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O que é forragicultura? Ciência que estuda as plantas forrageiras – aquelas que podem ser utilizadas na alimentação dos animais Pastejadas – consumidas diretamente pelos animais Frescas – Cortadas e fornecidas aos animais Conservadas – desidratadas – feno Parcialmente desidratadas- silagem Forragicultura pra que serve? Organizar sistema de produção a fim de manejar a alimentação em propriedade com ruminantes. 1) O que é coroa? Em qual grupo morfológico e de família que ocorre? E qual a importância dessa estrutura? A coroa é uma estrutura lignificada que fica presente rente ao solo, formada através do crescimento dos talos que ficam lenhosos na sua base. É apresentada em plantas com hábito prostrado ou eretas, presente principalmente em plantas perenes na família das Fabaceaes. Tem um importante papel para o rebrote de uma planta, pois tem uma função de reserva de energia (amido) e reserva de gemas, atuando na formação de novas hastes a partir destas gemas quando for necessário. 2) Quais os mecanismos que ativam os meristemas axilares? Explique. Os mecanismos que ativam são dois: sendo hormonal, onde a planta reduz a quantidade de auxina e aumenta a quantidade de citocinina, reduzindo a relação da auxina com a citocinina e o mecanismo através da radiação, a quantidade e a qualidade da radiação que chega na gema é um gatilho que faz com que a gema entre em atividade, se houver um flash de luz no meristema axilar ele se diferencia em um perfilho. 3) A intensidade de pastejo deve ser feita para aumentar a fotossíntese líquida. Falso 4) Das megatendências da pecuária de corte para os próximos 20 anos, levantadas pelo CICARNE em parceria com o MAPA, explique a megatendência 2. A segunda megatendencia é a “Biotecnologia transformando a pecuaria e a carne”, em um contexto esta terá um papel importante para o melhoramento genético do animal, melhorando a capacidade reprodutiva do rebanho, aumento da qualidade da carne, encurtamento de gerações, alguns problemas históricos na pecuária serão, eliminados ou pelo menos controlados. Algumas principais doenças terão melhores soluções para o manejo, assim facilitando a sua prevenção e controle. 5) Se o corte provocado pelo pastejo for feito na metade do pseudocolmo, quantas gemas seriam removidas? Não será removida nenhuma gema, pois as gemas estão localizadas na parte mais inferior da planta, portanto se o corte for feito na metade do pseudocolmo irá remover e cortar apenas bainhas e folhas novas em crescimento, não gemas. 6) A senescência e morte de material vegetal aumenta de forma linear com o aumento da altura de manejo da pastagem. Verdadeiro 7) A produção de metano dos ruminantes depende de quais fatores? Como podemos atenuar a emissão de metano pelos ruminantes?É dependente principalmente do tipo de dieta disponível aos animais e do nível de ingestão, mas também pode ser influenciado pelo tamanho, idade e espécie do animal. As formas mais eficazes de mitigar a produção de metano, é realizar manejos que possibilitem o aumento do valor nutricional da forragem, favorecendo a digestão da fibra. O fornecimento de concentrados na dieta também diminui a produção de metano, isso porque através da fermentação do amido, propicia a produção do propionato, que inibe o crescimento de bactérias metanogênicas. 8) Quais os dois tipos de perfilhamento que existem, em relação ao ângulo do perfilho filho com o perfilho mãe? Qual dos tipos ocorrem em forrageiras estoloníferas/prostadas ou cespitosas/entouceiradas? Intravaginal: Quando o perfilho corre em ambiente escuro entre o colmo e a bainha, sem romper a bainha, o perfilho filho cresce paralelo ao perfilho mãe, sempre com os perfilhos tendo uma maior inclinação, ficando mais próximos do solo, conforme aumenta a quantidade de perfilhos. Extravaginal: Quando o perfilho rompe a bainha da folha e sai perpendicular ao perfilho mãe. Nas plantas estoloníferas ocorre o extravaginal e nas cespitosas ocorre o intravaginal. 9) O momento da desfolha num pastejo rotacionado deve ser quando o dossel esteja interceptando 100% da radiação incidente. Falso 10) Como a morfologia afeta as relações competitivas entre as espécies forrageiras? Podemos dividir a morfologia das plantas forrageiras sendo como estoloníferas ou cespitosas, onde as estoloníferas produzem estolões e se desenvolvem rente ao solo e as cespitosas crescem para cima de forma mais ereta. Essas características apresentam aspectos na competição entre as plantas, sendo uma planta estolonífera com maiores características competitivas quanto a redução da remoção de gemas, por apresentar estas gemas muito próximas ao nível do solo dificultando a perda desta, sendo mais resistente ao alto pastejo como um exemplo e as cespitosas podem apresentar uma característica de se sobrepor sobre uma planta estolonífera, pelo fato de ter uma altura maior, competindo melhor e acaba se sobressaindo em um pastejo com baixo número de animais. 