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CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI 
 
 
 Rodovia BR 470 - Km 71 - no 1.040 – Bairro Benedito – Caixa Postal 191 – 89130-000 – Indaial/SC 
 Fone (47) 3281-9000 – Fax (47) 3281-9090 – Site: www.uniasselvi.com.br 
JOGOS E BRINCADEIRAS: como o professor pode 
inovar a sua prática contribuindo para a aprendizagem 
dos alunos 
 
Alunas: Elisangela Bittencourt dos Santos 
Kauani Kelly Carros da Silva 
Profª.: Mariley Duarte Rocha de Oliveira 
Centro Universitário Leonardo da Vinci-UNIASSELVI 
Pedagogia (1730) - Projeto de Ensino 
08/12/2020 
 
RESUMO 
 
Quando observamos uma criança brincando podemos notar que qualquer objeto em função da 
utilização feita pela criança torna-se um brinquedo. O educador precisa estar preparado para 
observar, criar estratégias de ensino e avaliar a partir dessas possibilidades. A educação infantil 
deve respeitar a criança como um todo, e assim promover o seu desenvolvimento integral. Os 
professores devem resgatar atividades de brincar de maneira global utilizando uma aprendizagem 
que virá como alfabetização. Utilizando os jogos e brincadeiras, os professores poderão estimular 
às crianças para uma aprendizagem prazerosa e mais fácil. O ato de brincar é uma atividade 
normal do ser humano, ao brincar a criança fica tão envolvida com o que está fazendo que muitas 
vezes manifesta sentimentos de alegria, tristeza, dor, frustração, sentimentos e emoções. É 
brincando que a criança desenvolve aspectos motores, cognitivos, afetivos e sociais. 
 
