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UNIVERSIDADE BRAZ CUBAS
BACHARELADO EM PSICOLOGIA
JÉSSICA KIMBERLY RODRIGUES DA SILVA, RGM: 30108489
THAIS CRISTINA SANTOS CABRAL, RGM:29077265
DOENÇA DE PARKINSON
MOGI DAS CRUZES
2022
UNIVERSIDADE BRAZ CUBAS
BACHARELADO EM PSICOLOGIA
JÉSSICA KIMBERLY RODRIGUES DA SILVA, RGM:30108489
THAIS CRISTINA SANTOS CABRAL, RGM:29077265
DOENÇA DE PARKINSON
Trabalho da disciplina Base Biológica, ministrada pela professora Sheila, da graduação de Psicologia da universidade Braz Cubas .
MOGI DAS CRUZES
2022
Resumo
Na época atual o brasil passa pela por uma mudança de perfil epidemiológico, onde a população está envelhecendo. Portanto com o aumento da população idosa, amplia-se também o número de doenças Crônicas associadas ao envelhecimento, dentre elas a Doença de Parkinson (DP), que é definida Como uma doença degenerativa primária localizada na substância negra compacta onde é sintetizada A dopamina. Apesar de vários avanços relacionados ao tratamento da DP, sua cura ainda não foi encontrada, portanto todos os tratamentos existentes visam o controle dos sintomas com o objetivo De manter o portador com o máximo de autonomia independência funcional possível, Proporcionando assim uma melhor qualidade de vida. Vários tipos de tratamento são indicado Como objetivo analisar quais os tratamentos mais utilizados na DP, e qual o seu impacto na vida dos Seus portadores, por meio de uma Pesquisa Bibliográfica, descritiva e retrospectiva dos últimos vinte Anos (1990 a 2011) relacionado à DP e seu tratamento. Foi realizado um levantamento nas bases de Dados como Lilacs (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), Scielo (Scientific Electronic Library Online) e Medline (Literatura Internacional em Ciência da Saúde), sendo utilizados Materiais nas línguas portuguesa, inglesa e espanhola. Os termos usados na busca foram: Doença De Parkinson, tratamento, fisioterapia, atendimento domiciliar, o trabalho mostrou que é primordial que o portador de DP seja tratado de maneira integral, sendo de extrema importância a atuação de uma equipe Multiprofissional 
Palavras-chave: Doença de Parkinson, tratamento, fisioterapia.
Sumário
1. Introdução.......................................................................... 5
2. Doença de Parkinson........................................................ 6
2.1 Causa da (DP)......................................................................8
2.2 Sintomas..............................................................................9
2.3 Diagnóstico..........................................................................11
2.4 Exames................................................................................12
2.5 Tratamento............................................................................13
3. Fisiopatologia......................................................................15
4. Epidemiologia......................................................................16
5. Transtornos..........................................................................17
6. Conclusão............................................................................19
Referência
Introdução
A Doença de Parkinson é uma doença degenerativa do sistema nervoso central, crônica e progressiva. É causada por uma diminuição intensa da produção de dopamina, que é um neurotransmissor (substância química que ajuda na transmissão de mensagens entre as células nervosas).
A Doença de Parkinson (DP) é uma progressiva desorganização Neurodegenerativa, caracterizada pela perda contínua de neurônios dopaminérgicos (DA) na parte compacta da substância negra do mesencéfalo, região localizada na Porção superior do tronco encefálico, resultando na depleção de dopamina na via Nigroestriatal. É a segunda doença neurodegenerativa mais frequente entre as Pessoas idosas, ficando atrás somente da doença de Alzheimer. O resultado da morte Neural promove as características básicas dos pacientes portadores dessa síndrome, Os exemplos mais frequentes são: alterações de movimento que causam tremores, Acinesia e/ou hipocinesia, rigidez muscular, desequilíbrio, instabilidade postural e Marcha em festinação. Além dos sinais motores, a DP apresenta sinais não motores, Como: alterações neuro. Comportamento .
Conforme a doença de Parkinson avança, ela se torna cada vez mais incapacitante, tornando difícil ou impossível a realização de atividades diárias simples, como tomar banho ou se vestir. Muitos dos sintomas da doença de Parkinson envolvem o controle motor, a capacidade de controlar seus músculos e movimento.
