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20
LUDICIDADE: ELEMENTO IMPORTANTE NA APRENDIZAGEM
Karoline Pires Costa
Prof. Orientador: Ana Jandira Nascimento Gonçalves 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Licenciatura em Pedagogia (PED1627) – Projeto de Ensino em Educação
23/03/2020
RESUMO
Este trabalho apresenta a fundamentação teórica sobre o tema escolhido e relata a experiência vivida nos estágios da Educação Infantil, Anos Iniciais e Gestão Escolar, bem como suas respectivas regências, em que se observou na prática, a importância dessa ferramenta no ensino. O objetivo do mesmo é demonstrar a ludicidade como elemento importante no processo de aprendizagem. A ludicidade faz parte do cotidiano dos alunos nas salas de aula com atividades que envolvam a ludicidade em forma de teatros, músicas, gincanas, feiras, jogos, atividades que envolvem o brinquedo, entre outros eventos realizados pela escola para que haja na prática o lúdico. É pelo ato de brincar analisa-se que a criança estimula a habilidade e dá origem a episódios imaginários, realizando seus prazeres e sentimentos, adaptando-as à prática. É mais acessível a conexão da ludicidade com o professor no conhecimento dentro da sala de aula, e serve a área escolar alegadamente com o corpo pedagógico apoiar o lúdico como um método educativo, estratégia e ferramenta pedagógica, com a finalidade de educar e aprender de forma prazerosa.
Palavras-chave: Aluno; Aprendizagem; Ludicidade.
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho visa abranger a área de concentração voltada para a Metodologia de Ensino com o tema Ludicidade: elemento importante na aprendizagem. Para isso, a pesquisa está centrada neste método, pois se entende que a partir do uso do lúdico no processo de ensino e aprendizagem é possibilitado ao aluno vivenciar diferentes experiências que envolvem a lógica e o raciocínio, permitindo atividades físicas e mentais que atuam para desenvolver a sociabilidade e estimular a afetividade, bem como reações cognitivas, sociais, morais, culturais e linguísticas.
Diante disso levanta-se a seguinte pergunta norteadora: a ludicidade influencia no processo de ensino e aprendizagem? O objetivo desse trabalho é demonstrar a ludicidade como elemento importante no processo de aprendizagem.
	O trabalho a seguir é resultado de uma pesquisa bibliográfica e de campo e suas práticas e vivências ocorreram através dos estágios na Educação Infantil, Anos Iniciais e Gestão Escolar, desenvolvido em escolas e aplicado através de observações, entrevistas e com intervenções realizadas em sala de aula.
A ludicidade é uma forma de aprendizagem quando se torna interessante prazeroso para o educando pelo material tratado. Assim, os educadores podem explorar deste modo como ‘facilitador da aprendizagem’. Os brinquedos, jogos e brincadeiras geram nas pequenas crianças a vontade de viver, conhecer e, consequentemente, aprender. O lúdico privilegia a criatividade e a imaginação, por sua própria ligação com os fundamentos do prazer. 
A ferramenta de ludicidade é eficiente, pelo motivo de ser essencial nas intervenções intelectuais do educando. O entretenimento com um objetivo, na evolução durante a infancia, mostra a ter diversos perspectivas dos ambientes e instrumentos de diversão. A urbanização e as mudanças na estrutura familiar levaram a educação das crianças para muito além do meio em que vivem (família, vizinhos) para ser realizada em conjunto com as escolas. É preciso levar em consideração as diferenças e as particularidades de cada criança, bem como a importância da ludicidade para a mesma.
2 LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Antigamente, os jogos e as brincadeiras, foram considerados sem importância para educação, não ampliando em consideração que brincar é um método fundamental em que as crianças usam para lidar com o mundo da fantasia. Quando está jogando, ela sabe separar o mundo real do jogo com o mundo da fantasia, apesar da competência em aprovar os objetos e o cenário da sua imaginação em objetos reais e concretos do mundo real, diferenciando através desse apoio o ‘jogar’ infantil do ‘fantasiar’.
A palavra “lúdico” vem da origem de “ludus”, que quer dizer “jogo”. O termo lúdico estaria afirmando então, ao brincar, jogar, mas com um objetivo para a brincadeira. É essencial entender de forma prazerosa, se tornando interessante para os educandos. Enquanto brincam, os educandos interagem, entendem e obtém muitas informações sobre o mundo. A ludicidade abrange informações e vivências da criança através, das brincadeiras e dos jogos. 
Por meio das brincadeiras, a criança é colocada no centro sociocultural dos adultos, fazendo que consiga aprender e recriar a realidade. E quanto mais se desenvolve a realidade que é expressa pela criança, mais a criança tem a obrigação de disciplina individual, ágil e razoável, marcando seu experimento para utilizar de forma correta, se possível.
Segundo Vygotsky: 
A criança passa a criar uma situação ilusória imaginária, como forma de satisfazer seus desejos não realizáveis. Esta é, aliás, a característica que define o brinquedo de modo geral. A criança brinca pela necessidade de agir em relação ao mundo mais amplo dos adultos, e não apenas no universo dos objetos a que ela tem acesso. (VYGOTSKY, 1995, p.82). 
