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4-MERCURIUS SOLUBILIS

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MERCURIUS	SOLUBILIS
Sinonímia: Hydrargyrum depuratum, Mercurius oxydatulus niger, Mercurius vivus. Mercurius solubilis - Mercúrio solúvel de Hahnemann. Mercúrio metálico.
O MINERAL
O mercúrio é um metal branco, prateado, de consistência líquida à temperatura ambiente, extremamente maleável, sendo muito conhecido seu emprego como instrumento clí- nico (termômetro) para medir temperatura corporal ou esfig- nomanômetro, para medir pressão sanguínea.
Origem do medicamento: Mercurius vem do fundo da Ter- ra. (Schaffer).
SIMBOLISMO
ÁGUAS
“Vê água correndo onde não há”... e sobre as águas diz a simbologia: “que fluem, são como pensamentos que fluem uns nos outros” que se vão metendo uns nos outros. (Hah). (Schaffer). Ilusão de ver águas, símbolo do cumprimento da vida e morte, com renascimento à vida espiritual; o sofri- mento de todas as torturas do inferno, no caos de patogenesia de Mercurius como ruptura da harmonia da vida e a somati- zação da vida; estranha parasita na vagina, símbolo criador feminino: expressam a profunda problemática de Mercurius, que perdeu a sabedoria ambivalente da criação e destruição. (Cand).
CADUCEU. Aquele que se encarregava das alianças e dos tratados de paz entre as nações, continuará, na queda, tentará
conduzir os homens, mas fará de maneira anarquista e revo- lucionária, pois perdeu seu caduceu, seu poder de integração. (Strada).
JAVALI. Mercurius é o único medicamento que sonha com javalis e o javali representa a luta do poder espiritual con- tra o poder temporal. Para caçar o javali, há de ter em conta os ventos porque seu olfato é muito agudo e percebe logo a presença do homem. Para os hiperbóreos (povo que os Gre- gos mantêm uma recordação nostálgica), o javali representa a autoridade espiritual. Torna-se muito perigoso se é ferido e fica muito solidário quando atacado. Aparece nas histórias clínicas de Mercurius uma grande solidariedade. Muito so- lidário, disse a professora, levanta a mão para colaborar e se compromete com alguém para cumprir o prometido. Muitas vezes, vemos uma mesma temática nos dois extremos: quan-
do se vê um sintoma no repertório, ao contrário pode estar no seu oposto. (Schaffer).
PSICOPATOLOGIA. Pode-se definir Mercurius como um in- toxicado que, às vezes, se “abafa” ou que é logo de início “abafado”, ou então se debate vigorosa, desarmoniosa, irra- cionalmente, mas pode sempre terminar por um desbloqueio e uma renúncia. (Barb).
PSICÓTICO. Mercurius pode evoluir bem: começando as- tucioso e ativo, tendo o contato fácil e o sentido de mostrar valor. (Barb).
SUICÍDIO: Demóstenes, como Mercurius, vendo a inutilida- de de seus esforços, se suicida, se envenena: tudo vai fracas- sar. (Schaffer).
VENDAVAL. A esposa dizia que se não acatam suas ordens, há que encomendar-se a Deus e que é um vendaval. Cheva-
lier diz a respeito do vento: “Símbolo da vaidade, da insta- bilidade e inconstância”. Todos os sintomas de Mercurius. (Schaffer).
ASTROLOGIA
Mercúrio é definido na astrologia como “energia intelec- tual” e governa o sistema nervoso, o pensamento e os pro- cessos da fala (as ideias se aglomeram em seu pensamento). Nosso planeta mais jovem produz a circulação da energia, a conexão de pólos opostos, o contato, a relação e a interação (precocidade e integração de forças). É uma força que acom- panha, acima de tudo, uma força de união, assumindo sua força própria quando há fronteiras que devem ser cruzadas (grande tendência a conduzir pessoas - revolucionário). Pla- neta mais próximo do sol que simboliza o ouro (Mercurius na busca da perfeição). Lembra o poder mágico do caduceu
na mitologia: transformava em ouro tudo o que tocava (atin- gia a perfeição). (Strada).
RELIGIÃO
A relação entre mitologia e religião, que ajuda a compre- ender quem era Mercurius na pré-psora e qual foi sua queda e consequente perda. Os mensageiros de Deus são os anjos, os executores das ordens de Deus, da vontade divina, e que realizam missões que visam corrigir, ensinar, repreender e consolar cidades, povos e indivíduos. Entre esses anjos, ha- via um que estava mais próximo do criador e era o portador da luz divina, Lúcifer (na mitologia, Mercúrio transforma as trevas em luz pelo toque de seu caduceu). Lúcifer, em sua so- berba, desejou ser mais que o criador e comandou a revolu- ção dos anjos, anarquizando as forças cósmicas e caindo, em seu castigo, como um raio nas profundezas do inferno. As-
sim, de mensageiro de Deus que era, tornou-se o mensageiro do inferno, perdendo a luz, passando a viver nas trevas (sofre os tormentos infernais sem ser capaz de explicar). (Strada).
MITOLOGIA
CONTO DE FADA. A Bela e a Fera. Este conto revela a sín- tese do mercúrio da mitologia, da astrologia, da alquimia, da religião e o mercúrio da própria matéria médica pura. Torna-
-se, pois, um precioso recurso didático que nos facilitará na memorização da personalidade mercuriana. A análise sobre os contos infantis não é uma literal, apegada à letra, mas sim de um trabalho onde o sentimento transcende o vocábulo, ultrapassa o que é dito, mostrando-nos o oculto, o não co- nhecido de forma conceitual. Pelos símbolos dos contos de fada, procura-se captar mais do que o significado evidente e imediato. Assim, o desejo da Bela pela rosa vermelha, nada
mais é do que o símbolo do desejo de perfeição, aquele dom que foi perdido por Mercurius, é o cuidado da Fera pela rosa, guardando-a carinhosamente encantada em seu jardim, é a expressão simbólica da grande expectativa de Mercurius por sua própria regeneração e purificação. A rosa é o elemento de ligação entre os pólos opostos de Mercurius, o objeto que vai permitir à Bela e à Fera se integrarem numa síntese per- feita. Todo o conto, se cuidadosamente analisado, traz em si os principais sintomas do medicamento, aqueles expressados na matéria médica pura e relacionados no repertório. Cabe ao homeopata apenas um estudo analógico mais aprofunda- do para se distinguir todas as relações possíveis que permi- tam uma visão mais amplificada daquele que procura destruir tudo o que impede o florescimento de uma rosa perfeita, num jardim perfeito, junto às pessoas perfeitas, com a finalidade de construir um mundo de forças integradas. (Strada).
PATOGENESIA. PATOLOGIA
Obtusão: Mercurius lesa preferencialmente o córtex cere- bral, afetando a inteligência. Marcado déficit intelectual com obtusão para as operações mentais, lentidão na elaboração das respostas. Personalidade imatura com regressão infantil. (Cand).
Ação tóxica: sobre o SNC (excitação com agitação motora e tremores; depressão com tendência à paralisia flácida sem atrofia); sobre o sangue (hipocoagulação, tendência hemor- rágica); sobre certos parênquimas (hepático, renal, pancreá- tico). (Zissu).
CAUSAS DO ADOECIMENTO
ACIDENTES
Perda da memória, após traumatismo na cabeça. (r006).
EDUCAÇÃO AUTORITÁRIA
Ao nível simbólico (pelo seu ambiente castrador e frus- trante; pelas suas fantasias desprezantes ou vingadoras). Am- biente familiar superprotetor, castrador, privativo de au- tonomia. Profissional rotineiro, humilhante, frustrante de criatividade. Suas fantasias são desprezantes de sucesso, de poder; vingadoras de crueldade mental, de violências físicas.
Submisso até a dependência, às vezes a mais degradante,
– alcoólatras reduzidos a expedientes para sobreviver; clien- tes de prostitutas; – sua personalidade foi abafada frequente- mente por uma educação autoritária e rígida da qual ele não estava equipado congenitalmente para se defender. (Barb).
ENFARTO
“O desabrigaram de sua casa por falta de pagamento e teve enfarto logo após poucos dias, tendo antes uma tenta- tiva de suicídio”. (Schaffer). (Ver caso clínico 2).
EMOCIONAIS
Afetos.	Transtornos	de	discórdias	entre	pais,	amigos. (Cand).
Ambição frustrada: transtornos por ambição frustrada, im- plica em sua competitividade, o mesmo que as feridas e seu narcisismo. (Cand). (Bronf).
Transtornos por mortificação, porinsultos e por egoísmo,
por egocentrismo. (He,44,49). HEREDITARIEDADE
Sintomas herdados relativos à intoxicação pela substância nos antepassados. (Moreno)
PATOLOGIA
Intoxicação por mercúrio nos alimentos. (Moreno)
Mercurius pode ser definido como um intoxicado que às vezes se “abafa” ou que é logo de início “abafado”, ou en-
tão se debate vigorosa, desarmoniosa, irracionalmente, mas pode sempre terminar por um desbloqueio e uma renúncia. Um intoxicado a nível real (fluoroluetismo, alcoolismo);• .por analogia (pequenos desavantajados morfológicos, micro-
-anomalias genéticas distrofiantes favorecendo o tipo sensí- vel Mercurius).
Por amálgama de mercúrio nos tratamentos odontológi- cos. (Moreno)
Por mercúrio, ao quebrar termômetros, ao brincar com as bolinhas do mercúrio, trabalho no garimpo de ouro, nas águas, etc. (Moreno)
SUPRESSÃO DE SUORES
Excitação por suprimir excreções. Agravação pela supres- são de excreções marca a Sífilis. (Cand).
Dor na cabeça após secreção suprimida, alternando com transpiração nos pés. (Allen). Sintoma exonerativo positivo conforme a Lei de Hering.
Piora após secreção ou descarga suprimida, após supres- são do suor dos pés. (Allen).
Sempre que vê uma janela aberta ou instrumentos cortan- tes, tem crises de suor, com grande calor na cabeça, e é pos- suído pelo desejo quase incontrolável de cometer o suicídio. (He,20).
Supressão de excreções purulentas (otorreias), de picadu- ras de insetos, de intoxicação arsenical. (Zissu).
ALTERNÂNCIA. BIPOLARIDADE
POLARIDADES INVERSAS. Trocam de um ponto positivo para um ponto negativo, fazendo uma relação elação, – ele-
vação, condição do que é sublime, – depressão de uma forma muito rápida. (Vij). (Aurélio).
É doce, mas tem um animal por dentro. Violência, agres- sividade de Mercurius ora se torna doce, reage bem ao beijo, mas contesta essa afetividade. (Schaffer).
LATERALIDADE
Lateralidade indistinta. (Drai).
Lateralidade esquerda (mais fígado e base direita). (Zissu).
BIÓTIPOS
TIPO INFANTIL
Cabeça muito volumosa, coberta de suores gordurosos e fétidos (Calcaria carbonica, Silicea, Sulphur), gânglios hi- pertrofiados. Hiperativo. Fontanelas abertas. Crianças preco-
ces ou tardias na aprendizagem. Precocidade. Esperteza. In- teligência. (Est).
