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Sistemas Fluido Mecânico Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof.ª Me. Luciana Borin de Oliveira Revisão Textual: Prof.ª Me. Natalia Conti Elementos de Comando, Controle e Atuadores • Controle Manual e Controle Automático; • História da Automação; • Capacitação; • Cilindros; • Motores Elétricos. • Conhecer e avaliar os Elementos de comando, controle e atuadores. OBJETIVO DE APRENDIZADO Elementos de Comando, Controle e Atuadores Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas: Assim: Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como seu “momento do estudo”; Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo; No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam- bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados; Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus- são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de aprendizagem. Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Determine um horário fixo para estudar. Aproveite as indicações de Material Complementar. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma Não se esqueça de se alimentar e de se manter hidratado. Aproveite as Conserve seu material e local de estudos sempre organizados. Procure manter contato com seus colegas e tutores para trocar ideias! Isso amplia a aprendizagem. Seja original! Nunca plagie trabalhos. UNIDADE Elementos de Comando, Controle e Atuadores Controle Manual e Controle Automático No inicio dos tempos, a humanidade não conhecia meios para obtenção de energia, toda energia utilizada para trabalhos vinha do trabalho do homem e dos primeiros animais que foram domesticados, como bois e cavalos. Com o passar do tempo, com o desenvolvimento das máquinas, o homem passou a utilizar o trabalho intelectual em maior escala para controlar estes equipamentos e o grande volume de produção que requer eficiência e eficácia. Desta necessidade do homem controlar as fontes de energia e o andamento das máquinas surge a ideia da automação, do controle automático. Neste momento, o homem começa a se libertar do trabalho braçal para observar e inferir com trabalho intelectual. A necessidade do controle automático surge por duas causas principais, o homem não consegue mais controlar todo o processo de maneira uniforme e existe a grande necessidade de aumento de produção. Figura 1 Fonte: Getty Images História da Automação A automação industrial começou a ganhar destaque na sociedade por volta da segunda metade do século XVIII, na Inglaterra. Foi nessa época que os sistemas de produção artesanal e agrário começaram a se transformar em industrial e foram desenvolvidos os primeiros dispositivos simples e semiautomáticos. Entretanto, so- mente no início do século XX que os sistemas se tornaram inteiramente automáti- cos. A necessidade de aumento na produção e produtividade fez com que houvesse diversas séries de inovações tecnológicas neste sentido: • Máquinas com capacidade de produzir com maior rapidez e precisão, se com- parado com o trabalho feito à mão; 8 9 • A utilização do vapor como fonte de energia, em substituição à energia mus- cular (manual) e hidráulica. Figura 2 Fonte: Getty Images Fo i aproximadamente no ano de 1788 que James Watt criou o que pode ser considerado um dos primeiros sistemas de controle com realimentação. Tratava-se de um dispositivo de regulava o fluxo de vapor em máquinas. Por volta de 1870, a energia elétrica começou a ser introduzida. Inicialmente, estimulou indústrias como a do aço, química e de máquinas-ferramenta. O que é Automação Industrial? Disponível em: http://bit.ly/2pS7dJ4 Ex pl or O controle manual exige a presença constante de um colaborador atuando e acompanhando o processo, para medir parâmetros e tomar decisões nas ativida- des. Por outro lado, o controle automático permite a substituição do operador na linha de produção por uma malha de controle a ser supervisionada e definida como referência pelo supervisor da produção. Trata-se de um momento em que o ope- rador terá que se capacitar para entender e controlar os controladores e atuadores automáticos, para assumir nova posição como supervisor de processo. Capacitação O desenvolvimento tecnológico está sendo apontado como fator fundamental para a retomada do crescimento econômico do País. Este artigo apresenta e discute a questão da capacitação tecnológica ao nível das empresas industriais, apontando 9 UNIDADE Elementos de Comando, Controle e Atuadores a gestão da aprendizagem tecnológica como o fator chave. Esta, por sua vez, acar- reta demandas específicas sobre a organização do processo de trabalho. São apre- sentados estudos de caso elaborados em empresas brasileiras e japonesas. Obser- va-se que a gestão da aprendizagem tecnológica é um componente estratégico do modelo de administração japonês, estando, ainda, pouco incorporada à prática administrativa das empresas brasileiras. FLEURY, A. Capacitação tecnológica e processo