	
A infância é uma fase de muita importância para o ser humano e determina como será o desenvolvimento da criança, não apenas sobre a personalidade, mas também do potencial criativo dela. Alguns estudos vêm mostrando de forma considerável uma visão diferenciada de criança, permitindo uma melhor compreensão da sua evolução e como ela constrói seu conhecimento, entendendo ela como um sujeito que, desde o nascimento, está dentro de um meio social e que participa dele ativamente.
 A Educação Infantil está em um lugar de aprendizagem que busca permitir o crescimento de habilidades psicomotoras, sociais e intelectuais das crianças. Alguns estudos, estão sendo feitos referente a infância, disto surgem novas ideias com relação ao progresso da criança e à forma como ela cria sua aprendizagem. É assim, que o lúdico se adapta, com o objetivo de procurar, com prazer e naturalidade, atividades de qualidade didático-pedagógico, fazendo que a criança melhore em amplos aspectos. 
 Além de analisar de forma mais detalhada a importância da ludicidade na Educação Infantil para o desenvolvimento das habilidades motoras, estudos afirmam positivamente o lúdico como um importante estímulo para o conhecimento e o desenvolvimento da criança em todas as suas capacidades, e é a partir de um corto incentivo e direcionamento, que o lúdico se torna uma poderosa ferramenta para o ajudar no desenvolvimento das habilidades motoras infantis.
 A criança na Educação Infantil, brincam, começam a fazer amigos, passam horas felizes no meio social com outras crianças e adultos que não são seus familiares. Mas, não é apenas isso o que acontece. Até os 5 anos de idade, a criança vive uma das mais complexas fases do desenvolvimento humano, no intelectual, emocional, social e motor, será tanto mais rica, com qualidade, se forem as condições oferecidas pelo ambiente em que vivem essa infância e pelos adultos que a cercam em sua vida.
É fundamental que a creche seja mais que um lugar onde as crianças se sintam bem, onde elas apenas brincam. Ela deve ser um lugar animador, educativo, seguro, afetivo, de professores aptos para estimular a criança nesse desenvolvimento profundo e nesses dia-a-dia de descobertas e de aprendizagem. Precisa buscar a necessidade e de uma base sólida que irá favorecer no progresso futuro dessa criança. O trabalho na educação infantil não se determina à utilização de rituais repetitivos da escrita, leitura e cálculo. 
Ela se inicia na fase da própria expressão, as crianças dizem de sua realidade e reconhecem os objetos que estão ao seu redor.
Segundo Oliveira: 
Uma situação lúdica pode ser vista, assim, como um excelente meio de reconhecimento individual e grupal de características pessoais e grupais, quer sociais, morais ou intelectuais em suas múltiplas combinações.Por outro lado, de forma complementar, aponta dificuldades e pontos mal desenvolvidos, levando a criança a buscar melhorá-los para preservar sua imagem perante os outros. (OLIVEIRA, 2000, p.23). 
 
O principal objetivo é a aprender e compreender o seu mundo, desde o que está mais perto do aluno até o que está distante, tendo em conta à comunicação, os seus conhecimentos e a troca de informações. Então, as atividades feitas na pré-escola fortalecem as experiências infantis e tem um significado para a vida das crianças, elas favorecerem o processo de desenvolvimento e aprendizagem, no nível do reconhecimento e na representação dos objetos, as suas vivências, ao nível da expressão dos seus pensamentos e afetos. De acordo com os PCN na Educação Infantil (1997, p.28):
As brincadeiras de faz-de-conta, os jogos de construção e aqueles que possuem regras, como os jogos de sociedade (também chamados de jogos de tabuleiro), jogos tradicionais, didáticos, corporais, etc., propiciam a ampliação dos conhecimentos infantis por meio da atividade lúdica. 
No Brasil, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996), chama o material educacional que atende crianças de 0 a 3 anos de creche. O material educacional que atende crianças de 4 a 6 anos se chama pré-escola. Recentes soluções legais alteraram o atendimento das crianças pré-escola, os alunos com seis anos de idade devem obrigatoriamente estar matriculados no primeiro ano do Ensino Fundamental. 
Segundo Piaget (1998), o brincar, implica uma dimensão evolutiva com as crianças de diferentes idades, apresentando características específicas, apresentando formas diferenciadas de brincar. 
Na Educação Infantil podemos propiciar a aprendizagem a partir das atividades lúdicas que criam um ambiente agradável, prazeroso e confiante, para beneficiar no processo de conquista da autonomia de aprendizagem. O saber escolar deve ser valorizado socialmente, a aprendizagem e o interesse devem ser atingidos pelas crianças nos processos dinâmicos e criativos através de jogos, brinquedos, brincadeiras, músicas histórias, danças, entre outras atividades lúdicas.
FIGURA 01- LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL
FONTE: Acervo pessoal da acadêmica.
Com o uso deste método pedagógico, o professor precisa saber utilizar os seus recursos no melhor momento de oportunidade, pois assim, as crianças desenvolvam o seu raciocínio e aprendem de forma descontraída, prazerosa e alegre. 
