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Universidade Federal do Espírito Santo Centro de Ciências Exatas, Naturais e da Saúde Departamento de Geologia Disciplina de Sedimentologia Professor Dr. Fabio Simplício Ambientes Glaciais e Sedimentologia Componentes: Ana Clara Nunes - 2018104294 Breno Lafratta - 2018104281 Heitor Moulin - 2018104267 Lucas Esteves - 2018102870 Introdução Geleiras 2.1 - Processo erosão glacial 3. Ambientes Glaciais 3.1 - Subglacial 3.2 - Flúvio-Glacial 3.3 - Glácio-Lacustre 3.4 - Glácio-Marinho 4. Fácies Sedimentares 5. Ciclos e sequências glaciais Sumário Introdução O que são ambientes glaciais? Ambientes glaciais são locais pelos quais o gelo e os derivados do gelo são os principais agentes de transporte e deposição dos sedimentos. Ambientes glaciais tiveram expressão geográfica muito maior em diversas épocas do passado geológico. Disponível em encurtador.com.br/bilpx FALAR SOBRE OS DEPOSITOS GLACIAIS NEOPROTEROZOICOS E PALEOZOICOS DO BRASIL Os tipos de ambientes glaciais Os ambientes glaciais subdivide-se em quatro de maior consideração São modificados de acordo com os processos erosivos presentes Ocupam cerca de 10% da superfície emersa da terra, contudo o registro estratigráfico apresenta maior expressão Extraído de "Classificação geomorfológica das Geleiras de rochas e feições gelo-rocha (FGR) Montes Patriot-Antártica Ocidental." (2009) Onde podemos observar no Brasil 2. Geleiras O termo geleiras tem como conceito uma grande massa de gelo que se move por fluência ou muitas vezes por deslizamento basal Possuem em geral e, mais aceitas, três classificações básicas divididas em primeira e segunda ordem Classificação morfológica esquemática das geleiras (Extraído de SIMÕES, 2004). “As geleiras não são lagos congelados ou gelo de água subterrânea, em vez disso, elas formam-se pela acumulação contínua de neve que recristaliza, sob a ação de seu próprio peso, em uma massa de gelo” (CHRISTOPHERSON, 2012, p. 530). 2.1 Processos erosivos de geleiras Balanço de massa Geleiras base seca x base umida Ablação x Abrasão Extraído de Ambientes de Sedimentaçao Siliciclástica do Brasil. De onde vem o sedimento transportado das geleiras Substrato da própria geleira A partir de encostas adjacentes A zona/ambiente subglacial é a maior zona de transporte Baixíssima seleção granulométrica - bullet-shaped clasts Disponivel em encurtador.com.br/yDJ17 Os sedimentos provenientes das geleiras Mais abundantes e estudados estão inseridos no ambiente subglacial Redepositam-se de acordo com o avanço e recuo das geleiras Os depósitos formados por ação direta das geleiras são chamados de morenas. Disponivel em encurtador.com.br/lwGIX Disponível em encurtador.com.br/tzV05 3.1 Ambiente Subglacial Fonte desconhecida 3.1 Ambiente Subglacial O que é o ambiente subglacial? Área de avanço da geleira, onde os detritos transportados se alojam em irregularidades do substrato. Os depósitos resultantes são denominados tilitos de alojamento (lodgement tillites) Corpos individuais com no maximo 3 metros de altura e altamente compactados. Les cascades de sang révèlent que l'Antarctique pourrait fondre plus vite que prévu - Sciences et Avenir É a área de avanço da geleira, onde os detritos transportados se alijam em irregularidades do substrato rochoso. Na imagem podemos ver em uma geleria da antartida o substrato rochoso exporto. Disponivel em: Tipos de Rochas e Minerais - InfoEscola Tilito - rocha de origem glacial Aqui temos um tilito de granulação muito fina. 3.2 Ambiente Fluvio Glacial Aluviões formados por água de degelo