Buscar

NORMAS PARA ELABORACAO DE PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 188 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 188 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 188 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Macapá-AP/2008
GOVERNO DO ESTADO DO AMAPÁ
GOVERNADOR DO ESTADO
Antônio Waldez Góes da Silva
SECRETÁRIO ESPECIAL DO DESENVOLVIMENTO DA DEFESA SOCIAL
Aldo Alves Ferreira
COMANDANTE GERAL DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR
Giovanni Tavares Maciel Filho – Cel BM
SUBCOMANDANTE GERAL DO CBMAP
Joabe Duarte dos Passos – CEL BM
COLABORADORES:
Jorvan Tavares Nascimento - CELBM
Serginaldo Lima dos Santos - 2° TEN BM
Jean da Silva e Silva - 2° SGT BM
Dayse Mara Malcher Motta Farias - SD BM FEM
Josué Italo Lima Magalhães - SD BM
Pedro Rogério Salviano Tabosa - SD BM
Dra Elen Fabrícia Santos Monteiro
Arte: 
Marcos Wagner Mendes
Informações:
Telefones: (96)3212-1227 Fax: (96) 3212-1228
Site: www.cbm.ap.gov.br 
Normas para a elaboração de procedimentos administrativos 
no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá 
(NPA/CBMAP)- 1ª Ed. rev. e atual - Macapá/AP, 2008.
Total de páginas: 188
Tiragem:100 exemplares
Revisão:
EXMO. SR. JUIZ AUDITOR DA 3ª VARA CRIMINAL E 
DE AUDITORIA MILITAR:
Dr. Décio José dos Santos Rufino
EXMO. SR. PROMOTOR DE JUSTIÇA DA 3ª VARA 
CRIMINAL E DE AUDITORIA MILITAR:
Dr. Haroldo José de Arruda Franco
O Corpo de Bombeiros Militar do Amapá- CBMAP foi 
emancipado através da Lei nº 0025, de 09 de julho de 1962, que sofreu 
algumas alterações até a publicação da novel Lei nº 0901, de 
01/07/2005, Lei de Organização Básica mais moderna e flexível que 
instituiu dentre outros órgãos a Corregedoria do CBMAP. A partir da 
emancipação, o CBMAP adquiriu identidade própria e figura como 
uma das Instituições de maior credibilidade do Estado do Amapá.
A 1ª edição das Normas de Procedimentos Administrativos/ 
CBMAP é um trabalho produzido por orientação do Comandante Geral 
do CBMAP, Cel BM Giovanni Tavares Maciel Filho, e iniciou-se na 
Corporação através de Portaria do Comando Geral, em virtude da 
necessidade de padronizar os procedimentos administrativos de 
apuração das infrações disciplinares e crimes militares, que adotou os 
estudos realizados pela Corregedoria da PM/AP, integralmente o 
Formulário de Inquérito e Sindicância do Exército Brasileiro e de 
extratos de outros livros de direito penal, processual penal e 
administrativo militar.
O Comando Geral ciente da necessidade de dotar a 
Corporação de procedimentos administrativos disciplinar e penal 
padronizados em consonância com as novas cláusulas pétreas da 
Constituição Federal de 1988, que em seu Título II, Capítulo I, trouxe 
aos litigantes e acusados novos direitos, até então não contemplados 
na Constituição anterior, princípios esses que não são bem 
disciplinados e, portanto dúbios em suas aplicações, na Portaria que 
regulava a matéria aqui tratada; delegou à Corregedoria a elaboração 
de novas normas que pudessem agilizar e trazer resultados 
satisfatórios à administração pública militar nos processos de 
apuração dos atos de indisciplina e crimes cometidos pelos bombeiros 
APRESENTAÇÃO
militares, e após 7 (sete) meses de trabalho apresentamos esta obra 
que servirá de modelo para a elaboração e padronização dos 
procedimentos administrativos disciplinares, no âmbito do CBMAP.
Esta edição das NPA ora apresentada aos bombeiros militares 
do Amapá, não tem a pretensão de ser perfeita e acabada. 
Continuamos abertos a críticas, sugestões e orientações, as quais 
constituem a maior fonte de motivação para o aperfeiçoamento 
deste trabalho.
O Comando Geral desta Corporação, deixa registrado nessa 
apresentação inicial, os sinceros agradecimentos a todos os 
integrantes da Corregedoria do CBMAP: Cel BM JORVAN, 2º Ten BM 
SERGINALDO, Sd BM Fem DAYSE, SD BM ALDISSON, Sd BM ÍTALO e Sd 
BM TABOSA; a assessora Jurídica desta Corporação, Drª. ELEN 
FABRÍCIA DOS SANTOS MONTEIRO, à Corregedoria Geral da PM/AP e 
a todos que, de forma direta ou indireta, contribuíram 
incansavelmente de forma efetiva para que este trabalho fosse 
concluído a contento. 
Estamos certos que esta iniciativa de vanguarda em muito 
contribuirá para o aprimoramento da gestão de pessoas, melhoria da 
disciplina militar e otimização das relevantes ações do CBMAP, cujo 
negócio é a “Proteção da Vida e do Patrimônio”.
Agradecemos à Senhorita Dayse Mara Malcher Motta Farias, à 
época Sd Feminino desta Corporação, hoje Oficial de Polícia Civil, 
pela relevante contribuição nos trabalhos iniciais desta obra.
Destacamos a participação da Dra Elen Fabrícia dos Santos 
Monteiro, Assessora Jurídica do Corpo de Bombeiros, pela orientação 
e acompanhamento na confecção desta NPA.
Importante enfatizar o significativo trabalho realizado 
pelos Excelentíssimos Senhores, Dr. DÉCIO JOSÉ DOS SANTOS 
RUFINO, Juiz Auditor da 3ª Vara Criminal e de Auditoria Militar da 
Comarca de Macapá, bem como o Dr. HAROLDO JOSÉ DE ARRUDA 
FRANCO, Promotor de Justiça da 3ª Vara Criminal e de Auditoria 
Militar da Comarca de Macapá, pela contribuição como revisores 
da presente obra.
AGRADECIMENTOS
11
11
13
13
19
22
25
31
43
Título I 
Disposições Gerais .........................................................
Capítulo I
Generalidades e Abrangência das Normas ..............................
Título II 
Dos Procedimentos Administrativos em Espécie .......................
Capítulo II
Sindicância Policial Militar (SIND. PM) ..................................
Capítulo III
Procedimento Disciplinar Sumário (PDS) ...............................
Capítulo IV
Inquérito Policial Militar (IPM) ...........................................
Capítulo V
Conselho Especial para apurar possível Ato de Bravura (CEAB)......
Capítulo VI
Processo Administrativo Disciplinar (PAD)..............................
Capítulo VII
Conselho de Disciplina (CD)..............................................
SUMÁRIO
45
48
Capítulo VIII
Conselho de Justificação (CJ) ...........................................
Capítulo IX
Processo de Deserção Militar (PDM) ....................................
Anexo I – Modelo de Termo de Acordo Extra Judicial ....
Anexo II – Modelos de Peças de Sindicância Policial Militar ............
Anexo III – Modelos de Peças de Processo Disciplinar Sumário.........
Anexo IV– Modelos de Peças de Inquérito Policial Militar ..............
Anexo V – Modelos de Peças de Auto de Prisão
 em Flagrante Delito .......................................................
Anexo VI – Modelos de Peças de Conselho Especial 
para apurar possível Ato de Bravura .....................................
Anexo VII – Modelos de Peças de Processo 
Administrativo Disciplinar ................................................
Anexo VIII – Modelos de Peças de Conselho de Disciplina ..............
Anexo IX – Modelos de Peças de Conselho de Justificação .............
Anexo X – Modelos de Peças de Processo de Deserção Militar..........
...............
ANEXOS
57
58
64
69
119
132
137
143
152
162
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
CAPÍTULO I
GENERALIDADES E ABRANGÊNCIA DAS NORMAS
FINALIDADE
Art. 1º - Estas Normas para a Elaboração de Procedimentos 
Administrativos – NPA visam nortear a elaboração dos mesmos no 
âmbito do CBMAP.
ABRANGÊNCIA DAS NPA/CBMAP
Art. 2º - Ficam regidos por estas normas os seguintes procedimentos 
administrativos assim denominados:
1)Termo de Acordo Extra Judicial (TAEJ);
2) Sindicância Policial Militar (SIND. PM);
3) Processo Disciplinar Sumário (PDS);
4) Inquérito Policial Militar (IPM); 
5) 
6) Conselho Especial para Apurar Possível Ato de Bravura (CEAB);
7) Processo Administrativo Disciplinar (PAD);
8) Conselho de Disciplina (CD);
9) Conselho de Justificação (CJ).
10) Processo de Deserção Militar (PDM);
DENOMINAÇÃO GENÉRICA
Art. 3º - Para efeito destas normas denominar-se-á feitos 
administrativos, ou tão somente feitos, genericamente, todos os 
procedimentos administrativos por elas abrangidos.
Auto de Prisão em Flagrante Delito (APF);
Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP)11
DO ACORDO EXTRAJUDICIAL
Art. 4º - Visando a economia de tempo e de pessoal, antes da 
instauração de quaisquer feitos administrativos, a Corregedoria 
deverá, quando a questão não versar sobre direitos indisponíveis, 
tomar as seguintes medidas:
I – Ouvir os envolvidos para saber se é da vontade deles selar acordo;
II – Em caso afirmativo, será assinado um termo de acordo 
extrajudicial na presença de um oficial responsável, o Corregedor ou 
quem ele indicar, seguido pelas assinaturas dos acordantes e de seus 
advogados, se for o caso, desde que devidamente constituídos;
III – Tomadas essas medidas, o termo de acordo extrajudicial poderá 
ser homologado pelo Comandante Geral e a denúncia será arquivada;
IV – O modelo do Termo de Acordo Extrajudicial constará no anexo I 
desta NPA.
CAUSAS DE NULIDADE
Art. 5º - A nulidade total ou parcial dos procedimentos 
administrativos somente será declarada pela autoridade 
competente, se houver, simultaneamente ou não, a inobservância 
destas NPA/CBMAP e o não acatamento aos princípios consagrados na 
Constituição Federal do Brasil.
