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Macapá-AP/2008 GOVERNO DO ESTADO DO AMAPÁ GOVERNADOR DO ESTADO Antônio Waldez Góes da Silva SECRETÁRIO ESPECIAL DO DESENVOLVIMENTO DA DEFESA SOCIAL Aldo Alves Ferreira COMANDANTE GERAL DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR Giovanni Tavares Maciel Filho – Cel BM SUBCOMANDANTE GERAL DO CBMAP Joabe Duarte dos Passos – CEL BM COLABORADORES: Jorvan Tavares Nascimento - CELBM Serginaldo Lima dos Santos - 2° TEN BM Jean da Silva e Silva - 2° SGT BM Dayse Mara Malcher Motta Farias - SD BM FEM Josué Italo Lima Magalhães - SD BM Pedro Rogério Salviano Tabosa - SD BM Dra Elen Fabrícia Santos Monteiro Arte: Marcos Wagner Mendes Informações: Telefones: (96)3212-1227 Fax: (96) 3212-1228 Site: www.cbm.ap.gov.br Normas para a elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP)- 1ª Ed. rev. e atual - Macapá/AP, 2008. Total de páginas: 188 Tiragem:100 exemplares Revisão: EXMO. SR. JUIZ AUDITOR DA 3ª VARA CRIMINAL E DE AUDITORIA MILITAR: Dr. Décio José dos Santos Rufino EXMO. SR. PROMOTOR DE JUSTIÇA DA 3ª VARA CRIMINAL E DE AUDITORIA MILITAR: Dr. Haroldo José de Arruda Franco O Corpo de Bombeiros Militar do Amapá- CBMAP foi emancipado através da Lei nº 0025, de 09 de julho de 1962, que sofreu algumas alterações até a publicação da novel Lei nº 0901, de 01/07/2005, Lei de Organização Básica mais moderna e flexível que instituiu dentre outros órgãos a Corregedoria do CBMAP. A partir da emancipação, o CBMAP adquiriu identidade própria e figura como uma das Instituições de maior credibilidade do Estado do Amapá. A 1ª edição das Normas de Procedimentos Administrativos/ CBMAP é um trabalho produzido por orientação do Comandante Geral do CBMAP, Cel BM Giovanni Tavares Maciel Filho, e iniciou-se na Corporação através de Portaria do Comando Geral, em virtude da necessidade de padronizar os procedimentos administrativos de apuração das infrações disciplinares e crimes militares, que adotou os estudos realizados pela Corregedoria da PM/AP, integralmente o Formulário de Inquérito e Sindicância do Exército Brasileiro e de extratos de outros livros de direito penal, processual penal e administrativo militar. O Comando Geral ciente da necessidade de dotar a Corporação de procedimentos administrativos disciplinar e penal padronizados em consonância com as novas cláusulas pétreas da Constituição Federal de 1988, que em seu Título II, Capítulo I, trouxe aos litigantes e acusados novos direitos, até então não contemplados na Constituição anterior, princípios esses que não são bem disciplinados e, portanto dúbios em suas aplicações, na Portaria que regulava a matéria aqui tratada; delegou à Corregedoria a elaboração de novas normas que pudessem agilizar e trazer resultados satisfatórios à administração pública militar nos processos de apuração dos atos de indisciplina e crimes cometidos pelos bombeiros APRESENTAÇÃO militares, e após 7 (sete) meses de trabalho apresentamos esta obra que servirá de modelo para a elaboração e padronização dos procedimentos administrativos disciplinares, no âmbito do CBMAP. Esta edição das NPA ora apresentada aos bombeiros militares do Amapá, não tem a pretensão de ser perfeita e acabada. Continuamos abertos a críticas, sugestões e orientações, as quais constituem a maior fonte de motivação para o aperfeiçoamento deste trabalho. O Comando Geral desta Corporação, deixa registrado nessa apresentação inicial, os sinceros agradecimentos a todos os integrantes da Corregedoria do CBMAP: Cel BM JORVAN, 2º Ten BM SERGINALDO, Sd BM Fem DAYSE, SD BM ALDISSON, Sd BM ÍTALO e Sd BM TABOSA; a assessora Jurídica desta Corporação, Drª. ELEN FABRÍCIA DOS SANTOS MONTEIRO, à Corregedoria Geral da PM/AP e a todos que, de forma direta ou indireta, contribuíram incansavelmente de forma efetiva para que este trabalho fosse concluído a contento. Estamos certos que esta iniciativa de vanguarda em muito contribuirá para o aprimoramento da gestão de pessoas, melhoria da disciplina militar e otimização das relevantes ações do CBMAP, cujo negócio é a “Proteção da Vida e do Patrimônio”. Agradecemos à Senhorita Dayse Mara Malcher Motta Farias, à época Sd Feminino desta Corporação, hoje Oficial de Polícia Civil, pela relevante contribuição nos trabalhos iniciais desta obra. Destacamos a participação da Dra Elen Fabrícia dos Santos Monteiro, Assessora Jurídica do Corpo de Bombeiros, pela orientação e acompanhamento na confecção desta NPA. Importante enfatizar o significativo trabalho realizado pelos Excelentíssimos Senhores, Dr. DÉCIO JOSÉ DOS SANTOS RUFINO, Juiz Auditor da 3ª Vara Criminal e de Auditoria Militar da Comarca de Macapá, bem como o Dr. HAROLDO JOSÉ DE ARRUDA FRANCO, Promotor de Justiça da 3ª Vara Criminal e de Auditoria Militar da Comarca de Macapá, pela contribuição como revisores da presente obra. AGRADECIMENTOS 11 11 13 13 19 22 25 31 43 Título I Disposições Gerais ......................................................... Capítulo I Generalidades e Abrangência das Normas .............................. Título II Dos Procedimentos Administrativos em Espécie ....................... Capítulo II Sindicância Policial Militar (SIND. PM) .................................. Capítulo III Procedimento Disciplinar Sumário (PDS) ............................... Capítulo IV Inquérito Policial Militar (IPM) ........................................... Capítulo V Conselho Especial para apurar possível Ato de Bravura (CEAB)...... Capítulo VI Processo Administrativo Disciplinar (PAD).............................. Capítulo VII Conselho de Disciplina (CD).............................................. SUMÁRIO 45 48 Capítulo VIII Conselho de Justificação (CJ) ........................................... Capítulo IX Processo de Deserção Militar (PDM) .................................... Anexo I – Modelo de Termo de Acordo Extra Judicial .... Anexo II – Modelos de Peças de Sindicância Policial Militar ............ Anexo III – Modelos de Peças de Processo Disciplinar Sumário......... Anexo IV– Modelos de Peças de Inquérito Policial Militar .............. Anexo V – Modelos de Peças de Auto de Prisão em Flagrante Delito ....................................................... Anexo VI – Modelos de Peças de Conselho Especial para apurar possível Ato de Bravura ..................................... Anexo VII – Modelos de Peças de Processo Administrativo Disciplinar ................................................ Anexo VIII – Modelos de Peças de Conselho de Disciplina .............. Anexo IX – Modelos de Peças de Conselho de Justificação ............. Anexo X – Modelos de Peças de Processo de Deserção Militar.......... ............... ANEXOS 57 58 64 69 119 132 137 143 152 162 TÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS CAPÍTULO I GENERALIDADES E ABRANGÊNCIA DAS NORMAS FINALIDADE Art. 1º - Estas Normas para a Elaboração de Procedimentos Administrativos – NPA visam nortear a elaboração dos mesmos no âmbito do CBMAP. ABRANGÊNCIA DAS NPA/CBMAP Art. 2º - Ficam regidos por estas normas os seguintes procedimentos administrativos assim denominados: 1)Termo de Acordo Extra Judicial (TAEJ); 2) Sindicância Policial Militar (SIND. PM); 3) Processo Disciplinar Sumário (PDS); 4) Inquérito Policial Militar (IPM); 5) 6) Conselho Especial para Apurar Possível Ato de Bravura (CEAB); 7) Processo Administrativo Disciplinar (PAD); 8) Conselho de Disciplina (CD); 9) Conselho de Justificação (CJ). 10) Processo de Deserção Militar (PDM); DENOMINAÇÃO GENÉRICA Art. 3º - Para efeito destas normas denominar-se-á feitos administrativos, ou tão somente feitos, genericamente, todos os procedimentos administrativos por elas abrangidos. Auto de Prisão em Flagrante Delito (APF); Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP)11 DO ACORDO EXTRAJUDICIAL Art. 4º - Visando a economia de tempo e de pessoal, antes da instauração de quaisquer feitos administrativos, a Corregedoria deverá, quando a questão não versar sobre direitos indisponíveis, tomar as seguintes medidas: I – Ouvir os envolvidos para saber se é da vontade deles selar acordo; II – Em caso afirmativo, será assinado um termo de acordo extrajudicial na presença de um oficial responsável, o Corregedor ou quem ele indicar, seguido pelas assinaturas dos acordantes e de seus advogados, se for o caso, desde que devidamente constituídos; III – Tomadas essas medidas, o termo de acordo extrajudicial poderá ser homologado pelo Comandante Geral e a denúncia será arquivada; IV – O modelo do Termo de Acordo Extrajudicial constará no anexo I desta NPA. CAUSAS DE NULIDADE Art. 5º - A nulidade total ou parcial dos procedimentos administrativos somente será declarada pela autoridade competente, se houver, simultaneamente ou não, a inobservância destas NPA/CBMAP e o não acatamento aos princípios consagrados na Constituição Federal do Brasil. Parágrafo Único – O responsável pelo não acatamento aos preceitos estabelecidos nestas NPA/CBMAP terá sua conduta analisada à luz do Regulamento Disciplinar da Polícia Militar do Amapá - RDPM/AP (Decreto n. 036, de 17/12/1981), em vigor no CBMAP. CASOS OMISSOS Art. 6º – Os casos omissos serão supridos, subsidiariamente: I – Pela legislação processual penal militar; II – Pela legislação administrativa militar; III – Pela jurisprudência; IV – Pelos princípios gerais de direito. Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP)12 TÍTULO II DOS PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS EM ESPÉCIE CAPÍTULO II PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DENOMINADO SINDICÂNCIA POLICIAL MILITAR (SIND. PM) CONCEITO Art. 7º - É o meio sumário e inquisitorial de apuração de fatos envolvendo integrantes da Corporação, que, em tese, configurem transgressão da disciplina bombeiro militar, quando inexistirem indícios de autoria, podendo ser investigativa e punitiva. FINALIDADE DA SINDICÂNCIA Art. 8º - A SIND. PM tem por finalidade a busca de elementos probatórios que autorizem: a) A instauração de Processo Administrativo Disciplinar, se Praça não estável. A instauração de Conselho de Disciplina para praça estável e aspirante a Oficial, assim como a instauração de Conselho de Justificação para oficiais, desde que os fatos apurados venham contrariar a ética, a honra pessoal, o pundonor militar e o decoro da classe; b) A conversão em IPM quando o fato apurado apresente indícios de crime previsto no Código Penal Militar (CPM), nos termos do artigo 10, f, do Código de Processo Penal Militar (CPPM); c) A apuração da existência de elementos indicadores de possível ato de bravura praticado por bombeiro militar, como meio subsidiário à nomeação do CEAB; d) A aplicação de sanção disciplinar à luz do RDPM, se os fatos apurados caracterizarem transgressão disciplinar; Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) 13 e) O seu arquivamento, em caso de serem considerados improcedentes ou inexistentes os fatos apurados. DA INSTAURAÇÃO Art. 9º – A instauração da Sindicância é baseada em notícia do fato a ser apurado, cabendo às investigações apontar as provas, definir a autoria e a materialidade e aplicar as sanções disciplinares cabíveis. Parágrafo Único – As autoridades competentes para a instauração de SIND. PM estão obrigadas a remeter os respectivos autos à Corregedoria do CBMAP. PRAZO E SOBRESTAMENTO Art. 10 – O prazo para a conclusão da SIND. PM será de 20 (vinte) dias, a contar da data da publicação da Portaria de nomeação do Sindicante em Boletim Geral, prorrogável por mais 10 (dez) dias, a critério da autoridade instauradora. §1º – O prazo a que se refere este artigo é contínuo, podendo, ainda, em caso de extrema relevância, ser sobrestado por período determinado pela autoridade instauradora, a requerimento do Sindicante, antes do seu vencimento. §2º – Computar-se-ão os prazos excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o do vencimento. §3º – Terminado o prazo em dia não útil, considerar-se-á o primeiro dia útil seguinte como o do vencimento. DA DESIGNAÇÃO Art. 11 – O Sindicante será designado mediante Portaria do Comandante ou Subcomandante Geral, dos Diretores, dos Comandantes Operacionais e dos Comandantes de Companhias Independentes, na qual deverá constar resumidamente a referência aos atos e fatos a serem esclarecidos, e, se houver, serão anexados documentos, obedecendo-se o a seguir aduzido: Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP)14 §1º – As Portarias serão exaradas pelo Comandante e Subcomandante Geral e somente eles, assessorados pela Corregedoria, poderão designar Sindicante para apurar possível transgressão disciplinar cometida por Oficial BM; §2º – Os Diretores, os Comandantes Operacionais e os Comandantes de Companhias Independentes exararão Portarias somente no âmbito de suas competências. DO SINDICANTE Art. 12 – A SIND. PM poderá ser presidida por Oficial, Aspirante a Oficial ou Subtenente, desde que este último possua o Curso de Habilitação de Oficiais de Administração, observada a complexidade da investigação e a eventual necessidade de qualificação específica do Sindicante. SUBSTITUIÇÃO DO SINDICANTE Art. 13 – Poderá ocorrer, a qualquer tempo, justificadamente, a substituição do Sindicante pela autoridade delegante. SUSPEIÇÃO DO SINDICANTE Art. 14 – O Sindicante dar-se-á por suspeito ou impedido, quando: I – Cônjuge, companheiro ou parente do investigado, consangüíneo ou afim em linha reta ou colateral até o 4º grau; II – Amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das partes envolvidas; III – Interessado no julgamento da causa em favor de uma das partes. Parágrafo Único – A suspeição não poderá ser declarada nem reconhecida, quando o investigado injuriar o Sindicante ou deliberadamente der motivo para criá-la. Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) 15 DO ESCRIVÃO Art. 15 – A designação de Escrivão não será obrigatória, cabendo ao Sindicante fazê-la, quando julgar necessário, podendo recair a designação em militar de qualquer graduação. Parágrafo Único – Caso haja nomeação de Escrivão, o mesmo prestará o compromisso de manter o sigilo da Sindicância e de cumprir fielmente as determinações que lhes forem passadas, sob pena de responsabilidade. SUSPEIÇÃO DE ESCRIVÃES, PERITOS E INTÉRPRETES Art. 16 – A suspeição ou impedimento de que trata o art. 14 será extensiva aos Escrivães, Peritos e Intérpretes. ARGÜIÇÃO DE SUSPEIÇÃO Art. 17 – A parte interessada deverá argüir o impedimento ou a suspeição, em petição fundamentada e devidamente instruída na primeira oportunidade em que lhe couber falar nos autos. DA INSTRUÇÃO Art. 18 – Recebidos os documentos originários e após a devida autuação, o Sindicante deverá obedecer a seguinte seqüência de atos: a) expedir a Notificação Prévia ao Sindicado, informando as razões da abertura da Sindicância, bem como as acusações que lhe são imputadas, para que, querendo, constitua advogado no prazo de 48 (quarenta e oito) horas. b) expedir ofício intimando o Sindicado para prestar depoimento. A intimação deverá ser feita ao comandante imediato do Sindicado, com antecedência mínima de 24h do ato a que se refere e deverá conter o resumo dos fatos a serem apurados; c) apreender os instrumentos e objetos que tenham relação com os Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP)16 fatos, quando cabível e enquanto houver interesse; d) ouvir o ofendido; e) ouvir astestemunhas arroladas, no máximo 08 (oito); f) proceder, se necessário, ao reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações; g) determinar, quando necessário, que se proceda ao exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias entendidas necessárias; h) relatório do Sindicante e remessa dos autos a Corregedoria do CBMAP; i) confecção de Termo Acusatório, pela Corregedoria, com o prazo de 05 (cinco) dias úteis para resposta, no caso de constatação de cometimento de transgressão disciplinar; j) a abertura de novo procedimento, conforme o caso; l) remessa dos autos à autoridade instauradora para solução, podendo este requisitar o arquivamento, ou, discordando da conclusão do Sindicante, avocá-la e dar solução diferente; m) confecção da Nota de Punição, constando dia e local para o cumprimento da punição aplicada, especificando se dever ser com ou sem prejuízo da escala de serviço. DO RELATÓRIO DO SINDICANTE Art. 19 – A SIND. PM será encerrada com um relatório circunstanciado do Sindicante no qual seja consignado: a) as diligências realizadas; b) as pessoas ouvidas; c) os resultados obtidos; d) o dia, hora e local da ocorrência do fato objeto da apuração; e) a indicação dos elementos que apontem para o autor ou autores do fato; Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) 17 f) a necessidade de instauração de outro feito administrativo, se necessário. DO ARQUIVAMENTO Art. 20 – Considerados improcedentes ou inexistentes os fatos apurados, a autoridade instauradora mandará arquivar os respectivos autos na Corregedoria do CBMAP. AVOCAÇÃO Art. 21 – Discordando da conclusão contida no relatório final da Sindicância, a autoridade designante poderá avocá-la e dar solução diferente, motivada e fundamentada. DOS RECURSOS ADMINISTRATIVOS Art. 22 – Publicada a Solução em Boletim Geral, Interno ou Reservado, o prazo de recurso será de 2 (dois) dias úteis conforme o § 2°do Art. 57 do RDPM. §1º – O Comandante Geral será a última instância, seguindo a ordem hierárquica de Companhia Independente, Comando Operacional e Diretores. §2º - A punição deverá ser cumprida somente após o término do prazo estabelecido no caput deste artigo, quando será publicada a Nota de Punição. DISPOSIÇÕES COMPLEMENTARES OU SUPLETIVAS Art. 23 - Aplicam-se à SIND. PM, no que couber, as disposições contidas no CPPM e no Processo Administrativo Disciplinar, desta Norma. MODELOS DAS PEÇAS Art. 24 – Constam do Anexo II destas NPA/CBMAP os modelos das peças de Sindicância. 18 Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) CAPÍTULO III PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DENOMINADO PROCESSO DISCIPLINAR SUMÁRIO (PDS) CONCEITO E FINALIDADE Art. 25 – O Processo Disciplinar Sumário (PDS) é o procedimento aplicado para apurar suposto cometimento de transgressão disciplinar, nos casos em que houver indícios suficientes de autoria e que por sua natureza e complexidade não exijam a instauração de outro procedimento administrativo, podendo redundar na aplicação de punição disciplinar ou seu arquivamento. DA INSTAURAÇÃO Art. 26 - O Processo Disciplinar Sumário (PDS) será instaurado, através de Portaria, do Comandante Geral, do Subcomandante Geral, dos Diretores, dos Comandantes Operacionais ou dos Comandantes de Companhias Independentes no âmbito de suas competências. §1º – O PDS será provocado mediante o recebimento de representação, parte, queixa, requerimento ou quaisquer outros documentos, não anônimos, que noticiem a prática de infração disciplinar e a sua autoria. §2º - O documento deve ser claro e preciso, contendo informações capazes de identificar a(s) pessoa(s) ou coisa(s) envolvida(s), o local, a data e a hora da ocorrência e caracterizar as circunstâncias que a envolverem. DO PRAZO Art. 27 – O prazo para a conclusão do PDS é de 08 (oito) dias úteis, a partir da publicação em Boletim Geral ou Boletim Interno, podendo ser prorrogado por igual período a critério da autoridade delegante. Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) 19 DO ENCARREGADO Art. 28 – O PDS poderá ser presidido por Oficial, Aspirante à Oficial ou Subtenente, desde que este último possua o Curso de Habilitação de Oficiais de Administração, observada a complexidade da investigação e a eventual necessidade de qualificação específica do encarregado. DA SUSPEIÇÃO Art. 29 – O encarregado dar-se-á por suspeito ou impedido, quando: I – Cônjuge, companheiro ou parente do investigado, consangüíneo ou afim em linha reta ou colateral até o 4º grau; II – Amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das partes envolvidas; III – Interessado no julgamento da causa em favor de uma das partes. Parágrafo Único – A suspeição não poderá ser declarada nem reconhecida, quando o investigado injuriar o Encarregado ou deliberadamente der motivo para criá-la. DA INSTRUÇÃO Art. 30 – Recebidos os documentos originários, o Encarregado deverá obedecer à seqüência dos seguintes atos: a) expedir Notificação Prévia, em forma de memorando, ao autor da suposta transgressão disciplinar onde sintetizará o fato transgressor, bem como as acusações que lhe são imputadas, dando-lhe oportunidade para apresentar advogado, bem como as testemunhas que achar conveniente; b) ouvir as testemunhas (caso haja) e interrogar o acusado; c) conceder direito de defesa no prazo máximo de 3 (três) dias úteis; d) oposta a Defesa pelo acusado ou seu advogado regularmente constituído, a autoridade atenderá aos eventuais requisitos e instruirá o feito com o que mais entender necessário; e) não será obrigatória a oitiva de testemunhas, exceto se necessitar 20 Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) o Encarregado de maiores esclarecimentos acerca dos fatos; f) conclusão do encarregado; g) remessa à autoridade designante para a Solução; h) elaboração da Nota de Punição ou arquivamento do Procedimento; i) remessa à Corregedoria para conhecimento e Publicação do ato em Boletim Geral ou Boletim Interno; j) remessa dos autos à autoridade delegante ou designante para arquivamento. DOS RECURSOS ADMINISTRATIVOS Art. 31 – Publicada a Solução em Boletim Geral, Interno ou Reservado, o prazo de recurso será de 2 (dois) dias conforme o § 2°do Art. 57 do RDPM. §1º – O Comandante Geral será a última instância, seguindo a ordem hierárquica de Companhia Independente, Comando Operacional e Diretores. §2º - A punição deverá ser cumprida somente após o término do prazo estabelecido no caput deste artigo, quando será publicada a Nota de Punição. MODELOS DAS PEÇAS Art. 32 - Constam do Anexo III destas NPA/CBMAP os modelos das peças de PDS. Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) 21 CAPÍTULO IV PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DENOMINADO INQUÉRITO POLICIAL MILITAR (IPM) CONCEITO E FINALIDADE Art. 33 – Inquérito Policial Militar é o procedimento administrativo militar destinado à apuração sumária de fato que, nos termos legais, configure crime militar, e de sua autoria. Tem o caráter de instrução provisória, cuja finalidade precípua é a de ministrar elementos necessários à propositura da ação penal militar. =Vide Art. 9º do Código de Processo Penal Militar – Decreto- Lei n.º 1.002, de 21 de outubro de 1969. DO PROCEDIMENTO Art. 34 – O procedimento para instauração de IPM deve ser observado nos Art. 9º a 28 do Código de Processo Penal Militar. COMPETÊNCIA PARA INSTAURAÇÃO DE IPM Art. 35 – É de competência do Comandante Geral do CBMAP, mediante Portaria, a determinação para a instauração de IPM, observado o que dispõe o Art. 10 do Código de Processo Penal Militar. =Vide Art.10 do Código de Processo Penal Militar. Parágrafo Único – Cabe à Corregedoria do CBMAP a confecção das Portarias para a instauração do IPM, bem como o controle e o acompanhamento do mesmo, e ainda, a remessa dos autos à Promotoria Militar. DO ENCARREGADO DO IPM Art. 36 - O IPM será presidido por Oficial, podendo ser substituído, justificadamente, a qualquer tempo, pela autoridade delegante. 22 Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) Aplicar-se-á, ainda, subsidiariamente, o art. 14 desta norma, quanto à suspeição do Encarregado. ORDEM DAS PEÇAS Art. 37 – Obedecendo-se as peculiaridades de cada caso sob apuração através de IPM, um feito nem sempre será idêntico a outro, no entanto, existem peças que são comuns e que, geralmente, na ordem seguinte, aparecem nos IPM´s. São elas: I – Autuação; II – Portaria de Instauração; III – Designação de Escrivão; IV – Termo de Compromisso de Escrivão; V – Portaria do Encarregado; VI – Despacho do Encarregado; VII – Certidão de cumprimento de diligência, VIII – Termo de Declaração do Ofendido; IX – Assentada; X – Termo de Inquirição de Testemunhas; XI – Termo de Inquirição do Indiciado; XII – Relatório; XIII – Remessa à Corregedoria; XIV – Homologação ou não da solução pelo Comandante ou Subcomandante Geral; XV – Remessa à Auditoria Militar. PEÇAS QUE PODEM SURGIR EM IPM Art. 38 – Existem peças que, relacionadas com o fato delituoso, objeto da persecução criminal, podem ser necessárias para a Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) 23 formação do IPM, são elas: I – Auto de avaliação; II – Auto de busca e apreensão; III – Auto de exame cadavérico; IV – Auto de exame de corpo de delito direto ou indireto; V – Auto de exame de embriaguez; VI – Auto de exame pericial (outras perícias); VII – Auto de exame de sanidade mental; VIII – Auto de exumação e necropsia; IX – Auto de reconstituição; X – Auto de entrega; XI – Auto de apreensão de objeto; XII – Auto de prisão em flagrante delito; XIII – Auto de resistência; XIV – Carta precatória; XV – Termo de abertura; XVI – Termo de acareação; XVII – Termo de compromisso de perito; XVIII – Termo de reconhecimento; XIX – Termo de restituição de coisas apreendidas; XX – Termo de apreensão; XXI – Termo de reconhecimento de objeto; XXII – Termo de nomeação de perito; XXIII – Termo de responsabilidade civil; XXIV – Termo de abertura do volume; XXV – Solicitação de prisão preventiva; 24 Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) XXVI – Requerimento para quebra de sigilo telefônico; XXVII – Requerimento para quebra de sigilo bancário; XXVIII – Perícias ou Exames; XXIX – Croquis. PREOCUPAÇÃO COM A INVESTIGAÇÃO Art. 39 – As formalidades relacionadas nos artigos anteriores devem ser seguidas pelo oficial encarregado, por seu auxiliar direto, o escrivão, e pela equipe de investigação, se houver, a fim de assegurar o bom andamento e organização dos feitos. REMESSA DOS AUTOS A PROMOTORIA DE JUSTIÇA MILITAR Art. 40 - Após a conclusão do IPM, a Corregedoria o remeterá à Promotoria de Justiça Militar para análise quanto à propositura ou não da ação penal militar. MODELOS DE PEÇAS Art. 41 - Constam do Anexo IV destas NPA/CBMAP os modelos das peças de IPM. CAPÍTULO V PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DENOMINADO CONSELHO ESPECIAL PARA APURAR POSSÍVEL ATO DE BRAVURA (CEAB) CONCEITO E FINALIDADE Art. 42 - O procedimento administrativo denominado Conselho Especial para Apurar Possível Ato de Bravura é o que se destina a verificar a existência dos requisitos fáticos que possam sugerir a promoção do bombeiro militar por bravura. Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) 25 Parágrafo Único – Para efeito desta norma a expressão ato de bravura equivale à ação de bravura. DOS REQUISITOS PARA A CONFIGURAÇÃO DE ATO DE BRAVURA Art. 43 – No tocante à análise da conduta do Bombeiro Militar, o CEAB deverá observar, para a possível configuração de ação de bravura, a existência, cumulada, dos seguintes requisitos: I – que o ato em análise tenha sido desenvolvido em nível tal de coragem e audácia que tenha extrapolado o limite de atuação de um Bombeiro Militar no cumprimento de seu dever; II – que o ato em análise tenha representado feito indispensável às operações militares ou, mesmo não estando de serviço o bombeiro militar, e, portanto, não inserido no contexto de operações militares, mas, agindo em razão da função bombeiro militar, tenha contribuído de forma relevante no sentido de proteger quem se achava em perigo de morte atual ou iminente. DA DEBILIDADE FÍSICA PERMANENTE Art. 44 - Pode ser submetido ao CEAB, o bombeiro que, agindo em razão da função e empregando o que preceitua a técnica bombeiro militar, independentemente dos requisitos do artigo anterior, sofra, em conseqüência de sua atuação, debilidade física permanente de membro, sentido ou função, atestada pela Junta Médica da PM e BM/AP ou, na impossibilidade desta, por laudo médico especialista. Parágrafo Único - Aplica-se o caput deste artigo somente se o bombeiro militar estiver na ativa ou se os trabalhos do CEAB tenham se iniciado antes da efetiva transferência para a inatividade, mediante reforma. DA COMPETÊNCIA PARA NOMEAÇÃO DO CEAB Art. 45 - É de competência exclusiva do Governador do Estado, através de decreto, mediante proposta do Comandante Geral do 26 Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) CBMAP, a nomeação do CEAB para os oficiais BM, e pelo Comandante Geral, através de portaria, feita pela Corregedoria, para as praças BM. Parágrafo Único – Não será nomeado o CEAB para a avaliação de possível ato de bravura que tenha ocorrido há mais de seis meses, incorrendo em caducidade. DA COMPOSIÇÃO DO CEAB Art. 46 - O CEAB será composto por 03 (três) oficiais da Corporação, sendo o mais antigo o presidente, de posto não inferior ao de Capitão, o que lhe segue na antiguidade, o relator, e o mais moderno, o escrivão. Parágrafo Único – Nenhum dos integrantes do CEAB poderá ter posto inferior ao de 1º Tenente Bombeiro Militar e nem tampouco ao do Oficial cuja ação esteja sob análise. DAS ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE Art. 47 - São atribuições do Oficial Presidente do CEAB: I – Presidir todos os trabalhos do Conselho, zelando pela regularidade do procedimento, conforme as normas vigentes; II – Instalar o Conselho, registrando em ata e prestando o compromisso legal; III – Determinar diligências necessárias ao esclarecimento das circunstâncias que envolvem a possível ação de bravura, determinando, inclusive, a reprodução simulada dos fatos, através de reconstituição, quando possível; IV – Fazer a remessa do feito administrativo, após conclusão, ao Comandante Geral, opinando pela existência de ato de bravura ou não. Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) 27 DAS ATRIBUIÇÕES DO RELATOR Art. 48 - São atribuições do oficial relator do CEAB: I – Encarregar-se das diligências necessárias à elucidação da ação sob análise; II – Verificar a confirmação da ação ao que prevê a doutrina bombeiro militar; III – Elaborar o relatório do CEAB e submetê-lo à apreciação dos demais membros; DAS ATRIBUIÇÕES DO OFICIAL ESCRIVÃO Art. 49 - São atribuições do escrivão do CEAB: I – Autuar o procedimento; II – Cumprir os despachos do Presidente; III – Elaborar as atas das sessões do CEAB; IV – Digitar as peças do CEAB; DO COMPROMISSO Art. 50 - Os membros do CEAB, na reunião de instalação, prestarão o seguinte compromisso: “Prometo apreciar os fatos que me foremsubmetidos e, de acordo com estas normas, emitir parecer sobre eles com imparcialidade, impessoalidade e justiça”. DA SUSPEIÇÃO E DO IMPEDIMENTO Art. 51 - Os casos de suspeição e impedimento deverão ser declarados de ofício, por qualquer um dos membros do CEAB, antes de prestado o compromisso. DO REGISTRO DA INSTRUÇÃO PROCEDIMENTAL Art. 52 - De toda sessão do CEAB será lavrada ata pelo escrivão. 28 Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) DO PRAZO E DA PRORROGAÇÃO Art. 53 - O prazo para a conclusão do CEAB será de 30 (trinta) dias, a contar da data de publicação do ato que nomeou o Conselho, prorrogável por mais 15 (quinze) dias, a juízo da autoridade competente, mediante proposta ao Comandante Geral para os praças e ao Governador em caso de Oficial, sendo o pedido motivado pelo Presidente do CEAB. DAS SUBSTITUIÇÕES NO CEAB Art. 54 – O Governador poderá substituir qualquer membro do CEAB, por motivo de suspeição, impedimento ou afastamento temporário das atividades bombeiro militar, quando se tratar de Oficial e o Comandante Geral em caso de praças. DO RELATÓRIO Art. 55 - O relatório é assinado por todos os membros do CEAB, concluindo se a ação configura-se ou não como de bravura, observados os requisitos legais. DA VOTAÇÃO DO RELATÓRIO Art. 56 – A conclusão do CEAB será tomada por maioria de votos de seus membros, iniciando-se o escrutínio pelo oficial mais moderno. DA DECISÃO DO COMANDANTE GERAL Art. 57 - Recebidos os autos do CEAB, o Comandante Geral, no prazo de 10 (dez) dias úteis, aceitando ou não a conclusão, decidirá: I – Pelo retorno dos autos ao CEAB para a realização de outras diligências, estabelecendo o prazo improrrogável de, no máximo, 15 (quinze) dias; II – Pela existência de ação de bravura, encaminhando o procedimento à Diretoria de Desenvolvimento de Recursos Humanos Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) 29 para a adoção de providências visando à promoção por bravura e posterior encaminhamento dos autos ao Governador do Estado; III – Pela inexistência de ação de bravura, determinando o arquivamento dos autos na Corregedoria. DO RECURSO OU REVISÃO Art. 58 – A última instância para recurso administrativo é o Governador do Estado, mediante interposição ao Comandante Geral, no caso de Oficiais BM, e diretamente ao Comandante Geral, no caso de praças, sendo o prazo de 03 (três) dias úteis, após a publicação da solução em Boletim Geral. DA COMPETÊNCIA PARA A PROMOÇÃO POR BRAVURA Art. 59 - É de competência exclusiva do Governador do Estado do Amapá a promoção de Bombeiro Militar por bravura. DA PROMOÇÃO INDEPENDENTE DE DATA Art. 60 - A promoção por bravura se fará a contar da data que ocorreu o ato considerado de bravura, independente das datas de promoções constantes da legislação específica. DOS ATOS CONSIDERADOS SIMULTANEAMENTE Art. 61 - O CEAB pode ser nomeado para apreciação de atos de mais um bombeiro militar, desde que estejam estritamente relacionados entre si. Parágrafo Único - Havendo mais de um bombeiro militar, cujos atos estejam sob apreciação, o CEAB deverá emitir parecer no Relatório, individualizando as ações. DOS MODELOS DE PEÇAS Art. 62 - Constam do Anexo VII destas NPA/CBMAP os modelos das peças do CEAB. 30 Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) CAPÍTULO VI PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DENOMINADO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR (PAD) CONCEITO E FINALIDADE Art. 63 - O Processo Administrativo Disciplinar é o instrumento legal destinado a apurar responsabilidade de praça bombeiro militar, sem estabilidade, que tenha praticado ato que afete a honra pessoal, o pundonor militar, o decoro da classe, a ética profissional militar ou que, estando no comportamento “mau”, venha a ser punido por prática de transgressão grave, podendo redundar na aplicação de punição disciplinar, inclusive com o licenciamento a bem da disciplina. DA INSTAURAÇÃO Art. 64 – A instauração do Processo Administrativo Disciplinar dar-se-á por portaria do Comandante Geral: I - Em virtude de requisição do Poder Judiciário ou do Ministério Público, devidamente motivada e fundamentada; II - Em virtude de representação, motivada e fundamentada, de oficial ou praça da Corporação; III - Em virtude de representação, motivada e fundamentada, de cidadãos no pleno exercício de seus direitos de cidadania. Parágrafo Único - As representações de que tratam os incisos II e III deste artigo devem ser claras e precisas; devem conter informações capazes de identificar a(s) pessoa(s) ou coisa(s) envolvida(s), o local, a data e a hora da ocorrência e caracterizar as circunstâncias que a envolverem. DA PRESIDÊNCIA Art. 65 – O Processo Administrativo Disciplinar será sempre presidido por um oficial, que proverá a regularidade do processo e manterá a ordem no curso dos respectivos atos. Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) 31 Parágrafo Único – O presidente exercerá suas atividades com independência e imparcialidade, assegurado o sigilo necessário a elucidação do fato. DA SUSPEIÇÃO DO PRESIDENTE Art. 66 – O Presidente dar-se-á por suspeito ou impedido, quando: I – Cônjuge, companheiro ou parente do investigado, consangüíneo ou afim em linha reta ou colateral até o 4º grau; II – Amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das partes envolvidas; III – Interessado no julgamento da causa em favor de uma das partes. §1º – A suspeição ou impedimento de que trata este artigo será extensiva ao escrivão, aos peritos e intérpretes. §2º – A parte interessada deverá argüir o impedimento ou a suspeição, em petição fundamentada e devidamente instruída na primeira oportunidade em que lhe couber falar nos autos. §3º – A suspeição não poderá ser declarada nem reconhecida, quando o investigado injuriar o Presidente ou deliberadamente der motivo para criá-la. DO ESCRIVÃO Art. 67 – A designação do escrivão poderá ser feita pela autoridade designante, caso contrário, caberá ao presidente, recaindo em militar de sua confiança e que seja detentor de habilidades de digitação e conhecimentos básicos de informática e de língua portuguesa, especialmente ortografia e gramática, observando-se o disposto no art. 245, §5º, do Código de Processo Penal Militar. DOS PRAZOS Art. 68 – O prazo para a conclusão do PAD será de 30 (trinta) dias, a contar da data da publicação da Portaria de nomeação do Presidente em Boletim Geral, prorrogável por mais 15 (quinze) dias, a critério da autoridade instauradora. 