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APOSTILA-CTB-Parte2

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raquel avelino ribeiro
guiamaison@gmail.com
020.711.411-05
2 
Sumário 
1 Penalidades ........... 9 
1.1. Penalidades previstas no CTB ................................................................................ 10 
2. Responsabilidade pelas infrações 13
2.1. Responsabilidade do proprietário ......................................................................... 13 
2.2. Responsabilidade do condutor .............................................................................. 14 
2.3. Responsabilidade solidária do proprietário e condutor ............................... 14 
2.4. Responsabilidade do embarcador ........................................................................ 15 
2.5. Responsabilidade do transportador .................................................................... 16 
2.6. Responsabilidade solidária do transportador e embarcador ..................... 16 
2.7. Responsabilidade do principal condutor ............................................................ 17 
2.8. Outros responsáveis por infração de trânsito .................................................. 17 
2.8.1. Pedestres e Ciclistas ......................................................................................... 18 
3. Advertência por escrito 19
3.1. Competência ................................................................................................................. 22 
4. Multa ................. 24 
4.1. Valor da multa ............................................................................................................... 24 
4.1.1. Valor de multa variável ...................................................................................... 25 
4.1.2. Natureza da infração variável .......................................................................... 25 
4.2. Multiplicador .................................................................................................................. 27 
4.2.1. Infrações que possuem multiplicador ......................................................... 28 
4.2.2. Multa dobrada ....................................................................................................... 31 
4.3. Redutor ............................................................................................................................ 32 
4.4. Responsabilidade pelo pagamento ...................................................................... 33 
4.5. Descontos ...................................................................................................................... 34 
4.6. Juros de mora ............................................................................................................... 34 
4.7. Correção monetária dos valores das multas .................................................... 34 
4.8. Da pontuação na Carteira de Habilitação ........................................................... 35 
4.9. Competência ................................................................................................................. 37 
4.10. Multa à pessoa jurídica ...................................................................................... 38 
4.11. Multas cometidas por estrangeiros ............................................................. 39 
4.12. Destinação dos valores arrecadados por Multas de Trânsito ........... 40 
raquel avelino ribeiro
guiamaison@gmail.com
020.711.411-05
3 
 
5. Suspensão do Direito de Dirigir 41 
5.1. Casos de Aplicação .................................................................................................... 41 
5.1.1. Suspensão pela pontuação ............................................................................. 42 
5.1.2. Suspensão por infração específica .............................................................. 42 
5.2. Processo de Suspensão do Direito de Dirigir ................................................... 47 
5.2.1. PSDD por infração específica ......................................................................... 47 
5.3. Competência ................................................................................................................. 48 
5.4. Requisitos para devolução da Habilitação ......................................................... 51 
5.5. Curso Preventivo de Reciclagem .......................................................................... 51 
6. Cassação do documento da Permissão para Dirigir 52 
7. Cassação da Carteira Nacional de Habilitação 54 
7.1. Processo Administrativo .......................................................................................... 55 
7.1.1. Delito de Trânsito ................................................................................................ 55 
8. Frequência obrigatória em Curso de Reciclagem 57 
9. Medidas Administrativas 59 
9.1. Medidas administrativas cabíveis pelo CTB ...................................................... 60 
9.1.1. Retenção do veículo ........................................................................................... 61 
9.1.2. Remoção do Veículo .......................................................................................... 63 
9.1.3. Recolhimento do documento de habilitação ou permissão para 
dirigir 66 
9.1.4. Recolhimento do Certificado de Registro do Veículo - CRV ............... 67 
9.1.5. Recolhimento do Certificado de Registro de Licenciamento Anual - 
CRLV 68 
9.1.6. Transbordo de Carga ......................................................................................... 69 
9.1.7. Realização do teste de dosagem de alcoolemia ou perícia de 
substância entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica71 
9.1.8. Recolhimento de animais soltos nas vias .................................................. 73 
9.1.9. Realização de exames de aptidão física, mental, de legislação, de 
prática de primeiros socorros e de direção veicular.............................................. 74 
10. Considerações Finais 75 
11. Questões Comentadas 76 
12. INFRAÇÕES DE TRÂNSITO 84 
12.1. Da estrutura das infrações de Trânsito ....................................................... 84 
13. Estudando as Infrações de Trânsito 86 
14. Método Sugerido86 
raquel avelino ribeiro
guiamaison@gmail.com
020.711.411-05
4 
 
14.1. Infrações Gravíssimas ....................................................................................... 87 
14.1.1. Separação por infrações que geram a Suspensão do Direito de 
Dirigir 87 
14.1.2. Separação por infrações que possuem multiplicador ...................... 93 
14.1.3. E as gravíssimas que sobraram? ............................................................... 98 
14.2. Infrações de Natureza Leve .......................................................................... 104 
14.3. Separação por assunto .................................................................................. 106 
14.3.1. Normas gerais de circulação ................................................................... 106 
14.3.2. Buzina ................................................................................................................ 111 
14.3.3. Som .................................................................................................................... 112 
14.3.4. Velocidade ...................................................................................................... 113 
14.3.5. Álcool ................................................................................................................ 120 
14.3.6. Estacionamento e Parada ......................................................................... 123 
14.3.7. Outras imobilizações................................................................................... 132 
14.3.8. Pedestres ........................................................................................................ 134 
14.3.9. Ciclistas ............................................................................................................136 
14.3.10. Ultrapassagem .............................................................................................. 139 
14.3.11. Motociclistas .................................................................................................. 142 
14.3.12. Prioridades e Preferências de passagem ........................................... 146 
14.3.13. Circulação ....................................................................................................... 150 
14.3.14. Retorno ............................................................................................................. 157 
14.3.15. Guardar distâncias de segurança .......................................................... 158 
14.3.16. Peso, Dimensões e Lotação ..................................................................... 160 
14.3.17. Veículos de Urgência/Emergência ........................................................ 162 
14.3.18. Acidentes de Trânsito ................................................................................ 164 
14.3.19. Se Recusar ...................................................................................................... 168 
14.3.20. Cabeça, Ombro, Joelho e Pé ................................................................... 169 
14.3.21. Reboques ........................................................................................................ 170 
14.3.22. Semáforos, Linhas Férreas e PARE ....................................................... 171 
14.3.23. Deixando coisas na via, nos pedestres ou em outros veículos .. 173 
14.3.24. Condutores Rebeldes ................................................................................. 175 
14.3.25. Uso da iluminação veicular ....................................................................... 177 
14.3.26. Portar ou não portar, eis a questão ....................................................... 179 
14.3.27. Entrando e Saindo ........................................................................................ 180 
14.3.28. Crianças ........................................................................................................... 180 
raquel avelino ribeiro
guiamaison@gmail.com
020.711.411-05
5 
 
14.3.29. Dando grau ..................................................................................................... 182 
14.3.30. Habilitação ...................................................................................................... 184 
14.3.31. Infrações genéricas ..................................................................................... 191 
14.3.32. Outras dicas ................................................................................................... 192 
15. Questões Comentadas 193 
16. O Processo Administrativo de Trânsito 204 
16.1. Definições ........................................................................................................... 205 
16.2. Aspectos Gerais ............................................................................................... 206 
17. Autuação ....... 207 
17.1. Formas de Constatação da Infração ......................................................... 208 
17.1.1. Declaração do agente da autoridade de trânsito............................. 209 
17.1.2. Comprovação por aparelho eletrônico ................................................ 209 
17.2. Auto de Infração de Trânsito ....................................................................... 209 
17.2.1. Notificação da Autuação realizada no momento da abordagem 210 
17.2.2. Infrações Simultâneas/Concomitantes ............................................... 211 
17.2.3. Suportes .......................................................................................................... 211 
17.2.4. Sujeito/Agente – Quem autua? ................................................................ 212 
17.2.5. Forma ................................................................................................................ 212 
17.2.6. Julgamento de Consistência do AIT ..................................................... 212 
18. Notificação da Autuação 213 
18.1. Notificação Eletrônica .................................................................................... 213 
18.2. Conteúdo da Notificação .............................................................................. 215 
18.3. Direcionamento da Notificação .................................................................. 216 
18.4. Notificações Especiais ................................................................................... 216 
19. Apresentação de Condutor e Defesa da Autuação 217 
19.1. Defesa da Autuação ........................................................................................ 217 
19.2. Identificação do Condutor Infrator ............................................................ 218 
19.2.1. Forma da Identificação ............................................................................... 219 
19.2.2. Responsabilidade do Proprietário ......................................................... 220 
19.2.3. Consequências ............................................................................................. 220 
20. Advertência por escrito 223 
20.1. Aplicação da Penalidade de Advertência ................................................ 224 
21. Notificação da Penalidade 225 
21.1. Requisito Formal ............................................................................................... 226 
21.2. Comunicação da Suspensão ....................................................................... 227 
raquel avelino ribeiro
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6 
 
