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TEMA: NOÇÕES HISTORIOGRAFIA E PRÉ-HISTÓRIA 1) Aponte as dificuldades encontradas no estudo da formação da humanidade. 2) Elabore um quadro comparativo entre as teorias criacionista e evolucionista 3) Reorganize a linha do tempo sobre a evolução humana onde você colocará em ordem as datas através de desenhos de imagens ou objetos que as representem. 4) Conceitue pré-história. 5) Quais a principais características do período paleolítico? 6) Explique porque o período mesolítico é considerado intermediário entre o paleolítico e o neolítico. 7) No período neolítico os seres humanos passam a produzir seu próprio alimento com o desenvolvimento da agricultura e a divisão de tarefas, comente sobre a importância desses fatos para a evolução da humanidade. “Entre todas as espécies de hominídeos, restou apenas a nossa. A preservação da espécie, assim, é de inteira responsabilidade dos Homo sapiens modernos. Trata-se de uma tarefa ingrata, mesmo porque somos nossos maiores predadores.” 8) Enumere ao menos cinco aspectos que colocam em risco a preservação da espécie humana. 9) Aponte possíveis alternativas para superá-los ou revertê-los. 10) Procure nos jornais, revistas, livros ou na internet exemplos atuais de ações realizadas com o objetivo de garantir a preservação da espécie humana. Descreva-as. TEMA: PRIMEIRAS CIVILIZAÇÕES; MESOPOTÂMIA 1) Que motivos tu identificas para que as primeiras civilizações se formem em áreas alagáveis e banhadas por rios? 2) No atual Iraque, na Antigüidade, desenvolveu-se a Civilização Mesopotâmica. Por que desse nome e que relação há com o Crescente Fértil? 3) Os Sumérios foram o primeiro povo a habitar a região entre os rios Tigre e Eufrates, ali formando uma das primeiras organizações sociais. Que foi feito em relação às águas dos rios, ao uso da terra, em geral, e que tornou aquela área próspera? 4) Várias civilizações se formaram e foram absorvidas pela posterior na Mesopotâmia. Descreva sua organização social e política (quem governava, quem trabalhava etc.). 5) Os povos mesopotâmicos ficaram famosos por sua arte, especialmente pela sua literatura. Como era o sistema de escrita que usavam e de que serviam para escrever? 6) No texto, há uma ilustração de um Zigurate, uma torre-templo característica da cultura mesopotâmica. Agora, faze de conta que és a pessoa encarregada por desenhar para o rei Nabucodonozor um novo e belo Zigurate e desenhe. 7) Como eram as relações entre os deuses mesopotâmicos e o povo? Os deuses dos mesopotâmios eram uma pouco cheios de vícios... aliás, pareciam bem humanos. Explique . 8) O que teria exigido ou incentivado a escrita entre os sumérios? O que isso nos indica sobre o nível de desenvolvimento dessa civilização? 9) Leia a citação a seguir. Que outra história religiosa ela faz lembrar? "Depois que, durante sete dias [e] sete noites, o dilúvio se estendeu sobre a terra [E] o grande barco foi sacudido pelos vendavais sobre as águas; Utu [o deus sol] apareceu, espalhando luz sobre o céu e a terra (...)" 10) O Código de Hamurabi e o princípio de Talião são aspectos muito conhecidos da civilização mesopotâmica, e se caracterizam pela “justa vingança' contra os culpados. Essa ideia de punição permaneceu muito popular e romantizada, até os dias atuais. Um caso hipotético, entretanto, de um homem que mata o filho de outro, leva à morte do filho desse homem, um inocente. O que você pensa sobre os sistemas de punição, na Historia e na atualidade, como eles podem contribuir para a melhoria da nossa sociedade? MATERIAL AUXILIAR As fontes históricas e a Escrita da História Quando observamos a organização do tempo e das informações históricas em um livro didático, mal pensamos sobre todo o processo que envolveu a fabricação daquele material disponível para estudo. O passado, enquanto objeto de estudo, não está devidamente organizado e analisado em todas as suas dimensões. Para que seja possível conhecê-lo, o historiador tem que sair em busca dos vestígios que possam fornecer informações e respostas ao seu exercício de investigação. Sob tal aspecto, notamos que o historiador deve estar à procura constante e regular de fontes que viabilizem o seu contato com