e é permanentemente ativa produzindo uma quantidade basal de 
prostaglandinas. A ciclo-oxigenase-2 (COX-2), também chamada de ciclo-
oxigenase induzida, é liberada por fatores lançados na lesão tecidual que ocorre 
na inflamação. 
15
MEDICAMENTOS DO ÂMBITO ODONTOLÓGICO | UNIDADE IV
Conhecendo as características de cada uma das ciclo-oxigenases, parece 
interessante sempre que possível utilizar drogas anti-inflamatórias que apresentem 
especificidade ou alta seletividade pela ciclo-oxigenase-2, o que certamente 
diminui os efeitos adversos decorrentes do uso. Esse fato torna-se ainda mais 
relevante quando temos que medicar pacientes que apresentam alterações 
sistêmicas, como, por exemplo, úlcera e gastrite. 
Classificação
Salicilatos:
» Ácido acetilsalicílico.
» Diflunisal.
» Salicilatos.
Derivados da pirazolona:
» Fenilbutazona.
» Oxifenilbutazona.
» Bumadizona.
» Feprazona.
Ácidos indolacéticos:
» Indometacina.
» Sulindaco.
» Etodolaco.
Ácidos heteroarilacéticos:
» Tolmetina.
» Diclofenaco.
» Aceclofenaco.
Ácidos arilpropiônicos:
» Naproxeno.
» Ibuprofeno.
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UNIDADE IV | MEDICAMENTOS DO ÂMBITO ODONTOLÓGICO
» Fenoprofeno.
» Cetoprofeno.
» Flurbiprofeno.
» Oxaprozina.
Ácidos antranílicos:
» Ácido mefenâmico.
» Ácido flufenâmico.
» Ácido meclofenâmico.
Ácidos enólicos:
» Piroxicam.
» Tenoxicam.
» Meloxicam.
Alcanonas:
» Nabumetona.
Outros:
» Azapropazona.
» Nimesulida.
Anti-inflamatórios inibidores altamente seletivos (específicos) da 
ciclo-oxigenase-2 (COXIBs): recentemente foram desenvolvidos e lançados 
no mercado o celecoxib (celebra®) e o etoricoxib (arcóxia®). São inibidores 
potentes e específicos por COX-2 que têm se mostrado efetivos no tratamento 
dos sintomas da osteoartrite e no alívio da dor aguda. 
Quando usar os anti-inflamatórios não esteroidais: em processos 
inflamatórios clinicamente relevantes, nos quais existe limitação funcional do 
paciente. Quando temos apenas dor, a escolha deve recair sobre os analgésicos, 
como dipirona e acetominofeno. Outro aspecto que merece ser comentado é o 
da utilização de anti-inflamatórios em processos infecciosos, os quais devem 
ser tratados com antibióticos. Quando apresentam dor, podem ser associados 
a analgésicos.
17
MEDICAMENTOS DO ÂMBITO ODONTOLÓGICO | UNIDADE IV
Em periodontia, os anti-inflamatórios não esteroidais devem ser administrados 
precocemente, ou seja, já no pré-operatório ou imediatamente após o término 
da cirurgia. O tempo de utilização deve ser em torno de 2 a 3 dias, não devendo 
exceder a cinco dias, a não ser em casos especiais.
Como a eficácia é similar, a escolha de qual anti-inflamatório usar deve ser feita 
a partir da avaliação da toxicidade relativa, do risco para o paciente, da análise 
dos relatos científicos sobre os fármacos, do custo, da experiência de uso pelo 
profissional e da conveniência para o paciente. Na falha terapêutica, deve-se 
trocar por outro de subgrupo diferente.
Os efeitos adversos são qualitativamente iguais, mas quantitativamente diferentes. 
Os inibidores de COX-2 são prescritos para pacientes com complicações 
gastrointestinais. Preferencialmente, deve-se utilizar AINEs seletivos para 
Cox-2, como Nimesulida e Cetoprofeno, que têm pouco efeito sobre a Cox 1 e 
que não necessitam de receituário especial como os COXIBs. 
Efeitos adversos: dentre os mais comuns, podemos citar: irritação gástrica, 
diminuição da adesividade plaquetária, efeitos teratogênicos e agranulocitose.
Contraindicações: gravidez, hipertensos, úlceras gastrointestinais, 
hipersensibilidade, distúrbios circulatórios, em períodos próximos de cirurgias, 
em crianças, nos casos de desidratação e hemorragia.
Prescrição: principalmente via oral; podem ser administrados com alimentos, 
mas preferencialmente com um copo d’água; após absorção, circulam ligados às 
proteínas plasmáticas, a duração de emprego raramente deve exceder a cinco dias.
Seguimento: melhora da sintomatologia é o sinal principal.
Fatores de risco: idade superior a 60 anos, história prévia de doença 
gastrointestinal, hipertensão arterial, insuficiência cardíaca congestiva, 
insuficiência renal e hepática, desidratação e hemorragia, uso concomitante de 
diuréticos.
Redução dos efeitos adversos: ajuste de doses, substituição de AINE por 
outro mais seletivo, utilização de fármaco de desintegração entérica, uso de 
inibidores de COX-2, administração concomitante de alimentos ou antiácidos 
pode modificar os efeitos desses fármacos. 
