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O PROCESSO DE EMPREENDER OS PS DO EMPREENDEDORISMO O primeiro P já estava no modelo: Paixão. Para mim, paixão está relacionada com a dedicação que devotamos a algo ou alguém que nos aproxima da felicidade. A paixão por alguém é, quase sempre, mais gratificante, pois pode ser retribuída, mas no empreendedorismo o objeto de desejo é o empreendimento. Sem a paixão, será difícil surgir a apetência para atender as demandas desse objeto do desejo. Que as vezes pode ser um pouco obscuro! (um pouco de surrealismo Buñueliano) Mas a paixão, embora necessária, não é suficiente. Ela precisa ser guiada por um Propósito, o segundo P. Para que essa paixão? Onde posso chegar com ela ou quero chegar? O propósito se refere à motivação para empreender. Qual é o objetivo do empreendedor? Mas, não é só isso. Propósito tem a ver também com a razão de existência do empreendimento. O que é oferecido ao mercado, se for uma empresa, ou a sociedade, se for outro tipo de organização. Ou seja, tem a ver com o que chamo posicionamento co-opetitivo no mercado ou sociedade. Quando se fala de mercado, não se pode esquecer que mercados são Pessoas. É evidente a ligação do propósito com pessoas. Para ser bem sucedido, o empreendimento deve ter uma oferta capaz de atrair pessoas. No entanto, essa dimensão extrapola esse sentido de ofertar algo desejado por pessoas. O empreendimento, em geral, necessita de outras pessoas para existir: empregados, sócios, fornecedores, parceiros etc. Para cada tipo de público, há interações que precisam ser estabelecidas. Como convencer fornecedores a proverem as necessidades do empreendimento? Como atrair e manter pessoas trabalhando no empreendimento seja como sócios ou empregados. Como envolver pessoas de outros empreendimentos em parcerias? Estas e outras questões conduzem para as Práticas, quarto P que imaginei. Empreender requer um saber fazer que é direcionado por três eixos: imaginar uma nova organização, buscar e articular recursos e tecnologias em um modo de operação e estimular e conduzir pessoas visando atingir objetivos. O quarto P se materializa nas Práticas desse saber fazer. Elas podem se manifestar pelo uso de ferramentas de diagnóstico, planejamento e controle ou são ações que surgem na lida cotidiana com as demandas do funcionamento inicial do empreendimento. Em essência, dizem respeito ao exercício de três papéis empreendedores: criador, organizador e condutor. Papéis pelos quais se manifesta o empreendedorismo individual ou coletivamente. O quinto P é o Produto. Todo empreendimento se constrói em torno da capacidade de entregar um produto, tangível ou intangível, para a sociedade de forma mais ampla ou mercado, de forma mais estreita. É no Produto que surge o resultado de Paixão, Propósito, Pessoas e Práticas. De novo, tangível ou intangível, é o vir a ser do produto que justifica o ato de empreender. É devido à complexidade deste vir a ser que nossa sociedade precisa de empreendedores e empreendimentos. Se fosse trivial não haveria razão para o empreendedorismo. (Fernando Gimenez) MOTIVAÇÃO PARA EMPREENDER Para McClelland, a necessidade de realização é um dos motores da motivação humana que ajuda a entender a tendência empreendedora que as pessoas possuem. Dadas as condições adequadas, quanto maior a necessidade de realização de uma pessoa, maiores as chances dela se envolver na criação de um novo empreendimento. McClelland, psicólogo, deu uma contribuição importante para o campo de conhecimento sobre empreendedorismo, ao notar a insuficiência das explicações de origem na economia sobre o comportamento empreendedor. Para muitos, ser dono do próprio negócio significa dispor de seu tempo como melhor lhe convir, sem ter que dar satisfações a ninguém, muito menos a um patrão. No entanto, assim que o envolvimento com uma nova empresa se torna realidade, o(a) empreendedor(a) descobre que a autonomia de que dispõe é muito pequena. Há tantos compromissos a atender, seja em relação a fornecedores ou a clientes, que a sensação de liberdade que era buscada demonstra-se ilusória. Mas, há outros encantos que o empreendedorismo tem para atrair as pessoas, tais como, o senso de realização e a possibilidade de relacionamentos com pessoas. Mas, para aqueles que conseguem conquistar um pouco de liberdade ou autonomia, esta se torna muito valiosa. Ela representa a possibilidade de influir verdadeiramente sobre o destino pessoal (...) MOTIVAÇÃO PARA EMPREENDER NECESSIDADE OU OPORTUNIDADE Empreendimentos surgem porque alguém percebeu uma oportunidade não explorada no mercado. Mas, também, pessoas empreendem porque precisam sobreviver nessa sociedade capitalista que não lhes oferece um emprego decente. São categorias aparentemente muito abrangentes e bem distintas, mas nem sempre suficientes. Por exemplo, alguém pode empreender porque tem uma necessidade muito grande de transformar a sua vida. A necessidade não tem um caráter unicamente financeiro! Ou, o que parece ser uma necessidade financeira para alguns, para outros não é. O que leva alguém a empreender por necessidade ou por oportunidade pode ter uma explicação antecedente: será que a frustração e a vontade de romper com a situação vivida podem nos ajudar a entender melhor a motivação para empreender? Eis aí uma questão interessante de pesquisa e, até onde sei, pouco explorada! Junto com a frustração e a ruptura, pode ser que o medo seja uma emoção a ser analisada pelos pesquisadores, já que pelos empreendedores, com certeza, ela é sempre sentida. CORAGEM & PRUDÊNCIA Você tem coragem e prudência. Duas virtudes centrais para o ser