as experiências que já se consumaram ao longo do tempo. Fora desse tipo de ação, a pesquisa histórica fica sujeita à produção de suposições e julgamentos que fogem ao compromisso do historiador em conferir voz ao tempo que ele observa e pesquisa. Sendo assim, as fontes históricas aparecem como elementos de suma importância em tal caminhada. Ao contrário do que possa parecer, o reconhecimento e uso de uma determinada fonte histórica não é naturalmente realizado por aqueles que se colocam em busca do passado. Dependendo dos interesses e influências que marcam a trajetória do historiador, notamos que as fontes históricas podem ser empregadas ou não em seu trabalho. Desse modo, entendemos que nenhum historiador terá a capacidade ou disposição de esgotar o uso de todas as possíveis fontes relacionadas a um determinado evento ou tema. Durante muito tempo, os historiadores acreditavam que o passado não poderia ser reconhecido para fora das fontes escritas oficiais. Tal critério, que perdurou até o século XIX, chegou a determinar que o tempo em que a escrita não fora dominada pelo homem ou as sociedades que não dominavam tal técnica não poderiam ter o seu passado escrito. Sendo assim, o trabalho de vários historiadores esteve preso aos documentos ou fontes escritas. No século passado, a ação de outros historiadores e o desenvolvimento de novas formas de estudo foi gradativamente revelando que o conjunto de fontes a serem trabalhadas pelo historiador pode muito bem extrapolar o mundo letrado. A partir de então, fontes de natureza, visual, oral e sonora foram incorporadas ao conjunto de compreensão do passado. Com isso, observamos que determinados temas históricos tiveram a sua discussão renovada e ampliada para outros patamares. Logicamente, não podemos deixar de frisar que o uso de diferentes fontes empreendeu o reconhecimento de novos desafios ao ofício do historiador. Em contrapartida, ofereceu ao historiador e ao público interessado uma oportunidade de renovar e determinar o crescimento da produção técnica, científica e didática sobre o assunto. De fato, o século XX foi marcado por um volume de publicações de temas históricos nunca antes observados em qualquer outro tempo. Origens da humanidade Estudar a formação da humanidade é um trabalho complexo, que exige muita dedicação e paciência. As evidências históricas são poucas, pois a maior parte dos vestígios foi destruída pelo tempo ou mesmo pela ação dos seres humanos. O que sobrou, muitas vezes, está escondido sob muitas camadas de terra, no fundo de cavernas, no topo de montanhas ou nas profundezas dos mares. Para localizar essas evidências, o trabalho dos pesquisadores é intenso e demorado. Arqueólogos, antropólogos, biólogos e paleontólogos, entre outros, reconstituem a organização social, política, econômica e cultural de nossos mais antigos ancestrais. Trata-se de um estudo elaborado, muitas vezes, com base em pequenos vestígios. Teorias sobre a origem do homem Duas hipóteses principais tentam explicar a origem do homem: Na teoria criacionista, o mundo e a humanidade foram criados por um ser supremo, conforme relata o primeiro livro da Bíblia, o Gênesis, que trata da criação do mundo, de Adão e de Eva, considerados os primeiros seres humanos. Em oposição ao criacionismo, a teoria evolucionista ou darwinismo, afirma que o homem e os demais seres vivos se originaram de organismos mais simples, que sofreram transformações ao longo do tempo.Hoje, se sabe que, essas mudanças envolveram mutações genéticas e a seleção dos espécimes mais bem adaptados ao ambiente em que viviam. O evolucionismo baseia-se principalmente no estudo de fósseis e em pesquisas genéticas; por isso é a teoria mais aceita pela comunidade científica atualmente. Pré-História A Pré-História foi o período do surgimento e desenvolvimento dos primeiros humanos na Terra. Para sobreviver às intemperes da natureza, eles tiveram que se adaptar ao meio ambiente. Esses grupos eram caçadores, pescadores e coletores, alimentando-se daquilo que estava disponível na natureza. Com o passar do tempo, a relação entre ser humano e natureza mudou, pois a humanidade começou a dominar e explorar a natureza. A descoberta e o controle do fogo bem como o