Devido ao aumento da sobrevida da nossa população e, com isso, à maior prevalência de doenças degenerativas, é fundamental que o clínico saiba reconhecer os sintomas dessa doença e que tenha familiaridade com o tratamento para permitir uma melhor qualidade de vida ao paciente.
 
Doença de Parkinson
A doença de Parkinson (DP) foi descrita pela primeira vez por James Parkinson em 1817 e foi denominada como paralisia agitante (shaking palsy) (DORETO, 1998). É definida como uma patologia degenerativa primária, localizada .Na substância negra compacta, onde é sintetizada a dopamina; possui evolução Crônica e progressiva sendo composta por vários sinais e sintomas basicamente Relacionados a desordens motoras. A DP também pode ser secundária a outras Doenças neurológicas, como por exemplo, encefalite letárgica ou doença de Alzheimer, nestes casos recebe o nome de Síndrome de Parkinson (STOKES, 2000).
Esta doença está associada à degeneração dos neurônios Responsáveis pela produção de dopamina, que tem seus corpos celulares na Substância negra compacta e enviam seus axônios para os núcleos da base. A Perda de células da substância negra é mais prevalente no grupo celular ventral e a Perda de neurônios que contêm melanina produz alterações características de Despigmentação. À medida que a doença progride e os neurônios se degeneram, Eles desenvolvem corpos citoplasmáticos inclusos, os corpos de Lewis (O´SULLIVAN; SHIMITZ, 1993). 
Para que os sinais clínicos da doença se tornem evidentes é Necessário que haja perda de pelo menos 80% dos neurônios dopaminérgicos na Substância negra e o mesmo grau de depleção de dopamina no corpo estriado (NATIONAL PARKINSON FOUDATION, 2008).
A prevalência da DP é estimada em cem a duzentos casos para Cada cem mil pessoas (TEXEIRA; CARDOSO, 2004). Atualmente atinge 1% dos Americanos acima de 50 anos de idade e vem somando 50 mil novos casos por ano. Estima-se uma incidência de 1/400 para a população como um todo e 1/200 para a População a partir de 40 anos de idade. As porcentagens variam de país para país, Mas acredita-se que estas variações não possuem relação com diferenças étnicas e/ou geográficas. No Brasil, estudos recentes mostram que 3,4 % da população acima de 64 anos de idade têm DP (AZEVEDO; CARDOSO, 2009).
A doença de Parkinson é marcada pela degeneração progressiva dos neurônios produtores do neurotransmissor dopamina, intimamente relacionados ao domínio sobre os movimentos do corpo. Esse processo de destruição das células nervosas ocorre em vários cantos do cérebro e gera, na maioria das vezes, sintomas como rigidez muscular e tremores involuntários.
A doença de Parkinson é uma condição progressiva do sistema nervoso central que atinge 1 a 2% da população mundial acima dos 65 anos e aumenta com a idade segundo a Organização mundial da Saúde (OMS). No Brasil existem ao redor de 200 mil pessoas com o diagnóstico de doença de Parkinson de acordo com o Ministério da Saúde. Apesar de ser mais comum após os 65 anos, existem sim pessoas diagnosticadas com a doença em faixa etárias mais jovens. Estima-se que 4% dos parkinsonianos são diagnosticados antes do 50 anos.
A doença de Parkinson é uma doença neurológica crônica e lentamente progressiva, associada à perda de células cerebrais (neurônios) produtoras de um neurotransmissor chamado dopamina. Assim ocorre a consequente diminuiçãoda produção de dopamina (um neurotransmissor que atua no controle das mensagens entre regiões do cérebro que, em conjunto controlam os movimentos e a coordenação no corpo). Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), cerca de 1 a 2% da população mundial acima dos 65 anos sofre com a doença. A sua prevalência (porcentagem de pessoas que apresentam a doença na população). No Brasil, o Ministério da Saúde estima que existem mais de 200 mil casos de Parkinson e mais de 1,5 milhão de profissionais, amigos e familiares que convivem com a dura rotina dos pacientes acometidos pela doença.