22. Notificações por Edital 228 
23. Recurso em primeira instância 229 
23.1. Recolhimento da Multa ................................................................................... 231 
23.1.1. Descontos ....................................................................................................... 231 
23.1.2. Arrecadação da multa e repasse dos valores ................................... 232 
23.2. Efeito suspensivo ............................................................................................. 233 
23.3. Julgamento do Recurso ................................................................................ 233 
24. Recurso em segunda instância 234 
24.1. Interesse Recursal ........................................................................................... 234 
24.2. Julgamento do Recurso ................................................................................ 234 
25. Encerramento da instância administrativa e aplicação das penalidades
 235 
26. Fim? ................. 236 
27. Questões Comentadas 237 
28. Crimes de Trânsito - introdução 251 
28.1. Só na direção de veículo automotor? ....................................................... 251 
28.2. Na condução de veículo só se pratica crime de trânsito? ................ 252 
28.3. Natureza Jurídica.............................................................................................. 252 
29. Parte Geral .... 254 
29.1. Normas Regentes ............................................................................................. 254 
29.1.1. Código Penal e Código de Processo Penal ........................................ 254 
29.1.2. Lei nº 9.099/95 – Juizados Especiais Cíveis e Criminais ............... 254 
29.2. Elementos Subjetivos dos Crimes ............................................................. 256 
29.2.1. Culpa ................................................................................................................. 256 
29.2.2. Dolo ................................................................................................................... 257 
29.3. Infrações de Trânsito e Crime de trânsito .............................................. 258 
29.3.1. Infrações que também podem constituir crime ............................... 26029.4. Penas possíveis ................................................................................................ 261 
29.4.1. Penas privativas de liberdade .................................................................. 261 
29.4.2. Da suspensão ou proibição de se obter CNH ................................... 262 
29.4.3. Multa .................................................................................................................. 266 
29.4.4. Prestação de Serviços à Comunidade ................................................. 269 
29.5. Agravantes de pena ........................................................................................ 271 
29.6. Majorantes .......................................................................................................... 272 
29.7. Ação Penal .......................................................................................................... 273 
raquel avelino ribeiro
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7 
 
30. Crimes em Espécie 274 
30.1. Praticar homicídio culposo na direção do veículo ............................... 274 
30.1.1. Aplicação da L9099 ..................................................................................... 274 
30.1.2. Ação Penal ...................................................................................................... 274 
30.1.3. Forma majorada ............................................................................................ 274 
30.1.4. Formas qualificadas .................................................................................... 275 
30.2. Praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor 276 
30.2.1. Lesão corporal culposa simples ............................................................. 276 
30.2.2. Lesão corporal culposa com circunstâncias diferenciadas ........ 277 
30.2.3. Forma majorada ............................................................................................ 279 
30.2.4. Forma qualificada ......................................................................................... 280 
30.3. Deixar de prestar socorro ............................................................................. 281 
30.3.1. Condutor não envolvido no acidente ................................................... 281 
30.3.2. Condutor que deu causa ao acidente .................................................. 281 
30.3.3. Condutor envolvido no acidente de trânsito que não deu causa282 
30.3.4. Aplicação da L9099 ..................................................................................... 282 
30.3.5. Ação Penal ...................................................................................................... 282 
30.3.6. Infração de Trânsito associada ............................................................... 282 
30.4. Afastar-se do local para fugir de responsabilidade ............................ 283 
30.4.1. Aplicação da L9099 ..................................................................................... 283 
30.4.2. Ação Penal ...................................................................................................... 283 
30.4.3. Infração de Trânsito associada ............................................................... 283 
30.5. Conduzir com capacidade psicomotora alterada ................................ 284 
30.5.1. Preenchimento do tipo ............................................................................... 285 
30.5.2. Modos de Verificação do Crime ............................................................. 285 
30.5.3. Aplicação da L9099 ..................................................................................... 286 
30.5.4. Ação Penal ...................................................................................................... 286 
30.5.5. Infrações de Trânsito associadas .......................................................... 286 
30.6. Violar a suspensão ou a proibição de obter a permissão ou a 
Habilitação ............................................................................................................................... 286 
30.6.1. Aplicação da L9099 ..................................................................................... 287 
30.6.2. Ação Penal ...................................................................................................... 287 
30.7. Participar de corrida ........................................................................................ 288 
30.7.1. Aplicação da L9099 ..................................................................................... 288 
30.7.2. Ação Penal ...................................................................................................... 288 
raquel avelino ribeiro
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8 
 
30.7.3. Infrações de Trânsito associadas .......................................................... 289 
30.7.4. Formas Qualificadas .................................................................................... 289 
30.8. Dirigir sem permissão ou habilitação ou cassado ............................... 290 
30.8.1. Aplicação da L9099 ..................................................................................... 290 
30.8.2. Ação Penal ...................................................................................................... 291 
30.8.3. Infrações de Trânsito associadas .......................................................... 291 
30.9. Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo. .............................. 292 
30.9.1. Aplicação da L9099 ..................................................................................... 293 
30.9.2. Ação Penal ...................................................................................................... 293 
30.9.3. Infrações de Trânsito associadas .......................................................... 293 
30.10. Trafegar com velocidade incompatível ................................................... 294 
30.10.1. Aplicação da L9099 ..................................................................................... 294 
30.10.2. Ação Penal ...................................................................................................... 294 
30.10.3. Infrações de Trânsito associadas .......................................................... 294 
30.11. Inovar o local do acidente ............................................................................. 295 
30.11.1. Aplicação da L9099 ..................................................................................... 295 
30.11.2. Ação Penal ...................................................................................................... 295 
30.11.3. Infração de Trânsito associada ............................................................... 295 
31. Crimes x Penas296 
32. Questões Comentadas 299 
 
 
raquel avelino ribeiro
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9 
 
 
 
 
 
 
PENALIDADES 
 raquel avelino ribeiro
guiamaison@gmail.com
020.711.411-05
 
10 
 
 
1 PENALIDADES 
Todas as infrações tipificadas no CTB produzem, como consequência, a 
aplicação de ao menos uma penalidade, sendo que a mais frequente é a multa 
de trânsito. 
Ainda, para apenas algumas infrações, são cominadas medidas administrativas, 
que podem ser aplicadas imediatamente pelo agente de trânsito, dispensando 
processo administrativo. 
É por isso que vamos estudar esses assuntos de estudarmos as infrações 
propriamente ditas. Desta forma, quando você se debruçar sobre as infrações, 
estará revisando indiretamente esta matéria. 
1.1. Penalidades previstas no CTB 
A autoridade de trânsito, na esfera das competências estabelecidas 
no Código e dentro de sua circunscrição, deverá aplicar, às infrações nele 
previstas, as penalidades previstas no art. 256 do CTB. 
A Lei nº 14.229/2021, além de alterar o conceito 
de “agente da autoridade de trânsito”, distinguiu 
este conceito do conceitode “agente de trânsito”: 
 
AUTORIDADE DE TRÂNSITO
Dirigente máximo de órgão ou 
entendiade executivo interante do 
Sistema Nacional de Trânsito ou 
pessoa por ele expressamente 
credenciada
Pode aplicar tanto penalidades
quanto medidas administrativas
AGENTE DA AUTORIDADE DE TRÂNSITO
Agente de trânsito e policial 
rodoviário federal que atuam na 
fiscalização, no controle e na 
operação de trânsito e no 
patrulhamento, competentes para a 
lavratura do auto de infração e para 
os procedimentos dele decorrentes, 
incluídos o policial militar ou os 
agentes referidos no art. 25-A deste 
Código, quando designados pela 
autoridade de trânsito com 
circunscrição sobre a via, mediante 
convênio, na forma prevista neste 
Código.
Pode aplicar apenas medidas 
administrativas
raquel avelino ribeiro
guiamaison@gmail.com
020.711.411-05
 
11 
 
 
AGENTE DA AUTORIDADE DE TRÂNSITO - agente de trânsito e policial 
rodoviário federal que atuam na fiscalização, no controle e na operação de 
trânsito e no patrulhamento, competentes para a lavratura do auto de 
infração e para os procedimentos dele decorrentes, incluídos o policial 
militar ou os agentes referidos no art. 25-A deste Código, quando 
designados pela autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via, 
mediante convênio, na forma prevista neste Código. 
 
AGENTE DE TRÂNSITO - servidor civil efetivo de carreira do órgão ou 
entidade executivos de trânsito ou rodoviário, com as atribuições de 
educação, operação e fiscalização de trânsito e de transporte no exercício 
regular do poder de polícia de trânsito para promover a segurança viária nos 
termos da Constituição Federal. 
 
