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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
MEDIDAS ADMINISTRATIVAS, PENALIDADES E CRIMES
Livro Eletrônico
PRESIDENTE: Gabriel Granjeiro
VICE-PRESIDENTE: Rodrigo Teles Calado
COORDENADORA PEDAGÓGICA: Élica Lopes
ASSISTENTES PEDAGÓGICAS: Francineide Fontana, Kamilla Fernandes e Larissa Carvalho
SUPERVISORA DE PRODUÇÃO: Emanuelle Alves Melo
ASSISTENTES DE PRODUÇÃO: Giulia Batelli, Jéssica Sousa, Juliane Fenícia de Castro e Thaylinne Gomes Lima
REVISOR: Nathália Souza Medeiros Rodrigues
DIAGRAMADOR: Charles Maia da Silva
CAPA: Washington Nunes Chaves
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ser fotocopiada, gravada, reproduzida ou armazenada em um sistema de recupe ração de informações ou transmitida 
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autorais e do editor.
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ESTÊVÃO GONÇALO
Bacharel em Ciências Econômicas, Agente de 
Trânsito Rodoviário do DER/DF desde 2012 e 
Instrutor de Trânsito. Certificado em Identifica-
ção Veicular e Documental e Gestão de Trânsito. 
Ministra, dentro do DER/DF, capacitação para 
fiscalização de pesos e dimensões de veículos 
de transporte de carga.
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Medidas Administrativas, Penalidades e Crimes
Prof. Estevão Gonçalo
SUMÁRIO
Penalidades ...............................................................................................5
Penalidades ...............................................................................................5
Medidas Administrativas ............................................................................10
Processo Administrativo .............................................................................14
Crimes de Trânsito ....................................................................................18
Disposições Finais .....................................................................................28
Resumo ...................................................................................................35
Questões de Concurso ...............................................................................40
Gabarito ..................................................................................................52
Gabarito Comentado .................................................................................53
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Medidas Administrativas, Penalidades e Crimes
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PENALIDADES
Seja bem-vindo(a) de volta, já superamos mais da metade do nosso mate-
rial do Código de Trânsito, agora vamos ver o restante do CTB, até o final, vou 
separar a aula pelos capítulos como havia feito anteriormente e lembrando que, 
mesmo sendo um pouco mais cansativo, a leitura do Código continua sendo im-
portante.
Sobre as resoluções, aqui caberia uma sobre o processo de suspensão e cas-
sação, mas também é um pouco extensa, então vou guardar para a próxima aula, 
junto com as demais.
Penalidades
1. A autoridade de trânsito (dentro de suas competências e circunscrição) apli-
cará as seguintes penalidades:
• Advertência;
• Multa;
• Suspensão do direito de dirigir;
• Cassação da CNH;
• Cassação da PPD.
• Frequência obrigatória em curso de reciclagem.
Veja que compete somente à autoridade de trânsito, ou seja, ao Diretor Geral 
do órgão aplicador da sanção. A aplicação das penalidades não dispensa as puni-
ções de ilícitos penais dos crimes de trânsito e, por fim, a imposição das penalida-
des deverá ser comunicada aos órgãos ou entidades executivos de trânsito.
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1.1. As penalidades poderão ser impostas ao condutor, proprietário, embarca-
dor e transportador, nas seguintes formas:
Condutor: responsável pelas infrações decorrentes de atos praticados na dire-
ção do veículo.
Proprietário: responsabilidade pelas infrações relativas à regularização do veí-
culo, suas condições para circulação e à habilitação compatível dos condutores.
Embarcador: este será responsabilizado quando houver excesso de peso nos 
veículos de carga quando for único remetente da carga e peso na nota fiscal for 
menor que o aferido em balança.
Transportador: será responsável quando houver vários embarcadores dife-
rentes e a soma das notas der excesso de peso.
Embarcador e transportador: a responsabilidade será solidária quando hou-
ver a nota fiscal de um único embarcador e com excesso de peso.
Uma maneira de entender a relação entre embarcador e transportador é enten-
der quando um está “enganando” o outro. Veja que quando somente um é respon-
sabilizado, não teria como o outro saber previamente do excesso. E quando a res-
ponsabilidade for solidária a ambos, quer dizer que os dois eram aptos a perceber 
o excesso de peso.
1.2. Quando não for possível identificar o infrator, o principal condutor ou 
o proprietário do veículo, será dado um prazo de 15 dias após a notificação de 
autuação para apresentação, na forma definida pelo CONTRAN.
Caso a identificação não ocorra dentro do prazo e o veículo seja de pessoa jurí-
dica (pertencente a algum tipo de empresa), será expedida nova multa adicional, 
sendo que o valor será multiplicado pelo número de infrações iguais cometidas no 
período de 12 meses.
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2. Sobre o principal condutor, o tema foi incluído por lei em 2017, então está 
quentinho, bom de cair em prova. Admite-se, hoje, a indicação, pelo proprietário, 
ao órgão executivo de trânsito (Detran), o principal condutor que terá seu nome 
inscrito no RENAVAM (registro de veículos).
2.1. O principal condutor será excluído do RENAVAM:
• Quando houver transferência de propriedade;
• Mediante requerimento próprio ou do proprietário;
• A partir da indicação de outro principal condutor.
3. As multas classificam-se, de acordo com a sua gravidade, em quatro catego-
rias, têm punição os respectivos valores e são computados os seguintes números 
de pontos:
Gravíssima: valor de R$ 293,47 e SETE pontos.
Grave: valor de R$ 195,23 e CINCO pontos.
Média: valor de R$ 130,16 e QUATRO pontos.
Leve: valor de R$ 88,38 e TRÊS pontos.
Acredito que decorar o valor das multas não é tão importante quanto a pontua-
ção, mas também não são números difíceis. Lembrando que se admite o uso de 
fatores multiplicadores específicos, neste caso, a multa é considerada agrava-
da (por exemplo, a multa do art. 165 é gravíssima x10, ou seja, R$ 2.934,70).
Sobre a pontuação, não se perde pontos, estes são somados ao prontuário do 
infrator. Não se esqueça que a pontuação acompanhará a respectiva responsabili-
zação, conforme mostrei logo antes. Se as infrações forem cometidas por passa-
geiros de transporte rodoviário intermunicipal, interestadual ou internacional, não 
se aplicará a pontuação ao motorista identificado, salvo quanto ao uso do cinto de 
segurança.
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4. Ao órgão com circunscrição sobre a via onde ocorrera infração cabe a im-
posição e arrecadação das multas. Quando o veículo for registrado em Unidade 
da Federação (UF) distinta da em que se cometeu a infração, o órgão responsável 
por seu licenciamento poderá ser comunicado, que emitirá a notificação, na forma 
estabelecida pelo CONTRAN. Para veículos licenciados no exterior, é obrigatória a 
quitação antes da saída do Brasil, como vimos na segunda aula.
5. Suspensão do direito de dirigir aplica-se quando o infrator atingir 20 
pontos no período de 12 meses ou quando a infração já prever esta penalidade 
especificamente (vimos todas separadamente na aula sobre infrações).
5.1. Prazos de suspensão por pontuação:
De 6 meses a 1 ano.
Havendo reincidência no intervalo de 12 meses, de 8 meses a 2 anos.
Exemplo: condutor atingiu 22 pontos em 12 meses, suspensão no intervalo de 6 
meses a 1 ano.
5.2. Prazos de suspensão por infração específica:
De 2 meses a 8 meses.
Havendo reincidência no período de 12 meses, de 8 meses a 18 meses (um 
ano e meio).
Se a infração definir período específico, vale o estabelecido por esta.
Exemplo: infração do art. 165 (embriaguez), suspensão por 12 meses, período 
definido pela própria tipificação.
Exemplo 2: infração do art. 173 (corrida), suspensão de 2 a 8 meses.
5.3. Condutor habilitado nas categorias C, D ou E que exerçam atividade re-
munerada poderá, ao atingir 14 pontos no período de 1 ano, optar por participar 
de curso preventivo de reciclagem para eliminar a pontuação atribuída. Após a 
reciclagem, o condutor não poderá fazer novo curso no intervalo de 12 meses.
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5.4. Pessoa Jurídica que seja concessionária ou permissionária de serviço públi-
co tem o direito de ser informada sobre a pontuação por multa de seus motoristas 
que exerçam atividade remunerada, na forma estabelecida pelo CONTRAN, o as-
sunto ainda não foi regulamentado.
5.5. Quando a suspensão ocorrer por infração que a preveja como penalidade 
vinculada, o processo de suspensão deverá ser iniciado juntamente com a aplica-
ção da penalidade multa.
6. A cassação da habilitação ocorrerá:
• Quando, suspenso o direito de dirigir, o infrator conduzir qualquer veículo;
• No caso de reincidências, no prazo de 12 meses, das infrações previstas no 
inciso III do art. 162 e nos arts. 163, 164, 165, 173, 174, 175;
• Quando condenado judicialmente por delito de trânsito.
6.1. Caso a habilitação seja expedida de maneira irregular, a autoridade promo-
verá seu cancelamento.