Palavras chave: Brincadeira; Observação; Desenvolvimento. 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A criança ao interagir com o conhecimento concreto e através da brincadeira constrói e 
reconstrói o seu próprio conhecimento, e dessa forma transforma o mundo ao seu redor. Ao brincar 
a criança projeta atitudes adultas da sua cultura, que se pressupõem seus futuros papeis e valores. 
O jogar, o brincar envolvem emoções, reações e a esta capacidade de aprender através do 
lúdico que deve ser enfatizada e valorizada pelas pessoas envolvidas no processo de formação da 
criança, seja na escola ou em outro espaço em que esteja inserido. Para a criança o viver é brincar, a 
brincadeira é algo considerado sério, comparado ao trabalho do adulto. Quanto mais a criança 
brinca e interage com os outros mais chances ela tem de aprender. 
A vida infantil é constituída pelo mundo do brinquedo, assim, a brincadeira não é uma 
atividade inata, mais sim uma atividade humana e social, as crianças recriam a realidade através da 
utilização desse sistema. Esse desenvolvimento e aprendizagem ocorrem num contexto de interação 
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social onde estas crianças são detentoras de um enorme potencial de energia, de uma curiosidade 
natural para compreender e dar sentido ao mundo que as rodeia. 
 Ainda nesta dinâmica de interação se articulam as iniciativas das crianças e as propostas do 
educador, e o brincar torna-se um meio privilegiado para promover a relação entre as crianças e o 
educador, facilitando assim o desenvolvimento das suas competências sociais e comunicacionais 
além do domínio da expressão oral. O brincar é essencial na educação infantil pois irá proporcionar 
o desenvolvimento motor e mental da criança. 
O professor pode utilizá-lo como recurso pedagógico. Nesta interação com o brincar, o 
professor estrutura a criança para o conhecimento físico, com o lógico e então começa a 
compreende-los. Brincar é lazer, mas é simultaneamente fonte de conhecimento e é por isso que o 
professor deve considerar o brincar como parte da atividade educativa. 
Para o professor, durante o brincar na escola, possibilita-se o desenvolvimento do processo 
de aprendizagem e também uma situação em que a criança constitui tanto para a assimilação dos 
papeis sociais e compreensão das relações afetivas que ocorrem em seu meio como para a 
construção do conhecimento. 
As crianças aprendem com muita facilidade e parecem descobrir um mundo novo por dia. 
Isso se dá ao fato de que são curiosas e estão em processo de formação da identidade e sendo assim 
buscam autonomia em suas ações. Cada gesto, atitude ou conquista deve ser valorizado, fazendo 
com que o professor sinalize essas ações a criança de maneira positiva por meio de elogios, gestos 
ou conversas fazendo com a que a criança perceba a sua evolução e progresso. 
 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
O desenvolvimento infantil é um processo em que os níveis de desenvolvimento motor, 
afetivo e cognitivo não podem acontecer de forma isolada e sim integrada. É papel do professor 
proporcionar às crianças experiências lúdicas, prazerosas, diversificadas e enriquecedoras para 
fortalecer a sua autoestima e desenvolver as suas capacidades. 
As normas de desenvolvimento estabelecidas ou as aprendizagens esperadas para uma 
determinada faixa etária/idade não deve ser encarada como etapas pré-determinadas ou fixas, pelas 
quais toda criança tem de passar, mas sim como referência para lhes proporcionar um ambiente de 
desenvolvimento e aprendizagem. O desenvolvimento motor, social, emocional, cognitivo e 
linguístico da criança é um processo que decorre da interação entre a maturação biológica e as 
experiências proporcionadas pelo meio físico e social. 
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Embora algumas aprendizagens aconteçam de forma espontânea, de acordo com os 
ambientes em que vivem , no contexto da educação da infância existe uma intencionalidade 
educativa que se concretiza através da disponibilização de um ambiente rico e estimulado, 
juntamente com um processo pedagógico coerente e consistente em que as diferentes experiências e 
oportunidades tenham uma ligação entre si. 
 Este desenvolvimento e aprendizagem ocorrem num contexto de interação social onde estas 
crianças são detentoras de um enorme potencial de energia, de uma curiosidade natural para 
compreender e dar sentido ao mundo que as rodeia. Ainda nesta dinâmica de interação se articulam 
as iniciativas das crianças e as propostas do educador, e o brincar torna-se um meio privilegiado 
para promover a relação entre as crianças e o educador, facilitando assim o desenvolvimento das 
suas competências sociais e comunicacionais além do domínio da expressão oral. 
Questionar e refletir sobre as práticas educacionais é essencial para a evolução dos 
progressos do desenvolvimento e aprendizagem, pois as informações recolhidas permitem 
fundamentar e adequar as ações e práticas pedagógicas. É necessário e fundamental que a escola 
procure adequar-se as novidades, inserir brincadeiras na rotina escolar e preparar seu planejamento 
com aulas exploratórias e dinâmicas, para assim contribuir no desenvolvimento da criança e muitas 
vezes aproximá-las ainda mais do professor. 
Não basta apenas um ambiente adequado para a aprendizagem com riqueza e diversidade de 
materiais, e sim é necessário que haja professores e educadores preparados para isso. Os jogos são 
uma ótima proposta pedagógica em sala de aula, porqueproporciona a relação entre parceiros, 
grupos que é um fator de avanço cognitivo, pois é durante os jogos que se estabelece relações de 
conflitos e decisões. O surgimento do verdadeiro comportamento lúdico está ligado ao despertar da 
sua personalidade. Os jogos passam a ter um significado positivo e de grande utilidade quando o 
professor proporciona um trabalho coletivo, de cooperação, de comunicação e socialização, além de 
serem uma forma muito indicada para estimular atividade construtivista da criança em sua vida 
social. 
 