1-Quais são os tipos de meristemas encontrados na parte aérea de um dossel forrageiro. Qual a função de cada um?Meristema apical- ele se localiza no ápice do caule. Ele tem função de crescimento nas plantas, podendo gerar crescimento/alongamento do caule, gemas, folhas, fitômetros e posteriores perfilhos com gema axilar. Também é responsável pelas inflorescências, ou seja, este meristema é responsável por fatores que influenciam diretamente na intensidade de rebrote após o pastejo. Meristema basal- permite a rebrota apos pastejo, porem esta é mais lenta. Também tem função de engrossar o caule da planta por meio do crescimento secundario. Meristema intercalar- eles estão localizado nos nós, e possuem função de elongar os nós e entrenós. 2- A elongação dos entrenós de uma gramínea causa mudanças estruturais no dossel. Comente sobre elas e qual a influencia no consumo animal? O aumento da altura do dossel implica diretamente no aumento do valor nutritivo da massa de forragem e consequentemente do valor nutritivo da ingesta, pois a altura do pasto, para os animais, significa alimento disponível e diminuição da seletividade. 1 Por que a capacidade de perfilhamento de um genótipo é correlacionada à sua capacidade de emissão de folhas? Fotossíntese 2 Aonde se encontra o meristema apical de um perfilho que ainda não tenha alongado seus entre-nós? Qual a importância disso para, uma situação hipotética em que, o produtor errou o manejo e rapou demais o pasto? No centro (“ponto de crescimento”), no ápice dos nós, podendo estar abaixo ou na superfície do solo envolto/ produzindo os primórdios foliares Se por exemplo, o corte foi a 10 cm (corte no pseudocolmo) e o meristema apical e axilar estão a aproximadamente 4 cm do solo, não foram removidos esses nós e gemas (meristemas), pois, esses estão abaixo de 10 cm e assim, de forma que o corte não irá interromper o ciclo e o rebrote da pastagem será muito mais rápido. 6 Qual a relação entre produção de forragem e intensidade de pastejo? (qual o modelo de resposta) A intensidade de pastejo e índice de área foliar são inversamente proporcionais e sua relação pode ser expressa em um modelo linear negativo, pois aumentando a intensidade de pastejo, diminui a área foliar, a interceptação de radiação também diminui, consequentemente diminui a produção de energia (joules) de forrageiras por meio da diminuição da fotossíntese. 7 De onde vem o rebrote de uma pastagem quando houve ou não a remoção do meristema apical? O rebrotw vam da ativação dos meristemas axilares, 8 Plantas que alongam precocemente os entrenós são mais ou menos tolerantes ao pastejo? Por que a planta alonga os entrenós e em qual momento fenológico? Menos tolerantes, pois o alongamento dos nós está relacionado a passagem do estádio vegetativo para reprodutivo, nesse momento o meristema apical se diferencia para a produção de inflorescência, não preconizando a emissão de nova quantidade de perfilhos e produção de folhas pela inativaçãode meristemas intercalares, ademais os fotoassimilados/ reservas são preconizados para os perfilhos reprodutivos e produção de sementes. A redução da produção de folha coincide no baixo potencial de produção animal. No reprodutivo, a passagem do vegetativo para o reprodutivo se dá pela diferenciação do meristema apical, deixando de produzir primórdios foliares, por meio da mitose, para produzir inflorescência (panícula ou espiga), nessa diferenciação, concomitantemente a planta alonga seus entrenós para a inflorescência sair do pseudocolmo, para garantir que as semente se dispersem mais longe. A planta também pode alongar os entrenós no estádio vegetativo, para crescimento e expansão de perfilhos e folhas explorando maior área espacial. Não necessariamente planta que alongam os entrenós precocemente são menos tolerantes ao pastejo, depende se os entrenós estarão expostos superficialmente ou não. Plantas de hábitos cespitosos que alongam precocemente os entrenós, expondo as gemas a maior altura, podendo ser mais facilmente pastada, são menos tolerantes ao pastejo do que uma que não alonga (pois perdem mais gemas pelo pastejo), em forrageiras com esse habito de crescimento deve haver mais controle de pastejo. Mas no caso de plantas estoloníferas, que alongam precocemente os entrenós, e este está rente ao solo, são mais tolerantes ao pastejo, já que o pastejo será preponderantemente de lamina foliar. Depende, no hábito cespitoso a planta que elonga precocemente os entrenós, menos tolerante Fatores que interverem na velocidade de rebrote IAF remanescente Eficiência fotossintética