Diversos estudos mostram que o número de pessoas com Parkinson deve crescer significativamente nos próximos anos, no Brasil e no mundo. A principal causa se concentra no substancial aumento da expectativa de vida e consequente envelhecimento geral da população. Com cada vez mais pessoas com mais idade na população, aumenta o número de pessoas que pode desenvolver a doença. No entanto, estudos e especialistas chamam a atenção para o fato de que houve, nos últimos anos, significativa melhora na qualidade de vida e na longevidade das pessoas que sofrem com a doença. Ou seja, os parkinsonianos vivam mais e bem melhor que antes, consequente ao avanço dos diferentes tratamentos em diferentes modalidades de combate aos sintomas da doença. Em geral, o Parkinson é duas vezes mais frequente em homens do que as mulheres.
Causa da doença de Parkinson
A causa da Doença de Parkinson (antigamente chamada de Mal de Parkinson) não é completamente conhecida. Normalmente, certas células nervosas (neurônios) no cérebro produzem uma substância química chamada dopamina, que ajuda a controlar os movimentos. Em pessoas com DP, esses neurônios degeneram lentamente e perdem a capacidade de produzir dopamina. Como resultado, os sintomas da DP se desenvolvem gradualmente e tendem a se tornar mais graves com o tempo. Não está claro como ou por que esses neurônios param de funcionar corretamente.
Aproximadamente 10 a 15% das pessoas com DP têm pelo menos um parente de primeiro grau (pai ou irmão) com a doença. A doença parece ser transmitida de membros da família em apenas um pequeno número de casos. Em pessoas mais jovens (aquelas diagnosticadas antes dos 50 anos), as mutações genéticas podem desempenhar um papel. A maioria dos especialistas em distúrbios do movimento pensa que a Doença de Parkinson é devido a uma combinação complexa de genes e causas ambientais.
A Doença de Parkinson é mais comum em pessoas com mais de 50 anos e estima-se que aproximadamente 1 por cento das pessoas com mais de 60 anos tenham DP. Mais homens do que mulheres parecem ter DP, embora mais estudos sejam necessários para confirmar isso.
Sintomas
Os primeiros sintomas do Parkinson costumam ser sutis e surgem gradualmente, podendo passar despercebidos por muito tempo e até serem considerados traços característicos do envelhecimento, o que acaba por dificultar a identificação pelo paciente ou membros da família.
 Em geral, entes próximos que ficam mais tempo sem ver a pessoa, notam mais facilmente as alterações o diagnóstico assertivo da doença.Muitas pessoas acreditam que os sintomas da doença de Parkinson se limitam ao tremor, principalmente por ser uma característica marcante da doença.
O sintoma principal do Parkinson, mais marcante, é a lentidão dos movimentos - a pessoa passa a ter lentidão para movimentar os braços, caminhar, levantar da cadeira, a voz também fica diferente. Além disso, também existe a rigidez muscular, o desequilíbrio e o sintoma mais famoso, que todo mundo associa ao Parkinson: tremor nos braços.
"Não é obrigatório que exista o tremor, embora a gente saiba que esse sintoma apareça em cerca de 70%, 80% dos indivíduos com Parkinson", completa o neurologista. Ele pode ser um primeiro sintoma, mas, isoladamente, o tremor não necessariamente significa doença de Parkinson. "É preciso ter o tremor associado a, por exemplo, uma grande lentidão na realização dos movimentos".
Com isso, o trato intestinal costuma se tornar mais lento preguiçoso resultando em desconforto no abdome e redução na frequência de evacuações comumente tratado como “intestino preso”. Algumas medicações podem ainda agravar essa situação, por isso deve ser sempre falado com o médico.
É importante frisar que o funcionamento do intestino de um parkinsoniano não precisa ser diário, mas é importante que siga uma dieta equilibrada, com bastante líquido para que, assim, consiga garantir conforto e bem-estar.
Diagnóstico do Parkinson
O diagnóstico do mal de Parkinson, principalmente em seu início, pode ser um desafio em alguns casos até mesmo para os especialistas na área, e frequentemente costumam exigir mais de uma consulta ao neurologista.
Até os dias de hoje não existe um exame único capaz de diagnosticar sozinho o Parkinson, fazendo com que muitos pacientes passem meses e até anos sem receber o devido diagnóstico e, por isso, seguem com os sintomas, porém, sem o tratamento adequado. Por isso é importante procurar um especialista em Parkinson em caso de dúvida.