As atividades lúdicas têm uma forma de fazer a criança tenha a capacidade de ter um desenvolvimento de sua personalidade integral, como a sua evolução de cada uma de suas funções psicológicas, intelectuais e morais. Ao entrar na escola, a criança sofre uma notável impacto físico-mental, pois, a sua vida era apenas dedicada aos brinquedos e ao ambiente familiar.
3 O LÚDICO NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM
A prática de brincar é espontânea, natural e independente, tanto na raça humana ou no mundo animal, todos adoram brincar. Do modo pensado ou não, brincar é divertido, é aprendizado e possibilita muito desenvolvimento em todos os sentidos. 
[...] a criança quando brinca pode estabelecer relações afetivas com qualquer outro objeto, representá-lo ou vivenciá-lo. Ela só precisa ser livre para representar uma realidade ao brincar, já que é natural que ocorra esta atitude em sua vida, fazendo parte da sua condição de ser vivo. (TEIXEIRA, 2003, p. 234).
Muito do que ocorre na rotina cotidiana da criança acontece com origem da racionalização, porém o ato de brincar, geralmente se realiza sem que planeje alcançar objetivos. No momento que isso acontece, observa-se que uns pais e professores analisam a prática de brincar como algo negativo, sem finalidade, sem regras ou objetivos pré-definidos, e acreditam não ter finalidade alguma.
As instituições escolares, por muito tempo, desvalorizaram esse grande aliado (e algumas ainda desvalorizam) no processo de ensino-aprendizagem. Nos anos 90, devido a nova Lei De Diretrizes E Bases (BRASIL, 1996) e junto com a vinda dos Parâmetros Curriculares Nacionais uma inovação do ‘cenário’ começou a ser ilustrado. Questiona-se então se os professores estão realmente preparados e embasados para trabalharem com uma nova proposta. 
A começar dos filósofos da antiguidade até os teóricos mais modernos existe uma combinação: o ato de brincar estimula no processo de aprendizagem. Não interessa se nas épocas passadas para instruir a população para a guerra ou nos dias atuais para conquistar a desejada alfabetização, a prática de brincar exerce uma importante função.
Moyles questiona:
[...] por que brincar? É que ele garante que o cérebro – e nas crianças quase sempre o corpo– fique estimulado e ativo. Isso por sua vez, motiva e desafia o participante tanto a dominar o que é familiar, quanto a responder ao desconhecido em termos de obter informações, conhecimentos, habilidades e entendimentos. (MOYLES, 2002 p.145).
Porém, na realidade, a brincadeira estimula muito mais do que as competências ou conhecimento; excede o cognitivo, percorre pela influência motora e a emocional. Normalmente, o progresso na melhoria da criança acontece de maneira continuada e conjunta. Piers e Landau apontam precisamente esse pensamento: “o brincar desenvolve a criatividade, a competência intelectual, a força e a estabilidade emocionais, [...] sentimentos de alegria e prazer: o hábito de ser feliz”. (PIERS; LANDAU, 1990, p. 43).
A prática de brincar na escola possibilita ao professor a chance não só de estimular atividades para a aprendizagem das crianças, porém também de entender, analisar e aprender sobre as dificuldades dos educandos. Ao brincar a criança descobre suas limitações possíveis. Acidentalmente a brincadeira é utilizada também como uma forma de fugir da tensão do mundo da realidade, melhorando os desagrados, possibilitando um aliviamento. Quando as crianças brincam, surgem pensamentos com relação a problemas e soluções.
Fröebel, no século XIX, já notava a relevância do brincar nas possibilidades da prática sensitiva e presumia que elas eram a peça principal do seu conhecimento intelectivo. No entanto, o brincar é um dos métodos para melhorar no desenvolvimento da oralidade, ajudando no estimulo de um progresso vocabulário e definições
Quando a criança brinca estimula a consciência corporal, observa-se as boas ações corporais, ensina a coordenar melhor os movimentos do seu corpo e a sincronizar os seus movimentos com o tempo da brincadeira. Brincar para as crianças é essencial porque desperta o interesse nos jogos e brincadeiras. Ao brincar conta, absolutamente, cooperação e comprometimento, com ou sem brinquedo, tratando-se de uma maneira de estimular a habilidade de estar animado e participativo. Segundo Maluf (2003), através da brincadeira a criança capacita-se para ter mais conhecimento. A criança brincando adquire conhecimentos novos, obtém noções e tem um crescimento saudável. “O brincar pode ser um elemento importante através do qual se aprende, sendo sujeito ativo desta aprendizagem que tem na ludicidade o prazer de aprender”. (MALUF 2003, p. 29).
A criança quando participa das brincadeiras é um ótimo momento para que a criança tenha experiências que poderão contribuir para amadurecer emocionalmente e conhecer uma maneira de relação mais benéfica. É através das brincadeiras que a criança faz amizades extrafamiliar, melhora seu relacionamento com seus pais, professores e entre colegas de sala, num ambiente lúdico e tranquilo. 