6.2. Após o intervalo de 2 anos de cassação da habilitação, poderá ser reque-
rida a reabilitação, sendo necessária a realização de todos os exames necessários 
à habilitação.
7. É assegurada, tanto para a cassação quanto a suspensão do direito de dirigir, 
a ampla defesa no processo administrativo interposto pela autoridade.
8. A advertência por escrito poderá ser imposta em substituição à multa quando 
a autoridade entender esta como mais educativa, respeitados os seguintes critérios:
• Infração de natureza leve ou média;
• Não ser o infrator reincidente na mesma infração nos últimos 12 meses;
• Deverá ser considerado o prontuário do condutor pela autoridade.
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Veja que a advertência não é ato vinculado, fica a critério da autoridade de trân-
sito. Pode-se aplicar esta medida aos pedestres e a multa pode ser transformada 
em participação do infrator em cursos de segurança viária.
9. O infrator será submetido a curso de reciclagem:
• Quando for contumaz (insistente, repetitivo), para a sua reeducação.
• Pela suspensão do direito de dirigir.
• Quando se envolver em acidente grave para o qual haja contribuído indepen-
dentemente de processo judicial.
• Quando condenado judicialmente por delito de trânsito.
• A qualquer tempo, se constatado que o condutor coloca em risco a segurança 
do trânsito.
• Outras situações definidas pelo CONTRAN.
Medidas Administrativas
10. A autoridade ou seus agentes, dentro de suas competências e circunscrição, 
deverão adotar as seguintes medidas administrativas:
• Retenção do veículo;
• Remoção do veículo;
• Recolhimento da CNH;
• Recolhimento do Certificado de Registro;
• Recolhimento do CLA (CRLV);
• Transbordo do excesso de carga;
• Realização de teste de dosagem de alcoolemia ou perícia de substância 
entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica;
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• Recolhimento de animais que se encontrem soltos nas vias e na faixa de 
domínio das vias. (A restituição do animal ocorrerá somente mediante paga-
mento de multas e encargos devidos);
• Realização de exames de aptidão física, mental, de legislação, de prática de 
primeiros socorros e de direção veicular.
Veja que agora, diferente das penalidades, os agentes também podem aplicar 
as medidas quando forem competentes para tal. As medidas administrativas 
não dispensam a aplicação das penalidades e têm caráter complementar a estas.
Uma dica sobre as medidas administrativas, com exceção do transbordo, todas 
as outras começam com RE-.
Fecho a primeira parte deste tópico copiando o art. 269 § 1º:
Art. 269 (...)
§ 1º A ordem, o consentimento, a fiscalização, as medidas administrativas e coercitivas 
adotadas pelas autoridades e seus agentes terão por objetivo prioritário a proteção à 
vida e à incolumidade física da pessoa.
11. O veículo será retido nos casos previstos no CTB, quando a irregularidade 
puder ser sanada no local da infração, esse será liberado assim que regularizado o 
problema.
11.1. Não sendo sanável, o veículo que tenha condições de segurança para cir-
cular poderá ser liberado com recolhimento do CLA (CRLV) e entrega de recibo 
e prazo para regularização. Assim que o condutor apresentar à autoridade o veículo 
regularizado, o documento será devolvido. Caso não seja feita a regularização no 
prazo, será incluída restrição administrativa no RENAVAM, que só sairá quando 
comprovada a regularização.
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11.2. A retenção também poderá não ser imediata, a critério do agente, nos 
casos de veículos de transporte coletivo transportando passageiros, produtos 
perigosos ou perecíveis e que tenham condições de segurança.
11.3. Quando o veículo estiver retido para apresentação de condutor habilitado, 
não comparecendo este, o auto será removido ao depósito. Também será aplicada 
a remoção quando o veículo não apresentar as condições de segurança necessárias 
ao recolhimento do CRLV (mencionado no item 10.2).
12. O veículo será removido nos casos previstos no CTB para depósito fixado 
pelo órgão com circunscrição sobre a via.
12.1. O veículo somente será restituído após o pagamento das multas, taxas 
e despesas de remoção e estada e outros encargos previstos. E o proprietário ou 
condutor deverá ser notificado no ato da remoção sobre as providências necessá-
rias à sua restituição.
12.2. A liberação também está condicionada ao reparo de equipamento obri-
gatório que não esteja em perfeito estado de funcionamento. Admite-se que o ve-
ículo seja liberado para reparo com prazo definido e na forma transportada (no 
guincho).
12.3. Caso o proprietário ou condutor não esteja presente no momento da 
remoção, a autoridade deverá expedir notificação ao proprietário por meio postal 
ou tecnológico que asseguresua ciência no prazo de 10 dias. Caso não obtenha 
sucesso, admite-se notificação por edital. A notificação devolvida por endereço de-
satualizado ou recusa será considerada recebida. Por fim, veículos licenciados no 
exterior serão notificados por edital.
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12.4. Para o pagamento de despesas de remoção e estada será contabilizado 
o número de dias que o veículo permanecer no depósito, limitado a 6 meses ao 
todo. Se o serviço for prestado por particular, o pagamento poderá ser feito dire-
tamente ao contratado.
12.5. Se o proprietário de veículo removido comprovar administrativa ou judi-
cialmente remoção indevida ou abuso no período em depósito, deverá haver res-
sarcimento das quantias pagas.
13. O recolhimento da CNH ou PPD ocorrerá mediante recibo nos casos pre-
vistos no CTB e também quando houver suspeita de adulteração ou falsificação.
14. O recolhimento do CRV ocorrerá nos casos previstos no CTB, quando 
houver suspeita de adulteração ou falsificação e quando não for transferida sua 
propriedade no prazo de 30 dias, após sua alienação.
15. O transbordo da carga excedente com peso excedente é condição neces-
sária para prosseguir viagem. Será efetuado às expensas do proprietário do veícu-
lo, sem prejuízo da multa e quando não for possível fazê-lo, o veículo será recolhido 
ao depósito.
16. O condutor de veículo automotor envolvido em acidente de trânsito ou que 
for alvo de fiscalização poderá ser submetido a teste, exame, perícia ou outro 
procedimento que, por meios técnicos ou científicos, permita certificar influência 
de álcool ou substância psicoativa que determine dependência.
16.1. Admite-se a prova testemunhal, imagem, vídeo, constatação ou qualquer 
outro meio de prova admitido em direito.
16.2. A recusa em submeter-se a qualquer dos procedimentos previstos, apli-
ca-se a infração do art. 165-A.
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17. Por fim, encerrando as medidas administrativas, temos duas abordagens 
que não estão entre as previstas no art. 269, mas estão aqui.
17.1. Veículo que se evadir da fiscalização relativa à pesagem obrigatória, além 
da aplicação do art. 209 das infrações, será obrigado a retornar ao ponto de evasão.
17.2. Em caso de acidente com vítima, evolvendo veículo equipado com re-
gistrador instantâneo de velocidade e tempo (cronotacógrafo), somente o perito 
oficial poderá retirar o disco ou unidade armazenadora do registro.
Processo Administrativo
O processo administrativo ocorrerá para julgar as autuações e penalidades. Va-
mos adiante.
18. Ocorrendo infração prevista na legislação, deverá ser preenchido auto de 
infração, constando:
• Tipificação da infração;
• Local, data e hora do cometimento;
• Caracteres da placa de identificação, marca e espécie e outros elementos jul-
gados necessários à identificação;
• Prontuário do condutor, sempre que possível;
• Identificação do órgão e da autoridade ou agente autuador ou equipamento;
• Assinatura do infrator, sempre que possível.
18.1. A infração deverá ser comprovada por declaração da autoridade ou do 
agente, por meio de aparelho ou equipamento audiovisual, reações químicas ou 
qualquer outro meio tecnológico disponível. Aqui o legislador quis dizer que o agen-
te ou autoridade tem que ver a infração sendo cometida, ou o equipamento regis-
trar o fato.
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18.2. Quando não for possível a autuação em flagrante (com abordagem do 
infrator), o agente relatará o fato observado à autoridade no auto de infração para 
aplicação das penalidades cabíveis.
18.3. O agente da autoridade competente para lavrar o auto poderá ser servi-
dor civil, estatutário ou celetista ou, ainda, policial militar designado pela autorida-
de de trânsito, no âmbito de sua competência.
19. A autoridade julgará a consistência do auto de infração e aplicará a penali-
dade cabível.
19.1. O auto será julgado insubsistente e arquivado:
I – Se considerado inconsistente ou irregular.
II – Se, no prazo máximo de 30 dias, não for expedida a notificação da autuação.
19.2. Aplicada a penalidade, será expedida notificação por meio postal ou tec-
nológico que assegure a ciência do infrator/proprietário. A notificação devolvida 
por desatualização de endereço será considerada válida. A notificação a pessoal de 
missões diplomáticas, consulares e organismos internacionais será remetida ao Mi-
nistério das Relações Exteriores para as providências e cobrança, no caso de multa.
19.3. O proprietário é responsável pelo pagamento das multas, portanto, quan-
do esta penalidade for aplicada a condutor, ainda assim, a notificação será encami-
nhada ao dono do veículo.
