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Cirurgia de Adenoamigdalectomia
Caroline Sousa 
Introdução
O que é adenoamigdalectomia. 
A adenoamigdalectomia é a cirurgia que consiste na remoção das adenóides e amígdalas, num único procedimento. Esta cirurgia combinada é a mais frequentemente realizada em crianças, sendo muito pouco frequente em idade adulta.
Esta é a segunda cirurgia mais frequente realizada em crianças nos Estados Unidos (cerca de 400.000 por ano) e no Brasil.
Tal como na amigdalectomia simples, os avanços tecnológicos têm permitido melhorar o perfil de segurança desta cirurgia, bem como melhorar as complicações pós-operatórias
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Introdução
As adenóides ou vegetações adenoideias são uma estrutura localizada na parte posterior da cavidade nasal (na rinofaringe), e que são um local de infeções frequentes em idade pediátrica, bem como causa frequente de obstrução nasal nessas idades. Em adultos, as adenoides raramente se encontram hipertrofiadas (salvo algumas excepções) porque geralmente desaparecem ou reduzem à medida que a idade avança.
Tal como na amigdalectomia simples, os avanços tecnológicos têm permitido melhorar o perfil de segurança desta cirurgia, bem como melhorar as complicações pós-operatórias
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Introdução
Função das amígdalas:
Ainda é fonte de debate na literatura médica, mas é considerada como uma das primeiras linhas de defesa no sistema imunitário da via aérea superior, juntamente com os outros elementos do chamado anel de Waldeyer. 
Esse anel é composto por um conjunto de estruturas de tecido linfoide que se distribuem pela via aérea superior: 
Amígdalas palatinas (as mais conhecidas e visíveis na parte lateral posterior da garganta)
As adenoides ou vegetações adenoideias (na parte posterior das fossas nasais, e geralmente apenas hipertrofiadas em idade pediátrica),
Amígdalas tubares (anexas a trompa de Eustaquio)
E as amígdalas linguais (situadas na base da língua)
O anel de Waldeyer consiste em quatro estruturas tonsilares, a saber as tonsilas faríngeas (ou adenoides), tubárias, palatinas (ou amígdalas) e linguais, bem como pequenas coleções de tecido linfático disperso ao longo do revestimento mucoso da faringe - tecido linfoide associado à mucosa (MALT).
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O anel de Waldeyer protege a entrada dos tubos digestivo e respiratório dos agentes do meio externo. O conjunto de tecidos linfoides localizados na cavidade oral e composto pelas tonsilas faríngea (adenoide), palatina (amídala) e lingual recebe o nome de Anel Linfático de Waldeyer, ou anel de Waldeyer
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Indicações da cirurgia
Para melhor distinguirmos as indicações da cirurgia, iremos separa-las entre adultos e crianças.
Indicação nos adultos 
A amigdalectomia não é indicada apenas para a população infantil. Amigdalite de repetição pode acometer crianças, adolescentes e adultos, e o acompanhamento de cada caso deve ser individualizado de modo a determinar se o melhor tratamento é a retirada das amígdalas palatinas.
Entretanto, essa não é a única condição que pode resultar na indicação de uma amigdalectomia. Alguns adultos queixam-se de mau hálito e a causa pode estar relacionada com o acúmulo de alimentos decompostos no interior das criptas das amígdalas. É o caso da amigdalite crônica caseosa. Esses alimentos decompostos formam pequenas bolas amareladas de odor ruim, gerando desconforto e incômodo para o paciente e às pessoas que convivem com ele.
Quando a normal função das amígdalas palatinas é prejudicada por infeções de repetição (a chamada amigdalite), esse papel imunitário passa para segundo plano, na medida em que as amígdalas passam a ser um fator de fragilidade do sistema imunitário, em vez de exercer o seu papel defensivo. Em caso de amigdalite crónica (infeções de repetição), a cirurgia costuma ser a solução mais indicada, independentemente da idade.
Outra indicação cada vez mais frequente para se considerar cirurgia às amígdalas em idade adulta é a chamada amigdalite caseosa. Nestes casos, as amígdalas não são fonte de infeções de repetição mas acumulam detritos brancos á superfície das amígdalas (chamado caseum amigdalino), muitas vezes com mau cheiro, que leva frequentemente a confusão com “pús” ou secreções purulentas. Não se trata efetivamente de uma amigdalite, mas antes de uma situação benigna relacionada a digestão de detritos por parte das amígdalas. Pode causar sensação de corpo estranho ou desconforto na orofaringe, bem como ser fonte de halitose ou mau hálito. Nesses casos, a opção cirúrgica deve ter em conta o binómio entre o incómodo pessoal e social que esta situação acarreta, com os riscos de avançar para uma cirurgia numa situação que não é, na prática, doença.
