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Empreendedorismo & inovação Plano de Ensino Empreendedorismo O que é? • Empreendedorismo podemos entender o movimento que se opera na economia a partir da década de 90, como conseqüência do processo de privatização das grandes estatais e a abertura do mercado interno para a concorrência externa. • Soma-se, a isto, a necessidade de geração de empregos, renda e alocação de investimentos necessários para manter e estimular o crescimento econômico do país. • “o empreendedorismo é o processo de criar algo diferente e com valor, dedicando tempo e esforço necessários, assumindo os riscos financeiros, psicológicos e sociais correspondentes e recebendo as conseqüentes recompensas da satisfação econômica e pessoal”. Segundo Robert Hisrich (2004) • “Para a pessoa que realmente inicia seu próprio negócio, a experiência reveste-se de entusiasmo, frustração, ansiedade e trabalho duro.” E, ainda, que “há um alto índice de fracasso devido a situações como baixa renda, concorrência intensa, falta de capital ou de capacidade administrativa.” • Por sua vez, o verbo “empreender” deriva do latim imprehendere, ou impraehendere, e significa deliberar-se a praticar, propor-se, tentar a realização de tarefa ou empresa laboriosa e difícil, de colocar em execução um determinado plano ou ação. • O empreendedor é aquele que tem a capacidade de imaginar, desenvolver e realizar visões (objetivos), caracterizando-se por ser criativo, inovador e assumindo riscos. • O empreendedor é freqüentemente considerado uma pessoa capaz de identificar as oportunidades de negócios, os nichos do mercado e que sabe se organizar para progredir. Revisão dos conceitos de empreendedor Conceitos Autores (...) “define o objeto que vai determinar seu próprio futuro”. “é visto como alguém que imagina, desenvolve e realiza visões. A visão é uma idéia, muitas vezes um conjunto de idéias (imagens), que se quer realizar (projetadas no futuro)”. Filion 1999 Filion “é aquele que faz acontecer, antecipa-se aos fatos e tem uma visão futura da organização”. Dornelas 2005 “é aquele que destrói a ordem econômica existente através da introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de organização, ou pela exploração de novos recursos e materiais”. “é um inovador e desenvolve tecnologia que ainda não foi testada”. Joseph Schumpeter 1934 “ é alguém dinâmico que corre riscos moderados” David Mc Clelland 1961 “é aquele que visualiza oportunidade em que poucos a enxergam, antecipando-se aos sinais de novas tendências”. Wagner Roque 2010 Características do Empreendedor • Planejador, assumidor de riscos moderados, iniciativa e energia, criatividade, flexível, tolerante a ambigüidade e à incerteza, líder, hábil para o relacionamento interpessoal, tomador de decisões e solucionador de problemas, gerador de valor, realizador, autoconfiante, comunicador, visionário, negociador, desejo de poder, intuitivo, prospector de oportunidades, grande capacidade de trabalho, dentre outras. Características de Empreendedor • . Estar sempre em busca de oportunidades . Iniciativa . Persistência . Comprometimento . Exigência de qualidade e eficiência . Correr riscos calculados . Saber estabelecer metas . Buscar informações . Planejar e monitorar sistematicamente . Capacidade de persuasão e de formar rede de contatos . Independência e autoconfiança (SEBRAE) Empreendedorismo • O conceito engloba: 1) Introdução de um novo produto no mercado 2) Introdução de um novo método de produção 3) Abertura de um novo mercado 4) Conquista de uma nova fonte de matéria prima 5) Criação de uma nova organização para gerar uma nova posição de monopólio (a partir de alianças, fusões ou fragmentação empresarial) Setores preponderantes • Comércio: comércio varejista de material de construção, de vestuário e mini-mercados. • Serviços: alojamento e alimentação (bares, restaurantes, lanchonetes e hotéis), transportes terrestres e serviços de assessoria de empresas. Por