de trabalho: comparação entre o modelo ja- ponês e o brasileiro. Rev. adm. empres., São Paulo , v. 30, n. 4, p. 23-30, Dec. 1990. Disponível em: http://bit.ly/31O0CN7 Ex pl or Entende-se por malha de controle o conjunto formado pelo elemento controla- dor e os atuadores do processo com objetivo comum de controlar e regular uma determinada variável do processo. Elemento controlador Variável do processo Figura 3 – Antigamente Variável do processo Elemento atuador Elemento controlador Figura 4 – Atualmente O elemento controlador deixa de ser o operador para ser um conjunto de dispo- sitivos mecânicos e/ou eletroeletrônicos que recebem sinais de entrada, que são pro- cessados e convertidos em sinais de controle para atuação no comando do processo. Sinal de controle Elemento controlador Sinal de entrada Figura 5 Os sinais de entrada podem ser sinais elétricos provenientes de sensores, con- versores e interruptores e os sinais de controle também são sinais elétricos que acionam os elementos atuadores. 10 11 Variável do processo Elemento atuador Senso e transmissor Elemento controlador Figura 6 Os sistemas de controle são classificados em dois tipos, distinguidos pela ação de controle que é responsável pela ativação do sistema para produzir a saída: sistema de controle de malha aberta e sistema de controle de malha fechada. Os sistemas em malha aberta são mais simples e apresentam menor custo, suas desvantagens são a imprecisão, por não controlar variáveis de saída, e desta forma não compensar perturbações. ProcessoControlador Figura 7 Aplicações em sinais sonoros, eletrodomésticos e semáforos, por exemplo, dispositivos que não têm a ação controle na saída. Os sistemas em malha fechada são mais complexos e apresentam custo mais elevado, sua vantagem reside no fato de possuírem informações das variáveis de saída, medição, e desta forma compensarem perturbações. O sistema de malha fechada possui a característica da realimentação, que permi- te a comparação da saída com a entrada, promovendo a compensação do sistema. Processo Medição ControladorFigura 8 11 UNIDADE Elementos de Comando, Controle e Atuadores Aplicações em controladores de temperatura, por exemplo, dispositivos que têm ação de medição na saída e possíveis alterações no processo de entrada. Os elementos atuadores podem ser motores, conversores, compressores, reles e contadores, por exemplo, com a finalidade de realizar ou auxiliar trabalhos de natureza mecânica, elétrica, hidráulica ou pneumática em um processo, converter energia em movimento. Um dispositivo destinado a executar uma ação como mo- vimentar uma esteira, dosar um material ou abrir e fechar uma válvula. Um fato interessante neste caso dos atuadores é a semelhança de atuação dos músculos e atuadores, ambos são capazes de exercer força a partir de estímulo, energia convertida em movimento. Uma tecnologia incipiente para atuação de sistemas com características físicas e dinâmicas parecidas com músculos naturais vem sendo estudada desde o início da década de 90. No entanto, o controle destes sistemas não é uma tarefa trivial, devido às não-linearidades intrínsecas. Este trabalho apresenta uma proposta para controle não-linear de força em músculos artificiais baseados no polímero acrílico VHB4905. São desenvolvidos modelos matemáticos do atuador polimérico experimenta- do. Essas equações são utilizadas no controle de forma a compensar os efeitos não-lineares do sistema. Experimentos são conduzidos em uma bancada de testes especialmente desenvolvida, contendo um sensor de força e o atuador polimérico acionado por um circuito de alta tensão (até 10kV). Obtém-se um erro máximo de força de 1% entre o modelo que caracteriza o material e o experimento de força em função do estímulo elétrico. Demonstra-se que o controle não-linear proposto gera melhores resultados a entradas em degrau que um controle PID padrão, o qual não leva em consideração a não-linearidade e a alta sensibilidade do atuador quando submetido a tensões próximas da tensão de quebra do dielétrico, gerando oscila- ções. A eficácia da técnica de controle proposta é comprovada experimentalmente. ASSIS, P. F. C. B. de; MEGGIOLARO, M. A. Controle não-linear de força de músculos artificiais poliméricos por efeito capacitivo. Sba Controle & Automação, Campinas, v. 21, n. 5, p. 546- 556, Oct. 2010. Disponível em: http://bit.ly/2NbWCRk Ex pl or 12 13 Figura 9 Fonte: Getty Images Os atuadores podem dar como respostas movimentos lineares, giratórios ou oscilantes, criando movimentos em uma direção ou em direções opostas. Dada a diversidade de funções, temos também uma diversidade de atuadores. Cilindros C onhecidos como atuadores pneumáticos ou hidráulicos, são dispositivos que transformam a pressão do ar comprimido ou óleo em força e movimento linear. Os cilindros mais utilizados são o de simples ação e o de dupla ação. 13 UNIDADE Elementos de Comando, Controle e Atuadores • Cilindros de simples ação: como o próprio nome