Pletóricos, de aspecto sifilítico: cara inchada ao redor dos olhos, tez pálida, pálpebras tumefeitas e roxas, lábios secos e fissurados com boqueiras. Transpiração e hálito fétido. Lín- gua característica. Crianças com atraso de maturação, lenti- dão para aprender a caminhar, dentição difícil. Poli-adenopa- tias. (Drai).
BIÓTIPO PSICOLÓGICO: DESARMÔNICO E INSANO
Psicótipo Mercurius pode evoluir bem: começa astucioso e ativo, tendo o contato fácil e o sentido de mostrar valor. Ele sempre corre o risco, entretanto, da falta de previsão; divi- dindo com outras personalidades da série fluóricas (Aurum,
Calc-f, Platina) o gosto do lucro - concretização do sucesso valorizante; sua instabilidade o faz desiludir: ele não tem a perseverança laboriosa de Aurum, a altivez, às vezes, cara de Platina, nem a prudência armazenadora de Calcarea fluorica. Aansiedade e agitação estéril podem levar a impulsos agres- sivos impregnados de culpabilidade chegando a um fracas- so punitivo. Seja a uma renúncia, ao desespero, ao desejo de morte. A despeito de seu triplo e glorioso apadrinhamento astronômico, mitológico e alquímico, Mercurius permane- ce profundamente representativo de um modo reacional desarmônico e insano, tanto psíquica quanto fisicamente, só mantendo seu equilíbrio precário através de tentativas de “restabelecimento” desigualmente conseguidas. (Barb).
KEYNOTE
GEOGRÁFICO. TERMÔMETRO. Especialmente sensível à chuva, sensível às mudanças de tempo e de temperatura, como o termômetro de mercúrio. Sente-se bem em dias frios e chuvosos. (Barb). (Strada).
BOCA. Sintomas bucais característicos: sialorreia, hálito fé- tido; língua flácida e inchada com as impressões dentárias nos bordos (língua dentada). Cospe e lambe frequentemente sua saliva. (DR). (Zissu).
DENTES – como limpa-trilhos – das antigas locomotivas tipo maria fumaça. (Moreno).
OSSOS. Dores ósseas: desgaste ou quebra da cabeça do fêmur. Amolecimento de ossos; osteoporose; inflamação de ossos e periósteo; espessamento do periósteo; piora de noite. (Drai).
SINTOMA DOMINANTE. Desejo de matar a quem o con- tradiz ou a pessoa que mais ama. A diferença de Aurum é que Mercurius é mais criminoso que suicida”. (Paschero). (Cand).
Tremores nas extremidades. Tremores das mãos de tal forma que o enfermo não pode escrever (Zissu).
FASES ETÁRIAS LACTENTE, CONFORME DOUTOR NELSON
Atraso psicomotor, principalmente da linguagem.
Aceita estar só, meio embotado.
Cabeça e fronte molhadas por suor fétido.
Criança magra ou gorda e mole.
Diarreia de recém-nascido.
Fraqueza com tremores.
Inquietude improdutiva: abraso psicomotor, fraqueza e de- bilidade.
Mau cheiro em tudo: hálito, suor e pus.
Não tem medo e nem é colérico.
Pele doentia com cheiro desagradável.
Piora à noite, todos os seus sintomas (sífilis).
Piora por temperaturas extremas (termômetro vivo).
Rosto doentio: pálido ou térreo. Pouco expressivo ou indi- ferente.
Sede aumentada com a língua sempre molhada.
Suores constantes que não melhoram os sintomas ou a fe- bre.
Transpira no corpo todo, principalmente à noite e durante o primeiro sono.
CRIANÇAS
Afecções ganglionares e escrofulosas se crianças. (Allen).
Aftas em crianças. Salivação aumentada. Língua com as marcas dos dentes. (Vij).
APURADAS: Vivem apressadas sem um motivo real. BRINQUEDOS: Procura divertimento e quebra brinquedos ou plantas com muita facilidade. (Min).
CABEÇA muito volumosa, coberta de suores gordurosos e fétidos (Calcarea carbonica, Silicea, Sulphur), gânglios hi- pertrofiados. (Strada).
Calorentos, se agravam pelo calor da cama, gostam de do- ces, agressivos, não toleram lugares fechados. (Est). (Min). CAMA: É uma luta colocá-las na cama no horário de recolher-
-se, pois não param, fogem, escondem-se enquanto o sono não vem, se batem de um lado a outro na cama, vão ao banheiro e
à cozinha a cada pouco tempo, sendo motivo de censura dos pais. E, se lhe é imposto ficarem quietos na cama, então ma- nipulam seus órgãos genitais, chegando à masturbação pre- coce. (Brun).
CAOS: Movimentos desordenados. Mercurius é o grande medicamento em crianças com movimentos desordenados; como vêem, todos os movimentos da vida de Mercurius são desordenados. É o caos em todos os aspectos. (Kent). (Scha- ffer).
CENSURADORAS que costumam colocar defeito em tudo, e graças ao antagonismo miasmático em que vivem, ao mes- mo tempo em que desejam um brinquedo ou presente, assim que o conquistam, jogam num canto ou os destroem imedia- tamente, não demonstrando o menor zelo por suas coisas.
Cuspir. Crianças de Merc cospem muito. (Est).
DENTES
Com miasma sifilítico, tem dentição difícil. Dentição di- fícil, lenta ou quando tarda a aparecer os dentes e surgem transtornos que acompanham a dentição, qualquer coisa que aconteça quando aparece um dente. (Min). DESCONTENTAMENTO geral e mortificação, desde a in- fância, com pensamentos suicidas.
DESTRUTIVO. (r038).
DIABO: É um “diabo” e maligno, tanto no adulto como na criança. (Min).
ESTÊNICO e hiperxcitável. É uma criança precocemente classificada como hipercinética ou até mesmo temperamen- tal. Muito irritável, não tolera nenhuma recusa, nenhuma con- tradição, nenhum limite, sem responder a isso com gestos e palavras violentas: chutes nas portas e nos móveis, quebra
coisas, bate nas pessoas que lhe são próximas. Escapando com habilidade dos mais fortes, ele é violento com as outras crianças e aterroriza os mais fracos. Discutidor e susceptível, conta vantagens, exageros e mentiras (para se desculpar ou se avantajar). Um ansioso revoltado, que manifesta uma pe- riculosidade latente. (Barb).
FONTANELAS ABERTAS. (Strada).
FUGA. Pensa e executa a fuga de casa e pensa em matar os outros. Faz fantasiasa respeito disto.
HIPERATIVO. Inquietação em crianças. (Strada). (Vij). HUMOR: Chorão, alternando com o riso, combina com o ca- ráter histérico deste medicamento.
LEUCORREIA EM CRIANÇAS. (Vij).
MAL: Objetivo de brincar, mas causa o mal, para um animal ou alguma coisa. (Min).
MALICIOSO, rancoroso, vingativo. (r090 t1).
MEDOS: A partir do entardecer, começam os medos, sendo que, nesse momento, a ansiedade se faz intensa devido ao sofri- mento por antecipação que se faz presente. Com noites longas, cheia de medo, sobressaltos, bruxismo e choro. Não pára. Sua cama, no outro dia, está muito desarrumada. Crianças extre- mamente medrosas, agravando o medo, principalmente duran- te a noite. Memória, crianças esquecidas, com dificuldade para reter; entretanto, não são limítrofes. Uma boa compreensão do caso, com o diagnóstico correto do medicamento, equilibra- rá o binômio “corpo-mente”, levando-as ao estado adequado para o entendimento das tarefas escolares.
MENTE
Com atraso de maturação, lentidão para aprender a cami- nhar, dentição difícil. (Drai).
Destrutiva, com tendência à hiperatividade somada à agressividade, demonstrando ódio intenso aos que a têm ofendido.
Precoces ou tardias na aprendizagem. (Strada). MOVIMENTOS DESORDENADOS
Crianças com movimentos desordenados; como vêem, to- dos os movimentos da vida de Mercurius são desordenados. É o caos em todos os aspectos. (Kent). (Schaffer).
PÍCARO
Malévolo, gosta de fazer piadas maliciosas. (Min). Malé- volo. (r020).
POLI-ADENOPATIAS. (Drai).
RAIVA, fúria. (r093 t1).
RELACIONAMENTO. Dificuldade de relação com os de- mais colegas; isolam-se (misantropia). Difícil relacionamen- to social-escolar.
RESUMO. Criança tímida, temerosa dos jogos violentos e as brigas com as outras crianças (quase sempre um menino); fre- quentemente mole e lento, é objeto de brincadeiras e torna-se logo solitário e desconfiado. Em casa, é dócil e tenro. Na es- cola, é considerado preguiçoso devido à lentidão em respon- der as perguntas, ao seu espírito confuso e à sua aparência sonolenta, os olhos semifechados num rosto deformado por uma congestão rinofaríngea. É um ansioso que não verbali- za (tanto por falar mal como por introversão) seus múltiplos medos. Outro tipo mais estênico e hiperexcitável é uma crian- ça precocemente reputada como hipercinética ou até mesmo temperamental. Muito irritável, não tolera nenhuma recusa, nenhuma contradição, nenhum limite, sem responder a isso com gestos e palavras violentas: chutes nas portas e nos mó- veis, quebra coisas, bate nas pessoas que lhe são próximas.
Escapando com habilidade dos mais fortes, ele é violento com as outras crianças e aterroriza os mais fracos (cortando suas roupas com uma lâmina). Discutidor e susceptível, con- ta vantagens, exageros e mentiras (para se desculpar ou se avantajar). Um ansioso revoltado, que manifesta uma pericu- losidade latente. (Barb).
TRANSPIRAM muito no couro cabeludo. (Min). TRAVESSURAS	muito,	que	fazem	e	procuram	diversões, que podem chegar a estragar algo ou alguém. (Min).
VIBRAÇÃO. Falta de vibração, em situações em que outras crianças muito apreciariam.
VITALIDADE. Excessiva, leva-a à inquietude que acarreta dificuldade de fixar atenção em um tema escolar, dificultan- do o aprendizado.
SINTOMAS CURATIVOS
Justo. Goverante, comandante equilibrado e harmonizado. Valorizador, incentivador das capacidades dos comandados. Coordena e ajuda o aperfeiçoamento secular da humanidade.
Certo, correção.
Dom da eloquência e da arte do bem falar.
Rapidez e tranquilo para executar suas tarefas.
Grande capacidade para as relações sociais.
Mensageiro da perfeição e símbolo da boa conduta.
MIASMAS
PRÉ-PSORA. MERCURIUS HARMONIZADO
Com base nos sintomas sicóticos de busca de novos ca- minhos, à procura do certo, do correto, do perfeito, procu- rando conduzir os outros, pode-se visualizar em Mercurius
a possibilidade do gozo da perfeição que ele possuía nos pri- mórdios da criação. Mas qual seria essa perfeição? Os mitos irão desvendá-la, através das analogias que caracterizam a personalidade do medicamento em suas qualidades e dons, e em suas falhas e perdas.