transportam e depositam sedimentos na frente das geleiras, formando planícies de areia e cascalho nomeadas de outwash e sandur que se dispõe em forma de leques aluviais próximos à margem das geleiras Fluxo ocasionado pela liberação de fluxos subglaciais Fluxos gravitacionais e fluxos em lençóis são predominantes. Transportando principalmente feições do tipo cascalho e areia muito grossa 1= geleira; 2= leque de outwash; 3= lago glacial; 4= drumlim; 5= esker; 6 = tills com sulcos e cristas (ultrapassam 0,5 m de espessura) Outwash está diretamente relacionado à ação de avanço e recuo da margem da geleira e com variação de carga e descarga de degelo Essas correntes de degelo tem a própria geleira como fonte de sedimentos Outwash transita para rios entrelaçados e rasos que apresenta uma sedimentação bem intensa de arenitos e conglomerados com estratificação cruzada, mudando constantemente a posição que apresenta diminuição de granulometria, melhor seleção e arredondamento dos grãos fluxo abaixo. Variações granulométricas verticais estão relacionadas a oscilações da margem da geleira, engrossamento textural para o topo refletem avanços da margem da geleira, significam aproximação da área fonte de sedimentos . Feições de escavação e preenchimento de diferentes dimensões são bastante comuns e refletem a alta energia do ambiente, sedimentação muito ativa Formação de lagos a montante: vales fluviais barrados por geleiras Estações mais quentes ocasionam degelo e colapso da barragem de gelo (drenagem súbita, incisão de vales e inundações a jusante); Transporte de imensos blocos de rochas pôr grandes distâncias; Formação de barras de cascalho altos, estratos cruzados gigantes Evento catastrófico, 3.3 Ambiente Glácio-Lacustre Lagos Glaciais Distal lakes Varvitos Disponível em https://www.tricurioso.com/2019/01/07/por-que-os-lagos-glaciais-sao-azuis/ Disponível em http://www.cprm.gov.br/publique/Redes-Institucionais/Rede-de-Bibliotecas---Rede-Ametista/Varvitos%3A-um-registro-geologico-ano-a-ano-2659.html?from%5Finfo%5Findex=6 - Varvitos de Trombudo Central (SC) Recebem sedimentos atraves de material derivado de desagregação de blocos na margem da geleira, queda de clastos de gelo flutuante, de correntes de fundo proveniente de tuneis englaciais e/ou subglaciais e de fluxos sedimentares de gravidade. Densidade da agua de degelo é maior q a agua do meio, o que favorece o desenvolvimento de fluxos Hiperpicnais de fundo, dão origem a correntes de turbidez Depósito mais característico de distal lakes são os varvitos - Variação sazonal 3.4 Ambiente Glácio-Marinho https://www.researchgate.net/publication/287882881_Itarare_Group_Permo-carboniferous_of_the_Parana_basin_Limeira_and_Piracicaba_regions_state_of_Sao_Paulo_southeastern_Brazil_Contribution_to_the_lithofacies_study Ambientes de sedimentação glácio-marinhos e indicação das fácies sedimentares, como diamictitos, arenitos, varvitos e lamitos Interação entre processos glaciais e marinhos. A geleira atua principalmente como fonte de sedimentos e a deposição ocorre por processos atuantes no interior do corpo d’água, que variam de acordo com a distância em relação à margem da geleira. Subglacial e Proglacial. 3.4 Ambiente Glácio-Marinho 1- Ressedimentação gravitacional 2- Chuva de detritos Fácies Resultantes http://sigep.cprm.gov.br/glossario/fig/diamictito_Fm_Ghaub_Namibia.htm 1- Contínuos processos gravitacionais, desde deslizamentos e escorregamentos até correntes de turbidez. 