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Universidade Federal Fluminense Instituto de Biologia Departamento de Biologia Geral Universidade Federal Fluminense 1 ATIVIDADE DE AVALIAÇÃO INDIVIDUAL 1 – O aquecimento desigual da Terra pelo Sol, determinado pela distância na atmosfera que a energia percorre, o ângulo que o Sol atinge as diferentes regiões do globo e pelas alterações sazonais na posição da Terra relacionada ao Sol, contribui para a diversidade climática da Terra. Nos equinócios de março e setembro, o Sol está posicionado diretamente sobre o equador, que recebe mais radiação solar e suas florestas escuras absorvem grande parte dessa energia, já os polos recebem menor quantidade de radiação e conseguem refletir grande parte da energia solar que recebem. Além disso, as correntes de ar na atmosfera também têm influência na variação climática. Os padrões de circulação do ar desempenham um papel importante na localização das florestas tropicais , das pradarias e dos desertos em todo o mundo, como por exemplo a relação entre a temperatura, a saturação do vapor de água (afeta os padrões de evaporação e precipitação no mundo) e as correntes de ar determinam a distribuição de ambientes úmidos e secos. A altitude também é um fator condicionante do clima, pois quanto mais elevada ela for, mais a pressão do ar cai e a temperatura diminui. As correntes oceânicas também afetam a distribuição dos climas, distribuindo o aquecimento de forma desigual pelas águas da Terra, influenciando assim a localização dos diferentes climas. 2 - O solo é composto por matéria mineral, matéria orgânica e água. A água é importante para a hidratação das plantas e, através da percolação, há a formação de aquíferos. Também é responsável pela evapotranspiração das plantas, influenciando em uma parte importante do ciclo hidrológico. Além disso, promove a formação dos rios atmosféricos, que são transportados por longas distâncias. A matéria mineral e a orgânica são importantes para nutrição das plantas, possibilitando a formação de diferentes fitofisionomias mediante suas disponibilidades no solo. A restinga e o manguezal são ecossistemas edáficos. 3 – Biomas são grandes comunidades biológicas caracterizadas pela fitofisionomia que é determinada fortemente pelo macro clima, especialmente temperatura e precipitação e compostas por organismos com adaptações similares, com características uniformes em toda a sua extensão. Essas variações são explicadas pelos biomas ocuparem uma extensa proporção territorial, havendo gradientes dos fatores que os determinam, proporcionando uma diversidade vegetal, principalmente nas zonas de transição entre diferentes biomas. Esses ecossistemas não devem ser considerados novos biomas porque estão relacionados ecologicamente, respondendo a fatores determinantes e co-determinantes similares, como os mesmos domínios morfoclimáticos e fitogeográficos. 4 – A diferença de produtividade entre os ecossistemas aquáticos é determinada pela iluminação, temperatura, profundidade e a disponibilidade de nutrientes. Sendo o ambiente aquático mais raso o mais produtivo, como os recifes de corais, os locais em que estão concentrados maior número de algas e os estuários, visto que há uma grande incidência luminosa. No oceano aberto e na plataforma continental, há menor produtividade pela diminuição da incidência de luz solar conforme a profundidade vai aumentando. Já a produtividade nos diferentes ecossistemas terrestres se dá pelos nutrientes, iluminação, temperatura e precipitação, sendo as florestas tropicais, pântanos e alagados, as áreas com maior produtividade, pois há um grande volume de precipitação, alta incidência solar e amplitude térmica baixa, além de uma rápida reciclagem dos nutrientes. Já os ambientes com menor Universidade Federal Fluminense Instituto de Biologia Departamento de Biologia Geral Universidade Federal Fluminense 2 produtividade primária, como a tundra e alpinos e os arbustos de deserto, estão localizados em ambiente secos e áridos, com alta ou muito baixa temperatura. 5 – A floresta tropical apresenta grandes árvores, mas pouca cobertura de folhas mortas sobre o solo porque possui uma reciclagem de nutrientes rápida, promovida pelo clima quente e úmido, decompostos pelos microrganismos no solo e reabsorvido pelas árvores, então, os nutrientes minerais se encontram quase todo na biomassa vegetal viva e o que sobrou forma uma superficial camada de húmus, garantindo o equilíbrio e manutenção da floresta. 