humano. A coragem é ser capaz de tentar fazer algo, mesmo sabendo que poderá não dar certo. Empreender e gerenciar uma empresa ou organização são ações que precisam equilibrar as duas virtudes. A prudência pode ser encarada como o exercício do julgamento sadio em questões prática A coragem de inovar (mudar) precisa ser balizada pela prudência, assim como é também a prudência que inspira a coragem da permanência do modo como se faz as coisas em qualquer organização. AÇÕES EMPREENDEDORAS O processo empreendedor inicia-se quando fatores externos, ambientais e sociais aliados às aptidões pessoais do empreendedor surgem, possibilitando o início de um novo negócio DESENVOLVIMENTO DE UM NOVO NEGÓCIO Pressupõe um processo de planejamento que começa com a avaliação da oportunidade em termos mais objetivos do que o insight e tem seqüência em uma série de etapas que podemos dividir da seguinte forma: 1ª) Identificar e avaliar oportunidade, 2ª) Formular o Modelo/Plano de Negócios, 3ª) Determinar e identificar as fontes de captação dos recursos necessários e 4ª) Estabelecer e implementar o modelo de gestão estabelecido para o novo negócio. O surgimento de uma oportunidade pode se dar ao acaso, ou através de uma observação e/ou do estudo sistemático de um setor na economia onde se perceba existirem condições para desenvolvimento de um produto e serviço. IDENTIFICAR OPORTUNIDADES I As transformações na sociedade, nos seus aspectos políticos, legais, culturais, tecnológicos e econômicos, nos podem dar pistas importantes para identificar novos hábitos de consumo O que é conhecido como insight (ideia), muitas vezes, é tido como uma dádiva para pessoas especiais, e isto normalmente requer muita dedicação e esforço para que tome uma forma que possa se constituir em uma efetiva oportunidade. O empreendedor, normalmente, é um indivíduo sensível para identificar oportunidades e se dispor a encarar o desafio que a ação de empreender encerra. É aquele sujeito visionário que ao invés de encontrar argumentos para não fazer, aguça o seu raciocínio para realizar encontrar respostas à sua indagação: “e por que não?”. O surgimento, porém, de uma ideiasimplesmente não é garantia de uma condição real para o desenvolvimento de um novo empreendimento. DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO/SERVIÇO Descrever o produto e/ou serviço que desejamos criar, elaborar o seu estudo de viabilidade, que avalie, dentre outros aspectos, a potencial demanda para o produto e/ou serviço idealizado, Identificar que vantagens competitivas podemos oferecer para nos diferenciar de eventuais concorrentes e ter uma estimativa preliminar dos recursos (humanos, financeiros, materiais) que seriam necessários. Numa avaliação mais detalhada teremos que responder dentre outras questões, as seguintes: Existem dados de pesquisa que possam corroborar nossas observações? Há alguma restrição de ordem legal que nos possa limitar nos nossos objetivos? Ex. Proteção de propriedade industrial, legislação ambiental etc. Que patentes podem estar disponíveis para atender a essa necessidade? Há espaço para expandir o negócio local, regional ou internacionalmente? O produto têm aderência com os objetivos de vida do empreendedor, pois este projeto demandará muito mais do que o capital a ser investido, a própria existência estará sendo comprometida a partir de uma decisão deste porte. PLANO DE NEGÓCIOS X MODELO DE NEGÓCIOS Elaborar uma proposta de Modelo de Negócios Num segundo momento, se verifica consistência da proposta podemos elaborar Plano de Negócios, que deverá aprofundar o nosso planejamento, partindo das definições do novo empreendimento, e terminando na formulação de todos os planos funcionais, onde serão detalhados objetivos, estratégias, e projeções físico e financeiras do projeto. Um bom plano de negócios, além de apresentar de forma detalhada a oportunidade, propiciará dados relevantes para os potenciais parceiros e/ou fornecedores de recursos e orientará a administração para viabilizar o empreendimento. A determinação dos recursos como de suas fontes de captação também se constitui numa etapa importante deste processo. Certamente, não contaremos com todos os recursos necessários, pela sua diversidade e volume, tanto para etapa inicial quanto para a sequência das atividades. Portanto, criar condições para garantir o seu suprimento é um desafio a ser encarado pelo empreendedor desde esta fase do processo. A definição do modelo e a implementação de sua gestão é um passo fundamental para materializar o projeto do novo empreendimento. Em consequência, devemos dispor de processos bem estruturados, equipes capacitadas e estratégias em condições de serem executadas. É uma etapa que por vezes é difícil de ser transposta porque requer muito mais do que capacidade para planejar. O cotidiano da organização exige tomada de decisão e senso de realidade para executar os planos que têm sido elaborados. Apesar de estas etapas estarem apresentadas sequencialmente, a dinâmica do processo poderá nos exigir avançar em situações, não tendo ainda superadas algumas etapas anteriores, como também retomar algum assunto que na sua implementação verificou-se inadequado para realizar o objetivo do empreendimento. Não raro, veremos que teremos mais de uma versão do Plano de Negócios; pois, mesmo antes da execução, os públicos aos quais foi apresentada a nossa proposta de empreendimento sinalizaram-nos a existência de algumas inconsistências. Ao mesmo tempo que deve ser orientado no sentido de elaborar um trabalho qualificado, é recomendável interagir com aqueles que têm interesse no nosso empreendimento (Ex. fornecedores, investidores, clientes etc.) para checar, a priori, aspectos passíveis de melhoria. O empreendedor não deve ter receio de fazer isto, uma vez que estas consultas contribuirão para uma proposta de negócio mais consistente. Identificar e avaliar oportunidade Formular o Plano de Negócios Determinar e identificar as fontes de captação dos recursos necessários Estabelecer e implementar o modelo de gestão estabelecido para o novo negócio Criação e dimensão da oportunidade - Potencial de demanda - Avaliação concorrencial Valor real e percebido da oportunidade -Disposição de pesquisas para avaliação da situação Potencial de retorno e riscos envolvidos na projeto Aderência da oportunidade em relação às competências e objetivos pessoais Vantagens competitivas -Benefícios que o empreendimento é capaz de oportunizar aos potenciais clientes -Condições para desenvolver e manter estes diferenciais. Título Sumário Resumo executivo Descrição do negócio - Declaração estratégicas - Objetivos estratégicos - Principais estratégias Descrição do setor - Análise da situação da indústria -Análise SWOT Plano de marketing -Estabelecimento da demanda -Estratégias dos 4 P´s (Preço, Produto, Distribuição (Place) e Propaganda -Posicionamento e Segmentação. - Sistema de comercialização -Gestão de marca Plano de produção - Tecnologia aplicada -Processos -Custo de produção -Capacidade Instalada -Estrutura Industrial -Relação de fornecedores Plano de organização -Infra-estrutura Administrativa -Processos Administrativos -Configuração jurídica -Regime tributário Plano operacional Plano financeiro -Projeções Financeiras -Indicadores financeiros Resumo Apêndices e Anexos Recursos existentes do empreendedor -Recursos de capital e financeiros disponíveis Fontes e acessos aos recursos -Agências de Financiamento -Acessos a linhas especiais de crédito/financiamento - Relação de fornecedores Profissionais qualificados Estilo de Gestão, Princípios e Valores Organizacionais Sistema de planejamento e Controle definido -Monitorar os fatores críticos de sucesso. Estabelecimento de planos de contingência para superar problemas atuais e/ou potenciais Implementação de sistemas de controle -Infra-estrutura de informática - Políticas de gestão: pessoas, finanças, vendas etc. -Estratégias de inserção no mercado OPORTUNIDADES O que são oportunidades Constituem algo que existe no papel ou como ideia. São aquelas que alguém transformou em negócios lucrativos e operantes. Pode ser definida como um conceito negocial que, se transformando em produto ou serviço tangível oferecido por uma empresa, resultará em lucro financeiro. As oportunidades tem a ver com criação de valor, e não necessariamente com redução de custos Alguns pretendentes a empreendedor desenvolvem uma fixação em ser o seu produto competitivo em custos ou de custo mais baixo. . A questão sempre foi e será a criação do valor. A regra é bem simples: se vale a pena, as pessoas pagam. O erro de alguns empreendedores que pensaram não ter precificado corretamente foi não terem comunicado o valor. AS OPORTUNIDADES NÃO SÃO IGUAIS PARA TODOS Se existe uma verdade que se possa extrair da experiência dos empreendedores é que nem todos são igualmente equipados para receber ou capturar uma oportunidade. A experiência de cada indivíduo ou equipe os torna mais ou menos capazes de identificar e capturar uma oportunidade. Significa que apesar de você poder se preocupar com que alguém mais explore a “sua” oportunidade, ela não e necessariamente percebida como tal por outros, que podem não dispor das mesmas vantagens. No final, qualquer medida de se alguma coisa é uma oportunidade real deve levar em conta você ser ou não capaz de implementá-la. NEM TODAS EXPLORAM OPORTUNIDADES, MESMO QUANDO SÃO ÓBVIAS. Quantas vezes, quando alguém mais começa um negócio e tem lucro com ele, você já se perguntou “Eu tive a mesma idéia”! O lucro fica para aqueles que desejam mostrar iniciativa e realmente exploram e não para aqueles que somente pensam sobre uma oportunidade de negócios. O pensamento criativo é maravilhoso, mas se não leva à ação e somente um desperdício de energia A maior parte das pessoas e empresas não explora oportunidades, especialmente se estiverem razoavelmente satisfeitas com sua situação atual. DE ONDE ASOPORTUNIDADES SURGEM? As oportunidades de empreendimentos surgem de muitas maneiras e formas para aqueles que as buscam. Alguns indivíduos têm o dom de identificar e lançar ideias rapidamente para produtos e serviços. A maior parte dos empreendedores precisa de um pouco de criatividade, apesar de não ser necessário ter uma mente particularmente criativa. O papel dos empreendedores não é de pessoas de “ideias”. Sua função é a de aplicar criatividade na estruturação de um negócio em torno de uma oportunidade e então implementar as suas ideias. O que observamos, no entanto, é que as oportunidades de negócios que identificam costumam estar ligadas a experiências passadas. É raro com alguém tenha uma inspiração do nada e identifique uma nova oportunidade em um campo com o qual não está familiarizado. Em outras palavras, as ideias para as oportunidades vêm de dentro do domínio de nosso conhecimento existente e geralmente resultam de nossa mente, conectando ideias aparentemente desconexas. A regra geral é: se você deseja desenvolver um novo conceito em um negócio específico com o qual não esta familiarizado, trabalhe nesse negócio de modo a aprender como funciona e ser capaz de observar as conexões. QUE TIPO DE OPORTUNIDADES EXISTEM? As oportunidades não são sempre as mesmas, seja nos seus potenciais ou nos seus riscos. Nós frequentemente glorificamos