2.1 O BRINCAR 
 
Jogos e brincadeiras são essenciais no processo educativo, pois a ludicidade é fundamental 
tanto ao desenvolvimento cognitivo e motor da criança, quanto a socialização e a aprendizagem. É 
de grande importância que haja por parte do professor um planejamento diversificado 
proporcionando atividades que desafiem seus alunos e os desenvolvam em sua totalidade, visto que 
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em sala de aula a uma forte disputa de conhecimento entre sala de aula e tecnologia. Com isso 
percebemos a necessidade de estímulos mais significativos para aprenderem o conhecimento 
mediados por seus educadores. Através de jogos, brinquedos ou brincadeiras dirigidas constroem 
visões de mundo, estabelecem relações com objetos, pessoas e com o meio em que estão inseridos, 
transmitindo assim algo que precisamos saber naquele momento sobre essa criança. Vigotsky 
afirma que “o brincar é um espaço como se fosse maior do que é na realidade, realizando 
simbolicamente, o que mais tarde realizara na vida real. Embora aparentemente expresse apenas o 
que mais gosta, a criança quando brinca, aprende a se subordinar as regras das situações que 
reconstrói”. 
A criança, ao interagir com o conhecimento concreto e através da brincadeira, constrói e 
reconstrói o seu próprio conhecimento, e dessa forma transforma o mundo ao seu redor. Ao brincar 
a criança projeta atitudes adultas da sua cultura, que se pressupõem seus futuros papeis e valores. O 
jogar, o brincar envolvem emoções, reações e a esta capacidade de aprender através do lúdico que 
deve ser enfatizada e valorizada pelas pessoas envolvidas no processo de formação da criança, seja 
na escola ou em outro espaço em que esteja inserido. Para a criança o viver é brincar, a brincadeira 
é algo considerado sério, comparado ao trabalho do adulto. Quanto mais a criança brinca e interage 
com os outros mais chances ela tem de aprender. 
A vida infantil é constituída pelo mundo do brinquedo, e sendo assim a brincadeira não é 
uma atividade inata, mais sim uma atividade humana e social, as crianças recriam a realidade 
através da utilização desse sistema. Toda criança adora brincar e enquanto brinca desenvolver várias 
aprendizagens dentro do processo da construção de conhecimento. Conforme Nascimento (2000, 
p.1): 
 
A criança não é um adulto que ainda não cresceu, ela tem características próprias. Para 
alcançar o pensamento adulto (abstrato), ela precisa percorrer todas as etapas de seu 
desenvolvimento físico, cognitivo, social e emocional. Brincando, a criança desenvolve 
potencialidades; ela compara, analisa, nomeia, mede, associa, calcula, classifica, compõem, 
conceitua, cria, deduz, etc. Sua sociabilidade se desenvolve; ela faz amigos, aprende a 
compartilhar e a respeitar o direito dos outros e as normas estabelecidas pelo grupo e a 
envolver-se nas atividades apenas pelo prazer de participar, sem visar recompensas nem 
temer castigos. Brincando, a criança estará buscando sentido para sua vida. Sua saúde 
física, emocional e intelectual depende, em grande parte, dessa atividade lúdica. 
 
 
Os jogos que serão escolhidos para trabalhar em sala de aula precisam ser estudados e 
analisados de maneira criteriosa pelo professor para serem eficientes, porque os jogos que não são 
testados e pesquisados não terão seu valores exatos, pois nunca se deve dar uma atividade lúdica 
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sem planejamento simplesmente para passar o tempo. É necessário um objetivo especifico, um 
planejamento educativo, força de vontade, criatividade, disponibilidade, seriedade e competência 
para desenvolver uma atividade lúdica em sala de aula. 
Apesar de toda modernidade atual podemos afirmar que as brincadeiras do passado ainda 
são importantes para o dia a dia dos alunos, porque além de resgatar a cultura instiga a criatividade. 
É importantíssimo associarmos as brincadeiras antigas e modernas no contexto de aprendizagem. 
Lembrando que nos dias atuais os brinquedos eletrônicos, com manual acompanhado descrevendo 
como se usa para brincar, o comodismo acaba interferindo na criatividade. 
Os jogos e as brincadeiras exercem uma influência não só no campo afetivo, mas também 
auxiliam na construção da comunicação e domínio da inteligência. 
 
