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Ética e profissionalismo em fisioterapia 2 ética em pesquisa

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ÉTICA	E	PROFISSIONALISMO	EM
FISIOTERAPIA
UNIDADE 2 – E� TICA EM PESQUISA
Autora: Naylla Morais de Souza - Revisão técnica: Paulo Heraldo da Costa Valle
Introdução
Nesta unidade, você conhecerá a trajetória da ética em pesquisa, as aplicações da bioética no campo da
multidisciplinaridade, as diferentes formas de agir moralmente e com isso gerar con�litos morais, éticos e
jurı́dicos. E qual a importância de ter esses conhecimentos? Ter ciência da história da ética em pesquisa, seus
avanços e retrocessos é fundamental para valorização dessa área em sua vida e da bioética nas suas relações
pro�issionais e pessoais.
Essa evolução levará você a re�lexões sobre as situações que exigem o uso dos saberes da bioética, como a
teoria dos princı́pios bioéticos, a busca pelo conhecimento, a compreensão da evolução de doenças em
indivı́duos, o uso de animais em testes laboratoriais, o respeito aos direitos fundamentais, a necessidade de
resguardar a autonomia e a dignidade dos indivı́duos em pesquisas. São fatos que culminaram na busca por
melhores condições durante as investigações biomédicas, o que levou à construção de comitês de ética em
pesquisa em todas as instituições que atuam com projetos de pesquisa envolvendo seres humanos.
Você sabe qual a função desses comitês? Eles são órgãos colegiados, com pro�issionais de diversas áreas de
conhecimento e representantes da comunidade que avaliam a ética e metodologia de projetos de pesquisa,
fornecendo respaldo aos pesquisadores em diversas situações e a população. Completando a unidade, você
conhecerá um pouco mais sobre questões como aborto, eutanásia, transplante de órgãos, células-tronco e
experimentos de clonagem com seres humanos.
Bons estudos!
2.1 História da ética em pesquisa
A ética em pesquisa está atrelada à �iloso�ia em sua essência, desde que o ser humano, com seu lado
pesquisador, uniu as visões �ilosó�icas fazendo perguntas e buscando respostas (KIPPER, 2010).
Nesta trajetória, você perceberá diferentes interpretações culturais, morais e jurı́dicas que foram responsáveis
pelas atrocidades contra a autonomia das pessoas e in�luenciaram nos bens que a humanidade desfruta
atualmente. 
O inı́cio da bioética remete a 1927, quando o teólogo alemão Fritz Jahr abordou o reconhecimento de
obrigações éticas direcionadas a todos os seres vivos (PESSINI, 2013; GOLDIM, 2006). Após esse inı́cio, em
1971, Van Rensselaer Potter descreveu uma nova ética cientı́�ica que combinava humildade, responsabilidade
e competência em uma perspectiva interdisciplinar e intercultural (PESSINI, 2013). No geral, a bioética
pressupõe que o comportamento pro�issional está sob controle. De acordo com Kottow (2008), quando
falamos em pesquisa com seres humanos, a ênfase da bioética se volta aos efeitos que o projeto desenhado
pelo pesquisador terá sobre os participantes.
O inı́cio da ciência moderna foi marcado com os experimentos de Galileu Galilei e tratava-se de uma ciência
objetiva, bené�ica para a humanidade e eticamente neutra (KIPPER, 2010; KOTTOW, 2008). Mais à frente, Max
Weber defendeu a ideia de que a ciência recebia da sociedade a função de solucionar determinados problemas,
e seus resultados eram regidos por prioridades sociais (KIPPER, 2010).
No decorrer do século XX, a expansão tecnológica e cientı́�ica cresceu tanto que o método cientı́�ico não podia
ser aplicado sem se ponderar a relação entre benefı́cios e riscos (KOTTOW, 2008). Foi André Vesálio quem
quebrou o tabu teológico e moral de estudar a anatomia humana por meio de cadáver, no entanto, somente
anos depois, Clemente VII autorizou a dissecção anatômica do cadáver humano (KIPPER, 2010).