os indivíduos que identificam e buscam as novas tecnologias radicais. No entanto, a realidade é que esses tipos de oportunidades de empreendimentos são exceções e não regras. Outros buscam oportunidades que tenham perfis de risco e retorno menores, isto é, o empreendedor aceita um pouco menos de lucro em troca de um projeto com um risco menor. A maior parte das oportunidades empresariais envolve a exploração de ideias relativamente simples. Na busca de oportunidades, não considere somente a relação/risco mas também, e talvez com maior importância, os seus próprios objetivos. Algumas pessoas estão procurando pela oportunidade de suas vidas com um enorme potencial. Para elas, tal oportunidade definirá a sua vida. Elas a explorarão ao máximo. Geralmente estes são os empreendedores dos quais ouvimos falar. Os Bransons (Virgin) e Gates (Microsoft) deste mundo se incluem nesta categoria. IDENTIFICANDO OPORTUNIDADES “Nada é mais perigoso do que uma ideia, quando ela é a única que temos”.(Alain Emile Chartier). “A oportunidade é uma ideia transformada em um produto ou serviço palpável fornecido por uma empresa, resultando em lucro financeiro”. Para Dolabela a “oportunidade é uma ideia que está vinculada a um produto ou serviço que agrega valor ao seu consumidor, seja através da inovação ou da diferenciação”. Portanto não basta apenas ter uma boa ideia, é preciso saber diferenciar uma ideia de uma oportunidade. Uma ideia somente se transforma em oportunidade quando seu propósito vai ao encontro de uma necessidade de mercado. Ou seja, quando existem potenciais clientes. Uma oportunidade também tem seu tempo, isto é, seu momento correto. Se a empresa que o comercializa não estiver preparada para melhorar, atualizar ou até mesmo substituir o produto, poderá estar entrando na “fila” das empresas que irão desaparecer. IDENTIFICANDO OPORTUNIDADES Uma empresa somente pode permanecer no mercado se ela está aproveitando as oportunidades que se apresentam. E fazer isso exige inicialmente uma postura do empreendedor de sempre estar atento ao que está acontecendo ao redor do seu negócio. Se considerarmos a empresa como se fosse uma árvore, a atitude do empreendedor, neste caso, seria a de olhar para a floresta, ou para o todo, ou para o sistema, como se costuma dizer. Na prática, esta postura significa participar de várias atividades como feiras, exposições e eventos relacionados ao setor de negócios no qual a empresa atua, procurar ler revistas do segmento, participar de reuniões e encontros em associações, conversar com os concorrentes, clientes, empregados, fornecedores e empresários de outros setores. Procurar compreender as tendências de mercado, situações econômicas, políticas, sociais etc. DIFERENCIANDO IDEIAS DE OPORTUNIDADES Talvez um dos maiores mitos a respeito de novas ideias de negócios é que elas devam ser únicas. O que importa é como o empreendedor utiliza sua ideia, inédita ou não, de forma a transformá-la em um produto ou serviço que faça sua empresa crescer. Em empreendedorismo, elas surgem diariamente. O que importa é saber desenvolvê-las, implementá-las e construir um negócio de sucesso. Quando um empreendedor tem uma ideia que acredita ser interessante, alguns questionamentos deverão ser feitos para determinar se essa ideia pode vir a ser uma boa oportunidade de negócios. Segundo Dornelas as perguntas pertinentes neste caso são as seguintes: • Quais são os clientes que comprarão o produto ou serviço de sua empresa? • Qual o tamanho atual do mercado em reais e em número de clientes? • O mercado está em crescimento, estável ou estagnado? • Quem são os seus concorrentes? Além dessas perguntas básicas, são também importantes questões ligadas ao timing da idéia (momento em que a ideia foi gerada) e a experiência do empreendedor no ramo de negócios em que pretende atuar. FONTES DE NOVAS IDEIAS Informação é a base de novas ideias. Atualmente, a informação está ao alcance de qualquer pessoa O difícil é selecionar a informação relevante, que realmente importa. As pessoas tendem a dar mais importância àquilo de que mais gostam, Mas o empreendedor curioso e criativo sempre está à procura de novas oportunidades e atento ao que ocorre à sua volta. Algumas dicas importantes na identificação de novas oportunidades e geração de novas ideias envolvem: utilizar técnicas de brainstorming; conversar com pessoas de todos os níveis sociais e de idade, sobre diversos temas; pesquisar novas patentes e produtos na área em que o empreendedor pretende atuar; estar atento aos acontecimentos sociais de sua região; visitar institutos de pesquisa, universidades, feiras de negócios etc.; participar de conferências e congressos da área, ir a reuniões e eventos de entidades de classe e associações. AVALIAÇÃO DE OPORTUNIDADES Antes de desenvolver um plano de negócios, o empreendedor deve avaliar a oportunidade que tem em mãos, para evitar despender tempo e recursos em uma ideia que talvez não agregue tanto valor ao negócio nascente ou já criado. Qualquer oportunidade deve ser avaliada, pelo menos, sob os seguintes aspectos: • Mercado – necessidades dos clientes, valor gerado aos usuários, ciclo de vida do produto, estrutura, tamanho, taxa de crescimento e participação possível; • Análise econômica – Lucros depois dos impostos, tempo para ponto de equilíbrio e fluxo de caixa positivo, retorno sobre o investimento, necessidade de capital inicial; • Vantagens competitivas – Custos de produção, marketing e distribuição, grau de controle, barreiras de entrada; • Equipe gerencial – Pessoas da equipe, formação das pessoas, envolvimento com o negócio. • Critérios pessoais – disposição para encarar o desafio, visão de futuro (você se vê neste ramo de negócios daqui a 10 ou 15 anos?), apoio familiar, disposição para investir os bens pessoais etc. PERMANÊNCIA NO MERCADO 1. atenção ao ambiente de negócios; 2. formulação de diversas ideias; 3. constatação de uma oportunidade potencial; 4. coleta de informações para maior segurança sobre a oportunidade existente e geração de aprendizado; 5. planejamento dos recursos necessários para o aproveitamento da oportunidade; 6. execução do planejamento; 7. análise dos resultados; 8. atenção ao novo ambiente de negócios. Planejamento Planejar a atuação sobre uma oportunidade detectada pode ser a diferença entre o sucesso e o fracasso. De uma forma bastante simples, planejarsignifica responder o que será feito, como será feito, quanto irá custar, quem irá fazer, porque será feito e quando será feito. Pode até ser que neste momento seja detectado algum item que inviabilize a ação da empresa em relação ao aproveitamento da oportunidade. Acompanhamento e controle Lembre-se que toda oportunidade tem um tempo de duração. Coerência A maneira como a empresa organiza seus processos para aproveitar uma oportunidade deve ser coerente com as condições que caracterizam a própria oportunidade. Se isso não for feito, pode até existir a oportunidade, mas com certeza seu aproveitamento pleno não ocorrerá. Esta questão pode parecer simples, mas muitos negócios incorrem neste erro e fecham suas portas. Claro, se não houver coerência entre a oportunidade e o negócio, é muito provável que faltem clientes. Permanecer no mercado é estar atento às oportunidades e agir corretamente para aproveitá-las. AVALIAÇÃO DA IDEIA DO NEGÓCIO. Fatores a serem considerados na escolha - Sazonalidade; - Efeitos da situação econômica; - Controle governamental; - Dependência de elementos de disponibilidade e custo incerto; - Ciclo de vida do setor – expansão, estagnação ou retração; - Lucratividade; - Mudanças que estão ocorrendo no setor; - Efeitos da evolução tecnológica; - Grau de imunidade à concorrência; - Atração pessoal e - Barreiras à entrada Cada oportunidade de negócio identificada terá avaliação diferente nos fatores, em função da visão, experiência e recursos de cada potencial empreendedor. CAUSATION OU EFFECTUATION: O que leva as pessoas empreender? SARAS D. SARASVATHY Professor is a member of the Strategy, Entrepreneurship and Ethics area. In addition to MBA and doctoral courses in entrepreneurship at Darden, she teaches in doctoral programs in Europe, Asia, Latin America and Africa. In 2007, Sarasvathy was named one of the top 18 entrepreneurship professors by Fortune Small Business magazine. In 2013, Babson College awarded her an honorary doctorate for the impact of her work on entrepreneurship education. Most recently, in recognition of her active engagement with students, Sarasvathy became the 2015 Mead-Colley Honored Faculty from UVA. Universities around the world recognize her contributions to entrepreneurship research and education. RACIOCÍNIO CAUSATION A lógica começa com um objetivo predeterminado e uma série de processos, e procura identificar a alternativa ótima para alcançar o objetivo dado. Existe um plano a ser seguido. Essa forma de raciocínio é frequentemente usada no pensamento estratégico As contingências acontecem mas o empreendedor busca lidar com elas de forma a voltar para o caminho original. A surpresa é indesejada RACIOCÍNIO EFFECTUATION Não começa com um objetivo estabelecido e permite o aparecimento de metas, contingenciadas por um conjunto de recursos ao longo do tempo., RELAÇÃO COM AS ABORDAGENS COM O ESTABELECIMENTO DE METAS EFFECTUATION Effectuators, sabem que surpresas não são desvios do processo, e sim parte dele. O inesperado é o material da abordagem e transformá-lo em algo comum é a especialidade do empreendedor. O empreendedor conta com os recursos: -Quem é ele- gostos, traços, habilidades; - O que sabe- educação, treinamento,especialidade, experiência; - Quem ele conhece- redes sociais e profissionais; - O que ele tem- recursos financeiros e materiais. PRINCÍPIOS 1. Perdas toleráveis: o empreendedor estabelece um nível de perda aceitável e, mesmo com uma limitação de recursos, procura experimentar outras estratégias e julga serem possíveis; 2. Alianças estratégicas: procura viabilizar parcerias com sua rede de contatos de maneira a construir comprometimentos antecipados que possibilitem reduzir as incertezas e melhorar sua performance frente aos concorrentes; (“preparar-fogo-apontar”) 3. Exploração de contingências: procura se aproveitar das dificuldades e contingências que podem aparecer ao longo do tempo e transformar em oportunidades, e 4. Controle de um futuro imprevisível: enquanto o Causation se baseia na expectativa de prever ou antecipar os acontecimentos, o Effectuation procura controlar o futuro, tido como imprevisível. EFFECTUATION I A interação com os diversos stakeholders é fundamental, para que seja possível estabelecer, primeiramente comprometimentos sobre futuro e, posteriormente, acordos estratégicos, considerando que “a oportunidade é produzida por meio de um processo que transforma continuamente as realidades existentes em possíveis mercados. Desta forma, se infere que estas ações demandam o protagonismo do empreendedor, agindo sobre o meio. EFFECTUATION II Ao se estudar o uso da abordagem aplicada na tomada de decisão sob incerteza, pelos empreendedores, na internacionalização de empresas é possível inferir que muitas das decisões acerca do empreendimento são fruto de heurísticas cognitivas (esquemas mentais) e abordagens lógicas, com a qual os