19.4. A notificação conterá data do fim do prazo para recurso, não inferior a 30 
dias. No caso de penalidade multa, a data será a mesma para o pagamento do valor.
19.5. O proprietário ou condutor poderá optar por ser notificado por meio ele-
trônico se o órgão oferecer tal oportunidade. O que optar por este meio, deverá 
manter seu cadastro atualizado no órgão executivo de trânsito (Detran) e será con-
siderado notificado 30 dias após a inclusão da notificação no sistema. Este sistema 
terá certificação digital.
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20. O pagamento da multa poderá ser efetuado até a data do vencimento em 
80% do seu valor (20% de desconto).
20.1. Se o infrator optar pelo SNE, se disponível, e decidir não apresentar de-
fesa prévia, ou recurso, reconhecendo o cometimento da infração, poderá efetuar 
o pagamento de 60% do valor até o vencimento da multa (40% de desconto).
20.2. O pagamento da multa não implica renúncia ao questionamento adminis-
trativo, respeitada a opção pelo desconto do SNE.
20.3. A multa não paga até o vencimento será acrescida de juros de mora equi-
valentes à taxa do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC) para títulos 
federais acumulada mensalmente (do mês subsequente ao da consolidação até o 
mês anterior ao pagamento), e de 1% relativamente ao mês em que o pagamento 
for efetuado. Não incidirá cobrança moratória e nem qualquer restrição, inclusive 
para licenciamento e transferência, enquanto não for encerrada a instância admi-
nistrativa de julgamento.
21. Os recursos interpostos perante a autoridade serão encaminhados à JARI 
que deve julgá-los em até 30 dias. A autoridade deve remetê-los dentro de 
10 dias úteis e, se o entender intempestivo, assinalará o fato no despacho de en-
caminhamento à Junta.
21.1. O recurso não terá efeito suspensivo. A autoridade poderá, contudo, 
conceder o efeito suspensivo ao recurso que não seja julgado dentro do prazo, de 
ofício ou por solicitação do recorrente.
22. O recurso poderá ser interposto, no prazo legal, sem o recolhimento do seu 
valor. No caso de não provimento do recurso, aplica-se a regra acerca da mora 
que mencionei anteriormente. Agora, se o infrator pagar a multa, apresentar 
recurso e a penalidade for julgada improcedente, a importância paga deverá 
ser devolvida atualizada por índice legal de correção.
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23. Se a infração for cometida em local diferente do licenciamento doveículo, 
o recurso poderá ser apresentado junto ao órgão de trânsito de domicílio, a autori-
dade que receber o recurso deverá remetê-lo à que impôs a penalidade, acompa-
nhado das cópias dos prontuários que forem necessários.
24. Das decisões da JARI cabe recurso no prazo de 30 dias da publicação ou 
notificação da decisão e este deverá ser julgado no prazo de iguais 30 dias.
24.1. Pelo responsável pela infração no caso de não provimento e pela autori-
dade que impôs a penalidade no caso de provimento.
24.2. O recurso será apreciado em caso de penalidade imposta por órgão ou 
entidade de trânsito da União:
a) em caso de suspensão do direito de dirigir por mais de seis meses, cassação 
da habilitação ou penalidade por infração gravíssima, pelo CONTRAN.
b) nos demais casos por colegiado especial integrado pelo coordenador-geral 
da JARI, pelo presidente da junta que apreciou o recurso e mais um presidente de 
junta. Havendo apenas uma JARI no órgão, o colegiado será composto por seus 
próprios membros.
24.3. O recurso será analisado tratando-se de penalidade imposta por órgão ou 
entidade de trânsito estadual, municipal ou do DF, pelos CETRAN e CONTRANDIFE, 
respectivamente.
25. É encerrada a instância administrativa mediante o julgamento da segunda 
instância de recurso, a não interposição do recurso no prazo legal e o pagamento 
da multa, com reconhecimento da infração e requerimento de encerramento do 
processo, sem apresentação de defesa ou recurso.
25.1. Esgotados os recursos, as penalidades serão cadastradas no RENACH.
Aluno(a), encerro aqui a parte do processo administrativo, que é um pouco mo-
rosa, mas já estamos quase encerrando nossa aula, falta pouco.
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Crimes de Trânsito
Chegamos ao capítulo que trata sobre os crimes. Cuidado, pois há uma ten-
dência dos estudantes de concursos de carreiras policiais em focar somente nos 
crimes, mas todo o CTB importante, principalmente quando 40 itens da sua prova 
são só sobre este tema. O capítulo é dividido em duas seções, uma com disposições 
gerais e processuais e a segunda que trata sobre os crimes em espécie, vamos se-
guir a ordem apresentada.
26. Aos crimes cometidos na direção de veículos automotores, aplicam-se as 
normas gerais do Código Penal e do Processo Penal, se o CTB não dispuser de modo 
diverso, bem como a Lei n. 9.099/1995 (Lei dos Juizados Especiais), no que couber.
26.1. Aplica-se, aos crimes de trânsito de lesão corporal culposa, os arts. 74, 
76 e 88 da Lei n. 9.099/1995, com instauração de inquérito policial para investiga-
ção, exceto se o agente estiver:
• Sob influência de álcool ou substância psicoativa que determine dependência;
• Participando, em via pública, de corrida, disputa, competição ou exibição e 
demonstração de perícia em manobra de veículo automotor, não autorizada 
pela autoridade competente;
• Transitando em velocidade superior à máxima permitida para a via em 50 
km/h.
Nessas hipóteses acima, a ação é pública incondicionada, ou seja, não de-
pende de que o ofendido represente contra o agente.
26.2. O juiz fixará a pena-base segundo as diretrizes do art. 59 do Código Pe-
nal, dando especial atenção à culpabilidade do agente e às circunstâncias do crime.
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Medidas Administrativas, Penalidades e Crimes
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26.3. Os artigos da Lei n. 9.099/1995 que são mencionados não caem na sua 
prova, mas saiba, brevemente, o art. 74 trata da composição dos danos civis pelo 
juiz. O art. 76 trata da proposição, pelo Ministério Público, da aplicação imediata 
de pena restritiva de direitos ou multas. Já o art. 88 informa que ações penais re-
lativas a lesões corporais leves e lesões culposas dependem de representação. E 
lembre-se, para os demais crimes que forem de menor potencial ofensivo, a Lei n. 
9.099 é aplicada normalmente.
27. A suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação 
para dirigir pode ser imposta isolada ou cumulativamente. Estas terão duração de 
2 meses a 5 anos.
27.1. Esta suspensão é de caráter penal, diferente da suspensão adminis-
trativa que ocorre em caso de multas. Quando se tratar de crime de trânsito, a 
aplicação será pelo Juiz em decorrência de condenação, não há que se falar 
de autoridade de trânsito. O mesmo vale para a proibição, que impedirá o processo 
de habilitação.
27.2. Transitada em julgado a sentença condenatória, o réu será intimado a 
entregar à autoridade judiciária, em 48h, a Permissão Para Dirigir (PPD) ou Cartei-
ra Nacional de Habilitação (CNH). A suspensão ou proibição em pauta não se 
iniciará enquanto o sentenciado estiver recolhido a estabelecimento pri-
sional, em decorrência de condenação penal.
27.3. Em qualquer fase da investigação ou da ação penal, de ofício, ou a 
requerimento do Ministério Público, ou representação da autoridade policial, o juiz 
poderá decretar, em decisão motivada, a suspensão ou proibição de se habilitar 
como medida cautelar.
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27.4. Da decisão de suspensão, medida cautelar ou do indeferimento de re-
querimento do Ministério Público, cabe recurso em sentido estrito, sem efeito 
suspensivo.
27.5. A suspensão ou proibição de habilitação será comunicada pela autoridade 
judiciária ao CONTRAN e ao órgão de trânsito do estado (DETRAN) do domicílio do 
indiciado/réu.
27.6. Se o réu for reincidente na prática de crime previsto no CTB, o juiz 
aplicará a penalidade de suspensão da PPD ou CNH, sem prejuízo das demais 
sanções. (Continuamos falando da suspensão penal, agora obrigatória em caso de 
reincidência).
28. A multa reparatória consiste no pagamento, mediante depósito judicial em 
favor da vítima, ou seus sucessores, de quantia calculada com base no § 1º do art. 
49 do Código Penal (no mínimo 10, no máximo 360 dias-multa), sempre que hou-
ver prejuízo material resultante do crime.
28.1. A multa reparatória não poderá ser superior ao valor do prejuízo. Apli-
cando-se os arts. 50 a 52 do CP (principais fatos: prazo de 10 dias para ser pago, 
podendo ser em parcelas e suspensa se sobrevém doença mental ao condenado). 
Por fim, na indenização civil do dano, o valor da multa reparatória será descontado.
29. São fatores que sempre agravam as penalidades dos crimes de trânsito o 
condutor cometer a infração penal:
I – com dano potencial para duas ou mais pessoas ou grande risco de grave dano pa-
trimonial a terceiros.
II – utilizando veículos sem placas, com placas falsas ou adulteradas.
III – sem possuir PPD ou CNH.
IV – com PPD ou CNH de categoria diferente da do veículo.
V – quando a profissão exigir cuidados especiais com o transporte de passageiros ou de 
cargas.