que? Segmentos que apresentam menos barreiras à entrada: tecnologia é de fácil acesso e a necessidade de capital é relativamente baixa. Implica maior concorrência, menor rentabilidade e maior número de saídas Condições para MPEs • “Auto-emprego” • Quase metade dos novos negócios não possui nenhum empregado (MEI) • Crescimento limitado, mesmo para aqueles que conseguem sobreviver 3 a 5 anos. • Os empreendimentos surgem sem um estudo de mercado, da concorrência, sem um diferencial efetivo em relação ao que existe no mercado e sem inovação • O desenvolvimento econômico brasileiro somente será sustentável na medida em que se crie novos negócios, inovadores nos produtos e processos, com potencial de crescimento em rede. Os diferentes tipos de empreendedorismo • Geralmente são os mais conhecidos e aclamados. • Suas histórias são brilhantes e, muitas vezes, começam do nada e criam grandes impérios. • Começam a trabalhar muito jovens e adquirem habilidade de negociação e de vendas. • Em países ocidentais, esses empreendedores natos são, em sua maioria, imigrantes ou seus pais e avós o foram. • São visionários, otimistas, estão à frente do seu tempo e comprometem-se 100% para realizar seus sonhos. • Suas referências e exemplos a seguir são os valores familiares e religiosos, e eles mesmos acabam por se tornar uma grande referência. • Se você perguntar a um empreendedor nato quem ele admira será comum lembrar da figura paterna/materna ou algum familiar mais próximo. Ex. Bill Gates. Tipo 1 – Empreendedor Nato Tipo 2 – O Empreendedor que aprende (inesperado) • Este tipo de empreendedor tem sido muito comum. • É normalmente uma pessoa que, quando menos esperava, se deparou com uma oportunidade de negócio e tomou a decisão de mudar o que fazia na vida para se dedicar ao negócio próprio. • É uma pessoa que nunca pensou em ser empreendedor, que antes de se tornar um via a alternativa de carreira em grandes empresas como a única possível. • O momento de disparo ou de tomada de decisão ocorre quando alguém o convida para fazer parte de uma sociedade ou ainda quando ele próprio percebe que pode criar um negócio próprio. • Geralmente demora um pouco para tomar a decisão de mudar de carreira, a não ser que esteja em situação de perder o emprego ou já tenha sido demitido. • Antes de se tornar empreendedor, acreditava que não gostava de assumir riscos. • Tem de aprender a lidar com as novas situações e se envolver em todas as atividades de um negócio próprio. Tipo 3 – O empreendedor Serial (Cria Novos Negócios) • O Empreendedor serial é aquele apaixonado não apenas pelas empresas que cria, mas principalmente pelo ato de empreender. • É uma pessoa que não se contenta em criar um negócio e ficar à frente dele até que se torne uma grande corporação. • Como geralmente é uma pessoa dinâmica, prefere os desafios e a adrenalina envolvidos na criação de algo novo a assumir uma postura de executivo que lidera grandes equipes. • Normalmente está atento a tudo o que ocorre ao seu redor e adora conversar com as pessoas, participar de eventos, associações, fazer networking. • Geralmente tem uma habilidade incrível de montar equipes, motivar o time, captar recursos para o início do negócio e colocar a empresa em funcionamento. • Sua habilidade maior é acreditar nas oportunidades e não descansar enquanto não as vir implementadas. • Ao concluir um desafio, precisa de outros para se manter motivado. • As vezes se envolve em vários negócios ao mesmo tempo e não é incomum ter várias histórias de fracasso. • Mas estas servem de estímulo para a superação do próximo desafio. Tipo 04 – Empreendedor Social • O empreendedor social tem como missão de vida construir um mundo melhor para as pessoas. • Envolve-se em causas humanitárias com comprometimento singular. • Tem um desejo imenso de mudar o mundo criando oportunidades para aqueles quenão tem acesso a elas. • Suas características são similares às dos demais empreendedores, mas a diferença é que se realizam vendo