dessas folhas – muitas vezes não está mais equipada devido ao tempo de sombreamento/ Manejo – rejeitar manejos com alta severidade de desfolha – %removido, acima de 50 % não são recomendadas, rebrote lento. -> preferir 40 a 50% Gemas remanescentes = meristemas, estão na axila do nó- produção, peso, volume vem de região meristemática. Rebrote só vem do meristema. Roçar pastagens de verão no inverno para “renovar” – elimina área foliar e gemas Se as gemas não morreram, apenas área foliar não precisa roçar No fim do inverno, sem previsão de geada – possível roçar O que faz a gema se diferenciar em perfilho ou não – indução por radiação possível pela roçada, Segundo fator que faz uma gema brotar é a Indução hormonal – a alta proporção de auxina em detrimento de giberelina confere dominância apical – na ponta do colmo Quando o pastejo elimina o meristema apical reduz a proporção de auxina – ativando as gemas axilares – indução a brotação, geração de perfilhos Principais distúrbios/ estresses ambientais – seca, fogo, encharcamento, pragas e doenças, geadas, superpastejo, sombreamento Graminea comandada pela soma térmica em detrimento do fotoperíodo – aveia e milho Ciclo mais curto devido a maior temperatura – soma térmica Ex 400 °/dias para florescer Soma térmica – temperatura média do dia – temperatura basal (temperatura que abaixo dela não há crescimento da planta- ponto 0- C3: 5 a 7°, C4 em torno de 12 °) Exemplo: hoje a temperatura média é 25°, e a temperatura base é de 10°, portanto hoje acumulou 15°, somando-se ao longo dos dias Milheto é dependente de fotoperíodo, por exemplo 11 horas Plantas de inverno florescem na primavera – com o aumento do fotoperíodo – PLANTA DE DIA LONGO Plantas de verão florescem no outono – com a diminuição do fotoperíodo – PLANTA DE DIA CURTO Relação entre meristema de crescimento, percistencia e rebrote Resistencia= tolerância (capacidade de rebrotar após a desfolha- receptar luz) + escape (capacidade que a planta tem para evitar de ser pastejada (reduzir a probabilidade) – lignificação- ex: barba de bode-palha grossa, pontudas, exudatos com fungo/ formiga, metabolitos secundários) Velocidade de rebrote e permanência de meristema apical Proteção de gemas (rizomas). De onde vem o rebrote quando o meristema apical foi ou não removido. Quando começa a floração diminui o perfilhamento – produção de folhas. Durante a elongação dos entrenós ocorrem as maiores taxas de acumulo ESPÉCIES PROMISSORAS Milheto – em novembro usa uma semente mais barata, já para forrageamento de outono vou usar um milheto melhorado que é menos dependente de fotoperíodo, pq vai chegar a 11h de luz ele floresce. A partir de 21 de dezembro o fotoperíodo diminui. A planta que floresce precocemente é ruim é planta forrageira de baixa produção animal e vegetal, pq forragem é folha e queremos que o meristema apical fique maior tempo possível produzindo folha e não produção de flor e espiga. Sorgo sudanense – capim sudão – aveia de verão. Papuã também. Porque se faz mistura de forrageiras? Pois uma espécie auxilia na outra, como a ervilhaca que utiliza as touceiras do capim elefante de inverno para trepar o que vai auxiliar na fixação biológica de N e para antecipar o pastejo podendo entrar em agosto ao invés de outubro. Para isso entrar no final de junho com lanço. Antecipar o início e postergar o fim. Eficiência de colheita é 60%. Se 1 há está produzindo 72 kg de MS sendo possível colher 43 kg de MS por dia - um novilho de 300kg come em média 2,2% de peso vivo – consumo de 6,6 kg de MS por dia o que dará de 6 a 7 cabeças por ha 1. Quais os tipos de meristemas existentes na parte aérea de um dossel forrageiro? Qual a função de cada um? Meristemas apicais estão no ápice caulinar (ponto de crescimento) e tem como função a formação de folhas novas e alongamento dos caules e inflorescências. Além disso, este meristema é responsável pelo balanço de auxina e citocinina, afetando diretamente a intensidade de rebrota após o pastejo. Meristema basal tem função de originar perfilhos que são de grande importância para a constituição da forragem e também possui a função de engrossar o caule da planta por meio do crescimento secundário. Meristemas intercalares são bandas que promovem o crescimento da bainha e lâmina foliar, ou seja, fazem expansão foliar englobando lâmina e bainha. 2. Explique o porque de que não devemos dar tanta ênfase na quantidade de palhada em si, num sistema de plantio direto em integração lavoura- pecuária? O que seria mais importante que isso como obter? Em termos de melhoria de solo a quantia de palhada não é o mais importante. O mais importante seria aumentar o teor de carbono no solo através da biomassa produzida por uma pastagem como de brachiaria, tifton. Além da biomassa, a integração lavoura-pecuária promove a reciclagem dos nutrientes, aumento de matéria orgânica e diminuição de pragas e doenças no ciclo agrícola. E ainda quando insere-se animal no sistema tem-se o aumento da eficiência de uso da terra e uma renda a mais com a venda de produtos de origem animal. 