diz, apresenta um único orifício por onde o ar comprimido ou óleo sai. Seu princípio está baseado no fato de que a mola existente retorna à posição inicial ao ser retirada a pressão que foi colocada; Figura 10 Fonte: Reprodução • Cilindros de dupla ação: apresentam dois orifícios pelos quais o ar compri- mido ou óleo podem entrar ou sair, dependendo do movimento que se deseja realizar, um orifício proporciona o avanço e o outro proporciona o retorno. O fluxo recebido é transferido por válvulas acionadas por comando mecânico, elétrico, pneumático ou manual. Figura 11 Fonte: Reprodução 14 15 Motores Elétricos São equipamentos que realizam movimentos giratórios (medidos em rotações por minuto) em torno de seu eixo quando energizados. Existe uma diversidade de tipos e finalidades de motores, bombas, compressores, eletrodomésticos, au- tomóveis, misturadores, robôs, extrusoras, que variam de acordo com sua forma construtiva e tensão de alimentação contínua ou alternada, consumo de corrente elétrica e manutenção. Figura 12 Fonte: Reprodução Relés São chaves de contato acionadas por bobinas eletromagnéticas utilizadas para sinalização, comando e intertravamento de circuitos elétricos. Desta forma, quando a bobina é energizada, contatos normal aberto (NA) fecham e os contatos normal fechado (NF) abrem, permitindo ou interrompendo o trânsito de corrente elétrica entre eles. Ao se retirar a energia da bobina, o sistema volta à posição inicial. Figura 13 Fonte: Reprodução 15 UNIDADE Elementos de Comando, Controle e Atuadores Contatores Estes dispositivos têm o mesmo princípio de funcionamento dos relés, porém com contatos fortes o suficiente para conter correntes mais elevadas, sendo utiliza- dos em acionamento direto de motores. Figura 14 Fonte: Reprodução Válvulas de Controle A válvula com controle automático de posição é um dispositivo utilizado para modificar a vazão de um fluido no processo, formada por três partes: • a válvula que age mecanicamente, restringindo o fluido na tubulação onde se encontra através do deslocamento do obturador; • o atuador que transforma a energia em movimento; • um circuito para controle do atuador otimizando o funcionamento da válvula. Existem muitos tipos de válvulas, sendo que as mais utilizadas são a gaveta, a esfera, o globo e a borboleta. O desempenho de uma válvula depende do obturador e da forma de redução da passagem do fluido caracterizando a vazão. Podemos citar três características de vazão: linear, de abertura rápida e de igual percentagem. 16 17 Figura 15 Fonte: Reprodução As aplicações são infinitas e todos os sistemas que nos rodeiam carregam estas tecnologias. Agora que aprendemos sobre elas, seja curioso e comece a ver o mun- do com outros olhos! 17 UNIDADE Elementos de Comando, Controle e Atuadores Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Livros Sistema automatizado de controle de estufas para cultivo de hortaliças FERNANDES, D. G. Sistema automatizado de controle de estufas para cultivo de hortaliças. 2017. Projeto de um braço robótico utilizando atuadores pneumáticos e elétricos controlados pelo sistema embarcado Arduino MARQUES, P. R. F. Projeto de um braço robótico utilizando atuadores pneumáticos e elétricos controlados pelo sistema embarcado Arduino. 2016. Controle da Planta de Manufatura da SMC via dispositivo remoto com uso da Plataforma Node-RED NEVES, L. R. Controle da Planta de Manufatura da SMC via dispositivo remoto com uso da Plataforma Node-RED. 2019. Controle com Compensação de Zona Morta de um Atuador Pneumático para Posicionamento de um Equipamento para Poda de Árvores. RICHTER, R. M. et. al. Controle com Compensação de Zona Morta de um Atuador Pneumático para Posicionamento de um Equipamento para Poda de Árvores. Proceeding Series of the Brazilian Society of Computational and Applied Mathematics, v. 4, n. 1, 2016. 18 19 Referências AZEVEDO NETTO, J. M. Manual de hidráulica. 8. ed. São Paulo: Edgard Blucher, 2009. BAPTISTA, M.; LARA, M. Fundamentos de engenharia hidráulica. 3. ed. rev. e ampl. Belo Horizonte: UFMG, 2010. BISTAFA, S. R. Mecânica dos fluidos: noções e aplicações. São Paulo: Blucher, 2012. BRUNETTI, F. Mecânica dos fluidos. 2. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009. FERREIRA, J. Apostila de Bombas e sistemas de bombeamento. Rio de Janeiro, 2017. __________. Apostila de sistema de ventilação mecânica, sistema de ar comprimido e sistema óle-hidraulica e pneumática. Rio de Janeiro, 2017. FOX, R. W.; McDONALD, A. T.; PRTICHARD P. J. Introdução à mecânica dos fluidos. 8. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2014. MACINTYRE, A. J. Instalações hidráulicas: prediais e industriais. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2015. SANTOS, S. L. Bombas e instalações hidráulicas. São Paulo: LCTE, 2007. SOUZA, Z. Projeto de máquinas de fluxo: bombas hidráulicas com rotores radiais e axiais. Rio de Janeiro: Interciência, 2011. 19
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