Parágrafo Único – O responsável pelo não acatamento aos preceitos 
estabelecidos nestas NPA/CBMAP terá sua conduta analisada à luz do 
Regulamento Disciplinar da Polícia Militar do Amapá - RDPM/AP 
(Decreto n. 036, de 17/12/1981), em vigor no CBMAP.
CASOS OMISSOS
Art. 6º – Os casos omissos serão supridos, subsidiariamente:
I – Pela legislação processual penal militar;
II – Pela legislação administrativa militar;
III – Pela jurisprudência;
IV – Pelos princípios gerais de direito. 
 Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP)12
TÍTULO II
DOS PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS EM 
ESPÉCIE
CAPÍTULO II
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DENOMINADO
SINDICÂNCIA POLICIAL MILITAR (SIND. PM)
CONCEITO
Art. 7º - É o meio sumário e inquisitorial de apuração de fatos 
envolvendo integrantes da Corporação, que, em tese, configurem 
transgressão da disciplina bombeiro militar, quando inexistirem 
indícios de autoria, podendo ser investigativa e punitiva.
FINALIDADE DA SINDICÂNCIA
Art. 8º - A SIND. PM tem por finalidade a busca de elementos 
probatórios que autorizem:
a) A instauração de Processo Administrativo Disciplinar, se Praça não 
estável. A instauração de Conselho de Disciplina para praça estável e 
aspirante a Oficial, assim como a instauração de Conselho de 
Justificação para oficiais, desde que os fatos apurados venham 
contrariar a ética, a honra pessoal, o pundonor militar e o decoro da 
classe;
b) A conversão em IPM quando o fato apurado apresente indícios de 
crime previsto no Código Penal Militar (CPM), nos termos do artigo 10, 
f, do Código de Processo Penal Militar (CPPM);
c) A apuração da existência de elementos indicadores de possível ato 
de bravura praticado por bombeiro militar, como meio subsidiário à 
nomeação do CEAB;
d) A aplicação de sanção disciplinar à luz do RDPM, se os fatos 
apurados caracterizarem transgressão disciplinar;
Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) 13
e) O seu arquivamento, em caso de serem considerados 
improcedentes ou inexistentes os fatos apurados.
DA INSTAURAÇÃO
Art. 9º – A instauração da Sindicância é baseada em notícia do fato a 
ser apurado, cabendo às investigações apontar as provas, definir a 
autoria e a materialidade e aplicar as sanções disciplinares cabíveis.
Parágrafo Único – As autoridades competentes para a instauração de 
SIND. PM estão obrigadas a remeter os respectivos autos à 
Corregedoria do CBMAP. 
PRAZO E SOBRESTAMENTO
Art. 10 – O prazo para a conclusão da SIND. PM será de 20 (vinte) dias, 
a contar da data da publicação da Portaria de nomeação do 
Sindicante em Boletim Geral, prorrogável por mais 10 (dez) dias, a 
critério da autoridade instauradora.
§1º – O prazo a que se refere este artigo é contínuo, podendo, ainda, 
em caso de extrema relevância, ser sobrestado por período 
determinado pela autoridade instauradora, a requerimento do 
Sindicante, antes do seu vencimento.
§2º – Computar-se-ão os prazos excluindo-se o dia do começo e 
incluindo-se o do vencimento.
§3º – Terminado o prazo em dia não útil, considerar-se-á o primeiro 
dia útil seguinte como o do vencimento.
DA DESIGNAÇÃO
Art. 11 – O Sindicante será designado mediante Portaria do 
Comandante ou Subcomandante Geral, dos Diretores, dos 
Comandantes Operacionais e dos Comandantes de Companhias 
Independentes, na qual deverá constar resumidamente a referência 
aos atos e fatos a serem esclarecidos, e, se houver, serão anexados 
documentos, obedecendo-se o a seguir aduzido:
Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP)14
§1º – As Portarias serão exaradas pelo Comandante e Subcomandante 
Geral e somente eles, assessorados pela Corregedoria, poderão 
designar Sindicante para apurar possível transgressão disciplinar 
cometida por Oficial BM;
§2º – Os Diretores, os Comandantes Operacionais e os Comandantes 
de Companhias Independentes exararão Portarias somente no âmbito 
de suas competências.
DO SINDICANTE
Art. 12 – A SIND. PM poderá ser presidida por Oficial, Aspirante a 
Oficial ou Subtenente, desde que este último possua o Curso de 
Habilitação de Oficiais de Administração, observada a complexidade 
da investigação e a eventual necessidade de qualificação específica 
do Sindicante.
SUBSTITUIÇÃO DO SINDICANTE
Art. 13 – Poderá ocorrer, a qualquer tempo, justificadamente, a 
substituição do Sindicante pela autoridade delegante.
SUSPEIÇÃO DO SINDICANTE
Art. 14 – O Sindicante dar-se-á por suspeito ou impedido, quando:
I – Cônjuge, companheiro ou parente do investigado, consangüíneo ou 
afim em linha reta ou colateral até o 4º grau; 
II – Amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das partes envolvidas;
III – Interessado no julgamento da causa em favor de uma das partes.
Parágrafo Único – A suspeição não poderá ser declarada nem 
reconhecida, quando o investigado injuriar o Sindicante ou 
deliberadamente der motivo para criá-la.
Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) 15
DO ESCRIVÃO
Art. 15 – A designação de Escrivão não será obrigatória, cabendo ao 
Sindicante fazê-la, quando julgar necessário, podendo recair a 
designação em militar de qualquer graduação.
Parágrafo Único – Caso haja nomeação de Escrivão, o mesmo prestará 
o compromisso de manter o sigilo da Sindicância e de cumprir 
fielmente as determinações que lhes forem passadas, sob pena de 
responsabilidade.
SUSPEIÇÃO DE ESCRIVÃES, PERITOS E INTÉRPRETES
Art. 16 – A suspeição ou impedimento de que trata o art. 14 será 
extensiva aos Escrivães, Peritos e Intérpretes.
ARGÜIÇÃO DE SUSPEIÇÃO
Art. 17 – A parte interessada deverá argüir o impedimento ou a 
suspeição, em petição fundamentada e devidamente instruída na 
primeira oportunidade em que lhe couber falar nos autos.
DA INSTRUÇÃO
Art. 18 – Recebidos os documentos originários e após a devida 
autuação, o Sindicante deverá obedecer a seguinte seqüência de 
atos:
a) expedir a Notificação Prévia ao Sindicado, informando as razões da 
abertura da Sindicância, bem como as acusações que lhe são 
imputadas, para que, querendo, constitua advogado no prazo de 48 
(quarenta e oito) horas.
b) expedir ofício intimando o Sindicado para prestar depoimento. A 
intimação deverá ser feita ao comandante imediato do Sindicado, 
com antecedência mínima de 24h do ato a que se refere e deverá 
conter o resumo dos fatos a serem apurados;
c) apreender os instrumentos e objetos que tenham relação com os 
Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP)16
fatos, quando cabível e enquanto houver interesse;
d) ouvir o ofendido;
e) ouvir astestemunhas arroladas, no máximo 08 (oito);
f) proceder, se necessário, ao reconhecimento de pessoas e coisas e a 
acareações;
g) determinar, quando necessário, que se proceda ao exame de corpo 
de delito e a quaisquer outras perícias entendidas necessárias;
h) relatório do Sindicante e remessa dos autos a Corregedoria do 
CBMAP;
i) confecção de Termo Acusatório, pela Corregedoria, com o prazo de 
05 (cinco) dias úteis para resposta, no caso de constatação de 
cometimento de transgressão disciplinar;
j) a abertura de novo procedimento, conforme o caso;
l) remessa dos autos à autoridade instauradora para solução, podendo 
este requisitar o arquivamento, ou, discordando da conclusão do 
Sindicante, avocá-la e dar solução diferente;
m) confecção da Nota de Punição, constando dia e local para o 
cumprimento da punição aplicada, especificando se dever ser com ou 
sem prejuízo da escala de serviço.
DO RELATÓRIO DO SINDICANTE
Art. 19 – A SIND. PM será encerrada com um relatório circunstanciado 
do Sindicante no qual seja consignado:
a) as diligências realizadas; 
b) as pessoas ouvidas;
c) os resultados obtidos;
d) o dia, hora e local da ocorrência do fato objeto da apuração;
e) a indicação dos elementos que apontem para o autor ou autores do 
fato;
Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) 17
f) a necessidade de instauração de outro feito administrativo, se 
necessário.
DO ARQUIVAMENTO
Art. 20 – Considerados improcedentes ou inexistentes os fatos 
apurados, a autoridade instauradora mandará arquivar os respectivos 
autos na Corregedoria do CBMAP.
AVOCAÇÃO
Art. 21 – Discordando da conclusão contida no relatório final da 
Sindicância, a autoridade designante poderá avocá-la e dar solução 
diferente, motivada e fundamentada.
DOS RECURSOS ADMINISTRATIVOS
Art. 22 – Publicada a Solução em Boletim Geral, Interno ou 
Reservado, o prazo de recurso será de 2 (dois) dias úteis conforme o § 
2°do Art. 57 do RDPM. 
§1º – O Comandante Geral será a última instância, seguindo a ordem 
hierárquica de Companhia Independente, Comando Operacional e 
Diretores.
§2º - A punição deverá ser cumprida somente após o término do prazo 
estabelecido no caput deste artigo, quando será publicada a Nota de 
Punição.
DISPOSIÇÕES COMPLEMENTARES OU SUPLETIVAS
Art. 23 - Aplicam-se à SIND. PM, no que couber, as disposições 
contidas no CPPM e no Processo Administrativo Disciplinar, desta 
Norma.
MODELOS DAS PEÇAS
Art. 24 – Constam do Anexo II destas NPA/CBMAP os modelos das peças 
de Sindicância.
18 Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP)
CAPÍTULO III
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DENOMINADO
PROCESSO DISCIPLINAR SUMÁRIO (PDS)
CONCEITO E FINALIDADE
Art. 25 – O Processo Disciplinar Sumário (PDS) é o procedimento 
aplicado para apurar suposto cometimento de transgressão 
disciplinar, nos casos em que houver indícios suficientes de autoria e 
que por sua natureza e complexidade não exijam a instauração de 
outro procedimento administrativo, podendo redundar na aplicação 
de punição disciplinar ou seu arquivamento.