32 Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) §1º – O prazo a que se refere este artigo é contínuo, podendo, ainda, em caso de extrema relevância, ser sobrestado por período determinado pela autoridade instauradora, a requerimento do Presidente do PAD, antes do seu vencimento. §2º – Computar-se-ão os prazos excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o do vencimento. §3º – Terminado o prazo em dia não útil, considerar-se-á o primeiro dia útil seguinte como o do vencimento. DO AFASTAMENTO DO PROCESSADO DE SUAS FUNÇÕES Art. 69 – Ao ser submetido a Processo Administrativo Disciplinar, o Processado será afastado de suas funções, passando à condição de adido à Diretoria de Desenvolvimento de Recursos Humanos – DDRH. Parágrafo Único: O ato de Adição de que trata o caput deste artigo, constará na Portaria designativa. DO SIGILO DO PROCESSO Art. 70 – O Processo Administrativo Disciplinar é sigiloso, mas seu Presidente deve permitir que dele tome conhecimento o advogado do acusado. DA INSTRUÇÃO DO PROCESSO Art. 71 – O Presidente do Processo Administrativo Disciplinardeverá, logo após receber a documentação originária, proceder aos seguintes procedimentos: §1° – Caso a autoridade designante não tenha designado o Escrivão, o Presidente baixará Portaria designando-o, logo após receber a documentação originária; §2° – Expedir a Notificação Prévia ao acusado, informando as razões da abertura do PAD, bem como as acusações que lhe são imputadas, para que querendo constitua advogado para acompanhamento do feito e oferecimento da Defesa Prévia no prazo de 5 (cinco) dias; Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) 33 §3° – Oficiar a autoridade que estiver com a custódia do acusado ou seu comandante imediato, comunicando-lhe a instauração e requisitando sua apresentação para a audiência de qualificação e interrogatório, que poderá ser realizada na presença de advogado, com antecedência mínima de 24 (vinte e quatro) horas, quando em liberdade, e 48 (quarenta e oito) horas, quando preso; §4° – Expedir ofício apresentando o Processado à Junta Médica de Saúde da PM e BM/AP, a fim de ser submetido à inspeção de saúde para fins disciplinares. Caso haja dúvida a respeito da capacidade mental do processado, será ele submetido à perícia médica especializada; §5° – Ouvir o ofendido; §6° – Ouvir as testemunhas de acusação, no máximo de 05 (cinco); §7° – Ouvir as testemunhas de defesa, no máximo de 05 (cinco); §8° – Determinar a realização de exame de corpo de delito, de perícias, buscas, apreensões, reconhecimento de pessoas, coisas e acareações, entendidas necessárias. §9º – Determinar a identificação e avaliação de coisa subtraída, desviada, destruída ou danificada ou da qual houve indébita apropriação; §10 – Juntar documentos, papéis, fotografias com os negativos, croquis e qualquer outro meio que ilustre o modo como os fatos se desenvolveram; §11 – Relatório do Presidente e remessa dos autos a Corregedoria do CBMAP, para o oferecimento das Alegações Finais de Defesa e Relatório Final da Corregedoria; §12 – Remessa dos autos à autoridade instauradora para solução podendo este requisitar o arquivamento ou, discordando da conclusão do Sindicante, avocá-la e dar solução diferente. 34 Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) DOS REQUISITOS DA NOTIFICAÇÃO PRÉVIA Art. 72 – A Notificação Prévia indicará: I – O inteiro teor do ato administrativo de instauração; II – O rol de testemunhas; III – A data em que foi expedida; IV – A assinatura do Presidente. §1º – É requisito da Notificação Prévia válida a comprovação nos autos do recebimento do documento notificatório por parte do acusado. §2º – No ofício que for entregue a autoridade que estiver com a custódia do acusado ou a seu comandante imediato, deverá conter o local, o dia e a hora, para que o acusado possa comparecer para a sua qualificação e interrogatório; DA NOTIFICAÇÃO PRÉVIA DO ACUSADO PRESO Art. 73 – A notificação do acusado preso far-se-á com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas em relação ao ato da qualificação e interrogatório, por intermédio da autoridade responsável por sua guarda, que deverá efetivá-la. DA NOTIFICAÇÃO POR EDITAL Art. 74 – Se o acusado não for encontrado, será notificado por edital, publicado uma única vez em Boletim Geral da Corporação, determinando-se o prazo de cinco dias para a sua apresentação, sem prejuízo das demais providências que devam ser tomadas, de caráter administrativo ou penal. Parágrafo Único – Se o acusado não encontrado for inativo, a citação por edital terá sua publicação em Diário Oficial do Estado. DA REVELIA DO PROCESSADO Art. 75 – Considera-se revel o processado que não apresentar defesa no prazo legal. §1º - A revelia será declarada, por termo, nos autos do processo. Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) 35 §2º - Para defender o processado revel, o presidente oficiará a Defensoria Pública do Estado, solicitando a indicação de um Defensor Público. DA QUALIFICAÇÃO E DO INTERROGATÓRIO Art. 76 – O processado será qualificado e interrogado num só ato, no lugar, dia e hora designados pelo Presidente, após o recebimento da documentação originária do processo, e antes de ouvir as testemunhas. Parágrafo Único – Após a qualificação, o Processado será cientificado da acusação pela leitura dos documentos que deram origem ao processo e interrogado. DA FORMA E REQUISITOS DO INTERROGATÓRIO Art. 77 – O interrogatório obedecerá a seguinte forma: a) se é verdadeira a imputação que lhe é feita; b) não sendo verdadeira a imputação, se sabe de algum motivo particular a que deva atribuí-la, se conhece a pessoa ou pessoas a quem deva ser imputada a prática do crime, qual ou quais sejam, e se com elas esteve antes ou depois da prática da infração; c) onde estava ao tempo em que foi cometida a infração e se teve notícia desta e de que forma; d) se conhece a pessoa ofendida e as testemunhas arroladas no processo, desde quando e se tem alguma coisa a alegar contra elas; e) se conhece o instrumento com que foi praticada a infração, ou qualquer dos objetos que com esta se relacione e tenha sido apreendido; se conhece as provas contra ele apuradas e se tem alguma coisa a alegar a respeito das mesmas; f) se tem algo mais a alegar em sua defesa. Parágrafo único – A seqüência de perguntas de que trata este artigo, 36 Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) deverá ser cumprida literalmente, mas nada impede que o presidente faça outros questionamentos, caso entenda necessário, independentemente daqueles formulados pela defesa. DA CONFISSÃO Art. 78 – Se o acusado confessar a infração, será especialmente interrogado: a) sobre quais os motivos e as circunstâncias; b) sobre se outras pessoas concorreram para ela, quais foram e de que modo agiram; Parágrafo único – Se o acusado negar a imputação no todo ou em parte será convidado a indicar as provas da verdade de suas declarações. DO INTERROGATÓRIO Art. 79 – O interrogatório será feito obrigatoriamente pelo Presidente, não sendo nele permitida a intervenção de qualquer outra pessoa, inclusive do advogado de defesa. §1° – Se houver mais de um infrator, será cada um, interrogado separadamente, e sempre que divergirem em suas declarações sobre os fatos ou circunstâncias, será feita a acareação entre eles; §2° – Antes de iniciar o interrogatório, o Presidente observará ao infrator que não é obrigado a responder aos questionamentos que lhes forem formulados; §3° – Consignar-se-ão as perguntas que o acusado deixar de responder. DA DEFESA PRÉVIA Art. 80 – Após o interrogatório será concedido prazo máximo de 05 (cinco) dias úteis para o oferecimento da Defesa Prévia, devendo o Presidente fornecer-lhe o libelo acusatório, onde constem os relatos Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) 37 dos fatos e a descriminação dos atos que lhe são imputados. A defesa poderá ser realizada por meio de advogado, legalmente constituído: §1º – A falta de comparecimento do defensor, se motivada, adiará o ato do processo, desde que nele seja indispensável a sua presença. §2º – Oposta a defesa prévia pelo Processado ou seu advogado, regularmente constituído, a autoridade atenderá aos eventuais requerimentos e instruirá o feito com o que mais entender necessário; §3º – A não oposição de defesa prévia permitirá à autoridade disciplinar passar diretamente à fase final. DAS TESTEMUNHAS Art. 81 – As testemunhas são requisitadas ou intimadas por despacho do Presidente, no qual será declarada a finalidade do ato, lugar, dia e hora de comparecimento. §1° – Se a testemunha não souber ounão puder assinar, pedirá a alguém que o faça, a rogo, após o termo, se lido em sua presença. §2° – Se a testemunha indicada pelo acusado for militar da própria Corporação, de outras co-irmãs ou das Forças Armadas, a requisição será dirigida diretamente ao Comandante, Diretor ou Chefe imediato da pessoa indicada. DA FALTA DE COMPARECIMENTO Art. 82 - A testemunha que, notificada regularmente, deixar de comparecer sem justo motivo, se militar, será autuado em flagrante delito por infração ao art. 163, do CPM; se civil, poderá ser conduzida à presença de autoridade de polícia judiciária e autuada por infração ao art. 330, do Código Penal (CP). Parágrafo Único – Caso a testemunha requisitada ou intimada apresente atestado médico, documento que comprove participação em operações militares, termo de audiências judiciais ou situações similares, a audiência de inquirição poderá ser adiada. 