Mercúrio, o mensageiro do Olimpo, participava do dom do governo do céu e da terra, da união harmoniosa das forças cósmicas entre o céu e a terra. Ocupava-se da paz e da guerra, das querelas e dos amores dos deuses, do interior do Olimpo, dos interesses gerais do mundo, no céu, como na terra e nos infernos. Como mensageiro, possuía o dom da eloquência e da arte do bem falar. Pela necessidade de estar em todos os lugares onde tivesse que presidir, em nome de Zeus, aos tratados da paz, às declarações de guerra, aos jogos, às assembleias, tinha como característica a rapidez do raio, e
uma grande capacidade para as relações sociais. Facilitavam-
-no em suas ações de embaixador plenipotenciário, os seus atributos, ou seja, o capacete e sandálias aladas, e o caduceu, símbolo da boa conduta. (Strada).
Mensageiro da perfeição. (Strada).
O PECADO ORIGINAL DE MERCURIUS. PRIMEIRA HIPÓTESE
Mercurius, diz a simbologia, é o mensageiro entre os Deu- ses; ou seja, está em comunicação com Deus, com o diabo e com os terrestres. Porém, Mercurius quis ser Deus e não sempre mensageiro. Isto está em relação ao desenvolvimento do espírito que nunca atinge; então, está descontente consigo mesmo, desgostoso consigo mesmo e não tem coragem para viver. (Schaffer).
Teoria de que o drama pré-psórico de Mercurius, talvez haja sido, uma desconformidade com a ordem Divina. Esta ideia o haveria levado a tratar de corrigir ou de modificar a suposta desordem. O resultado de semelhante atitude havia sido a constatação de sua humana imperfeição. O maior es- forço para modificar o estabelecido, maior desordem resul- tante. (Galante).
Procura do certo, do correto, do perfeito, procurando con- duzir os outros; pode-se visualizar em Mercurius a possibili- dade do gozo da perfeição que ele possuía nos primórdios da criação. Mas qual seria essa perfeição?
SEGUNDA HIPÓTESE DO PECADO ORIGINAL DE MERCURIUS
Em meio a tantas qualidades e atributos, qual teria sido a atitude equivocada de Mercúrio, em sua pré-psora, que o
faz perder essa situação de integração tão perfeita de forças na qual vivia, que o fez perder o caduceu e manchar sua boa conduta? Diz-nos a mitologia que Mercúrio, quando criança, demonstrando sua precocidade, teve conduta dolosa, rouban- do os dons de alguns deuses, entre eles, os bois de Apolo, ou seja, as nuvens de Apolo que aos grupos galopavam no céu, o tridente de Netuno, a espada de Marte, o cinto de Vê- nus. Zeus, por esse motivo, o expulsou do céu, reduzindo-o à guarda de rebanhos na terra. Aquele que vivia ao lado do Deus supremo do Olimpo, em âmbito celestial, passa a viver bem junto à matéria, na terra junto aos rebanhos. (Strada).
PSORA
Os mitos irão desvendar através das analogias que carac- terizam a personalidade de Mercurius em suas qualidades e dons, e em suas falhas e perdas. A nostalgia do paraíso per-
dido que informa a patogenesia explica a ânsia para viajar, a busca de um mundo melhor, perseguido com apuro, impaci- ência e inquietude ansiosa, num desejo de perfeição jamais logrado pelo caos de sua conduta. A ansiedade de Mercurius é, sobretudo, noturna, produto da exacerbação sifilítica, e se expressa no rosto com temor, num estado de desassossego e culpa, que o impulsiona a ir-se, como que escapando de suas próprias tendências destrutivas que o impelem de matar ou suicidar. (Cand).
NOSTALGIA DO PARAÍSO PERDIDO
O tema da Nostalgia, modalizada pela ideia de que tudo está em desordem, parece ser um pilar importante sobre o qual podemos armar a dinâmica miasmática do medicamen- to. (Galante).
“Ansiedade e apreensão no sangue”. “Ebulição do san- gue”. “Orgasmo de sangue com ansiedade”. Essa ansiedade está ligada a algo profundo, visceral. Essa ansiedade que o leva de um lugar para outro, com tentativas de fugir. Escape com ansiedade à noite.“Desejo quase incontrolável de viajar longe”. Desejo de fugir à noite, de escapar, com ansiedade e apreensão. “Nostalgia ou desejo de viajar, quer estar no es- trangeiro com ansiedade à noite, transpiração”. No mesmo sintoma, aparece a Nostalgia, a Ansiedade e o Desejo de via- jar. Interessante é saber qual é o sentido de viagem de Mercu- rius? Tenho a impressão que este desejo de viajar de Mercu- rius é uma mescla de nostalgia, de buscar o paraíso perdido e também de fugir da culpa do impulso da própria veemência que sente dentro. (Schaffer).
Sente-se como um ser que sofre os tormentos do inferno, sem poder explicar, como se um ser perfeito perdesse o seu pólo superior e ficasse fixado em seu pólo inferior, o de ser monstruoso e diabólico, sentindo, inclusive, o desconforto de seu corpo imperfeito. Sente-se infeliz, abandonado nessa situação infernal de desintegração. (Strada).
CORPO-MENTE
Eixo psórico de Mercurius está em seu corpo não cami- nhar junto com sua mente, havendo, através desta desinte- gração, a explicação de todo o sofrimento deste remédio e o alto tributo que acarreta através de seus sintomas. Graças a este processo de desintegração psíquica, quando a mente não acompanha o corpo móvel e plástico, o movimento psíquico, em relação a si mesmo, é de auto-agressividade externalizada através de seus sistemas psóricos. Odor forte das secreções,
transpiração, mau hálito, gengivas inflamadas, aftas, sede in- tensa, piorreia, amígdalas inflamadas, com frequência úlceras de pele, supuração, furunculose, parotidites, língua marcada pelos dentes, saliva fétida, rânulas, range os dentes dormin- do, diarreias com catarro e sangue tenesmo e fétidas úlceras, grande dor na uretra quando começa a urinar. Menstruação copiosa com coágulos fétidos, corrimentos vaginais e outros tantos sintomas expurgativos, vivenciados na prática diária e descritos nos tratados de matéria médica, demonstrando nes- tes sintomas uma necessidade do medicamento colocar, no sentido centrífugo, suas angústias psóricas.
Todo sofrimento-mãe ou psórico de Mercurius está na sua conflitiva miasmática de não haver uma harmonia entre seu corpo e sua mente. Sente-se como se fosse culpado de um crime e compulsoriamente tem uma mente embotada em um
corpo com excesso de energias, pois sua cabeça apresenta-se
débil e um físico que não quer ficar um só minuto parado.
SICOSE
TEORIA. A defesa sicótica de Mercurius é mais pobre, pois o medicamento é quase totalmente luético, que vai dos oito aos oitenta rapidamente, existindo uma fase de acomodação, onde quase não há sintomas sicóticos. Porém, fatos como sonhar acerca de estar, por exemplo, fazendo uma revolução ou sonhos históricos (Hahnemann), ter humor desconfiado e receoso, considerar as pessoas em redor de si mesmo como seus inimigos, ter memória débil, esquecer de fatos para de- fender-se, ser irritável, atrevido e egocêntrico são a maneira sicótica deste remédio: não querer as pessoas penetrando em seu mundo, para que não descubram seu castigo compulsó-
rio. O que se agrava muito no período menstrual são os sinto- mas mentais, estabelecendo grande indiferença aos que ama e o desejo de matar os que o contradizem.
LUTA. Se os outros são o grande perigo para Mercurius, ele vai enfrentá-los, lutar contra eles, para sair da situação de imperfeição em que se encontra. Gênio inquieto, tentará con- duzir para não ser perseguido, e na ânsia de ter o perfeito, tornar-se-á o anarquista revolucionário, rompendo laços, de- sintegrando relações, impondo suas ideias, buscando novos caminhos para sair de seu infortúnio. Mas o lado maligno, o pólo inferior de Mercurius, não chega a cobrir totalmente a sua bondade, o seu pólo superior, que muitas vezes se evi- dencia, fazendo surgir o ser amoroso e carinhoso com desejo de companhia. (Strada).
VIAJAR. Desejo de viajar. (r024).
Se os outros são o grande perigo para Mercurius, ele vai enfrentá-los, lutar para sair da situação de imperfeição em que se encontra. Gênio inquieto, tentará conduzir para não ser perseguido e na ânsia de ter o perfeito, torna-se anarquis- ta revolucionário, rompendo laços, desintegrando relações, impondo as suas ideias, buscando novos caminhos para sair de seu infortúnio. (Galante).
‘Grande tendência a conduzir pessoas; as ideias se aglo- meram em seu pensamento, uma constantemente expulsando a outra’. ‘Lutando e humor briguento’. ‘Briga com tudo; que- ria, acima de tudo, ter tudo certo’. ‘Não descansa em qualquer lugar, ansiedade constante’. ‘Desejo quase incontrolável de viajar para longe’. (Galante).
Calado, silencioso. (r203).
LUETISMO
Cansaço de viver. (r082).
Dificuldades do trabalho mental. (Cand).
Gemidos. (r114).
Ideias, deficiência de ideias. (r099).
Imbecil: Estudo mais aprofundado de Mercurius nos leva a uma imagem totalmente diferente do que normalmente apa- rece, a de um indivíduo “sifilítico”. (Strada).
Imunologia. Frágil mecanismo de defesa levando à insta-
bilidade, ineficiência do organismo. (Rad).
Intelecto: Marcado déficit intelectual, obtusão mental, len- tidão para responder e uma personalidade regressiva infantil. (Cand).
Orgulho	e	a	atitude	ditatorial,	longe	de	compensar	uma atitude de insegurança como em Lycopodium, ou plasmar o
afã possessivo de afeto como em Lachesis, constituem tra- ços sifilíticos de sua deterioração mental, obtusão, a ponto de sentir impulsos de matar a quem o contradiz. (Cand).
Rapidez e a agilidade de Mercurius em seus processos men- tais, na tentativa de descobrir novos caminhos que o tirem do seu estado sofredor e o façam encontrar o que julga perfeito, após toda a agitação e caos sicótico, entra em pane, e o ve- remos, agora sim, como o ser sifilítico tão nosso conhecido: embotado, calado, silencioso e imbecilizado. Aos poucos, vai se aniquilando e chega à desintegração fatal. Perdendo o que tinha de mais precioso, a habilidade da inteligência, da fala e da eloquência, torna-se o mensageiro da destruição. (Strada).
Razão: Loucura, medo de perder a razão. (r067).
Suicídio: Disposição ao suicídio. (r093).
VIOLÊNCIA
Mercúrio sifilítico aparece a violência desenfreada com: desejos de matar, capaz de apunhalar, medo de estar só por medo de ferir-se, ilusão de que está sendo perseguido por inimigos, suicídio, ódio a quem o ofende, indiferença a seres amados, indiferença à vida, a seus deveres, a coisas que ama- va e a ganhar dinheiro. (Bronf).
Não se deve crer que Mercúrio é violento somente quan- do sifilítico, ele é sempre violento, sua violência está laten- te e pode aparecer facilmente, mesmo em pacientes psóri- cos. Quando está sifilítico, sua violência é enorme. Quando Mercúrio está mais sicótico, apresenta a falta de confiança, se oculta atrás da egolatria, da avidez, da cobiça, da avareza, da gastança, na paixão pelos jogos por dinheiro. (Bronf).
