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AULA 9 - OS TRATADOS NA CONSTITUICAO

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Os TRATADOS NA CONSTITUIÇÃO
Universidade de Taubaté – UNITAU
Profª Isabela Franco
OS TRATADOS INTERNACIONAIS NA CONSTITUIÇÃO
Tratado enquanto termo genérico, usado para incluir as Convenções, os pactos, as cartas e demais acordos internacionais. (Flávia Piovesan)
Os tratados estão previstos na Convenção de Viena de 1969 sobre o direito dos tratados.
EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 45/2004:
Art. 5º, § 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. 
	Negociação e assinatura pelo poder Executivo. 
Art. 84, VIII, CRFB.
(ACEITE PRECÁRIO E PROVISÓRIO, NÃO PRODUZINDO EFEITOS JURÍDICOS VINCULANTES)	Aprovação pelo Poder Legislativo.
Art. 49, I, CRFB. (rito ordinário)	Ratificação pelo Poder Executivo. 
(ACEITE DEFINITIVO, PRODUZINDO EFEITOS JURÍDICOS VINCULANTES NA ORDEM INTERNACIONAL.)*
Procedimento geral para a incorporação de tratados: Rito ordinário 
*Posição STF: Necessidade além da ratificação, a produção de ato normativo nacional para a produção de efeitos vinculantes do tratado no ordenamento jurídico interno. Adoção da corrente dualista moderada.
 “O exame da vigente Constituição Federal permite constatar que a execução dos tratados internacionais e a sua incorporação à ordem jurídica interna decorrem, no sistema adotado pelo Brasil, de um ato subjetivamente complexo, resultante da conjugação de duas vontades homogêneas: a do Congresso Nacional, que resolve, definitivamente, mediante decreto legislativo, sobre tratados, acordos ou atos internacionais (CF, art. 49, I) e a do Presidente da República, que, além de poder celebrar esses atos de direito internacional (CF, art. 84, VIII), também dispõe — enquanto Chefe de Estado que é — da competência para promulgá-los mediante decreto.” 
“O iter procedimental de incorporação dos tratados internacionais — superadas as fases prévias da celebração da convenção internacional, de sua aprovação congressional e da ratificação pelo Chefe de Estado — conclui-se com a expedição, pelo Presidente da República, de decreto, de cuja edição derivam três efeitos básicos que lhe são inerentes: (a) a promulgação do tratado internacional; (b) a publicação oficial de seu texto; e (c) a executoriedade do ato internacional, que passa, então, e somente então, a vincular e a obrigar no plano do direito positivo interno. Precedentes.”(ADI 1.480-MC, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 4-9-97, DJ de 18-5-01)
ATO COMPLEXO E PRIVILEGIA O PRINCÍPIO DOS FREIOS E CONTRAPESOS.
	Negociação e assinatura pelo poder Executivo. 
Art. 84, VIII, CRFB.
(ACEITE PRECÁRIO E PROVISÓRIO, NÃO PRODUZINDO EFEITOS JURÍDICOS VINCULANTES)
	Aprovação pelo Poder Legislativo pelo rito especial:
Art. 5º, §3º.
(3/5, 2 casas, 2 turnos)	Ratificação pelo Poder Executivo. 
(ACEITE DEFINITIVO, PRODUZINDO EFEITOS JURÍDICOS VINCULANTES NA ORDEM INTERNACIONAL.)*
Procedimento geral para a incorporação de tratados referente aos Direitos Humanos: Rito especial 
STATUS CONSTITUCIONAL
No Brasil, temos 3 tratados de Direitos Humanos aprovados no rito especial, são eles:
Tratado de Marraqueche para Facilitar o Acesso a Obras Publicadas às Pessoas Cegas, com Deficiência Visual ou com Outras Dificuldades para Ter Acesso ao Texto Impresso, firmado em Marraqueche, em 27 de junho de 2013. PUBLICADO EM 09.10.2018
Convenção Interamericana contra o Racismo, a Discriminação Racial e Formas Correlatas de Intolerância, adotada na Guatemala, por ocasião da 43ª Sessão Ordinária da Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos, em 5 de junho de 2013. 
Publicado em 11.01.22
Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova York, em 30 de março de 2007.
PUBLICADO EM 26.8.2009 
Em síntese, um tratado de Direitos Humanos poderá ter status ou constitucional ou supralegal, dependendo da forma de aprovação pelo Congresso. 
 STATUS CONSTITUCIONAL (tratados e convenções de Direitos Humanos aprovados por ¾, nas 2 casas, em 2 turnos.) FUNDAMENTO: §3º, Art. 5º.
STATUS SUPRALEGALIDADE (tratados e convenções de Direitos Humanos ratificados pelo Estado Brasileiro). FUNDAMENTO: Recursos Extraordinários (REs) nº 349703 e nº466343:
 