3. De onde vem o rebrote de uma pastagem quando houve ou não, a remoção do meristema apical? No momento em que o meristema apical foi removido, o rebrote acontece a partir dos meristemas axilares, que estão presentes nos nós, encontrados dentro do pseudocolmo da planta, e estes, estão abaixo do nível do meristema apical. Esta situação pode retratar uma forragem em que há super pastejo. No entanto, quando há um pastejo adequado o meristema apical tende a não ser removido, sendo assim, o rebrote ocorre a partir da diferenciação das células das gemas intercalares, que produzirão novas folhas. 4. Quais os tipos de folhas de um perfilho? Faça um desenho explicando o balanço de C em cada uma? Qual folha normalmente mais contribui para a nutrição do perfilho? Senescente, em senescência, expandida e em expansão. Aquela que mais contribui é última folha expandida, a folha bandeira, onde o balanço de carbono é mais positivo, pois não há mais respiração de síntese e está na melhor condição de luminosidade, onde há alta intensidade e qualidade de radiação. Quanto mais para baixo a folha está na planta mais negativo será o balanço de carbono. 5. Qual a função dos estolões e dos rizomas? Propagação vegetativa lateral e também serve como um reservatório de água e gemas. O estolãopermanece por cima do solo e o rizoma por baixo, porém ambos crescem horizontalmente e possuem nós (gemas que podem originar raízes ou folhas) e entre nós. 6. Explique a teoria de crescimento compensatório de uma planta. Ou seja, quais os mecanismos envolvidos no fato de uma planta desfolhada produzir mais biomassa que uma sem desfolhação? A teoria do crescimento compensatório refere-se a como a planta se ajusta a diferentes condições de solo, estresses ambientais (déficit hídrico e/ou temperaturas amenas ou extremas, pressão de pragas e doenças), a desfolha, dentre outros fatores, ou seja, como se adapta a fatores bióticos e abióticos adversos do ambiente para o diminuir o impacto sobre seu desenvolvimento. Um exemplo disso seria o desenvolvimento radicular em profundidade em condição de déficit hídrico e solo sem impedimento, como crescimento compensatório a fim explorar as camadas do solo em busca de água e nutrientes e continuar seu desenvolvimento. Uma planta desfolhada pelo pastejo, teve suas folhas removidas eliminando consigo suas gemas apicais, quebrando a dominância apical, favorecendo as gemas basais, propiciando maior perfilhamento. Isso remete ao crescimento compensatório em resposta da desfolha, onde há acúmulo de biomassa, pois quando há desfolha possibilita a interceptação de luz solar em quantidade e qualidade o que induz ao rebrote. Em forragem que não há desfolha, não há necessidade de compensação de crescimento, com isso não haverá desbalanço auxínico e incidência de radiação em quantidade e qualidade adequada para estimular perfilhamento consequentemente não haverá incremento de biomassa. 7. Quais são as espécies forrageiras classificadas como de semente miúda e quais os cuidados que devem ser tomados na semeadura? Alguns exemplos de espécies de “semente miúda” são Sorghum sudanense, Brachiaria brizantha, Panicum maximum (aruana), Setaria sphacelata, Lolium multiflorum, Estilosantes. Primeiramente deve-se optar por sementes de boa sanidade, vigor e uniformidade. A semeadura deverá ser o mais uniforme possível, respeitando a densidade exigida por cada espécie para evitar falhas ou competição entre plantas e pode ser feita a lanço seguido de gradagem (para incorporação das sementes e aumentar o contato solo/planta) ou com utilização de semeadora, ambos deverão ser regulados previamente. As sementes devem ser depositadas entre 2 a 4 cm de profundidade, pois se depositadas muito profundamente, poderá dificultar a germinação das sementes e se estiver muito superficial os pássaros podem se alimentar, ser carregadas pelo vento ou ainda sofrerem danos pela alta temperatura na superfície do solo (desidratação), favorecendo pastagens com falhas. Outro fator importante é a umidade do solo no momento do plantio e previsões de chuvas logo após do plantio, para que água não seja um fator limitante na germinação. Uma opção também, seria a utilização de sementes miúdas peletizadas, quando visa consórcios com outras espécies, a fim de ambas possuírem densidades parecidas e serem depositadas de modo mais uniforme. 