“Sofre os tormentos do inferno, sem ser capaz de explicá-
-lo”. Na análise destes sintomas, pode-se concluir o que ocor- reu com seus afetos: a disposição amorosa e sexual, junto com o desejo de simpatia e a agravação estando só, expressam sua busca do outro. Entretanto, as surpresas agradáveis o lasti- mam, sofre as brigas entre parentes e amigos, suspeita dos demais com mentiras e insultos, se ressente, com desejo de vingança e cuspindo na cara dos demais, o molestam as pala- vras de consolo. Toma aversão aos membros de sua família, a todas as pessoas, se torna indiferente aos seres que ama, se sente distante e os ignora, e cai num estado de indiferença até para comer, para ganhar dinheiro e se importa pouco pelas reprimendas dos demais, fase luética. (Cand).
SENSAÇÕES ENERGÉTICAS AGRAVAÇÃO. PIORAS. MELHORAS AGRAVAÇÕES
POSIÇÃO
Piora deitado do lado direito, mas melhorado por repouso na cama. (Allen).
CLIMA. TEMPO.
Friosidade e agravação pelo frio úmido e pela corrente de ar com intolerância ao calor. (Zissu).
Agravação	por	ambos	extremos	de	temperatura	(calor	e frio). (Est1).
Pelo tempo úmido ou chuvoso.No outono, dias quentes e noites frias, úmidas; quando sobre o lado direito; transpiran- do. (Allen).
Tem agravação por correntes de ar e não figura em dese- jo de ar livre, nem Melhoria pelo ar livre. Ou seja, necessita seguir submerso nas profundezas, esse é seu território, e sair daí, tudo o que é ar livre o piora. (Schaffer).
Termômetro, piora e é sensível aos extremos de frio e calor. A menor mudança de temperatura provoca a amidalite ou faringite com pus e febre inferior a 39 graus. É o barôme- tro especialmente sensível à chuva. (Est). (Allen). HORÁRIO
Noite. Agravação noturna. Piora ao anoitecer, agravação depois das 18h à noite e especialmente excitação, numa ha- bitação quente e pelo calor da cama, fortes características de Mercurius (Led). (Allen).
Piora à noite, estando deitado sobre o lado direito, por transpirar.
Noite. Temperaturas extremas; por esfriar-se; por frio úmi- do; pela umidade, por chuvas, pelo ar quente, por calor, por calor da cama, por transpirar, deitado sobre o lado direito ou sobre o lado dolorido, por banho, por alimentos frios, por do- ces, antes de dormir e enquanto dorme, pelo menor contato, por tocar coisas frias, destapando-se. (Drai). (Allen).
Piora durante a madrugada. Viscosidade das membranas mucosas. (Allen).
MELHORAS
Melhora deitado (Mang). (Allen).
Pelo repouso. Repouso. (Vannier). (Drai).
Por chorar. (Drai).
ALIMENTÍCIOS E BEBIDAS
Desejo: pão e manteiga, bebidas frias. Leite. Doces. Cer-
veja. (Allen). (Drai).
AVERSÕES
Gordura. Doces. Sal. Manteiga. Alimentos quentes. Carne. Vinho. (Drai). (Allen).
FALA. VOZ. LINGUAGEM. GAGUEIRA
Dificuldades de linguagem aparecem cedo, as primeiras palavras são muito tardias, as frases permanecem por mui- to tempo fragmentadas e malformadas.
Dificuldades respiratórias e, às vezes, auditivas dão a im- pressão de que ela ouve mal ou que tem uma anomalia de laringe. É o cliente habitual das consultas de ORL e das fo- noaudiólogas, pois sua expressão verbal é pouco satisfatória, desde um discurso lento e mastigado até a gagueira tônica, traduzindo uma desarmonia de comunicação. Mais tarde, se os meios instrumentais são medíocres, constataremos os fra-
cassos devido à ascensão difícil à abstração, verbal e matemá- tica. Em consequência, o escolar é pouco motivado. (Barb).
Fala apressada, apurado e rapidamente (Hep) e sem liga- ção. Apresenta a clássica lentidão para responder. (Cand). (Allen).
Gago quando fala rápido. Sabemos do tratamento que fa- zem as fonoaudiólogas para melhorar a forma de expressão das crianças que têm problemas, colocam bolinhas na boca. Também fazia o mesmo, Demóstenes, que era gago, usava pedras na boca. (Schaffer). A gagueira associada a sintomas mentais e energéticos desaparece facilmente.
FEBRE
Calafrios formigantes no começo de um resfriado ou ame- aça de supuração. (Allen).
Dores na febre aumentam com a transpiração, e a transpi- ração que não dá alívio é antifisiopatológica, portanto, é um sintoma homeopático especial. (Est).
Estremecimento à flor da pele, sendo o primeiro sintoma de esfriamento, e se descuidar-se, vai apresentar amidalite ou pneumonia. Este calafrio é o precursor da formação de pus. (Est).
Febre com alternância entre transpiração e dor de cabeça. (Est).
Febre com calafrio. (r065). Febre com calafrio à flor da
pele entremeados por ondas de calor. (Zissu).
Transpiração com febre. (r083). Febre com transpiração e abundante e de odor forte. Viscosa, piora à noite. (Est).
ODOR
ODOR FÉTIDO
Boca. Odor ofensivo. (r113).
Boca. Odor podre. (r079).
Mercurius é notável especialmente por sua putridez e mau cheiro - do hálito, de sua saliva profusa, de suas transpira- ções encharcantes; mas, curiosamente, fezes, urina, menstru- ações, leucorreia não são ofensivas, exceto as fezes no caso de Mercurius corrosivos. (Allen).
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Odor fétido das secreções. (Est1).
Transpiração, odor fétido (Barthel). (r066). Odor expande-
-se em todo o quarto. A sua transpiração, pus, matéria fecal, urina, e principalmente a sua boca exalam um odor nausean- te devido à podridão. (Est).
Fezes, odor azedo. (r034). Fezes, odor fedorento. (r139).
Transpiração, odor fétido (Barthel). (r066).
Nariz. Secreção fedorenta. (r070).
Ouvido. Secreções fedorentas. (r043). Ouvido. Secreções fétidas. (r026).
Urina.	Odor	almíscar.	(r001).	Urina.	Odor	forte.	(r055). Urina. Odor ofensivo. (r090).
Odor mercurial em todas as secreções, muito fétido e
ofensivo, impregna tudo. (Drai).
SEDE
Sede ardente, extrema, por bebidas frias. (Drai).
Sede intensa, extremamente violenta e intensa, apesar da língua parecer úmida e a saliva ser profusa e abundante. (Al- len).
Boca úmida com sede intensa por bebidas frias e ptialismo exagerado (boca seca sem sede = Nux-m, Puls). (Vannier).
SENSIBILIDADE
Hipersensibilidade aos ruídos, aos odores, à música. (Drai).
TERMÔMETRO VIVO
Clima. Muito sensível a ambos extremos: calorento e frio- rento. “Termômetro vivo”. Frágil mecanismo de defesa le- vando à instabilidade, ineficiência do organismo. Hiperativi- dade devido a ou com fraqueza, quase tudo agrava. (Allen). (Drai).
TOSSE
Tosse frouxa durante o dia com expectoração mucopuru- lenta, amarelo-esverdeada e salgada. (Vannier).
Tosse seca, espasmódica, fatigante, atormentadora; em pa- roxismos, piora durante a noite e de madrugada e pelo calor
da cama. O enfermo se encontra impossibilitado de deitar-se sobre o lado direito. Dores agudas na base direita do pulmão. (Allen).
TRANSPIRAÇÃO
Transpiração a todo o movimento. As queixas em geral aumentam, são piores, e quanto mais ele transpira, pior ele fica. (Allen).
Transpiração oleosa e gordurosa, abundante, muito pro- fusa, espessa, pegajosa, viscosa e de mau odor, fétida, ofen- siva dia e noite, sem alívio, como quase toda queixa, que não alivia e pode até agravar. Pode encharcar as roupas da cama ou manchá-las de cor amarela. Este sintoma geral- mente ocorre com as transpirações de doenças inflamatórias, como dor de garganta, bronquite, pneumonia, pleurite, abs- cessos, reumatismo, etc. Em resumo: em qualquer doença em
que estiver presente uma transpiração profusa, persistente e sem alívio, Mercurius é o primeiro remédio a ser pensado. (Boger). (Drai). (Allen). (Zissu).
Piora à noite. Transpiração profusa acompanha quase to- dos os incômodos, mas não alivia; pode até mesmo aumentar o sofrimento. (Transpiração profusa que alivia: Nat-m, Psor, Verat. (Allen).
SINTOMAS ENERGÉTICOS ABDOME
Abdome duro e distendido. Dores hepáticas agudas, fre- quentes, impedindo a respiração, piora estando deitado sobre o lado direito. Constipação com desejos ineficazes de evacu- ar e fezes insuficientes. (Vannier).
Gastrenterite. Colite ulcerativa. (Allen).
BOCA
Ela coloca pequenas pedras em sua boca sem engoli-las, e se queixa que elas cortaram seus intestinos. (Al,1).
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Aftas (Bor). Ulcerações. (Allen).
Cantos da boca ulcerados e dolorosamente feridos. (Allen). Língua. Marca dos dentes na língua. (r027).
GENGIVA
Gengivas sangrantes, retraídas e inflamadas, inchadas, ro- xas, esponjosas, supuram facilmente; hálito muito malchei- roso. (Allen). (Nash). (Drai).
LÍNGUA
Aftas e ulcerações na boca, sobre a língua e na faringe. Ul- cerações irregulares, pouco profundas. (Vannier).
Língua	branca,	com	uma	camada	branca,	com	gengivas embranquecidas	e		inchadas,		que	sangram	quando	tocadas
como se cobertas com uma pele; grande inchaço da língua. Gengivas inchadas; separadas dos dentes. (Allen).
Língua larga, grande, flácida, mole, inchada, amolecida, superfície farinhenta, frequentemente pálida. Mostra as mar- cas dos dentes por toda a língua. Dores com úlceras; aver- melhada ou branca. (Allen).
Língua denteada. Língua inchada, saburrosa, com uma co- bertura amarelada e pressionando contra os dentes, fica com suas marcas, guarda a impressão dos dentes. (Vannier). (Al- len).
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Língua úmida, com sede intensa. (Allen). Marca dos dentes.
Velhas constituições gotosas; a língua inchará à noite e ele
despertarácom esta enchendo-lhe a boca, copioso fluxo de
saliva fétida. (Allen).
HÁLITO
Hálito fétido; hálito e o corpo cheiram mal. Língua fláci- da e inchada com as impressões dentárias nos bordos (língua dentada). (Allen).
SALIVAÇÃO. PITIALISMO
Gosto e sabor metálico. Pitialismo, sialorreia, saliva tenaz, como sabão, viscosa, abundante, fétida (Allen).(Vannier).
