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AV2 - DIREITO AMBIENTAL

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DIREITO
HUGO LEONARDO TARDELI SEABRA
O ACIDENTE DE MARIANA SOB ÓTICA DO DIREITO AMBIENTAL
Cabo Frio - RJ
2022
HUGO LEONARDO TARDELI SEABRA - 20181103117
O ACIDENTE DE MARIANA SOB ÓTICA DO DIREITO AMBIENTAL
Trabalho apresentado ao curso de Direito da Universidade Veiga de Almeida, como requisito parcial para obtenção de nota da disciplina Direito Ambiental, sob orientação da professora Camila Rabelo de Matos Silva Arruda. 
Professor: Camila Rabelo de Matos Silva Arruda
Cabo Frio - RJ
2022
1. INTRODUÇÃO
O acidente que ocorreu em Mariana, Minas Gerais, teve um grande impacto socio ambiental na região do desastre e também nas proximidades, de modo que tornou a região praticamente inabitável tendo em vista que o solo ficou infértil e os rios sem vida devido aos dejetos, composições químicas e os assoreamentos. A prevenção é a maior aliada da humanidade em casos como este e por necessidade de prevenir o possível dano que as leis ambientais, como, por exemplo, a Lei 6.938/81 que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, são tão rigorosas. Haja vista que a reparação de um dano como esse pode demorar anos, tornando impossível mensurar o verdadeiro impacto ambiental e econômico para a região. Conforme elucida em seu artigo 225, nossa Carta Magna dispõe sobre a necessidade de manter o meio ambiente ecologicamente equilibrado incumbindo ao Estado e a coletividade a tarefa de zelar por sua preservação para esta e futuras gerações. Portanto, devido a negligência do agente causador foram feridos princípios constitucionais e também do direito ambiental.
2. DISCUSSÃO
Fato é que o rompimento da barragem ocasionou grandes problemas ambientais e que devido a negligência eles foram possíveis. Os princípios do Direito Ambiental são deveras abrangentes, pois concernem em seus motivadores interesses da população como um todo. Segundo Luís Paulo Sirvinskas (2022) são princípios específicos do Direito Ambiental, pois estabelecem parâmetros com preceitos constitucionais a) princípio do direito humano; b) princípio do desenvolvimento sustentável; c) princípio democrático ou da participação; d) princípio da prevenção (precaução ou cautela); e) princípio do equilíbrio; f) princípio do limite; g) princípio do poluidor-pagador, do usuário-pagador e do protetor-recebedor; h) princípio do não retrocesso ou da proibição do retrocesso; e i) princípio da responsabilidade socioambiental. Dentre os tais anteriormente citados, podemos destacar a inobservância de caráter preventivo no acidente da barragem de Mariana (MG) os princípios do Direito Humano, da Prevenção e do Equilíbrio. Os princípios estão interligados ao fato da preservação do meio ambiente. O Princípio do Direito Humano está ligado ao meio ambiente de forma antropocêntrica conforme prevê Art. 225 da CFRB/88, pois denota que o ecossistema tem que estar equilibrado para proveito da humanidade. No entanto, há forte crítica a essa ótica antropocêntrica de preservação porque o mesmo deve ser preservado pensando não só na vida humana, mas também em toda biodiversidade. Ou seja, esse princípio foi violado no que tange a vida humana e também a biodiversidade devido aos impactos. O Princípio da Prevenção busca prevenir danos colaterais gravosos, de modo que devem ser observados pelo Estado de forma ampla, atuando na não postergação de medidas para evitar a degradação ambiental, mesmo que não haja absoluta certeza do perigo. O Princípio do Equilíbrio, no entanto, coloca na balança os prós e os contras de uma intervenção no meio ambiente analisando todas as consequências possíveis e previsíveis no que tange aspectos não só econômicos, mas também ambientar e sociais. Ora, diante do ocorrido, podemos concordar que a não observância desses princípios acarretam diversas consequências socioambientais. 
De fato, o Princípio do Poluidor-Pagador é aplicável ao caso, haja vista que tal princípio é baseado na responsabilização socioambiental onde o poluidor deve arcar com o custo decorrente da poluição reparando tanto o dano causado ao meio ambiente quanto as vítimas. Segundo Luís Paulo Sirvinskas (2022) “o poluidor deverá arcar com o prejuízo causado ao meio ambiente da forma mais ampla possível. Impera, em nosso sistema, a responsabilidade objetiva, ou seja, basta a comprovação do dano ao meio ambiente, a autoria e o nexo causal, independentemente da existência da culpa.”, o que por sua vez, corrobora com a Teoria do Risco Integral, onde há reparação do dano mesmo que ele seja involuntário, pois o explorador da atividade econômica é o próprio garantidor da preservação do ambiente onde intervém e sobre ele recai os danos inerentes de sua atividade, mesmo que não possua intenção de causa-los. 
O órgão responsável pela fiscalização e licenciamento das atividades mineradoras do Brasil é a Agência Nacional de Mineração (ANM) onde estas devem planejar e fiscalizar todas as atividades de exploração mineral fazendo auditorias em laudos técnicos de barragens bem como visitar o local para averiguação. No entanto, é comum a agência aceitar laudos técnicos de inspeções de empresas contratadas pelas próprias mineradoras, ficando, assim, mais exposto a fraudes. 
O agente causador será responsabilizado nas esferas administrativas, civil e penal conforme dispõe Art. 225, §3º, da CFRB/88. No que tange a responsabilidade civil poderá ser responsabilizado de forma objetiva no que couber os artigos 927, 944, 948, 949, 950 do Código Civil onde estes informam da obrigação de indenizar independente da culpabilidade; de acordo com a extensão do dano; também aos familiares em caso mortis; em caso de lesão a saúde; e se a ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido tenha que deixar de exercer sua profissão; respectivamente. Há também a possibilidade de pleitear reparação e indenização por meio de Ação Civil Pública o dano moral coletivo. Já que o Estado contribuiu, de modo a não efetuar a fiscalização devida, com o desastre. Na esfera da responsabilidade administrativa o Art. 70 da Lei 9.605/98 dispõe que é considerado infração administrativa ambiental toda ação ou omissão que viole as regras proteção e recuperação do meio ambiente. Na esfera penal as condutas que tratam de crime ambiental também estão previstas na Lei 9.605/98 que “Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências”, para o caso trata-se da utilização do Art. 2º. 
A pessoa jurídica pode ser responsabilizada com base no Art. 225, §3º, da CFRB/88. Destarte, a Lei 9.605/98, em seu Art. 3º dispõe sobre a responsabilização da pessoa jurídica de maneira mais lapidada. No entanto, cumpre destacar que a responsabilidade penal é de caráter subjetivo, tendo que haver a comprovação de dolo ou culpa e nexo de causalidade. 
3. CONCLUSÃO
Cumpre salientar, por fim, que o Estado é tão culpado no ocorrido quanto a mineradora, tendo em vista que tem dever de fiscalizar. A responsabilidade objetiva é fator determinante para que o praticante da atividade não se esquive de sua responsabilidade para com o meio ambiente e a população. O objetivo central da punibilidade é prevenir a reincidência de novos danos ambientais que podem ser, como nesse caso, irreversíveis assim como interpreta a observância do Princípio Poluidor-Pagador. 
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SIRVINSKAS, Luís P. Manual de direito ambiental. São Paulo: Editora Saraiva, 2022. 9786553620438. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786553620438/. Acesso em: 17 mai. 2022.

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