A criança, através das brincadeiras, assimila valores, assume comportamentos, desenvolve diversas áreas do conhecimento, exercitar-se fisicamente e aprimora habilidades motoras. No convívio com outras crianças aprende a dar e receber ordens, e esperar a sua vez de brincar, a emprestar e tomar emprestado, a compartilhar momentos bons e ruins, enfim, seu raciocínio é desenvolvido de forma prazerosa. (MALUF, 2003, p.94).
Observa-se que o brincar realiza uma grande referência no socializar da criança. Brincando a criança se prepara para viver em uma sociedadee num mundo culturalmente típico, estimula a sua coordenação motora, suas capacidades visuais e auditivas e seu raciocínio no processo de aprendizagem.
Para Antunes apud Freud: 
A maneira como somos e pensamos e a maneira como nos comportamos e construímos nossa alta ou baixa estima é produto da relação entre nosso consciente e nosso inconsciente, e assim somos como que dirigidos por determinações que fogem ao império de nossa vontade ou Intenção. (ANTUNES, 2003, p. 17)
Ao brincar a criança estimula espontaneamente a imaginação, por meio das capacidades físicas e mentais. Também a criança passa a compreender como as coisas servem, sabe que possuem regras e que tem que as cumpris, compreendendo organizar seus pensamentos e suas emoções. Durante o brincar ela conhece o mundo, se desenvolvendo e se preparando para o futuro, descobrindo coisas novas que serão mais importantes ter aprendido por ela mesmo, do que se passasse a ser ensinado.
3.1 O BRINCAR E A APRENDIZAGEM
Por décadas se trocava o “ensinar” com passar conhecimento. Então, o aluno era um informante inativo da aprendizagem e o professor um comum vetor. O conceito de uma educação que fosse da vontade do educando resultou modificando o significado do que se compreende por material pedagógico. Sua curiosidade começou a ser o esforço que controla o processo de aprendizagem, suas experimentações e vivência, a motivação seu progresso e o professor uma fonte de situações estimuladoras e habilidades.
Nesta situação que os jogos e as brincadeiras obtêm uma capacidade como instrumento perfeito da aprendizagem enquanto oferece estímulo ao entusiasmo do educando. As brincadeiras e os jogos auxiliam as crianças a ter novos conhecimentos, estimula e constrói a sua personalidade e apresenta um mecanismo pedagógico que leva o educador a ser o condutor, estimulador e avaliador da prática do ensino. 
Constata-se que é permitido gerar dentro da sala de aula um lugar agradável para o processo de progresso e método aprendizagem das crianças. Então, será indispensável utilizar a expressão livre e produtiva das dinâmicas dos alunos, para atingir as metas propostas. Assim, o considerável é possibilitar à criança um conhecimento que proceda do seu dia a dia, sem deixar de seu conhecimento fora da escola, entendendo seu procedimento geral de evolução.
FIGURA 02- LUDICIDADE E A APRENDIZAGEM
FONTE: Acervo pessoal da acadêmica.
A criança sai de casa para escola levando sua pré-história com conhecimento, que foi desenvolvida a através de suas vivências; a grande parte foi desenvolvida por meio das atividades lúdicas. É indispensável que o educador entenda o que o aluno aprendeu na dentro do seu ambiente familiar e sócio cultural, para que assim planejar seu plano pedagógico.
Neste entendimento, sabe-se que o educador que atua no ensino fundamental, poderá demonstrar a brincadeira como fonte orientadora das práticas didático-pedagógicas, proporcionando às expressões corporais conseguirem sentido pela ludicidade existente na ligação que o aluno tem com o mundo. Portanto não é permitido admitir a escola apenas como inventora de aprendizagem, e sim como um ambiente de implantação coletiva de conhecimento organizado, onde professores e alunos, com suas experiências, possam realizar, expor e procurar opções para suas técnicas e assim estarem além de que está sugerido, isto é, inovar.
A manifestação lúdica está presente no contexto escolar, cabendo ao professor saber guiá-la. Indivíduos de várias faixas etárias e etnias expressam e apresentam-se ludicamente, porém é na infância a época da vivência que a criança faz as descobertas ao brincar. Seu interesse, criatividade, habilidades, imaginação e conhecimento são desconsiderados e, geralmente, isso é passado para crianças, pelos adultos e, principalmente pelos professores. 
Aplicar atividades lúdicas na prática em um ambiente escolar pode ser complicado, porém é precisamos entender que as atividades lúdicas estimulam e melhoram para se ter um desenvolvimento no aluno e que seja prazeroso, reflexivo e importante para uma excelente construção do conhecimento. Apesar de tudo, observa-se que entender essa influência da brincadeira no processo de ensino aprendizagem está se tornando muito debatida na área da educação.
É pelo ato de brincar analisa-se que a criança estimula a habilidade de dar origem a episódios imaginários, realizando seus prazeres e sentimentos, adaptando-as à prática.
Segundo Vygotsky (1989), ao brincar se estimula uma função importante no aperfeiçoamento do raciocínio da criança. Ao trocar um objeto por outro, a criança implementa com as definições dos pertences e passa por um estágio importante em sentido ao raciocínio abstrato. Além disto, quando a criança assume uma função na brincadeira, ela desempenha com o sentido de sua atividade e apresenta suas atitudes a determinadas regras.