2.2 BRINQUEDOTECA 
 
A brinquedoteca é para as crianças, e também para os adultos, um espaço de construção do 
conhecimento em que se desenvolve habilidades de forma prazerosa, tornando-se um ambiente de 
criatividade, afeto e apreciação da infância. Este espaço deve ser aconchegante e estimulante 
proporcionando aos que frequentam algo prazeroso para que se sintam livres para deixar a 
imaginação fluir. Existem espaços que compõem a brinquedoteca chamados de cantos, sendo eles : 
• Canto do faz de conta: mobílias infantis (cozinha, bonecas, roupas de boneca, berço, cama, 
etc) 
• Canto da Leitura: um lugar com tapetes e almofadas onde livros são manuseados como 
brinquedos porem sem a seriedade de quem estivesse em uma biblioteca. 
• Canto das Invenções: fazer com que a criança invente coisas explorando sua imaginação 
através de jogos ou materiais recicláveis. 
• Sucadoteca: confeccionar jogos e brinquedos através de sucatas. 
• Teatro: criar histórias e brincar com fantoches. 
• Mesa de Atividades: reunião de jogos ou qualquer trabalho coletivo. 
• Estantes com Brinquedos: manusear livremente explorando diversas formas de brincar. 
• Oficina: confecção de brinquedos e restauração dos brinquedos danificados. 
• Acervo: estante com jogos e quebra-cabeças que ficaram à disposição das crianças. 
 
É importante dizer que os adultos visitantes (acompanhantes) também precisam de um 
espaço, que não seja o mesmo das crianças pois a presença destes adultos no mesmo ambiente 
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poderá inibir o processo de criatividade das mesmas. O brincar deve ser observado constantemente, 
não de forma única, mas nas diferentes formas de explorar e interagir com o mundo. As principais 
finalidades das práticas da brinquedoteca são : 
• Proporcionar um espaço onde a criança possa brincar sossegada sem cobranças e sem sentir 
que está atrapalhando ou perdendo tempo. 
• Estimular o desenvolvimento de uma vidainterior rica e da capacidade de concentração e 
atenção. 
• Estimular a operatividade das crianças atribuindo sentido e ressignificação a sua ação ao 
brincar. 
• Favorecer o equilíbrio emocional, estabelecendo limites, regras e desenvolvendo respeito 
para com o outro. 
• Dar oportunidade a expansão de potencialidades, favorecendo o desenvolvimento infantil. 
• Desenvolver a inteligência, criatividade e sociabilidade. 
• Proporcionar acesso a um número maior de brinquedos, de experiência e descobertas 
(brinquedos atuais e também antigos). 
• Dar oportunidade para que aprenda a jogar e participar, e caso se perceba afastamento de um 
dos integrantes, deve mediar em prol da inclusão. 
• Incentivar a valorização do brinquedo como atividade geradora do desenvolvimento 
intelectual, emocional e social. 
• Enriquecer o relacionamento entre a criança e a família (estreitamento de laços nas relações 
familiares). 
• Valorizar os sentimentos afetivos, cultivando a sensibilidade. 
 
Ao definir brincar e brincadeira, faz-se necessário compreende-los na forma complexa em 
que estão inseridos. Vygotsky (1991) enfatiza que o prazer da brincadeira não é suficiente para 
defini-la. Ou seja, isso significa dizer que a diversão, ou prazer de brincar, é uma dimensão 
importante do fenômeno brincadeira, mas que, no entanto, não é a central. Para a criança, o prazer 
gerado pela brincadeira constitui-se como mais importante. Nesse sentido a construção de regras é 
um ponto central para definir a brincadeira. 
 