O diagnóstico da doença de Parkinson se inicia com avaliação neurológica feita em consultório, quando se destaca pelo menos três de quatro sinais: presença de tremores, rigidez nas pernas, braços e tronco, lentidão e diminuição dos movimentos e instabilidade na postura.
Nem todos os sintomas precisam ser constatados para se suspeitar do Parkinson. Mesmo sintomas leves podem ser evidentes aos olhos de um especialista em Parkinson. Além disso, o neurologista prescreve a medicação específica e havendo melhora significativa o diagnóstico é reafirmado. Mesmo assim para a confirmação final do diagnóstico de Parkinson pode levar até alguns anos e admite-se que após toda a constatação dos sintomas ainda assim se espera até 5 anos desde o início dos sintomas para finalizar o diagnóstico.
Em geral, a confirmação ocorre na grande maioria dos casos, e por isso o diagnóstico é refirmado logo nas primeiras visitas ao medico. A preocupação existe pois há diversas doenças que parecem a doença de Parkinson mas exibem sintomas um pouco diferentes. Tais doenças são chamados de Parkinsonismos ou síndrome parkinsoniana.
Exames
Em alguns casos, quando necessário, o neurologista pode indicar o uso de levodopa (medicação utilizada como material prima para a fabricação da dopamina pelo cérebro). Quando os sintomas melhoram com o uso desse medicamento é quase certo o diagnóstico do Parkinson, pois outras doenças que também exibem esse efeito à levodopa são bem mais raras que a Doença de Parkinson. Caso ainda haja dúvidas se o paciente possui a doença de Parkinson ou algum outro tipo de parkinsonismo (doenças com sintomas semelhantes ao Parkinson, mas com evolução e tratamentos distintos), existem três exames de imagem que auxiliam no diagnóstico assertivo:
A ultrassonografia transcraniana é um exame de ultrassom aplicado através do crânio, sem necessidade de contrastes, que mostra mudança de cor (ecogenicidade) de uma parte do cérebro chamada da substancia negra, a região do cérebro que mais produz dopamina. A modificação em sua ecogenicidade corresponde as alterações degenerativas nesta região, ou seja perda das células dopaminérgicas e consequentemente redução da dopamina cerebral, um dos mecanismos presentes na doença de Parkinson. Auxilia no diagnóstico, quando há dúvidas quanto a síndrome parkinsoniana.
A cintilografia cerebral (com TRODAT), aponta a quantidade de dopamina no estriado, região do cérebro que recebe a dopamina que é fabricada na substância negra. Neste exame se injeta uma substancia radioativa (mínima radioatividade não prejudicial a saúde) para demarcar a quantidade de dopamina, ou seja, quando está diminuída o diagnóstico é mais provável.
A ressonância magnética do encéfalo por muitos anos apenas auxiliava em detectar sinais de outras doenças que não a própria doença de Parkinson, ou seja, era utilizada para excluir outros diagnósticos. Com o desenvolvimento de novas técnicas e sequências de ressonância,atualmente podem ser evidenciadas alterações na substância negra descrita como perda do “sinal da cauda da andorinha
Tratamento da doença de Parkinson
Embora ainda não exista cura para a doença de Parkinson, com o uso de medicação e técnicas de reabilitação é possível controlar os sintomas e também retardar o seu progresso, melhorando significativamente a qualidade de vida dos pacientes. O uso de medicação pode controlar os sintomas por vários anos. Porém, com o avanço da doença, estes sintomas ficam mais fortes e respondem menos às drogas disponíveis, mesmo com dosagens maiores.
Com isso, muitas vezes os efeitos colaterais, como movimentos involuntários, se tornam tão ou mais incapacitantes do que os sintomas primários da doença. Além das medicações, há uma série de terapias complementares fundamentais para controlar os avanços da doença e garantir a independência do paciente por mais tempo. A fisioterapia ajuda a conservar a força e a flexibilidade dos músculos, melhora a mobilidade e alivia eventuais dores no corpo.
Os diferentes tratamentos para a doença de Parkinson podem ser feitos com medicamentos, reabilitação e cirurgia. Em muitos casos é aconselhável a união dos três. Vejamos:
1 -Tratamento Medicamentoso
Grande parte dos sintomas do Parkinson são provocados pela falta de dopamina no cérebro. Portanto, muitas medicações têm o objetivo de reproduzir os efeitos desse neurotransmissor, reduzindo o tremor, a rigidez muscular e melhorando a capacidade de coordenação de movimentos.