Salivação abundante, aumentada, especialmente piora à noite, dormindo e durante as dores de cabeça. Molha o tra- vesseiro ao dormir. Corrimento abundante de saliva ofensiva, fétida, fetidez adocicada do hálito, algumas vezes sanguino- lentas, mancha a almofada durante o sono. Range os dentes durante o sono. Aftas e boqueiras. (Vannier). (Allen). (Zis- su). (Drai).
Gosto adocicado na boca. (Allen).
Gosto de ovos podres quando ele move a língua, e então, engole involuntariamente. Gosto nauseante na boca. (Allen).
Gosto muito salgado nos lábios e na língua. Gosto de pu- tridez da boca e da salivação; gosto doce; gosto metálico; gosto de ovos podres; gosto ‘nauseante’. (Allen).
CABEÇA
Cefaleia catarral. (Allen).
Cérebro. Paresia cerebral: o enfermo é muito lento para responder às perguntas (Lyc, Ph-ac, Op). (Vannier).
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Sensação como se a cabeça estivesse num vaso. Sensação como se a cabeça tornasse mais larga. (Est1). Sensação como se o crânio estivesse apertado por uma
cinta (Gels, Nit-ac) que se agrava pela noite e ao despertar com melhoria ao levantar-se e caminhar-se. (Vannier).
Sensação como se a cabeça estivesse apertada num tor- no. (Allen).
•
Congestão na cabeça; sente que ela vai explodir; plenitude
no cérebro. (Allen).
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Transpiram muito no couro cabeludo. (Est).
Vertigem por altura. Vertigem por olhar para baixo. (Scha-
ffer).
COSTAS
Sensação de lassidão nas costas com hipersensibilidade da metade superior da coluna vertebral. Dor aguda na região sa- cral que piora ao respirar. (Vannier).
DENTES
Abscesso. (Allen).
Coroas dentárias ficam cariadas, as raízes permanecem intactas (coroas intactas, raízes cariadas). (Allen).
Amolecimento dos dentes, que doem demais quando toca- dos pela língua. Sensação como se todos os dentes fossem frouxos, como se estivessem soltos. (r016). (Allen).
Sensação como se os dentes estivessem muito largos com dores agudas, pulsáteis, que pioram por tempo úmido e frio, pelo calor da cama e pela noite. (Vannier).
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Dentes ficam moles e caem. (Est).
Dor de dente: pulsante, rasgante, lacerante, penetrando no
rosto ou ouvidos; piora em tempo úmido ou pelo ar da noite, pelo calor da cama, por coisas frias ou quentes; por esfregar a bochecha. (Allen).
Dor de dente violenta à noite, seguida por um grande cala- frio por todo o corpo.
Miasma sifilítico tem dentição difícil. (Est).
Range os dentes dormindo.
Dentes se tornam cinzas. (Allen).
ESTÔMAGO
Digestões difíceis com soluço, náuseas, regurgitações, vô- mitos e ardores. (Vannier).
•
Enjôo matinal; salivação abundante, molha o travesseiro
durante o sono (Lac-ac). (Allen).
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Sede de bebidas frias. (Allen).
Úlceras se estendem em superfície; com escassa inflama-
ção; com secreção sanguinolenta; dolorosas, queimantes (va- ricosas). (Drai).
EXTREMIDADES
Dor aguda na região sacrococcígena. (Carb-an, Caust, Lach, Mag-p, Petr). (Zissu).
Dores nos membros e nas articulações. Dores repuxantes e desgarrantes que se gravam pela noite, pelo calor da cama e por descobrir-se (sensibilidade marcada pelo frio); melhoria pelo repouso. Dores noturnas dos ossos (Lyc, Mang, Phyt). (Vannier).
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Dores ósseas à noite. (Allen).
Fraqueza e cansaço de todos os membros. Fraqueza e fadi-
ga dos membros; doloridos, contusos. (Allen).
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Objetos caem das mãos. (Gels, Plb). (Allen).
Tremor das extremidades, sobretudo dos membros supe-
riores, mãos, piora escrevendo, segurando; paralisia agitan- te. Tremor nas mãos. Mãos trêmulas. Parkinson. (Allen).
FEZES
Debilidade e tremores que se acentuam ao menor esfor- ço, depois de defecar. (Vannier).
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(Merc-c).	(Merc-c). (Allen).
Diarreia de primavera e outono (dias quentes e noites frias).
Evacuações aquosas, diarreia verde, fezes esverdeadas, pio- ra de noite. Diarreia de muco verde, com queimação e pro- tusão do ânus. Tenesmo e sensação de não ter nunca vazio seu intestino. Defeca sem alívio ao evacuar, que se agravam à noite; com tenesmo violento e sensação de que o intestino nunca se esvazia. Debilidade intensa depois da evacuação. (Vannier). (Zissu). (Allen).
Disenteria: evacuações viscosas, sanguinolentas, repug- nantes, pegajosas, com cólica, desfalecimento; com gran- de tenesmo durante e depois, seguido por calafrios, e uma
‘sensação de não poder parar de evacuar’ (mais marcante em Mercurius corrosivos). Quanto mais sangue e dor, melhor in- dicado. (Allen).
Disenteria: fezes limosas, sanguinolentas, com cólica e de- bilidade; grande tenesmo durante e depois não, melhora pela evacuação, seguida de calafrios e uma sensação de que ‘não consegue terminar’. Quanto mais sangue, melhor indicado. (Allen).
Fezes sanguinolentas com sensação dolorosa e acre no ânus. (Allen).
GARGANTA
GÂNGLIOS
Adenopatia cervical e submandibular. (Vannier).
Amidalites agudas, depois da formação do pus, acompa- nhadas de hipertrofia dos gânglios cervicais, doloridos e quei- mantes. (Est1).
Angina ou amidalites com tendência à supuração, dores agudas ao deglutir com desejo constante de passar saliva (hi- persalivação). (Vannier).
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Faringite, amidalite aguda ou crônica. (Allen). Fogacho quando excitado. (Allen).
Garganta constantemente seca; dói como se estivesse mui-
to apertada posteriormente; uma pressão nela se ele engolis- se, porém, constantemente obrigado a engolir, porque a boca estava sempre cheia de água. (Allen).
Gânglio inguinal torna-se vermelho e inflamado; fica do- loroso ao tocar e ao andar. (Allen).
Inchaço das glândulas cada vez que o enfermo se resfria. Adenopatia, designação comum às afecções dos gânglios lin- fáticos ou das glândulas. Adenite inguinal com vermelhidão circunscrita. Tendência à supuração (Hepar, Sil). (Vannier). (Aurélio).
Inchaço de gânglios. Inchaços ganglionares, frios, com tendência a supurar.
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Úlceras com base lardácea. (Allen).
Indurações inflamatórias (gânglios, abscesso). (Zissu).
Parotidite (um dos principais remédios). (Est1).
Tropismo linfático: inflamação, induração e inchação de
gânglios. Poli-adenopatias, sobretudo no pescoço, inguinal e axilas. (Drai).
GENERALIDADES
CÂNCER
Mercurius é um dos melhores paliativos em câncer do útero e mamas. (Allen).
DORES
Dores à noite. Assim que ele vai para a cama, à noite, as dores recomeçam e expulsam o sono. (Allen).
Dores dilacerantes e repuxantes no periósteo, cabeça e face; dores de cabeça reumáticas. (Allen).
GLÂNDULAS
Ação profunda sobre as glândulas, as mucosas e os ossos. (Vannier).
PUS. SECREÇÕES
Aumento de todas as secreções e excreções. Tendência à infecção purulenta, com pus verde-amarelado. (Zissu).
REUMATISMO
Mercurius afeta especialmente as juntas, reumatismo in- flamatório com muito inchaço, agravado pelo calor da cama e por se descobrir. Doenças reumáticas com transpiração, agravadas à noite, pelo calor da cama e enquanto transpira, com aparência doentia. (Allen).
Reumatismo com dores lancinantes e picantes, piora à noi- te e pelo calor da cama, não diminui pelo suor. (Zissu). SISTEMA LINFÁTICO
Hipertrofia dos gânglios das regiões afetadas. Boca e fa- ringe de um lado, colo e reto de outro. (Est).
SISTEMA NERVOSO
Ansiedade. (r358).
Atua no sistema nervoso central e periférico. Alterações como falta de memória e debilidade da inteligência e da es- perteza. (Est).
SUPURAÇÃO
Ação inflamatória: sobre todos os tecidos: inflamação ca- racterística pela intensidade de exsudação e tendência supu- rativa. Principalmente sobre tecido linfático (incha e endu- rece); mucosas (catarro claro, depois muco-purulento); pele (erupção e transpiração); tecido ósseo (tendência necrótica principalmente na tíbia e crânio). (Zissu).
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Inchaços frios; abscessos,lentos para supurar. (Allen).
Inflamações que terminam em supuração. (Est1).
Tendência à supuração de todas suas lesões, com pus ver-
de ou amarelo. Os abscessos são frios ou de escasso calor. (Drai).
TREMORES. PARKINSON
É o melhor medicamento para a enfermidade de Parkin- son. (Est).
Grande fraqueza e tremores ao menor esforço. (Allen).
Tremores em toda parte. (Est1).
Tremores intencionais (Parkinson); pioram pelo movimen- to. (Drai).
ÚLCERAS. ULCERAÇÕES
Úlceras nas gengivas, língua, garganta, lado interno da bo- checha, com salivação abundante; de formas irregulares, bor- das indefinidas; tem um aspecto sujo e doentio; base lardá- cea rodeada de um halo escuro; tendem a aparecer juntas (as úlceras sifilíticas são circulares, atacam as partes posteriores da boca e garganta e têm bordas bem definidas, são rodeadas de coloração cúprea e não se estendem para além de suas lo- calizações primárias). (Allen).
Ùlceras com poucas inflamações que não tendem a cicatri- zar-se. Ulcerações superficiais que se estendem rapidamente
sem tendência à cicatrização, de aspecto tórpido. (Zissu).
Úlceras grandes que sangram e, quando tocadas, uma dor afeta o corpo todo. Suas margens invertidas como carne crua e suas bases cobertas com uma camada caseosa. Úlceras fé- tidas e decompostas nas pernas. (Allen).
GENITAL
Erotismo. Lascivo. Satiríases, excitação sexual masculina mórbida; ginecomania. (Drai). (Aurélio).
GENITAL FEMININO
Glândulas mamárias inchadas, duras, em cada período menstrual.
Leucorreia escoriante, esverdeada, acre, ardente, prurido com sensação de carne viva; piora à noite e sempre piora du- rante a madrugada; prurido piora pelo contato com a urina
(Sulph). (Allen).
Leucorreia contínua que piora pela tarde e pela noite, pro- vocando prurido, ardência queimante, irritante que piora ao urinar e que se agravam depois da micção e melhora por ba- nho de água fria. Urina verde. Dores nos ovários. (Vannier). (Zissu). (Allen).
Regras muito abundantes com dores abdominais. Sangue negro com coágulos volumosos. Antes do período: ondas de calor, leucorreia, prurido vulvar. Durante as regras: hálito fé- tido, evacuações viscosas com tenesmo. (Vannier).