DA INSTAURAÇÃO
Art. 26 - O Processo Disciplinar Sumário (PDS) será instaurado, 
através de Portaria, do Comandante Geral, do Subcomandante Geral, 
dos Diretores, dos Comandantes Operacionais ou dos Comandantes de 
Companhias Independentes no âmbito de suas competências. 
§1º – O PDS será provocado mediante o recebimento de 
representação, parte, queixa, requerimento ou quaisquer outros 
documentos, não anônimos, que noticiem a prática de infração 
disciplinar e a sua autoria.
§2º - O documento deve ser claro e preciso, contendo informações 
capazes de identificar a(s) pessoa(s) ou coisa(s) envolvida(s), o local, 
a data e a hora da ocorrência e caracterizar as circunstâncias que a 
envolverem.
DO PRAZO
Art. 27 – O prazo para a conclusão do PDS é de 08 (oito) dias úteis, a 
partir da publicação em Boletim Geral ou Boletim Interno, podendo 
ser prorrogado por igual período a critério da autoridade delegante.
Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) 19
DO ENCARREGADO
Art. 28 – O PDS poderá ser presidido por Oficial, Aspirante à Oficial ou 
Subtenente, desde que este último possua o Curso de Habilitação de 
Oficiais de Administração, observada a complexidade da investigação 
e a eventual necessidade de qualificação específica do encarregado.
DA SUSPEIÇÃO
Art. 29 – O encarregado dar-se-á por suspeito ou impedido, quando:
I – Cônjuge, companheiro ou parente do investigado, consangüíneo ou 
afim em linha reta ou colateral até o 4º grau; 
II – Amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das partes envolvidas;
III – Interessado no julgamento da causa em favor de uma das partes.
Parágrafo Único – A suspeição não poderá ser declarada nem 
reconhecida, quando o investigado injuriar o Encarregado ou 
deliberadamente der motivo para criá-la.
DA INSTRUÇÃO
Art. 30 – Recebidos os documentos originários, o Encarregado deverá 
obedecer à seqüência dos seguintes atos:
a) expedir Notificação Prévia, em forma de memorando, ao autor da 
suposta transgressão disciplinar onde sintetizará o fato transgressor, 
bem como as acusações que lhe são imputadas, dando-lhe 
oportunidade para apresentar advogado, bem como as testemunhas 
que achar conveniente;
b) ouvir as testemunhas (caso haja) e interrogar o acusado;
c) conceder direito de defesa no prazo máximo de 3 (três) dias úteis;
d) oposta a Defesa pelo acusado ou seu advogado regularmente 
constituído, a autoridade atenderá aos eventuais requisitos e 
instruirá o feito com o que mais entender necessário;
e) não será obrigatória a oitiva de testemunhas, exceto se necessitar 
 
20 Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP)
o Encarregado de maiores esclarecimentos acerca dos fatos;
f) conclusão do encarregado;
g) remessa à autoridade designante para a Solução;
h) elaboração da Nota de Punição ou arquivamento do Procedimento;
i) remessa à Corregedoria para conhecimento e Publicação do ato em 
Boletim Geral ou Boletim Interno;
j) remessa dos autos à autoridade delegante ou designante para 
arquivamento.
DOS RECURSOS ADMINISTRATIVOS
Art. 31 – Publicada a Solução em Boletim Geral, Interno ou 
Reservado, o prazo de recurso será de 2 (dois) dias conforme o § 2°do 
Art. 57 do RDPM. 
§1º – O Comandante Geral será a última instância, seguindo a ordem 
hierárquica de Companhia Independente, Comando Operacional e 
Diretores.
§2º - A punição deverá ser cumprida somente após o término do prazo 
estabelecido no caput deste artigo, quando será publicada a Nota de 
Punição.
MODELOS DAS PEÇAS
Art. 32 - Constam do Anexo III destas NPA/CBMAP os modelos das 
peças de PDS.
Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) 21
CAPÍTULO IV
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DENOMINADO 
INQUÉRITO POLICIAL MILITAR (IPM)
CONCEITO E FINALIDADE
Art. 33 – Inquérito Policial Militar é o procedimento administrativo 
militar destinado à apuração sumária de fato que, nos termos legais, 
configure crime militar, e de sua autoria. Tem o caráter de instrução 
provisória, cuja finalidade precípua é a de ministrar elementos 
necessários à propositura da ação penal militar.
=Vide Art. 9º do Código de Processo Penal Militar – Decreto- 
Lei n.º 1.002, de 21 de outubro de 1969.
DO PROCEDIMENTO 
Art. 34 – O procedimento para instauração de IPM deve ser observado 
nos Art. 9º a 28 do Código de Processo Penal Militar.
COMPETÊNCIA PARA INSTAURAÇÃO DE IPM
Art. 35 – É de competência do Comandante Geral do CBMAP, mediante 
Portaria, a determinação para a instauração de IPM, observado o que 
dispõe o Art. 10 do Código de Processo Penal Militar.
=Vide Art.10 do Código de Processo Penal Militar.
Parágrafo Único – Cabe à Corregedoria do CBMAP a confecção das 
Portarias para a instauração do IPM, bem como o controle e o 
acompanhamento do mesmo, e ainda, a remessa dos autos à 
Promotoria Militar.
DO ENCARREGADO DO IPM
Art. 36 - O IPM será presidido por Oficial, podendo ser substituído, 
justificadamente, a qualquer tempo, pela autoridade delegante. 
22 Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP)
Aplicar-se-á, ainda, subsidiariamente, o art. 14 desta norma, quanto 
à suspeição do Encarregado.
ORDEM DAS PEÇAS
Art. 37 – Obedecendo-se as peculiaridades de cada caso sob apuração 
através de IPM, um feito nem sempre será idêntico a outro, no 
entanto, existem peças que são comuns e que, geralmente, na ordem 
seguinte, aparecem nos IPM´s. São elas:
I – Autuação;
II – Portaria de Instauração;
III – Designação de Escrivão;
IV – Termo de Compromisso de Escrivão;
V – Portaria do Encarregado;
VI – Despacho do Encarregado;
VII – Certidão de cumprimento de diligência, 
VIII – Termo de Declaração do Ofendido;
IX – Assentada;
X – Termo de Inquirição de Testemunhas;
XI – Termo de Inquirição do Indiciado;
XII – Relatório;
XIII – Remessa à Corregedoria;
XIV – Homologação ou não da solução pelo Comandante ou 
Subcomandante Geral;
XV – Remessa à Auditoria Militar.
PEÇAS QUE PODEM SURGIR EM IPM
Art. 38 – Existem peças que, relacionadas com o fato delituoso, 
objeto da persecução criminal, podem ser necessárias para a 
Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) 23
formação do IPM, são elas:
I – Auto de avaliação;
II – Auto de busca e apreensão;
III – Auto de exame cadavérico;
IV – Auto de exame de corpo de delito direto ou indireto;
V – Auto de exame de embriaguez;
VI – Auto de exame pericial (outras perícias);
VII – Auto de exame de sanidade mental;
VIII – Auto de exumação e necropsia;
IX – Auto de reconstituição;
X – Auto de entrega;
XI – Auto de apreensão de objeto;
XII – Auto de prisão em flagrante delito;
XIII – Auto de resistência;
XIV – Carta precatória;
XV – Termo de abertura;
XVI – Termo de acareação;
XVII – Termo de compromisso de perito;
XVIII – Termo de reconhecimento;
XIX – Termo de restituição de coisas apreendidas;
XX – Termo de apreensão;
XXI – Termo de reconhecimento de objeto;
XXII – Termo de nomeação de perito;
XXIII – Termo de responsabilidade civil;
XXIV – Termo de abertura do volume;
XXV – Solicitação de prisão preventiva;
24 Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP)
XXVI – Requerimento para quebra de sigilo telefônico;
XXVII – Requerimento para quebra de sigilo bancário;
XXVIII – Perícias ou Exames;
XXIX – Croquis.
PREOCUPAÇÃO COM A INVESTIGAÇÃO
Art. 39 – As formalidades relacionadas nos artigos anteriores devem 
ser seguidas pelo oficial encarregado, por seu auxiliar direto, o 
escrivão, e pela equipe de investigação, se houver, a fim de assegurar 
o bom andamento e organização dos feitos.
REMESSA DOS AUTOS A PROMOTORIA DE JUSTIÇA MILITAR 
Art. 40 - Após a conclusão do IPM, a Corregedoria o remeterá à 
Promotoria de Justiça Militar para análise quanto à propositura ou 
não da ação penal militar.
MODELOS DE PEÇAS
Art. 41 - Constam do Anexo IV destas NPA/CBMAP os modelos das 
peças de IPM.
CAPÍTULO V
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DENOMINADO 
CONSELHO ESPECIAL PARA APURAR POSSÍVEL ATO 
DE BRAVURA (CEAB)
CONCEITO E FINALIDADE
Art. 42 - O procedimento administrativo denominado Conselho 
Especial para Apurar Possível Ato de Bravura é o que se destina a 
verificar a existência dos requisitos fáticos que possam sugerir a 
promoção do bombeiro militar por bravura.
Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) 25
Parágrafo Único – Para efeito desta norma a expressão ato de bravura 
equivale à ação de bravura.
DOS REQUISITOS PARA A CONFIGURAÇÃO DE ATO DE BRAVURA
Art. 43 – No tocante à análise da conduta do Bombeiro Militar, o CEAB 
deverá observar, para a possível configuração de ação de bravura, a 
existência, cumulada, dos seguintes requisitos:
I – que o ato em análise tenha sido desenvolvido em nível tal de 
coragem e audácia que tenha extrapolado o limite de atuação de um 
Bombeiro Militar no cumprimento de seu dever;
II – que o ato em análise tenha representado feito indispensável às 
operações militares ou, mesmo não estando de serviço o bombeiro 
militar, e, portanto, não inserido no contexto de operações militares, 
mas, agindo em razão da função bombeiro militar, tenha contribuído 
de forma relevante no sentido de proteger quem se achava em perigo 
de morte atual ou iminente.
DA DEBILIDADE FÍSICA PERMANENTE
Art. 44 - Pode ser submetido ao CEAB, o bombeiro que, agindo em 
razão da função e empregando o que preceitua a técnica bombeiro 
militar, independentemente dos requisitos do artigo anterior, sofra, 
em conseqüência de sua atuação, debilidade física permanente de 
membro, sentido ou função, atestada pela Junta Médica da PM e 
BM/AP ou, na impossibilidade desta, por laudo médico especialista.