No século XVII, a re�lexão ética tornou-se mais sistemática. Apesar disso, havia muita autoexperimentação,
por exemplo, Sertürner estudou em si mesmo os efeitos da mor�ina (KOTTOW, 2008).
O auge da pesquisa experimental em animais ocorreu no século XIX com as primeiras sociedades de proteção
aos animais. Em 1901, na Prússia, foram editadas instruções sobre intervenções médicas com foco no
consentimento com informações aos adultos (KIPPER, 2010). 
VOCÊ QUER VER?
O que você sabe sobre a pro�issão de cientista? E o que faz um pesquisador? Assista à
entrevista "Pro�issão cientista: doenças infecciosas" (2014) com José Augusto Nery, da
Fiocruz, e conheça sua trajetória no mundo da ciência. Disponıv́el no link:
 https://www.youtube.com/watch?
time_continue=1&v=btXWBZ6eSOc&feature=emb_logo
(https://www.youtube.com/watch?
time_continue=1&v=btXWBZ6eSOc&feature=emb_logo).
https://www.youtube.com/watch?time_continue=1&v=btXWBZ6eSOc&feature=emb_logo
#PraCegoVer: imagem traz um coelho branco sendo segurado por uma mão humana, que aplica nele uma
seringa contendo um lı́quido vermelho. Ao lado do animal, há cinco comprimidos na cor laranja e cinco
cápsulas na cor cinza.
 
O respeito à autonomia da pessoa humana foi citado em 1914, no caso Schloendorff	 v.	 Society	of	New	York
Hospitals, quando o juiz Benjamin Cardozo proferiu que “[...] todo o ser humano em idade adulta e com boa
sanidade mental tem o direito de determinar o que será feito em seu próprio corpo [...]” (KIPPER, 2010, p.
226). Nesse perı́odo, o governo alemão tinha um regulamento sobre procedimentos terapêuticos de
experimentação humana para coibir o abuso e desrespeito à dignidade humana nas pesquisas, o que foi
ignorado durante a Segunda Guerra Mundial. Por isso, após a divulgação das atrocidades envolvendo médicos
e pesquisadores alemães, a comunidade os julgou como criminosos de guerra, no Tribunal de Nuremberg, em
1947. O que originou o primeiro documento internacional sobre ética em pesquisa, o Código	de	Nuremberg,
instituindo a necessidade de uma fase pré-clı́nica nas pesquisas em seres humanos, envolvendo riscos e
benefı́cios e o consentimento voluntário (KIPPER, 2010). Esse código é baseado em dez princı́pios básicos
como você pode acompanhar no quadro a seguir.
Figura 1 - O uso de animais em pesquisas e experimentos é ponto de debate da bioética
Fonte: ARTFULLY PHOTOGRAPHER, Mediapool, 2020.
#PraCegoVer: quadro com texto traz dez itens, os princı́pios do Código de Nuremberg, sobre como os
experimentos com humanos devem ser conduzidos e em que devem ser baseados.
 
Em 1964, um conjunto de princı́pios éticos que rege a pesquisa, conhecido como Declaração	de	Helsinque,
e o documento do Conselho Britânico de Pesquisa Médica foram publicados, enfatizando que o estudo de
novos procedimentos médicos deveria ser comparado com o melhor método em uso, e o uso de placebo
�icaria restrito aos casos de inexistência de terapia efetiva (KIPPER, 2010). A Declaração de Helsinque é
considerada uma referência ética na regulamentação de pesquisas médicas envolvendo seres humanos, muito
respeitada pelos pesquisadores. Clique no quadro e conheça os pontos abordados por esse documento
(GOLDIM, 1997b).
Esse texto-base foi alterado em versões nos anos de 1975, 1983, 1989, 1996 e 2000.
Quadro 1 - Os dez princı́pios do Código de Nuremberg
Fonte: Adaptado de GOLDIM, 1997a.
Aborda a necessidade de uso do melhor método disponı́vel e restringe o uso de placebo aos casos
de inexistência de terapia efetiva, considerando riscos e benefı́cios, competência do pesquisador
sobre exigências éticas e legais, assim como consentimento esclarecido escrito pelo participante.