empreendedores exploram contingências, tomam decisões sob condições de incerteza e estabelecem interações (network), que são viabilizadas dentro e fora da organização. EFFECTUATION III Os empreendedores, ao utilizarem a lógica effectual, poderiam vislumbrar oportunidades de expansão em mercados onde outros não enxergariam e onde não caberia um plano formal de concretização, corroborando a importância do uso das heurísticas empreendedoras em momentos críticos de necessidade de tomada de decisões sob incerteza ou mesmo em momentos em que há a necessidade de inovação. EFFECTUATION IV É uma lógica de experiência empreendedora que tanto novatos como empreendedores experientes podem usar na fase altamente imprevisível no começo de um empreendimento (startup) para reduzir os custos de falhas para o empreendedor. EFFECTUATION NAS PME V Esta lógica pode favorecer sob muitos aspectos para a administração de situações inesperadas e não previsíveis do dia a dia, já que podem de algum modo capacitar os empreendedores para as várias situações não planejadas dos negócios, que são bastante comuns na rotina deste empreendimentos. Estas tendem a privilegiar abordagens de ação condizentes com a experimentação, a perda acessível, a flexibilidade e as parcerias estratégicas. EFFECTUATION NAS PME VI A necessidade de estabelecer relações de rede de cooperação e alianças estratégicas para a viabilização de recursos e comprometimentos reais dos stakeholders, apregoada como princípios da abordagem Effectuation, foram evidenciadas como essenciais para os empreendedores de novos negócios de PME’s já que se atribui às relações pessoais, baseadas na identidade do empreendedor, a forma encontrada para a sua sobrevivência e crescimento. EFFECTUATION NAS PME VII Esta mesma relevância da busca e preservação das redes de relacionamento indicada pela teoria do Effectuation para a incorporação de conhecimentos e recursos pela organização,pode ser viabilizada de forma complementar pelas redes de laços fracos, feitas com desconhecidos ou pessoas cujas relações sejam fluidas ou que permitam gerar disrupção. EFFECTUATION NAS PME VIII As redes de laços fortes, estas são estabelecidas com base na proximidade emocional com conhecidos, amigos e familiares, mesmo guardando possibilidades de viabilizar sólidos vínculos, alicerçados na confiança, na cooperação mais plena e efetiva na manutenção da rede por um tempo maior. Os laços fracos têm a perspectiva de se encerrarem em algum momento, havendo a probabilidade da ocorrência de problemas de continuidade já que com o tempo, podem esgotar as capacidades de gerar contribuição ao ocasionar saturação. No entanto, isso não inviabiliza ou mesmo diminui a relevância destas relações, como complementares aos objetivos que poderiam ser alcançados pelas PME’s com o estabelecimento destasredes. De forma complementar ao estreitamento de relações proporcionadas pelos laços fracos, o empreendedor de PME’s poderia se beneficiar com o estabelecimento de outras redes relacionais, tendo acesso a novas informações, conhecimentos, parcerias com fornecedores e recursos, que de outra forma estariam dispersos ou inacessíveis. Outras redes sendo acessadas poderiam viabilizar novas oportunidades e a possibilidade de adquirir vantagens competitivas. EFFECTUATION NAS PME IX Um argumento adicional, que poderia ratificar a teoria do Effectuation visando uma melhor performance das PME’s, se assenta no fato de que, aquelas organizações que estejam culturalmente predispostas, têm a tendência de aumentarem os seus níveis de inovação em produtos e serviços e, consequentemente, a sua performance de atuação estratégica de mercado. Se este pressuposto for aceito, se assume que a inovação é um processo effectual e este fato pode ser considerado como elemento considerável para amplificar as inovações dentro das PME’s EFFECTUATION & CAUSATION Não são excludentes entre si, e sim processos organizacionais complementares, já que alternativamente, podem ser aplicados conforme seja necessário adotar esta ou aquela escolha adaptativa à realidade empreendedora envolvendo risco e incerteza e em ambientes onde existe alguma dificuldade em planejar ou mesmo prever cenários. Existem empreendedores com ambos os tipos de raciocínio, o que diferencia, na verdade, é o momento em que cada lógica é necessária no ciclo de vida do empreendimento. O raciocínio effectuation é mais importante nos primeiros estágios do novo empreendimento, em que a incerteza é alta, os recursos são poucos e o empreendedor ainda está investigando possibilidades para o seu empreendimento. Quando o empreendimento atinge um estágio mais estabelecido e maduro o raciocínio causation é mais necessário, pois o empreendimento já possui uma comunidade de interessados, a responsabilidade é maior , a incerteza já diminuiu consideravelmente, os riscos de uma decisão errada aumentam consideravelmente, mais pessoas estão envolvidas e o objetivo, a missão e o propósito já estão mais claros para todas asa partes envolvidas. O Perfil do Empreendedor O novo empreendedorismo • As diferenças entre os domínios empreendedor e administrativo podem ser comparadas em cinco dimensões distintas de negócio: • orientação estratégica, análise das oportunidades, comprometimento dos recursos, controle dos recursos e estrutura gerencial. • Filion observa ainda que “o gerente é voltado para a organização de recursos, enquanto o empreendedor é voltado para a definição de contextos”. • observar que o empreendedor de sucesso leva consigo ainda uma característica singular, que é o fato de conhecer como poucos o negócio em que atua • É interessante, o