O CTB prevê seis penalidades passíveis de serem aplicadas aos infratores: 
Advertência por escrito 
Multa 
Suspensão do Direito de Dirigir 
Cassação da Carteira Nacional de Habilitação 
Cassação da Permissão para Dirigir 
Frequência Obrigatória em curso de reciclagem 
A penalidade de apreensão do veículo foi revogada pela Lei nº 
13.281/16. Assim, todas as demais referências de “apreensão de veículo” 
devem ser consideradas como tacitamente revogadas. 
Observe que a aplicação de penalidades 
administrativas não elide (= não 
afasta) a consumação de crime de 
trânsito, o qual prevê suas próprias penas a serem aplicadas! Isto por causa 
da independência entre as esferas administrativa e penal. 
No mesmo sentido, a falta de aplicação de uma medida administrativa que seja 
prevista para uma determinada infração NÃO ELIDE a aplicação da penalidade 
correspondente. 
A imposição da penalidade será comunicada aos órgãos ou entidades 
executivos de trânsito responsáveis pelo licenciamento do veículo e 
habilitação do condutor. 
Por que isso deve ser feito? O art. 22 determina que são os DETRANs os 
órgãos responsáveis pela habilitação do condutor e licenciamento do veículo – 
raquel avelino ribeiro
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020.711.411-05
 
12 
 
essa competência, entretanto, é exercida mediante delegação da Senatran: 
Art. 22. Compete aos órgãos ou entidades executivos de trânsito dos 
Estados e do Distrito Federal, no âmbito de sua circunscrição: 
II - realizar, fiscalizar e controlar o processo de formação, de 
aperfeiçoamento, de reciclagem e de suspensão de condutores e expedir 
e cassar Licença de Aprendizagem, Permissão para Dirigir e Carteira 
Nacional de Habilitação, mediante delegação do órgão máximo executivo 
de trânsito da União; (Redação dada pela Lei nº 14.071, de 2020) 
III - vistoriar, inspecionar as condições de segurança veicular, registrar, 
emplacar e licenciar veículos, com a expedição dos Certificados de 
Registro de Veículo e de Licenciamento Anual, mediante delegação do 
órgão máximo executivo de trânsito da União; (Redação dada pela Lei 
nº 14.071, de 2020) 
Clique aqui para ver a página de Dúvidas Frequentes da PRF 
raquel avelino ribeiro
guiamaison@gmail.com
020.711.411-05
https://portal.prf.gov.br/index.php/multas-e-infracoes/perguntas-frequentes
 
13 
 
2. RESPONSABILIDADE PELAS INFRAÇÕES 
As penalidades serão impostas ao condutor, ao proprietário do veículo, ao 
embarcador e ao transportador, salvo os casos de descumprimento de 
obrigações e deveres impostos a pessoas físicas ou jurídicas expressamente 
mencionadas no Código de Trânsito Brasileiro. 
2.1. Responsabilidade do proprietário 
A responsabilidade inerente ao proprietário do veículo relaciona-se às 
condições de funcionamento, registro e segurança do veículo: 
Art. 257 § 2º Ao proprietário caberá sempre a responsabilidade pela 
infração referente à prévia regularização e preenchimento das 
formalidades e condições exigidas para o trânsito do veículo na via 
terrestre, conservação e inalterabilidade de suas características, 
componentes, agregados, habilitação legal e compatível de seus 
condutores, quando esta for exigida, e outras disposições que deva 
observar. 
A responsabilidade pelo pagamento da multa será sempre do 
PROPRIETÁRIO DO VEÍCULO, mesmo quando se tratar de infração de 
responsabilidade do condutor. 
Aliás, o proprietário é responsável por todas as obrigações pecuniárias 
referentes ao veículo: 
Art. 271 [...] 
§ 4º Os serviços de remoção, depósito e guarda de veículo poderão ser 
realizados por órgão público, diretamente, ou por particular contratado por 
licitação pública, sendo o proprietário do veículo o responsável pelo 
pagamento dos custos desses serviços. 
A Resolução 108/99 do CONTRAN1, que dispõe sobre a responsabilidade pelo 
pagamento de multas, reafirma o contido no CTB: 
Art.1o Fica estabelecido que o proprietário do veículo será sempre 
responsável pelo pagamento da penalidade de multa, independente da 
infração cometida, até mesmo quando o condutor for indicado como 
condutor-infrator nos termos da lei, não devendo ser registrado ou 
licenciado o veículo sem que o seu proprietário efetue o pagamento do 
débito de multas, excetuando-se as infrações resultantes de excesso de 
peso que obedecem ao determinado no art. 257 e parágrafos do Código de 
Trânsito Brasileiro. 
Há um caso em que o proprietário pode ser responsabilizado por uma infração 
que é de responsabilidade originária do condutor: isto ocorre quando ele deixa 
de identificar um condutor para a autuação feita sem abordagem, e não há 
principal condutor cadastrado: 
 
1 Esta resolução NÃO foi cobrada no edital de 2021 da PRF. A referência é feita para que você compreenda 
melhor a matéria. 
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Art. 257. As penalidades serão impostas ao condutor, ao proprietário do 
veículo, ao embarcador e ao transportador, salvo os casos de 
descumprimento de obrigações e deveres impostos a pessoas físicas ou 
jurídicas expressamente mencionados neste Código. 
§ 7º Quando não for imediata a identificação do infrator, o principal 
condutor ou o proprietário do veículo terá o prazo de 30 (trinta) dias, 
contado da notificação da autuação, para apresentá-lo, na forma em que 
dispuser o Contran, e, transcorrido o prazo, se não o fizer, será considerado 
responsável pela infração o principal condutor ou, em sua ausência, o 
proprietário do veículo. 
 
2.2. Responsabilidade do condutor 
O condutor é responsável pelas infrações cometidas na condução do veículo, 
como por exemplo: circulação, ultrapassagem, velocidade, buzina, alcoolemia, 
utilização das luzes do veículo, etc. 
Art. 257 § 3º Ao condutor caberá a responsabilidade pelas infrações 
decorrentes de atos praticados na direção do veículo. 
A pontuação decorrente da infração de trânsito será registrada, em regra, no 
prontuário do condutor que cometeu a infração, quando se tratar de infração 
que seja da sua responsabilidade e o condutor tenha sido identificado, seja 
na abordagem ou posteriormente, através de formulário administrativo 
apresentado nos termos do art. 257, 7º, do CTB, e Resolução 619/2016 do 
CONTRAN. 
 
2.3. Responsabilidade solidária do proprietário e condutor 
Aos proprietários e condutores de veículosserão impostas 
concomitantemente as penalidades, toda vez que houver responsabilidade 
solidária em infração dos preceitos que lhes couber observar, respondendo 
cada um de per si pela falta em comum que lhes for atribuída. 
Apesar de haver discussão sobre o assunto, há um entendimento majoritário 
no sentido de que devem ser lavrados dois autos de infração, um para 
o proprietário e outro para o condutor. 
É o caso em que o condutor é pessoa diferente do proprietário e é constatada 
alguma das situações do art. 162, que enseja autuação pelo art. 163 ou 164: 
Art. 163. Entregar a direção do veículo a pessoa nas condições previstas no 
artigo anterior: 
Infração - as mesmas previstas no artigo anterior; 
Penalidade - as mesmas previstas no artigo anterior; 
Medida administrativa - a mesma prevista no inciso III do artigo anterior. 
 
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Art. 164. Permitir que pessoa nas condições referidas nos incisos do art. 
162 tome posse do veículo automotor e passe a conduzi-lo na via: 
Infração - as mesmas previstas nos incisos do art. 162; 
Penalidade - as mesmas previstas no art. 162; 
Medida administrativa - a mesma prevista no inciso III do art. 162. 
 
Quando o infrator cometer, simultaneamente, duas ou mais infrações, ser-
lhe-ão aplicadas, cumulativamente, as respectivas penalidades. Ou seja, são 
lavrados tantos AITs quantas forem as infrações constatadas (art. 266). 
O Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito, instituído pelas Resoluções nº 
361/2010 e 561/2015 traz as hipóteses de infrações concomitantes e 
concorrentes: 
As infrações podem ser concorrentes ou concomitantes: 
São concorrentes aquelas em que o cometimento de uma infração tem 
como pressuposto o cometimento de outra. 
Por exemplo: veículo sem as placas (art. 230, IV), por falta de registro (art. 
230, V). 
Nesses casos, o agente deverá lavrar um único AIT, com base no art. 230, 
V. 
São concomitantes aquelas em que o cometimento de uma infração não 
implica o cometimento de outra, na forma do art. 266 do CTB. 
Por exemplo: dirigir veículo com a CNH vencida há mais de trinta dias (art. 
162, V) e de categoria diferente para a qual é habilitado (art. 162, III). 
Nesses casos, o agente deverá lavrar os dois AIT. 
 
2.4. Responsabilidade do embarcador 
Inicialmente: quem é o embarcador? Segundo a resolução 258, o embarcador é 
o remetente ou expedidor da carga, mesmo se o frete for a pagar. 
O embarcador é responsável pela infração relativa ao transporte de carga com 
excesso de peso nos eixos ou no peso bruto total, quando simultaneamente 
for o único remetente da carga e o peso declarado na nota fiscal, 
fatura ou manifesto for inferior ao peso aferido na pesagem. 
Assim, quando o embarcador é o único remetente da carga, a ele caberá a 
responsabilidade por excesso de peso, na hipótese em que, procedida à 
pesagem do veículo, se constate que o peso transportado, na realidade, é 
superior ao que consta na nota fiscal. 
Isso porque se entende que o transportador foi “enganado” pelo embarcador, 
fazendo-o acreditar que a carga possuía um determinado peso (o que constava 
na nota fiscal), quando na realidade possuía outro. Não pode ser o 
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transportador responsabilizado por um fato de que não tinha conhecimento. 
 
2.5. Responsabilidade do transportador 
O transportador é o responsável pela infração relativa ao transporte de 
carga com excesso de peso nos eixos ou quando a carga proveniente de 
mais de um embarcador ultrapassar o peso bruto total. 
O fator mais determinante para responsabilidade do transportador é a 
existência de mais de um embarcador. 
 