Isso leva ao aumento da vontade, do interesse de fazer alternativas cuidadosas, que estão profundamente relativas às competências de agir de acordo com a importância de atos ou de acontecimentos e de limitar o seu comportamento através das regras.
Piaget (1971) analisa essa questão, onde se pode considerar o jogo ou a atividade lúdica, como conduzindo igualmente da ação à representação, na medida em que evolui da sua forma inicial do exercício sensório-motor para a sua segunda forma de jogo simbólico ou jogo de imaginação.
 
Analisando a capacidade como uma estabilidade entre compreensão e entendimento, dá para perceber que o jogo tem muita influência para a criança, pois ele é principalmente compreensão. Essa compreensão das especificações reforça muitas vezes por fácil entusiasmo do indivíduo. Através do jogo a criança analisa vários tipos de símbolos e proporciona gradativamente a imaginação simbólica aos fatos reais. 
A criança no momento que observa por observar, opera por operar, mexe as mãos e os braços com coisas suspensas ela está fazendo jogos de exercícios que depois, irão se instituir em atividades motoras como jogar pedras numa poça d’água, fazer jorrar água numa torneira, saltar, entre outros. Nessa idade as brincadeiras ocorrem naturalmente, com atitude direcionada apenas na criança. Logo acontece o uso dessas atitudes em novos acontecimentos e a criança desperta a definição dos objetos pela sua utilidade.
Essa rotina de acontecimentos dispõe o começo dos jogos figurativos e as imagens, onde a criança coíbe os símbolos retirados do mundo social, sendo repetidos e reproduzidos em suas brincadeiras. Estas brincadeiras têm vários tipos de linguagem e não exclusivamente um jogo motor. 
Piaget confirma que: 
[...] percebe-se em que consiste o caráter lúdico dessas atividades banais. Cada uma dessas condutas quer se trate de lançar, puxar um barbante, imprimir um impulso, encher ou despejar, ou, mais tarde, dividir um todo e reconstituí-lo deu lugar a aquisições propriamente inteligentes. (PIAGET, 1971. p.151).
O faz-de-conta não é um entendimento próprio. Torna-se a compreensão do real e entendimento de noções (procedimentos lógicos, morais e espaço temporais). Conforme a criança se aperfeiçoa através da ação social, do conhecimento da mentalidade lógica e da construção de habilidades particulares, acontece o caminho da representação sensório-motor aos esquemas conceptuais.
3.2 O BRINCAR E O PROFESSOR
Através da brincadeira, a criança, recebe muitas informações, ou seja, ela aprende brincando. É essencial que o educador traga para o ambiente escolar de maneira lúdica e elaborada as brincadeiras infantis, em razão de que elas permitem simultaneamente analisar e realizar ideias de forma que seja interessante para o aluno, já que brincar inclui-se no seu mundo.
Quando as crianças brincam, acontece um processamento psíquico que faz o acesso de mudança da criança com a finalidade para uma atual e grande etapa de conhecimento. Vygotsky analisa que “é no brinquedo que a criança aprende a agir numa esfera cognitiva, ao invés de numa esfera visual externa, dependendo das motivações e tendências internas,e não dos incentivos fornecidos pelos objetos externos”. (VYGOTSKY, 1989, p.109). Desta maneira, o professor deve analisar as sugestões de jogos e brincadeiras dentro do ambiente escolar que estão gerando um interesse interno na criança. Não tendo esse interesse, a intenção visível não alcançará os propósitos pretendidos pelo educador, na área cognitiva. 
Enquanto a criança está brincando é essencial que o educador participe junto, isto faz com que ele analise e observe seus alunos de perto. Mas, seja qual for a brincadeira, a objetivo principal é não deixar de lado o olhar lúdico comprometido nela. As brincadeiras são oportunidades em que o conto de fadas da criança deve ser reconhecido e deve ter uma possibilidade para isso. O educador não pode intrometer-se em todas as brincadeiras, em razão que fazendo dessa maneira estará acabando o espaço benéfico do brincar. Logo, de prática, precisa ter a oportunidade da brincadeira libertina, do brincar pelo brincar. Em outros acontecimentos, de forma preparada, o educador utilizara esse método para que a criança apreenda de alguns entendimentos mais escolares. 
É fundamental que o educador procure conhecimento e desenvolva suas experimentações para compreender o brincar e conhecer como é utiliza-lo para ajudar e melhorar o ensino da criança. 
O educador tem um papel muito importante, por meio do brincar e a criança. Ele poderá estar em constante conversa com as crianças em relação às formações que desempenham por meio dos jogos e do brincar; poderá também analisar a maneira de brincar de seus alunos, para retirar dados para os exercícios a serem feitos. É notável a influência dos jogos e do brincar no desenvolvimento da mentalidade da criança com vínculo ao ambiente escolar. Por meio deles podemos observar como a criança está agindo socialmente, e como ela está sendo inserida no meio social.
Freire complementa que:
[...] quando chegarem à escola primária, se exigirá das crianças desempenho intelectual, principalmente quanto à leitura, à escrita e os cálculos. Para corresponder a essa exigência, no entanto, terão que ter atingido um nível de desenvolvimento social e cognitivo suficiente para interagir com a linguagem escrita e falada, o que depende de noções que provem de complexas construções internas de cada criança, nas suas relações com os objetos e com as outras pessoas [...]. (FREIRE, 1997, p.73).