2.3 PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM 
 
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O brincar é essencial na educação infantil pois irá proporcionar o desenvolvimento motor e 
mental da criança. O professor pode utilizá-lo como recurso pedagógico. Nesta interação com o 
brincar, o professor estrutura a criança para o conhecimento físico, com o lógico e então começa a 
compreende-los. Brincar é lazer, mas é simultaneamente fonte de conhecimento e é por isso que o 
professor deve considerar o brincar como parte da atividade educativa. 
Para o professor, durante o brincar na escola, possibilita-se o desenvolvimento do processo 
de aprendizagem e também uma situação em que a criança constitui tanto para a assimilação dos 
papeis sociais e compreensão das relações afetivas que ocorrem em seu meio como para a 
construção do conhecimento. 
Nos dias atuais temos a informática que é essencial para facilitar o conhecimento e 
informação, mas esta relação entre o usuário e a máquina distancia a relação entre as pessoas, sendo 
assim os professores não podem deixar de utilizar brincadeiras pedagógicas e que estimulam a 
imaginação da criança. É necessário motivar os professores a participarem com mais frequência de 
brincadeiras que fazem parte do desenvolvimento intelectual e imaginário das crianças. Na etapa da 
pré-escola as crianças conseguem lidar com a representação, e é neste momento que começam a 
aparecer as brincadeiras envolvendo o imaginário e o faz de conta. 
Os professores precisam estar conscientes que o brincar é muitas vezes estimular aquela 
criança que não tem nada em casa, e que podem reviver a aprendizagem de uma maneira muito 
mais satisfatória. O êxito do processo ensino-aprendizagem depende em grande parte da interação 
professor-aluno, sendo que nesse relacionamento a atividade do professor é fundamental. O 
professor deve ser primeiramente um facilitador da aprendizagem criando condições para que as 
crianças explorem seus movimentos, manipulem materiais, interajam com seus companheiros e 
resolvam situações-problemas. Ainda através do ato de brincar, espera-se que as relações entre as 
crianças possam contribuir nas atividades apresentadas pelos professores para enriquecer a 
dinâmica das relações sociais na sala de aula. 
Cada dia na vida de uma criança é cheio de atividades e de novas situações de 
aprendizagem, a criança aprende vivendo, experimentando, manipulando materiais, fazendo 
descobertas e construindo seu conhecimento a partir da leitura que faz do mundo, ou seja, da sua 
realidade. Assim: “O professor tem que partir da realidade dos alunos, ver suas necessidades, buscar 
alternativas de interação. Ocorre que, na fase de mudança, está tomada de consciência é importante, 
até que venha a se incorporar com um novo habito” (VASCONCELLOS, 1995, p.74). 
 
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Neste contexto cabe ao professor dentro da sua pedagogia de projetos utilizar definições 
como : 
• Organizar estratégias e materiais, colocando as crianças em contato com diferentes 
objetos de cultura; 
• Apontar diversos caminhos que as crianças poderão seguir, adotando uma atitude de 
escuta e dialogo; 
• Planejar, organizar e definir atividades, materiais e recursos que serão utilizados; 
• Considerar o que as crianças já sabem sobre o tema em discussão; 
• Favorecer um estudo multidisciplinar; 
• Organizar o espaço de maneira que ele se torne desafiador e que isso proporcione 
atividades conjuntas entre equipes ou parceiros; 
• Estimular a criatividade e curiosidade; 
• Promover construção de autonomia moral e intelectual das crianças; 
• Ser um articulador e oferecer apoios indispensáveis para que as crianças utilizem na 
construção de seu processo; 
• Intermediar as ações das crianças e os objetos do conhecimento. 
 
Ao aplicar a pedagogia de projetos o professor tem a possibilidade de reinventar o seu 
profissionalismo, desenvolver uma escuta atenta e um olhar perspicaz, conhecer e registrar os 
modos como cada criança se envolve e participa, repensar sua pratica, atualizar-se, revisar seu 
modo de ensinar e com isso transformar a própria história como sujeito educador, analisar 
criteriosamente o processo de aprendizagem realizado pelo grupo, criar um ambiente propicio para 
que se construa a aprendizagem, ter paixão e encantamento com o mundo e com as pessoas, ligando 
assim o mundo e o conhecimento a vida das crianças na instituição. 
 