2.6. Responsabilidade solidária do transportador e 
embarcador 
O transportador e o embarcador são solidariamente responsáveis pela 
infração relativa ao excesso de peso bruto total, se o peso declarado na 
nota fiscal, fatura ou manifesto for superior ao limite legal. 
Neste caso, se entende que o embarcador sabia da irregularidade, e o 
transportador aceitou transportar a carga nas condições ilegais. Então, os 
dois devem ser responder pela infração. 
Veja o gráfico constante na Resolução 547/20152 do CONTRAN acerca da 
responsabilização por excesso de peso, para que você visualize melhor o 
explicado: 
 
 
2 Esta resolução não foi exigida no edital de 2021 da PRF, mas a tabela é excelente para auxiliar a entender 
as hipóteses de responsabilização. 
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2.7. Responsabilidade do principal condutor 
A Lei nº 13.495/20147 permitiu que o proprietário indicasse ao órgão 
executivo de trânsito o principal condutor do veículo, o qual, após 
aceitar a indicação, terá seu nome inscrito em campo próprio do 
cadastro do veículo no RENAVAM. 
Se, porventura, a infração não foi cometida pelo principal condutor, mas sim 
por outra pessoa, aplica-se a regra do art. 257, §7º: o principal condutor 
terá trinta dias após o recebimento da notificação da autuação para 
apresentar o condutor infrator. 
Não o fazendo no prazo e condições previstas, contudo, será 
considerado o responsável pelo cometimento da infração. 
O principal condutor será excluído do RENAVAM (art. 257, §11): 
I - quando houver transferência de propriedade do veículo; 
II - mediante requerimento próprio ou do proprietário do veículo; 
III - a partir da indicação de outro principal condutor 
 
2.8. Outros responsáveis por infração de trânsito 
Normalmente, quem é responsabilizado pela infração é o proprietário, o 
condutor, o embarcador e o transportador, de forma isolada ou solidária. Mas o 
art. 257 traz mais duas figuras que podem ser 
responsabilizadas: 
Art. 257. As penalidades serão impostas ao condutor, ao proprietário do 
veículo, ao embarcador e ao transportador, salvo os casos de 
descumprimento de obrigações e deveres impostos a pessoas físicas ou 
jurídicas expressamente mencionados neste Código. 
A pessoa física ou jurídica é responsável por infração de trânsito, não 
cometida na condução de veículo, expressamente mencionada no CTB. 
Veja dois exemplos extraídos do CTB: 
Art. 245. Utilizar a via para depósito de mercadorias, materiais ou 
equipamentos, sem autorização do órgão ou entidade de trânsito com 
circunscrição sobre a via: 
Infração - grave; 
Penalidade - multa; 
Medida administrativa - remoção da mercadoria ou do material. 
Parágrafo único. A penalidade e a medida administrativa incidirão sobre a 
pessoa física ou jurídica responsável. 
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Art. 246. Deixar de sinalizar qualquer obstáculo à livre circulação, à 
segurança de veículo e pedestres, tanto no leito da via terrestre como na 
calçada, ou obstaculizar a via indevidamente: 
Infração - gravíssima; 
Penalidade - multa, agravada em até cinco vezes, a critério da autoridade de 
trânsito, conforme o risco à segurança. 
Parágrafo único. A penalidade será aplicada à pessoa física ou jurídica 
responsável pela obstrução, devendo a autoridade com circunscrição 
sobre a via providenciar a sinalização de emergência, às expensas do 
responsável, ou, se possível, promover a desobstrução. 
A Resolução nº 390/2011 traz tabela que consolida todas essas infrações, mas 
não foi cobrada no edital de 2021 da PRF. 
 
2.8.1. Pedestres e Ciclistas 
Pedestres e ciclistas também podem ser responsabilizados, conforme as 
previsões do art. 254 e 255 do CTB. Entretanto, não há regulamentação 
atualmente vigente para a forma como deverá ser feita essa responsabilização, 
de forma que o dispositivo acaba não sendo aplicado. 
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3. ADVERTÊNCIA POR ESCRITO 
A advertência por escrito é a penalidade mais leve do CTB. 
 
A forma de aplicação desta penalidade foi BASTANTE alterada pela L14071. 
Veja uma tabela comparativa: 
CTB L14071 
A penalidade de ADV dependia de 
critérios objetivose também de 
valoração subjetiva da autoridade de 
trânsito, que exercia um juízo de 
discricionaridade para verificar SE 
esta penalidade seria mesmo a mais 
educativa. 
Não há mais essa discricionariedade 
da autoridade, havendo, tão 
somente, critérios OBEJTIVOS. 
Art. 267. Poderá ser imposta a 
penalidade de advertência por 
escrito à infração de natureza leve 
ou média, passível de ser punida 
com multa, não sendo reincidente o 
infrator, na mesma infração, nos 
últimos doze meses, quando a 
autoridade, considerando o 
prontuário do infrator, entender esta 
providência como mais educativa. 
Art. 267. Deverá ser imposta a 
penalidade de advertência por 
escrito à infração de natureza leve 
ou média, passível de ser punida 
com multa, caso o infrator não 
tenha cometido nenhuma outra 
infração nos últimos 12 (doze) 
meses. 
§ 1º A aplicação da advertência por 
escrito não elide o acréscimo do 
valor da multa prevista no § 3º do art. 
258, imposta por infração 
posteriormente cometida. [este 
trecho nunca teve aplicabilidade 
porque o §3º do art. 258 foi vetado e 
nunca vigorou] 
§ 1º (Revogado). 
§ 2º O disposto neste artigo aplica-
se igualmente aos pedestres, 
podendo a multa ser transformada 
na participação do infrator em 
cursos de segurança viária, a critério 
da autoridade de trânsito. 
§ 2º (Revogado).” (NR) 
 
 
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Assim, é DEVER da autoridade de trânsito aplicar a penalidade de advertência 
para infrações cometidas a partir do dia 12/04/21 (entrada em vigor da 
L14071), quando cumpridos simultaneamente os requisitos: 
 
Se for aplicada a advertência por escrito, a penalidade de multa é afastada, 
bem como o registro dos pontos que seriam decorrentes da infração. 
Entretanto, ficará registrada, no prontuário do infrator, a aplicação da 
advertência por escrito, para fins de análise de reincidência no futuro. 
Quando o infrator cumprir os requisitos do art. 267 
e mesmo assim a autoridade aplicar a penalidade 
de multa, esta será NULA, porque o dever da 
autoridade era aplicar a advertência. 
 
Quando aplicada a penalidade de advertência por escrito o condutor não 
poderá se beneficiar novamente se cometer outra infração leve ou média no 
período de 12 meses após o cometimento da infração anterior. 
Assim como a penalidade de multa, a aplicação da penalidade de advertência 
será comunicada ao infrator através de notificação, sendo oportunizada a 
apresentação de recurso administrativo. 
 
A Resolução 619/2016 foi atualizada pela Resolução 
nº 845/2021 do CONTRAN para ser adaptada às 
disposições da L14071: 
 
Art. 10. Em se tratando de infrações de natureza leve ou média, a 
autoridade de trânsito, nos termos do art. 267 do CTB, deverá aplicar a 
Penalidade de Advertência por Escrito, na qual deverão constar os dados 
mínimos definidos no art. 280 do CTB e em regulamentação específica. 
§ 4º A aplicação da Penalidade de Advertência por Escrito deverá ser 
registrada no prontuário do infrator depois de encerrada a instância 
administrativa de julgamento de infrações e penalidades. 
§ 5º Para fins de cumprimento do disposto neste artigo, o DENATRAN 
deverá disponibilizar transação específica para registro da Penalidade de 
Advertência por Escrito no RENACH e no RENAVAM, bem como, acesso às 
informações contidas no prontuário dos condutores e veículos para 
Infração de natureza 
leve ou média punida com multa
Infrator que não tenha 
cometido nenhuma 
outra infração nos 
últimos 12 (doze) meses
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consulta dos órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de 
Trânsito. 
§ 6º A Penalidade de Advertência por Escrito deverá ser enviada ao 
infrator, no endereço constante em seu prontuário ou por sistema de 
notificação eletrônica, se disponível. 
§ 7º A aplicação da Penalidade de Advertência por Escrito não implicará 
em registro de pontuação no prontuário do infrator. 
§ 9º A notificação devolvida por desatualização do endereço do infrator 
junto ao órgão ou entidade executivo de trânsito responsável pelo seu 
prontuário será considerada válida para todos os efeitos. 
§ 10. Na hipótese de notificação por meio eletrônico, se disponível, o 
proprietário ou o condutor autuado será considerado notificado 30 (trinta) 
dias após a inclusão da informação no sistema eletrônico. 
§ 13. Para atendimento do disposto neste artigo, os órgãos e entidades 
executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal deverão registrar e 
atualizar os registros de infrações e os dados dos condutores por eles 
administrados nas bases de informações do DENATRAN. 
§ 14. É nula a penalidade de multa aplicada quando o infrator se 
enquadrar nos requisitos estabelecidos no art. 267 do CTB. 
Já as infrações cometidas antes de 12/04/2021 permanecem sendo reguladas 
da forma anterior, com a incidência do critério subjetivo: 
Art. 10-A. Para as infrações cometidas antes de 12 de abril de 2021, a 
penalidade de advertência por escrito poderá ser imposta à infração de 
natureza leve ou média, passível de ser punida com multa, não sendo 
reincidente o infrator, na mesma infração, nos últimos doze meses, quando 
a autoridade, considerando o prontuário do infrator, entender esta 
providência como mais educativa. 
§ 1º Até a data do término do prazo para a apresentação da defesa da 
autuação, o proprietário do veículo, ou o condutor infrator devidamente 
identificado, poderá requerer à autoridade de trânsito a aplicação da 
Penalidade de Advertência por Escrito de que trata o caput deste artigo. 
§ 2º Não cabe recurso à Junta Administrativa de Recursos de Infrações 
(JARI) da decisão da autoridade que aplicar a Penalidade de Advertência 
por Escrito solicitada com base no § 1º, exceto se essa solicitação for 
concomitante à apresentação de defesa da autuação. 
§ 3º Para fins de análise da reincidência de que trata o caput , deverá ser 
considerada apenas a infração referente à qual foi encerrada a instância 
administrativa de julgamento de infrações e penalidades 
§ 4º Caso a autoridade de trânsito não entenda como medida mais 
educativa a aplicação da Penalidade de Advertência por Escrito, aplicará a 
Penalidade de Multa. 
§ 5º Para fins de cumprimento do disposto neste artigo, o DENATRAN 
deverá disponibilizar transação específica para registro da Penalidade de 
Advertência por Escrito no RENACH e no RENAVAM, bem como, acesso às 
informações contidas no prontuário dos condutores e veículos para 
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consulta dos órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de 
Trânsito. 
§ 6º Para cumprimento do disposto no § 1º, o infrator deverá apresentar, ao 
órgão ou entidade responsável pela aplicação da penalidade, documento 
emitido pelo órgão ou entidade executivo de trânsito responsável pelo seu 
prontuário, que demonstre as infrações cometidas, se houver, referente 
aos últimos 12 (doze) meses anteriores à data da infração, caso essas 
informações não estejam disponíveis no RENACH. 
§ 7º Até que as providências previstas no § 5º sejam disponibilizadas aos 
órgãos autuadores, a Penalidade de Advertência por Escrito poderá ser 
aplicada por solicitação da parte interessada. 
 