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VI – utilizando veículo com equipamentos ou características adulteradas que afetem sua 
segurança ou seu funcionamento de acordo com os limites de velocidade especificados 
pelo fabricante.
VII – sobre a faixa de trânsito temporária ou permanentemente destinada a pedestres.
30. No caso de acidente que resulte vítima, não se imporá prisão em flagrante, 
nem se exigirá fiança se o condutor prestar pronto e integral socorro àquela.
Chegamos aos crimes em espécie, vou trabalhar nos mesmos moldes das infra-
ções, item a item. Ao final de cada item, colocarei as jurisprudências mais recentes, 
se houver.
31. Praticar homicídio culposona direção de veículo automotor. (art. 302)
31.1. Pena:
Detenção de dois a quatro anos e suspensão ou proibição de se obter PPD ou CNH.
31.2. Aumento de 1/3 à metade se o agente:
I – não possuir PPD ou CNH.
II – praticá-lo em faixa de pedestres ou calçada.
III – deixar de prestar socorro, quando possível sem risco pessoal, à vítima do acidente.
IV – no exercício de profissão ou atividade, conduzindo veículo de transporte de passa-
geiros.
Existem um macetinho para lembrar as majorantes, os 4P em destaque.
31.3. Se o agente conduz veículo sob a influência de álcool ou de outra subs-
tância psicoativa que determine dependência, a pena é reclusão de cinco a oito 
anos e suspensão ou proibição de se obter PPD ou CNH.
31.4. Não há homicídio doloso no CTB, o código prevê que todo homicídio na 
direção do veículo, em que seja aplicado o crime do art. 302, será culposo (existe 
a possibilidade de se aplicar o homicídio do CP, art. 121 em uma situação em que 
o veículo é usado como arma e outra que veremos em breve).
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31.5. Jurisprudências:
• Resp 1.481.023 – STJ: o homicídio culposo, pelo princípio da consunção, 
absorve o crime de dirigir sob efeito de álcool ou substância psicoativa (art. 
306).
• Informativo 537 – STJ: a majorante do exercício da profissão de transporte 
público de passageiros se aplica ao motorista profissional em veículo de pas-
sageiros, mesmo que este esteja vazio.
32. Praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor. (art. 303)
32.1. Pena:
Detenção de seis meses a dois anos e suspensão ou proibição de se obter PPD ou CNH.
32.2. Aumento de 1/3 à metade:
Em qualquer das hipóteses do § 1º do art. 302, ou seja, as mesmas 4P do ho-
micídio culposo.
32.3. Se o agente conduz veículo sob a influência de álcool ou de outra subs-
tância psicoativa que determine dependência e causar lesão corporal grave ou 
gravíssima, a pena é reclusão de dois a cinco anos e suspensão ou proibição 
de se obter PPD ou CNH.
32.4. Jurisprudências:
• Resp 1.629.107 – STJ: NÃO se aplica o princípio da consunção entre a 
lesão corporal e a embriaguez/substância psicoativa, ou seja, o crime não é 
absorvido, será concurso de crimes. (eu sei que parece contraditório, mas é 
o que está valendo).
• Informativo 796 – STF: com relação ao crime de conduzir veículo sem possuir 
habilitação, este vai ser absorvido pela lesão corporal.
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33. Deixar o condutor do veículo, na ocasião do acidente, de prestar imediato 
socorro à vítima, ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar 
de solicitar auxílio da autoridade pública. (art. 304)
33.1. Pena:
Detenção de seis meses a um ano, ou multa, se o fato não constituir elemento mais 
grave.
33.2. Incide nas penas previstas neste artigo o condutor do veículo, ainda que 
sua omissão seja suprida por terceiros ou que se trate de vítima com morte instan-
tânea ou com ferimentos leves.
33.3. Este é um crime subsidiário, portanto só é punível, neste caso, o con-
dutor que esteja envolvido em acidente, mas não tenha dado causa ao aci-
dente, pois do contrário se aplicaria, em caso de lesão, o art. 303 ou, em caso de 
morte, o art. 302.
33.4. No caso do parágrafo único (texto do item 33.2) o objetivo do legislador 
foi evitar a inércia “justificada” pelo condutor no caso de alguém iniciar o socorro à 
vítima ou se acreditar que a vítima já está morta ou não teve qualquer lesão.
34. Afastar-se o condutor do veículo do local do acidente, para fugir à respon-
sabilidade penal ou civil que lhe possa ser atribuída. (art. 305)
34.1. Pena:
Detenção de seis meses a um ano, ou multa.
34.2. Jurisprudência:
• Informativo 923 – STF: em decisão recente, foi decidido que esta tipificação 
é constitucional e não fere o direito a não autoincriminação.
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35. Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em 
razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine de-
pendência. (art. 306)
35.1. Pena:
Detenção de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se obter PPD 
ou CNH.
35.2. As condutas serão constatadas por:
I – concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual 
ou superior a 0,3 miligrama de álcool por litro de ar alveolar.
II – sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo CONTRA, alteração da capacidade 
psicomotora.
A verificação poderá ser obtida mediante teste de alcoolemia, toxicológico, exa-
me clínico, perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova em direito, 
observado o direito à contraprova. O CONTRAN disporá sobre a equivalência entre 
os distintos testes para efeito de caracterização deste crime. Veremos na próxima 
aula a res. 432/13.
36. Violar a suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação 
para dirigir veículo automotor imposta com fundamento no CTB. (art. 307)
36.1. Pena:
Detenção de seis meses a um ano e multa, com nova imposição adicional de idêntico 
prazo de suspensão ou de proibição.
36.2. Nas mesmas penas incorre o condenado que deixar de entregar, no praz 
estabelecido no § 1º do art. 293, a PPD ou CNH.
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36.3. O prazo previsto no art. 293 é aquele que mencionamos, 48h para entre-
gar o documento à autoridade judiciária.
36.4. Muito dificilmente será cobrado o que eu vou falar agora, mas é bom você 
saber. Esta tipificação não tem jurisprudência plena, sendo adotados dois entendi-
mentos, o primeiro em que só se aplica este crime à violação da suspensão penal, 
por condenação judicial ou medida cautelar, por outro lado, existe entendimento de 
que é aplicável a todos os tipos de suspensão, administrativa (por multas de trân-
sito) e penal. Existe uma decisão monocrática do ministro Luiz Fux (RE 1.114.267 
RS) no primeiro sentido, é valido somente para a suspensão de caráter penal, se 
for necessário optar, acredito ser mais prudente neste sentido.
37. Participar, na direção de veículo automotor, em via pública, de corrida, 
disputa ou competição automobilística ou ainda exibição ou demonstração de 
perícia em manobra de veículo não autorizada, gerando situação de risco à 
incolumidade pública ou privada. (art. 308)
37.1. Pena:
Detenção de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se obter PPD 
ou CNH.
37.2. Se resultar lesão corporal de natureza grave e as circunstâncias de-
monstrarem que o agente não quis o resultado nem assumiu o risco de produ-
zi-lo, a pena será reclusão de 3 a 6 anos, sem prejuízo das outras penas previstas.
37.3. Se resultar morte e as circunstâncias demonstrarem que o agente não 
quis o resultado nem assumiu o risco de produzi-lo, a pena é de reclusão de 
5 a 10 anos, sem prejuízo das outras penas previstas.
37.4. Muita atenção, as qualificadoras apenas se aplicam se a conduta do agen-
te foi culposa.
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37.5. Jurisprudência:
• Informativo 645 – STF: cabe a aplicação deste crime em concurso com o ho-
micídio do Código Penal (art. 121), em concurso, quando caracterizado o dolo 
eventual.
38.Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a devida PPD ou CNH ou, 
ainda, se cassado o direito de dirigir, gerando perigo de dano. (art.309)
38.1. Pena:
Detenção de seis meses a um ano, ou multa.
38.2. Lembre-se que é pré-requisito que haja perigo de dano concreto, como 
direção perigosa, ameaçando veículos ou pedestres, pela contramão etc. Ou dano 
de fato, se não for condição em que este é absorvido, por exemplo, dano material 
contra patrimônio privado ou público.
39. Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo automotor a pessoa 
não habilitada, com a habilitação cassada ou com o direito de dirigir suspenso, ou, 
ainda, a quem, por seu estado de saúde física ou mental, ou por embriaguez, não 
esteja em condições de conduzi-lo com segurança. (art. 310)
39.1. Pena:
Detenção de seis meses a um ano, ou multa.
39.2. Apesar de estreita correlação com as infrações administrativas relativas a 
entregar, confiar e permitir (arts. 163, 164 e 166) que estudamos na última aula, 
aqui nem todas as mesmas condutas estão abarcadas. Ficam de fora, os casos em 
que há categoria diferente da do veículo, habilitação vencida há mais de 30 dias e 
sem usar lentes corretoras, ou adaptação necessária à condução de veículo.
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39.3. Jurisprudência:
• Súmula 575 – STJ: é crime de perigo abstrato, independe de dano.