surgimento da agricultura promoveram significativas mudanças na forma dos hominídeos se organizarem socialmente. A Idade dos Metais mostrou o nível de complexidade do homem primitivo ao usar metais como ferro para a confecção de armas. Divisão da Pré-História A Pré-História foi o período da nossa história que começou com o surgimento do primeiro ser humano, em, aproximadamente, 3 milhões de anos a.C., alcançando o surgimento da escrita, por volta de 4 mil a.C. Ao longo desse tempo, os primeiros grupos humanos passaram pelo processo de adaptação ao meio ambiente em busca da sobrevivência, transformaram-se em caçadores, coletores e agricultores, até utilizarem os metais, como ferro. Esse período extenso é dividido em quatro partes: Período Paleolítico No Paleolítico, os primeiros seres humanos eram nômades, não tinham local fixo para morar porque estavam se deslocando de um lugar para o outro, procurando melhores condições para viver. Eles praticavam a caça, a pesca e a coleta de frutos. Esse período é conhecido como Idade da Pedra Lascada, por causa da produção de objetos lascados em pedras. No final do Paleolítico, ocorreu a descoberta e o controle do fogo. Dessa forma, os humanos poderiam caçar à noite, cozinhar os alimentos, espantar animais selvagens e se proteger do frio. Período Mesolítico Entre o Paleolítico e o Neolítico, o período do Mesolítico foi o momento de transição e de transformações significativas para os hominídeos. A formação geográfica do planeta Terra foi concluída, e as modificações no ambiente promoveram a sedentarização de alguns grupos, fixando-se em determinadas regiões férteis. Período de Neolítico Alguns estudiosos consideram o período do Neolítico como uma revolução por conta do aprofundamento das relações entre o ser humano e o meio ambiente. A principal característica desse período da Pré-História foi a prática da agricultura. Os grupos que se sedentarizaram e se tornaram agricultores utilizavam da terra para sobreviver. Eles se tornaram produtores de alimentos. Foi nesse momento que o artesanato se desenvolveu por meio da produção de utensílios domésticos feitos de palha ou argila para armazenar a produção excedente. Idade dos Metais Por fim, o último período da Pré-História é a Idade dos Metais. Por volta do ano 6 mil a.C., os metais foram utilizados para a confecção de armas e outros instrumentos. Surgia a figura do artesão, aquele que trabalhava especificamente na produção de objetos feitos dos metais. Além disso, as primeiras aldeias agrícolas aumentaram a população e se tornaram os primeiros aglomerados urbanos da história. A organização social se tornou mais complexa, e novas formas de trabalho foram surgindo das demandas do momento. Homem pré-histórico Ao surgir no planeta Terra, há, aproximadamente, 4 milhões de anos, o ser humano procurou se adaptar ao ambiente em que vivia. Observava os animais e a natureza que o cercavam. Se tinha alguma necessidade, logo procurava satisfazê-la. O homem pré-histórico percebeu que, sozinho, não poderia sobreviver. Por isso, buscou unir-se com outros homens para caçar animais de pequeno e médio porte, compartilhar experiências e os primeiros ritos religiosos. Eles eram nômades, estavam em constante busca por lugares melhores para sobreviver. Quando um animal era abatido, os grupos não apenas consumiam a carne, mas utilizavam toda a carcaça. A pele era retirada e servia de agasalho para os dias mais frios. Os ossos maiores, lascados nas pedras, tornavam-se objetos pontiagudos e serviam de armas. Já os ossos menores serviam de colares para recordar as caças bem-sucedidas do passado. No primeiro momento da Pré- História, tudo era compartilhado com o grupo. Pré-História no Brasil Quando os portugueses desembarcaram no Brasil, em 22 de abril de 1500, não encontraram um território desabitado. Já existiam inúmeras tribos espalhadas pelo litoral e no interior. A organização social dessas tribos era diferente dos europeus, e o choque cultural foi o primeiro empecilho entre o colonizador e os primeiros habitantes daquele continente, batizado de América. A chegada dos primeiros habitantes ao Brasil começou logo após os primeiros agrupamentos humanos atravessarem o Estreito de Bering, na