Recursos Extraordinários (REs) nº 349703 e nº466343 que firmou o entendimento do status de supralegalidade de tratados de Direitos Humanos aprovados pelo Rito Ordinário:
Estendeu a proibição de prisão civil por dívida (art. 5º, inc. LXVII CF) ao caso do depositário infiel. É no contexto de tais decisões que firmou entendimento de que os tratados possuem status de supralegalidade. Nesse sentido, apenas os tratados que forem aprovados em conformidade com o parágrafo 3º do art. 5º é que adquirem status constitucional.
Os tratados internacionais de direitos humanos em vigor no Brasil são também (assim como a Constituição) paradigma de controle da produção normativa doméstica. É o que se denomina de controle de convencionalidade das leis.
Divergência entre Tratados e normas nacionais:
CONTROLE DE CONVENCIONALIDADE 
INTERNALIZAÇÃO NO ORDENAMENTO JURÍDICO DE TRATADOS:
Revogação da norma ou eficácia paralisada ?
Divergência entre a Constituição e os tratados:
(...) diante do inequívoco caráter especial dos tratados internacionais que cuidam da proteção dos direitos humanos, não é difícil entender que a sua internalização no ordenamento jurídico, por meio do procedimento de ratificação previsto na CF/1988, tem o condão de paralisar a eficácia jurídica de toda e qualquer disciplina normativa infraconstitucional com ela conflitante. Nesse sentido, é possível concluir que, diante da supremacia da CF/1988 sobre os atos normativos internacionais, a previsão constitucional da prisão civil do depositário infiel (art. 5º, LXVII) não foi revogada (...), mas deixou de ter aplicabilidade diante do efeito paralisante desses tratados em relação à legislação infraconstitucional que disciplina a matéria (...). Tendo em vista o caráter supralegal desses diplomas normativos internacionais, a legislação infraconstitucional posterior que com eles seja conflitante também tem sua eficácia paralisada. (...) Enfim, desde a adesão do Brasil, no ano de 1992, ao PIDCP (art. 11) e à CADH — Pacto de São José da Costa Rica (art. 7º, 7), não há base legal para aplicação da parte final do art. 5º, LXVII, da CF/1988, ou seja, para a prisão civil do depositário infiel.
[RE 466.343, rel. min. Cezar Peluso, voto do min. Gilmar Mendes, P, j. 3-12-2008, DJE 104 de 5-6-2009, Tema 60.]
Status supralegal dos tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos
Esse caráter supralegal do tratado devidamente ratificado e internalizado na ordem jurídica brasileira — porém não submetido ao processo legislativo estipulado pelo art. 5º, § 3º, da CF/1988 — foi reafirmado pela edição da Súmula Vinculante 25, segundo a qual “é ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito”. Tal verbete sumular consolidou o entendimento deste Tribunal de que o art. 7º, item 7, da CADH teria ingressado no sistema jurídico nacional com status supralegal, inferior à CF/1988, mas superior à legislação interna, a qual não mais produziria qualquer efeito naquilo que conflitasse com a sua disposição de vedar a prisão civil do depositário infiel. Tratados e convenções internacionais com conteúdo de direitos humanos, uma vez ratificados e internalizados, ao mesmo passo em que criam diretamente direitos para os indivíduos, operam a supressão de efeitos de outros atos estatais infraconstitucionais que se contrapõem à sua plena efetivação.
[ADI 5.240, voto do rel. min. Luiz Fux, P, j. 20-8-2015, DJE 18 de 1º-2-2016.]rel. min. Luiz Fux, P, j. 20-8-2015, DJE 18 de 1º-2-2016.]

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