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Hepatite C É um processo infeccioso e inflamatório, causado pelo vírus C da hepatite (HCV) É um RNA vírus, pertence ao gênero Hepacivirus, família Flaviviridae Apresenta seis genótipos diferentes (1 a 6), A identificação de cada é: importante para determinar o tipo de tratamento, duração e estimar a probabilidade de resposta à terapêutica Doença aguda ou crônica (70% a 85% dos casos) Não existe vacina Hepatite C tem CURA Principal causa de transplante hepático Definição plan Doença de notificação compulsória desde o ano de 1996. Cerca de 71 milhões de pessoas infectadas no mundo e Aprox. 400.000 mortes por ano – cirrose hepática e carcinoma hepatocelular De 1999 a 2020, foram notificados no Brasil 262.815 casos confirmados de hepatite C no Brasil, sendo 58,9% no Sudeste, 27,5% no Sul, 6,5% no Nordeste, 3,6% no Centro-Oeste e 3,5% no Norte Epidemiologia plan Epidemiologia Taxa de detecção(1) de casos de hepatite C segundo região de residência e ano de notificação. Brasil, 2010 a 2020 Epidemiologia Considerando as faixas de idade, em todo o período, observa-se que o maior percentual dos casos notificados de hepatite C ocorreu na faixa etária acima de 55 anos: Parenteral (sangue contaminado) Compartilhamento de agulhas/seringas/instrumentais Instrumentais cirurgicos/odontológicos/manicure/barbearia Transfusão de sangue – raro Vertical (pouco frequente): gestação, parto e amamentação (se tiver lesão nas mamas) Sexual (se tiver ferimento/sangramento) Nosocomial Acidente com risco biológico Hemodiálise Transmissão História natural da infecção pelo HCV Fatores associados à persistência da infecção Etnia negra HIV+ Infecção aguda assintomática Resposta imunológica Sinais e sintomas O surgimento de sintomas em pessoas com hepatite C é muito raro; cerca de 80% delas não apresentam qualquer manifestação. Fase prodrômica (pré-ictérica) náusea, vômitos, mal-estar, anorexia, astenia, febre baixa, cefaleia, tosse, etc; Duração: 1-3 semanas Fase ictérica Icterícia, colúria, acolia fecal, prurido Duração: 1-2 semanas Fase de covalescência Percepção de melhora Fim da fase de hepatite aguda (06 meses) Cura ou cronicidade Diagnóstico Sorologia ou TR + : Anti-HCV suspeita VHC-RNA Confirmação diagnóstico Estadiamento de fibrose hepática Métodos não invasivos: Elastografia FIB-4 APRI FORNS Biópsia hepática Sorologias: HIV, hep. B, Sífilis Ex. lab: função hepática e renal, transaminases, HMG Crioglobulinas USG abdômen EDA De acordo com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Hepatite C e coinfecções de 2019, a escolha do tratamento da Hepatite C é feita de acordo com a genotipagem. Tratamento Alfapeguinterferona 2a 180mcg – solução injetável; › Ribavirina 250mg – cápsula; › Daclatasvir 30mg e 60mg – comprimido; ›Sofosbuvir 400mg – comprimido; ›Ledipasvir 90mg/sofosbuvir 400mg – comprimido; ›Elbasvir 50mg/grazoprevir 100mg – comprimido; › Glecaprevir 100mg/pibrentasvir 40mg – comprimido; › Sofosbuvir 400mg/velpatasvir 100mg – comprimido; › Alfaepoetina 10.000 UI – pó para solução injetável; › Filgrastim 300mcg – solução injetável. Tratamento Gratuíto pelo SUS Duração: 8 a 12 semanas Indicação: todas as pessoas portadoras de infecção pelo HCV independente do estágio da doença Prioridade: pacientes com cirrose hepática ou fibrose hepática avançada Contraindicado na gestação As pessoas que apresentam doença renal crônica devem ter monitorização periódica da função renal durante toda a duração do tratamento. Tratamento da HCV Taxa de cura em 95 % Prevenção Correto manuseio e descarte seguros de perfuroscortantes e resíduos. Uso do preservativo em todas as relações sexuais Exigir materiais esterilizados ou descartáveis em consultórios médicos, odontológicos, barbearias, nos salões de manicure/pedicure (ideal que cada um tenha seu kit), ao fazer tatuagens ou colocar piercings Buscar atendimento médico se apresentar qualquer sinal ou sintoma da doença ou em caso de exposição a alguma situação de transmissão das hepatites virais. Além da testagem, é importante: Não compartilhar lâmina de barbear ou de depilar, escovas de dente, agulhas e seringas (para uso de drogas) Execução de testes rápidos e solicitação de exames complementares; o cuidado da enfermagem na atenção às hepatites virais nas unidades de saúde; o apoio na assistência, no ensino e na pesquisa; Elaborar e implementar ações de prevenção, rastreio, diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos pacientes com hepatites virais; Identificar, durante a consulta clínica de enfermagem, pacientes que precisam realizar testes para hepatite C Realizar os testes rápidos de hepatites C em gestantes e em caso positivo encaminhar para o serviço especializado. Diferenciar e dar encaminhamento às pessoas com condições agudas, crônicas e outros riscos para as hepatites virais; Cuidados de Enfermagem Solicitar o teste molecular e demais exames complementares para gestantes com hepatites C; O paciente e a família precisam de orientações específicas sobre a dieta, repouso, exames sanguíneos de acompanhamento a importância de evitar o álcool, bem como sobre as medidas sanitárias e de higiene Utilizar os EPI´s e fazer a lavagem das mãos antes e após cada procedimento Administrar medicação conforme prescrição médica. Cuidados de Enfermagem BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde . Boletim epidemiológico de Hepatites virais. Brasília: Ministério da Saúde, 2021. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Hepatite C e. – Brasília : Ministério da Saúde, 2019. Referências Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis. Hepatite C. Brasília : Ministério da Saúde, 2019. Disponível em: http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/hv/o-que-sao-hepatites/hepatite-c
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