que leva tempo e requer experiência. • Talvez esse seja um dos motivos que levam à falência empresas criadas por jovens entusiasmados, mas sem o devido preparo. • Outro fator que diferencia o empreendedor de sucesso do administrador comum é o constante planejamento a partir de uma visão de futuro. • Esse talvez seja o grande paradoxo a ser analisado já que o ato de planejar é considerado uma das funções básicas do administrador desde os tempos de Fayol, • Então, não seria o empreendedor aquele que assume as funções, os papéis e as atividades do administrador de forma complementar a ponto de saber utilizá-los no momento adequado para atingir seus objetivos? • Nesse caso, o empreendedor estaria sendo um administrador completo, que incorpora as várias abordagens existentes sem se restringir a apenas uma delas e interage com seu ambiente para tomar as melhores decisões. Comparação entre Gerentes tradicionais e Empreendedores Temas Gerentes Tradicionais Empreendedores Motivação principal Promoçao e outras recompensas da corporação, como secretária, status, poder etc. Independência, oportunidade para criar algo novo, ganhar dinheiro. Referência de tempo Curto prazo, gerenciando orçamentos semanais, mensais etc. e com horizonte de planejamento atual. Sobreviver e atingir cinco a dez anos de crescimento do negócio. Atividade Delega e supervisiona. Envolve-de diretamente. Status Preocupa-se com o status e como é visto na empresa. Não se preocupa com o status. Como vê o risco Com cautela. Assume riscos calculados. Falhas e erros Tenta evitar erros e surpresas. Aprende com erros e falhas. Decisões Geralmente concorda com seus superiores. Segue seus sonhos para tomar decisões. A quem serve Aos outros (superiores). A si próprio e a seus clientes. Histórico familiar Membros da família trabalharam em grandes empresas. Membros da família possuem pequenas empresas ou já criaram algum negócio. Relacionamento com outras pessoas A hierarquia é a base do relacionamento. As transações e acordos são a base do relacionamento. Habilidades e Atitudes Empreendedoras • Entende-se que ser empreendedor depende da capacidade de visualização do mercado, da coragem e da iniciativa de oferecer esse trabalho. • O empreendedor geralmente é uma pessoa curiosa, inquieta, insatisfeita, que está sempre inventando algo, sempre atenta à possibilidade de ganhar dinheiro, fazendo coisas para os outros. • E nunca está contente com o que tem ou encontra. • O empreendedor é alguém que vive criticando o que vê pelo caminho, achando oportunidades de melhorar produtos e serviços. • Mas não é crítico que aponta defeitos e espera que alguém resolva. • O empreendedor critica e toma a iniciativa de achar a solução, ganhando dinheiro. • Aborda o assunto de maneira a interferir na situação para transformá-la a seu gosto. Torna realidade um desejo de mudança que pode partir da sua percepção ou da identificação de queixas, descobre oportunidades de atender de forma adequada à expectativa de quem está descontente. • Conhecer suas habilidades e atitudes torna-se uma importante fonte de conhecimento científico para aplicabilidade ao perfil do empreendedor, conforme as necessidades do mercado, da organização, dos produtos e serviços oferecidos e até mesmo do profissional. Habilidades e Atitudes Empreendedoras Habilidades Atitudes Feedback Busca de oportunidades Auto crítica / humildade Iniciativa Organização Senso financeiro Persistência/Perseverança Responsabilidade Networking. Lidar com incertezas e ambigüidades Corre riscos calculados Convicção Liderança Conhecimento do negócio e do mercado Alto índice de energia Busca de resultados e determinação Habilidades múltiplas Capacidade de Observação Pró-atividade Agressividade positiva Comunicabilidade Negociador Ego-drive (Auto-impulsão) Vocação Planejamento Agende de mudança Independência Flexibilidade Criatividade Aprovação familiar Capacidade de realização Tolerância ao “stress” Artista, Artesão e Tecnocrata • Patricia Pitcher, uma pesquisadora canadense, publicou em 1997 um livro no qual relata estudos que fez sobre a liderança de empresas bem sucedidas no Canadá. • O livro, com prefácio de Mintzberg, demonstra como o sucesso na condução de empresas pode ser influenciado por diferentes estilos de liderança. • O livro faz uma retomada interessante da discussão sobre liderança na administração e, com seus estudos, Patricia Pitcher conseguiu evidenciar três perfis distintos de liderança a que denominou: Artista, Artesão e Tecnocrata. • Esses perfis foram identificados a partir de entrevistas com pessoas que atuavam sob a liderança de homens e mulheres em empresas bem sucedidas. • O interessante no estudo da autora é que esta partiu de uma identificação dos atributos que as pessoas enxergavam nos dirigentes que estavam à frente das empresas bem sucedidas. • Ela não perguntou aos executivos como se viam, mas sim fez essa indagação àqueles que trabalhavam com esses executivos. De forma resumida cada estilo é descrito por um conjunto de dez qualidades: • Artista(imprevisível, imaginativo, engraçado, audacioso, intuitivo, excitante, emocional, visionário, empreendedor e inspirado); • Artesão (equilibrado, atencioso, honesto, sensato, responsável, confiável, realista, calmo, razoável e previsível); e, • Tecnocrata (cerebral, difícil, não faz concessões, sem jogo de cintura, intenso, detalhista, determinado, meticuloso, durão e preocupado só com o que acha relevante). • Com base em seus resultados, Patrícia conseguiu evidenciar que, entre os três estilos, o Artista era melhor sucedido e conclui com uma defesa da abertura de espaço para pessoas com esse