AINE e gestação: não devem ser utilizados, AAS parece ser o mais seguro, 
prolongam o trabalho de parto, aumentam os riscos de hemorragia pós-parto, 
18
UNIDADE IV | MEDICAMENTOS DO ÂMBITO ODONTOLÓGICO
provocam fechamento intrauterino do duto arterioso, entre outros efeitos 
indesejados.
Associações de AINES: não são recomendadas.
Ácido acetilsalicílico: a aspirina é o protótipo dessa classe de drogas. É 
indicado como antipirético, anti-inflamatório e anti-inflamatório com efeito 
analgésico. Tem boa atividade analgésica na dose de 500 mg. Para se obter ação 
anti-inflamatória, é necessário empregá-la na dose de 4 a 5 gramas diários. A 
aspirina tem numerosos efeitos secundários, como ulceração, náusea, vômito e dor 
epigástrica. O ácido acetilsalicílico ainda aumenta o tempo de sangramento, pois 
se une irreversivelmente à ciclo-oxigenase plaquetária, prevenindo a produção de 
prostaglandinas e tromboxano, substâncias necessárias à agregação plaquetária. 
Nos pacientes que fazem uso crônico de aspirina, após a sua retirada, são 
necessários de 7 a 10 dias para que novas plaquetas sejam produzidas e lançadas 
no sangue circulante. 
» Especialidades farmacêuticas:
» Aspirina®, AAS®.
 › Comprimidos de 500 mg.
 › Adultos: administrar por via oral 1 comprimido de 6 em 6 horas.
» Especialidades farmacêuticas:
» Cataflam®, Flogan®, Diclo P® (diclofenaco potássico).
 › Drágeas de 50 mg. 
 › Adultos: administrar por via oral 1 drágea de 6 em 6 ou de 8 em 8 horas.
 › Injetável (ampola de 75 mg). 
 › Adultos: administrar por via intramuscular 1 ampola ao dia pôr, no máximo, 2 
dias. Risco de necrose muscular, aplicar somente em glúteos.
» Naprosyn® (naproxeno).
 › Comprimidos de 250 mg. 
 › Comprimidos de 500 mg.
 › Adultos: administrar por via oral 1 comprimido de 12 em 12 horas.
19
MEDICAMENTOS DO ÂMBITO ODONTOLÓGICO | UNIDADE IV
» Flanax® (naproxeno).
 › Comprimidos de 275 mg. 
 › Comprimidos de 550 mg.
 › Adultos: administrar por via oral 1 comprimido de 12 em 12 horas.
» Motrin®, Uniprofen®, Algi-Danilon®, Ibuprofan®, Spidufen® (ibuprofeno 
arginina).
 › Comprimidos de 600 mg.
 › Adultos: Administrar por via oral 1 comprimido de 12 em 12 horas.
» Dalsy® (ibuprofeno), Advil®.
 › Comprimidos de 400 mg.
 › Adultos: administrar por via oral 1comprimido de 12 em 12 horas.
» Ibuprofeno 200 EMS Advil® (ibuprofeno).
 › Comprimidos de 200 mg revestidos.
 › Adultos: 1 comprimido a cada 8 horas.
 › De ação rápida: Advil (cápsulas líquidas); Spidufem (granulado com arginina) 
400 e 600mg.
» Ponstan advil®, Pontin advil® (ácido mefenâmico).
 › Comprimidos de 500 mg.
 › Adultos: administrar por via oral 1 comprimido de 8 em 8 horas. 
» Voltarem®, Fenaren® (diclofenaco sódico).
 › Comprimidos de 50 mg.
 › Adultos: administrar por via oral 1 comprimido de 6 em 6 ou de 8 em 8 horas.
 › Injetável (ampola de 75 mg).
 › Adultos: administrar por via intramuscular (glúteo) 1 ampola ao dia por, no 
máximo, dois dias.
» Benzitrat® (benzidamina)
 › Drágeas de 50 mg. 
 › Adultos: administrar por via oral 1 drágea de 6 em 6 horas.
20
UNIDADE IV | MEDICAMENTOS DO ÂMBITO ODONTOLÓGICO
» Feldene®, Inflamene® (piroxicam)
 › Cápsulas de 20 mg.
 › Adultos: administrar por via oral 1 cápsula de 20 mg ao dia.
» Piroxene®, Piroxifen®, Piroxiflan® (piroxicam).
 › Comprimido de 20 mg. 
 › Adultos: administrar por via oral 1 comprimido de 20 mg ao dia.
» Scaflam®, Nisulid®, Anti Flogil®, Scalid®, Sintalgin®.
 › Comprimido de 100 mg.
 › Adultos: administrar por via oral 1 comprimido a cada 12 horas.
» Proflam® (aceclofenaco).
 › Comprimidos de 100 mg.
 › Adultos: administrar por via oral 1 comprimido a cada 12 horas.
» Movatec®, Bioflac®, Loxiflan®, Movoxicam®, Meloxil® (meloxicam) 
 › Comprimidos de 7,5 e 15 mg.
 › Adultos: administrar por via oral 1 comprimido de 12 em 12 horas (7,5 mg) ou 
1 comprimido a cada 24 horas (15 mg).