Parágrafo Único - Aplica-se o caput deste artigo somente se o 
bombeiro militar estiver na ativa ou se os trabalhos do CEAB tenham 
se iniciado antes da efetiva transferência para a inatividade, 
mediante reforma.
DA COMPETÊNCIA PARA NOMEAÇÃO DO CEAB
Art. 45 - É de competência exclusiva do Governador do Estado, 
através de decreto, mediante proposta do Comandante Geral do 
26 Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP)
CBMAP, a nomeação do CEAB para os oficiais BM, e pelo 
Comandante Geral, através de portaria, feita pela Corregedoria, 
para as praças BM. 
Parágrafo Único – Não será nomeado o CEAB para a avaliação de 
possível ato de bravura que tenha ocorrido há mais de seis meses, 
incorrendo em caducidade.
DA COMPOSIÇÃO DO CEAB
Art. 46 - O CEAB será composto por 03 (três) oficiais da Corporação, 
sendo o mais antigo o presidente, de posto não inferior ao de Capitão, 
o que lhe segue na antiguidade, o relator, e o mais moderno, o 
escrivão.
Parágrafo Único – Nenhum dos integrantes do CEAB poderá ter posto 
inferior ao de 1º Tenente Bombeiro Militar e nem tampouco ao do 
Oficial cuja ação esteja sob análise.
DAS ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE
Art. 47 - São atribuições do Oficial Presidente do CEAB:
I – Presidir todos os trabalhos do Conselho, zelando pela regularidade 
do procedimento, conforme as normas vigentes;
II – Instalar o Conselho, registrando em ata e prestando o 
compromisso legal;
III – Determinar diligências necessárias ao esclarecimento das 
circunstâncias que envolvem a possível ação de bravura, 
determinando, inclusive, a reprodução simulada dos fatos, através de 
reconstituição, quando possível;
IV – Fazer a remessa do feito administrativo, após conclusão, 
ao Comandante Geral, opinando pela existência de ato de 
bravura ou não.
Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) 27
DAS ATRIBUIÇÕES DO RELATOR
Art. 48 - São atribuições do oficial relator do CEAB:
I – Encarregar-se das diligências necessárias à elucidação da ação sob 
análise;
II – Verificar a confirmação da ação ao que prevê a doutrina bombeiro 
militar;
III – Elaborar o relatório do CEAB e submetê-lo à apreciação dos 
demais membros;
DAS ATRIBUIÇÕES DO OFICIAL ESCRIVÃO
Art. 49 - São atribuições do escrivão do CEAB:
I – Autuar o procedimento;
II – Cumprir os despachos do Presidente;
III – Elaborar as atas das sessões do CEAB;
IV – Digitar as peças do CEAB;
DO COMPROMISSO
Art. 50 - Os membros do CEAB, na reunião de instalação, prestarão o 
seguinte compromisso: “Prometo apreciar os fatos que me foremsubmetidos e, de acordo com estas normas, emitir parecer sobre eles 
com imparcialidade, impessoalidade e justiça”.
DA SUSPEIÇÃO E DO IMPEDIMENTO
Art. 51 - Os casos de suspeição e impedimento deverão ser 
declarados de ofício, por qualquer um dos membros do CEAB, antes 
de prestado o compromisso.
DO REGISTRO DA INSTRUÇÃO PROCEDIMENTAL
Art. 52 - De toda sessão do CEAB será lavrada ata pelo escrivão. 
28 Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP)
DO PRAZO E DA PRORROGAÇÃO
Art. 53 - O prazo para a conclusão do CEAB será de 30 (trinta) dias, a 
contar da data de publicação do ato que nomeou o Conselho, 
prorrogável por mais 15 (quinze) dias, a juízo da autoridade 
competente, mediante proposta ao Comandante Geral para os praças 
e ao Governador em caso de Oficial, sendo o pedido motivado pelo 
Presidente do CEAB. 
DAS SUBSTITUIÇÕES NO CEAB
Art. 54 – O Governador poderá substituir qualquer membro do CEAB, 
por motivo de suspeição, impedimento ou afastamento temporário 
das atividades bombeiro militar, quando se tratar de Oficial e o 
Comandante Geral em caso de praças.
DO RELATÓRIO
Art. 55 - O relatório é assinado por todos os membros do CEAB, 
concluindo se a ação configura-se ou não como de bravura, 
observados os requisitos legais.
DA VOTAÇÃO DO RELATÓRIO
Art. 56 – A conclusão do CEAB será tomada por maioria de votos de 
seus membros, iniciando-se o escrutínio pelo oficial mais moderno.
DA DECISÃO DO COMANDANTE GERAL
Art. 57 - Recebidos os autos do CEAB, o Comandante Geral, no prazo 
de 10 (dez) dias úteis, aceitando ou não a conclusão, decidirá:
I – Pelo retorno dos autos ao CEAB para a realização de outras 
diligências, estabelecendo o prazo improrrogável de, no máximo, 15 
(quinze) dias;
II – Pela existência de ação de bravura, encaminhando o 
procedimento à Diretoria de Desenvolvimento de Recursos Humanos 
Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) 29
para a adoção de providências visando à promoção por bravura e 
posterior encaminhamento dos autos ao Governador do Estado;
III – Pela inexistência de ação de bravura, determinando o 
arquivamento dos autos na Corregedoria.
DO RECURSO OU REVISÃO
Art. 58 – A última instância para recurso administrativo é o 
Governador do Estado, mediante interposição ao Comandante Geral, 
no caso de Oficiais BM, e diretamente ao Comandante Geral, no caso 
de praças, sendo o prazo de 03 (três) dias úteis, após a publicação da 
solução em Boletim Geral.
DA COMPETÊNCIA PARA A PROMOÇÃO POR BRAVURA
Art. 59 - É de competência exclusiva do Governador do Estado do 
Amapá a promoção de Bombeiro Militar por bravura.
DA PROMOÇÃO INDEPENDENTE DE DATA
Art. 60 - A promoção por bravura se fará a contar da data que ocorreu 
o ato considerado de bravura, independente das datas de promoções 
constantes da legislação específica.
DOS ATOS CONSIDERADOS SIMULTANEAMENTE
Art. 61 - O CEAB pode ser nomeado para apreciação de atos de mais 
um bombeiro militar, desde que estejam estritamente relacionados 
entre si.
Parágrafo Único - Havendo mais de um bombeiro militar, cujos atos 
estejam sob apreciação, o CEAB deverá emitir parecer no Relatório, 
individualizando as ações.
DOS MODELOS DE PEÇAS
Art. 62 - Constam do Anexo VII destas NPA/CBMAP os modelos das 
peças do CEAB.
30 Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP)
CAPÍTULO VI
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DENOMINADO
PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR (PAD)
CONCEITO E FINALIDADE
Art. 63 - O Processo Administrativo Disciplinar é o instrumento legal 
destinado a apurar responsabilidade de praça bombeiro militar, sem 
estabilidade, que tenha praticado ato que afete a honra pessoal, o 
pundonor militar, o decoro da classe, a ética profissional militar ou 
que, estando no comportamento “mau”, venha a ser punido por 
prática de transgressão grave, podendo redundar na aplicação de 
punição disciplinar, inclusive com o licenciamento a bem da 
disciplina.
DA INSTAURAÇÃO
Art. 64 – A instauração do Processo Administrativo Disciplinar dar-se-á 
por portaria do Comandante Geral:
I - Em virtude de requisição do Poder Judiciário ou do Ministério 
Público, devidamente motivada e fundamentada;
II - Em virtude de representação, motivada e fundamentada, de 
oficial ou praça da Corporação;
III - Em virtude de representação, motivada e fundamentada, de 
cidadãos no pleno exercício de seus direitos de cidadania.
Parágrafo Único - As representações de que tratam os incisos II e III 
deste artigo devem ser claras e precisas; devem conter informações 
capazes de identificar a(s) pessoa(s) ou coisa(s) envolvida(s), o local, 
a data e a hora da ocorrência e caracterizar as circunstâncias que a 
envolverem.
DA PRESIDÊNCIA
Art. 65 – O Processo Administrativo Disciplinar será sempre presidido 
por um oficial, que proverá a regularidade do processo e manterá a 
ordem no curso dos respectivos atos.
Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) 31
Parágrafo Único – O presidente exercerá suas atividades com 
independência e imparcialidade, assegurado o sigilo necessário a 
elucidação do fato.
DA SUSPEIÇÃO DO PRESIDENTE
Art. 66 – O Presidente dar-se-á por suspeito ou impedido, quando:
I – Cônjuge, companheiro ou parente do investigado, consangüíneo ou 
afim em linha reta ou colateral até o 4º grau; 
II – Amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das partes envolvidas;
III – Interessado no julgamento da causa em favor de uma das partes.
§1º – A suspeição ou impedimento de que trata este artigo será 
extensiva ao escrivão, aos peritos e intérpretes.
§2º – A parte interessada deverá argüir o impedimento ou a suspeição, 
em petição fundamentada e devidamente instruída na primeira 
oportunidade em que lhe couber falar nos autos.
§3º – A suspeição não poderá ser declarada nem reconhecida, quando 
o investigado injuriar o Presidente ou deliberadamente der motivo 
para criá-la.
DO ESCRIVÃO
Art. 67 – A designação do escrivão poderá ser feita pela autoridade 
designante, caso contrário, caberá ao presidente, recaindo em 
militar de sua confiança e que seja detentor de habilidades de 
digitação e conhecimentos básicos de informática e de língua 
portuguesa, especialmente ortografia e gramática, observando-se o 
disposto no art. 245, §5º, do Código de Processo Penal Militar.
DOS PRAZOS 
Art. 68 – O prazo para a conclusão do PAD será de 30 (trinta) dias, a 
contar da data da publicação da Portaria de nomeação do Presidente 
em Boletim Geral, prorrogável por mais 15 (quinze) dias, a critério da 
autoridade instauradora.
32 Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP)
§1º – O prazo a que se refere este artigo é contínuo, podendo, ainda, 
em caso de extrema relevância, ser sobrestado por período 
determinado pela autoridade instauradora, a requerimento do 
Presidente do PAD, antes do seu vencimento.
§2º – Computar-se-ão os prazos excluindo-se o dia do começo e 
incluindo-se o do vencimento.
§3º – Terminado o prazo em dia não útil, considerar-se-á o primeiro 
dia útil seguinte como o do vencimento.