38 Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) DAS TESTEMUNHAS QUE GOZAM DE PRERROGATIVA ESPECIAL Art. 83 – Sendo necessária à oitiva de Governador de Estado, Secretário de Estado, Deputado Federal ou Estadual, Prefeito, Juiz de Direito, Promotor de Justiça ou Militar de patente superior a do presidente, este mandará expedir ofício à autoridade contendo o elenco de perguntas que deseja serem respondidas. DA DISPENSA DE COMPARECIMENTO Art. 84 – A testemunha impossibilitada de comparecer à audiência, por enfermidade ou velhice, será inquirida onde estiver. Parágrafo Único – Nesse caso, a inquirição deverá ser precedida de autorização expressa do médico responsável pelo acompanhamento do paciente. DA ACAREAÇÃO Art. 85 – Na hipótese de depoimento divergente, proceder-se-á acareação entre os depoentes, observando o disposto no art. 365 e seguintes do CPPM. DO RECONHECIMENTO DE PESSOAS OU COISAS Art. 86 – Havendo necessidade de reconhecimento de pessoas e de coisas deverá ser observado o disposto no art. 368 a 370 do CPPM. Parágrafo Único - Do ato de reconhecimento lavrar-se-á termo pormenorizado, subscrito pelo presidente, pela pessoa chamada para proceder ao reconhecimento, pelo defensor do acusado, e por duas testemunhas presenciais. DA INQUIRIÇÃO DURANTE O DIA Art. 87 – Todos os depoimentos devem ser tomados durante o dia, no período entre oito e dezoito horas, exceto em caso de urgência que constará da respectiva assentada, devendo ser observado o seguinte: I – O depoimento que não ficar concluído até às dezoito horas será Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) 39 encerrado, para prosseguir no dia seguinte, em hora determinada pelo presidente do PAD, salvo se as partes se manifestarem favoráveis à conclusão do feito, o que deverá ser consignado no termo; II – A testemunha não será inquirida por mais de quatro horas consecutivas, sendo-lhe facultado o descanso de meia hora sempre que tiver de prestar declarações além daquele tempo; III – Não sendo útil o dia seguinte, a inquirição poderá ser adiada para o próximo dia útil subseqüente, salvo em caso de urgência. No caso da testemunha manifestar o desejo de prestar depoimento em dia não útil, alegando necessidades outras, tal fato deverá ser registrado no termo. DA VALIDADE DOS ATOS PROBATÓRIOS Art. 88 – É admissível qualquer prova lícita, desde que não atente contra a moral, a saúde, a segurança individual ou coletiva, contra a hierarquia ou a disciplina militar. DO ÔNUS DA PROVA Art. 89 – O ônus da prova compete a quem alegar o fato, mas o Presidente poderá, no curso da instrução, de ofício, determinar a realização de diligências com o escopo de dirimir dúvida sobre ponto relevante. Parágrafo Único – Realizada a diligência, sobre ela será ouvida a defesa para se pronunciar, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, contado da data do ciente na notificação, não se computando o dia do começo do prazo para a remessa do feito à defesa, porém computar- se-á o dia do fim. DA PROVA DOCUMENTAL Art. 90 – O documento público tem a presunção de veracidade, quer quanto à sua formação, quer quanto aos fatos que o militar, com fé pública, declare que ocorreram na sua presença. §1º – Fazem a mesma prova que os respectivos originais: 40 Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) I – As certidões textuais de qualquer peça do processo, do protocolo das audiências ou de outro qualquer livro a cargo do escrivão, sendo extraídas por ele, ou sob sua vigilância e por ele subscritas; II – Os traslados e as certidões extraídas por oficiais públicos, de escritos lançados em suas notas; III – As cópias de documentos, desde que autenticadas por oficial público. §2º – A correspondência particular, interceptada ou obtida por meios criminosos, não será juntada ao PAD, devendo ser restituída aos seus donos, assim como as transcrições das escutas ou gravações telefônicas realizadas sem autorização judicial; §3º – Os documentos poderão ser apresentados em qualquer fase do PAD, salvo se os autos deste estiverem conclusos para emissão de relatório final, porém, somente laudos periciais não conclusos a tempo poderão ser juntados aos autos após o referido relatório. DA RECONSTITUIÇÃO Art. 91 – Para verificar a possibilidade de haver sido a ocorrência praticada de determinado modo, o presidente do PAD poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública, nem atente contra a hierarquia ou a disciplina militar. DOS PERITOS Art. 92 – As perícias serão realizadas através da Polícia Técnico- Científica do Amapá-POLITEC/AP. Parágrafo Único – Em caso de impossibilidade da realização da perícia pela POLITEC, o Presidente nomeará os peritos, no mínimo de 03 (três), dentre os oficiais da ativa, atendida a especialidade. Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) 41 DO RELATÓRIO Art. 93 - O processo será encerrado com circunstanciado relatório, no qual o Presidente mencionará a autoridade designante, o objetivo da apuração, as diligências realizadas e os resultados obtidos, a descrição do fato com indicação do dia, hora e local em que ocorreu, a análise do fato e das provas constantes dos autos. Em conclusão, mencionará se há indícios de infração disciplinar a punir e/ou indícios de crime, notificando o acusado para tomar conhecimento. DAS ALEGAÇÕES FINAIS E DA REMESSA DOS AUTOS Art. 94 – Os autos serão remetidos à Corregedoria para que seja oferecidas as Alegações Finais, no prazo de 05 (cinco) dias úteis, e posterior emissão de Relatório ou para que seja determinada a realização de novas diligências, se as julgar necessárias. Nesse último caso, o Presidente terá um prazo não excedente a 10 (dez) dias para a devolução do processo. DO JULGAMENTO Art. 95 – No prazo máximo de 20 (vinte) dias contados do recebimento do processo, a autoridade julgadora, que será o Comandante Geral do CBMAP, proferirá sua decisão com base em relatório circunstanciado emitido pela Corregedoria. Parágrafo Único – Reconhecida a inocência do acusado, a autoridade julgadora recomendará seu arquivamento. DA AVOCAÇÃO Art. 96 – Discordando da conclusão dada ao processo, a autoridade julgadora poderá avocá-la e dar solução diferente, motivada e fundamentada. DA INSTAURAÇÃO DE NOVO PROCESSO Art. 97 – O arquivamento do PAD não obsta a instauração de outro, se novas provas surgirem em relação ao fato, ao acusado ou a terceira pessoa, ressalvado o caso julgado e/ou a prescrição. 42 Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) DOS RECURSOS Art. 98 – Caberá recurso da decisão ao Comandante Geral, no prazo de 10 (dez) diasa contar da data da publicação da solução em Boletim Geral. DOS MODELOS Art. 99 - Constam do Anexo VIII destas NPA/CBMAP os modelos das peças de PAD. CAPÍTULO VII PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DENOMINADO DE CONSELHO DE DISCIPLINA (CD) CONCEITO E FINALIDADE Art. 100 – É o procedimento administrativo destinado a julgar a incapacidade das praças do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá, com estabilidade assegurada, inclusive aspirante a oficial, para permanecerem na ativa, criando-lhes ao mesmo tempo condições para se defender. Parágrafo Único – Ao Conselho de Disciplina pode também ser submetido o Aspirante a Oficial e os demais Praças do CBMAP, na reforma ou na reserva remunerada, presumivelmente, incapazes de permanecer na situação de inatividade em que se encontram. n Vide art. 49 da Lei n° 6.652, de 30 de maio de 1979, combinado com a Lei n° 6.804, de 07 de julho de 1980 (Dispõe sobre o Conselho de Disciplina das Polícias Militares dos antigos Territórios Federais). Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) 43 DOS REQUISITOS PARA A INSTAURAÇÃO DE CD Art. 101 - Como avaliação preliminar para o submetimento de Bombeiro Militar ao CD, a autoridade competente observará o previsto do art. 2° da Lei n° 6.804, 07/07/80. DA NOMEAÇÃO DO CD Art. 102 – A nomeação do Conselho de Disciplina, por deliberação própria ou por ordem superior, é da competência do Comandante Geral do CBMAP, observando-se o disposto no art. 5º, da Lei n° 6.804, 07/07/80. DO ROTEIRO DO CD Art. 103 – O CD deverá, para a formação e desenvolvimento do feito, observar o contido nos arts. 7º ao 10, da Lei n° 6.804, 07/07/80. DOS PRAZOS PARA CONCLUSÃO Art. 104 - O prazo para a conclusão dos trabalhos do CD é de 30 (trinta dias), a contar da publicação do ato administrativo de instauração, podendo ser prorrogado por mais 20 (vinte) dias, pela autoridade instauradora, conforme previsto art. 11, da Lei n° 6.804/80. Parágrafo Único - O pedido de prorrogação deve ser motivado e feito tempestivamente. A concessão ou denegação da prorrogação será realizada por despacho da autoridade instauradora. DA DEFESA PRÉVIA Art. 105 – Aplica-se, no que couber ao CD, o previsto no art. 80 da presente Portaria c/c com art. 9º da Lei n° 6.804, 07/07/80. DA REMESSA DO PROCESSO À CORREGEDORIA Art. 106 - Após a conclusão dos trabalhos, o Presidente do CD encaminhará o feito à Corregedoria, a quem compete submetê-lo à 44 Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) apreciação do Comandante Geral do CBMAP, que no prazo de 20 (vinte dias), aceitando ou não seu julgamento, motivadamente decidirá em consonância com o que prevê o art. 13 da Lei n° 6.804, 07/07/80. DOS RECURSOS Art. 107 – Compete ao Governador do Estado, em última instância, no prazo de 20 (vinte) dias, contados da data do recebimento do processo, julgar os recursos que forem oriundos dos Conselhos de Disciplina conforme prevê o art. 15 da Lei n° 6.804 de 07 de Julho de 1980. DO ARQUIVAMENTO DO FEITO Art. 108 - Concluídos os atos administrativos decorrentes da decisão do Comandante Geral os autos do CD serão arquivados na Corregedoria. DOS MODELOS DE FORMULÁRIOS Art. 109 - Constam do Anexo IX destas NPA/CBMAP os modelos das peças do CD. CAPÍTULO VIII PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DENOMINADO CONSELHO DE JUSTIFICAÇÃO (CJ) CONCEITO E FINALIDADE Art. 110 – É o procedimento administrativo destinado a julgar a incapacidade de Oficiais do Corpo de Bombeiros Militar do Amapá, para permanecer na ativa, criando-lhes ao mesmo tempo condições para se defender. Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) 45 Parágrafo Único - Ao Conselho de Justificação pode também ser submetido o Oficial da reserva remunerada ou reformado, presumivelmente incapaz de permanecer na situação de inatividade em que se encontra. lVide art. 48 da Lei n° 6.652, de 30 de maio de 1979, combinado com a Lei n° 6.784, de 20 de maio de 1980 (Dispõe sobre o Conselho de Justificação das Polícias Militares dos antigos Territórios Federais). DOS REQUISITOS PARA A INSTAURAÇÃO DO CJ Art. 111 – Como avaliação preliminar para o submetimento de Oficial Bombeiro Militar ao CJ, a autoridade competente observará o previsto no art. 1° e 2º, da Lei n° 6.784, de 20/05/1980. DA NOMEAÇÃO DO CJ Art. 112 – A nomeação do CJ é de competência do Governador do Estado, observando-se o disposto no art. 4º da Lei n.º 6.784, de 20/05/1980. DA COMPETÊNCIA DA CORREGEDORIA DO CBMAP Art. 113 – A Corregedoria do CBMAP é o órgão competente para o desenvolvimento de atos administrativos com vistas ao cumprimento de ordens emanadas do Governador do Estado, no que concerne à instauração do Conselho de Justificação. DO ROTEIRO DO CJ Art. 114 – O CJ deverá, para a formação e desenvolvimento do feito, observar o contido nos arts. 3° ao 12, da Lei n° 6.784, de 20/05/1980. 46 Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) DOS PRAZOS PARA CONCLUSÃO Art. 115 – O prazo de conclusão dos trabalhos do CJ é de 30 (trinta) dias, a contar da publicação do ato administrativo de instauração, podendo ser prorrogado por mais 20 (vinte) dias, pela autoridade instauradora, conforme previsto art. 11, da Lei n° 6.784/80. Parágrafo Único – O pedido de prorrogação deve ser motivado e feito tempestivamente. A concessão ou denegação da prorrogação será realizada por despacho da autoridade instauradora. DA DEFESA PRÉVIA Art. 116 – Aplica-se, no que couber ao CJ, o previsto no art. 80 da presente Portaria c/c com art. 9º da Lei n° 6.784/80. DA REMESSA E JULGAMENTO PELO GOVERNADOR DO ESTADO Art. 117 – Após a conclusão dos trabalhos, o Presidente do CJ encaminhará o feito ao Comandante Geral do CBMAP, que através da Corregedoria, encaminhará os autos ao Governador do Estado, o qual, no prazo de 20 (vinte dias), aceitando ou não seu julgamento, motivadamente decidirá em consonância com o que prescrevem os arts. 12 e 13 da Lei n° 6.784/80. DA REMESSA AO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAPÁ (TJAP) Art. 118 – Caso o Governador do Estado decida pela remessa do processo ao TJAP, cabe à Corregedoria fazer o devido acompanhamento, para a adoção das medidas administrativas pertinentes, em consonância com o que prescrevem os incisos IV e V, do art. 13, e os arts. 14 a 16 da Lei nº 6.784/80. DO ARQUIVAMENTO DO FEITO Art. 119 – Concluídos os atos administrativos decorrentes da decisão do Governador do Estado os autos do CJ serão arquivados na Corregedoria. Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) 47 DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 120 – A autoridade delegada e escrivão durante e após os feitos, antes de remetê-los à Corregedoria, deverão: I – organizar os autos em ordem cronológica; II – carimbar, enumerar e rubricar as páginas dos autos; incluindo a capa na contagem, mas se omitindo nela a numeração; a) deve-se evitar imprimir ou reproduzir documentos nos versos das folhas dos autos, porém caso seja inevitável, quando necessitar referir-se ao verso da folha nos autos, o fará como o ex.: “fl. 123- verso”, mas não deverá enumerá-la; III – carimbar ou digitar “em branco” nos versos; IV – atentar para que a disposição dos autos (na capa) permita que novos documentos sejam juntados, após o encerramento pela autoridade delegada, até a publicação da solução o e arquivamento do feito. DOS MODELOS Art. 121 – Modelos específicos de formulários que constarão do CJ, constam ao Anexo X destas normas. CAPÍTULO IX PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DENOMINADO PROCESSO DE DESERÇÃO MILITAR (PDM) GENERALIDADES Art. 122 – O Processo de Deserção Militar (PDM) tem o caráterde instrução provisória e destina-se a fornecer os elementos necessários à propositura da ação penal, sujeitando, desde logo, o desertor à prisão. 48 Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) DO AMPARO LEGAL Art. 123 – O Processo de Deserção Militar será regido pelas disposições contidas no Decreto Lei nº 1.002, de 21 de outubro de 1969 (CPPM). DA INSTAURAÇÃO E PRESIDENCIA Art. 124 – O PDM será instaurado mediante portaria: I – do Corregedor do CBMAP, se Oficial o desertor; II – do Comandante da OBM aonde estiver servindo o militar, se Praça, o desertor. DO PRAZO DE CONCLUSÃO Art. 125 – O PDM deverá ser concluído no mais curto prazo possível após a consumação do crime de deserção e remetido a Justiça Militar. DO ESCRIVÃO AD HOC Art. 126 – A designação de escrivão ad hoc caberá ao presidente do PDM, podendo recair em militar de qualquer graduação, (art. 245, § 5º, CPPM) que seja detentor de habilidades de digitação e conhecimentos básicos da língua portuguesa. Parágrafo Único – O escrivão prestará o compromisso legal. DO RITO PROCESSUAL Da condição de ausência Art. 127 – Será considerado ausente o militar que se afastar de sua OBM, sem autorização, por tempo superior a 24 horas. §1° - Se o desertor for oficial, aspirante a oficial ou praça estável, será providenciado: I – a Parte de Ausência; Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) 49 II – diligência na tentativa de coletar informações sobre seu destino, o que será certificado nos autos; III – termo de Inventário do material deixado pelo ausente; IV – a remessa dos autos ao seu superior imediato para ciência, retornando, em seguida, ao presidente, que aguardará a consumação do crime de deserção. V – Parte e Termo de Deserção, após o prazo de 8 (oito) dias, estando ainda ausente o militar; VI – a remessa dos autos ao seu superior imediato para solução; VII – a remessa dos autos pela autoridade designante, após solução, à Diretoria de Pessoal para adoção das seguintes providências: a) ato de Agregação, que deverá ser publicado em Diário Oficial do Estado; b) juntada dos Extratos de Assentamentos; c) Portaria suspendendo os vencimentos do desertor; d) publicação em BG, em bloco: a Parte de Ausência, o Termo de Inventário, a Parte de Deserção, o Termo de Deserção, Solução, Ato de Agregação, Portaria suspensiva de vencimentos; e) juntada aos autos da cópia da publicação; f) remessa à Justiça Militar. §2° - Se o desertor for Praça sem estabilidade assegurada, será providenciado: a) citação por Edital, nos termos do Art. 277, V, “c” e “d” do CPPM, devendo ser publicado em Diário Oficial do Estado; b) ato de Exclusão ex-offício, nos termos do Art. 456, § 4º, do CPPM, que deverá ser publicado em Diário Oficial do Estado; c) juntada dos Extratos de Assentamentos; d) publicação em BG, em bloco: a Parte de Ausência, o Termo de Inventário, a Parte de Deserção, o Termo de Deserção, a Solução, o Edital e o Ato de Exclusão; 50 Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) e) juntada aos autos da cópia da publicação; f) remessa à Justiça Militar. RELATÓRIO Art. 128 – O processo de deserção será encerrado com circunstanciado relatório, no qual o presidente mencionará as diligências feitas, as pessoas ouvidas e os resultados obtidos, com indicação do dia, hora e lugar onde ocorreu o fato. DA APRESENTAÇÃO ESPONTÂNEA OU CAPTURA DO DESERTOR Art. 129 – Em ocorrendo a apresentação espontânea ou a captura do desertor, esse será levado a presença do Corregedor Geral (se oficial ou Aspirante a Oficial) ou ao Oficial de Dia do Quartel do Comando Geral CBMAP (se Praça) que providenciará o Auto de Apresentação Espontânea. Art. 130 – Concluído o auto de apresentação espontânea o desertor será encaminhado ao Diretor de Pessoal, que deverá, em caráter de urgência: I – encaminhá-lo a Diretoria de Saúde para inspeção de saúde; II – providenciar a Portaria de reversão e reimplantação na folha de pagamento; III – determinar o seu recolhimento ao xadrez; IV – remeter toda a documentação a Justiça Militar. §1º - A Diretoria de Pessoal providenciará paras que seja publicado em BG o auto de apresentação espontânea, a ata de inspeção de saúde, a portaria de reversão e de reimplantação na folha de pagamento do desertor; Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) 51 §2º - O ato de reversão e reimplantação na folha de pagamento e os ofícios de remessa a Justiça Militar serão assinados pelo Comandante Geral. Se Praça sem estabilidade considerada inapta para o serviço ativo Art. 131 – Não tendo o desertor estabilidade assegurada e sendo considerado INAPTO PARA O SERVIÇO ATIVO será isento da reinclusão. Parágrafo único – Nesse caso a Diretoria de Pessoal encaminhará, com urgência, a Auditoria Militar, o termo de apresentação espontânea (ou de captura) e a ata de inspeção de saúde, para que o cidadão seja isento, também, do processo judicial. (Art.457, § 2º do CPPM). DO PERÍODO DE GRAÇA Art. 132 – Entende-se por “período de graça”, o lapso temporal decorrido entre o primeiro e o oitavo dia de ausência do militar. Art. 133 – Se até o oitavo dia de ausência o militar se apresentar em sua OBM não será consumado o Crime de Deserção. Parágrafo único - Nesse caso o processo será encerrado com circunstanciado relatório, na fase em que se encontrar, e, em seguida, remetido à Justiça Militar. Art. 134 – Verificada a hipótese do artigo anterior, o Comandante da OBM determinará a instauração de Processo Disciplinar Sumário com vistas a responsabilizar o militar disciplinarmente. DA DEFESA Art. 135 – O