8. Qual a relação entre produção de forragem e intensidade de pastejo? É uma relação inversa que pode ser expressa em modelo linear negativo, pois o índice de área foliar diminui com o aumento de intensidade de pastejo, consequentemente a interceptação de radiação diminui com isso a quantidade de joules (energia) também diminui. 10. Preencha a tabela com duas forrageiras: Principal virtude/características Forrageira recomendada Resistência à seca e gramínea Pensacola (Paspalum notatum Flügge); Tifton 85 (Cynodon SP.); Capim Quicuio (Brachiaria humidicola) Resistência a seca e leguminosa Alfafa (Medicago sativa L.); Trevo vesiculoso (Trifolium vesiculosum Savi) Resistência ao frio e C4 Bromus ou Cevadilha-serrana (Bromus auleticus); Capim dos pomares ou dáctilo (Dactylis glomerata); Tifton 85 (Cynodon spp.). Alta resistência ao pastejo e C4 Brachiaria brizantha; Brachiaria ruziziensis; Aruana (P. maximum) Alta resistência ao pastejo e C3 Aveia preta (Avena strigosa Schreb.); Azevém (Lolium multiflorum Lam.) Tolera solo com alta umidade e C3 Trevo branco (Trifolium repens L.); Tolera solo com alta umidade e C4 Brachiaria humidicola (Capim Quicuio); Brachiaria mutica (capim-angola, bengo); Hemarthria altissima (capim-mimoso-de- talo, hemártria) Alta produção animal por ha e produz semente Azevém (Lolium multiflorum Lam.) Feno de excelente qualidade e C3 Alfafa (Medicago sativa L.); Boa ressemeadura natural e C3 Azevém (Lolium multiflorum Lam.); Trevo vesiculoso (Trifolium vesiculosum Savi) Boa ressemeadura natural e C4 Brachiaria humidicola Resistência à cigarrinha Brachiaria brizantha; Capim Colonião (Panicum maximum Jacq.) Feno de excelente qualidade e C4 Brachiaria brizantha; Coast cross (Cynodon dactylon (L.) Pers);Tifton 85 (Cynodon spp.) 1- Partindo do princípio de que boa parte dos alimentos que consumimos diariamente são de origem animal, fica claro a importância de que os animais precisam ser bem cuidados e receber uma boa alimentação, não apenas pela qualidade do alimento que vai ser gerado, mas também pela segurança do consumidor final. No caso de ruminantes, é a pastagem que fornece uma alimentação com nutrientes necessários e equilibrados para que os animais comam da maneira mais correta, ou seja, é uma alimentação equilibrada que faz com que o alimento produzido tenha mais qualidade e saudabilidade. É por meio da nutrição que o organismo do animal absorve e assimila nutrientes encontrados nas pastagens, aumentando a qualidade da carne e do leite que são destinados para frigoríficos e supermercados. Portanto, quando mais completa for a alimentação, melhor será a qualidade do produto final, seja a carne ou o leite. O pasto em geral é o principal e mais completo alimento de bovinos e quando manejado de maneira correta, a forrageira consumida fornece um alto potencial nutritivo. Além disso, o gado criado no pasto garante o respeito aos animais e ao meio ambiente. Vale lembrar também que os bovinos são basicamente animais herbívoros, então seus organismos acabam não absorvendo nutrientes de grãos com tanta eficiência, o que não acontece com o pasto, afinal o sistema digestivo desses animais digere o pasto com mais facilidade. O conceito de Segurança Alimentar e Nutricional se baseia no direito de que todas as pessoas devem ter acesso a alimentos de qualidade, ou seja, uma prática alimentar sustentável, seja no âmbito econômico, ambiental ou social. A relação da produção de ruminantes a pasto considerando esse conceito é de que o consumidor do leite ou da carne de animais que se alimentam basicamente de forrageiras, teria acesso a um alimento produzido dentro de um âmbito saudável tanto para ele, quanto para o meio ambiente e os animais. 2- O ato dos animais pastejarem pode alterar a relação competitiva das plantas por conta das alterações provocadas tanto na morfologia, quanto no crescimento. Além disso, a herbivoria causa, também, a inversão na competição, ou seja, da parte aérea para as raízes por conta da redução da biomassa aérea (o que causa maior entrada de luz no ambiente). Ainda, o pastejo pode interferir no padrão de dominância das forrageiras, pois a área foliar residual, após o pastejo, é de grande importância para determinar qual espécie tem mais capacidade de interceptar mais luz e consequentemente rebrotar com mais eficiência. Além disso, taxa de perfilhamento, expansão radicular e foliar, são fatores que podem sofrer alteração quando ocorre a desfolha (consequência do pastejo), pois a herbivoria altera a habilidade competitiva das espécies. Ainda, a competição vegetal é altamente relevante para a manutenção da composição botânica ideal de uma pastagem, ou seja, a composição botânica é diretamente influenciada pelas relações competitivas expostas acima. 