3.1. Competência 
O órgão que possui a competência para aplicar a penalidade de multa, ou seja, 
o órgão autuador é aquele que detém a competência para aplicação da 
advertência por escrito. 
Ou seja: as Polícias Militares NÃO podem aplicar advertência, pois não 
possuem autoridade de trânsito nem competência para aplicar qualquer tipo 
de penalidade, atuando apenas mediante convênio (art. 23). 
Relembre alguns dispositivos relativos à competência dos órgãos de trânsito: 
 Art. 20. Compete à Polícia Rodoviária Federal, no âmbito das rodovias e 
estradas federais: 
III - executar a fiscalização de trânsito, aplicar as penalidades de 
advertência por escrito e multa e as medidas administrativas cabíveis,com a notificação dos infratores e a arrecadação das multas aplicadas e 
dos valores provenientes de estadia e remoção de veículos, objetos e 
animais e de escolta de veículos de cargas superdimensionadas ou 
perigosas; (Redação dada pela Lei nº 14.071, de 2020) 
 
Art. 21. Compete aos órgãos e entidades executivos rodoviários da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, no âmbito de sua 
circunscrição: 
VI - executar a fiscalização de trânsito, autuar, aplicar as penalidades de 
advertência, por escrito, e ainda as multas e medidas administrativas 
cabíveis, notificando os infratores e arrecadando as multas que aplicar; 
 
Art. 22. Compete aos órgãos ou entidades executivos de trânsito dos 
Estados e do Distrito Federal, no âmbito de sua circunscrição: 
VI - aplicar as penalidades por infrações previstas neste Código, com 
exceção daquelas relacionadas nos incisos VII e VIII do art. 24, notificando 
os infratores e arrecadando as multas que aplicar; 
 
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Art. 24. Compete aos órgãos e entidades executivos de trânsito dos 
Municípios, no âmbito de sua circunscrição: 
VI - executar a fiscalização de trânsito em vias terrestres, edificações de 
uso público e edificações privadas de uso coletivo, autuar e aplicar as 
medidas administrativas cabíveis e as penalidades de advertência por 
escrito e multa, por infrações de circulação, estacionamento e parada 
previstas neste Código, no exercício regular do poder de polícia de trânsito, 
notificando os infratores e arrecadando as multas que aplicar, exercendo 
iguais atribuições no âmbito de edificações privadas de uso coletivo, 
somente para infrações de uso de vagas reservadas em estacionamentos; 
VII - aplicar as penalidades de advertência por escrito e multa, por 
infrações de circulação, estacionamento e parada previstas neste Código, 
notificando os infratores e arrecadando as multas que aplicar; 
 
A PRF APLICA ADVERTÊNCIA POR ESCRITO? 
SIM!!!! 
Havia dúvidas sobre isso porque a “advertência por escrito” não estava 
expressamente prevista no art. 20 do CTB, mas a L14071 sanou esta omissão. 
Clique aqui para ver a página da PRF sobre esta penalidade 
 
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https://portal.prf.gov.br/multas-e-infracoes/pedido-de-advertencia-1
 
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4. MULTA 
A multa é a única penalidade que possui natureza essencialmente pecuniária 
$$$. 
Como toda penalidade, somente é aplicada após o trâmite regular do processo 
administrativo, previsto, em linhas gerais, no CTB, e aprofundado pela 
Resolução 619/2016 do CONTRAN. 
 A expressão “o PRF me multou” é tecnicamente ERRADA, porque: 
A multa não é aplicada no momento da autuação/lavratura do AIT, mas sim, 
após o trâmite do processo administrativo de aplicação da penalidade; 
A multa, assim como as demais penalidades, só pode ser aplicada por uma 
autoridade de trânsito. No caso, o PRF consiste em agente da autoridade de 
trânsito, incompetente para aplicar qualquer penalidade. 
O PRF (POLICIAL rodoviário federal) NÃO pode multar, ele pode autuar e lavrar 
auto de infração de trânsito, ao passo que A PRF (POLÍCIA rodoviária federal) é 
órgão que possui competência para aplicar penalidades, através das 
autoridades de trânsito designadas. 
Esta situação causou bastante polêmica na prova de 2019 da PRF, em que 
houve questões anuladas pela banca em razão da sua redação tecnicamente 
incorreta: 
Um policial rodoviário federal abordou o condutor de um veículo por dirigir 
sem usar o cinto de segurança. Nessa situação, depois de aplicar multa 
depois de autuar o condutor, o policial poderá reter o veículo somente até a 
colocação do cinto pelo motorista, se não constatar outra infração de 
trânsito. 
O condutor de um veículo foi abordado por policial rodoviário federal 
depois de ultrapassar outro veículo pelo acostamento. Nessa situação, o 
policial poderá multar o condutor o policial poderá autuar o condutor, mas 
não poderá reter nem remover o seu veículo. 
 
4.1. Valor da multa 
Atualmente estão vigentes os seguintes valores para as multas, com a 
respectiva pontuação [art. 258 e 259]: 
INFRAÇÃO GRAVÍSIMA - R$293,47 - 7 pontos 
INFRAÇÃO GRAVE - R$195,23 - 5 pontos 
INFRAÇÃO MÉDIA - R$130,16 - 4 pontos 
INFRAÇÃO LEVE - R$88,38 - 3 pontos 
Desta forma, uma infração gravíssima que possua como multiplicador x10, terá 
sua multa calculada em R$2.934,70, mas a pontuação correspondente 
continuará sendo de 7 pontos. 
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4.1.1. Valor de multa variável 
A infração por excesso de peso possui uma forma diferente de apurar o valor 
da multa, que será acrescido de índice adicional conforme o excesso apurado: 
Art. 231 [...] 
V - com excesso de peso, admitido percentual de tolerância quando 
aferido por equipamento, na forma a ser estabelecida pelo CONTRAN: 
Infração - média; 
Penalidade - multa acrescida a cada duzentos quilogramas ou fração de 
excesso de peso apurado, constante na seguinte tabela: 
a) até 600 kg (seiscentos quilogramas) - R$ 5,32 (cinco reais e trinta e dois 
centavos); 
b) de 601 (seiscentos e um) a 800 kg (oitocentos quilogramas) - R$ 10,64 
(dez reais e sessenta e quatro centavos); 
c) de 801 (oitocentos e um) a 1.000 kg (mil quilogramas) - R$ 21,28 (vinte e 
um reais e vinte e oito centavos); 
d) de 1.001 (mil e um) a 3.000 kg (três mil quilogramas) - R$ 31,92 (trinta e 
um reais e noventa e dois centavos); 
e) de 3.001 (três mil e um) a 5.000 kg (cinco mil quilogramas) - R$ 42,56 
(quarenta e dois reais e cinquenta e seis centavos); 
f) acima de 5.001 kg (cinco mil e um quilogramas) - R$ 53,20 (cinquenta e 
três reais e vinte centavos); 
Medida administrativa - retenção do veículo e transbordo da carga 
excedente; 
Seria preciosismo da banca exigir os valores de acréscimo conforme o 
percentual de excesso, mas é interessante você saber que esta possibilidade 
existe. 
 