DO AFASTAMENTO DO PROCESSADO DE SUAS FUNÇÕES
Art. 69 – Ao ser submetido a Processo Administrativo Disciplinar, o 
Processado será afastado de suas funções, passando à condição de 
adido à Diretoria de Desenvolvimento de Recursos Humanos – DDRH.
Parágrafo Único: O ato de Adição de que trata o caput deste artigo, 
constará na Portaria designativa.
DO SIGILO DO PROCESSO
Art. 70 – O Processo Administrativo Disciplinar é sigiloso, mas seu 
Presidente deve permitir que dele tome conhecimento o advogado do 
acusado. 
DA INSTRUÇÃO DO PROCESSO
Art. 71 – O Presidente do Processo Administrativo Disciplinardeverá, 
logo após receber a documentação originária, proceder aos seguintes 
procedimentos:
§1° – Caso a autoridade designante não tenha designado o Escrivão, o 
Presidente baixará Portaria designando-o, logo após receber a 
documentação originária; 
§2° – Expedir a Notificação Prévia ao acusado, informando as razões 
da abertura do PAD, bem como as acusações que lhe são imputadas, 
para que querendo constitua advogado para acompanhamento do 
feito e oferecimento da Defesa Prévia no prazo de 5 (cinco) dias;
Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) 33
§3° – Oficiar a autoridade que estiver com a custódia do acusado ou 
seu comandante imediato, comunicando-lhe a instauração e 
requisitando sua apresentação para a audiência de qualificação e 
interrogatório, que poderá ser realizada na presença de advogado, 
com antecedência mínima de 24 (vinte e quatro) horas, quando em 
liberdade, e 48 (quarenta e oito) horas, quando preso;
§4° – Expedir ofício apresentando o Processado à Junta Médica de 
Saúde da PM e BM/AP, a fim de ser submetido à inspeção de saúde 
para fins disciplinares. Caso haja dúvida a respeito da capacidade 
mental do processado, será ele submetido à perícia médica 
especializada;
§5° – Ouvir o ofendido;
§6° – Ouvir as testemunhas de acusação, no máximo de 05 (cinco);
§7° – Ouvir as testemunhas de defesa, no máximo de 05 (cinco);
§8° – Determinar a realização de exame de corpo de delito, de 
perícias, buscas, apreensões, reconhecimento de pessoas, coisas e 
acareações, entendidas necessárias. 
§9º – Determinar a identificação e avaliação de coisa subtraída, 
desviada, destruída ou danificada ou da qual houve indébita 
apropriação;
§10 – Juntar documentos, papéis, fotografias com os negativos, 
croquis e qualquer outro meio que ilustre o modo como os fatos se 
desenvolveram;
§11 – Relatório do Presidente e remessa dos autos a Corregedoria do 
CBMAP, para o oferecimento das Alegações Finais de Defesa e 
Relatório Final da Corregedoria;
§12 – Remessa dos autos à autoridade instauradora para solução 
podendo este requisitar o arquivamento ou, discordando da 
conclusão do Sindicante, avocá-la e dar solução diferente.
34 Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP)
DOS REQUISITOS DA NOTIFICAÇÃO PRÉVIA
Art. 72 – A Notificação Prévia indicará:
I – O inteiro teor do ato administrativo de instauração;
II – O rol de testemunhas;
III – A data em que foi expedida;
IV – A assinatura do Presidente.
§1º – É requisito da Notificação Prévia válida a comprovação nos autos 
do recebimento do documento notificatório por parte do acusado.
§2º – No ofício que for entregue a autoridade que estiver com a 
custódia do acusado ou a seu comandante imediato, deverá conter o 
local, o dia e a hora, para que o acusado possa comparecer para a sua 
qualificação e interrogatório;
DA NOTIFICAÇÃO PRÉVIA DO ACUSADO PRESO
Art. 73 – A notificação do acusado preso far-se-á com antecedência 
mínima de 48 (quarenta e oito) horas em relação ao ato da 
qualificação e interrogatório, por intermédio da autoridade 
responsável por sua guarda, que deverá efetivá-la.
DA NOTIFICAÇÃO POR EDITAL
Art. 74 – Se o acusado não for encontrado, será notificado por edital, 
publicado uma única vez em Boletim Geral da Corporação, 
determinando-se o prazo de cinco dias para a sua apresentação, sem 
prejuízo das demais providências que devam ser tomadas, de caráter 
administrativo ou penal.
Parágrafo Único – Se o acusado não encontrado for inativo, a citação 
por edital terá sua publicação em Diário Oficial do Estado.
DA REVELIA DO PROCESSADO
Art. 75 – Considera-se revel o processado que não apresentar defesa 
no prazo legal.
§1º - A revelia será declarada, por termo, nos autos do processo.
Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) 35
§2º - Para defender o processado revel, o presidente oficiará a 
Defensoria Pública do Estado, solicitando a indicação de um Defensor 
Público.
DA QUALIFICAÇÃO E DO INTERROGATÓRIO
Art. 76 – O processado será qualificado e interrogado num só ato, no 
lugar, dia e hora designados pelo Presidente, após o recebimento da 
documentação originária do processo, e antes de ouvir as 
testemunhas.
Parágrafo Único – Após a qualificação, o Processado será cientificado 
da acusação pela leitura dos documentos que deram origem ao 
processo e interrogado.
DA FORMA E REQUISITOS DO INTERROGATÓRIO
Art. 77 – O interrogatório obedecerá a seguinte forma:
a) se é verdadeira a imputação que lhe é feita;
b) não sendo verdadeira a imputação, se sabe de algum motivo 
particular a que deva atribuí-la, se conhece a pessoa ou pessoas a 
quem deva ser imputada a prática do crime, qual ou quais sejam, e se 
com elas esteve antes ou depois da prática da infração;
c) onde estava ao tempo em que foi cometida a infração e se teve 
notícia desta e de que forma;
d) se conhece a pessoa ofendida e as testemunhas arroladas no 
processo, desde quando e se tem alguma coisa a alegar contra elas;
e) se conhece o instrumento com que foi praticada a infração, ou 
qualquer dos objetos que com esta se relacione e tenha sido 
apreendido;
se conhece as provas contra ele apuradas e se tem alguma coisa a 
alegar a respeito das mesmas;
f) se tem algo mais a alegar em sua defesa.
Parágrafo único – A seqüência de perguntas de que trata este artigo, 
36 Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP)
deverá ser cumprida literalmente, mas nada impede que o presidente 
faça outros questionamentos, caso entenda necessário, 
independentemente daqueles formulados pela defesa.
DA CONFISSÃO
Art. 78 – Se o acusado confessar a infração, será especialmente 
interrogado:
a) sobre quais os motivos e as circunstâncias;
b) sobre se outras pessoas concorreram para ela, quais foram e de que 
modo agiram;
Parágrafo único – Se o acusado negar a imputação no todo ou em 
parte será convidado a indicar as provas da verdade de suas 
declarações.
DO INTERROGATÓRIO
Art. 79 – O interrogatório será feito obrigatoriamente pelo 
Presidente, não sendo nele permitida a intervenção de qualquer 
outra pessoa, inclusive do advogado de defesa.
§1° – Se houver mais de um infrator, será cada um, interrogado 
separadamente, e sempre que divergirem em suas declarações sobre 
os fatos ou circunstâncias, será feita a acareação entre eles;
§2° – Antes de iniciar o interrogatório, o Presidente observará ao 
infrator que não é obrigado a responder aos questionamentos que 
lhes forem formulados;
§3° – Consignar-se-ão as perguntas que o acusado deixar de 
responder.
DA DEFESA PRÉVIA
Art. 80 – Após o interrogatório será concedido prazo máximo de 05 
(cinco) dias úteis para o oferecimento da Defesa Prévia, devendo o 
Presidente fornecer-lhe o libelo acusatório, onde constem os relatos 
Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) 37
dos fatos e a descriminação dos atos que lhe são imputados. A defesa 
poderá ser realizada por meio de advogado, legalmente constituído: 
§1º – A falta de comparecimento do defensor, se motivada, adiará o 
ato do processo, desde que nele seja indispensável a sua presença.
§2º – Oposta a defesa prévia pelo Processado ou seu advogado, 
regularmente constituído, a autoridade atenderá aos eventuais 
requerimentos e instruirá o feito com o que mais entender 
necessário; 
§3º – A não oposição de defesa prévia permitirá à autoridade 
disciplinar passar diretamente à fase final.
DAS TESTEMUNHAS
Art. 81 – As testemunhas são requisitadas ou intimadas por despacho 
do Presidente, no qual será declarada a finalidade do ato, lugar, dia e 
hora de comparecimento.
§1° – Se a testemunha não souber ounão puder assinar, pedirá a 
alguém que o faça, a rogo, após o termo, se lido em sua presença.
§2° – Se a testemunha indicada pelo acusado for militar da própria 
Corporação, de outras co-irmãs ou das Forças Armadas, a requisição 
será dirigida diretamente ao Comandante, Diretor ou Chefe imediato 
da pessoa indicada.
DA FALTA DE COMPARECIMENTO
Art. 82 - A testemunha que, notificada regularmente, deixar de 
comparecer sem justo motivo, se militar, será autuado em flagrante 
delito por infração ao art. 163, do CPM; se civil, poderá ser conduzida 
à presença de autoridade de polícia judiciária e autuada por infração 
ao art. 330, do Código Penal (CP).
Parágrafo Único – Caso a testemunha requisitada ou intimada 
apresente atestado médico, documento que comprove participação 
em operações militares, termo de audiências judiciais ou situações 
similares, a audiência de inquirição poderá ser adiada.
38 Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP)
DAS TESTEMUNHAS QUE GOZAM DE PRERROGATIVA ESPECIAL
Art. 83 – Sendo necessária à oitiva de Governador de Estado, 
Secretário de Estado, Deputado Federal ou Estadual, Prefeito, Juiz de 
Direito, Promotor de Justiça ou Militar de patente superior a do 
presidente, este mandará expedir ofício à autoridade contendo o 
elenco de perguntas que deseja serem respondidas.
DA DISPENSA DE COMPARECIMENTO
Art. 84 – A testemunha impossibilitada de comparecer à audiência, 
por enfermidade ou velhice, será inquirida onde estiver.
Parágrafo Único – Nesse caso, a inquirição deverá ser precedida de 
autorização expressa do médico responsável pelo acompanhamento 
do paciente. 
