Buscar

Resp Social Corp - Unidade 3

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Responsabilidade Social Corporativa
Unidade 3:
Declaração dos Direitos Humanos – 
 Logo após a Segunda Guerra Mundial, o mundo percebeu a necessidade de criar um fórum que unisse todos os países para garantir a paz. Depois de tantos anos de embates, quando muitas pessoas foram privadas de dignidade e, de forma massiva, de suas vidas, é criada a Organização das Nações Unidas, a ONU, e com ela a oportunidade de se discutir sobre os direitos inerentes a todos os humanos.
 Criada por diferentes representantes do mundo todo, a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) é um documento que marcou a história dos direitos à dignidade e foi proclamada pela Assembleia Geral da ONU em dezembro de 1948, apenas três anos após a instituição das Organizações das Nações Unidas. O documento foi constituído como uma norma comum a ser alcançada por todos os povos e nações. Ela estabelece, pela primeira vez, a proteção universal dos direitos humanos.
 A Assembleia Geral da ONU proclamou a Declaração Universal dos Direitos Humanos como um ideal comum a atingir por todos os povos e todas as nações, a fim de que todos os indivíduos e todos os órgãos da sociedade, tendo-a constantemente no espírito, se esforcem, pelo ensino e pela educação, por desenvolver o respeito desses direitos e liberdades. Além de promover, por medidas progressivas de ordem nacional e internacional, o seu reconhecimento e a sua aplicação universais e efetivos tanto entre as populações dos próprios Estados membros como entre as dos territórios colocados sob a sua jurisdição.
 A Declaração Universal do Direitos Humanos traz ainda suas cinco características definidoras:
· Os direitos humanos são fundados sobre o respeito pela dignidade e o valor de cada pessoa.
· Os direitos humanos são universais, o que quer dizer que são aplicados de forma igual e sem discriminação a todas as pessoas.
· Os direitos humanos são inalienáveis, e ninguém pode ser privado de seus direitos humanos; eles podem ser limitados em situações específicas. Por exemplo, o direito à liberdade pode ser restringido se uma pessoa é considerada culpada de um crime diante de um tribunal e com o devido processo legal.
· Os direitos humanos são indivisíveis, inter-relacionados e interdependentes, já que é insuficiente respeitar alguns direitos humanos e outros não. Na prática, a violação de um direito vai afetar o respeito por muitos outros.
· Todos os direitos humanos devem, portanto, ser vistos como de igual importância, sendo igualmente essencial respeitar a dignidade e o valor de cada pessoa.
 O Pacto Internacional sobre os Direitos Econômicos, Sociais e Culturais foi estabelecido em 1966 pela Assembleia Geral das Nações Unidas. No Brasil, o pacto foi ratificado apenas em 1992 e tem como objetivo tornar juridicamente válida e responsabilizar os estados pela Declaração dos Direitos Humanos.
 Fazem parte dos direitos inerentes às pessoas, descritos tanto na Declaração dos Direitos Humanos quanto no Pacto Internacional sobre os Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, a igualdade entre os gêneros, a inclusão das pessoas com deficiência, uma sociedade livre de discriminação racial, sexual ou de qualquer tipo, entre outros.
 
Sustentabilidade organizacional –
 A sustentabilidade é essencialmente um novo modo de ver o mundo, baseado nas relações de justiça e compartilhamento de responsabilidades intra e intergerações. O termo deriva da palavra “sustentável”, vindo do latim sustentare, que significa sustentar, defender, favorecer, apoiar, conservar e/ou cuidar.
 A gestão empresarial sustentável pressupõe uma atuação, buscando o desenvolvimento sustentável em consonância com a responsabilidade social. Assim, a sustentabilidade organizacional também compreende os compromissos assumidos com as demandas da sociedade.
 A gestão sustentável deve seguir as leis em vigor e os contratos firmados, evitar litígios, antecipar-se às mudanças na legislação, honrar os compromissos assumidos voluntariamente e controlar a poluição produzida para que essa não seja lançada ao meio ambiente. Além disso, incluindo estratégias que considerem os poluentes como matéria-prima e energia, evitando desperdícios e atuando de forma preventiva, substituindo insumos obtidos de recursos naturais não renováveis por insumos renováveis, eliminando substâncias tóxicas. Também deve mapear a influência e os impactos causados pela empresa e suas partes interessadas, buscando minimizar os negativos e potencializar os positivos.
 Bottom line é um termo em inglês, que, no Brasil, equivale à última linha de demonstração dos resultados dos exercícios financeiros: o resultado líquido. John Elkington, ao trazer o modelo do triple bottom line, chama a atenção para os outros resultados produzidos pela empresa; além do econômico, também o social e o ambiental.
 Do ponto de vista do desenvolvimento sustentável, a perspectiva econômica apurada contabilmente não é suficiente, de modo que outros fatores também devem ser considerados como: competência profissional, experiência, habilidade, motivação pessoal, conhecimento, e outras perspectivas do capital humano, sem esquecer o custo das externalidades, que são os impactos positivos e negativos causados pela empresa em suas transações em pessoas e organizações que não participam dela. A título de exemplo, a poluição produzida pela fábrica é considerada uma externalidade negativa, e seus efeitos serão sentidos e irão prejudicar a sociedade. Quando a empresa instala um equipamento capaz de captar e tratar os poluentes, ela está internalizando os custos sociais, que seriam arcados pela sociedade, de sua atividade.
 Outro ponto é a sustentabilidade ambiental: ela inclui o capital natural, que envolve os recursos naturais, tanto em relação a seus bens que são a fonte das matérias-primas, utilizadas na produção pelo homem, quanto a seus serviços, como: polinização, circulação de ar, regulação do clima e ciclos biogeoquímicos que regeneram os elementos presentes em quantidade limitada no meio ambiente, mantendo a vitalidade do ecossistema. É importante que as empresas tenham consciência de que forma as atividades da empresa afetam essa forma de capital, e em relação à pressão que está sendo feito na natureza, em que medida ela é sustentável e se está totalmente compreendida.
 Por fim, dentro do conceito de sustentabilidade social incluem-se saúde, habilidades e educação do capital interno e da sociedade, bem como a criação de riqueza. O conceito de capital social está relacionado à confiança dos stakeholders na empresa e da sua reputação. Os dois fatores contribuem para melhorar os demais recursos da organização, sendo um ponto-chave para sustentabilidade a longo prazo.
 O que se espera de uma gestão econômica, social e ambientalmente responsável é que todos os tipos de capital aumentem ao longo do tempo.
 