seus projetos trazerem resultados para os outros e não para si próprios. • De todo os tipos de empreendedores é o único que não busca desenvolver um patrimônio financeiro, ou seja, não tem como um de seus objetivos ganhar dinheiro. • Prefere compartilhar seus recursos e contribuir para o desenvolvimento das pessoas. Tipo 05 O Empreendedor por Necessidade • O empreendedor por necessidade cria o próprio negócio porque não tem alternativa. • Geralmente não tem acesso ao mercado de trabalho ou foi demitido. • Não resta outra opção a não ser trabalhar por conta própria. • Geralmente se envolve em negocio informais, desenvolvendo tarefas simples, prestando serviços e conseguindo como resultado pouco retorno financeiro. • É um grande problema social para os países em desenvolvimento, pois apesar de ter iniciativa, trabalhar arduamente e buscar de todas as formas a sua sobrevivência e a dos seus familiares, não contribui para o desenvolvimento econômico. • Na verdade, os empreendedores por necessidade são vitimas do modelo capitalista atual pois não tem acesso a recursos, à educação e às mínimas condições para empreender de maneira estruturada. • Suas iniciativas empreendedoras são simples, pouco inovadoras, geralmente não contribuem com impostos e outras taxas, e acabam por inflar as estatísticas empreendedoras de países em desenvolvimento, como o Brasil. • Sua existência em grande quantidade é um problema social que, no caso brasileiro, ainda está longe de ser resolvido. Tipo 06 O empreendedor Herdeiro (Sucessão Familiar) • O empreendedor herdeiro recebe logo cedo a missão de levar à frente o legado de sua família. • Empresas familiares fazem parte da estrutura empresarial de todos os paises, e muitos impérios foram construídos nos últimos anos por famílias empreendedoras, que mostraram habilidade de passar o bastão a cada nova geração. • Mais recentemente, porém, tem ocorrido a chamada profissionalização da gestão de empresas familiares, através da contratação de executivos de mercado para a administração da empresa e da criação de uma estrutura de governança corporativa, com os herdeiros opinando no conselho de administração e não necessariamente assumindo cargos executivos na empresa. • O desafio do empreendedor herdeiro é multiplicar o patrimônio recebido. Isso tem sido cada vez mais difícil. • O empreendedor herdeiro aprende a arte de empreender com exemplos da família, e geralmente segue seus passos. • Muitos começam bem cedo a entender como o negócio funciona e a assumir responsabilidade na organização, e acabam por assumir cargos de direção ainda jovens. • Alguns têm senso de independência e desejo de inovar, de mudar as regras do jogo. • Outros são conservadores e preferem não mexer no que tem dado certo. • Esses extremos, na verdade, mostram que existem variações no perfil do empreendedor herdeiro. • Mais recentemente, os próprios herdeiros e suas famílias, preocupados com o futuro sucesso dos negócios, têm optado por buscar mais apoio externo, através de cursos de especialização, MBA, programas especiais voltados para empresas familiares. Tipo 07 O Empreendedor Normal (Planejado) • Toda teoria sobre empreendedorismo de sucesso sempre apresenta o planejamento como uma das mais importantes atividades desenvolvidas pelos empreendedores. • E isso tem sido comprovado nos últimos anos, já que o planejamento aumenta a probabilidade de um negócio ser bem sucedido e, em conseqüência, levar mais empreendedores a usarem essa técnica para garantir melhores resultados. • O empreendedor que “faz a lição de casa”, que busca minimizar riscos, que se preocupa com os próximos passos do negócio, que tem uma visão de futuro clara e que trabalha em função de metas é o empreendedor aqui definido como o “normal” ou planejado. • Então o empreendedor normal seria o mais completo do ponto de vista da definição de empreendedor e o que a teria como referencia a ser seguida, mas que na pratica ainda não representa uma quantidade considerável