6 – A tundra suporta apenas pequenas plantas mesmo possuindo matéria orgânica em abundância no solo, por possuir uma baixa taxa de decomposição, já que, com seu clima frio e seco, a presença e crescimento de organismos decompositores é pequena e limitada, fazendo com que a matéria orgânica se acumule no solo, havendo uma baixa produtividade, impedindo o surgimento de plantas altas e robustas. 7 - A concentração de dióxido de carbono na atmosfera diminui no verão e aumenta no inverno porque sua regulação é proporcional entre a respiração e a fotossíntese. Na respiração, o gás carbônico é liberado para a atmosfera e na fotossíntese, ele é captado pelas plantas para formar compostos orgânicos. No verão, a incidência luminosa atinge seu pico de intensidade, favorecendo o processo de fotossíntese, fazendo com que a quantidade de CO2 disponível na atmosfera diminua. Já no inverno, a taxa fotossintética diminui, junto com a redução da incidência luminosa, fazendo com que a taxa de respiração seja a mais elevada, aumentando o nível de gás carbônico disponível no ambiente. 8 – O Nitrogênio que é usado como adubo nas culturas, mas não é colhido junto à safra é lixiviado, se depositando nos sedimentos de ecossistemas aquáticos e em solos alagados, em que o oxigênio é ausente, então o nitrato se transforma em óxido nítrico pela desnitrificação, passando por outras reações químicas e se tornando o gás nitrogênio, voltando para a atmosfera e completando seu ciclo. 9 – A introdução de espécies exóticas tem afetado a produtividade e a frequência de fogo nas pradarias e florestas porque ela pode competir com as espécies nativas da região em que foi inserida, impedindo o restabelecimento delas e se tornando a espécie predominante, podendo produzir alterações significativas na composição, estrutura e processos dos ecossistemas naturais. A alteração no regime e comportamento de fogo em determinadas regiões, pelas espécies exóticas, costuma ser significativo, como por exemplo, a presença de gramíneas exóticas que alteram o comportamento e ação do fogo em pradarias. 10 - A densidade demográfica de humanos na Terra está fortemente correlacionada com a concentração de metano na capa de gelo da Antártica e na quantidade de N que entra nos mares porque ela é uma das principais causas do aquecimento global. Isso provoca o derretimento de camadas de solo que eram permanentemente congeladas (permafrost) e, quando descongeladas, pode sofrer decomposição, já que é um solo rico em matéria orgânica, com alta umidade e anaeróbico, produzindo dióxido de carbono e metano. Já em relação à quantidade de N que entra nos mares, a densidade populacional influencia pela quantidade de adubos contendo amônia ou nitratos. A amônia pode passar pelo processo de nitrificação, convertida em nitrito e depois em nitrato pelas bactérias Nitrobacter e Nitrococcus. Esse nitrato, é carregado pela água, tendo alta solubilidade em meio aquoso, sendo lixiviado pelas camadas mais inferiores do solo, podendo chegar até os mares e aumentando suas concentrações de nitrogênio. Universidade Federal Fluminense Instituto de Biologia Departamento de Biologia Geral Universidade Federal Fluminense 3 11 – O processo ecossistêmico da decomposição pode ser definido como o conjunto de etapas onde ocorre a quebra de moléculas orgânicas vindo tanto de biomassavegetal, quanto de rejeitos de animais, sendo importante para a formação de compostos menores de maneira a repor os nutrientes do solo. Os organismos decompositores são os fungos e as bactérias. A participação destes organismos na decomposição em ecossistemas terrestres é realizada, em maioria, pela forma aeróbica, e os detritívoros são classificados de acordo com os tamanhos. Nos ecossistemas aquáticos, a decomposição é anaeróbica e ocorre de forma mais lenta. Os detritívoros aquáticos, são separados de acordo com a forma de obtenção de alimento de cada um. A diferença da decomposição em ecossistemas terrestres tropicais e temperados se dá por conta de fatores como umidade, pH e temperatura, que tem influência na velocidade de decomposição. Nos ecossistemas tropicais, pela alta taxa de precipitação e temperatura, a decomposição ocorre em maior velocidade, já nos temperados, a temperatura e o índice pluviométrico são menores e atingem velocidades menores.
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