•
Declaração	de	Helsinque 	
Em 1966, Henry Beecher publicou um artigo com 22 casos de pesquisas abusivas, divulgadas por periódicos
internacionais e �inanciadas por instituições públicas. Os participantes eram considerados cidadãos de
“segunda classe”, como soldados, idosos, pacientes psiquiátricos, de�icientes mentais e outros. Nesse
perı́odo, foi criada a Comissão Nacional para a Proteção de Sujeitos Humanos em Pesquisas Biomédicas e
Comportamentais com o objetivo de de�inir os princı́pios éticos norteadores da condução de pesquisas
envolvendoseres humanos (KIPPER, 2010).
2.1.1 Comitês de ética em pesquisa envolvendo seres humanos e
animais
De acordo com o Conselo Nacional da Saúde (BRASIL, 1996), os comitês de ética em pesquisa envolvendo
seres humanos e animais	 são órgãos colegiados interdisciplinares e independentes, de caráter consultivo,
deliberativo e educativo, criados para defender os interesses dos indivı́duos da pesquisa em sua integridade e
dignidade e para contribuir com o desenvolvimento da pesquisa dentro de padrões éticos. Esses órgãos
permitem que a instituição tenha um espaço de re�lexão e decisão para as questões éticas e metodológicas
envolvidas nos seus projetos de pesquisa. O compartilhamento desse tipo de questões e discussões é um
grande avanço para toda a sociedade (SANTOS et	al., 2011; GOLDIM, 2005).
VOCÊ O CONHECE?
Bessie Blount Grif�in foi uma �isioterapeuta, cientista forense e inventora afro-
americana. Trabalhou em hospitais e foi voluntária durante a Segunda Guerra
Mundial. Com vasta experiência, ela inventou diversas próteses e equipamentos para
amputados, sendo uma pioneira na grafologia médica.
A primeira proposta de criação de um órgão colegiado em que os médicos pudessem trocar opiniões sobre
novos procedimentos foi feita em 1803, por Sir. Thomas Percival, no livro Medical	 Ethics. Foi a partir da
Declaração de Helsinque, em 1964, que documentos foram produzidos e divulgados para subsidiar o processo
de elaboração, avaliação, conclusão e divulgação de pesquisas (KIPPER, 2010). Em 1978, foi publicado o
Relatório Belmont, considerado um marco para a prática da pesquisa. No entanto, esses documentos não
propuseram a criação de comitês (BEAUCHAMP; CHILDRESS, 2002).
A atualização da Declaração de Helsinque, em 1975, reforçou o caráter fundamental do consentimento livre e
esclarecido, instituindo a necessidade de criar comitês de ética em pesquisa.
Em 1988, foi estabelecida a resolução nº 1/88 (GOLDIM, 2003), do Conselho Nacional de Saúde, com as
primeiras normas de pesquisa em saúde no Brasil, tornando obrigatório que as instituições que realizassem
pesquisas com seres humanos �izessem por meio um Comitê de E� tica em Pesquisa registrado junto ao
Conselho Nacional de Saúde.
Para isso, em 1993, a diretriz 14 do Conselho das Organizações Internacionais de Ciências Médicas
(CONSELHO DAS ORGANIZAÇO� ES INTERNACIONAIS DE CIE�NCIAS ME�DICAS, 2018) propôs como deveria ser
um Comitê de E� tica em Pesquisa, estabelecendo taxativamente que os projetos somente poderiam ser
iniciados após a sua aprovação. A resolução nº 196/96 (BRASIL, 1996), do Conselho Nacional da Saúde,
facilitou o processo de montagem e credenciamento. Essa legislação estipula:
o protocolo da pesquisa;
quem é o pesquisador responsável;
a instituição de pesquisa;
VOCÊ SABIA?
O site Plataforma Brasil (BRASIL, 2020b) conecta o Comitê de E� tica em Pesquisa
(CEP) aos estudantes, pro�issionais e participantes de pesquisa. Nesse espaço,
você pode consultar pesquisas aprovadas, manuais, conhecer resoluções e normas.