2- Formação de espessos pacotes de diamictitos 4. Fácies Sedimentares Disponivel em Glacial landforms - Revision 5 - GCSE Geography - BBC Bitesize Classificação dos diamictitos A principal rocha que forma as demais faceis glaciosedimentares é o diamictito, podendo ser de dois principais tipos com fácies características. 4.1.1 Diamictito Subglacial (tilito) Disponínel em: https://www.geocaching.com/geocache/GC3HZDT_rocha-moutonnee?guid=e8c2063b-e4dd-4294-a66c-431da3115494 O diamictitio subglacial ocorre quando a geleira transporta detritos em sua base e esses detritos se alojam em fraturas e fissuras no substrato rochoso. O tilito de alojamento é muito bem compactado nao passando de 3 metros de profundidade. Ja o tilito de ablação tbm é muito bem compactado contendo sedimentos de maior granulometrias. Disponível em Sedimentology and Stratigrath-Gary Nichols Nesse gráfico que relaciona a profundidade com a facie formada e a granulometria do ambiente subglacial. Vemos uma ampla variação no tamanho dos clastos. Clay- argila Agora os duamictitos ou tilitos subaquosos são caracterizados por corpos de espessura variavel pode conter fóceis e suas principais fáceis. 4.1.2 Diamictito Subaquoso Disponivel em Sedimentology and Stratigrath- Gary Nichols drops stones - ritmitos com clastos de diversos tamanhos. Mud- folhelhos tillsheet - depósitos turbiditicos Disponível em Sedimentology and Stratigrath- Gary Nichols 4.2 Tipos de estrias Disponível em Decifrando a Terra Estrias aparecem em tamanho de milimetros, pelo rastejamento da geleiro sobre o substrato rochoso Tambem tem sulcos(maiores que estrias) e cristas Disponível em Decifrando a Terra 4.3 Ler e explicar Disponivel em Sedimentology and Stratigraph- Gary Nichols Outras faceis e depositos Disponível no livro Decifrando a Terra A-dorso de baleira B- vale em U de uma antiga geleira C- esker(tillito de alojamento) D-lago Kettle( característico de ambientes glaciais) Drumlins Disponivel em Glacial landforms - Revision 5 - GCSE Geography - BBC Bitesize Tambem temos as kamas ou terraços Kames Disponivel em Kame - Wikipedia Temos as morenas, como as laterais terminais e Disponível em Sedimentology and Stratigrath - Gary Nichols Morena medial quando o gelo retraiu-se. Por fim tempos os sanbur ou outwashplain, que nada mais são depositos de sedimentos provenientes do canal de aagua vindo da geleira Outwash plains Disponivel em Outwash Plain - Exit Glacier - Kenai Fjords National Park ... Aqui um outwash preservado como um delta, de uma antiga geleira. Antiga pois ja existe vegetação. 5. Ciclos e Sequências Glaciais Tentativa de aplicação da Estratigrafia de Sequências: estudo de sucessões glaciais no trabalho de França et.Al.(1996) Tentativa de aplicação sobre o Neopaleozóico do oeste da Austrália: trabalho de O’Brienet.Al.(1998). Surgimento das dificuldades de empregar conceitos de Estratigrafia de Sequências: devido a análise de sucessões glaciais por meio do estudo de bacias marginais mesozóicas e cenozoicas. Estudo das sequencias estratigráficas e ciclos sedimentares ainda estão no seu ínicio pequeno o número de trabalhos em que são utilizados procedimentos da moderna Estratigrafia de Seqüências. Glaciações: provocam quedas globais do nível do mar Elevações e quedas do nível dos mares por glácio-eustasia são simultâneas em todas as regiões do mundo Nas áreas glaciadas ao nível do mar sofre interferência direta das geleiras (subsidência e soerguimento da crosta em avanços e recuos) O nível do mar numa bacia glaciada sofre variações locais (glácio-isostasia) Sequências e ciclos em sucessões Fenômenos e efeito decorrentes da glácio-eustasia e glácio-isostasia Estágio glacial inicial: ainda não há influência efetiva do peso da geleira e ocorre regressão marinha Durante seu avanço: a geleira exerce esforços cisalhantes que deformam os sedimentos pré glaciais ou interglaciais, gerando estruturas compressivas Estágio glacial máximo: a geleira tem seu avanço máximo e o mar atinge seu nível global mínimo, Fase glacial final: recuo do gelo, A geleira libera grande quantidade de sedimentos, que se depositam sobre os tilitos subglaciais numa gama variada de processos Com o degelo também há alívio do peso da geleira originando superfícies de erosão marinha e depósitos residuais. Estágio pós-glacial ou interglacial: regressão por reajuste isostático com erosão e sedimentação dos depósitos glácio-marinhos bacia adentro. A subsidência durante o avanço e o soerguimento durante o recuo da geleira ocorrem a taxas diferentes e diacrônicas ao longo da margem glaciada Em decorrência da sedimentação e erosão intensas, há uma complexidade e grandes mudanças laterais de fácies estratigráficas (refletindo a carência de horizontes de correlação) Análise de fácies glaciais do Neopaleozóico da África do Sul Visse(1997), reconheceu várias sequências de fácies de glaciais no Grupo Dwyka, compostas, da base para o topo ,por diamictitos maciços, diamictitos estratificados com corpos de arenitos e folhelhos; Na interpretação de Visser(1997), tratam-se de sequências com descontinuidades erosivas na base, formadas durante eventos de recuo de geleiras Os diamictitos basais representam estabilidade na linha de aterramento Estes diminuem progressivamente nos depósitos estratificados (onde se nota a ação de correntes de água de degelo e deposição na presença de icebergs). Modelos de sequências de glaciais Pode ser aplicado com sucesso em unidades glaciais ricas em arenitos Na bacia do Paraná: conceito aplica por Vesley (2001), que reconheceu 5 sequências com granodecrescência ascendente no Grupo Itararé, interpretadas como ciclos originados durante o recuo das geleiras; Nos estágio glaciais máximos: quando há deposição de tilitos subglaciais e fácies associadas, são consideradas tratos de sistemas de mar baixo; SUcessões com granodescência ascendentes são equivalentes a tratos de sistemas transgressivos Quando a geleira deixa o mar a se forma uma planície costeira, passa a ocorrer progradação de leques ou deltas proglaciais e retrabalhamento. Referências: TEIXEIRA, Wilson et al. Decifrando a terra. 2009. NICHOLS, Gary. Sedimentology and stratigraphy. John Wiley & Sons, 2009. GROTZINGER, John; JORDAN, Tom. Para Entender a Terra-6. Bookman Editora, 2013. Geologia sedimentar/Kenetiro Suguio - - São Paulo: Blucher, 2003. HINATA, Sumirê da Silva. Classificação geomorfológica das Geleiras de rochas e feições gelo-rocha (FGR) Montes Patriot-Antártica Ocidental. 2009. ASSINE, Mario Luis; VESELY, Fernando Farias. Ambientes glaciais. Ambientes de Sedimentaçao Siliciclástica do Brasil. Sao Paulo: Ed. Beca, p. 24-51, 2008. SCHWARZ, Felipe de Souza. Alterações nos ambientes glaciais e proglaciais resultantes de atividades de mineração nas nascentes dos rios Toro e Estrecho, em Alto del Carmem, Chile. 2019. Referência imagem fluvio glacial : https://www.researchgate.net/profile/Fernando_Vesely/publication/242528613/figure/fig6/AS:341358695993352@1458397663392/Figura-16-Superficie-glacial-exposta-com-o-recuo-da-Geleira-Woodworth-no-Alasca.png Referencia gif: https://giphy.com/gifs/europeanspaceagency-space-science-technology-earth-observation-L0xctBpRTLszLoAA6F/links OBRIGADO PELA ATENÇÃO!
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