» Celebra® (celecoxib).
 › Cápsulas de 200 mg.
 › Adultos: Administrar por via oral 1 cápsula de 12 em 12 horas.
» Etoricoxib® (arcóxia)
 › Comprimidos de 120 mg.
 › Adultos: 1 comprimido a cada 24 horas via oral.
» Artrinid® (cetoprofeno)
 › Cápsulas de 50 mg.
 › Adultos: 1 cápsula a cada 8 horas via oral.
» Teflan® (tenoxicam)
 › Comprimidos de 20 mg.
 › Adultos: 1 comprimido a cada 6 ou 8 horas.
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MEDICAMENTOS DO ÂMBITO ODONTOLÓGICO | UNIDADE IV
S u g e r i m o s a l e i t u r a d o a r t i g o K U M M E R , C . L . ; CO E L H O, T. C . R . B . 
Ant i - inflamatórios não esteroides inibidores da COX-2: aspectos atuais. 
R ev. B ra s. An e s te s i o l. , v. 52 , ju l . /ago. 2002, o qual proporc ionará 
uma expl icação atual izada sobre a ação dos COXIBs e uma elucidação 
de seus efe i tos colatera is e quando ut i l izar. 
Glicocorticoides (AIEs): o primeiro relato publicado sobre o uso de glicocorticoides 
em odontologia foi por Spies em 1952 e Stream e Hurton em 1953. Os resultados 
desses e de outros estudos levou ao desenvolvimento de glicocorticoides mais 
potentes e ao emprego mais frequente desses agentes em cirurgia oral. 
No grupo dos corticosteroides, podemos citar: cortisona, prednisona, prednisolona, 
triancinolona, metilprednisona, parametasona, dexametasona, betametasona etc.
Mecanismo de ação
Os corticosteroides (glicocorticoides) são potentes anti-inflamatórios, inibem a 
enzima fosfolipase A2, diminuem a síntese de prostaglandinas e de leucotrienos 
reduzindo o acúmulo de neutrófilos no tecido inflamado, implicando diretamente 
na diminuição dos mediadores químicos pró-inflamatórios. Além disso, têm um 
efeito muito potente na homeostase e bloqueiam fases da inflamação, tais como 
dilatação capilar e fagocitose. 
Eles exercem efeitos em várias funções fisiológicas, sendo acompanhados por 
inúmeros efeitos secundários proporcionais à duração e à intensidade da terapia. 
O paciente que faz uso de corticosteroides exógenos por tempo prolongado 
corre o risco de supressão do eixo adrenal hipotálamo hipofisário. Com isso, o 
organismo não pode responder adequadamente a situações de estresse, trauma ou 
infecção. O uso prolongado ainda pode causar osteoporose alveolar, degeneração 
das fibras periodontais e aumento na probabilidade de infecção oral.
Indicações: aplicação local em inflamações da mucosa oral, em distúrbios da 
articulação temporomandibular, em endodontia fazendo parte da composição de 
pastas obturadoras de canal, no pré e pós-operatório de cirurgias odontológicas, 
para reduzir o edema pós-extração traumática, edema de glote, choque anafilático, 
nas pulpotomias e biopulpectomias. Utilizados principalmente em dose única 
pré ou pós-operatória.
Contraindicações: as contraindicações da terapia com esteroides por tempo 
prolongado incluem: psicose aguda, diverticulose, úlcera péptica, síndrome de 
Cushing, insuficiência renal, hipertensão, tendência tromboembólica, osteoporose, 
22
UNIDADE IV | MEDICAMENTOS DO ÂMBITO ODONTOLÓGICO
miastenia grave (doença que acomete nervos e músculos, de origem autoimune; 
é caracterizada por fraqueza acentuada), tratamento com anticoagulantes, 
tendências psicóticas e hipersensibilidade à droga. Os esteroides não devem 
ser prescritos a pacientes com histórico de infecção crônica ou aguda do tipo 
bacteriana, viral ou por fungos. 
Nas cirurgias implantológicas e ambulatoriais, os corticosteroides podem ser 
administrados no pré-operatório em doses únicas. Nesses casos, o risco é mínimo, 
desde que o paciente tenha boas condições de saúde. As doses únicas dadas pela 
manhã, quando os níveis de cortisol alcançam a secreção máxima, causam menos 
interferência no eixo hipotálamo-adrenal-hipofisário ou com aspectos positivos 
da inflamação que as doses divididas ao longo do dia ou administradas ao final 
da tarde. Dessa forma, a administração nas primeiras horas da manhã é o mais 
indicado. Quando se optar pelo tratamento prolongado, a prescrição não deve 
exceder de preferência os três dias. As doses devem ser reduzidas no segundo 
dia e um pouco mais no terceiro dia. Além disso, o paciente também poderá 
receber uma cobertura com antibiótico bactericida quando indicado.
Esquema posológico para administração de corticosteroides no pré-operatório 
em implantodontia e cirurgia oral ambulatorial:
» Decadron® 4 mg (Dexametasona).
 › Adultos: administrar em dose única 4 mg (1 comprimido) uma hora antes da 
cirurgia.
» Celestone® 2 mg (Betametasona).