Acesse em: http://plataformabrasil.saude.gov.br/login.jsf
(http://plataformabrasil.saude.gov.br/login.jsf ). 
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http://plataformabrasil.saude.gov.br/login.jsf
os riscos e danos associados ou decorrentes;
o sujeito da pesquisa;
o consentimento livre e esclarecido;
a indenização e o ressarcimento;
as situações de vulnerabilidade e incapacidade;
os aspectos éticos;
e outras variáveis.
Ela foi atualizada pela resolução CNS nº 466/2012 (BRASIL, 2012a) e se aplica às investigações de todas as
áreas do conhecimento com seres humanos.
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Vamos entender um pouco sobre o caráter deliberativo do comitê de ética em pesquisa? A�inal, o que seria o
“conceito de deliberação?” Os problemas éticos não são resolvidos com receitas prontas, mas exigem
criatividade, de modo a abrir novas alternativas de soluções, visando à excelência ética da prática da atenção à
saúde. Essas decisões pedem uma construção coletiva com muita prudência, expressa como a capacidade de
valorar tudo o que está envolvido no con�lito ético, para então chegar a decisões razoáveis (NORA; ZOBOLI;
VIEIRA, 2015).
Notamos dois tipos de deliberação: a clínica e a ética. A primeira é a que o pro�issional de saúde realiza em
sua prática cotidiana durante o atendimento de clientes; e a segunda, com caráter multidisciplinar, consiste na
análise dos problemas éticos cada vez que o pro�issional presta atendimento (NORA; ZOBOLI; VIEIRA, 2015).
VOCÊ QUER LER?
A resolução CNS nº 466/2012 (BRASIL, 2012a) assegura os direitos e deveres dos
participantes da pesquisa, comunidade cientı�́ica e Estado, através da sua
obrigatoriedade nos projetos de pesquisa. Acesse o documento em:
http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf
(http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf ).
http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf
#PraCegoVer: imagem traz uma mulher, com uniforme azul, estetoscópio no pescoço. Ela está sentada em
uma poltrona e usa um aparelho de medir a pressão arterial em outra mulher, que está ao seu lado, também
branca, de cabelos brancos. As duas sorriem. Ao fundo, dois homens, brancos e de cabelos brancos,
conversam.
 
Para Beauchamp e Childress (2002), a deliberação é como processo de tomada de decisão no qual indivı́duos
ou grupos buscam especi�icar e ponderar crenças e valores em determinado caso para chegar a uma
conclusão. De acordo com Nora, Zoboli e Vieira (2015), sua essência é identi�icar os diferentes valores éticos
e, para o processo de equilibrar esses valores em cada caso, uma estratégia usada é o Principialismo. Então,
quando você ouvir sobre processo deliberativo em pesquisa, saiba que ele apenas requer que os pro�issionais
e a gestão guiem suas ações pelo seu intuito de colaborar nas tomadas de decisão, com boa vontade e
argumentação, para ampliar visões e opiniões.
Figura 2 - O atendimento de clientes é parte das deliberações clı́nicas do pro�issional de saúde
Fonte: Steve Debenport, Mediapool, 2020.
2.2 Desafios da bioética em pesquisas em seres humanos
Conhecer alguns dos principais desa�ios éticos no processo saúde e doença e suas implicações na pesquisa e
atenção à saúde é uma vantagem incrı́vel para você, futuro pro�issional de �isioterapia. O seu leque de
experiências e conhecimentos aumenta a cada dia e é bom estar ciente do que acontece na rotina de
pro�issionais de saúde, suas situações cotidianas, seja em ambiente público ou privado, hospitalar ou
domiciliar.