4.1.2. Natureza da infração variável 
Na infração por excesso de capacidade máxima de tração – CMT, a natureza da 
infração é decidida conforme a gravidade do fato: 
Art. 231 [...] 
X - excedendo a capacidade máxima de tração: 
Infração - de média a gravíssima, a depender da relação entre o excesso de 
peso apurado e a capacidade máxima de tração, a ser regulamentada pelo 
CONTRAN; 
Penalidade - multa; 
Esta regulamentação ocorreu através da Res. 803/2020, que substituiu a 
258/2007 do CONTRAN, exigida no edital de 2021 da PRF: 
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Art. 15. As infrações por excesso da CMT de que trata o inciso X do art. 231 
do CTB serão aplicadas, a depender da relação entre o excesso de peso 
apurado e a CMT, da seguinte forma: 
I – até 600 kg (seiscentos quilogramas): infração média, com valor conforme 
definido no CTB; 
II – entre 601 kg (seiscentos e um quilogramas) e 1.000 kg (um mil 
quilogramas): infração grave, com valor conforme definido no CTB; e 
III – acima de 1.000 kg (um mil quilogramas): infração gravíssima, com valor 
conforme definido no CTB, aplicado a cada 500 kg (quinhentos 
quilogramas) ou fração de excesso de peso apurado. 
 
 
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27 
 
4.2. Multiplicador 
Os multiplicadores das multas, por lógica, somente ocorrem nas infrações 
gravíssimas. 
 
Os multiplicadores apenas multiplicam O VALOR DA MULTA, e 
não multiplicam a quantidade de pontos computada. 
O art. 246 possui uma peculiaridade, pois prevê um multiplicador variável: 
Art. 246. Deixar de sinalizar qualquer obstáculo à livre circulação, à 
segurança de veículo e pedestres, tanto no leito da via terrestre como na 
calçada, ou obstaculizar a via indevidamente: 
Infração - gravíssima; 
Penalidade - multa, agravada em até cinco vezes, a critério da autoridade de 
trânsito, conforme o risco à segurança. 
Parágrafo único. A penalidade será aplicada à pessoa física oujurídica 
responsável pela obstrução, devendo a autoridade com circunscrição 
sobre a via providenciar a sinalização de emergência, às expensas do 
responsável, ou, se possível, promover a desobstrução. 
 
 
 
NATUREZA DAS 
INFRAÇÕES
GRAVÍSSIMA FATOR MULTIPLICADOR
X2
X3
até X5
X5
X10
X 20
X 40
X 60
X 120
GRAVE
MÉDIA
LEVE redutor 50%
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28 
 
 
4.2.1. Infrações que possuem multiplicador 
 
Art. Descrição da Infração Multiplicador 
da penalidade 
de Multa 
Med. 
Administrativa 
162, III Dirigir veículo com Carteira 
Nacional de Habilitação ou 
Permissão para Dirigir de 
categoria diferente da do 
veículo que esteja conduzindo 
2x retenção do 
veículo até a 
apresentação de 
condutor 
habilitado 
162, I Dirigir veículo sem possuir 
Carteira Nacional de 
Habilitação, Permissão para 
Dirigir ou Autorização para 
Conduzir Ciclomotor: 
3x retenção do 
veículo até a 
apresentação de 
condutor 
habilitado 
162, II Dirigir veículo com Carteira 
Nacional de Habilitação, 
Permissão para Dirigir ou 
Autorização para Conduzir 
Ciclomotor cassada ou com 
suspensão do direito de dirigir 
3x recolhimento do 
documento de 
habilitação e 
retenção do 
veículo até a 
apresentação de 
condutor 
habilitado 
165 Dirigir sob a influência de álcool 
ou de qualquer outra substância 
psicoativa que determine 
dependência: 
10x recolhimento do 
documento de 
habilitação e 
retenção do 
veículo 
165, p.u. REINCIDIR, no prazo de 12 
meses, na infração do art. 165 
20x recolhimento do 
documento de 
habilitação e 
retenção do 
veículo 
165-A Recusar-se a ser submetido a 
teste, exame clínico, perícia ou 
outro procedimento que 
permita certificar influência de 
álcool ou outra substância 
psicoativa, na forma 
estabelecida pelo art. 277: 
10x recolhimento do 
documento de 
habilitação e 
retenção do 
veículo 
165-A, 
p.u. 
REINCIDIR, no prazo de 12 
meses, na infração do art. 165-A 
20x recolhimento do 
documento de 
habilitação e 
retenção do 
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veículo 
165-B, 
caput 
CONDUZIR veículo de categoria 
C, D ou E sem realizar o exame 
toxicológico periódico 
5x Não há 
165-B, 
parágrafo 
único 
DEIXAR DE COMPROVAR o 
exame toxicológico periódico 
quando for renovar a 
habilitação, caso seja condutor 
que exerce atividade 
remunerada 
5x Não há 
173 Disputar corrida 10x recolhimento do 
documento de 
habilitação e 
remoção do 
veículo 
173, p.u. REINCIDIR, no prazo de 12 
meses, na infração ao art. 173 
20x recolhimento do 
documento de 
habilitação e 
remoção do 
veículo 
174 Promover, na via, competição, 
eventos organizados, exibição e 
demonstração de perícia em 
manobra de veículo, ou deles 
participar, como condutor, sem 
permissão da autoridade de 
trânsito com circunscrição 
sobre a via 
10x recolhimento do 
documento de 
habilitação e 
remoção do 
veículo 
174, p.u. REINCIDIR, no prazo de 12 
meses, na infração ao art. 174 
20x recolhimento do 
documento de 
habilitação e 
remoção do 
veículo 
175 Utilizar-se de veículo para 
demonstrar ou exibir manobra 
perigosa, mediante arrancada 
brusca, derrapagem ou 
frenagem com deslizamento ou 
arrastamento de pneus 
10x recolhimento do 
documento de 
habilitação e 
remoção do 
veículo 
175, p.u. REINCIDIR, no prazo de 12 
meses, na infração ao art. 175 
20x recolhimento do 
documento de 
habilitação e 
remoção do 
veículo 
176, 
todos os 
Deixar o condutor envolvido em 
acidente com vítima: (qualquer 
5x recolhimento do 
documento de 
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incisos dos 5 incisos) habilitação 
191 Forçar passagem entre 
veículos que, transitando em 
sentidos opostos, estejam na 
iminência de passar um pelo 
outro ao realizar operação de 
ultrapassagem 
10x Não há 
191, p.u. REINCIDIR, no prazo de 12 
meses, na infração ao art. 191 
20x Não há 
193 Transitar com o veículo em 
calçadas, passeios, passarelas, 
ciclovias, ciclofaixas, ilhas, 
refúgios, ajardinamentos, 
canteiros centrais e divisores 
de pista de rolamento, 
acostamentos, marcas de 
canalização, gramados e jardins 
públicos 
3x Não há 
202 Ultrapassar outro veículo: 
I - pelo acostamento; 
II - em interseções e passagens 
de nível; 
5x Não há 
203, 
todos os 
incisos 
Ultrapassar pela contramão 
outro veículo 
5x Não há 
203, p.u. REINCIDIR, no prazo de 12 
meses, na infração ao art. 203 
10x Não há 
218, III Transitar em velocidade 
superior à máxima permitida 
para o local, medida por 
instrumento ou equipamento 
hábil, em rodovias, vias de 
trânsito rápido, vias arteriais e 
demais vias: quando a 
velocidade for superior à 
máxima em mais de 50% 
3x Não há 
246 Deixar de sinalizar qualquer 
obstáculo à livre circulação, à 
segurança de veículo e 
pedestres, tanto no leito da via 
terrestre como na calçada, ou 
obstaculizar a via 
indevidamente 
ATÉ 5X Não há 
253-A Usar qualquer veículo para, 
deliberadamente, interromper, 
20x remoção do 
veículo 
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restringir ou perturbar a 
circulação na via sem 
autorização do órgão ou 
entidade de trânsito com 
circunscrição sobre ela 
253-A, 
§1º 
REINCIDIR, no prazo de 12 
meses, na infração ao art. 253-A 
40x remoção do veículo 
253-A, 
§1º 
Aos organizadores do evento 
relativo ao art. 253-A 
60x remoção do veículo 
253-A, 
§2º 
REINCIDIR, no prazo de 12 
meses, na infração prevista no 
art. 253-A, §1º [organizador do 
evento] 
120x remoção do veículo 
 
 
4.2.2. Multa dobrada 
O CTB prevê a ‘dobra’ da multa em casos específicos de reincidência na 
mesma infração dentro de 12 meses, contados da data da primeira infração. 
 