DA ACAREAÇÃO
Art. 85 – Na hipótese de depoimento divergente, proceder-se-á 
acareação entre os depoentes, observando o disposto no art. 365 e 
seguintes do CPPM.
DO RECONHECIMENTO DE PESSOAS OU COISAS
Art. 86 – Havendo necessidade de reconhecimento de pessoas e de 
coisas deverá ser observado o disposto no art. 368 a 370 do CPPM.
Parágrafo Único - Do ato de reconhecimento lavrar-se-á termo 
pormenorizado, subscrito pelo presidente, pela pessoa chamada para 
proceder ao reconhecimento, pelo defensor do acusado, e por duas 
testemunhas presenciais.
DA INQUIRIÇÃO DURANTE O DIA
Art. 87 – Todos os depoimentos devem ser tomados durante o dia, no 
período entre oito e dezoito horas, exceto em caso de urgência que 
constará da respectiva assentada, devendo ser observado o seguinte:
I – O depoimento que não ficar concluído até às dezoito horas será 
Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) 39
encerrado, para prosseguir no dia seguinte, em hora determinada 
pelo presidente do PAD, salvo se as partes se manifestarem favoráveis 
à conclusão do feito, o que deverá ser consignado no termo;
II – A testemunha não será inquirida por mais de quatro horas 
consecutivas, sendo-lhe facultado o descanso de meia hora sempre 
que tiver de prestar declarações além daquele tempo;
III – Não sendo útil o dia seguinte, a inquirição poderá ser adiada para 
o próximo dia útil subseqüente, salvo em caso de urgência. No caso da 
testemunha manifestar o desejo de prestar depoimento em dia não 
útil, alegando necessidades outras, tal fato deverá ser registrado no 
termo.
DA VALIDADE DOS ATOS PROBATÓRIOS
Art. 88 – É admissível qualquer prova lícita, desde que não atente 
contra a moral, a saúde, a segurança individual ou coletiva, contra a 
hierarquia ou a disciplina militar.
DO ÔNUS DA PROVA 
Art. 89 – O ônus da prova compete a quem alegar o fato, mas o 
Presidente poderá, no curso da instrução, de ofício, determinar a 
realização de diligências com o escopo de dirimir dúvida sobre ponto 
relevante.
Parágrafo Único – Realizada a diligência, sobre ela será ouvida a 
defesa para se pronunciar, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, 
contado da data do ciente na notificação, não se computando o dia do 
começo do prazo para a remessa do feito à defesa, porém computar-
se-á o dia do fim.
DA PROVA DOCUMENTAL 
Art. 90 – O documento público tem a presunção de veracidade, quer 
quanto à sua formação, quer quanto aos fatos que o militar, com fé 
pública, declare que ocorreram na sua presença.
§1º – Fazem a mesma prova que os respectivos originais:
40 Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP)
I – As certidões textuais de qualquer peça do processo, do protocolo 
das audiências ou de outro qualquer livro a cargo do escrivão, sendo 
extraídas por ele, ou sob sua vigilância e por ele subscritas;
II – Os traslados e as certidões extraídas por oficiais públicos, de 
escritos lançados em suas notas;
III – As cópias de documentos, desde que autenticadas por oficial 
público.
§2º – A correspondência particular, interceptada ou obtida por meios 
criminosos, não será juntada ao PAD, devendo ser restituída aos seus 
donos, assim como as transcrições das escutas ou gravações 
telefônicas realizadas sem autorização judicial;
§3º – Os documentos poderão ser apresentados em qualquer fase do 
PAD, salvo se os autos deste estiverem conclusos para emissão de 
relatório final, porém, somente laudos periciais não conclusos a 
tempo poderão ser juntados aos autos após o referido relatório. 
DA RECONSTITUIÇÃO
Art. 91 – Para verificar a possibilidade de haver sido a ocorrência 
praticada de determinado modo, o presidente do PAD poderá 
proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não 
contrarie a moralidade ou a ordem pública, nem atente contra a 
hierarquia ou a disciplina militar.
DOS PERITOS
Art. 92 – As perícias serão realizadas através da Polícia Técnico-
Científica do Amapá-POLITEC/AP.
Parágrafo Único – Em caso de impossibilidade da realização da perícia 
pela POLITEC, o Presidente nomeará os peritos, no mínimo de 03 
(três), dentre os oficiais da ativa, atendida a especialidade.
Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) 41
DO RELATÓRIO 
Art. 93 - O processo será encerrado com circunstanciado relatório, no 
qual o Presidente mencionará a autoridade designante, o objetivo da 
apuração, as diligências realizadas e os resultados obtidos, a 
descrição do fato com indicação do dia, hora e local em que ocorreu, 
a análise do fato e das provas constantes dos autos. Em conclusão, 
mencionará se há indícios de infração disciplinar a punir e/ou indícios 
de crime, notificando o acusado para tomar conhecimento.
DAS ALEGAÇÕES FINAIS E DA REMESSA DOS AUTOS 
Art. 94 – Os autos serão remetidos à Corregedoria para que seja 
oferecidas as Alegações Finais, no prazo de 05 (cinco) dias úteis, e 
posterior emissão de Relatório ou para que seja determinada a 
realização de novas diligências, se as julgar necessárias. Nesse último 
caso, o Presidente terá um prazo não excedente a 10 (dez) dias para a 
devolução do processo.
DO JULGAMENTO
Art. 95 – No prazo máximo de 20 (vinte) dias contados do recebimento 
do processo, a autoridade julgadora, que será o Comandante Geral do 
CBMAP, proferirá sua decisão com base em relatório circunstanciado 
emitido pela Corregedoria.
Parágrafo Único – Reconhecida a inocência do acusado, a autoridade 
julgadora recomendará seu arquivamento.
DA AVOCAÇÃO
Art. 96 – Discordando da conclusão dada ao processo, a autoridade 
julgadora poderá avocá-la e dar solução diferente, motivada e 
fundamentada.
DA INSTAURAÇÃO DE NOVO PROCESSO
Art. 97 – O arquivamento do PAD não obsta a instauração de outro, se 
novas provas surgirem em relação ao fato, ao acusado ou a terceira 
pessoa, ressalvado o caso julgado e/ou a prescrição.
42 Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP)
DOS RECURSOS
Art. 98 – Caberá recurso da decisão ao Comandante Geral, no prazo 
de 10 (dez) diasa contar da data da publicação da solução em Boletim 
Geral.
DOS MODELOS
Art. 99 - Constam do Anexo VIII destas NPA/CBMAP os modelos das 
peças de PAD.
CAPÍTULO VII
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DENOMINADO DE 
CONSELHO DE DISCIPLINA (CD)
CONCEITO E FINALIDADE
Art. 100 – É o procedimento administrativo destinado a julgar a 
incapacidade das praças do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá, com 
estabilidade assegurada, inclusive aspirante a oficial, para 
permanecerem na ativa, criando-lhes ao mesmo tempo condições 
para se defender. 
Parágrafo Único – Ao Conselho de Disciplina pode também ser 
submetido o Aspirante a Oficial e os demais Praças do CBMAP, na 
reforma ou na reserva remunerada, presumivelmente, incapazes de 
permanecer na situação de inatividade em que se encontram.
n Vide art. 49 da Lei n° 6.652, de 30 de maio de 1979, 
combinado com a Lei n° 6.804, de 07 de julho de 1980 (Dispõe 
sobre o Conselho de Disciplina das Polícias Militares dos 
antigos Territórios Federais).
Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) 43
DOS REQUISITOS PARA A INSTAURAÇÃO DE CD
Art. 101 - Como avaliação preliminar para o submetimento de 
Bombeiro Militar ao CD, a autoridade competente observará o 
previsto do art. 2° da Lei n° 6.804, 07/07/80.
DA NOMEAÇÃO DO CD
Art. 102 – A nomeação do Conselho de Disciplina, por deliberação 
própria ou por ordem superior, é da competência do Comandante 
Geral do CBMAP, observando-se o disposto no art. 5º, da Lei n° 6.804, 
07/07/80. 
DO ROTEIRO DO CD
Art. 103 – O CD deverá, para a formação e desenvolvimento do feito, 
observar o contido nos arts. 7º ao 10, da Lei n° 6.804, 07/07/80. 
DOS PRAZOS PARA CONCLUSÃO
Art. 104 - O prazo para a conclusão dos trabalhos do CD é de 30 (trinta 
dias), a contar da publicação do ato administrativo de instauração, 
podendo ser prorrogado por mais 20 (vinte) dias, pela autoridade 
instauradora, conforme previsto art. 11, da Lei n° 6.804/80.
Parágrafo Único - O pedido de prorrogação deve ser motivado e feito 
tempestivamente. A concessão ou denegação da prorrogação será 
realizada por despacho da autoridade instauradora.
DA DEFESA PRÉVIA
Art. 105 – Aplica-se, no que couber ao CD, o previsto no art. 80 da 
presente Portaria c/c com art. 9º da Lei n° 6.804, 07/07/80.
DA REMESSA DO PROCESSO À CORREGEDORIA
Art. 106 - Após a conclusão dos trabalhos, o Presidente do CD 
encaminhará o feito à Corregedoria, a quem compete submetê-lo à 
44 Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP)
apreciação do Comandante Geral do CBMAP, que no prazo de 20 (vinte 
dias), aceitando ou não seu julgamento, motivadamente decidirá em 
consonância com o que prevê o art. 13 da Lei n° 6.804, 07/07/80.
DOS RECURSOS
Art. 107 – Compete ao Governador do Estado, em última instância, no 
prazo de 20 (vinte) dias, contados da data do recebimento do 
processo, julgar os recursos que forem oriundos dos Conselhos de 
Disciplina conforme prevê o art. 15 da Lei n° 6.804 de 07 de Julho de 
1980. 
DO ARQUIVAMENTO DO FEITO
Art. 108 - Concluídos os atos administrativos decorrentes da decisão 
do Comandante Geral os autos do CD serão arquivados na 
Corregedoria.
DOS MODELOS DE FORMULÁRIOS
Art. 109 - Constam do Anexo IX destas NPA/CBMAP os modelos das 
peças do CD.