3- Alguns exemplos são: Brachiaria brizantha, Panicum maximum, Paspalum notatum, Setaria sphacelata,Lolium multiflorum, Sorghum sudanense, Avena sativa L., etc. O primeiro passo é escolher uma semente de qualidade e que seja saudável e livre de contaminação. Independentemente do método escolhido (mecanizado ou a lanço), o plantio deve distribuir as sementes da maneira mais uniforme possível, com pouco espaçamento entre elas, mas o suficiente para que elas não compitam entre si (isso depende da espécie a ser plantada). Além disso a maioria das sementes devem ser plantadas de 2 a 5 cm de profundidade (a germinação abaixo de 6 cm costuma diminuir) e devem ser cobertas pelo solo após a sua distribuição na área, pois, por serem sementes miúdas, são leves o suficiente para serem dispersadas pelo vento. Ainda, a incorporação das sementes, deve ser feita logo após a distribuição delas, para que seu contato com o solo seja melhorado, as posicionando numa profundidade apropriada e facilitando uma rápida emergência, além da homogeneidade das plântulas. 4- Uso de gramínea não resistente a temperaturas baixas + roçada em época errada (o que faz entrar radiação solar na gema e queima) + congelamento dos tecidos vegetais + baixa quantidade de massa pós pastejo (a planta fica sem condições de produzir novas folhas sem a necessidade de consumir muito das suas reservas) = mortalidade de plantas por geada. 5- É de extrema importância que se saiba a altura que a forrageira é capaz de alcançar para que se possa planejar o manejo de forma prática, de baixo custo e eficiente, controlando a entrada e a saída de animais para que o sistema como um todo seja produtivo. O manejo (altura do corte ou do pastejo), portanto, é de grande importância para a otimização da espécie forrageira. A altura recomendada se baseia no ponto em que a planta tem pouco talo e material morto e bastante folha, isto é, a partir do momento em que a planta emerge do solo, ela acumula folhas, mas chega num ponto onde esse crescimento é estabilizado e a partir daí só ocorre o envelhecimento e a morte dessas folhas. Por exemplo: a recomendação de altura de entrada para pastagem do Panicum maximum é de de 90 cm e a altura de saída varia de 30 a 50 cm. Ou seja, nesse ponto, a altura de entrada é complemente interligada com a estrutura do pasto (quantidade de folhas). Para que o animal tenha acesso a uma alimentação de qualidade, é necessário que a estrutura do pasto esteja condizente com a altura do pasto, isso quer dizer que quando a planta passa de determinada altura, ocorre um desfavorecimento na estrutura do pasto, ou seja, maior acúmulo de colmo e de material senescente. Já a altura de entrada recomendada para o pastejo de Brachiaria brizantha é de 25 a 30 cm, e a altura de saída varia de 10 a 15 cm. Ou seja, é com 30 cm que essa espécie atinge sua melhor produção e é com 15 cm que ocorre o desfavorecimento na estrutura da forragem. É importante salientar que cada espécie tem a sua recomendação devido a sua morfologia. 6- Os meristemas apicais são os tecidos responsáveis pela produção de folhas novas, bem como pelo alongamento dos caules e inflorescências, que são fatores determinantes na intensidade de rebrote logo após o pastejo. A velocidade de rebrote está diretamente relacionada com a porcentagem de meristemas apicais presentes após o pastejo, pois a emissão contínua de folhas num perfilho é controlada pelo meristema apical que tem como função alongamento da planta. O perfilho é uma estrutura lateral que se desenvolve a partir das gemas axilares e é ele que sustenta todos os órgãos que fazem com que as forrageiras cresçam. Portanto é importante que se conheça o desenvolvimento de perfilhos, pois isso é de grande utilidade para o manejo de forragens, afinal, se há uma baixa porcentagem de meristema apical, a taxa de perfilhamento será baixa e consequentemente o rebrote também. 7- A sétima megatendência para pecuária de corte no Brasil até 2040 define-se como “Carne com denominação de origem”. A denominação de origem é um reconhecimento da especificidade e origem do produto e tem por objetivo apresentar detalhes como sabor, qualidade, história da região onde o alimento foi produzido, entre outros, para que o controle do processo produtivo fique muito mais específico e seguro para o consumidor. Além disso, contém detalhes, também, como processo de produção e industrialização da carne. Informações como maciez e suculência, não serão mais suficientes para comercialização do produto, afinal quanto mais informação, mais segurança e interesse o consumidor terá. Combinado com outras megatendências, a carne será produzida a partir de pastagem, bem- estar animal, baixa produção de resíduos, entre outras características que garantem uma maior qualidade e sofisticação e cada passo será informado ao consumidor final. 