Sustentabilidade social –
 O conceito de crescimento não conduz automaticamente à igualdade nem à justiça sociais, pois não leva em consideração nenhum outro aspecto da qualidade de vida a não ser o acúmulo de riquezas, que se faz nas mãos apenas de alguns indivíduos da população. O desenvolvimento, por sua vez, preocupa-se com a geração de riquezas sim, mas tem o objetivo de distribuí-las, de melhorar a qualidade de vida de toda a população, levando em consideração, portanto, a qualidade ambiental do planeta.
 Os debates sobre desenvolvimento aumentaram após a Segunda Guerra Mundial, acirrando-se ainda mais com o  surgimento da Organizações da Nações Unidas (ONU), que, desde a sua criação, em 1945, está empenhada em:
 ● Promover o crescimento e melhorar a qualidade de vida dentro de uma liberdade maior;
 ● utilizar as instituições internacionais para promoção do avanço econômico e social;
 ● conseguir cooperação internacional necessária para resolver os problemas internacionais de ordem econômica, social, cultural ou de caráter humanitário;
 ● e promover e estimular o respeito aos direitos humanos e as liberdades fundamentais de toda a populaçãodo globo, sem distinção de raça, religião, sexo, idioma ou cor.
 Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), brevemente estudados nos marcos da sustentabilidade, tinham como prazo o ano de 2015 para o seu atingimento e apresentaram um ótimo resultado, demonstrando que o programa e a estipulação de metas e indicadores realmente funcionam.
 Em setembro de 2015, os 193 países membros das Nações Unidas se tornaram signatários da nova agenda para o desenvolvimento sustentável, nomeada como: “Transformando nosso Mundo: A agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”. Nela, estão previstos os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e 169 metas. Ela surge para terminar de atingir as metas do Objetivo do Milênio e acrescenta novos temas para acabar com a pobreza, promover a prosperidade e o bem-estar para todos, proteger o meio ambiente e enfrentar as mudanças climáticas.
 Para que os objetivos sejam atingidos, além do comprometimento dos países, incluindo o Brasil, que é signatário, é necessário que esses compromissos sejam internalizados pelo poder público, organizações da sociedade civil, empresas e pessoas em geral.
 
Terceiro setor e a responsabilidade social corporativa – 
 Ao trazer à superfície assuntos tão relevantes quanto direitos humanos e desenvolvimento sustentável, ficou cada vez mais evidente o quanto os governos e as empresas apresentam deficiências ao tratar e implementar práticas que, de fato, se apliquem à responsabilidade social.
 Para tentar sanar essa deficiência, começaram a surgir instituições que tinham como função principal resolver problemas sociais. Desse modo, a sociedade civil é organizada em três setores:
· Primeiro setor: o primeiro setor é formado pelo governo, que constitui o setor público.
· Segundo setor: aqui está o setor privado, formado pelas empresas.
· Terceiro setor: o terceiro setor é composto por associações sem fins lucrativos.
 O terceiro setor está intimamente relacionado com a área de serviço social, sendo que, muitas vezes, os assistentes sociais desempenham um papel fundamental na atuação dos elementos do terceiro setor na sociedade. Assim, é possível afirmar que o terceiro setor é responsável pelo desenvolvimento social.
 Ele é mantido com iniciativas privadas e até mesmo incentivos do governo, com repasse de verbas públicas. As entidades do terceiro setor têm como objetivo principal melhorar a qualidade de vida dos necessitados, sejam eles crianças, adultos, animais e meio ambiente, entre outros.

Continue navegando