fronteira entre a Sibéria e o Alasca, fugindo do frio. As tribos se espalharam por todo o continente americano vindas desse estreito ou por barcos oriundos da Oceania. Conforme estudos arqueológicos, a presença humana no Brasil começou há 12 mil anos, ou seja, é uma ocupação recente. Os primeiros habitantes eram caçadores-coletores, agricultores e povoaram o litoral. Os vestígios dessa primeira presença humana no Brasil estão presentes em sítios arqueológicos localizados: na Serra da Capivara, no Piauí; em Lagoa Santa, Minas Gerais; e em Caatinga de Moura, Bahia. Esses locais guardam também pinturas rupestres dentro das cavernas por onde passaram os primeiros habitantes do nosso país. Arte na Pré-História A arte na Pré-História é denominada arte rupestre. Os hominídeos tinham o hábito de fazer desenhos nas paredes das cavernas representando animais selvagens que foram capturados ou que desejavam capturar. Principalmente no período do Neolítico, os objetos de cerâmica também eram locais para pinturas, representando cotidiano dos primeiros agrupamentos humanos. Estudiosos se basearam nessas produções artísticas para iniciar os estudos sobre a Pré-História. Idade Antiga A Idade Antiga é um período da história iniciado quando o ser humano desenvolveu a primeira forma de escrita na Suméria, por volta de 3500 a.C. Esse tempo faz parte de uma periodização, desenvolvida por historiadores modernos, que estabeleceu o seu fim em 476 d.C., quando o Império Romano do Ocidente teve fim. A Antiguidade, portanto, é o período das grandes civilizações, e os historiadores dedicam-se arduamente ao estudo delas, porque sabemos que reconstituir o modo de vida de povos que viveram milhares de anos atrás é algo extremamente complexo. Fora das civilizações do Oriente Médio e da Europa, os pesquisadores também consideram o estudo de algumas civilizações asiáticas, como a China. No caso da América, muitos ainda consideram que as civilizações pré-colombianas também se encaixavam dentro do modo de vida dos povos da Antiguidade. O Crescente Fértil O Crescente Fértil é uma região do Oriente Médio, onde surgiram algumas das primeiras civilizações. Seu nome se explica porque antigamente as terras da região eram férteis, boas para a lavoura (em função de cheias periódicas que fertilizavam o solo), e, no mapa, a região tem a forma de uma lua crescente. Ocupando uma área que vai do golfo Pérsico até o vale do rio Nilo, o Crescente Fértil abrange os territórios da Palestina e da Mesopotâmia. É provável que o povo da Mesopotâmia (atual Iraque) tenha se estabelecido em aldeias na região já em 8000 a.C. Eles cultivavam a terra perto dos riosTigre e Eufrates. Por volta de 3500 a.C., os mesopotâmios construíram cidades e começaram a desenvolver formas de governo, leis e escrita. Com isso, tornaram-se o que os historiadores consideram uma sociedade civilizada. Outra civilização que surgiu há muito tempo no Crescente Fértil foi a do Egito antigo. Civilização Mesopotâmica Mesopotâmia é uma palavra da língua grega que significa “terra entre rios”. Assim era chamada uma antiga região entre os rios Tigre e Eufrates, no Oriente Médio, na Ásia. Algumas das primeiras civilizações desenvolveram-se na Mesopotâmia. Atualmente, a região faz parte do Iraque. Mesopotâmia. 1 fot., color. In Britannica Escola. Web, 2021. Disponível em: <https://escola.britannica.com.br/artigo/Mesopotâmia/481886/recursos/ 183492>. As civilizações mesopotâmicas, como o próprio nome indica, desenvolveram- se na região conhecida como Mesopotâmia, que compreende o atual Iraque no Oriente Médio. O nome mesopotâmia significa “região entre rios”, ou “terra entre rios”, isso porque se trata de uma região situada entre os rios Tigre e Eufrates. Essa região está inserida no que se convencionou denominar “crescente fértil”, isto é, uma área de terras férteis que vai da Mesopotâmia ao vale do rio Nilo no Egito. As primeiras formas de organização humana nessa região datam de cerca de 7000 a.C. e ocorriam no padrão de aldeias sedentárias. Só por volta de 4.000 anos depois que apareceram os primeiros centros urbanos complexos. As primeiras civilizações mesopotâmicas foram aquelas criadas pelos povos sumérios e acádios por volta do final do quarto