2.4 A AVALIAÇÃO NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM 
 
Avaliar envolve comprometimento com a educação, respeito a profissão e acima de tudo 
amor a criança. Uma avaliação mal feita poderá repercutir de maneira negativa na vida escolar das 
crianças, porém uma avaliação bem-feita irá trazer benefícios imensuráveis. Nem todas as crianças 
aprendem da mesma forma e ao mesmo tempo, então é necessário realizar uma avaliação que 
respeite a diversidade. São critérios que podem ser levados em consideração para uma avaliação : 
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• Analisar o tempo necessário para realização de atividade de acordo com cada 
criança; 
• Elaborar atividades que possibilitem o desenvolvimento integral das mesmas; 
• Estimular as diferentes habilidades e competências durante as atividades; 
• Explorar as múltiplaslinguagens na avaliação; 
• Planejar atividades que aceitem diferentes respostas ou caminhos para a pergunta; 
• Identificar as diferentes dificuldades dos alunos e planejar atividades que os 
auxiliem, sem deixar que se sintam incapazes de realizar ou menos capazes que os demais; 
• Lembrar que cada criança é única e merece atenção e avaliação individual; 
• Colher informações importantes a respeito da criança e sobre o cotidiano em que está 
inserida; 
• Analisar o que as crianças sabem e o que elas não sabem para planejar maneiras de 
ajudá-las. 
 
Outra forma eficiente de avaliação se dá através da observação. Observar as crianças 
enquanto brincam, interagem com o grupo ou desenvolvem atividades é uma excelente maneira de 
avaliá-las. Através destas observações podemos perceber suas expressões, reações, analisar como 
resolvem problemas e conflitos, observar a interação com o grupo, identificar atitudes de baixa 
autoestima ou de auto desvalorização, medir seu tempo de ação, reação e concentração, observar 
comportamentos sociais ou agressivos, trabalhar situações de desconforto ou preconceito entre as 
crianças, notar e identificar lideranças ou subordinações e qualificar suas produções ou pequenas 
conquistas. No que refere a está avaliação formativa Huguet e Solé (1999, p.176): 
 
Avaliação formativa é a avaliação que se realiza de uma maneira progressiva e 
paralelamente às diferentes situações e atividades que se desenvolvem. É a que possui mais 
sentido e importância na questão educativa (de fato, também nas outras), pois permite 
modificar a intervenção a partir das informações que se obtêm nas próprias atividades da 
aula.” 
 
É neste tipo de avaliação enquanto as atividades são desenvolvidas e as crianças brincam 
que podemos perceber por meio da observação e da escuta por parte do educador, que interage com 
as crianças fazendo perguntas, propondo novas interações ou proporcionando situações de diálogo 
ou debate. 
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buscam autonomia em suas ações. Cada gesto, atitude ou conquista deve ser valorizado, fazendo 
com que o professor sinalize essas ações a criança de maneira positiva por meio de elogios, gestos 
ou conversas fazendo com a que a criança perceba a sua evolução e progresso. 
A observação nos ajuda até mesmo no planejamento das aulas pois enquanto observamos as 
crianças em suas atuações espontâneas ou não, somos capazes de descobrir seus saberes, desejos ou 
intenções. Para realizar uma avaliação coerente e eficaz devemos levar em conta alguns princípios 
respeitando a diversidade, são eles : 
• Democratizar e criar espaços de participação para alunos e pais na avaliação; 
• Avaliar todo o processo e não só o produto final; 
• Alterar a postura frente ao erro; 
• Trabalhar coletivamente a avaliação por meio do conselho de classe; 
• Construir múltiplos olhares sobre o desenvolvimento e aprendizagem das crianças; 
• Respeitar o princípio de atenção á diversidade; 
• Valorizar as diferentes aprendizagens: racionais, sensoriais, praticas, emocionais e 
sociais; 
• Concentrar a atenção naquilo que as crianças são capazes e não no que lhes falta; 
• Propor situações de aprendizagem que também sejam avaliativas. 
Desta forma pensar uma serie de estratégias a partir desta perspectiva, como as de observar, 
documentar, refletir e compreender para podermos acompanhar a trajetória de nossos alunos, bem 
como qualificarmos nossa pratica pedagógica redirecionando assim a nossa caminhada. 
 