Desse modo, observa-se a relevância do educador encaixar os exercícios corporais em seu planejamento escolar. Mas, para as brincadeiras serem realizadas no ambiente escolar deve ser acrescentado em um projeto pedagógico, associados com as metas educacionais, seja qual for a atividade. O educador terá de se perceber que por meio dos exercícios corporais a criança estimula não apenas uma ou outra capacidade, como correr, saltar, cantar, entre outros, mas por totalmente.
A expressão lúdica está existente no ambiente escolar, está na responsabilidade do professor saber coordena-los. Indivíduos de várias faixas etárias e etnias apresentam e transmitem ludicamente, mas é durante a fase da infância onde a criança faz suas vivências pelo brincar. Seu interesse, criatividade, desenvolvimento, construção e inteligência são desconsiderados e, geralmente, esses princípios são aparados nas crianças, pelos adultos e, especialmente pelos educadores. 
A ludicidade para ser utilizada não ambiente escolar como uma finalidade educativa, é importante que ela se seja projetada e elaborada, dentro de um plano pedagógico, para que não seja usado somente nos tempos optativos, intervalos, ou depois do fim dos exercícios. Terá de ser instruído em todas as situações, em razão de que ele vai formar uma criação de descobertas. Os educadores precisarão entender o mais adequado resultado que os exercícios lúdicos causam nas atitudes humanas dos seus educandos.
O lúdico é uma característica fundamental do ser humano, do qual a criança depende para se desenvolver. Para crescer, brincar e para se equilibrar frente ao mundo precisa do jogo. Aprender brincando tem mais resultados, pois a assimilação infantil adapta-se facilmente à realidade. (PIAGET, 2001, p. 173).
Introduzir a ludicidade no plano escolar é capaz de ser uma função dificultada, porém é importante saber que essas técnicas auxiliam e conspiram para que tenha uma criação humana agradável, centralizada e essencial para a estável criação do saber. Entretanto, observa-se que identificar essa influência do brincar está se tornando argumentado na área da educação.
Por meio da ludicidade nota-se que a criança estimula a habilidade de inventar momentos fantasiosos, realizando suas vontades e sensação, ajustando-as à sua vida real. No momento em que o educador aplica os exercícios lúdicos como um método didático, ele está possibilitando oportunidades para o educando entender e tomar conhecimento de si próprio, das pessoas ao seu redor e da sociedade, porque não estará se indeterminando em transferir saberes, porém em apresentar o destino para que o educando ache essas referências, estando assim capacitados para a vida. A ludicidade poderá ser analisada pelo professor como uma obrigação do ser humano e não como um divertimento. “A formação lúdica deve possibilitar ao futuro educador conhecer-se como pessoa, saber de suas possibilidades e limitações, desbloquear suas resistências e ter uma visão clara sobre a importância do jogo e do brinquedo para a vida da criança, do jovem e do adulto”. (SANTOS, 1997, p.14). 
Com a intenção de que o professor tenha um bom funcionamento com ligação a ludicidade, ele necessitará relembrar e reconquistar esse sentimento de alegria e bem-estar do brincar, transmitindo então sua vivência para o ensino dos educandos. Essa experiência do lúdico pelo educador realizará uma maior relevância para sua vida profissional, pois assim estará preparando seus educandos de um jeito muito agradável, tanto para os dois lados.
4. O PAPEL DA ESCOLA NA INTEGRAÇÃO DA LUDICIDADE E SUAS CONTRIBUIÇÕES
4.1 O PAPEL DA ESCOLA E SUA IMPORTÂNCIA NA PRÁTICA DA LUDICIDADE
	Segundo Teles (1999), a ludicidade consiste em uma importante metodologia que contribui para diminuição dos índices de fracasso escolar e evasão dos educandos nas escolas, tendo em vista que a prática do brincar, além de ser divertida, é uma atividade que desenvolve nos alunos a criatividade, e contribui para tornar a sala de aula um ambiente agradável e favorável ao aprendizado.
								
É importante ficar atento quando realizamos a prática do lúdico, tendo em vista que a realização do exercício na sala tem uma maneira diferente da utilizada em casa, ao se usar do procedimento do jogo na escola, tem como finalidade o avanço do conhecimento e da formação humana do aluno, e quando o aluno está em casa com suas brincadeiras diárias o objetivo é a distração. 
De acordo com Kishimoto (2009), a implementação do lúdico como caráter recreativo e didático se faz presente na maioria das escolas, mostrando que os educadores reconhecem a importância do lúdico no desenvolvimento dos educandos, e o seu papel na construção da individualidade e das relações interpessoais. Então, sendo assim, é essencial seu reconhecimento na área escolar por meio da elaboração de materiais de jogos, brinquedos e diversas brincadeiras:
A escola deve considerar imprescindível, sobretudo na infância a ocupação do tempo livre das crianças com a construção de jogos e brincadeiras de sucata, com atividades prazerosas e desejantes. Principalmente, neste processo de urbanização, em que se vive hoje, em que à criança é levada ao consumismo e à alienação no seu modo de vida. (BARROS, 2002, p. 12).