8- A décima megatendência para pecuária de corte no Brasil até 2040 define-se como “Apagão de mão de obra”. O impacto de toda essa sofisticação e evolução da produção de carne acarretará em um impacto social muito grande, afinal muitos produtores não conseguirão se adaptar à nova realidade. Isso significa que haverá necessidade de formar novos e qualificados profissionais. O desafio então será a demanda por profissionais preparados e competentes. A preparação de profissionais capazes vai muito além da teoria, o país precisará de pessoas que compreendam a forma prática de se produzir com qualidade e segurança. 9- A geada é um fenômeno natural que causa grande impacto em espécies forrageiras. No geral, ela provoca o congelamento dos tecidos vegetais (e da água do interior das células) o que consequentemente gera morte das plantas. Um fator que reflete diretamente na perda total da pastagem após uma geada, é o uso de uma espécie que não se adapta a temperaturas baixas. Outro fator para mortandade é roçar em época errada, ou permitir que o animal paste muito, pois faz com que a radiação solar entre em contato com a gema e a queime, impedindo seu crescimento. Ainda, o dano por geada é muito mais severo em folhas mais velhas, mesmo que a espécie apresente tolerância a baixas temperaturas. As folhas e o caules mesmo depois de danificados podem se recuperar, entretanto quando o nó de perfilhamento é prejudicado, a planta não se recupera mais, sendo indicado manter uma cobertura quando se há previsão de geada. Além disso, há dois tipos de geada. A geada branca ocorre quando o intenso resfriamento noturno provoca o congelamento sobre as plantas, com presença de gelo. Já a geada negra queima a seiva no interior das plantas, o que impede a sobrevivência da espécie, sendo muito mais danosa que a branca. Os fatores que podem levar a mortalidade das espécies forrageiras após a ocorrência de uma geada são: umidade, temperatura (baixa), radiação solar (queima das gemas), espécie e cultivar (resistentes a baixa temperatura), época e local de plantio, manejo (altura e estrutura). 1. Explique o que é e quais os objetivos do pastejo limitado ou pastejo horário. O pastejo limitado ou horário consiste em colocar os animais ao pasto em algumas horas do dia, muito indicado economicamente e nutricionalmente, com o objetivo de usar a pastagem como um banco de proteína (não é a base da alimentação). O gado entra em um tempo controlado nas pastagens durante apenas um período de tempo (por exemplo, 1 hora de manhã ou a tarde em pastagem de aveia/ alfafa da propriedade), em nossa região é interessante a utilização de leguminosa (ou gramíneas como aveia e azevém) como fonte de proteína no inverno. 2. Normalmente é mais indicado pastejo rotativo para forrageiras prostradas, pois estas tendem a ser mais resistentes ao pastejo. Falso 3. Imagine uma pastagem de estrela africana que definimos um período de descanso de 28 dias e um dia de ocupação, em média do ciclo produtivo. Qual o número de piquetes que devem ser feitos? NÚMERO DE PIQUETES = (DIAS DESCANSO/ DIAS PASTEJO) + 1 NÚMERO DE PIQUETES = (28/ 1) +1 NÚMERO DE PIQUETES = 29 4. Faça uma lista entre as vantagens e desvantagens do pastejo rotativoem relação ao contínuo. Pastejo contínuo Vantagens: Pastejo continuo vantagens Pastejo continuo desvantagens Pastejo rotativo - Vantagens Desvantagens Menor mão de obra; Maior desempenho animal (ganho médio diário/ performance); Menor custo; Maior facilidade de colocar água e sombra para os animais; Pastejo é seletivo (tende a diminuir a produção por área); Dejeções e micções irregulares; Excesso de pisoteio; Produção por área é menor; Degradação da pastagem; Baixa taxa de lotação; Esgota carboidratos de reserva das raízes; Menor segurança na amostragem da forrageira; Valor nutritivo varia mais. Aumenta em até 15% a produtividade por área; Induz maior contato entre homem e animal (indireto); Controla melhor a quantidade do pasto (mais fácil evitar sub e super pastejo) Redução nas perdas; Tempo de recuperação da planta; Pastejo mais uniforme, mais efetivo; Melhor distribuição das excreções; Diminui a seletividade, o animal come as plantas invasoras também; Aumento da vida útil da pastagem; Suporta maiores taxas de lotação (curva de ganho de peso vivo por hectare em função da altura da intensidade de pastejo é uma quadrática negativa); Irrigação funciona muito bem, para lavar o dossel também (pois pasto sujo limita o consumo). Além disso, é possível semear uma aveia, um amendoim forrageiro, em qualquer época do ano. Maior custo inicial; Maior mão de obra; Menor ganho individual por animal; É preciso colocar água e sombra para o animal e cada piquete. 