2.2.1 Revelação de diagnóstico de Síndrome da Imunodeficiência
Adquirida
A epidemia da Sı́ndrome da Imunode�iciência Adquirida, ou Acquired	Immunode�iciency	Syndrome (AIDS), é
resultado da infecção pelo vı́rus da imunode�iciência humana (HIV), transmitido por relação sexual,
transfusão sanguı́nea, seringas e instrumentos não esterilizados e compartilhados. Nos anos 1980, com o
surgimento de antirretrovirais, o estigma social da doença e seu percurso até a atualidade gerou mudanças no
processo de regulação para a pesquisa e a liberação de novas drogas (MORAIS et	 al., 2013). Um ponto
polêmico tem sido a revelação do diagnóstico para terceiros que tenham risco de contaminação. Quem são
esses terceiros? Que aspectos considerar nessa decisão?
Quando terceiros são pro�issionais de saúde, temos uma justi�icativa ética adequada baseada no benefı́cio
individual do paciente e da sociedade, pela comunicação compulsória do diagnóstico para as autoridades
sanitárias. Lembre-se que é um dever de con�idencialidade do pro�issional manter a privacidade do seu
paciente (MORAIS et	al., 2013; FORTES, 2011).
#PraCegoVer: imagem traz, no lado esquerdo, uma mulher que veste calça e blusa marrom. Ela está sentada,
com as mãos apoiadas nas pernas. Não é mostrado seu rosto. No lado direito, outra mulher, em pé, de
uniforme azul, jaleco branco, estetoscópio no pescoço, seguracom a mão direita uma pasta aberta. Não é
mostrado seu rosto. Com a mão esquerda, ela apoia o braço da outra mulher sentada.
 
E os parceiros sexuais estáveis? O pro�issional tem o dever de revelar o risco para esse indivı́duo, assim, o
dever de con�idencialidade é superado pelo dever de proteger a vida de um terceiro envolvido. A privacidade
do paciente é um direito que não pode ser confrontado com o risco para esses terceiros envolvidos,
considerando que o pro�issional deve agir no melhor interesse do seu paciente (MORAIS et	al., 2013; FORTES,
2011).
Morais et	 al. (2013) aborda que devem ser levados em consideração aspectos como social, legal, moral e
ético. E o que isso signi�ica? Os sociais envolvem o estigma social associado ao per�il dos primeiros
pacientes, que permanece, apesar desse per�il ter mudado e ter aumentada a condição de tratamento e
sobrevida. Os legais envolvem direito à privacidade do paciente; dever de con�idencialidade dos pro�issionais
que têm acesso a informações privilegiadas e a con�iguração de crime de contágio a terceiros, previsto no
Código Penal. E� dever do pro�issional informar adequadamente ao paciente sobre suas repercussões. Os
morais estão relacionados ao conjunto de normas que determinam as ações a partir de um consenso social. E,
por �im, os éticos dizem respeito às justi�icativas das ações envolvendo a revelação, ou não, do diagnóstico de
ser portador do HIV/ AIDS para terceiros.
Figura 3 - A revelação do diagnóstico de HIV/AIDS para terceiros envolve escolhas pro�issionais éticas
Fonte: S_L, Mediapool, 2020.
2.2.2 Células-tronco
Células-tronco têm potencial incrı́vel de se diferenciar em vários tipos de tecidos, o que signi�ica um leque de
possibilidades importantes para a área da saúde, pois conseguem originar quase todos os tecidos que formam
o corpo humano.
As polêmicas aqui incluem a defesa dos direitos dos animais e questões éticas como a clonagem. E� o caso da
ovelha Dolly, clonada a partir de uma célula somática adulta. Ocorrido em 1996, o evento foi interpretado
como afronta à dignidade humana e levantou polêmicas devido ao seu envelhecimento precoce (WILMUT;
CAMPBELL; TUDGE, 2000).
#PraCegoVer: imagem traz uma mão humana com luva azul, que segura com uma pinça metálica um tubo
transparente, de tampa azul e que contém lı́quido em tom rosado. Esse tubo pode estar sendo retirado ou
colocado dentro de um frasco metálico que contém nitrogênio lı́quido, formando uma névoa transparente e
�ina em seu interior.