Diferentemente da tipificação anterior, aqui não é necessário gerar perigo de 
dano concreto, a mera conduta consuma o fato. Faz sentido quando você observa 
que entregar veículo a pessoa nas condições do art. 306, que é de perigo abstrato, 
está tipificado neste artigo.
40. Trafegar em velocidade incompatível com a segurança nas proximidades 
de escolas, hospitais, estações de embarque e desembarque de passageiros, logra-
douros estreitos, ou onde haja grande movimentação ou concentração de pessoas, 
gerando perigo de dano. (art. 311)
40.1. Pena:
Detenção de seis meses a um ano, ou multa.
40.2. Veja que não há necessidade de medição da velocidade, basta que esta 
seja incompatível, comprometendo a segurança. Também é necessário o perigo de 
dano presente.
41. Inovar artificiosamente, em caso de acidente automobilístico com víti-
ma, na pendência do respectivo procedimento policial preparatório, inquérito ou 
processo penal, o estado de lugar, de coisa ou pessoa, a fim de induzir a erro o 
agente policial, perito ou juiz. (art. 312)
41.1. Pena:
Detenção de seis meses a um ano, ou multa.
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41.2. No Código Penal existe a Fraude Processual, aqui no CTB está tipificada a 
fraude processual no âmbito do trânsito. A conduta dever ter o dolo (conduta inten-
cional) de enganar algum dos agentes mencionados e está tipificada mesmo antes 
da chegada de qualquer autoridade policial no local de acidente.
Encerramos os crimes em espécie, são 9 tipos penais no CTB. Agora encerrare-
mos o capítulo em questão tratando das penas restritivas de direitos.
42. Para os crimes relacionados no CTB, quando o juiz aplicar a substituição de 
pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, esta deverá ser de prestação 
de serviços à comunidade ou a entidades públicas, em uma das seguintes:
I – trabalho, aos fins de semana, em equipes de resgate dos corpos de bombeiros e em 
outras unidades móveis especializadas no atendimento a vítimas de trânsito.
II – trabalho em unidades de pronto-socorro de hospitais públicos que recebem vítimas 
de acidente de trânsito e politraumatizados.
III – trabalho em clínicas ou instituições especializadas na recuperação de acidentados 
de trânsito.
IV – outras atividades relacionadas ao resgate, atendimento e recuperação de vítimas 
de acidentes de trânsito.
O objetivo do legislador foi colocar o infrator penal mais próximo da realidade 
das pessoas que se envolvem em acidentes com vítimas, com o objetivo de ajudar 
a produzir a conscientização.
Disposições Finais
Chegamos ao último capítulo do CTB, são um pouco mais de 25 artigos. O capí-
tulo completo envolve também as disposições transitórias, mas não vou abordá-las, 
pois do ano de vigência do CTB, 1997, até hoje, todas as disposições transitórias já 
produziram seus efeitos e não têm mais efetividade.
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Então vou explicitar apenas as disposições finais conforme forem surgindo. 
Acredito que, ainda assim, você deve ler inclusive as transitórias pelo menos uma 
vez para ter ciência do que foi tratado.
43. Os valores de multas presentes no CTB poderão ser corrigidos monetaria-
mente pelo CONTRAN, respeitado o limite de variação do Índice Nacional de Preços 
ao Consumidor Amplo (IPCA) no exercício anterior.
43.1. Esta foi uma norma inserida em 2016, juntamente com a atualização dos 
valores das multas que vimos antes, deixando de ser feita a cobrança em UFIRs e 
aplicando-se valores em unidade de moeda circulante.
43.2. Os valores atualizados serão divulgados sempre com, no mínimo 90 dias 
de antecedência de sua aplicação.
44. A receita arrecadada com a cobrança de multas será aplicada, exclusiva-
mente, em sinalização, engenharia de tráfego, de campo, policiamento, fiscalização 
e educação de trânsito.
44.1. O percentual de 5% do valor das multas de trânsito arrecadadas será 
depositado, mensalmente, na conta de fundo de âmbito nacional destinado à segu-
rança e educação de trânsito (FUNSET). O DENATRAN é responsável pela adminis-
tração deste fundo.
44.2. O órgão responsável deverá publicar, anualmente, na rede mundial de 
computadores, dados sobre a receita arrecadadas com multas e sua destinação.
45. Os órgãos do SNT poderão integrar-se para a ampliação e o aprimora-
mento da fiscalização de trânsito, inclusive por meio do compartilhamento da 
receita arrecadada com multas.
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46. Os documentos relativos à habilitação, registro e licenciamento de veículos 
e autos de infração deverão ser armazenados por, no mínimo, 5 anos pelos órgãos. 
Admite-se arquivamento e armazenamento digital, desde que garantida sua 
autenticidade e fidedignidade, confiabilidade e segurança das informações, sen-
do dispensada, neste caso, a sua guarda física. Os documentos em versão digital 
deverão ter certificação digital com validade jurídica ICP-Brasil (Infraestrutura de 
Chaves Públicas).
47. A Semana Nacional de Trânsito será comemorada anualmente no período 
entre 18 e 25 de setembro.
48. O art. 326-A do CTB entrou em vigor recentemente. Nele está previsto que 
a atuação dos integrantes do SNT em relação à segurança no trânsito deverá vol-
tar-se ao cumprimento de metas anuais de redução de índice de mortos por grupo 
de veículos e de habitantes, apurados por Estado. Os dados e ações serão detalha-
dos por vias federais, estaduais e municipais.
48.1. Ao final do prazo de dez anos, ou seja, em 2028, o objetivo é reduzir pela 
metade o índice de mortos por veículo e por habitante, com base nos dados do ano 
de 2018. As decisões que definirem as metas anuais estabelecerão margens de 
tolerância.
48.2. As metas serão fixadas pelo CONTRAN para cada unidade da federação 
mediante propostas dos CETRAN, CONTRANDIFE e DPRF. Estas serão submetidas 
após ouvida a sociedade mediante consulta ou audiência pública sobre as metas.
48.3. As propostas serão encaminhadas ao CONTRANaté o dia 1º de agosto 
acompanhadas de relatório analítico. As metas fixadas serão divulgadas em setem-
bro durante a Semana Nacional de Trânsito, assim como o desempenho de cada 
UF. Também serão divulgadas classificações ordenadas das Unidades da Federação 
e suas evoluções e relatório sobre o cumprimento do objetivo.
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48.4. O CONTRAN definirá as fórmulas para apuração dos índices e metodolo-
gia de coleta e tratamento de dados, ouvidos os órgãos do SNT. Os dados coleta-
dos serão tratados e consolidados por órgão executivo de trânsito e repassado ao 
órgão máximo executivo de trânsito da União (DENATRAN).
48.5. Os índices serão calculados pelo DENATRAN para cada UF. Índices par-
ciais poderão ser usados para recomendar aos integrantes do SNT alterações nas 
ações, projetos e programas em desenvolvimento.
49. Seguindo, O veículo removido a qualquer título e não reclamado pelo 
proprietário dentro de 60 dias, será avaliado e levado a leilão, preferencial-
mente eletrônico.
49.1. O veículo poderá ser classificado em conservado, quando apresentar 
condições de segurança para trafegar ou sucata, quando não.
49.2. Quando não houver oferta igual ou superior ao valor da avaliação, no lei-
lão seguinte, o veículo será arrematado pelo maior lance, desde que por valor não 
inferior a 50% da avaliação. O veículo que for levado a leilão duas vezes e não for 
arrematado, será leiloado como sucata.
49.3. É vedado o retorno à circulação de veículo leiloado como sucata.
49.4. Os valores arrecadados em leilão serão utilizados para custeio do lei-
lão, dividindo-se o custo entre os veículos arrematados de maneira proporcional, 
em seguida, nesta ordem, para as despesas com remoção e estada, os tributos 
vinculados ao veículo, os credores trabalhistas, tributários e de crédito, as multas 
devidas ao órgão responsável pelo leilão, as demais multas conforme a cronologia 
e os demais créditos conforme a preferência legal.
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49.5. Valores não quitados de débitos serão informados aos credores. Já se, 
quitados os débitos, ainda houver saldo remanescente, o valor será depositado 
em conta do órgão responsável pelo leilão e ficará à disposição do proprietário, 
que deverá ser notificado em, no máximo, 30 dias. O valor deverá ser reclamado 
no prazo de 5 anos, do contrário será transferido em definitivo para o fundo da 
arrecadação de multas.
49.6. Após o leilão, os débitos restantes ficam desvinculados do veículo. Se o 
dono anterior reaver o veículo de qualquer forma, os débitos voltam a ser vincu-
lados.
49.7. Se houver restrição policial ou judicial sobre o veículo, a autoridade será 
notificada para a retirada do bem do depósito, mediante quitação das despesas de 
remoção e estada ou autorização do leilão. Se não houver manifestação da autori-
dade dentro de 60 dias, o órgão de trânsito pode promover o leilão.
49.8. Os veículos, sucatas, materiais inservíveis que estiverem no depósito há 
mais de 1 ano poderão ser destinados à reciclagem, independente de restrições. 