Então, o valor da ludicidade, as brincadeiras, jogos e brinquedos estão como interessantes ferramentas que as escolas tenham que assumir de maneira multidisciplinar para o progresso e para o conhecimento, já que as práticas de ludicidade por se agirem de atos que têm em vista o bem estar, isto faz que os alunos compreendam de forma mais natural, uma vez que não é executada uma cobrança para queeles aprendam de forma forçada e só terá bons resultados se for de maneira mais interessante.
O jogo e a brincadeira estão presentes na escola nas mais variadas situações e sob as mais diversas formas. Também são diversas a concepções sobre o lugar e a importância dessas atividades na pratica pedagógica “[...] que pode ser traduzida em métodos educacionais que valorizam e buscam evitar distinção rígida entre jogo e tarefas sérias. Nesse caso, os jogos e brincadeiras das crianças podem e devem ser introduzidas como recursos didáticos importantes, pois, brincando a criança aprende”. (VOLPATO, 2002, p. 96).
	Nesta maneira, é mais acessível a conexão da ludicidade com o professor no conhecimento dentro da sala de aula, e serve a área escolar alegadamente com o corpo pedagógico apoiar o lúdico como um método educativo, estratégia e ferramenta pedagógica com a finalidade de educar e aprender de forma prazerosa.
4.2 AS CONTRIBUIÇÕES DA GESTÃO COM A LUDICIDADE NA ESCOLA 
Segundo Dinello (2007), quando utilizamos o método lúdico na escola, os professores devem preservar a experiência de vida de cada aluno, fazendo a interdisciplinaridade com as disciplinas trabalhadas dentro da sala de aula. Assim, ao inserir as atividades lúdicas na escola é necessária uma relação entre os professores e alunos de forma mais dinâmica, na qual esse último deve ser um sujeito participativo da aprendizagem, e não apenas um mero receptor de informações e conhecimento.
 “[...] as brincadeiras [ou atividades] dentro do lúdico se tornam um aliado e instrumento de trabalho pedagógico supervalorizado para se conseguir alcançar os objetivos de uma construção de conhecimentos onde o aluno seja participativo ativo”. (ANTUNES, 2001, p. 28).
Assim, vemos a importância do apoio a valorização da cultura de ludicidade, pois o brincar além de necessidade, é uma arte, um direito fundamental que aliado as necessidades básicas como alimentação, saúde, moradia e educação, são vitais para o desenvolvimento biopsicossocial das crianças. O método de ludicidade é um meio que oportuniza momentos de lazer, de ensino e muito aprendizado, visto suas circunstâncias de socialização e assistência a todos que estão juntos nesse meio, auxiliando para o desenvolvimento como pessoa humana. 
As instituições de ensino devem identificam a ludicidade e seu valor como um meio de desenvolver melhor a criança, por esse motivo, o lúdico precisa ser aplicado em prática na escola, visto que podemos citar com um método que pode resolver algumas questões e auxiliar para diminuir dificuldades e assim reconquistar as brincadeiras, cria um vínculo entre o aluno e o professor para se ter um ótimo processo de ensino aprendizagem.
É compreensível a conexão da ludicidade como paliativo do conhecimento na escola, e é dever da instituição de ensino juntamente com a comunidade escolar aplicar a ludicidade como estratégia, técnica e recurso pedagógico com a finalidade de aprender e ensinar.
Nos dias atuais as informações e os pensamentos são distribuídos de forma muito instantânea, de maneira que fique sempre atualizado é um dever indispensável para qualquer capacitado. Apesar disso, vale ressaltar que os dados só se transformam em experiências de verdade, no momento em que é ligada a alguns sentidos. Por essa razão, é dever da instituição de ensino proporcionar a evolução da aprendizagem dos educandos, visto que a tecnologia e os livros, por exemplo, oferecem, sobretudo, apenas dados. A formação continuada tem muito a disponibilizar nesse desenvolvimento, pois auxilia o educador a aperfeiçoar gradativamente seus métodos pedagógicos e assim incentivar os educandos no desenvolvimento de ideias, e não somente em referências. 
Segundo Kramer: 
É preciso que os profissionais da educação infantil tenham acesso ao conhecimento produzido na área da educação infantil e da cultura em geral, para repensarem sua prática se reconstruírem enquanto cidadão sujeito da produção de conhecimento. E para que possam mais do que “implantar” currículo ou “aplicar” proposta a realidade da creche/ pré-escola em que atuam efetivamente participar da sua concepção construção e consolidação. (KRAMER, 1994ª apud BRASIL, MEC/SEF. COEDI, 1996, p. 19).
A formação continuada dos professores tem sido compreendida atualmente como um procedimento definitivo e contínuo de melhoramento dos conhecimentos essenciais à exercícios dos professores. É feita depois da formação inicial e tem como finalidade de garantir uma aprendizagem excelente cada vez maior aos alunos. A formação continuada tem muito a contribuir nesse desenvolvimento, uma vez que permite que o educador associe a aprendizagem capacitada a mudança e expectativas nos ambientes profissionais e escolares. Desta forma, a formação continuada ajuda aos professores e a gestão escolar a raciocinar e aperfeiçoar todos os conhecimentos pedagógicos, aplicando recursos com o objetivo de reparar obstáculos e trazendo modificações consideráveis para toda a instituição escolar.