de empreendedores. • No entanto, ao se analisar apenas empreendedores bem sucedidos, o planejamento aparece como uma atividade bem comum nesse universo especifico, apesar de muitos dos bem- sucedidos também não se encaixarem nessa categoria Empreendedor (enterpreneur) • Empreendedor clássico, isto é, aquele que desenvolve, autonomamente, o seu negócio, assumindo os riscos inerentes, e gozando de uma condição de relativa independência, obtendo os ganhos condizentes com a adequação do alcance dos objetivos traçados. Tipo 08 – O empreendedor Corporativo • O Empreendedor Corporativo tem ficado mais em evidência nos últimos anos, devido à necessidade das grandes organizações de se renovar, inovar e criar novos negócios. • São geralmente executivos muito competentes, com capacidade gerencial e conhecimento de ferramentas administrativas. • Trabalham de olho nos resultados para crescer no mundo corporativo. • Assumem riscos e tem o desafio de lidar com a falta de autonomia, já que nunca terão o caminho 100% livre para agir. • São hábeis comunicadores e vendedores de suas idéias. • Desenvolvem seu networking dentro e fora da organização. • Convencem as pessoas a fazerem parte de seu time, mas sabem reconhecer o empenho da equipe. • Sabem se autopromover e são ambiciosos. Não se contentam em ganhar o que ganham e adoram planos com metas ousadas e recompensas variáveis. • Se saírem da corporação para criar o próprio negócio podem ter problemas no início, já que estão acostumados com as regalias e o acesso a recursos do mundo corporativo. Empreendedorismo corporativo (intrapreneur • Intra-empreendedor é um colaborador da empresa que inova, identifica e cria oportunidades de negócios, monta e coordena novas combinações ou arranjos de recursos para agregar valor. • Age para atender necessidades latentes e busca fazer de forma mais eficaz o que já existe”. • (...) “utiliza o seu talento para criar e conduzir projetos de caráter empreendedor na organização”. Empreendedorismo corporativo (intrapreneur • Esses projetos podem ser o desenvolvimento de um novo negócio dentro de uma organização já existente, a saber: -a redefinição dos atuais produtos ou serviços da empresa, -o desenvolvimento de novos mercados ou a abertura de uma nova unidade de negócios. • Desta forma, propicia oportunidades de crescimento para profissionais da organização, que entende que podem, através de um modelo diferente de negócios, fazer mais e melhor, reconhecendo o diferencial de desempenho que o mesmo oferece para a empresa através de um status diferenciado e formas de compensação que vão além da remuneração convencional. • Para todos os efeitos, será avaliada a viabilidade da proposta, da mesma forma que se fosse uma iniciativa de expansão dos negócios da empresa conduzidas pelos atuais controladores. Empreendedorismo corporativo (intrapreneur • Estas experiências começaram nas grandes corporações, como fez a General Electric, que enxergou a possibilidade de realizar o potencial de novos empreendimentos, sem desviar o foco das atuais linhas do negócio. Empreendedorismo corporativo (intrapreneur • O gerente empreendedor ou empreendedor corporativo apresenta as diversas características do empreendedor (autoconfiança, pró-atividade, persistência, prospecção de oportunidades etc.), porém os riscos financeiros são sustentados pela empresa controladora. O empreendedorismo feminino • A evolução e o protagonismo da mulher se fazem sentir também quando tratamos de empreendedorismo. • Mostra disso é que a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico(OECD) registra, em pesquisa feita em 1998, que as mulheres eram responsáveis por uma taxa de criação de novos empreendimentossuperior aos dos homens (1,5 vez maior). • Diante dessa situação, realizou-se o primeiro seminário sobre mulheres empreendedoras, em 1998, discutindo a importância das mulheres à frente de pequenas empresas. • Neste encontro, foram destacados três pontos que configuram a importância