Em caso de amígdalas grandes, que promovam a obstrução da própria respiração e contribuam para o ressonar ou “ronco”, a amigdalectomia também pode ser indicada. Nesses casos, as amígdalas linguais também podem ter um papel e poderão ser incluídas num procedimento mais alargado.
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Indicação nos adultos 
A Outra situação em que a amigdalectomia é considerada são nos casos de abscesso periamigdaliano. 
Esta condição surge quando um quadro de amigdalite complica com a formação de secreção purulenta alojada na região perto das amígdalas. 
O abscesso periamigdaliano é preocupante e deve ser tratado imediatamente, por meio de drenagem da secreção ou de interação para uso de antibióticos na veia. 
Com base nessas informações é importante que as crianças e os adultos sejam assistidos por um otorrinolaringologista, pois, o mesmo é capaz de diagnosticar de forma precisa todas as condições clínicas mencionadas, assim como prover o melhor tratamento a esses pacientes.
Um paciente que teve um abscesso periamigdaliano apresenta risco aumentado para apresentar um novo quadro de abscesso. E, por tratar-se de uma complicação potencialmente grave, a amigdalectomia pode ser indicada nesses casos.
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Indicação nas crianças
A cirurgia das adenóides e amígdalas infantil é bastante frequente, e existem normalmente duas indicações principais: 
As amigdalites podem ser virais ou bacterianas. .
 Nos casos bacterianos, são tratados com antibióticos. 
Já nos casos virais, o uso de analgésicos e anti-inflamatórios podem ser usados até a resolução espontânea do quadro. 
E somente nos casos de amigdalites de repetição comprovadamente bacterianas é que a amigdalectomia deve ser considerada pelo profissional da saúde.
Indicação nas crianças
A principal indicação de amigdalectomia, entretanto, não são as amigdalites de repetição e sim quando a hipertrofia das amígdalas gera complicações. 
Isso acontece quando amígdalas de tamanhos muito grandes ocasionam dificuldade na respiração. 
Nessa situação pode surgir respiração oral (pela boca), ronco e apneia do sono. As amígdalas aumentadas também podem prejudicar a fala e a alimentação das crianças, ocasionando dificuldade para comer alimentos sólidos..
Como é feita a cirurgia?
Com o paciente anestesiado, o otorrinolaringologista fará a retirada total das amígdalas palatinas com ou sem adenoide pela boca, não sendo necessários cortes externos no pescoço. 
Uma pequena incisão é realizada na borda anterior da amígdala, a qual será descolada de seu plano e removida em sua totalidade. 
Passada essa etapa, o cirurgião poderá fazer uso de eletrocautério e pontos para controlar possíveis sangramentos. Esses pontos caem naturalmente após uma semana, não precisando de retirada em consultório.
Como é feita a cirurgia?
Técnicas para remoção: 
Técnica por disseção fria (clássica);
(ou seja, sem recurso a equipamentos que emitem calor) continua a ser a mais efetuada a nível mundial, e também continua a ser aquela que demonstra sucessivamente melhores resultados com um risco muito baixo de complicações. 
Técnica a laser:
 rapidamente se chegou à conclusão que o laser acarretava mais complicações e mais dor no pós-operatório, sendo hoje em dia desaconselhada face às técnicas mais convencionais.
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Como é feita a cirurgia?
Técnica por Coblation:
que limita os efeitos nefastos advindo do excesso de calor, e permite fazer uma cirurgiacom perdas mínimas de sangue. Contudo, sendo mais cómoda, acaba por acarretar mais custos, e ainda não demonstrou níveis de complicações inferiores à técnica clássica.
Em casos, de infeções de repetição, esta exérese deverá ser total (amigdalectomia total) para não deixar para trás tecido linfoide que possa perpetuar essas infeções.
Riscos e complicações
Os riscos e as complicações deste tipo de cirurgia são, felizmente, pouco frequentes e variam entre os 2-6%. 
O risco / complicação mais frequente, e potencialmente perigosa, é a hemorragia pós-operatória.
Pode ocorrer logo após a cirurgia (complicação precoce) mas acontece sobretudo entre o 7º a 12 º dias depois da cirurgia.
No processo de cicatrização, pode haver exposição de algum vaso sanguíneo mais fragilizado, e este sangrar mais de uma semana após o procedimento cirúrgico
No processo de cicatrização, pode haver exposição de algum vaso sanguíneo mais fragilizado, e este sangrar mais de uma semana após o procedimento cirúrgico. Esta complicação é relativamente rara (normalmente apenas 2-3%), mas quando acontece acarreta muita ansiedade por parte dos pais. Uma pequena perda de sangue pode ser controlada numa primeira fase colocando gelo na cavidade oral, mas em caso de hemorragia mais intensa ou persistente, deverá motivar uma ida ao serviço de urgência. Apesar da natural ansiedade que provoca, é uma situação geralmente fácil de resolver em ambiente hospitalar e que não prejudica a normal cicatrização a partir daí.