 
As decisões tomadas nas pesquisas que envolvem células-tronco e material biológico englobam uma equipe
interdisciplinar, além de como lidar com questões éticas, agentes infectantes e prevenção contra a exposição
dos manipuladores aos patógenos (PENNA et	al., 2010).
O conceito de biossegurança foi estabelecido na década de 1970, após o surgimento da engenharia genética. A
lei nº 11.105/2005, Lei de Biossegurança (BRASIL, 2005), autoriza, com restrições, para �ins de pesquisa e
terapia, a utilização de células-tronco embrionárias obtidas de embriões humanos produzidos por fertilização
in vitro	(SEGRE, 2004). 
Figura 4 - O uso de células-tronco em experimentos e pesquisas envolve polêmicas de questões éticas
Fonte: Elena Pavlovich, Mediapool, 2020.
#PraCegoVer:	imagem traz uma mulher que usa óculos de proteção transparente, luvas azuis, camisa azul e
jaleco branco. Ela observa por um microscópio uma pequena placa de vidro.
 
Pensar que uma pesquisa é simples por ser laboratorial é um equı́voco. Deve-se evitar os riscos, seguir as
normas e legislações vigentes e utilizar as barreiras primárias, como os equipamentos de proteção inicial
necessários para a segurança individual e coletiva. 
2.2.3 Transplantes de órgãos e doação de sangue
O processo de transplante de órgão exige noti�icação ágil de morte encefálica e o despreparo de uma equipe
pode in�luenciar na con�irmação, impactando a qualidade da oferta desses órgãos (SIQUEIRA, 2016). A
entrevista familiar também é importante para autorização, pois, às vezes, pelo desconhecimento do processo
e insatisfação com o atendimento, um doador potencial é descartado. E� importante, como pro�issional de
saúde, conhecer mais sobre esse tema e informar corretamente a população (SIQUEIRA, 2016). A lei nº
10.211/2001 (BRASIL, 2001) dispõe sobre a manifestação de vontade do doador. Devemos compreender que
ser doador ou não de órgão(s) depende dos valores morais e culturais de cada indivı́duo e população, além do
conhecimento do assunto para o exercı́cio pleno da sua autonomia.
Figura 5 - A pesquisa cientı́�ica conduzida em laboratório segue normas como a Lei de Biossegurança
Fonte: Likoper, Mediapool, 2020.
As equipes de saúde devem sabem lidar de forma esclarecida com essa situação, uma vez que o tema envolve
questões socioculturais, econômicas, afetivas, técnicas e éticas que merecem discussão e pesquisa.
2.2.4 Eutanásia
A palavra “eutanásia” signi�ica "boa morte", ou seja, morte sem dor, sem sofrimento. No século XX, ganhou
conotação negativa, quando foi indevidamente usada em polı́ticas nazistas que visavam eliminar “vidas que
não valiam a pena”, como a de ciganos, negros e judeus	(CASTRO et	al., 2016). Com o passar dos anos, houve a
desmisti�icação sobre a eutanásia e ela foi permitida em alguns paı́ses como o Uruguai. No Brasil, é permitida
apenas a ortotanásia, que visa garantir morte digna ao paciente terminal, que tem autonomia para recusar
tratamentos degradantes. Nesse procedimento, o médico suspende o tratamento ou só realiza terapêuticas
paliativas para evitar mais dores e sofrimentos para o paciente terminal, desde que essa seja sua vontade ou
de seu representante legal (CASTRO et	al., 2016).
2.2.5 Aborto
CASO
Um �isioterapeuta que trabalha em maternidade se depara com um pós-parto
complicado, em que a paciente necessita de transfusão de sangue devido à
hemorragia durante o parto. A equipe multipro�issional foi informada pelo seu
marido que ela é Testemunha de Jeová e não permite esse procedimento.
As Testemunhas de Jeová recusam transfusões de sangue total e de seus quatro
componentes (glóbulos vermelhos, glóbulos brancos, plaquetas e plasma) devido a
crenças religiosas. Elas a�irmam que é proibida pela Bıb́lia em passagens como as
descritas em Genesis 9:4, Levıt́ico 7:26 e Atos 15:20,29 (BEZERRA; CESAR; LARA,
2015).