GENITAL MASCULINO
Cancro primário; regular, indurado, sangrante, doloroso, descarga fétida. (Allen).
Gonorreia. Leucorreia. Espermatorreia. Corrimento ure- tral, verde, de mau odor, com ardor ao urinar e tenesmo ve-
sical. Espermatorreia. Leucorreia esverdeada e picante, com muita coceira, especialmente ao anoitecer e à noite, com vio- lenta queimação depois de coçar. Gonorreia com fimose ou afecção cancroide; descarga esverdeada, piora durante a ma- drugada; vontade de urinar; ardor intolerável na parte ante- rior da uretra ao expelir as últimas gotas; prepúcio quente, edematoso e sensível ao toque; com ameaça de supuração ou bubão supurativo. (Allen). (Vannier).
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Emissão seminal noturna, misturada com sangue. (Allen). Excitação lasciva com ereções noturnas dolorosas.
Fimose. (Allen).
Remédio de Hahnemann contra a sífilis e as doenças do
trato geniturinário. (Allen).
Ulceração extensa e sangrante sobre o pênis.
NARIZ
Arrancar narizes. Deseja arrancar o nariz das pessoas na rua. Quando passeia sente uma forte tendência a baliscar, agarrar os estranhos que encontra, pelo nariz. (Hah,1264). (Al,37).
Asas do nariz irritadas e ulcerações, coriza aguda, aquosa e abundante, crônica, espessa e amarelada, ardente e irritante que piora por tempo úmido e pela noite, com odor de queijo velho (Hepar). Ozena com dor nos ossos do nariz (Aur, Kali-
-i). Epistaxes pela noite durante o sono. (Vannier).
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Catarro. Narinas esfoladas, ulceradas (Aur, Sulph). (Allen).
Catarro: com muitos espirros; fluente; acre; corrosivo; nari-
nas escoriadas, ulceradas; amarelo-esverdeado, fétido, como pus; ossos do nariz inchados; piora durante a madrugada e por tempo úmido. (Allen).
Catarro abundante inicialmente fluido, claro e escoriante;
depois, verde-amarelado, purulento e não escoriante. (Zissu).
Coriza crônica com secreção esverdeada repugnante. (Al- len).
Epistases, –, detenção, interrupção de secreções ou excre- ções, de eliminação do sangue, – ao tossir, de madrugada, durante o sono; sai do nariz um filamento coagulado e es- curo, com um pingente de gelo. Espirros, melhora deitado. (Allen).
Odor ofensivo do nariz como numa violenta coriza. Uma substância acre flui do nariz. Pus verde fétido. O osso nasal fica dolorido quando apertado. (Allen).
Secreção nasal acre, nariz avermelhado e escoriado o tem- po todo; criança de nariz sujo (Sulph). Raramente dê Mercu- rius se a língua estiver seca. (Allen).
Sinusites. Catarro nasal que se estende aos seios da face. Coriza piora à noite. (Est1).
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Sensação de um peso pendurado no nariz. Penas saindo
dos cantos dos olhos. (Allen).
OLHOS. VISÃO
Afecções escrofulosas. (r026).
Blefarite ou inflamação de pálpebra, pálpebras vermelhas, grossas, inchadas. Piora ao ar livre; piora por aplicações frias. (Allen).
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Como água correndo. (r001).
Como fossem bolas de fogo nos olhos. (r003). Clarões nos
olhos. Como se chispas saíssem dos olhos. Como pontos de fogo queimassem as pálpebras. (r001). Olho. Como faíscas de fogo saíssem dos olhos. (r001). (Est1). (Allen).
Como corpo agudo cortante sob pálpebras. (r001).
Como insetos negros flutuassem. (r001).	Insetos negros parecem estar sempre voando diante de sua visão. (Allen).
•
Como objetos fossem vistos através de uma névoa. (r014).
Como névoa perante os olhos. (r019).
•
•
Como palha pendurada diante dos olhos. (r001). Como penas viessem da córnea dos olhos. (r001).
Como se tivesse sido privado por muito tempo do sono. (r001).
Erupções ao redor dos olhos. (r026).
Fotofobia à luz do fogo. (r001). Olhos não podem suportar a luz do fogo, ou do dia. (Allen).
Fotofobia à luz do gás. (r006).
Fotofobia à luz artificial. (r024). Intolerância absoluta à luz brilhante. Fotofobia dos cineastas. Ardor e catarro nos olhos e agravado por olhar o fogo. (Est).
Fotofobia pela luz do sol. (r026). Fotofobia à luz do dia. (r042).
•
•
Fotofobia, intolerância pela luz brilhante. (Zissu). Fotofobia: olhos fechados espasmodicamente que obrigam
a descansar deitado com os olhos fechados. (Vannier).
•
Lacrimeja. (r157). Olho. Prurido. (r103). Lacrimejo profu-
so, queimante, escoriante. Descargas de muco purulento.
•
Olho. Como areia nos olhos. (r080). Como grão de areia
nos olhos. (r010).
Pálpebras inchadas. (r102). Pálpebras vermelhas, inchadas e aglutinadas pela manhã. Secreção mucopurulenta, abun- dante, ardente e corrosiva com pequenas ulcerações nas pál- pebras. Dor que se agrava pela noite, pelo calor, por tempo úmido e frio. (Vannier).
Todo frio, friagem, resfriado instala-se nos olhos. (Allen).
OUVIDO
Caxumba. (Allen).
Furúnculos e abscesso no meato externo (Pic-ac). (Allen).
Otite média. Crônica ou aguda. Supuração do ouvido. Per- furação do tímpano. (Est1). (Allen).
Otorreia purulenta, ofensiva e repugnante... descarga de substância sanguinolenta, malcheirosa e ofensiva flui do ou- vido direito, com dores perfurantes e dilacerantes; piora do lado direito, durante a madrugada e deitado sobre o lado afe- tado. Furúnculos no canal externo. (Allen).
Pólipos e excrescências fúngicas no meato externo (Teucr,
Thuj). (Allen).
Secreção do ouvido, espessa, amarelo-esverdeada, fétida e sanguinolenta, irritante, escoriante, com dor desgarrante que piora pela noite e pelo calor. (Vannier).
Sensação de uma cunha entrando no ouvido. Gelo no ouvido; água fria correndo para fora do ouvido. Dentes frou- xos, fixados numa massa de mingau. Sensaçao de um verme subindo pela garganta; semente de maçã parado na gargan- ta. (Allen).
OSSOS
•
•
•
Cáries de osso. (r025).
Cáries nos ossos do pé. (r005).
Doenças dos ossos; as dores são piores à noite. Durante
a madrugada; inchaços ganglionares com ou sem supuração, mas, sobretudo se a supuração for muito abundante (Hep, Sil). (Allen).
Dores ósseas noturnas. (Zissu). Dores ósseas: por amole-cimento de ossos; osteoporose; inflamação de ossos e periós- teo; espessamento do periósteo; piora de noite. (Drai).
Inflamação da perna, periósteo. (r010). Inflamação do pe- riósteo. Cáries nos ossos como em Aurum metallicum. (Est).
Inflamação dos ossos. (r009).
PEITO
PULMÃO
Afeta o lobo inferior do pulmão direito; pontadas que atra- vessam até as costas (Chel, Kali-c). (Allen).
•
•
•
Dores agudas na base do pulmão direito. (Zissu).
Expectoração esverdeada. Purulenta. (Allen). Respiração repugnante. (Allen).
Supuração dos pulmões, depois de hemorragias por pneu- monia (Kali-c). (Allen).
MAMAS. LEITE
Leite nas mamas na mulher não grávida, no período mens-
trual. Leite nos seios no lugar das menstruações (Allen).
Mamas dolorosas, como se fossem ficar ulceradas a cada
período menstrual (Con, Lac-ac). (Allen).
PELE
Doenças da pele; prurido, mordência intoleráveis por todo o corpo, como mordidas de insetos, pruridos que se agra- vam à noite e pelo calor da cama. Coçar é agradável. (Allen). (Vannier).
Eliminação. Ação de eliminação: pela pele (suores abun- dantes, viscosos, fétidos); pela mucosa bucal (salivação abun- dante e viscosa). (Zissu). (Allen).
Erupções e secreção repugnante, amarelo-esverdeada. Erupções vesiculosas e pustulosas com tendência à ulcera- ção. Pele constantemente úmida. Suores abundantes, visco- sos, de mau odor e que pioram pela noite. Suores que não
aportam nenhum alívio. (Vannier). (Allen).
Escoriações sempre que duas partes se tocam. (Allen).
Furúnculos. (Allen).
Prurido insuportável do calor do leito com arranhaduras voluptuosas. Prurido pior com transpiração, calor. (Allen). (Zissu).
Psoríase, eczema. Pele doentia. Ulceração crônica com tendência à disseminação. Supurações crônicas, ulcerações. (Allen).
Transpiração profusa que não alivia o enfermo e às vezes o piora. Odor mercurial (o paciente fede, hálito, transpiração fétida). Tremores (cabeça, mãos e pés). (Allen). (Vannier).
RETO
Diarreia com forte urgência, tenesmo. (Allen).
Sensação de “nunca conseguir fazer”. (Allen).
ROSTO
Acne, com pus, deixando cicatrizes. (Allen).
URINA
A quantidade de urina eliminada é maior do que a água que bebeu; urgência frequente de urinar. Emissões noturnas manchadas de sangue (Led, Sars). (Allen).
Desejos frequentes de urinar, porém, urina pouco. Ardores no princípio da micção. Urina turva, frequentemente albumi- nosa, de odor de rato. (Vannier).
SINTOMAS MENTAIS AGRESSIVIDADE
Sintoma motor: impulso agressivo-destrutivo. (Drai).
Malicioso, rancoroso. Ressentido social. Insultante. (Drai).
Patogenesia de Mercurius é cheia de sintomas que denun- ciam sua exaltação agressiva. A censura e o espírito de con- tradição são suas armas habituais para expressar seu espí- rito revolucionário e anarquista. (Cand).
Apreensão, desassossego, com permanente temor ao apa- recimento de seus impulsos agressivos que não tem conse- guido dominar. À mercê de seus impulsos, que o impele de matar ou suicidar-se à vista de um instrumento cortante, não sabe o que fazer, se move constantemente como se quisera fugir, trata de viajar, quer ir-se longe, como se fora culpado de um crime. Não tem consciência do mortal inimigo que leva em seu interior e, levado por uma ansiedade e medo, projeta sua hostilidade e considera a todo mundo como seu inimigo. Teme estar só, crê que vai perder a razão, lhe vem desejos de matar a pessoa que o contradiz, todos são seus inimigos, não
confia nem em si mesmo nem em ninguém, só busca esca- par e até o tempo lhe parece que se desenvolve lentamente”. (Cand).
ANARQUISTA. ANARQUIA. CAOS. DESTRUIÇÃO
Agressividade, anarquista, revolucionário. Desatento. Cólera. Caótico. (Cand).
Ele é um ditador criminoso em potencial, se sente culpa- do e temeroso ante a eclosão de sua agressividade que oscila desde a fuga ante a vista de uma faca à anarquia revolucioná- ria mais violenta. (Cand).