milênio antes de Cristo. Esses povos eram oriundos das regiões do planalto iraniano. Os sumérios foram responsáveis pelo desenvolvimento do sistema de drenagem dos pântanos e pela fundação de cidades como Eridu, Ur e Uruk, os primeiros núcleos urbanos da Mesopotâmia. A forma de organização social na Mesopotâmia começou com núcleos familiares formados por camponeses, artesãos e pastores. O sistema de drenagem de pântanos, associado à irrigação dos rios e à prevenção contra as enchentes, possibilitou aos povos mesopotâmicos a criação de animais como ovelhas, porcos, cabras e gado. Esse último também era útil ao transporte de mercadorias e à agricultura nos vales férteis. As construções urbanas e a produção artesanal demandavam grande quantidade de matérias-primas, que eram escassas na Mesopotâmia. A escassez de matérias-primas impeliu, por exemplo, os povos sumerianos a estabelecerem troca de produtos manufaturados com povos de outras regiões, que forneciam, entre outras coisas, madeira, estanho, pedras para construção e artigos de luxo, como lápis-lazúli (um tipo de pedra preciosa), ouro e prata. As outras civilizações que se desenvolveram na Mesopotâmia foram os amoritas ou babilônios, os assírios e os caldeus. Cada uma dessas civilizações destacou-se por constituir impérios de grandes proporções na Mesopotâmia, tendo cada império organizado sua administração de uma forma peculiar. Os babilônios notabilizaram-se, por exemplo, pelo desenvolvimento de um sistema de código jurídico elaborado pelo rei Hamurabi, conhecido como Código de Hamurabi. Esse código se baseava no princípio de Talião que punia um criminoso de forma semelhante ao crime cometido, ou seja, “olho por olho, dente por dente”. Por exemplo: 228º – Se um arquiteto constrói para alguém e não o faz solidamente e a casa que ele construiu cai e fere de morte o proprietário, esse arquiteto deverá ser morto. 229º – Se fere de morte o filho do proprietário, deverá ser morto o filho do arquiteto. Contudo, Código de Hamurábi foi um grande avanço do ponto de vista civilizacional para a Mesopotâmia porque mediava disputas por meio desse sistema coletivamente aceito. Essa mediação era importante para a estabilidade da sociedade babilônica porque impedia que desentendimentos se tornassem conflitos que abalassem a ordem do império babilônico. De forma geral, as cidades-estado da Mesopotâmia possuíam um rei que era também chefe militar e sacerdote religioso. Era o Patesi. Na base social das cidades da Mesopotâmia estavam os agricultores, os pastores e os escravos; seguiam-se a esses os artesãos e comerciantes, e, por fim, estavam aqueles que armazenavam, registravam e distribuíam as mercadorias. Associados ao rei estavam, no alto da hierarquia social, os escribas, que dominavam a técnica da escrita cuneiforme (escrita em forma de cunha) – outra característica fundamental das civilizações mesopotâmicas –, que era gravada em tabuletas de argila e utilizada para melhor organizar a administração dos impérios. Com ela, registrava-se produção, impostos, leis, textos literários, religiosos e das mais variadas ciências. Ademais, as civilizações da Mesopotâmia também desenvolveram grandes obras de arquitetura e arte, como os templos conhecidos como Zigurates, esculturas de arte em relevo. Os jardins suspensos da Babilônia são considerados uma das sete maravilhas do mundo antigo e uma das obras arquitetônicas mais complexas da história. Mesopotâmia - Religião - O politeísmo e o mito do dilúvio Assim como a maioria dos povos da Antiguidade, os mesopotâmicos eram politeístas. Na Mesopotâmia, um incontável panteão de deuses e semideuses fazia parte da religião. Apesar de a mitologia mesopotâmica ser ampla e complexa, seus deuses se organizavam em uma hierarquia clara, de acordo com a influência de seu poder. Os mais importantes eram: An (deus do céu), Enlil (deus do ar), Enki (deus da água) e Ninhursag (mãe-terra). Foram eles que, através de suas palavras, teriam criado o mundo. Desse mito talvez tenha nascido a crença no poder das palavras divinas. Os filhos desses deuses estavam um degrau abaixo na escala de poder divino. Eram milhares de divindades, cada uma responsável por um aspecto do mundo, por uma parte do