CAPÍTULO VIII
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DENOMINADO 
CONSELHO DE JUSTIFICAÇÃO (CJ)
CONCEITO E FINALIDADE
Art. 110 – É o procedimento administrativo destinado a julgar a 
incapacidade de Oficiais do Corpo de Bombeiros Militar do Amapá, 
para permanecer na ativa, criando-lhes ao mesmo tempo condições 
para se defender. 
Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) 45
Parágrafo Único - Ao Conselho de Justificação pode também ser 
submetido o Oficial da reserva remunerada ou reformado, 
presumivelmente incapaz de permanecer na situação de inatividade 
em que se encontra.
lVide art. 48 da Lei n° 6.652, de 30 de maio de 1979, 
combinado com a Lei n° 6.784, de 20 de maio de 1980 
(Dispõe sobre o Conselho de Justificação das Polícias 
Militares dos antigos Territórios Federais).
DOS REQUISITOS PARA A INSTAURAÇÃO DO CJ
Art. 111 – Como avaliação preliminar para o submetimento de Oficial 
Bombeiro Militar ao CJ, a autoridade competente observará o 
previsto no art. 1° e 2º, da Lei n° 6.784, de 20/05/1980.
DA NOMEAÇÃO DO CJ
Art. 112 – A nomeação do CJ é de competência do Governador do 
Estado, observando-se o disposto no art. 4º da Lei n.º 6.784, de 
20/05/1980.
DA COMPETÊNCIA DA CORREGEDORIA DO CBMAP
Art. 113 – A Corregedoria do CBMAP é o órgão competente para o 
desenvolvimento de atos administrativos com vistas ao cumprimento 
de ordens emanadas do Governador do Estado, no que concerne à 
instauração do Conselho de Justificação.
DO ROTEIRO DO CJ
Art. 114 – O CJ deverá, para a formação e desenvolvimento do feito, 
observar o contido nos arts. 3° ao 12, da Lei n° 6.784, de 20/05/1980.
46 Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP)
DOS PRAZOS PARA CONCLUSÃO
Art. 115 – O prazo de conclusão dos trabalhos do CJ é de 30 (trinta) 
dias, a contar da publicação do ato administrativo de instauração, 
podendo ser prorrogado por mais 20 (vinte) dias, pela autoridade 
instauradora, conforme previsto art. 11, da Lei n° 6.784/80.
Parágrafo Único – O pedido de prorrogação deve ser motivado e feito 
tempestivamente. A concessão ou denegação da prorrogação será 
realizada por despacho da autoridade instauradora.
DA DEFESA PRÉVIA
Art. 116 – Aplica-se, no que couber ao CJ, o previsto no art. 80 da 
presente Portaria c/c com art. 9º da Lei n° 6.784/80.
DA REMESSA E JULGAMENTO PELO GOVERNADOR DO ESTADO
Art. 117 – Após a conclusão dos trabalhos, o Presidente do CJ 
encaminhará o feito ao Comandante Geral do CBMAP, que através da 
Corregedoria, encaminhará os autos ao Governador do Estado, o qual, 
no prazo de 20 (vinte dias), aceitando ou não seu julgamento, 
motivadamente decidirá em consonância com o que prescrevem os 
arts. 12 e 13 da Lei n° 6.784/80.
DA REMESSA AO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO 
ESTADO DO AMAPÁ (TJAP)
Art. 118 – Caso o Governador do Estado decida pela remessa do 
processo ao TJAP, cabe à Corregedoria fazer o devido 
acompanhamento, para a adoção das medidas administrativas 
pertinentes, em consonância com o que prescrevem os incisos IV e V, 
do art. 13, e os arts. 14 a 16 da Lei nº 6.784/80.
DO ARQUIVAMENTO DO FEITO
Art. 119 – Concluídos os atos administrativos decorrentes da decisão 
do Governador do Estado os autos do CJ serão arquivados na 
Corregedoria.
Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) 47
DISPOSIÇÕES FINAIS 
Art. 120 – A autoridade delegada e escrivão durante e após os feitos, 
antes de remetê-los à Corregedoria, deverão:
I – organizar os autos em ordem cronológica;
II – carimbar, enumerar e rubricar as páginas dos autos; incluindo a 
capa na contagem, mas se omitindo nela a numeração;
a) deve-se evitar imprimir ou reproduzir documentos nos versos das 
folhas dos autos, porém caso seja inevitável, quando necessitar 
referir-se ao verso da folha nos autos, o fará como o ex.: “fl. 123-
verso”, mas não deverá enumerá-la; 
III – carimbar ou digitar “em branco” nos versos;
IV – atentar para que a disposição dos autos (na capa) permita que 
novos documentos sejam juntados, após o encerramento pela 
autoridade delegada, até a publicação da solução o e arquivamento 
do feito.
DOS MODELOS
Art. 121 – Modelos específicos de formulários que constarão do CJ, 
constam ao Anexo X destas normas.
CAPÍTULO IX
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DENOMINADO 
PROCESSO DE DESERÇÃO MILITAR (PDM)
GENERALIDADES
Art. 122 – O Processo de Deserção Militar (PDM) tem o caráterde 
instrução provisória e destina-se a fornecer os elementos necessários 
à propositura da ação penal, sujeitando, desde logo, o desertor à 
prisão. 
48 Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP)
 DO AMPARO LEGAL
Art. 123 – O Processo de Deserção Militar será regido pelas 
disposições contidas no Decreto Lei nº 1.002, de 21 de outubro de 
1969 (CPPM). 
DA INSTAURAÇÃO E PRESIDENCIA
Art. 124 – O PDM será instaurado mediante portaria:
I – do Corregedor do CBMAP, se Oficial o desertor;
II – do Comandante da OBM aonde estiver servindo o militar, se Praça, 
o desertor. 
DO PRAZO DE CONCLUSÃO
Art. 125 – O PDM deverá ser concluído no mais curto prazo possível 
após a consumação do crime de deserção e remetido a Justiça Militar.
DO ESCRIVÃO AD HOC
Art. 126 – A designação de escrivão ad hoc caberá ao presidente do 
PDM, podendo recair em militar de qualquer graduação, (art. 245, § 
5º, CPPM) que seja detentor de habilidades de digitação e 
conhecimentos básicos da língua portuguesa.
Parágrafo Único – O escrivão prestará o compromisso legal.
DO RITO PROCESSUAL
Da condição de ausência 
Art. 127 – Será considerado ausente o militar que se afastar de sua 
OBM, sem autorização, por tempo superior a 24 horas.
§1° - Se o desertor for oficial, aspirante a oficial ou praça estável, 
será providenciado:
I – a Parte de Ausência;
Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) 49
II – diligência na tentativa de coletar informações sobre seu destino, o 
que será certificado nos autos;
III – termo de Inventário do material deixado pelo ausente;
IV – a remessa dos autos ao seu superior imediato para ciência, 
retornando, em seguida, ao presidente, que aguardará a consumação 
do crime de deserção.
V – Parte e Termo de Deserção, após o prazo de 8 (oito) dias, estando 
ainda ausente o militar;
VI – a remessa dos autos ao seu superior imediato para solução;
VII – a remessa dos autos pela autoridade designante, após solução, à 
Diretoria de Pessoal para adoção das seguintes providências:
a) ato de Agregação, que deverá ser publicado em Diário Oficial do 
Estado; 
b) juntada dos Extratos de Assentamentos;
c) Portaria suspendendo os vencimentos do desertor;
d) publicação em BG, em bloco: a Parte de Ausência, o Termo de 
Inventário, a Parte de Deserção, o Termo de Deserção, Solução, Ato 
de Agregação, Portaria suspensiva de vencimentos;
e) juntada aos autos da cópia da publicação;
f) remessa à Justiça Militar. 
§2° - Se o desertor for Praça sem estabilidade assegurada, será 
providenciado:
a) citação por Edital, nos termos do Art. 277, V, “c” e “d” do CPPM, 
devendo ser publicado em Diário Oficial do Estado; 
b) ato de Exclusão ex-offício, nos termos do Art. 456, § 4º, do CPPM, 
que deverá ser publicado em Diário Oficial do Estado;
c) juntada dos Extratos de Assentamentos;
d) publicação em BG, em bloco: a Parte de Ausência, o Termo de 
Inventário, a Parte de Deserção, o Termo de Deserção, a Solução, o 
Edital e o Ato de Exclusão;
50 Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP)
e) juntada aos autos da cópia da publicação;
f) remessa à Justiça Militar.
 
RELATÓRIO
Art. 128 – O processo de deserção será encerrado com 
circunstanciado relatório, no qual o presidente mencionará as 
diligências feitas, as pessoas ouvidas e os resultados obtidos, com 
indicação do dia, hora e lugar onde ocorreu o fato.
DA APRESENTAÇÃO ESPONTÂNEA OU CAPTURA DO 
DESERTOR 
Art. 129 – Em ocorrendo a apresentação espontânea ou a captura do 
desertor, esse será levado a presença do Corregedor Geral (se oficial 
ou Aspirante a Oficial) ou ao Oficial de Dia do Quartel do Comando 
Geral CBMAP (se Praça) que providenciará o Auto de Apresentação 
Espontânea.
Art. 130 – Concluído o auto de apresentação espontânea o desertor 
será encaminhado ao Diretor de Pessoal, que deverá, em caráter de 
urgência: 
I – encaminhá-lo a Diretoria de Saúde para inspeção de saúde;
II – providenciar a Portaria de reversão e reimplantação na folha de 
pagamento;
III – determinar o seu recolhimento ao xadrez;
IV – remeter toda a documentação a Justiça Militar.
§1º - A Diretoria de Pessoal providenciará paras que seja publicado 
em BG o auto de apresentação espontânea, a ata de inspeção de 
saúde, a portaria de reversão e de reimplantação na folha de 
pagamento do desertor;
Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) 51
§2º - O ato de reversão e reimplantação na folha de pagamento e os 
ofícios de remessa a Justiça Militar serão assinados pelo Comandante 
Geral. 
Se Praça sem estabilidade considerada inapta para o serviço ativo
 
Art. 131 – Não tendo o desertor estabilidade assegurada e sendo 
considerado INAPTO PARA O SERVIÇO ATIVO será isento da reinclusão.
Parágrafo único – Nesse caso a Diretoria de Pessoal encaminhará, 
com urgência, a Auditoria Militar, o termo de apresentação 
espontânea (ou de captura) e a ata de inspeção de saúde, para que o 
cidadão seja isento, também, do processo judicial. (Art.457, § 2º do 
CPPM).