Esses medicamentos costumam apresentar ótimos resultados conseguindo controlar os sintomas por anos. No entanto, com o passar do tempo, é necessário ajustar a medicação e até associar novas drogas para manter os mesmos efeitos.
Em outras palavras, é importante que o tratamento medicamentoso seja regularmente revisado pelo neurologista responsável para que o paciente mantenha sua qualidade de vida.
Existem diversas medicações disponíveis no Brasil que podem ser prescritos rotineiramente. As medicações tem tanto semelhanças como diferenças entre si e podem ser utilizadas tanto sozinhas (monoterapia) como em conjunto (politerapia). Os especialistas tem conhecimento e experiência para compor uma prescrição em que um medicamento tem melhor efeito determinados sintomas e frequentemente são utilizados em conjunto pois se complementam.
Existem algumas regras gerais para o uso de medicamentos no tratamento da doença de Parkinson, veja abaixo:
Horários: respeitar os horários das tomadas de cada medicação indicados pelo médico, Isso pode fazer toda a diferença na melhora dos sintomas. Se os horários propostos pelo médico não se encaixarem em sua rotina de vida, você deve falar com o médico durante a consulta de acompanhamento e alternativas devem ser propostas.
Alimentação: observe se a medicação pode ou não ser ingerida juntamente com alimentos. Muitos medicamentos devem ser ingeridos durante as refeições, outros não. Por exemplo o Levodopa (Prolopa), um dos medicamentos mais utilizados no tratamento da doença de Parkinson não deve ser ingerido com alimentos. Ao contrário, deve ser sempre ingerido com estômago vazio, pois assim é absorvido mais facilmente e terá mais efeito.
Substituição de medicamentos: Nem sempre medicações com nomes parecidos tem efeitos semelhantes, assim na falta de medicações, sempre consulte o médico qual medicação poderia substituir a que está em falta.
Efeitos esperados: converse com o médico e pergunte quais os efeitos esperados de cada medicação e porque está sendo prescrita naquela dose e horário. Frequentemente o paciente ou cuidador atribui um efeito a certo medicamento que não necessariamente ocorre. É importante saber os efeitos benéficos esperados e saber que também podem ocorrer efeitos incomuns. Sempre pergunte a seu médico.
Efeitos adversos ou colaterais: Os medicamentos podem ter efeitos indesejáveis, mas na maior parte das vezes pode ser evitados ou reduzidos. Mas para isso o médico deve sempre ser consultado, pois nem sempre o efeito que ocorre é relacionado a determinado medicamento. A bula também pode ser consultada, mas é importante sabermos que os efeitos mais raros e graves são listados ao lado de efeitos leves e comuns, muitas vezes sem que seja feita essa distinção.
Medicamentos complementares: no tratamento da doença de Parkinson diversos medicamentos tem efeito de potencializar outro, ou seja, quanto tomados ao mesmo tempo o efeito é maior e mais prolongado. Um exemplo disso são o Levodopa e Entacapone que na maior parte das vezes devem ser ingeridos ao mesmo tempo para que o efeito do prolopa fique maior e mais prolongado.
Intervalos: em geral os medicamentos no tratamento de doença de Parkinson devem ser ingeridos durante o dia, salvo quando orientado especificamente para serem tomados a noite. Assim, estes são sempre passados, por exemplo, 4x dia com intervalos de 4 horas, diferente de outros medicamentos como antibióticos que são prescritos, por exemplo, 6/6 horas, ou seja, alguns dos horários pode coincidir com horários de tarde da noite ou madrugada.
Fisiopatologia
A doença de Parkinson está associada à morte de neurônios dopaminérgicos presentes na região compacta da substância negra, ocorrendo uma diminuição da quantidade de dopamina. Tal fato compromete os movimentos realizados pelo indivíduo acometido, uma vez que ocorrem alterações nos circuitos dos núcleos da base, mais especificamente na via nigroestrial. Nesse contexto, essas modificações fisiopatológicas estão relacionadas aos sintomas motores observados nessa doença.