Processo de Deserção Militar tem apenas o caráter de instrução provisória, cuja finalidade é fornecer os elementos necessários à propositura ou não da ação penal, não sendo aplicáveis, 52 Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) portanto, os institutos da ampla defesa e do contraditório. Parágrafo único – Nesse caso, o acompanhamento de advogado é indispensável somente na instrução processual, que acontecerá na Auditoria Militar. DA PRESENÇA DE ADVOGADO NO PROCESSO DE DESERÇÃO Art. 136 – No caso do desertor apresentar-se acompanhado de advogado, será registrada a participação do mesmo no auto de apresentação espontânea. Art. 137 – Constituem direitos do Advogado, entre outros: (Lei nº 8.906, de 04/07/94-Estatuto da OAB): I – examinar, mesmo sem procuração, os autos do processo; II – receber, mediante requerimento, cópia autenticada dos autos do processo. III – apresentar procuração até quinze dias após o início de sua atuação nos autos. DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 138 – Concluídos os atos administrativos decorrentes da decisão do Comandante Geral, os autos do PDM serão remetidos à Justiça Militar. DOS MODELOS Art. 139 - Modelos específicos de formulários que constarão do PDM, constam ao Anexo XI destas normas. Macapá-AP, 24 de Junho de 2008. Giovanni Tavares Maciel Filho - Cel BM Comandante Geral do CBMAP Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) 53 54 Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) ANEXOS Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) 55 56 Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) ANEXO I – MODELO DE TERMO DE ACORDO EXTRA JUDICIAL PORTARIA N.°____/___, DE ____/____/____ GOVERNO DO ESTADO DO AMAPÁ CORPO DEBOMBEIROS MILITAR (é facultada a indicação do n.º do procedimento) TERMO DE ACORDO EXTRA JUDICIAL Aos ................. dias do mês de ....................... do ano de ......................., nesta cidade de ......................, Estado do Amapá, presente o .......................................... (Nome e Posto do Corregedor ou Oficial por ele indicado), compareceram na Corregedoria do CBMAP, sito à Rua Hamilton Silva, c/ Av. Pe. Júlio, n.º 1647, Centro, o(a) Sr.(a) .................................., portador(a) do RG n.º ............., na condição de primeiro acordante, acompanhado por seu advogado o(a) Dr.(a) ......................, OAB-AP n.º ......, e de outro lado o Bombeiro Militar ........(nome).........., portador(a) do RG n.º ............., na condição de segundo acordante: Aberta a audiência, às ...h...min, as partes acordaram em relação à denúncia registrada na Corregedoria sob o n.º ..... (ou através de parte, memorando, parte, ofício etc.), sendo que o primeiro acordante renunciou ao direito de representação, uma vez que firmou o compromisso juntamente com o segundo acordante de (.......). Deste modo, o segundo acordante comprometeu-se em (...), bem como pautar suas condutas dentro da estrita legalidade. Nada mais havendo, dou por arquivada a denúncia e encerrada a audiência às ....h...min que presidi e cujo acordo vai assinado por mim e pelas partes acordantes. ............................................... Responsável pelo Termo ............................................... Primeiro Acordante ............................................... OAB n.º ...... ............................................... Segundo Acordante ............................................... Digitador ou testemunha Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) 57 1Os modelos das peças aqui descritas servirão de base para a uniformidade e regularidade no desenvolvimento do procedimento de SIND./BM. Trata-se de modelos específicos, podendo ser utilizados outros principalmente, aqueles relativos às diligências instrutórias, para o que servirão de base as formalidades e os formulários previstos para o IPM e o PAD, no que couberem; 2Ou outra OBM de onde originar a Portaria. ANEXO II - MODELOS DE PEÇAS DE SINDICÂNCIA POLICIAL MILITAR – PORTARIA N.°____/___, DE ____/____/____ (Modelo de Capa de Sind.) SINDICÂNCIA POLICIAL MILITAR N.º 0.../200...–Correg./CBMAP OBM: ............. do CBMAP. SINDICANTE: ......................... SINDICADO(A): ........... VÍTIMA: TESTEMUNHAS: A U T U A Ç Ã O Aos............... dias de mês de ........................ do ano de ................., nesta cidade de........................ Estado do Amapá, no quartel do .................... (onde for), autuei a Portaria n.º..../..... e demais documentos que juntos a esta me foram entregues, como adiante se vê, do que para constar lavrei o presente termo. Eu, ....(nome)......, Sindicante (ou Escrivão), digitei e subscrevo. ____________________________ (Nome e posto ou graduação) Sindicante 58 Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) GOVERNO DO ESTADO DO AMAPÁ CORPO DE BOMBEIROS MILITAR (é facultada a indicação do n.º do procedimento) 3TERMO DE ABERTURA Aos ............. dias do mês de .............. do ano de dois mil e ............, nesta cidade de ................, Estado do Amapá, na sala .....(OBM)........, em cumprimento ao determinado pela Portaria n.º 0..../0....-...., de ................ de ............de dois mil e .........., publicada no BG n.º ....., de ........ de....... do ano de dois mil e ......., pelo .....(nome e posto da autoridade delegante)...., faço a abertura dos trabalhos atinentes à presente Sindicância, do que para constar, lavrei o presente termo. _____________________ Nome e posto Sindicante 3É o último procedimento da fase de instauração, motivo pelo qual sua data tem que coincidir com a data da autuação. Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) 59 4DESIGNAÇÃO DE ESCRIVÃO (Vide Anexo IV – Formulários de IPM) TERMO DE COMPROMISSO DO ESCRIVÃO (Vide Anexo IV – Formulários de IPM) 5DESPACHO (Vide Anexo IV – Formulários de IPM) NOTIFICAÇÃO PRÉVIA (Vide Anexo III – Formulário de PDS) OFÍCIO DE CITAÇÃO, LIBELO ACUSATÓRIO, e OUTROS (Vide Anexo VIII – Formulários de PAD) (6)CONCLUSÃO; RECEBIMENTO; JUNTADA; CERTIDÃO e REMESSA (Vide Anexo IV – Formulários de IPM) NOTA DE PUNIÇÃO (Vide Anexo III – Formulário de PDS) 4Como se vê na NPA, a figura do escrivão na Sindicância não é obrigatória, porém, caso seja necessário, o mesmo deverá assumir o compromisso legal. 5Dada às variedades de despachos e a multiplicidade de providências e diligências necessárias, torna inviável o uso de carimbo e necessário o uso de folha individual. 6Podem ser usados carimbos para os termos de movimentação, quando houver, e sempre se deve digitar ou carimbar “Em Branco” no verso das folhas. Ver nota 13, da pág. 23 deste anexo. 60 Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) 7 (Modelo de OFÍCIO) GOVERNO DO ESTADO DO AMAPÁ CORPO DE BOMBEIROS MILITAR (é facultada a indicação do n.º do procedimento) Ofício n.° _____/200X SIND 0XX/XX-Correg./CBMAP. Local, data. A Sua Senhoria o Senhor (posto ou graduação e nome) (quando for o caso, indica-se o cargo ou a função do destinatário) Assunto: ___________________________. Senhor (cargo ou função), 1.Conforme a Portaria n.º __, de ___/__/___, requisito/solicito (providências conforme despacho do sindicante). Atenciosamente, ______________________________ (Nome e posto ou graduação) Sindicante 7Mesmo que a testemunha não compareça, deve-se colocar nos autos o ofício para provar a intimação e resultar futuras providências quanto à testemunha faltosa. O nome correto do termo deveria ser “notificação”. Também o CPP – art. 218 – usa o termo “notificação”. Na verdade, o que há é a convocação da testemunha para ato futuro. Segundo a doutrina, são obrigações inarredáveis da testemunha, o comparecimento, prestar o depoimento, falar a verdade e comunicar a mudança de residência (art. 330 e 342, CP). A condução coercitiva é permitida, além do pagamento de multa e responsabilização por desobediência (art. 218 e 219, CPP). Normas para elaboração de procedimentos administrativos no âmbito do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá (NPA/CBMAP) 61 GOVERNO DO ESTADO DO AMAPÁ CORPO DE BOMBEIROS MILITAR (é facultada a indicação do n.º do procedimento) TERMO DE DEPOIMENTO (nome completo) Aos ......... dias do mês de .................do ano de dois mil e .........., nesta cidade de..........., Estado do Amapá, na sala da..........(OBM)....................., presente o ................................, compareceu o Sr. (nome completo do que vai ser ouvido, e posto ou graduação se militar) natural de ..................., com ........ anos de idade, filho de ...........(pai)....... e .......(mãe)................., .......(profissão)..... (se militar constar posto ou graduação e local onde serve), residente e domiciliado na ................................................ (logradouro, número e bairro), cidade de ..................., Estado do ........................., sabendo ler e escrever, para prestar depoimento. Perguntado a respeito dos fatos que deram origem a presente Sindicância (ou tomada de declarações quando não se tratar de Sindicância) cuja portaria de fls. ........... lhe foi lida, respondeu que: .................................... (pergunta-se o que sabe a pessoa a respeito, deixando a falar livremente, pergunta-se sobre aquilo que não ficou claro ou sobre detalhes a serem esclarecidos e, em seguida, serão redigidas as declarações que serão iniciados pela palavra “Que” separados
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