5. Considerando uma área de pastagens de 50 ha, sendo que 4 ha é não aproveitada pela presença de rocha e açude, e que a MF foi avaliada pela dupla amostragem usando a altura como variável preditora. Após amostrar duplamente 20 pontos amostrais chegou-se na seguinte equação y=200,3x-100,5 com um R2 de 89%. Após fazer 80 leituras de altura, chegou-se no valor médio de 28,3 cm. Essa pastagem deverá ser manejada em pastejo contínuo usando a OF de 12% como critério de manejo e a TA estimada para os próximos 28 dias (período do ajuste) é de 40 kg MS/ha/dia. Considerando que o peso médio dos novilhos é de 320 kg pergunta-se quantos novilhos devem ser colocados na área? Area de pastagem = 50-4= 46 ha Peso= 320 kg y=200,3x-100,5 Altura= 28,3 cm OF = 12% TA= 40 kg MS/ha/dia - 28 dias MF= y=200,3x-100,5 MF= (200,3*28,3)-100,5 MF= 5567,99 kg MS/ha disponibilidade diária = (MF/ dias) + TA disponibilidade diária = 5567,99/ 28= 198,86 + 40 = 238,86 OF= 12 kg MS ----100 kg PV 238,86----------------- x X= 1990,47 kg/PV/ha Taxa de lotação suportada por ha= 1990,47/320 Taxa de lotação suportada por ha= 6,22 novilhos /ha Taxa de lotação suportada nos 46 ha = 286,13 novilhos 7. Quais as principais vantagens e desvantagens da diminuição da seletividade animal em pastejo rotativo em relação ao contínuo? A diminuição da seletividade devido ao método de pastejo rotativo, como vantagem, pode aumentar a carga animal e a produção por área, entretanto, como desvantagem, pode diminuir o desempenho individual. Já a alta seletividade em métodos de pastejo continuo é vantajoso sob o viés do desempenho individual, pois o animal ganhará mais peso. Mas para ter maior peso, com maior seletividade, é preciso diminuir a carga (taxa de lotação) e assim a produção por área pode ser menor (desvantagem). Ou seja, a máxima eficiência técnica para a produção animal por ha não acontece dando ao animal uma alta capacidade de seletividade. Entretanto, deve se averiguar o objetivo da propriedade, no caso de vacas leiteiras, se preconiza o pastejo rotativo, pois nesse caso se quer preconizar o ganho por área, não o ganho individual. 8. Por que menos de 1% da energia incidente sobre a superfície terrestre é transformada em energia química retida na produção primária? A produtividade primária é compreendida pelo rendimento da conversão da energia para substâncias orgânicas, a partir da reação de organismos autotróficos, pela energia solar. Entretanto, uma porção muito reduzida da energia incidente é efetivamente transformada em produção primária. A produtividade primaria é limitada por várias características restritivas, entre elas estão a qualidade da radiação solar que atinge a superfície da terra, aonde apenas 45% desta energia estão dentro do espectro da radiação que é efetivo para a fotossíntese (radiação fotossinteticamente ativa compreendida na faixa de comprimentos de onda entre 400 a 700nm), além da baixa eficiência de utilização da energia solar disponível, em que apenas uma pequena porcentagem total da radiação incidente é absorvida e transformado em biomassa acima do solo e grande parte é refletida. Há também a presença de materiais particulados em suspensão (ex.: sedimento, detritos e os próprios organismos vivos) que podem limitar a produção primária. A outra categoria que restringe e limita a produtividade primária envolve a disponibilidade de outros fatores abióticos que podem impedir ainda mais a captação de energia solar. São eles: água, temperatura e nutrientes (que limitam o desenvolvimento da área foliar necessária para máxima captação de radiação fotossinteticamente ativa). Soma-se fatores como: espaçamento, densidade e direcionamento das linhas de plantio; morfologia e ecofisiologia da planta. Outros fatores, como latitude, estação do ano, hora do dia, cobertura de nuvens ou mesmo poluição atmosférica, também influenciam a profundidade máxima de penetração da luz solar e consequentemente a produção primária. 9. Qual a limitação da seguinte afirmação:Quando o pasto está crescendo menos, o produtor deve apenas aumentar o período de descanso? Está limitado pois a consequência (pasto crescendo menos) pode apresentar diversas causas, que podem não ser supridas apenas com aumento do período de descanso. As causas podem estar relacionadas a fatores como manejo, adubação, degradação, carga animal elevada (lotação), portanto, primeiramente deve-se investigar os motivos pelo qual o pasto está crescendo menos. 10. Desenhe e explique a relação entre produção animal por área e intensidade de pastejo. A produção animal por área em função da intensidade de pastejo pode ser expresso por um gráfico com curva quadrática negativa, pois a produção animal é aumentada pela intensidade de pastejo até o ponto de máxima de produção de forragem, e decresce com a diminuição de biomassa pelo pastejo, podendo chegar ao ponto de ficar rapada e não suportar a carga e suprir a produção animal na área.
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