do seu papel empreendedor: a) econômico: gerando ocupações para elas e para outras pessoas; b) social: possibilitando o equilíbrio trabalho e família; e c) político: aumentando a sua autonomia. O empreendedorismo feminino • Dentre os motivos alegados para criar novos empreendimentos, registram-se: -desejo de realização e independência, percepção de oportunidade de mercado, -dificuldades em ascender na carreira profissional em outras empresas, -necessidade de sobrevivência e eventual perda de emprego. ( Este risco mais presente nas mulheres de maior idade e menos experiência) Característica Empreendedores Empreendedoras Motivação Ponto de partida Fontes de fundos Histórico profissional Características de personalidade Histórico Grupos de apoio Tipo de negócios Realização- Lutam para fazer as coisas acontecerem independência pessoal-auto-imagem relacionada ao status obtido porseu desempenho na corporação não é importante Satisfação no trabalho advinda do desejo de estar no comando Insatisfação com o atual emprego Atividades extras na faculdade, no emprego atual ou progresso no emprego atual Dispensa ou demissão Oportunidade de aquisição Bens e economias pessoais Financiamento bancário Investidores Empréstimos de amigos e familiares Experiência na área de trabalho Especialista reconhecido ou que obteve um alto nível de realização na área Competente em uma série de funções empresariais Dá opiniões e é persuasivo Orientado para metas Inovador e idealista Alto nível de autoconfiança Entusiasmado e enérgico Tem que ser seu próprio patrão Idade no início do negócio: 25-35 Pai autônomo Educação superior- administração ou área técnica (geralmente engenharia) Primogênito Amigos, profissionais conhecidos (advogados, contadores) Associados ao negócio Cônjuge Indústria ou construção Realização- conquista de uma meta Independência-fazer as coisas sozinha Frustração no emprego Interesse e reconhecimento de oportunidade na área Mudança na situação pessoal Bens e economias pessoais Empréstimos pessoais Experiência na área de negócios Experiência em gerência intermediária ou administração Histórico ocupacional relacionado com o trabalho Flexível e tolerante Orientado para metas Criativa e realista Nível médio de autoconfiança Entusiasmada e enérgica Habilidade para lidar com o ambiente social e econômico Idade no início do negócio: 35-45 Pai autônomo Educação superior- artes liberais Primogênita Amigos íntimos Cônjuge Família Grupos profissionais femininos Associações comerciais Relacionado à prestação de serviços- serviço educacional, consultoria ou relações públicas. PESQUISA GEM Pesquisa GEM • “Hoje está disseminado no País que o empreendedorismo é fundamental para relação de riquezas, promovendo o crescimento econômico e aprimorando as condições de vida da população. É também um fator importantíssimo na geração de empregos e renda.” Dados sobre o Brasil • Das 6,4 milhões de empresas que existem no Brasil, 99% são pequenos negócios. • Só em 2019, os pequenos negócios brasileiros geraram 731 mil vagas de emprego. (8 de dez. de 2020) • Dados do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) mostram que, em 2020, • foram abertas 626.883 micro e pequenas empresas em todo o país. Desse total, 535.126 eram microempresas (85%) e 91.757 (15%) eram empresas de pequeno porte O bastião do emprego • No jargão militar, bastião é o espaço mais resistente dentro de uma estrutura de combate. Fixado em locais estratégicos, é um ponto acessível para soldados amigos e hostil aos inimigos. • Seja por necessidade de renda, mudanças no comportamento do consumidor ou demissões nas grandes empresas, a geração de vagas passou a ser maior nas micro e pequenas. • Assim se comportam as micro e pequenas empresas (MPEs) durante a pandemia no quesito empregabilidade. • À revelia dos impactos financeiros da Covid-19, elas cresceram e se multiplicaram, tornando-se, nos últimos seis meses, o abrigo de mais de 1,1 milhão de desempregados, ou 68% da mão de