Os veículos irrecuperáveis queimados, adulterados, estrangeiros e os sem possi-
bilidade de regularização, respeitado o prazo mínimo de 60 dias, também serão 
destinados à reciclagem quando a autoridade julgar essa medida apropriada. A 
venda será realizada por lote de tonelagem, condicionando-se a entrega do mate-
rial à completa descaracterização do bem e a destinação à reciclagem siderúrgica, 
vedado aproveitamento de peças.
50. Os condutores profissionais de veículos de transporte individual ou coletivo 
de passageiros de linhas regulares e de escolares deverão, para exercer a ativi-
dade, apresentar certidão negativa criminal relativa a homicídio, roubo, estupro e 
corrupção de menores, renovável a cada cinco anos.
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51. Os estabelecimentos onde se executem reformas ou recuperação de veícu-
los e que comprem, vendam ou desmontem veículos são obrigados a possuir livro 
de registro de seu movimento de entrada e saída e de uso de placas de experiência 
(fundo verde, letra branca), conforme os modelos aprovados pelos órgãos de trân-
sito. Os livros poderão ser substituídos por sistema eletrônico, na forma regulada 
pelo CONTRAN.
51.1. Os livros terão suas páginas numeradas e todas as folhas autenticadas 
pelo órgão de trânsito, contendo data de entrada do veículo, nome, endereço e 
identidade do proprietário ou vendedor e do comprador, data da saída ou baixa, no 
caso de desmontagem, características do veículo que constem no seu certificado 
de registro e número da placa de experiência.
51.2. A entrada e saída do veículo terão data e hora registrados. As autori-
dades de trânsito e policiais terão acesso ao livro sempre que solicitarem, não 
podendo retirá-los do estabelecimento e a falta de escrituração dos livros, atraso, 
fraude e a recusa em exibi-los serão punidas com a multa prevista para as infra-
ções gravíssimas, independente de demais sanções legais.
52. Os componentes do SNT proporcionarão aos membros do CONTRAN, CE-
TRAN e CONTRANDIFE, em serviço, facilidades para o cumprimento de sua mis-
são, fornecendo informações, permitindo a inspeção de serviços e atendendo às 
requisições.
53. Os CETRAN terão suporte técnico e financeiro dos Estados e Municípios que 
os compõem e, o CONTRANDIFE, do Distrito Federal.
54. As montadoras, encarroçadoras, os importadores e fabricantes, ao comer-
ciarem veículos automotores de qualquer categoria, são obrigados a fornecer ma-
nual contendo as normas de circulação, infrações, penalidades, direção defensiva, 
primeiros socorros e Anexos do CTB.
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Chegamos ao fim das nossas aulas de Código de Trânsito! Esta última aula é um 
pouco mais burocrática e tem uma chance bem menor de ser cobrada na sua pro-
va, mas, ainda assim, existe essa possibilidade, portanto não devemos ignorá-la. A 
seguir veremos um resumo, com certeza voltado para o que normalmente cai em 
prova, bem como os exercícios.
E não fique triste porque não acabou, encontro você na nossa aula sobre Dire-
ção Defensiva e Ofensiva.
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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Medidas Administrativas, Penalidades e Crimes
Prof. Estevão Gonçalo
RESUMO
PENALIDADES
TIPO APLICAÇÃO
Advertência
Infração Média ou Leve + Não Reincidente + Análise de Prontuário + 
A Critério da Autoridade.
Multa
Infração Gravíssima: 7 pontos e R$ 293,47.
Infração Grave: 5 pontos e R$ 195, 47.
Infração Média: 4 pontos e R$ 130,16.
Infração Leve: 3 pontos e R$ 88,38.
Suspensão
Atingindo 20 pontos: 6 meses a 1 ano.
Reincidência, 8 meses a 2 anos.
Por multa que a cause: 2 a 8 meses.
Reincidência, 8 a 18 meses.
Ou prazo definido.
Cassação
Infrator conduzir veículo com habilitação suspensa.
Reincidência nos 162, III; 163; 164; 165; 173; 174 e 175.
Condenação judicial.
Frequência em curso
Infrator contumaz.
Suspensão do direito de dirigir.
Causador de acidente grave.
Condenação judicial.
Condutor que coloca a segurança em risco.
MEDIDAS ADMINISTRATIVAS
TIPO APLICAÇÃO
Retenção
Casos previstos no CTB quando a irregularidade puder ser 
sanada.
Remoção
Casos previstos no CTB.
Casos de retenção em que a irregularidadenão puder ser 
sanada e comprometerem a segurança.
Recolhimento CNH
Casos previstos no CTB.
Suspeita de fraude ou adulteração.
Recolhimento CRV
Casos previstos no CTB.
Suspeita de fraude ou adulteração.
Não transferida a propriedade no prazo de 30 dias.
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Recolhimento CRLV
Casos previstos no CTB.
Casos de retenção em que a irregularidade não puder ser 
sanada e houver segurança e condutor habilitado.
Suspeita de fraude ou adulteração.
Licenciamento vencido.
Transbordo Carga excedente.
Teste de alcoolemia e substân-
cias
Condutor que seja alvo de fiscalização.
Recolhimento de animais Animais soltos nas vias e faixa de domínio.
Exames de aptidão Processo de habilitação e relacionados.
• Principal Condutor:
Indicado pelo proprietário do veículo.
Será excluído do cadastro RENAVAM:
− Quando houver transferência de propriedade.
− Mediante requerimento próprio ou do proprietário.
− A partir da indicação de outro principal condutor.
• Pagamento de Multa:
Até o vencimento: 80% do valor.
Pelo SNE + até o vencimento + abrindo mão de recursos: 60% do valor.
• Segunda Instância de Recurso:
Penalidade da União com suspensão por mais de seis meses, cassação ou infra-
ção gravíssima: CONTRAN.
Demais penalidades da União: Colegiado da JARI.
Penalidades estaduais, municipais e distritais: CETRAN e CONTRANDIFE.
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CRIMES
TIPOS PENAS OBS.
Art. 302
Homicídio culposo
Detenção de 2 a 4 anos.
E suspensão ou proibição 
de habilitação.
Aumento de 1/3 se:
Não possuir PPD ou CNH.
Em faixa de pedestres ou cal-
çada.
Deixar de prestar socorro, 
quando possível.
Exercício da profissão de trans-
porte de passageiros.
Se sob efeito de álcool ou subs-
tância psicoativa:
Reclusão de 5 a 8 anos,
E suspensão ou proibição de 
habilitação.
ABSORVE o art. 306.
Art. 303
Lesão corporal culposa
Detenção de 6 meses a 2 
anos.
E suspensão ou proibição 
de habilitação.
Aumento de 1/3 nos mesmos 
casos do art. 302.
Se sob efeito de álcool ou subs-
tância psicoativa e causar lesão 
grave ou gravíssima:
Reclusão de 2 a 5 anos,
E suspensão ou proibição de 
habilitação.
NÃO ABSORVE o art. 306.
Art. 304
Deixar de prestar socorro à 
vítima.
Detenção de 6 meses a 
1 ano,
OU multa,
SE não constituir ele-
mento mais grave.
Art. 305
Afastar-se do local do acidente 
para fugir à responsabilidade 
penal ou civil.
Detenção de 6 meses a 
1 ano,
OU multa.
Art. 306
Conduzir veículo com capacidade 
psicomotora alterada.
Detenção de 6 meses a 3 
anos,
E Multa,
E suspensão ou proibição 
de habilitação.
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Art. 307
Violar a suspensão ou proibição 
de habilitação.
Detenção de 6 meses a 
1 ano.
E multa,
E nova suspensão ou 
proibição de habilitação 
por igual período.
Nas mesmas penas incorre 
quem:
Deixa de entregar PPD ou CNH 
no prazo de 48h (art. 293 § 1º) 
à autoridade
Art. 308
Participar de corrida, de disputa 
ou de competição ou de exibição 
ou de demonstração de perícia 
em manobra em via pública e 
não autorizado.
Detenção de 6 meses a 3 
anos.
E multa,
E suspensão ou proibição 
de habilitação.
Se resultar lesão corporal grave, 
sem dolo:
Reclusão de 3 a 6 anos.
Se resultar morte, sem dolo:
Reclusão de 5 a 10 anos.
Admite dolo eventual em con-
curso com CP art. 121.
Art. 309
Dirigir veículo sem PPD ou 
CNH ou cassada a habilitação, 
gerando perigo de dano.
Detenção de 6 meses a 
1 ano,
OU multa.
Necessário perigo de dano con-
creto.
Art. 310
Permitir, confiar ou entregar 
direção a pessoa não habilitada, 
com suspensão, cassada ou sem 
condições físicas ou mentais ou 
por embriaguez.
Detenção de 6 meses a 
1 ano,
OU multa.
Não é necessário perigo concreto 
de dano.
Art. 311
Trafegar em velocidade incompa-
tível coma segurança nas proxi-
midades de escolas, hospitais, 
estações de passageiros, logra-
douros estreitos, ou locais com 
muitas pessoas, gerando perigo.
Detenção de 6 meses a 
1 ano,
OU multa.
Art. 312
Inovar artificiosamente em caso 
de acidente com vítima a fim de 
induzir a erro agente policial, 
perito ou juiz.
Detenção de 6 meses a 
1 ano.