 › Adultos: administrar em dose única 4 mg (dois comprimidos) uma hora antes 
da cirurgia.
Para quem desejar uma compreensão mais ampla da ação dos anti-inflamatórios, 
um texto muito didático com a explicação de um especialista no assunto é este: 
http://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/131/030a045_entrevista_dr_
balbino.pdf.
Antibióticos: os antibióticos (do grego anti = contra e bio = vida) são fármacos 
empregados no tratamento de infecções. Algumas dessas substâncias são 
totalmente artificiais, mas existem aquelas produzidas a partir de organismos 
vivos, tais como fungos e bactérias. Esses medicamentos têm o poder de destruir 
ou controlar o crescimento de organismos infecciosos do corpo. O antibiótico 
deve ser o mais tóxico possível para o micro-organismo infectante, da mesma 
forma que deve ser extremamente seguro para as células humanas, ou seja, 
23
MEDICAMENTOS DO ÂMBITO ODONTOLÓGICO | UNIDADE IV
feitos para produzir uma toxidade seletiva. Produzir esse tipo de substância é 
relativamente simples, visto que as células humanas são muito diferentes das 
dos fungos e bactérias. O antibiótico escolhido deve ser o menos tóxico possível, 
bactericida e efetivo contra as bactérias mais prevalentes na cavidade oral. 
Os antibióticos são substâncias químicas produzidas por micro-organismos vivos 
ou processos semissintéticos capazes de inibir ou destruir germes patogênicos.
» Mecanismo de ação
 › Antibióticos que atuam sobre a parede celular: são bactericidas. Ex.: 
penicilinas, cefalosporinas etc.
 › Antibióticos que atuam sobre a membrana citoplasmática: são bactericidas. 
Ex.: anfotericina B, nistatina etc.
 › Antibióticos que atuam na síntese proteica e bloqueiam-na: são 
bacteriostáticos. Ex.: tetraciclinas, lincosaminas (clindamicina e 
lincomicina), macrolídeos (eritromicina, espiramicina, azitromicina, 
claritromicinae roxitromicina), cloranfenicol etc.
 › Produzem proteínas defeituosas: são bactericidas. Ex.: aminoglicosídeos 
(estreptomicina, gentamicina, neomicina etc.).
 › Antibióticos que atuam na replicação dos cromossomos: são bactericidas. 
Ex.: rifamicinas e metronidazol.
» Espectro de ação dos antibióticos
 › Amplo espectro: afetam uma ampla variedade de micro-organismos.
 › Pequeno espectro: são ativos contra um tipo ou um grupo limitado de 
micro-organismos.
» Ação biológica
 › Bactericidas: quando são capazes de, nas concentrações habitualmente 
atingidas, determinar a morte dos micro-organismos suscetíveis.
 › Bacteriostáticos: quando apenas inibem o crescimento e a multiplicação dos 
micro-organismos sensíveis, sem, todavia destruí-los.
» Condições do paciente a serem consideradas: a seleção do 
antibiótico mais adequado está na dependência do estado geral do 
paciente. Assim, devemos considerar, dentre outros, fatores como: 
24
UNIDADE IV | MEDICAMENTOS DO ÂMBITO ODONTOLÓGICO
sistema imunológico, função renal e hepática, gravidez, lactação, idade 
e diminuição da irrigação sanguínea.
» Duração do tratamento: existem diversas filosofias de tratamento com 
antibióticos. Inicialmente, transcreveremos aqui o tratamento convencional 
ou tradicional, que leva em consideração o tempo de duração das infecções. 
As infecções orofaciais têm um período de duração que varia entre 2 e 7 
dias, assim o tempo médio de utilização dos antibióticos deve ser de 7 dias.
» Penicilinas: são antibióticos de estrutura peptídica. Podem ser naturais, 
sintéticas e semissintéticas. São bactericidas. Possuem em seu núcleo o 
ácido 6-amino-penicilânico, impedem a síntese da camada basal da parede 
celular das bactérias, são praticamente atóxicas.
 › Penicilinas naturais: são obtidas a partir do Penicillium notatum; ativas 
contra Gram (+), são destruídas pelo pH estomacal e pela penicilinase. Tipos: 
Penicilina G cristalina, Penicilina G procaína, Penicilina G benzatina. Portanto, 
são injetáveis.
 › Penicilinas sintéticas (penicilina V): são destruídas mais lentamente pela 
penicilinase, não são destruídas pelo pH ácido do estômago, O seu espectro de 
ação é idêntico ao da penicilina G, porém de potência muito inferior. Utilizadas 
em infecções leves causadas por Estreptococos e Pneumococos. 
» Especialidade farmacêutica:
» Pen-ve-oral®
 › Comprimidos de 500.000 UI 
 › Adultos: administrar por via oral 1 comprimido de 6 em 6 horas.
» Peniciligran V® 
 › Comprimidos de 1.200.000 UI
 › Adultos: administrar por via oral 1 comprimido de 8 em 8 horas.
 › Penicilinas semissintéticas de amplo espectro: são derivadas do 
alfa-aminobenzilpenicilina. Tipos: ampicilina, amoxicilina e amoxicilina 
com ácido clavulânico. A amoxicilina é mais bem absorvida que a 
ampicilina, atingindo níveis séricos e tissulares mais elevados. O ácido 
clavulânico, por inibição da maioria das beta-lactamases, aumenta o 
espectro antimicrobiano da amoxicilina.