obra absorvida entre agosto de 2020 e janeiro de 2021, segundo o Sebrae. • A Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio, feita pelo IBGE em outubro de 2020, mostrou que para 85% dos que conseguiram empregos depois da pandemia, a renda ficou menor que a de 2019. • O professor de economia da Universidade de São Paulo Flávio Riga diz que “As MPEs ajudam a manter a empregabilidade, mas o aumento de renda passa pela reestruturação das grandes.” Enquanto a reestruturação não acontece, na guerrilha contra a pandemia, as micro e pequenas seguem na linha de frente. E nenhum país vence uma batalha tão importante com um exército mal equipado. As 8.249 MPEs representaram 38,0% das empresas exportadoras do país em 2016, sendo 13,1% referentes às microempresas e 24,9% às empresas de pequeno porte (SEBRAE,2017) Armadilhas para as pequenas empresas O pensamento de Fernando Antonio Prado Gimenez sobre a pequena empresa • A ação empreendedora demanda uma constante busca do equilíbrio entre o permanente e o mutável. • O sucesso de empreendedoras e empreendedores depende muito de sua capacidade de perceber quando a aposta no mesmo de ontem ainda é valiosa e, quando guiadas(os) por transformações ao seu redor, percebem a hora de mudar. • Uma pequena empresa que existiu por algumas décadas no mesmo local, deixa de ser apenas um espaço de trocas comerciais e torna-se um lugar onde laços de amizade e companheirismo se formam e permanecem. • (...)tão importante quanto o sucesso financeiro e econômico, a administração de uma pequena empresa bem sucedida depende de laços afetivos entre os que nela trabalham e os que dela dependem para a aquisição de produtos ou serviços em sua vida. • Em uma pequena empresa, que assim permanece por longos períodos, na qual seus proprietários/dirigentes não manifestam a intenção de crescer, uma vantagem competitiva importante, embora pouco defensável, é a localização. • Estar próximo a uma comunidade, com população suficiente, que precisa de produtos ou serviços adequados, mas que não valem um esforço muito grande de deslocamento, é uma característica de inúmeras pequenas empresas, tais como, panificadoras, açougues, farmácias, bazares, mercearias, pequenos supermercados, butecos, entre outros. • Mas, assim como os dirigentes dessas empresas souberam escolher uma localização vantajosa, outros poderão fazê-lo e passarão a disputar o mesmo mercado, eliminando a vantagem competitiva. • Nesse momento, minha hipótese é que outras vantagens competitivas, ligadas à história e trajetória de cada empresa e seus dirigentes fazem valer seus efeitos positivos. • São os frutos de uma história de proximidade junto aos clientes e de flexibilidade no atendimento às suas necessidades que levam as pessoas a manterem-se fiéis aos seus fornecedores de pequeno porte. • É a relação afetuosa, com calor humano, que ainda se encontra no mundo dos negócios. • É um ciclo contínuo de criação => gestão => criação => gestão=> criação => gestão... Infinitas vezes? • Talvez sim, se os empreendimentos sobreviverem a seus criadores e continuadores. Mas, na maioria dos casos, em algum momento, esse ciclo se interrompe, com o encerramento das atividades. • Esse é o constante ciclo de criação e gestão que mencionei, não há como só inovar, assim como não há como só fazer o mesmo sempre. • Há momentos para criar e há momentos para gerir, procurando em cada momento superar as incertezas e os riscos nas decisões. As duas formas de pensar devem coexistir. Atividades para o próximo encontro •Pesquise sobre este assuntos em sequência e elabore um texto com principais conclusões • Perfil do empreendedor/ O processo de empreender/ Effectuation x Causation/ Como desenvolver a orientação empreendedora dentro das organizações. • Utilize com apoio artigos da base de Periódicos Capes e livros da Biblioteca Virtual disponível no IFRS. • O texto deve ser encaminhado até a data do próximo encontro.
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