Art. Infração Multa 
original 
Reincidência 
– valor em 
dobro 
165 Dirigir sob a influência de álcool ou de 
qualquer outra substância psicoativa que 
determine dependência 
10x 20x 
165-
A 
Recusar-se a ser submetido a teste, 
exame clínico, perícia ou outro 
procedimento que permita certificar 
influência de álcool ou outra substância 
psicoativa, na forma estabelecida pelo art. 
277 
10x 20x 
173 Disputar corrida 10x 20x 
174 Promover, na via, competição, eventos 
organizados, exibição e demonstração de 
perícia em manobra de veículo, ou deles 
participar, como condutor, sem permissão 
da autoridade de trânsito com 
circunscrição sobre a via 
10x 20x 
175 Utilizar-se de veículo para demonstrar ou 
exibir manobra perigosa, mediante 
arrancada brusca, derrapagem ou 
10x 20x 
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frenagem com deslizamento ou 
arrastamento de pneus 
191 Forçar passagem entre veículos que, 
transitando em sentidos opostos, estejam 
na iminência de passar um pelo outro ao 
realizar operação de ultrapassagem 
10x 20x 
203 Ultrapassar pela contramão outro veículo 5x 10x 
253-
A 
Usar qualquer veículo para, 
deliberadamente, interromper, restringir 
ou perturbar a circulação na via sem 
autorização do órgão ou entidade de 
trânsito com circunscrição sobre ela 
20x 40x 
253-
A, 
§1º 
Aplica-se a multa agravada em 60 
(sessenta) vezes aos organizadores da 
conduta prevista no caput. 
60x 120x 
 
 
ATENÇÃO! 
A dobra é apenas da MULTA ($$), e não do prazo da suspensão do direito de 
dirigir, quando existente, nem da pontuação. 
 
4.3. Redutor 
O CTB prevê uma hipótese em que a multa será aplicada de forma reduzida: as 
infrações relativas aos PEDESTRES! 
Art. 254. É proibido ao pedestre: 
I - permanecer ou andar nas pistas de rolamento, exceto para cruzá-las 
onde for permitido; 
II - cruzar pistas de rolamento nos viadutos, pontes, ou túneis, salvo onde 
exista permissão; 
III - atravessar a via dentro das áreas de cruzamento, salvo quando houver 
sinalização para esse fim; 
IV - utilizar-se da via em agrupamentos capazes de perturbar o trânsito, ou 
para a prática de qualquer folguedo, esporte, desfiles e similares, salvo em 
casos especiaise com a devida licença da autoridade competente; 
V - andar fora da faixa própria, passarela, passagem aérea ou subterrânea; 
VI - desobedecer à sinalização de trânsito específica; 
Infração - leve; 
Penalidade - multa, em 50% (cinqüenta por cento) do valor da infração de 
natureza leve. 
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33 
 
Novamente, o que é reduzido é o VALOR da multa, e a pontuação permanece a 
mesma. 
As infrações de pedestres, assim como as infrações destinadas a ciclistas, 
carecem de regulamentação e, portanto, não possuem aplicabilidade prática, 
apesar de existirem no texto do CTB. 
 
4.4. Responsabilidade pelo pagamento 
A responsabilidade pelo pagamento da multa será SEMPRE do PROPRIETÁRIO 
DO VEÍCULO: 
Art. 282. § 3º Sempre que a penalidade de multa for imposta a condutor, à 
exceção daquela de que trata o § 1º do art. 259, a notificação será 
encaminhada ao proprietário do veículo, responsável pelo seu pagamento. 
[A exceção prevista pelo artigo (§1º do art. 259) foi vetada quando da 
publicação do CTB.] 
A restrição pecuniária é vinculada ao registro do veículo, ou seja: para que o 
veículo possa ser licenciado anualmente, compete ao proprietário quitar todos 
os débitos relativos a ele. 
A responsabilidade pelo pagamento será do proprietário mesmo nos casos 
em que haja condutor identificado/abordade!! 
Note que esta é uma responsabilidade PERANTE A LEI. No âmbito particular, 
nada impede que proprietário e condutor ajustem entre si o pagamento. 
Entretanto, perante a Administração Pública, quem pode ser cobrado é apenas 
a pessoa do proprietário. 
 
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34 
 
 
4.5. Descontos 
O pagamento da multa poderá ser efetuado até a data do vencimento expressa 
na notificação da penalidade, por oitenta por cento do seu valor. 
Caso o infrator opte pelo sistema de notificação eletrônica, se disponível, 
conforme regulamentação do Contran, e opte por não apresentar defesa 
prévia nem recurso, reconhecendo o cometimento da infração, poderá efetuar 
o pagamento da multa por 60% (sessenta por cento) do seu valor, em 
qualquer fase do processo, até o vencimento da multa. 
O recolhimento do valor da multa não implica renúncia ao questionamento 
administrativo, que pode ser realizado a qualquer momento, salvo quando o 
infrator realizou o pagamento por 60% do seu valor (utilizando o SNE), caso em 
que o desconto está condicionado à não apresentação de defesa e recurso. 
No caso de processo administrativo padrão, há apenas UM requisito para se 
obter o desconto: pagar a multa até o dia do vencimento. 
Já para o cidadão que opta pelo Sistema de Notificação Eletrônica, quando 
disponível, há a necessidade de atender a DOIS requisitos: pagar a multa até o 
dia do vencimento E não apresentar nem defesa e nem recurso administrativo, 
reconhecendo a responsabilidade pela infração. 
 
4.6. Juros de mora 
A Lei nº 13.281/16, que efetuou diversas modificações no CTB, dispôs a 
cobrança de juros de mora para as multas pagas após a data de vencimento da 
notificação da penalidade. 
Art. 284, § 4º Encerrada a instância administrativa de julgamento de infrações e 
penalidades, a multa não paga até o vencimento será acrescida de juros de 
mora equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de 
Custódia (Selic) para títulos federais acumulada mensalmente, calculados a partir 
do mês subsequente ao da consolidação até o mês anterior ao do pagamento, e de 
1% (um por cento) relativamente ao mês em que o pagamento estiver sendo 
efetuado. 
 
4.7. Correção monetária dos valores das multas 
Os valores de multas constantes no CTB poderão ser corrigidos 
Pagamento por 80% do seu valor é igual a Desconto de 20% no valor da multa
Pagamento por 60% do seu valor é igual a Desconto de 40% no valor da multa
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35 
 
monetariamente pelo Contran, respeitado o limite da variação do Índice 
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no exercício anterior. 
Os novos valores decorrentes desta correção serão divulgados pelo Contran 
com, no mínimo, 90 dias de antecedência de sua aplicação. 
 
4.8. Da pontuação na Carteira de Habilitação 
Cada multa de trânsito, dependendo da natureza da infração, ocasiona o 
registro de pontos no prontuário do infrator responsável. 
infração de natureza GRAVÍSSIMA - 7 pontos 
infração de natureza GRAVE - 5 pontos 
infração de natureza MÉDIA - 4 pontos 
infração de natureza LEVE - 3 pontos 
 
As exceções para a regra da pontuação estão previstas no art. 259, §4º, com 
alterações feitas pela L14071: 
Art. 259. § 4º Ao condutor identificado será atribuída pontuação pelas 
infrações de sua responsabilidade, nos termos previstos no § 3º do art. 257 
deste Código, exceto aquelas: 
I - praticadas por passageiros usuários do serviço de transporte rodoviário 
de passageiros em viagens de longa distância transitando em rodovias 
com a utilização de ônibus, em linhas regulares intermunicipal, 
interestadual, internacional e aquelas em viagem de longa distância por 
fretamento e turismo ou de qualquer modalidade, excluídas as situações 
regulamentadas pelo Contran conforme disposto no art. 65 deste Código; 
II - previstas no art. 221, nos incisos VII e XXI do art. 230 e nos arts. 232, 
233, 233-A, 240 e 241 deste Código, sem prejuízo da aplicação das 
penalidades e medidas administrativas cabíveis; 
III - puníveis de forma específica com suspensão do direito de dirigir. [esta 
previsão já existia na Resolução nº 723/2018 do CONTRAN, mas passou a 
constar no próprio CTB] 
Sobre o §1º: quando um passageiro de um ônibus de transporte rodoviário de 
passageiros de longa distância que transite em rodovias cometer a infração 
de não usar cinto de segurança, o motorista deste veículo não será 
responsabilizado. 
Sobre o §2º: Quis a L14071 excluir algumas infrações do cômputo da 
pontuação para o CONDUTOR identificado (entendemos que permanecerá a 
possibilidade de cômputo de pontuação para o proprietário do veículo, pois a 
maioria destas infrações é de sua responsabilidade). Veja elas: 
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Art. 221. Portar no veículo placas de identificação em desacordo com as 
especificações e modelos estabelecidos pelo CONTRAN: 
Infração - média; 
Penalidade - multa; 
Medida administrativa - retenção do veículo para regularização e apreensão 
das placas irregulares. 
 
Art. 230. Conduzir o veículo: 
VII - com a cor ou característica alterada; 
XXI - de carga, com falta de inscrição da tara e demais inscrições previstas 
neste Código; 
 Infração - média; 
Penalidade - multa. 
 
Art. 232. Conduzir veículo sem os documentos de porte obrigatório 
referidos neste Código: 
Infração - leve; 
Penalidade - multa; 
Medida administrativa - retenção do veículo até a apresentação do 
documento. 
 
Art. 233. Deixar de efetuar o registro de veículo no prazo de trinta dias, 
junto ao órgão executivo de trânsito, ocorridas as hipóteses previstas no 
art. 123: 
Infração - grave; 
Penalidade - multa; 
Medida administrativa - retenção do veículo para regularização. 
 