tipo de perfil na gestão das organizações. • Em geral, os atributos do administrador ideal entre alunos e profissionais da administração que encontro são: • empreendedor, audacioso, visionário, inspirador, equilibrado, responsável, realista, atencioso, determinado e intenso. • Ou seja, uma mistura de artista com artesão com uma pitada de tecnocrata! • Pois é, para mim essa é mais uma manifestação de nosso antropofagismo cultural. • Por décadas expostos a modelos estrangeiros de administração, vamos deglutindo essas ideias e regurgitando algo que nos parece mais adequado à nossa realidade. • É o tropicalismo na administração! Se você quer conhecer um pouco mais sobre o estudo de Pitcher, a referência completa do livro é: The Drama of Leadership. Chichester: John Wiley & Sons, 1997. • Um resumo de seus resultados aparece como texto no livro de Mintzberg e Quinn, O processo da estratégia. 3a. edição. Porto Alegre: Bookman, 2001. P. 94 • Muitas vezes, a literatura diz que o ato de empreender surge de um desejo de independência do indivíduo que cria sua própria organização. Ser patrão de si mesmo! Fazer aquilo que gosta! Fazer o que percebe como necessário para uma parte da sociedade ou do mercado! Essa é a motivação inicial em muitos casos. Deixem-me expressar-me como sinto! • Parece ser o grito dos potenciais empreendedores. Quando a organização se estabiliza, muitas vezes, percebe-se que é necessário um equilíbrio entre o que o gestor quer fazer e o que o mercado/sociedade deseja. • É o momento de ajuste, de mudança, de inovação, de transformação. Mas, continua sendo um espaço expressivo. É da percepção do gestor da pequena empresa sobre seu espaço de atuação empresarial que surge sua interpretação de qual é a situação. • A partir dessa interpretação, suas decisões serão tomadas. Surge o momento da expressão do dirigente da pequena empresa CAPACIDADE EMPREENDEDORA Características do novo empreendedorismo • Com o desenvolvimento tecnológico, especialmente da internet, surgem empreendimentos em setores tradicionais, renovando o modelo de negócios, assim como também em novos segmentos. • Este movimento, que nasce nos países do norte, tem sua influência em jovens empresários de países da região, alguns deles com vivência acadêmica e profissional no exterior, que visualizaram espaço no mercado local e regional, inicialmente para surgimento e expansão das denominadas empresas.com. A agência de viagens on-line www.decolar.com Decolar.com é a maior agência de turismo on line da América Latina com escritórios no Brasil, na Argentina, no Chile, na Colômbia, na Costa Rica, no Equador, nos Estados Unidos, no México, no Panamá, no Peru, no Uruguai e na Venezuela. Por meio de seu portal é possível reservar e comprar viagens em tempo real, a partir de uma ampla rede formada por mais de 750 companhias aéreas, 200 cruzeiros marítimos, 150 mil hotéis, 70 locadoras de veículos e milhares de pacotes turísticos nacionais e internacionais. A companhia pretende ainda dobrar o número de funcionários, atualmente em cerca de 550. www.mercadolivre.com Marcos Galperín, co-fundador e Diretor Executivo, enquanto terminava seu MBA na escola denegócios da Universidade de Stanford, escreveu o plano de negócios do MercadoLivre e começou a formar uma equipe de profissionais para colocá-lo em execução. As operações do MercadoLivre na Argentina foram iniciadas em agosto de 1999 chegando aos outros países posteriormente E uma companhia de tecnologia líder em comércio eletrônico no Brasil e na América Latina. Prestes a completar 12 anos no Brasil, acaba de atingir a marca histórica de 500 milhões de anúncios publicados Com uma média de 200 produtos publicados por minuto, totalizando 288 mil diariamente, registra um crescimento médio anual de 74% nos últimos cinco anos. Opera em 12 países da América Latina e em Portugal, Através de suas plataformas MercadoLivre.com e MercadoPago.com, oferece soluções para que indivíduos e empresas possam comprar, vender, anunciar e pagar pela internet. MercadoLivre.com tem 62 milhões de usuários cadastrados e cria um mercado online para a negociação de uma ampla variedade de bens e serviços de uma forma fácil, segura e eficiente. É o oitavo site de e-commerce mais acessado do mundo, segundo métricas da comScore Media Metrix. A companhia está listada na Nasdaq (NASDAQ:MELI) após sua oferta pública inicial em 2007 www.staples.com.br Em 1997, dois jovens argentinos Santiago Bilinkis e Andrés Freire, perceberam que não havia no país uma empresa que concentrasse em um só lugar todos os materiais necessários ao dia a dia de um escritório corporativo. Analisaram o mercado e fundaram uma empresa cujo nome foi Officenet, que se tornou o maior e mais popular fornecedor de materiais para escritórios da Argentina. Três anos depois, em 2000, a empresa expandia suas operações para o Brasil, onde alcançou a marca de 65.000 clientes, mais de 10.000 itens, 200 fornecedores com as melhores negociações e a promessa de simplificar a vida do cliente no trabalho. Neste período, a empresa amadurecia o modelo de negócio, atendendo a empresas de pequeno, médio, grande porte, grandes contratos corporativos, governo e também à pessoa física, com vendas por catálogo, internet e telefone. QUESTÕES PARA QUE O EMPREENDEDOR RESPONDER? RESULTADOS X PROCESSO Atividade: • Pesquise e caracterize o que sejam Plano de Negócios e Modelo de Negócios. • Relacione alguns exemplos de configurações de modelos de negócios. • Utilize quanto possível as bases de Periódicos da Capes disponível através do Site do IFRS-Porto Alegre, sem custo.
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