4 MATERIAL E MÉTODOS
O procedimento metodológico utilizado para este trabalho foi a qualitativa, embasado em pesquisa bibliográfica e exploratória. A pesquisa exploratória permite o controle dos efeitos desvirtuares do pesquisador, possibilita que a realidade seja percebida tal como ela é, e não como o pesquisador pensa que seja. 
O trabalho foi produzido em forma de pesquisa bibliográfica sendo a primeira etapa com o levantamento do material bibliográfico, que se refere a classificação do material selecionado como fonte de pesquisa, por exemplo: livros, coletânea de textos, teses e dissertações, periódicos. Na segunda etapa é o teste do instrumento para levantamento das informações, selecionando o material bibliográfico e realização de leituras.
Realizar uma pesquisa bibliográfica não significa apenas analisar informações, é necessária uma busca, analisar e verificar novas fontes de pesquisa que tenha uma base teórica, é necessário a busca aprimorada em lugares apropriados a trabalhos reconhecidos.
O estágio foi realizado em forma de entrevista, observações e regências, para fazer uma relação entre pesquisa e prática.
Para realizar as regências na Educação Infantil e Anos Iniciais, foi necessário cumprir um cronograma de observações que foram fundamentais para coletar informações importantes para a elaboração dos planejamentos das aulas lecionadas durante as regências. 
Durante o estágio na Educação Infantil foram observadas e coletas informações que contribuíram para a regência, sendo aplicado por intermédio de um projeto de intervenção, através do tema Alfabetização, que a professora regente escolheu, este que já estava incluso no seu plano de aula.
Já nos Anos Iniciais, as observações foram através da coleta de dados e foi possível buscar informações para montar os planos de aulas adequadas para a idade dos alunos. O tema escolhido para as regências nos anos iniciais foi escolhido através do projeto desenvolvido pela escola: “O Girassol”. 
No terceiro estágio, realizado na gestão escolar, foi analisado através da observação, a rotina das gestoras na escola. O tema escolhido para entrevista foi “O Papel da Escola na Integração da Ludicidade e Suas Contribuições”, devido toda a assistência que as gestoras fornecem à escola para levar a ludicidade para a sala de aula. Com estes exemplos de gestoras escolares, foi realizado uma entrevista com perguntas de acordo com o tema.
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A partir do trabalho exposto e dos estágios que o professor pode-se desenvolver profissionalmente, contribuindo para uma prática educativa que possibilita formar novas maneiras de fazer educação e que podem ser construídas.
A ludicidade faz parte do cotidiano dos alunos nas salas de aula com atividades que envolvam a ludicidade em forma de teatros, músicas, gincanas, feiras, jogos, atividades que envolvem o brinquedo, entre outros eventos realizados pela escola para que haja em prática o lúdico. Além disso, o professor tem que estar sempre buscando se atualizar realizando diversoscursos que ensinam a pôr em pratica a ludicidade e colocar de forma concreta através de materiais de uso pedagógico. 
Nos projetos escolares, que envolvem alunos, pais e professores a interação de todos é fundamental tanto na participação, quanto nos eventos escolares que envolvem a presença de todos. A inclusão dos alunos especiais da escola também é muito importante nas atividades pedagógicas e lúdicas na instituição, eles interagem com os outros alunos, e todos aprendem a conviver com as diferenças. 
6 CONCLUSÃO
A partir do trabalho exposto e dos estágios é que o professor pode se desenvolver profissionalmente, contribuindo para uma prática educativa que possibilita formar novas maneiras de fazer educação e que podem ser construídas.
Para tanto, é indispensável que o professor possa no decorrer de sua prática, desenvolver os diversos conhecimentos e a troca de informações que foram adquiridos ao longo do curso de Licenciatura em Pedagogia, mas sendo importante que ocorra uma reflexão a partir da nossa realidade individual.
Analisamos que o uso das atividades lúdicas nos processos de aprendizagem apresenta-se, então, um método competente, capaz de auxiliar em vários campos, uma vez que o ato de brincar não é algo irrelevante, uma vez que o que traz consigo influencia diretamente na formação de saberes e experiências.
Compreendemos que a ludicidade tem uma função importante no processo de aprendizagem dos alunos, favorecendo para diversas áreas do desenvolvimento humano, ajudando no conhecimento, na evolução social, pessoal e cultural, permitindo a socialização, comunicação e a aprendizagem.
Podemos refletir que a ludicidade é um método importante e observamos que não quer dizer que o aluno esteja passando por um aceitamento ao mundo adulto, sequer que precisa de amadurecimento, rejeitando-se, assim, a intervenção do adulto nas suas vivências. Não quer dizer que não seja necessário a intervenção do adulto, mas sim, que a criança que vai adquirir suas próprias vivencias e experiências perante sua trajetória de vida, principalmente na escola, onde irá ter contato com o conhecimento através do lúdico. 
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