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MEDICAMENTOS DO ÂMBITO ODONTOLÓGICO | UNIDADE IV
» Especialidades farmacêuticas:
» Amplacilina® (Ampicilina):
 › Cápsulas de 250 e 500 mg. 
 › Adultos: administrar por via oral de 1 a 2 g por dia, dividida em quatro 
administrações.
» Binotal® (Ampicilina):
 › Cápsulas de 500 mg.
 › Adultos: administrar por via oral de 1 a 2 g por dia, dividida em quatro 
administrações.
» Amoxil® (Amoxicilina):
 › Cápsulas de 500 mg. 
 › Adultos: administrar por via oral 1 cápsula de 8 em 8 horas.
» Clavulin®, Clavoxil®, Clavupen® (Amoxicilina/Ácido clavulânico):
 › Comprimidos de 500 mg.
 › Adultos: administrar por via oral 1 comprimido de 8 em 8 horas. 
Efeitos adversos e precauções com as penicilinas: apesar de serem 
consideradas antibióticos atóxicos, as penicilinas ocasionam alguns efeitos 
adversos, tais como injeções dolorosas, alterações gastrointestinais, reações 
alérgicas. 
As penicilinas constituem os antibióticos de primeira escolha no tratamento das 
infecções odontogênicas.
Antissépticos: utilizados no controle químico da placa bacteriana.
Propriedades de um agente antiplaca: substantividade, inocuidade aos tecidos 
bucais, diminuição significante da placa e gengivite, inibição da calcificação da 
placa, não proporciona o desenvolvimento de bactérias resistentes, não mancha 
dentes nem altera a gustação.
Apresentação: soluções, géis, vernizes ou incorporados a dentifrícios, gomas 
de mascar, dispositivos de liberação lenta. Os antissépticos são usados como 
coadjuvantes e/ou substitutivos do controle mecânico da placa bacteriana.
26
UNIDADE IV | MEDICAMENTOS DO ÂMBITO ODONTOLÓGICO
Como coadjuvantes: na fase ativa da terapia periodontal, tratamento ortodôntico, 
e quando o paciente tem dificuldades de destreza e/ou motivação para controle 
da placa.
Como substitutivo: processos agudos do periodonto, impossibilidade temporária 
ou permanente de controle mecânico, período de cicatrização pós-cirurgia 
periodontal e/ou bucomaxilofacial, imobilização intermaxilar.
Antissépticos de uso corrente em periodontia: o quadro abaixo mostra 
os principais agentes e algumas de suas características.
Quadro 19. Agentes antissépticos e suas propriedades disponíveis na odontologia.
Agente Eficácia Finalidade de uso
Clorexedina Forte Substitutivo/coadjuvante
Sulfato de cobre Forte Substitutivo/coadjuvante
Fluoreto estanoso Moderado Substitutivo/coadjuvante
Óleos essenciais Fraco Coadjuvante
Triclosan Fraco Coadjuvante
Cloreto de cetilpiridínio Fraco Coadjuvante
Fonte: elaborado pelo autor.
Clorexidina: é disponível na forma de sais de gluconato, digluconato ou acetato. 
O digluconato tem maior solubilidade em água e em pH fisiológico, dissocia-se e 
libera o componente catiônico. É segura para uso em longo prazo de até 15 dias. 
Ela apresenta grande afinidade por superfícies carregadas negativamente, como 
paredes bacterianas, hidroxiapatita, placa bacteriana, substâncias orgânicas 
dos tecidos duros dos dentes, proteínas salivares e mucosa jugal. Ligada a esses 
componentes, a clorexidina é gradualmente liberada por 9 a 14 horas, à medida 
que decresce sua concentração na cavidade bucal. 
Ela inibe a formação de placa, altera a aderência e modifica a parede celular da 
bactéria. É ativa contra Gram (+) e (-), leveduras, fungos, bactérias aeróbias e 
anaeróbias facultativas. Em baixas concentrações, é bacteriostática (até 0,1 ppm 
durante a aplicação) e, em altas concentrações, é bactericida (100 ppm durante a 
aplicação). Seu efeito residual é de aproximadamente 48 horas. Para obter efeito 
pleno, a temperatura da solução deve estar entre 22º e 60º graus centígrados 
e permanecer na boca por ± 1 minuto. Provoca manchas nos dentes, na língua, 
perda do paladar e sensação de queimação na língua.
Utilizada na forma de bochechos (soluções de 0,12% a 0,2%) ou aplicação 
local (0,2% a 2%), também pode ser empregada como antisséptico, no pré e 
27
MEDICAMENTOS DO ÂMBITO ODONTOLÓGICO | UNIDADE IV
pós-operatório de cirurgias odontológicas. Por todas as suas características, a 
Clorexidina se tornou o antisséptico bucal de primeira escolha em odontologia, 
e, nesta disciplina, será o único dessa classe de fármacos a ser abordado. Outros 
representantes dessa categoria serão mais explorados no capítulo sobre tratamento 
de infecções.
Especialidade farmacêutica: periogard, noplak, duplak, clorexiplac.