universo, agindo com o intuito de manter em funcionamento o plano iniciado por seus pais. Os mesopotâmicos acreditavam que esses deuses, principalmente os deuses criadores, estavam muito distantes e muito ocupados com suas tarefas, para dar atenção às necessidades dos homens. Assim, para suprir as carências humanas, também existiam os deuses pessoais, que cuidavam da orientação de cada indivíduo e de sua família. Os zigurates Além disso, cada cidade-estado tinha seu deus protetor, que era honrado pelo rei do local e pelos mais importantes sacerdotes. Um templo em forma de pirâmide de degraus, o zigurate, era construído para servir como sua morada. O mais famoso zigurate foi construído para o deus Marduk, localizava-se na Babilônia e também é conhecido por Torre de Babel. De qualquer forma, todos os deuses tinham características próximas às humanas (o que chamamos de antropomorfismo): casavam-se, tinham filhos, tinham ataques de fúria ou de extremo amor, podiam ser melancólicos, preguiçosos, invejosos ou, também, alegres, caridosos. Embebedavam-se, eram enganados por outros deuses, brigavam entre si por mais poder. Cada aspecto desses deuses foi relatado por uma longa série de mitos. Segundo a crença da Mesopotâmia, para que toda a existência fosse ordenada, Enlil (deus do ar) criou o me, uma espécie de "lei universal" que governava a tudo e a todos, inclusive aos deuses. Esse me gerava conforto nos mesopotâmicos, pois sabiam que tudo continuaria eternamente funcionando segundo a ordem divina. E, dentro dessa ordem, acreditavam que o homem tinha sido criado com um único propósito: servir aos deuses, que deveriam ser respeitados, alimentados e abrigados em templos, para que não lançassem sua ira sobre os mortais. O dilúvio Um mito que foi muito temido e, talvez por isso, compiladodiversas vezes, em diferentes épocas na história, foi o mito do dilúvio. Nesse relato contava-se que, em uma época muito remota, os deuses, insatisfeitos com os homens, resolveram destruir a humanidade, fazendo cair uma chuva torrencial, que fez subir as águas dos rios. No entanto, Enki, o deus das águas, revelou o plano dos deuses a um escolhido, Ziusudra (chamado de Utnapishtim pelos acádios), aconselhando-o a construir uma embarcação gigantesca. Vejam um trecho do relato sumério desse mito, encontrado em Nippur: "Depois que, durante sete dias [e] sete noites, O dilúvio se estendeu sobre a terra [E] o grande barco foi sacudido pelos vendavais sobre as águas Utu [o deus sol] apareceu, espalhando luz sobre o céu e a terra (...)" Tal mito também foi compilado, muitos séculos depois, num dos livros que compõem a Bíblia, tendo como principal personagem um homem chamado Noé. Esse fato pode ser explicado, pois os hebreus (povo que deu origem aos judeus) tinham suas raízes ancestrais em Ur, uma importante cidade da Mesopotâmia. Pré-História. Adaptado de: https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/prehistoria.htm Acesso em: 20 de abril de 2021. Idade Antiga. Adaptado de: https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/idade-antiga.htm Acesso em: 20 de abril de 2021. Civilização mesopotâmica. Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/civilizacao-mesopotamica.htm Acesso em: 20 de abril de 2021. Mesopotâmia. In Britannica Escola. Web, 2021. Disponível em: < https://escola.britannica.com.br/artigo/Mesopotâmia/481886>. Acesso em: 21 de abril de 2021. TURCI, Érica. Mesopotâmia - Religião - O politeísmo e o mito do dilúvio. Disponível em: https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/mesopotamia--- religiao-o-politeismo-e-o-mito-do-diluvio.htm Acesso em: 20 de abril de 2021. https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/mesopotamia---religiao-o-politeismo-e-o-mito-do-diluvio.htm https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/mesopotamia---religiao-o-politeismo-e-o-mito-do-diluvio.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/prehistoria.htm https://escola.britannica.com.br/artigo/Mesopot%C3%A2mia/481886 https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/civilizacao-mesopotamica.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/idade-antiga.htm
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