Em sua máxima intensidade, o furacão tem um efeito fe- cundo e renovador da vida. É a temática do javali que des- trói sempre buscando a renovação; ou seja, para construir, é necessário destruir. Isto que faz Mercurius onde, muitas
vezes, não podendo tomar decisões intermediárias, chega ao caos; chega à destruição total e, por isso, é um anarquista, porém, é um anarquista revolucionário; não podendo fazer a evolução, tem que fazer a revolução; e isso se vê nas ideias e nos outros aspectos da vida. (Schaffer).
ANSIEDADE
Ansiedade de consciência. Síndrome mínima de valor má- ximo: O centro do esquema está ocupado pela Ansiedade de consciência. Excitação à noite na cama, assinala a agravação noturna, o sentir-se à mercê de seus impulsos agressivos que o urgem a matar ou suicidar-se. (Cand).
Ansiedade e apreensão, como se houvesse cometido um crime. (Hah,1229) Ansiedade que o leva de um lado para outro. Ansiedade; não sabe que atitude tomar. ele não sabe
como se acalmar.	Sensação de não ter controle,	o coman- do sobre seus sentidos. (Hah,1234). (He,29),
Ansiedade pela sua saúde. Ansiedade pela sua salvação. Ansiedade de consciência. Ansiedade com medo. Inquietu- de, nervosismo. Glutoneria. Inquietude na cama, indo de uma cama para outra. Inquietude virando na cama. Condicionado por todos os sintomas da inquietude e da inquietude ansio- sa. Essa ansiedade está ligada a algo profundo, visceral. Essa ansiedade que o leva de um lugar para outro, com tentativas de fugir. Escape com ansiedade à noite.
Atitudes de escape. Pressa. Projetivos aos demais (ansie- dade pela saúde dos queridos; ansiedade pela salvação). An- siedade com disposição suicida. Angústia antes de evacuar (Acon, Merc, Verat). Angústia durante a evacuação (Merc, Verat). (Cand)
Ansiedade e mudanças de posição com inquietude; exci- tação, suor; apreensivo, medos imaginários; medo de enlou- quecer;... (He,28).
Ansiedade levando ao suicídio; pensamentos de suicídio;... desejo de morrer; grande indiferença mesmo aos que ela no passado amava... (He,30).
Ansiedade pelo futuro. Inquietude ansiosa. Inquietude em crianças. Toca tudo. Desespero por sua recuperação. Hipo- condria. (Drai).
Ansiedade muita e ebulição de sangue à noite, e sensação do sangue jorrando nos vasos sanguíneos com turbulência. (Hah,1227). “Ansiedade e Apreensão no sangue”. “Ebulição do sangue”. “Orgasmo de sangue com ansiedade”. (Schaffer).
ATIVIDADES
Atarefado. Caótico, confuso. Esbanjador (despilfarra). (Drai).
AUTO-AVALIAÇÃO. SATISFEITO. INSATISFEITO
Durante o dia, está aborrecido, como se vivenciasse uma discórdia e uma insatisfação consigo mesmo, e não quer falar e nem brincar. (Hah,1257).
BRIGA. BRIGUENTO. CONTENDA. DISCÓRDIA. LUTA
Briguento, brigão, briga com todos, doutrinal, beligeran- te. (Hah,1254). Gostaria, acima de todas as considerações, de ter tudo certo. (Al,36).
Atitudes ativas: ditatorial, dogmático, pícaro, malévolo. Moral, propensão a se converter num criminoso sem re- morsos. Sentimentos: Ódio. Atos: Fúria. Matar. Impulsivo, etc. (Cand).
Desgosto, com medo à noite; disposição para brigar; se queixa das suas relações e das condições e da sua situação de vida. (He,34,35).
CAMINHO. DIREÇÃO. RUMO
Agravação enquanto trabalha e que não sabe donde está.
Mercurius se confunde e se perde em ruas bem conheci- das. (Cand).
CHEFE DE BANDO. MARGINAL. PSICOPATA
Anarquista. Extremista. Descortês. (Drai).
Automarginalização, tentativas de escapar, por temor de haver cometido um crime. Vagabundear. Misantropia. Aver- são a membros de sua família; a todas as pessoas. Indiferen- ça às pessoas amadas. (Drai).
Psicopata perverso em revolta ativa contra a sociedade. Perverso em revolta ativa contra a sociedade: vandalismo, delinquência, ladrão, criminoso (mata quem o contraria), perigoso chefe de bando ou pequeno malfeitor. Assinando seus atos sempre com sadismo. (Barb).
Social: inadaptado, transgressor, desobediente, revolu- cionário. (Drai).
COMPANHIA
Companhia, desejo de permancer só, mas só também lhe agrava.
Aversão à companhia, não suporta ninguém (Merc,Nux-v, Staph, Sulph). Queixas (lamentações) de parentes e de seu meio ambiente. Considera a todos como inimigo. Separado (estranho) de sua família, ignora a todos. Nostalgia. Casa, deseja fugir de sua casa. Descortês. Lamentação ao desper- tar. Não suporta ser olhado. Jogar inabilidade (Merc, Sulph). Desconfiado durante o dia. Desconfiado e insultante. Piora os sintomas mentais. (Cand).
CONDUTA REATIVA
Inadaptação e marginalidade social. (Drai).
CONFIANÇA. FALHA
Não confia em si mesmo, não tem coragem para viver, é covarde, antecipado, tem a sensação de que tudo falhará, se assusta por bagatelas. (Bronf).
CULPA
O sentimento de culpa cria em Aurum a hipocondria, a melancolia com auto-reprovação e a sensação de haver sido abandonado por todos, e termina em suicídio. Mercurius, ao contrário, é mais criminoso que suicida e modaliza sua culpa, agressão-culpa, com um estado de agitação e apuro ansioso que o leva a escapar permanentemente. Fuga de si mesmo. (Cand).
CUSPIR. RAIVA
Cuspir, desejo de cuspir na cara das pessoas. Violento, veemente. Cólera por contradição. Todos são seus inimigos. Impulsivo. Ditatorial. (Drai).
Raiva, fúria à vista de água (hidrofobia). Impulsivo. Bri- guento. Ditatorial. Abusivo. Crítico. (Cand).
DESCONTENTE. INSATISFEITO.
Sem motivo, ele está muito descontente consigo mesmo e com sua posição. (Hah,1248).
Ansiedade de consciência. Remorsos. Auto-reprovações Descontente; sempre; consigo mesmo; de tudo. Desalentado; por seu futuro. (Drai).
DESTRUTIVIDADE
Pícaro, malévolo, gosta de fazer piadas maliciosas. Crian- ças muito travessas, que fazem e procuram diversões, que podem chegar a estragar algo ou alguém. Não é francamen- te mau. Ex.: procura divertimento e quebra brinquedos ou plantas. Sempre está com o objetivo de brincar, mas causa o mal, para um animal ou alguma coisa. (Est).
DESGRAÇA. FRACASSO. MALES
Depressão de espírito durante o dia associada à ansie- dade; ele sempre pensa que vai ouvir algo desagradável. (Hah,1249). Durante o dia inteiro, está mal-humorado e ir- ritado; ele pensa que todos os seus esforços finalmente irão fracassar. (Hah,1251).
DITADOR
Sobre o fundo de sua ansiedade de consciência ante a ir- rupção de sua agressividade, atitude de escape que modaliza sua conduta caótica que a sua vez dá uma tinta especial a sua positividade (dogmatismo) e ditatoriedade. (Cand).
Sintoma-guia: ditatorial. Os sintomas mais determinativos: crítico, contradição de espírito. Dogmático. Atitudes passi- vas: mal-humorado. Áspero. (Cand).
DOENÇA
Sensação indescritível de uma doença interna intolerável, durante a qual ele permanece silencioso e não se levanta da cama. (Hah,1224).
Temores projetam o medo a uma desgraça - como castigo
- a uma morte ameaçante, assustando-se sobretudo ao anoite- cer com medo de suicidar-se, a agredir-se quando está só, por isso, teme perder o controle consciente quando vai dormir, e lhe atacam pensamentos tristes de uma enfermidade incurá- vel. (Cand).
DOENÇAS PIORANDO O INTELECTO
As aquisições são com mais frequência lentas e irregula- res, seja por lentidão de assimilação ou seja por estar sujeito às anginas, sinusites, rinofaringites e infecções respiratórias,
fica doente e cansada com bastante frequência, com dores de
cabeça que atrapalham sua atenção. (Barb).
ERROS
Sensação como se houvesse errado, com perdas das ideias. (Al,22).
ESTADO DE ÂNIMO
Alegria alternando com falta de simpatia. Alegria ao anoi- tecer, na cama. Morte, pensamentos de, sem medo (Apis, Coff, Merc, Verat). (Cand).
EXPLOSÃO
Como a coluna de mercúrio, que tem a propriedade de subir rapidamente e explodir extravasando o líquido e destruindo o
aparelho, os indivíduos de Mercurius são pessoas com tem- peramento extremamente destrutivo, chegando a ter necessi- dade de esconder de si mesmas armas, ou armas brancas, pois temem que num momento de desvario possam matar alguém querido, algum familiar ou a si mesmos, demonstrando nes- se momento um movimento miasmático altamente sifilítico. Mercurius já foi muito usado na sífilis (doença) com a finali- dade de destruir o treponema, e, devido aos efeitos colaterais, existe relato de uma vasta toxicologia deste medicamento, a qual é de grande valia para a compreensão do seu gênio me- dicamentoso.
FAMÍLIA
Aversão aos membros da família. Aversão a todas as pes- soas. (Cand).
Queixa-se dos que estão a sua volta.
FRACASSO
A busca, os ideais de elevar o espírito, como diz a patoge- nesia: “tudo vai a fracassar”, “está condenado ao fracasso”. Todo o esforço vai ser inútil. (Schaffer).
Por outro lado, predominam os sintomas que importam di- ficuldades em seu trabalho mental. Ansiedade por inativida- de da mente com a ilusão de que tudo vai fracassar, a isto se opõe à falta de sentido de dever, originando sua conduta ca- ótica. (Cand).
FRAUDULENTO. CHEQUES SEM FUNDOS
Enganoso, fraudulento. Indigno de confiança. Incerto, não confiável em suas promessas. Cheques sem fundos, não paga contas, não é nada raro que solte cheques sem fundo. Incerto em suas promessas. (Schaffer).
FUGA
A fuga é um mecanismo reativo. A fuga é causada pela inquietude ansiosa que o impulsiona a mover-se precipitada- mente, o apuro (ansiedade no tempo projetada para si mes- mo) que o impele a atuar rapidamente como se lhe faltasse tempo, e a impaciência (ansiedade no tempo projetada aos demais) que não lhe permite tolerar contradições. Fuga de si mesmo. Um mecanismo de escape é o desejo de solidão, atitude passiva de escape, característica primordial em Na- trum muriaticum e resulta da projeção paranoica de sua an- siedade. Fuga dos demais, não quer que lhe falem, nem falar, nem contestar, o consolo o fastidia, o irrita, o lastima e o faz chorar. O ressentimento o liga e o separa definitivamente de seu amor objetal, pouco a pouco até a relação com seus fa- miliares o molesta, sensação como se não pertencera a sua
família. Sensação que sua família lhe é estranha e, ao mesmo tempo, nostalgias de lugar.