DO PERÍODO DE GRAÇA
Art. 132 – Entende-se por “período de graça”, o lapso temporal 
decorrido entre o primeiro e o oitavo dia de ausência do militar.
Art. 133 – Se até o oitavo dia de ausência o militar se apresentar em 
sua OBM não será consumado o Crime de Deserção. 
Parágrafo único - Nesse caso o processo será encerrado com 
circunstanciado relatório, na fase em que se encontrar, e, em 
seguida, remetido à Justiça Militar.
Art. 134 – Verificada a hipótese do artigo anterior, o Comandante da 
OBM determinará a instauração de Processo Disciplinar Sumário com 
vistas a responsabilizar o militar disciplinarmente. 
DA DEFESA
Art. 135 – O Processo de Deserção Militar tem apenas o caráter de 
instrução provisória, cuja finalidade é fornecer os elementos 
necessários à propositura ou não da ação penal, não sendo aplicáveis, 
52 Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP)
portanto, os institutos da ampla defesa e do contraditório.
Parágrafo único – Nesse caso, o acompanhamento de advogado é 
indispensável somente na instrução processual, que acontecerá na 
Auditoria Militar. 
DA PRESENÇA DE ADVOGADO NO PROCESSO DE DESERÇÃO
Art. 136 – No caso do desertor apresentar-se acompanhado de 
advogado, será registrada a participação do mesmo no auto de 
apresentação espontânea. 
Art. 137 – Constituem direitos do Advogado, entre outros: 
(Lei nº 8.906, de 04/07/94-Estatuto da OAB):
I – examinar, mesmo sem procuração, os autos do processo;
II – receber, mediante requerimento, cópia autenticada dos autos do 
processo.
III – apresentar procuração até quinze dias após o início de sua 
atuação nos autos. 
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 138 – Concluídos os atos administrativos decorrentes da decisão 
do Comandante Geral, os autos do PDM serão remetidos à Justiça 
Militar.
DOS MODELOS
Art. 139 - Modelos específicos de formulários que constarão do PDM, 
constam ao Anexo XI destas normas.
Macapá-AP, 24 de Junho de 2008.
Giovanni Tavares Maciel Filho - Cel BM
Comandante Geral do CBMAP
Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) 53
54 Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP)
ANEXOS
Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) 55
56 Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP)
ANEXO I – MODELO DE TERMO DE 
ACORDO EXTRA JUDICIAL
PORTARIA N.°____/___, DE ____/____/____
GOVERNO DO ESTADO DO AMAPÁ
CORPO DEBOMBEIROS MILITAR
(é facultada a indicação do n.º do procedimento)
TERMO DE ACORDO EXTRA JUDICIAL
Aos ................. dias do mês de ....................... do ano 
de ......................., nesta cidade de ......................, Estado do 
Amapá, presente o .......................................... (Nome e Posto do 
Corregedor ou Oficial por ele indicado), compareceram na Corregedoria do 
CBMAP, sito à Rua Hamilton Silva, c/ Av. Pe. Júlio, n.º 1647, Centro, o(a) Sr.(a) 
.................................., portador(a) do RG n.º ............., na condição 
de primeiro acordante, acompanhado por seu advogado o(a) Dr.(a) 
......................, OAB-AP n.º ......, e de outro lado o Bombeiro Militar 
........(nome).........., portador(a) do RG n.º ............., na condição de 
segundo acordante: Aberta a audiência, às ...h...min, as partes acordaram 
em relação à denúncia registrada na Corregedoria sob o n.º ..... (ou através 
de parte, memorando, parte, ofício etc.), sendo que o primeiro acordante 
renunciou ao direito de representação, uma vez que firmou o compromisso 
juntamente com o segundo acordante de (.......). Deste modo, o segundo 
acordante comprometeu-se em (...), bem como pautar suas condutas 
dentro da estrita legalidade. Nada mais havendo, dou por arquivada a 
denúncia e encerrada a audiência às ....h...min que presidi e cujo acordo vai 
assinado por mim e pelas partes acordantes. 
...............................................
Responsável pelo Termo
...............................................
Primeiro Acordante
...............................................
OAB n.º ......
...............................................
Segundo Acordante
...............................................
Digitador ou testemunha
Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) 57
1Os modelos das peças aqui descritas servirão de base para a uniformidade e regularidade no 
desenvolvimento do procedimento de SIND./BM. Trata-se de modelos específicos, podendo ser utilizados 
outros principalmente, aqueles relativos às diligências instrutórias, para o que servirão de base as 
formalidades e os formulários previstos para o IPM e o PAD, no que couberem;
2Ou outra OBM de onde originar a Portaria.
ANEXO II - MODELOS DE PEÇAS DE SINDICÂNCIA 
POLICIAL MILITAR – PORTARIA N.°____/___, 
DE ____/____/____
(Modelo de Capa de Sind.)
SINDICÂNCIA POLICIAL MILITAR N.º 0.../200...–Correg./CBMAP
OBM: ............. do CBMAP. 
SINDICANTE: .........................
SINDICADO(A): ...........
VÍTIMA:
TESTEMUNHAS:
A U T U A Ç Ã O
Aos............... dias de mês de ........................ do ano de 
................., nesta cidade de........................ Estado do Amapá, no 
quartel do .................... (onde for), autuei a Portaria n.º..../..... e 
demais documentos que juntos a esta me foram entregues, como adiante se 
vê, do que para constar lavrei o presente termo. Eu, ....(nome)......, 
Sindicante (ou Escrivão), digitei e subscrevo.
____________________________
(Nome e posto ou graduação)
Sindicante
58 Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP)
GOVERNO DO ESTADO DO AMAPÁ
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR
(é facultada a indicação do n.º do procedimento)
3TERMO DE ABERTURA
Aos ............. dias do mês de .............. do ano de dois mil e 
............, nesta cidade de ................, Estado do Amapá, na sala 
.....(OBM)........, em cumprimento ao determinado pela Portaria n.º 
0..../0....-...., de ................ de ............de dois mil e .........., 
publicada no BG n.º ....., de ........ de....... do ano de dois mil e 
......., pelo .....(nome e posto da autoridade delegante)...., faço a 
abertura dos trabalhos atinentes à presente Sindicância, do que para 
constar, lavrei o presente termo.
_____________________
Nome e posto 
Sindicante
3É o último procedimento da fase de instauração, motivo pelo qual sua data tem que coincidir com a data da 
autuação.
Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) 59
4DESIGNAÇÃO DE ESCRIVÃO
(Vide Anexo IV – Formulários de IPM)
TERMO DE COMPROMISSO DO ESCRIVÃO 
(Vide Anexo IV – Formulários de IPM)
5DESPACHO 
(Vide Anexo IV – Formulários de IPM)
NOTIFICAÇÃO PRÉVIA
(Vide Anexo III – Formulário de PDS)
OFÍCIO DE CITAÇÃO, LIBELO ACUSATÓRIO, e OUTROS 
(Vide Anexo VIII – Formulários de PAD)
(6)CONCLUSÃO; RECEBIMENTO; JUNTADA; CERTIDÃO e REMESSA 
(Vide Anexo IV – Formulários de IPM)
NOTA DE PUNIÇÃO
(Vide Anexo III – Formulário de PDS)
4Como se vê na NPA, a figura do escrivão na Sindicância não é obrigatória, porém, caso seja necessário, o 
mesmo deverá assumir o compromisso legal.
5Dada às variedades de despachos e a multiplicidade de providências e diligências necessárias, torna inviável 
o uso de carimbo e necessário o uso de folha individual. 
6Podem ser usados carimbos para os termos de movimentação, quando houver, e sempre se deve digitar ou 
carimbar “Em Branco” no verso das folhas. Ver nota 13, da pág. 23 deste anexo. 
60 Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP)
7
(Modelo de OFÍCIO)
GOVERNO DO ESTADO DO AMAPÁ
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR
(é facultada a indicação do n.º do procedimento)
Ofício n.° _____/200X 
SIND 0XX/XX-Correg./CBMAP.
Local, data.
A Sua Senhoria o Senhor 
(posto ou graduação e nome)
(quando for o caso, indica-se o cargo ou a função do destinatário)
Assunto: ___________________________.
Senhor (cargo ou função), 
1.Conforme a Portaria n.º __, de ___/__/___, 
requisito/solicito (providências conforme despacho do sindicante).
Atenciosamente,
______________________________
(Nome e posto ou graduação)
Sindicante
7Mesmo que a testemunha não compareça, deve-se colocar nos autos o ofício para provar a intimação e 
resultar futuras providências quanto à testemunha faltosa. O nome correto do termo deveria ser 
“notificação”. Também o CPP – art. 218 – usa o termo “notificação”. Na verdade, o que há é a convocação da 
testemunha para ato futuro. Segundo a doutrina, são obrigações inarredáveis da testemunha, o 
comparecimento, prestar o depoimento, falar a verdade e comunicar a mudança de residência (art. 330 e 
342, CP). A condução coercitiva é permitida, além do pagamento de multa e responsabilização por 
desobediência (art. 218 e 219, CPP). 
Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) 61
GOVERNO DO ESTADO DO AMAPÁ
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR
(é facultada a indicação do n.º do procedimento)
TERMO DE DEPOIMENTO
(nome completo)
Aos ......... dias do mês de .................do ano de dois mil e .........., 
nesta cidade de..........., Estado do Amapá, na sala da..........(OBM)....................., 
presente o ................................, compareceu o Sr. (nome completo do que vai ser 
ouvido, e posto ou graduação se militar) natural de ..................., com ........ anos de 
idade, filho de ...........(pai)....... e .......(mãe)................., .......(profissão)..... (se militar 
constar posto ou graduação e local onde serve), residente e domiciliado na 
................................................ (logradouro, número e bairro), cidade de ..................., 
Estado do ........................., sabendo ler e escrever, para prestar depoimento. 
Perguntado a respeito dos fatos que deram origem a presente Sindicância (ou tomada 
de declarações quando não se tratar de Sindicância) cuja portaria de fls. ........... lhe foi 
lida, respondeu que: .................................... (pergunta-se o que sabe a pessoa a 
respeito, deixando a falar livremente, pergunta-se sobre aquilo que não ficou claro ou 
sobre detalhes a serem esclarecidos e, em seguida, serão redigidas as declarações que 
serão iniciados pela palavra “Que” separados

Continue navegando