Art. 240. Deixar o responsável de promover a baixa do registro de veículo 
irrecuperável ou definitivamente desmontado: 
Infração - grave; 
Penalidade - multa; 
Medida administrativa - Recolhimento do Certificado de Registro e do 
Certificado de Licenciamento Anual. 
 
Art. 241. Deixar de atualizar o cadastro de registro do veículo ou de 
habilitação do condutor: 
Infração - leve; 
Penalidade - multa. 
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37 
 
Na legislação de trânsito há, ainda, mais um tipo de infração que não computa 
pontos no prontuário: aquelas às quais foi aplicada a penalidade de 
advertência por escrito, nos termos da Resolução 619/2016 do CONTRAN: 
Art. 10, § 7º A aplicação da Penalidade de Advertência por Escrito não 
implicará em registrode pontuação no prontuário do infrator. 
 
Por fim, o art. 261, §8º, do CTB dispõe que a pessoa jurídica concessionária 
ou permissionária de serviço público tem o direito de ser informada dos 
pontos atribuídos, na forma do art. 259, aos motoristas que integrem seu 
quadro funcional, exercendo atividade remunerada ao volante, na forma que 
dispuser o Contran. 
Veja como esse tema apareceu na prova da PRF de 2019: 
Para que uma concessionária de serviço público de transporte de 
passageiros conheça a pontuação de infrações atribuída a um motorista de 
seu quadro funcional, que, no exercício da atividade remunerada ao volante, 
tenha tido seu direito de dirigir suspenso, ela deve ter autorização do 
respectivo empregado, uma vez que essa informação é personalíssima 
Gabarito: Errado, como acabamos de ver! 
4.9. Competência 
As multas serão impostas e arrecadadas pelo órgão ou entidade de trânsito 
com circunscrição sobre a via onde haja ocorrido a infração [ART. 260]. 
As multas decorrentes de infração cometida em unidade da Federação diversa 
da do licenciamento do veículo serão arrecadadas e compensadas na forma 
estabelecida pelo CONTRAN. 
Estas multas poderão ser comunicadas ao órgão ou entidade responsável 
pelo seu licenciamento, que providenciará a notificação. 
 O CONTRAN regulamentou a forma de compensação através da Res. Nº 
637/20163. 
A PRF arrecada as multas decorrentes das infrações que constata! 
Arrecadar significa COBRAR o valor da multa 
Clique aqui para ver a página de restituição de valores da PRF 
Clique aqui para ver a página de consulta de multas e pagamentos da PRF 
Clique aqui para ver os dados abertos da PRF 
 
 
3 Não cobrada no edital da PRF de 2021. 
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https://portal.prf.gov.br/multas-e-infracoes/restituicao-de-valores-1
https://nadaconsta.prf.gov.br/nada_consta/index.jsf
https://portal.prf.gov.br/dados-abertos-infracoes
 
38 
 
 
4.10. Multa à pessoa jurídica 
A pessoa jurídica, por ser a proprietária do veículo, será responsável pelo 
pagamento da multa. 
Ocorre, outrossim, um fato curioso: não há cômputo de pontuação, pois a 
empresa não tem uma CNH. 
Para que os cidadãos não passassem a fraudar o sistema, o CTB previu um 
gravame financeiro para a empresa que não apresentar condutor para a 
infração cometida. Observe a redação já atualizada pela L14229: 
Art. 257 § 8º Após o prazo previsto no § 7º deste artigo, se o infrator não 
tiver sido identificado, e o veículo for de propriedade de pessoa jurídica, 
será lavrada nova multa ao proprietário do veículo, mantida a originada pela 
infração, cujo valor será igual a 2 (duas) vezes o da multa originária, 
garantidos o direito de defesa prévia e de interposição de recursos 
previstos neste Código, na forma estabelecida pelo Contran. 
 
Anteriormente à L14229, a multa à pessoa jurídica 
por deixar de identificar o condutor infrator tinha 
seu valor multiplicado pelo número de infrações 
iguais cometidas no período de 12 meses. Entretanto, esta disposição foi 
alterada, para que a multa seja multiplicada por 2 vezes, apenas! Compare as 
redações dos artigos: 
 
Redação antiga Redação dada pela L14229 
Art. 257, § 8º Após o prazo previsto no 
parágrafo anterior, não havendo 
identificação do infrator e sendo o 
veículo de propriedade de pessoa 
jurídica, será lavrada nova multa ao 
proprietário do veículo, mantida a 
originada pela infração, cujo valor é o 
da multa multiplicada pelo número de 
infrações iguais cometidas no período 
de doze meses. 
Art. 257, § 8º Após o prazo previsto no 
§ 7º deste artigo, se o infrator não 
tiver sido identificado, e o veículo for 
de propriedade de pessoa jurídica, 
será lavrada nova multa ao 
proprietário do veículo, mantida a 
originada pela infração, cujo valor 
será igual a 2 (duas) vezes o da multa 
originária, garantidos o direito de 
defesa prévia e de interposição de 
recursos previstos neste Código, na 
forma estabelecida pelo Contran. 
Além disso, a L14229 previu que essa nova multa deveria ter notificações 
expedidas, para que a empresa proprietária pudesse apresentar tanto a defesa 
prévia (contra a notificação da autuação) quanto os recursos administrativos 
(em primeira e segunda instância). 
Se o proprietário não proceder à identificação do condutor dentro do prazo 
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previsto pelo CTB, ou se fizer a identificação em desconformidade com os 
requisitos da resolução 619/2016-CONTRAN, para efeitos de cômputo da 
pontuação, quem será considerado como “condutor” será o principal 
condutor ou, na sua ausência, o proprietário. 
 
Quando a PJ for responsabilizada, não há cômputo de pontuação, mas o CTB 
prevê outra consequência a ela: a multa original será mantida e será 
lavrada outra multa, cujo valor será o dobro da multa 
original. 
Esta nova infração é chamada, pelo CONTRAN, de multa NIC – não indicação 
de condutor, e foi regulamentada pela Resolução nº 710/2017 do CONTRAN4. 
 
 
4.11. Multas cometidas por estrangeiros 
Quando a infração for cometida com veículo licenciado no exterior, em trânsito 
no território nacional, a multa respectiva deverá ser paga ANTES de sua saída 
do País, respeitado o princípio de reciprocidade [art. 260, §4º]. 
O art. 3º do CTB dispõe que que as disposições do Código de Trânsito 
Brasileiro são aplicáveis a qualquer veículo, bem como aos proprietários, 
condutores dos veículos nacionais ou estrangeiros e a todas as pessoas nele 
mencionadas. 
Os veículos licenciados no exterior não poderão sair do território nacional sem 
o prévio pagamento ou o depósito, judicial ou administrativo, dos valores 
correspondentes às infrações de trânsito cometidas e ao ressarcimento de 
danos que tiverem causado ao patrimônio público ou de particulares, 
independentemente da fase do processo administrativo ou judicial envolvendo 
a questão [art. 119, §1º e art. 230, §2º]. 
Os veículos que saírem do território nacional sem cumprir tais exigências e que 
posteriormente forem flagrados tentando ingressar ou já em circulação no 
território nacional serão retidos até a regularização da situação [art. 119, §2º] 
 
 
Clique aqui para assistir à TT sobre 
estrangeiros. 
 
 
 
4 Não cobrada no edital da PRF de 2021. 
raquel avelino ribeiro
guiamaison@gmail.com
020.711.411-05
https://www.youtube.com/watch?v=jQ4Rl99DQLc&list=PLWS-AC3cAqEHxDWLcokyWgVWgABGprbbn&index=16
https://www.youtube.com/watch?v=jQ4Rl99DQLc&list=PLWS-AC3cAqEHxDWLcokyWgVWgABGprbbn&index=16
 
40 
 
 
4.12. Destinação dos valores arrecadados por Multas de 
Trânsito 
O CTB dispõe que a receita arrecadada com a cobrança das multas de trânsito 
será aplicada, exclusivamente, em sinalização, engenharia de tráfego, 
de campo, policiamento, fiscalização e educação de trânsito [art. 320]. 
A Resolução CONTRAN 875/2021, que substituiu a 638/16 do CONTRAN 
dispõe sobre as formas de aplicação da receita arrecadada com a cobrança 
das multas de trânsito5. 
Além destas áreas, o percentual de cinco por cento (5%) do valor das multas 
de trânsito arrecadadas será depositado, mensalmente, na conta de 
fundo de âmbito nacional destinado à segurança e educação de trânsito - 
FUNSET. 
 “Aplicar” e “depositar” indicam situações diversas sobre o destino do dinheiro 
arrecadado a título de multas: 
5% será depositado na conta do FUNSET, mensalmente; 
95% será aplicado, exclusivamente, nos setores de sinalização, engenharia 
de tráfego, de campo, policiamento, fiscalização e educação de trânsito. 
A Lei nº 13.281/16, que realizou diversas alterações no CTB, previu que os 
órgãos e as entidades do Sistema Nacional de Trânsito poderão 
integrar-se para a ampliação e o aprimoramento da fiscalização de 
trânsito, inclusive por meio do compartilhamento da receita 
arrecadada com a cobrança das multas de trânsito [art. 320-A]. 
O órgão responsável (SENATRAN/DENATRAN) deverá publicar, 
anualmente, na rede mundial de computadores (internet),

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