Além disso, na doença de Parkinson, pode-se observar um acúmulo de proteína alfassinucleína no tecido neuronal, caracterizando o surgimento de corpos de Lewi. Tais componentes se espalham de forma lenta e progressiva, causando danos e morte neuronais e, consequentemente, ocasionando a perda de neurônios dopaminérgicos, fato que promove alterações no movimento. 
Acredita-se que alguns fatores estão relacionados à ocorrência de doença de Parkinson, como predisposição genética, contato com neurotoxinas ambientais, estresse oxidativo, anormalidades mitocondriais e excitotoxicidade.
Epidemiologia
A Doença de Parkinson é uma doença neurodegenerativa mais comum no mundo, ficando atrás da doença de Alzheimer, tem prevalência em países industrializados variando entre 0-3% de toda a população e entre pessoas acima de 60 anos é de aproximadamente 1%. A prevalência varia entre 167-5.703 casos por 100.000 em relação a grupos de pessoas acima de 60 anos. Em casos de doença da população em geral uma prevalência variada entre 31-970 casos por 100.000, como doenças de doença notificadas de 16-19 por 100.000 pessoas/ano.
A incidência aumenta após os 60 anos, e estudos feitos somente com essa população uma deficiência de 410-529 casos por 100.00000 pessoas/ano, podendo ter um declínio nas faixas etárias próximas aos 80 anos, o que pode ser explicado pela dificuldade dos indivíduos compras propriedades devidas às comorbidades. Calcula-se o índice de envelhecimento, ou seja, a relação existente entre os idosos e a população de jovens do Brasil, passe de 34,05% para 206,16% em 2060, assim essas doenças serão mais visíveis.
A depressão na doença de Parkinson
 Quadros de depressão e ansiedade são extremamente comuns em pacientes com doenças crônicas. Em parkinsonianos, transtornos mentais são ainda mais recorrentes. Estima-se que a depressão, isoladamente, é a alteração não-motora mais comum na doença de Parkinson, presente em quase 50% dos pacientes. Quando não tratada, ela chega a intensificar os outros sintomas da doença, além de comprometer a capacidade cognitiva e, consequentemente, piorar a qualidade de vida.
Embora muitos pacientes de Parkinson fiquem tristes, a depressão que os acomete é provocada por alterações químicas no cérebro, que ocorrem simultaneamente à doença. Isto está comprovado porque há evidências de que a depressão, em alguns casos, precede as manifestações motoras da doença; pela alta prevalência de casos de depressãoem pacientes de Parkinson quando comparado à incidência em pacientes de outras doenças crônicas e, por fim, pela falta de correlação entre o quadro depressivo e a gravidade dos sintomas do Parkinson. A depressão pode, num certo ponto, ser considerada parte da doença de Parkinson. O cérebro do parkinsoniano tem alterações nas áreas que produzem dopamina, serotonina e noradrenalina, substâncias diretamente relacionadas ao humor, à energia, ao bem-estar.
· A depressão em pacientes com Parkinson pode apresentar características diferentes da depressão na população geral. Um exemplo disso é: evidências indicam que pacientes com Parkinson têm menor risco de suicídio;
· Os sintomas depressivos podem se manifestar apenas nos momentos de menor efeito da terapia dopaminérgica. Nesses casos, o tratamento deve priorizar a otimização da terapia (levodopa, agonista dopaminérgico);
· Sintomas psicóticos estão mais associados a distúrbios cognitivos da doença de Parkinson do que a quadros depressivos graves;
· Em casos mais graves de depressão, os antidepressivos mais eficazes são os tricíclicos (desipramina e nortriptilina) e os inibidores seletivos de recaptação de serotonina (citalopram e paroxetina), em combinação com terapia cognitivo-comportamental.
· Em casos menos graves, sugere-se apenas a terapia cognitivo-comportamental.
· Em casos refratários, a eletroconvulsoterapia pode ser considerada
· Os principais transtornos descritos são jogo patológico, compra compulsiva, hipertextualidade (obsessão incontrolável por sexo) e o comer compulsivo. Também são comuns comportamentos repetitivos, o colecionar objetos e a síndrome de desregulação dopaminérgica (quando o paciente deseja doses extras da medicação desnecessariamente).