3. METODOLOGIA 
 
Durante a elaboração deste Projeto de Ensino, a forma de pesquisa utilizada foi a pesquisa 
qualitativa, pois considerou-se fatores positivos no que se refere aos jogos e brincadeiras durante 
todo o processo de desenvolvimento da criança na educação infantil. Com relação aos objetivos 
elencados, trata-se de uma Pesquisa Descritiva, pois descreve as características de determinada 
população ou fenômenos. Segundo Gil, pesquisas descritivas são aquelas que “habitualmente 
realizam os pesquisadores sociais preocupados com a atuação prática” (2002, p. 43). Assim, uma 
Pesquisa Descritiva é aquela que visa estudar características de determinados grupos, assim como 
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os níveis de atendimentos de determinadas instituições e/ou órgãos, isto é, trata-se do levantamento 
das características conhecidas, componentes de um fato, fenômeno ou processo, onde é feito o 
levamento de dados e observações. 
Segundo os procedimentos técnicos a pesquisa também será bibliográfica, porque busca 
subsídios em fontes confiáveis, que tratam do objeto de estudo, para dar fundamentar teoricamente 
a pesquisa, como livros, publicações periódicas, entre outras fontes que tratam da temática em 
questão. Segundo Pádua (2004) apud Quadros (2009) a finalidade da pesquisa bibliográfica é 
colocar o pesquisador em contato com o que já se produziu a respeito do seu tema de pesquisa. 
A área de concentração escolhida abrange as diversas metodologias de ensino e compreende 
todas as ferramentas que os educadores utilizam para transmitir os seus conhecimentos aos alunos. 
Considerando de cada professor utiliza um método para tal, em busca da melhor forma de motivar 
crianças e jovens, direcionando-os ao aprendizado de maneira prazerosa. 
O objetivo ao desenvolver este projeto, acerca da temática, foi descobrir como o professor, 
em uma prática pedagógica inovadora, pode tornar os jogos e brincadeiras seus aliados no processo 
de ensino-aprendizagem, gerando uma gama de ideias e soluções inovadoras que, aliadas a 
tecnologia, podem proporcionar ao professor um planejamento mais dinâmico, completo, inovador 
e acima de tudo, com êxito durante todo o processo de ensino-aprendizagem. 
Foi durante esta pesquisa que pudemos reafirmar a importância do lúdico, dos jogos e 
brincadeiras para o desenvolvimento motor, social, emocional, cognitivo e linguístico da criança 
durante o processo de interação entre a maturação biológica e as experiências proporcionadas pelo 
meio físico e social. 
 
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
Foram vários os estudiosos que contribuíram para explicar a importância do lúdico, jogos, 
brincadeiras e recriações no desenvolvimento da criança. Em todas as fases do desenvolvimento da 
criança podemos notar que o jogo ou a brincadeira é essencial como uma forma de 
desenvolvimento. O lúdico, ou seja, o brincar, o jogar envolvem emoções, reações e aprendizagens 
e a está capacidade de aprender através do lúdico deve ser valorizada pelas pessoas envolvidas no 
processo de formação da criança. 
O brincar é um ato que deve ser mais aproveitado no ambiente escolar pois trata-se de um 
recurso pedagógico riquíssimo para o planejamento do professor. Através das brincadeiras a criança 
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demonstra e encontra equilíbrio entre o real e imaginário, possibilita a incorporação de valores, 
assimilação de novos conhecimentos, desenvolve a parte social e criativa de cada ser humano. 
Os jogos e brincadeiras que serão escolhidos para se trabalhar em sala de aula precisam ser 
estudados e analisados rigorosamente para serem de fato eficientes. Toda atividade lúdica precisa 
ser elaborada com uma intencionalidade, afim de estimular a aprendizagem e o gosto em aprender. 
Por fim o lúdico é algo essencial na vida da criança, sem ela não teria alegria e o prazer de 
convivência pois uma ação lúdica concretiza o jeito de ser de cada ser humano, por isso toda 
brincadeira vivenciada pela criança transforma e desenvolve emoções. 
 