Produtos de clorexidina: colutórios (concentrações de 0,12% e 0,2%), gel 
(1%), spray (0,1% e 0,2%), creme dental, vernizes, entre outros. 
Efeitos colaterais da clorexidina: pigmentação, descamação e dor na mucosa 
bucal, alergias, calcificações, perda de paladar.
Toxicidade da clorexidina: testes de segurança em relação aos efeitos agudos e 
crônicos mostram baixa toxicidade local e sistêmica, não se observaram alterações 
teratogênicas, não penetra através do epitélio; se ingerida, é pouco absorvida e 
quase toda excretada nas fezes; apesar da segurança sistêmica na sua utilização, 
é tóxica para neutrófilos, células epiteliais, fibroblastos gengivaise células 
sanguíneas quando ocorre contato direto com estes.
Anestésicos locais: em virtude de sua extrema importância, o uso de anestésicos 
locais será explorado especificamente em texto próprio para tal finalidade.
Sugerimos a leitura de um artigo de revisão de literatura sobre anestésicos 
locais e suas utilizações: http://www.revistas2.uepg.br/index.php/biologica/
article/viewFile/414/417.
28
CAPÍTULO 2
MEDICAMENTOS LIMÍTROFES DO ÂMBITO 
ODONTOLÓGICO
Voltando novamente ao que diz os arts. 38 e 55, parágrafo 1o, da Portaria SVS/MS 
n. 344/1998, o cirurgião-dentista pode prescrever substâncias e medicamentos 
sujeitos a controle especial quando para uso odontológico destacados abaixo:
Ao cirurgião-dentista é permitida a prescrição das substâncias 
relacionadas nas listas A1, A2, A3, B1 e C1, conforme abaixo:
A1, A2 (entorpecentes) e A3 (psicotrópicas) que devem ser prescritas 
na Notificação de Receita “A”, de cor amarela; B1(psicotrópicas) 
que devem ser prescritas na Notificação de Receita “B”, de cor azul.
Nessa lista constam os benzodiazepínicos (diazepam, 
lorazepam, alprazolam, midazolam, triazolam), muito 
utilizados pelos dentistas para controlar a ansiedade.
Observe os adendos no final de cada listagem que fazem exceções a algumas 
substâncias, as quais passam a ser prescritas na Receita de Controle Especial 
em duas vias. Exemplo: as substâncias codeína e tramadol pertencem à lista A2, 
porém constam nos itens 2 e 3 do adendo; quando prescritas em quantidades 
que não excedam a 100 mg por unidade posológica, ficam sujeitas à prescrição 
na Receita de Controle Especial.
Os medicamentos inibidores da COX-2, como celecoxibe, eterocoxibe e 
lumiracoxibe, também pertencentes à lista C1 e prescritos na receita de controle 
especial, são empregados como medicação pré e pós-operatória em intervenções 
odontológicas e no tratamento da dor em quadros inflamatórios agudos.
C1 (outras substâncias sujeitas à receita de controle especial em duas vias). 
Nesta lista, como exemplo, constam as substâncias imipramina, amitriptilina e 
nortriptilina, que são prescritas pelos dentistas para tratamento da dor crônica com 
ATM, e a substância gabapentina, indicada para bruxismo com ATM (Articulação 
Temporomandibular). A indicação de todos esses medicamentos prescritos pelos 
dentistas não são para uso crônico”. 
Assim sendo, fica claro e inequívoco que algumas substâncias Não são de uso 
corriqueiro em odontologia, mas devem ser prescritas em situações especiais, 
por especialistas, por profissionais que estejam habilitados por cursos específicos 
para tal (como inclusive prevê a Lei n. 5081/1966, é o caso da sedação com óxido 
29
MEDICAMENTOS DO ÂMBITO ODONTOLÓGICO | UNIDADE IV
nitroso) ou até mesmo em dose única, sem que seja permitido ao odontólogo 
fazer um tratamento para a patologia crônica desse paciente. 
Por esses motivos, chamaremos esses fármacos de limítrofes do âmbito 
odontológico. 
São, portanto limítrofes do âmbito odontológico os ansiolíticos e os fármacos 
que agem diretamente no SNC alterando a psique do paciente utilizados no 
controle da dor neuropática em DTM.
O fato de esses medicamentos não serem utilizados corriqueiramente em 
odontologia não significa que eles não devam ser utilizados. Muito pelo contrário, 
o controle da ansiedade no consultório odontológico é de grande importância 
devendo sem dúvida nenhuma ser efetuado. Quando dizemos “controle do 
estresse e da ansiedade”, referimo-nos ao controle do estresse e da ansiedade 
gerados pelo procedimento odontológico, e não de um tratamento ansiolítico 
para o paciente. Tal tratamento é do âmbito médico e tão específico que, muitas 
vezes, tratado por especialista (psiquiatra). 
Atualmente, os fármacos mais utilizados para uso odontológico são os 
benzodiazepínicos (mas existem outros). No entanto, mesmo esse tipo de fármaco 
é utilizado de forma muito restrita, muitas vezes em dose única, e na maioria 
das vezes é fornecido em pequenas quantidades para os pacientes. 