· O principal fator de risco para o transtorno do controle do impulso é o uso prolongado de medicações como levodopa e agonistas dopaminérgicos. Outros fatores que pré-dispõem o transtorno são ser do sexo masculino, a presença de impulsividade exacerbada, quadros de depressão, início precoce da doença de Parkinson e pré-existência de transtorno do controle do impulso e personalidade com tendência à busca por novidade.
· O transtorno do controle do impulso na doença de Parkinson se manifesta de diversas maneiras. Em 5% dos pacientes é observado jogo patológico, hipertextualidade em 3%, compra compulsiva em 5,7% e comer compulsivo em 4,3%. Também foi observado que 3,9% dos pacientes apresentavam duas ou mais manifestações associadas.
· É indicado que o médico neurologista investigue a predisposição à impulsividade, já que há possibilidade de o tratamento dopaminérgico desencadear o transtorno do controle do impulso em pacientes de Parkinson. E, é recomendado que a entrevista com o médico seja realizada na presença de um acompanhante. Isto porque existe uma dificuldade de alguns pacientes em reconhecer o comportamento compulsivo como alterado e, possivelmente, patológico. Muitos também podem tentar omitir a informação.
Ansiedade é um termo genérico para designar vários tipos de síndromes. Quando a ansiedade está associada à Doença de Parkinson, pode-se apresentar por ataque de pânico, agorafobia sem pânico, ansiedade generalizada, fobia específica, fobia social. É possível que o transtorno de ansiedade tenha alguma relevância com o perfil de personalidade do paciente, e após o aparecimento dos sintomas da Doença de Parkinson, especialmente da forma de tremor, o paciente aumente seus sintomas ansiosos em graus variáveis de acordo com sua personalidade. O fato de se tornarem o centro das atenções por uma causa negativa, pode ser o fator intensificador do tremor, mesmo medicada; em outro momento de tranquilidade o tremor pode diminuir ou parar com a medicação.
Conclusão
Sendo assim podemos concluir que , a doença de Parkinson é uma trajetória da cronicidade , de convivência com a doença é um processo de vida reiniciando num ponto de corte . Do choque do impacto de saber – se portadora de doença crônica até o ter de aceitar e conviver com a condição de cronicidade por toda a vida .A (DP) é uma patologia progressiva, sendo um dos distúrbios motores mais Prevalentes entre os idosos é caracterizada por tremor ao repouso, rigidez, bradicinesia e Instabilidade postural o fenômeno do congelamento, aliado a perda dos reflexos posturais são arrasador.
Afinal podemos dizer que A Doença de Parkinson é crónica e incapacitante. O diagnóstico precoce é importante porque, apesar de ainda não existir cura, há medicação potencialmente eficaz no controlo dos sintomas sobretudo se combinada com dieta equilibrada e exercício físico adaptado.
Referência
SANTOS, Vanessa Sardinha dos. “Doença de Parkinson”; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/doencas/doenca-de-parkinson.htm. Acesso em 9 de maio de 2022
 FONTENELE,Ivna Vasconcelos de Oliveira. “Definição e epidemiologia”; Sanar. Disponível em :https://www.sanarmed.com/resumo-de-doenca-de-parkinson-ligas. Acesso em 9 de maio de 2022
MOREIRA, Renata Postel , GAION, João Pedro de Barros Fernandes. “Parkinson: conheça mais sobre esta doença que vai além dos tremores”; infomasus. Disponível em : https://www.informasus.ufscar.br/parkinson-conheca-mais-sobre-esta-doenca-que-vai-alem-dos-tremores/ . Acesso em 9 de maio de 2022
 FONOFF, Dr. Erich .”Doença de Parkinson”; Erich FONOFF. Disponível em : https://www.erichfonoff.com.br/doenca-de-parkinson/. Acesso em 9 de maio de 2022
MOREIRA,Diego Marques. “Mal de Parkinson”. Info Escola. Disponível em :https://www.infoescola.com/doencas/mal-de-parkinson/amp/. Acesso em 9 de Maio de 2022.
FONOFF, Erich.” A depressão na doença de Parkinson”. Erich FONOFF. Disponível em : https://www.erichfonoff.com.br/depressao-na-doenca-de-parkinson/#:~:text=J%C3%A1%20em%20pacientes%20de%20Parkinson,des%C3%A2nimo%20e%20apatia%20se%20instalem. Acesso em 9 de Maio de 2022
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