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Riscos e complicações
Outra complicação que pode ocorrer é a disfagia (não conseguir alimentar-se pela boca).
Geralmente, esta situação é passageira e raramente é total. 
De forma quase constante, tanto adultos como crianças comem com mais dificuldade e menos que o habitual. 
A cirurgia em crianças pode interferir com a fala, passando a falar com uma voz anasalada após a cirurgia (chamada rinolália aberta). O excesso de espaço que se cria na via aérea superior no pós-operatório pode permitir que o ar passe em excesso para a parte nasal prejudicando a tonalidade da voz. Normalmente, trata-se de uma situação rara que costuma resolver espontaneamente nas primeiras semanas ou meses depois do procedimento.
Uma outra consequência após retirar as amígdalas (e depois do período de cicatrização) é o aumento de apetite, nomeadamente em crianças. Nessas idades, as amígdalas prejudicam a normal alimentação devido ao seu tamanho ou infeções constantes. Após a cirurgia, a garganta acomoda melhor os alimentos e as crianças podem passar a comer mais.
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Cuidados pré operatório 
Consulta de anestesia. 
Dieta/jejum (de acordo com a indicação do anestesiologista).
Exames/Medicação do domicílio – levar para o hospital; certifique-se se haverá medicamentos que deve suspender antes da intervenção. 
Antes de ir para o bloco operatório deve retirar próteses (dentária, ocular), adornos e colocar meias elásticas. 5
Cuidados pôs operatório 
Manter repouso no leito, até indicação clínica. 
Não retirar meias elásticas, estas devem ser mantidas até ao 1º levante. 
Manter a cabeceira elevada no mínimo a 45º. 
Quando tossir e/ou espirrar deverá tentar fazê-lo com a boca aberta. 
Movimentar as pernas e os pés de 2 em 2 horas e até fazer o 1º levante. 
Dieta semilíquida fria (6h/8h após a cirurgia) – alimentos líquidos sem gás (água, chá, leite, iogurtes, batidos, sumos) ou semilíquidos/moles (gelatina, gelados, iogurtes, papas/purés de fruta, caldos/sopa passada) gelados, frios ou ao natural.
Pós-operatório, recuperação
O pós-operatório desta cirurgia é relativamente mais simples em crianças do que em adultos. Normalmente, as crianças apresentam quadro de dores mais leves e retomam a alimentação mais precocemente do que os adultos.
Pós-operatório, recuperação
O tempo de recuperação costuma variar entre 10 a 12 dias em idade pediátrica, 
Enquanto nos adultos o tempo de recuperação costuma variar entre 16 a 20 dias até retomarem uma vida quase normal. 
O repouso no leito não é considerado obrigatório, embora deva evitar-se esforços físicos intensos durante 2 semanas. 
Durante o período de recuperação é frequente os doentes referirem dor de ouvido, que é chamada otalgia reflexa. Trata-se de uma situação muito frequente e que não costuma estar associada a nenhuma patologia do ouvido.
Pós-operatório, recuperação
A dieta após a cirurgia deve ser tendencialmente fria e mole nas primeiras 2 semanas, progredindo para dieta normal a partir daí. 
A alimentação típica costuma incluir líquidos em abundância, gelados, iogurtes líquidos e outros alimentos que sejam tipicamente frios e fáceis de engolir. 
Alimentos muito quentes, ácidos ou picantes, álcool, bebidas gaseificadas e tabaco devem ser evitados durante o período de convalescença.
Referências 
https://icoso
https://www.youtube.com/watch?v=N3YoL9Q39I4 no.com.br/cirurgia-de-amigdalas-e-adenoide/
https://www.saudebemestar.pt/pt/clinica/otorrino/amigdalectomia/#:~:text=A%20adenoamigdalectomia%20%C3%A9%20a%20cirurgia,pouco%20frequente%20em%20idade%20adulta
https://otorrinogarrafa.com.br/cirurgias/amigdalectomia-cirurgia-de-remocao-das-amigdalas/#1497866628762-e12f4aac-dd36
OBRIGADA!
Questionário 
Cite a definição de adenoamigdalectomia e quando devemos fazer a cirurgia? 
Qual a função do anel de Waldeyer? E quais são as suas partes constituintes? 
Cite os cuidados que se deve ter no pré e pôs Operatório?
O anel de Waldeyer protege a entrada dos tubos digestivo e respiratório dos agentes do meio externo. O conjunto de tecidos linfoides localizados na cavidade oral e composto pelas tonsilas faríngea (adenoide), palatina (amídala) e lingual recebe o nome de Anel Linfático de Waldeyer, ou anel de Waldeyer
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