Aplica-se mesmo antes de se ini-
ciar qualquer procedimento.
FIQUE ATENTO(A) ÀS ATUALIZAÇÕES DA LEI N. 13.546/17 (DESTAQUES NA 
TABELA).
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• Suspensão Penal ou Proibição de Habilitar-se:
Duração de 2 meses a 5 anos.
• Penas alternativas:
− Trabalho, aos finais de semana, em equipe de resgate a vítimas de trânsito.
− Trabalho em unidade de pronto-socorro públicas que recebem vítimas de 
trânsito e politraumatizados.
− Trabalho em clínica de recuperação de vítimas de trânsito.
− Outras atividades de resgate, atendimento e recuperação de vítimas de 
trânsito.
Aluno(a), encerro aqui o resumo, tentei focar no que mais cai de todo o con-
teúdo que estudamos. Agora vamos fazer aquela tradicional bateria de exercícios!
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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (CESPE/STJ/ANALISTA JUDICIÁRIO/2015) Tendo em vista que cons-
titui infração de trânsito a inobservância de qualquer preceito do CTB, estando o 
infrator sujeito às penalidades e às medidas administrativas pertinentes, julgue o 
item que se segue, acerca das infrações e dos crimes previstos no CTB.
Constituirá circunstância agravante da penalidade a prática dos crimes de trânsito 
por ocupante do cargo de analista judiciário, na especialidade de segurança, quan-
do em situação de serviço e na condução de veículo transportando passageiros.
Questão 2 (CESPE/DPE-PE/DEFENSOR PÚBLICO/2015) Acerca de aspectos diver-
sos do processo penal brasileiro, o próximo item apresenta uma situação hipotéti-
ca, seguida de uma assertiva a ser julgada.
Ana, conduzindo veículo automotor em via pública, colidiu com o veículo de Elza, 
que conduzia regularmente seu automóvel. Elza sofreu lesões leves em seus braços 
e pernas, comprovadas por exame pericial. Ana trafegava à velocidade de 85 km/h, 
quando o máximo permitido para a via era de 40 km/h. Na delegacia de polícia, 
Elza fez constar na ocorrência policial que não desejava representar criminalmen-
te contra Ana. Ficou demonstrado ainda, durante o inquérito policial, que Ana não 
conduzia o veículo sob efeito de álcool e também não participava de corrida não 
autorizada pela autoridade competente. Ana foi denunciada pelo MP pelo delito de 
lesão corporal culposa (art. 303 do CTB). Argumentou o representante do parquet 
que o delito era de ação penal pública incondicionada, haja vista que Ana trafegava 
a uma velocidade superior ao dobro da permitida para a via. Nessa situação, agiu 
acertadamente o MP ao oferecer denúncia contra Ana com respaldo no CTB.
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Questão 3 (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA LEGISLATIVO/2014) 
Com relação à atividade do motorista profissional, ao cometimento de infração 
de trânsito por condutor habilitado em país estrangeiro e ao crime de trânsito 
advindo da conduta de dirigir sob a influência de álcool,julgue o próximo item. 
Considere a seguinte situação hipotética.
Lauro foi autuado pelo cometimento de infração de trânsito, por dirigir sob a in-
fluência de álcool, tendo sido punido com multa e suspensão do direito de dirigir 
por doze meses. Além disso, foram-lhe impostas as medidas administrativas de 
recolhimento do documento de habilitação e retenção do veículo. Na oportunida-
de, a infração foi comprovada mediante a constatação, por agente da autoridade 
de trânsito, dos sinais de alteração da capacidade psicomotora, nos termos da 
legislação pertinente. Ato contínuo, mediante a concordância do infrator, foi colhi-
da amostra para a realização de exame de sangue que, ao seu final, apresentou 
resultado tipificador do cometimento de crime de trânsito.
Nessa situação hipotética, se Lauro for punido com detenção pela prática de crime 
de trânsito, tal punição elidirá tanto as punições quanto as medidas administrati-
vas relacionadas à infração de trânsito.
Questão 4 (CESPE/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO/2013) Com base na legislação 
da PRF, julgue o item que se segue.
A autoridade de trânsito, na esfera de suas atribuições, poderá aplicar, quando 
cabível, penalidade consistente na frequência obrigatória em curso de reciclagem, 
sem prejuízo das punições originárias de ilícitos penais decorrentes de crimes de 
trânsito.
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Questão 5 (CESPE/PC-ES/DELEGADO DE POLÍCIA/2011) Em relação à legislação 
que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro, julgue o item subsequente.
É admissível a denominação de crime de trânsito para a conduta de dano cometida 
com dolo, a exemplo daquele que, intencionalmente, utiliza o seu veículo para a 
prática de um crime.
Questão 6 (CESPE/PC-ES/DELEGADO DE POLÍCIA/2011) Os crimes de entregar a 
direção de veículo automotor a pessoa não habilitada e de falta de habilitação se 
aperfeiçoam com a simples conduta, sem que se exija prova da efetiva probabili-
dade de dano.
Questão 7 (CESPE/PC-ES/DELEGADO DE POLÍCIA/2011) Considere a seguinte si-
tuação hipotética.
Cláudia, penalmente responsável, ao dirigir veículo automotor sem habilitação, em 
via pública, atropelou e matou um pedestre.
Nessa situação hipotética, Cláudia responderá por homicídio culposo em concurso 
material com o delito de falta de habilitação.
Questão 8 (CESPE/PC-ES/DELEGADO DE POLÍCIA/2011/ATUALIZADA) Considere 
a seguinte situação hipotética.
Lúcio, penalmente responsável, ao dirigir veículo automotor sob a influência de 
álcool, deu ensejo ao capotamento do veículo e à morte de um dos passageiros. 
Logo após o acidente, Lúcio foi conduzido à delegacia de polícia, onde se recusou a 
submeter-se ao teste do bafômetro.
Nessa situação hipotética, Lúcio será punido pela figura do homicídio culposo em 
sua forma simples, sem a figura cumulativa da embriaguez ao volante.
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Questão 9 (CESPE/PC-ES/DELEGADO DE POLÍCIA/2011) No caso de réu reinci-
dente em crime de trânsito, é obrigatório que o magistrado, ao julgar a nova infra-
ção, fixe a pena prevista no tipo, associada à suspensão da permissão ou habilita-
ção de dirigir veículo automotor.
Questão 10 (CESPE/MPU/TÉCNICO ESPECIALIZADO/2010) Com relação a infra-
ções e crimes de trânsito, julgue o item a seguir, de acordo com o CTB.
Pratica crime em espécie o condutor que se recusa a entregar à autoridade de 
trânsito ou a seus agentes, mediante recibo, os documentos exigidos por lei, para 
averiguação de sua autenticidade.
Questão 11 (CESPE/DETRAN-DF/ANALISTA-ADVOCACIA/2009) Acerca do que 
dispõe a Lei n. 9.503/1997, Código de Trânsito Brasileiro (CTB), julgue o item.
Considere que Gustavo conduza o seu veículo à velocidade de 110 km/h, quando 
a sinalização do local aponta como limite máximo a velocidade de 50 km/h e, de 
forma culposa, tenha atropelado Maria, que teve lesão corporal leve. Nesse caso, 
Gustavo deverá responder por crime de lesão corporal culposa, desde que haja 
representação da vítima.
Questão 12 (CESPE/DETRAN-DF/AGENTE DE TRÂNSITO/2009) Considere a se-
guinte situação hipotética.
Após cometer várias infrações de trânsito que, juntas, totalizaram mais de vinte 
pontos, Leandro teve a sua carteira de habilitação apreendida pelo agente de trân-
sito em uma operação de fiscalização.
Nessa situação, o agente de trânsito agiu corretamente.
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Questão 13 (CESPE/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO/2004) Do motorista infrator pode 
ser exigida a participação em curso de reciclagem, a qualquer tempo, entre outras 
hipóteses, se for constatado que ele está pondo em risco a segurança do trânsito.
Questão 14 (CESPE/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO/2004) Não constitui crime alte-
rar o local do acidente para que haja socorro de vítimas.
Questão 15 (CESPE/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO/2004) O CTB, em seu art. 311, 
censura a conduta de trafegar em velocidade incompatível com a segurança nos 
locais considerados pelo legislador como perigosos, elegendo essa conduta como 
criminosa e impondo-lhe a pena de detenção de 6 meses a 1 ano ou multa. Acerca 
desse assunto, julgue o item que se segue.
Velocidade incompatível é aquela desenvolvida acima da máxima permitida para o 
local de acordo com a sinalização das placas.
Questão 16 (CESPE/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO/2004) O CTB, em seu art. 311, 
censura a conduta de trafegar em velocidade incompatível com a segurança nos 
locais considerados pelo legislador como perigosos, elegendo essa conduta como 
criminosa e impondo-lhe a pena de detenção de 6 meses a 1 ano ou multa. Acerca 
desse assunto, julgue o item que se segue.
Para a consumação do delito tipificado no referido artigo, é necessário que ocorra dano, 
ou seja, as pessoas sejam lesionadas ou mortas em virtude da velocidade incompatível.