Já os fármacos acima descritos que agem como coadjuvantes no tratamento das 
DTMs deverão ser abordados em separado, pois são fármacos potentes e que têm 
ação no SNC, modificando a psique do paciente e prescritos para tratamento por 
longos períodos de tempo. Além disso, esses fármacos podem gerar interações 
medicamentosas perigosas que podem, inclusive, levar a óbito os pacientes 
quando o profissional não conhece suas propriedades. Muitas vezes o próprio 
cirurgião-dentista, quando não especializado no tratamento das DTMs, deveria 
optar pelo auxílio de um médico na prescrição de tais fármacos.
Assim sendo, faremos neste texto algumas referências aos benzodiazepínicos 
(BZDs) fornecendo orientações gerais sobre sua utilização no controle do estresse 
e da ansiedade dos pacientes odontológicos.
Benzodiazepínicos: a ansiedade não deve ser considerada como uma doença 
ou sintoma de doença, mas sim uma emoção básica, essencial à adaptação e à 
sobrevivência do ser humano. Entretanto, quando a ansiedade é intensa e persiste 
por muito tempo, perde o seu valor adaptativo, necessitando de intervenção 
terapêutica (ANDRADE, 2006). 
30
UNIDADE IV | MEDICAMENTOS DO ÂMBITO ODONTOLÓGICO
Os procedimentos odontológicos de modo geral podem induzir ansiedade e medo 
nos pacientes, o que constitui um problema muitas vezes sério a ser superado, pois 
prejudica a realização de procedimentos necessários à manutenção da saúde bucal. 
Alterações fisiológicas, como dilatação pupilar, palpitação, palidez, sudorese nas 
palmas das mãos, tremores, taquipneia, taquicardia, elevação da pressão arterial 
e da frequência cardíaca, postura defensiva, excesso ou falta de comunicação 
por parte do paciente, sensação de formigamento das extremidades são sinais 
normalmente presentes nos pacientes que apresentam medo e ansiedade diante 
de procedimentos odontológicos. O procedimento básico no controle da ansiedade 
frente ao tratamento odontológico é a tranquilização verbal. Quando não for 
possível um controle adequado, drogas que apresentam atividades ansiolíticas, 
sedativo-hipnóticas, anticonvulsivante e miorrelaxante são clinicamente úteis. 
Dessa forma, os ansiolíticos e sedativos podem ser usados como medicação 
pré-operatória, o que certamente facilita as manobras transoperatórias. 
Dentre os vários agentes que têm sido empregados, os benzodiazepínicos são os 
mais prescritos no mundo, apresentam grande margem de segurança e poucos 
efeitos colaterais. Suas propriedades sedativas, amnésicas e relaxantes musculares 
centrais contribuem para o efeito tranquilizador. Ligam-se aos receptores do 
ácido gama-amino butírico (GABA) e atuam aumentando a ação inibitória do 
GABA, principalmente no sistema límbico. Os benzodiazepínicos são potentes 
ansiolíticos e relaxantes musculares. São absorvidos por todas as vias, sendo a 
via oral a preferida. Sua meia-vida é de aproximadamente 24 horas, atingindo 
níveis plasmáticos máximos, em média 8 horas após a sua administração. São 
excretados principalmente pela urina. Devem ser administrados com cuidado para 
pessoas idosas, normalmente sensíveis, podendo apresentar confusão mental.
Entre os medicamentos do grupo dos benzodiazepínicos, podem-se destacar o 
diazepam, lorazepam, bromazepam, cloxazolam e midazolam, sendo este último 
também indutor de sono fisiológico. 
O diazepam e o bromazepam devem administrados uma hora antes do 
procedimento. O lorezepam, por outro lado, deve ser administrado duas horas 
antes, e, finalmente, o midazolan, 30 minutos antes da intervenção. Além dos 
esquemas descritos para doses únicas, em pacientes muito ansiosos e apreensivos, 
os benzodiazepínicos podem ser tomados no máximo mais uma dose na noite 
anterior à consulta, proporcionando um sono mais tranquilo. 
O quadro a seguir apresenta os benzodiazepínicos mais empregados em 
odontologia, com os nomes genéricos, especialidades farmacêuticas e doses 
usuais (ANDRADE, 2006).
31
MEDICAMENTOS DO ÂMBITO ODONTOLÓGICO | UNIDADEIV
Quadro 20. Benzodiazepínicos mais utilizados em odontologia e suas características posológicas.
Nome genérico Nome comercial Apresentação Dose usual Latência Duração
Diazepam Valium Comp. 5 mg e 10 mg Adulto 5 a 10 mg 45 a 60 min 20 a 50 h
Lorazepam Lorax Comp. 1 e 2 mg Adulto 1 a 2 mg 2 h 10 a 18 h
Midazolam Dormonid Comp. 15 mg Adulto 7,5 a 15 mg 20 min 2 a 5 h
Fonte: http://revodonto.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-09392011000100007.
Vantagens do uso: reduzem o fluxo salivar e o reflexo de vômito; provocam 
relaxamento da musculatura esquelética; diminuem o metabolismo basal; retardam 
a absorção dos anestésicos locais; podem induzir amnésia anterógrada; ajudam 
a manter a pressão arterial e a glicemia.