HARMONIZAÇÃO. DEVOÇÃO
Pessoas devotadas a uma administração, a uma associação ou a uma causa a qual se identificam (o que dá um sentido a sua vida), servindo no contexto de uma hierarquia. Eles en- contram aí a armadura protetora que lhes é necessária moral- mente e o estímulo indispensável para lutar contra sua indo- lência, sob pena de perder sua função e seu cargo. (Barb).
HUMOR
Mau humor; irritável; desconfiado; briguento; disputador. Fala absurdos; age como palhaço; faz coisas absurdas e to- las. (Allen).
INDIFERENÇA
Durante o dia inteiro, está muito sério e indiferente; ele se enraivece por trivialidades enquanto os outros riem, e ao mesmo tempo, está extremamente indiferente a tudo em sua volta. (Hah,1242). Seriedade grande com muita indiferença durante o dia; ele se ofende muito se os outros riem de uma banalidade, porém, está extremamente indiferente a tudo que ocorre a sua volta. (Al,10).
Ele está indiferente a tudo no mundo, não tem desejo de comer, porém, quando come, saboreia a comida e pode co- mer o que é necessário. (He,1243).
INIMIGO
Durante todo o dia, rabugento e desconfiado; insulta quase
todos que estão próximos, e os considera como seus maio-
res inimigos. (Hah,1256). Considera a todo mundo, inclusive seus familiares, como seus inimigos (ilusão que todos são inimigos). Projeção paranoica põe seu inimigo interior para fora e considera todo o mundo seu inimigo, suspeita, não confia em si mesmo nem em ninguém, teme estar só, acredita que vai perder a razão e lhe vem desejos de matar a pessoa que o contradiz. Mercurius escapa para não agredir. (Pasche- ro). (Cand). (Schaffer).
Inexprimível dor de espírito e corpo, inquietação ansiosa, como se um mal o ameaçasse...; repugnância de si próprio, não sente coragem para viver; suspeita constante, considera a todos como seus inimigos. (He,34). Temor de epilepsia. Te- mor de loucura. (Cand).
Melancólico e desconfiado; trata seus sócios de forma qua- se ofensiva, considera qualquerum como seu pior inimigo.
(He,36).
Teme a irrupção de seus impulsos agressivos que não tem podido dominar e, levado pela ansiedade e o medo, projeta suas hostilidade e considera a todo mundo como seu inimi- go. Daí, o medo que mais o caracteriza esta relacionado com a falta de controle de seus impulsos e com a fantasia perse- cutória. (Cand).
INQUIETUDE
Inquietude, ele não pode permanecer quieto em qualquer lugar; estar em pé nem deitar, como se estivesse insano, ou como se houvesse cometido um grande crime. (Hah,1222). Inquietação grande como se houvesse cometido um gran- de crime;... considera a todos como seus inimigos;... gran- de inclinação quando anda de tomar as pessoas pelo nariz;... (He,16). Escapar, correndo. Escapar, por temor de haver co- metido um crime. (Cand).
Inquietude ao anoitecer. Inquietude de consciência (Chel,
Merc, Puls, Zinc-o). Inquietude caminhando. (Cand).
Inquietude. Movimento. Grande inquietude, deve constan- temente mudar de lugar; medo com desejo de fuga, como se houvesse cometido um crime. (He,38). Inquietude impulsio- nando de um lado para outro. Tocar, impulsionado a tocar em tudo. (Cand).
INSEGURANÇA
Insegurança:	Falta	de	confiança.	Irresolução.	Covardia.
Nunca tem êxito. (Drai).
INSTABILIDADE
Perfil	caracterológico:	Instabilidade	emocional	por	seus
impulsos. (Drai).
JOGO
Paixão por jogo; para fazer dinheiro. Dipsomania. Morfi- nomania. (Drai).
MALDADE. MALIGNIDADE
Mercurius é um “diabo” maligno, tanto na fase adulta como na infância.
MANIA
Mania: arranca as roupas à noite; rasga coisas e xinga. Pula alto. Fala e xinga muito para si mesma. Não reconhece suas relações mais íntimas. (Allen).
MATAR
Mercúrio é o único medicamento da Matéria médica que deseja matar por contradição. (Bronf). Desejo de matar a
pessoa que o contradiz. Sintoma dominante: deseja matar a pessoa que a contradiz ou a pessoa que mais ama. (He,21). Desejo de matar aos que ama. Matar, desejo de matar a seu filho. Desejo de matar a seu esposo amado. Desejo de ma- tar a seu esposo durante a menstruação. Desejo de matar seu esposo amado e, por isso, suplica que esconda a nava- lha. Desejo de matar à vista de uma faca. Esse sintoma está condicionado pela vista de uma faca, pela mínima ofensa ou durante as menstruações. Desejo de matar por um impulso repentino por uma leve ofensa. Não suporta ser olhado, pio- ra os sintomas mentais. Para ele necessita: falta de sentido moral, considerar a todo mundo seu inimigo, ser daninho, perverso, disposição para a briga, levado a estados de fúria. (Paschero). (Cand).
Destrutividade: cólera, apunhalar, capaz de matar a qual-
quer um. Impulsos de matar. Matar, desejos; por uma ofensa leve; a seu próprio filho; a sua querida esposa; com uma faca. Moral, propensão a converter-se em criminoso. (Drai).
Pícaro, malévolo. Pícaro, na imbecilidade. Moral, propen- são a ser criminoso sem remorsos.
Orgulho e a atitude ditatorial, longe de compensar uma atitude de insegurança como em Lycopodium, ou plasmar o afã possessivo de afeto como em Lachesis, constituem tra- ços sifilíticos de sua deterioração mental, obtusão, a ponto de sentir impulsos de matar a quem o contradiz. (Cand).
Raciocínio. Intelecto: Mercurius tem como características um déficit intelectual com aparente dificuldade de concentra- ção, sendo extremamente apurados, apressados do ponto de vista físico; são do tipo que têm extrema agitação psicomo- tora com letargia mental. Como exemplo, as crianças hipe-
rativas, que chegam a ser consideradas limitadas intelectual- mente, apesar de terem uma inteligência normal ou acima do normal, sendo incapazes de executar uma tarefa intelectual mercê da dificuldade de manterem sua atenção concentrada, pela incapacidade de serem atentas em função de sua mobi- lidade físico-psíquica.
Sensações erradas e, por isso mata sem freio, impulsiva- mente, cometendo crimes que sensibilizam o coração de to- dos os homens. Para evitar esses crimes, ele escapa ou viaja. (Bronf).
MEMÓRIA FRACA
Debilidade de memória, esquece os nomes das pessoas, não reconhece os parentes; nem sua própria casa; se perde em ruas bem conhecidas e não pode calcular. Debilidade por
tudo o que leu. Esquece as coisas. Memória débil; para o que foi dito; o que ia decidir; para nomes próprios. Erros falando. Embotamento. Prostração mental. Perda da vontade. Confu- são mental. Déficit de ideias. Espírito sempre adormecido. Tendência incontrolável de dormir. (Drai). (Allen). (Vannier).
MORTE
Ele deseja morrer, está indiferente a tudo, mesmo ao que mais lhe agrada. (Hah,1241).
Sintoma-guia: pressentimento de morte. Morte, deseja. Morte, pressentimentos. (Cand). Pensamentos e pressenti- mentos de morte. Disposição ao suicídio; por haver come- tido um crime; com faca; deixando-se morrer de fome; com temor de uma janela aberta ou de uma faca; ver, cortantes instrumentos. (Drai).
Teme morrer. Tem a ilusão de que está por morrer e a ilusão de que será assassinado como consequência de seu crime co- metido. Os seguintes sintomas modalizam esse temor: pres- sentimentos de morte, medo de estar só, medo de uma morte iminente, medo de um ataque, medo de sufocação, medo de uma enfermidade iminente, pensamentos de alguma enfer- midade incurável, desespera por curar-se. (Bronf).
Temor da morte. Crê estar ameaçado por morte próxima. Temor do suicídio. Temor pela saúde dos queridos. Temor das tormentas. Pena, com medo à noite. Lesionar-se, ferir-se, teme ficar só com medo de. Suicida disposição, com medo de uma janela aberta ou de uma faca. Pensamentos de enfer- midade incurável. (Cand).
Viajar, desejo de. Desatento.
MOVIMENTO. MUDANÇA. VIAGEM
Ele não tem descanso, e precisa ir de um lugar para ou- tro, e não permanece um longo período num mesmo lugar. (Hah,1231).
Movimentos desordenados; diz Hahnemann: “Vê água correndo onde não há”... e sobre as águas, diz a simbologia: “que fluem, são como pensamentos que fluem uns nos ou- tros”. E Mercurius tem os pensamentos que se vão metendo uns nos outros.
Sintomas de excitação: mobilidade de espírito com com- portamento altivo, necessidade de mudanças, desejo de via- jar. Ansiedade. (Zissu).
PERSEGUIÇÃO
Padece a sensação de ser perseguido por inimigos, todo mundo pode ser seu inimigo, pensa que está rodeado por ini- migos, imagina ver animais que lhe saltam em cima, que está rodeado de criminosos ou que ele mesmo seja um criminoso. (Cand).
PRECOCIDADE. SUPERDOTADO
A surpreende a precocidade (único medicamento) se ma- nifesta explicada pela tendência sifilítica do medicamento. O sujeito superdotado. Ideias abundantes com claridade men- tal, a inquietude, o desejo de ir-se de um lado para outro, a curiosidade que implica sempre no desejo de viajar, o apuro. Candegabe admite que outros medicamentos mereçam pos- suir este sintoma. (Cand).
PROJEÇÕES DESARMONIZADAS. PROJETAR. PROJECIOLOGIA
ANTROPOFÓBICOS
Imagina que vê gente. Casa está cheia de gente. Reunião de coisas, gentios e multidões.
Nariz, deseja agarrar as pessoas pelo nariz. (Drai). CRIME
Com respeito a que está sofrendo tormentos sem saber o porquê, ele não sabe, mas aexplicação é porquê ele tem a ilusão de que tem cometido um crime. Sensação de que não sabe aonde vai. Então está num círculo vicioso, a ilusão do crime que termina cometendo. (Schaffer).
ILUSÕES. TRANSTORNOS ILUSÓRIOS.
Sintomas	demenciais:	Imagina	que	ele	está	sofrendo	os tormentos do inferno. Tormento à noite, como se ele tivesse
cometido um crime. Desejo de fugir, com ansiedade noturna e apreensão. Extrema inquietude à noite. Deita-se, levanta-
-se; não descansa em lugar nenhum. (Allen).
•
•
•
Ilusões que vê animais, cães, insetos, agulhas. (Drai). Ilusão que é um criminoso. Que estava por morrer. (Drai). Ilusões de que vê imagens, fantasmas, antes de dormir,
por todas as partes (Merc, Sil, Carb-an, Nit-ac, Sep). (Cand).
Mercurius apresenta, dentro do amplo espectro das ilu- sões, três que merecem um comentário: ilusão de que sofre

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