Diante dessa situação, qual a postura pro�issional dentro da equipe multidisciplinar?
O caso gera con�litos éticos e bioéticos com repercussões jurıd́icas sobre o exercıćio de
direitos fundamentais, a liberdade religiosa, os princıṕios da autonomia do paciente e
o princıṕio da bene�icência e não male�icência aplicado aos pro�issionais de saúde
Pro�issionais de saúde devem se pautar em aspectos legais e jurıd́icos, como a
Constituição Federal (BRASIL, [2020a]) o código de ética de cada pro�issão da saúde e
a portaria nº 1.820/09 (BRASIL, 2009), que dispõe sobre os direitos e deveres dos
usuários da saúde, além de observados os princıṕios bioéticos.
No Brasil, o aborto é permitido para mulheres com risco de vida, em casos de estupro e na presença de
anencefalia fetal, em qualquer momento da gravidez e a pedido da gestante (FONSECA et	al., 2020; BRASIL,
[2019]; BRASIL, 2012b). Ainda existe o estigma em relação ao aborto e seus efeitos sobre a saúde das
mulheres, o despreparo pro�issional e posições moralistas implicam assistências discriminatórias. A
necessidade da ampliação do debate sobre os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres e as boas práticas
são necessárias para pro�issionais de saúde.
Conclusão
Concluı́mos mais uma unidade de nossa disciplina. Você pôde aprender mais sobre a ética em pesquisa com
seres humanos e animais, com os principais avanços dessa área, com destaque para o primeiro documento
internacional sobre ética em pesquisa, o Código de Nuremberg. Além disso, foramabordadas questões morais
e jurı́dicas da bioética, como uso de células-tronco, eutanásia e aborto.
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
conhecer a história da ética em pesquisa e seus avanços;
entender a função dos comitês de ética em pesquisa;
compreender o sentido de deliberação em um comitê de ética em
pesquisa;
refletir sobre alguns desafios da bioética em pesquisas em seres
humanos;
conhecer legislações utilizadas no cotidiano de um profissional de
saúde.
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Bibliografia
ALMEIDA, K. C. de et	 al. Doação de órgãos e bioética: construindo uma interface. Rev.	 Bras.
Enferm., Brası́lia, v. 56, n. 1, p. 18-23, 2003. Disponı́vel em:
https://www.scielo.br/pdf/reben/v56n1/a04v56n1.pdf
(https://www.scielo.br/pdf/reben/v56n1/a04v56n1.pdf). Acesso em: 2 jun. 2020.
BEAUCHAMP, T. L.; CHILDRESS, J. F. Princípios	de	ética.	São Paulo: Loyola, 2002.
BEECHER, H. K. Ethics and clinical research.	 New	 Engl.	 J.	 Med., Boston, v. 274, n. 24, p. 1354-60, 1966.
Disponı́vel em:
(https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJM196606162742405)https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/
NEJM196606162742405 (https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJM196606162742405). Acesso em: 30
jun. 2020.
https://www.scielo.br/pdf/reben/v56n1/a04v56n1.pdf
https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJM196606162742405
https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJM196606162742405
BEZERRA, A. P. A.; CESAR, M. B.; LARA, S. R. G. Recusa a transfusão de sangue por gestantes e puérperas
testemunhas de Jeová. REME	Rev.	Min.	Enferm., Belo Horizonte, v. 19, n. 4, p. 1043-1059, 2015. Disponı́vel
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envolvam organismos geneticamente modi�icados – OGM e seus derivados, cria o Conselho Nacional de
Biossegurança – CNBS, reestrutura a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança – CTNBio, dispõe sobre a
Polı́tica Nacional de Biossegurança – PNB, revoga a Lei nº 8.974, de 5 de janeiro de 1995, e a Medida
Provisória nº 2.191-9, de 23 de agosto de 2001, e os arts. 5º, 6º, 7º, 8º, 9º, 10 e 16 da Lei nº 10.814, de 15 de
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