Efeitos colaterais: sonolência, cefaleia, visão dupla, confusão mental, 
incoordenação motora e ataxia.
Indicações: quando o quadro de ansiedade, medo e apreensão não é controlável, 
como medicação pré-anestésica, imediatamente após traumatismos dentais 
acidentais, em diabéticos, hipertensos ou cardiopatas (controlados).
Interações medicamentosas: substâncias que inibem o metabolismo dos BDZs, 
aumentando seu efeito − cimetidina, omeprazol, isoniazida, betabloqueadores, 
anticoncepcional oral, dissulfiram. Substâncias que aumentam o metabolismo 
dos BDZs, diminuindo sua eficácia − difenilhidantoína, rifampicina e uso crônico 
de fenobarbital. Depressores do sistema nervoso central potencializam o efeito 
sedativo − barbitúricos, álcool. Substâncias anti-histamínicas + BDZs podem 
aumentar a sedação. Substâncias anti-hipertensiva + BDZs podem possibilitar 
um aumento do efeito de hipotensão. Substâncias antiácidas e anticolinérgicos 
diminuem a absorção dos BDZs. Os BDZs aumentam os níveis plasmáticos de 
digoxina, podendo haver intoxicação digitálica.
Contraindicação: gestantes, pacientes com glaucoma de ângulo estreito, 
portadores de miastenia grave, crianças fisicamente ou mentalmente 
comprometidas, histórico de hipersensibilidade a essas drogas, insuficiência 
respiratória grave, apneia do sono, dependentes de drogas depressoras do SNC 
ou que tenham ingerido álcool nas últimas 48 horas.
32
CAPÍTULO 3
FÁRMACOS FORA DO ÂMBITO ODONTOLÓGICO
A rigor, todos os fármacos que não se enquadram nas duas categorias anteriores 
estão fora do âmbito da odontologia e não devem ser prescritos legalmente pelo 
cirurgião-dentista. Assim sendo, fármacos como a talidomida, os anabolizantes, 
os contraceptivos orais, aqueles utilizados em distúrbios de ereção, os derivados 
da isotetrinoína para uso dermatológico e tantos outros.
As únicas exceções são fármacos que foram desenvolvidos para outra finalidade 
fora da odontologia e que, depois de extensivas pesquisas, acabaram sendo 
incorporados ao rol dos medicamentos do âmbito odontológico, como o 
Otosporin®, que inicialmente foi desenvolvido para controle de otite externa 
causada ou complicada por infecção e que, após extensas pesquisas, foi indicado 
como medicação intracanal. É importante observarmos que, mesmo nesse 
caso, o medicamento em si é composto de fármacos que pertencem ao âmbito 
odontológico (antibióticos e AIEs).
O texto a seguir é uma transcrição das orientações constantes no site do CRF 
com relação a fármacos prescritos por odontólogos em todo o Brasil e como 
devem proceder os farmacêuticos no caso de dúvidas no momento de aviar 
alguma receita.
Para saber mais sobre prescrição de medicamentos por dentistas, leia o 
guia prático do CRO/SP de prescrição e dispensação de medicamentos 
n a o d o n t o l o g i a : h t t p : / / w w w . c r o s p . o r g . b r / u p l o a d s / a r q u i v o /
c2035e1fd371097aa1de449aceca1291.pdf.
33
PARA (NÃO) FINALIZAR
A prescrição de medicamentos não é uma tarefa fácil na clínica diária. Ela envolve 
raciocínio e conhecimento do profissional. Porém, prescrever corretamente é 
bem diferente de prescrever racionalmente. Prescrever corretamente envolve 
“apenas” a indicação de um fármaco que pode ajudar o paciente a ser curado. 
Já a prescrição racional, com técnica adequada, envolve muito mais.
Estamos nos referindo a prescrever a melhor droga, com indicação precisa, 
observando as contraindicações e interações medicamentosas para aquele paciente 
em especial, na forma e via de administração que melhor atender à necessidade 
daquele momento.
Lembre-se de sempre seguir os passos sugeridos pela OMS para fazer sua 
prescrição e, principalmente, monitorar o tratamento prescrito, o que é muito 
importante e geralmente negligenciado pelos profissionais.
Finalizando a conversa, sempre que estiver em dúvida tente buscar informações 
não em “achismos” ou “conversas de corredor”, mas sim nos artigos científicos 
que atualmente estão ao alcance de todos com o advento da internet.
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REFERÊNCIAS
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terrestre, aéreo ou fluvial, e demais agentes da cadeia logística de medicamentos e insumos 
farmacêuticos, substâncias sujeitas a controle especial e outros produtos para a saúde, 
cosméticos, produtos de higiene pessoal, perfumes, saneantes, alimentos com propriedades 
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REFERÊNCIAS
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YAGIELA, J. A. et al. Farmacologia e terapêutica para dentistas. 6. ed. São Paulo: Elsevier, 
2011. 
	Introdução
	UNIDADE IV
	Medicamentos do Âmbito odontológico
	capítulo 1
	Medicamentos inegavelmente do âmbito odontológico
	capítulo 2
	Medicamentos limítrofes do âmbito odontológico
	capítulo 3
	Fármacos fora do âmbito odontológico
	Para (não) finalizar
	Referências

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