5. CONCLUSÃO 
 
Conclui-se que a brincadeira assumi várias funções para o desenvolvimento da criança. A 
função das brincadeiras deve ter o objetivo de criar condições para o seu desenvolvimento integral 
(social, cognitivo, emocional e psicomotor), partindo de objetos concretos, situações imaginárias e 
interações sociais, estabelecendo relações com o mundo e construindo conhecimento sobre ela 
mesma. 
A criança quando brinca não está somente imitando o comportamento de um adulto, mas se 
encontra em um processo de significar para si as regras sociais ao se comportar como se fosse um 
adulto. A brincadeira possui dimensões importantes: uma que envolve situações imaginárias e a 
outra as regras, cuja a função é atender as necessidades da criança de uma forma ampla. Ao brincar 
a criança está se comportando da maneira como os papéis estão dispostos na sociedade, não é 
apenas reproduzir comportamentos mais sim dar significado para aquilo que está na cultura. 
Quanto as regras são elas que irão originar a relação com o objeto, ou seja, o comportamento 
em relação ao brinquedo. Por meio do brinquedo a criança aprende a lidar com os seus impulsos de 
agir espontaneamente e com as regras do brinquedo, sendo assim o atributo essencial do brinquedo 
é que a regra se torna um desejo, e o prazer vem da satisfação dessa regra. 
No brincar a criança constrói regras para o funcionamento da brincadeira, regras que se 
originam do ambiente em que a criança está inserida e da cultura que ela se encontra. Contudo, 
além de entender o que é a brincadeira e como ela se estrutura é necessário também compreender a 
funcionalidade desse comportamento para o indivíduo, principalmente durante as fases iniciais do 
desenvolvimento, onde ocorre com maior frequência e intensidade. 
Assim, o professor precisa estar preparado para utilizar todos os tipos de brincadeiras e 
todos os materiais que dispõem para ter um número maior de estratégias a sua disposição. Deve 
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respeitar a criança como um todo e assim promover seu desenvolvimento integral não padronizando 
os hábitos, mas sim inovando-os. O êxito deste processo depende em grande parte da interação do 
professor com o aluno e deste relacionamento pois o papel do professor é fundamental visto que 
antes de tudo tem que ser um facilitador da aprendizagem criando condições para que as crianças 
explorem seus movimentos, manipulem diversos objetos e materiais, interajam com seus 
companheiros e resolvam situações problemas. 
O professor deve valorizar as ações conjuntas e de solidariedade para que as brincadeiras 
não se tornem apenas competitivas, assim a criança desenvolvera sua autoconfiança respeitando 
suas limitações e possibilidades. As atividades deverão ser de maneira agradável e desafiadora para 
que a criança sinta prazer ao desenvolver e não apenas uma obrigação. Através dos objetivos 
traçados para cada brincadeira existira uma metodologia adequada pois será inútil organizar um 
conteúdo para crianças seguindo um único padrão pois as crianças pensam e desenvolvem de 
maneira diferente. Os professores precisam estar conscientes que o brincar é estimular e reviver a 
aprendizagem de uma maneira muito mais satisfatória. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisas. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002. 
 
 
JESUS, Angela Vujanski de. A importância da relação professor/aluno na educação infantil. 
Indaial:Asselvi(2006) 
 
 
KISHIMOTO, Tizuco Morchida Jogo,brinquedo,brincadeiras e a educação.4°Ed.São 
Paulo,Editora Cortez:2000 
 
 
QUADROS, Marivete Bassetto de. Monografias, dissertações & cia: caminhos metodológicos e 
normativas. 2. ed. Curitiba: Tecnodata Educacional, 2009. 
 
 
CUNHA,Nilse Helena da Silva. Brinquedo,desafio e descoberta para utilização e confecção de 
binquedos. Rio de Janeiro Fae,1988 
 
 
 
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