Questão 17 (CESPE/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO/2004) Os efeitos do álcool sobre 
condutores de veículos automotores têm dado causa a sérios prejuízos advindos de 
acidentes de trânsito. Com relação à embriaguez no trânsito, julgue o item a seguir.
A embriaguez pode ser constatada por provas técnicas e periciais, como exame de 
sangue e teste em bafômetro e, ainda, por prova testemunhal.
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Questão 18 (CESPE/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO/2004) O excesso de velocidade 
é causa de aumento de pena nos delitos de trânsito.
Questão 19 (CESPE/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO/2004) Considere a seguinte si-
tuação hipotética. Por meio de equipamento de detecção provido de registrador de 
imagem, verificou-se que um veículo transitava em velocidade superior à máxima 
permitida para o local. Posteriormente, constatou-se que o veículo estava registra-
do em nome de uma representação de organismo internacional. Nessa situação, a 
autoridade de trânsito deverá remeter, no prazo máximo de 30 dias, contados da 
data do cometimento da infração, a Notificação da Autuação ao proprietário do veí-
culo, na qual deverão constar a tipificação, o local, a data e a hora do cometimento 
da infração.
Questão 20 (CESPE/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO/2004) Considere a seguinte si-
tuação hipotética.
Gustavo, motorista devidamente habilitado, levou seu primo Wilson a um churras-
co na casa de um amigo comum, onde o primeiro bebeu um pouco além da conta. 
Porém, apesar de ter consciênciade que Wilson não tinha Carteira Nacional de 
Habilitação (CNH) nem Permissão para Dirigir, Gustavo sabia que o primo tinha ha-
bilidade para dirigir e, percebendo que seus reflexos estavam alterados pelo álcool, 
Gustavo repassou a Wilson as chaves do carro e pediu que ele os levasse de volta 
para casa.
Nessa situação, Gustavo incorreu não apenas na prática de uma infração gravíssi-
ma às leis de trânsito, mas também em um crime que pode ser punido com pena 
restritiva de liberdade.
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Questão 21 (CESPE/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO/2004) Se, após obter sua Car-
teira Nacional de Habilitação (CNH), um jovem motorista, no decorrer de um mês, 
cometer duas infrações de natureza gravíssima, uma de natureza grave e 5 de 
natureza média, sua CNH será automaticamente cassada pelo órgão competente.
Questão 22 (CESPE/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO/2004) Constitui crime modificar 
o estado do lugar, das coisas ou das pessoas para eximir de responsabilidade o 
verdadeiro culpado do acidente.
Questão 23 (CESPE/TJ-PR/JUIZ DE DIREITO/2017/ADAPTADA) Considerando a 
jurisprudência do STF e do STJ em relação aos crimes de trânsito, julgue o item 
que se segue.
Dirigir automóvel na via pública sem possuir permissão para dirigir ou habilitação 
é crime de perigo concreto, cuja tipificação exige a prova de geração do perigo de 
dano.
Questão 24 (CESPE/TJ-PR/JUIZ DE DIREITO/2017/ADAPTADA) Considerando a 
jurisprudência do STF e do STJ em relação aos crimes de trânsito, julgue o item 
que se segue.
O crime de omissão de socorro à vítima atropelada por imprudência do motorista 
não se verifica quando se constata que a morte ocorreu instantaneamente.
Questão 25 (CESPE/TJ-PR/JUIZ DE DIREITO/2017/ADAPTADA) Considerando a 
jurisprudência do STF e do STJ em relação aos crimes de trânsito, julgue o item 
que se segue.
A embriaguez ao volante é crime de perigo concreto, em que a ingestão de bebida 
alcoólica e a condução perigosa do automóvel geram perigo de dano.
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Questão 26 (CESPE/TJ-PR/JUIZ DE DIREITO/2017/ADAPTADA) Considerando a 
jurisprudência do STF e do STJ em relação aos crimes de trânsito, julgue o item 
que se segue.
O fato de dirigir perigosamente automóvel sem ser habilitado, vindo a causar le-
sões corporais em transeunte, implica dois crimes praticados em concurso formal.
Questão 27 (CESPE/PC-RN/AGENTE DE POLICIA/2009/ADAPTADA) Um motorista 
dirigia seu veículo automotor pelas ruas de sua cidade sob a influência de cocaína. 
Com os reflexos comprometidos, atropelou uma pessoa que passava pela faixa de 
pedestres, tendo, no entanto, prestado imediato socorro à vítima, que sofreu ape-
nas ferimentos leves. A perícia constatou que o condutor transitava em velocidade 
superior à máxima permitida para a via, estabelecida em 50 km/h.
A partir dessa situação hipotética e com base na Lei n. 9.503/1997 — CTB, julgue 
o item.
Como se trata de infração de menor potencial ofensivo, não deverá ser instaurado 
inquérito para a apuração do fato, mas tão somente a lavratura de termo circuns-
tanciado.
Questão 28 (CESPE/PC-RN/AGENTE DE POLICIA/2009/ADAPTADA) Um motorista 
dirigia seu veículo automotor pelas ruas de sua cidade sob a influência de cocaína. 
Com os reflexos comprometidos, atropelou uma pessoa que passava pela faixa de 
pedestres, tendo, no entanto, prestado imediato socorro à vítima, que sofreu ape-
nas ferimentos leves. A perícia constatou que o condutor transitava em velocidade 
superior à máxima permitida para a via, estabelecida em 50 km/h.
A partir dessa situação hipotética e com base na Lei n. 9.503/1997 — CTB, julgue 
o item.
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Havendo composição dos danos civis entre o condutor e a vítima do atropela-
mento, o acordo a ser homologado acarretará a renúncia ao direito de queixa ou 
representação.
Questão 29 (CESPE/PC-RN/AGENTE DE POLICIA/2009/ADAPTADA) Um motorista 
dirigia seu veículo automotor pelas ruas de sua cidade sob a influência de cocaína. 
Com os reflexos comprometidos, atropelou uma pessoa que passava pela faixa de 
pedestres, tendo, no entanto, prestado imediato socorro à vítima, que sofreu ape-
nas ferimentos leves. A perícia constatou que o condutor transitava em velocidade 
superior à máxima permitida para a via, estabelecida em 50 km/h.
A partir dessa situação hipotética e com base na Lei n. 9.503/1997 — CTB, julgue 
o item.
O fato narrado só se tornou criminoso em razão do atropelamento, uma vez que a 
simples condução de veículo automotor em via pública sob influência de cocaína, 
ao contrário da influência de álcool, não é crime.
Questão 30 (CESPE/PC-RN/AGENTE DE POLICIA/2009/ADAPTADA) Um motorista 
dirigia seu veículo automotor pelas ruas de sua cidade sob a influência de cocaína. 
Com os reflexos comprometidos, atropelou uma pessoa que passava pela faixa de 
pedestres, tendo, no entanto, prestado imediato socorro à vítima, que sofreu ape-
nas ferimentos leves. A perícia constatou que o condutor transitava em velocidade 
superior à máxima permitida para a via, estabelecida em 50 km/h.
A partir dessa situação hipotética e com base na Lei n. 9.503/1997 — CTB, julgue 
o item.
Não será imposta prisão em flagrante ao condutor do veículo pelo crime de trânsito, no 
entanto deverá ser instaurado inquérito policial para a investigação da infração penal.
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Questão 31 (CESPE/PC-SE/DELEGADO DE POLICIA/2018) Julgue o item seguinte, 
referente a crimes de trânsito e a posse e porte de armas de fogo, de acordo com 
a jurisprudência e legislação pertinentes.
Situação hipotética: após grave colisão de veículos, pessoas que transitavam 
pelo local — condutores de outros veículos e pedestres alheios ao evento — deixa-
ram, sem justificativa, de prestar imediato socorro às vítimas. Assertiva: nessa 
situação, os terceiros não envolvidos no acidente não responderão pelo crime de 
omissão de socorro previsto no Código de Trânsito Brasileiro.
 (CESPE/POLÍCIA FEDERAL/PERITO CRIMINAL/2018) Dois motoristas, Pedro e José, 
foram levados à central de flagrantes da polícia civil após terem sido parados em 
uma blitz no trânsito. Segundo a polícia civil, Pedro, de trinta e dois anos de idade, 
foi submetido ao teste do bafômetro, durante a blitz, e o resultado mostrou 0,68 
miligramas de álcool por litro de ar expelido. Ele pagou fiança e deverá responder 
em liberdade por crime de trânsito. Conforme os policiais, José, de vinte e dois 
anos de idade, se recusou a submeter-se ao teste do bafômetro, mas o médico 
legista do Instituto Médico Legal (IML) que o examinou comprovou alteração da 
capacidade psicomotora em razão do consumo de substância psicoativa que deter-
mina dependência. José também pagou fiança para ser liberado.
Com relação a essa situação hipotética, julgue os itens a seguir.
Questão 32 José cometeu infração administrativa, mas não crime, ao se recusar a 
fazer o teste do bafômetro.
Questão 33 A conduta de conduzir veículo automotor com capacidade psicomo-
tora alterada em razão da influência de substância psicoativa que não seja bebida 
alcoólica não está prevista como crime no Código de Trânsito Brasileiro.
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