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Assistência de Enfermagem na Saúde da Criança: Daiane Caroline Zottele Terra, Gabriela Knupp Quadra, Hiago Mateus do Carmo Piontkovsky, Iara Pereira Alves, Marta Margon Broseghini e Wenia Ruis Filgueira. Exame Físico Introdução Coleta de Dados Exames Complementares 01 02 03 04 05 06 07 Diagnóstico de Enfermagem Planejamento e Implementação de Enfermagem Evidenciar as vivências práticas, correlacionando com apontamentos teórico. 01 Introdução - Paciente A.A.V.L, internado no hospital HMSJ em 29/09/2021 foi diagnosticado com Bronquiolite. Fonte: https://extra.globo.com/noticias/saude-e-ciencia/bronquiolite-faz-internacao-de-criancas-crescer-no-brasil-pais-podem-confundir-doenca-com-covid-19-rv1-1-24924391.html 02 - COLETA DE DADOS - IDENTIFICAÇÃO: Paciente A.A.V.L, 1 ano e 4 meses, pardo, natural e residente em Colatina/ES, brasileiro. Deu entrada ao HMSJ na data 29/09/2021. - QUEIXA PRINCIPAL: Abdome distendido, hiporexia, 2 episódios de vômito, tosse e coriza. - HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL (HDA): Paciente encontra-se com abdome distendido, hiporexia, tosse, coriza e vômito. Nega febre, evacuações fisiológicas presentes (SIC), padrão de sono normal, mãe nega uso de qualquer medicação em casa. Vacinação em dia. Diagnosticado com Bronquiolite por meio de VSR Positivo. - HISTÓRIA PATOLÓGICA PREGRESSA (HPP): Nenhuma 03- EXAME FÍSICO – 04/10/2021 Avaliação do estado geral: acordado, orientado, risonho e tranquilo. Condições de Higienização: Satisfatória. Comunicação: bem receptivo. Cabeça: Couro cabeludo: sem alterações Mucosas: Normocorada Boca: sem alterações, boa condição de higiene e dentição incompleta. Deglutição: Sem alterações Pescoço: sem alterações Tórax: Simétrico Sistema Circulatório: Ausculta cardíaca: Normofonética Ritmo: Regular FC: 122 bpm Sistema Respiratório: Ausculta Pulmonar: presença de murmúrios vesiculares com ruídos adventícios; Frequência Respiratória: eupneico Sistema Grastrointestinal: Abdome: distendido Pele: íntegra com presença de manchas mongólicas em região sacral e em flanco direito e esquerdo Cicatriz Umbilical: Centralizada Ausculta: Peristalse presente no quadrante inferior esquerdo Percussão: sons timpânicos em todo abdome Palpação: Doloroso a palpação Padrão Nutricional: Alimentação: Branda Via: Oral Eliminações: normais (3 vezes ao dia) Articulações: sem alterações Sem presença de Drenos. Vias de medicações: sem acesso venoso periférico (AVP) MEDICAÇÕES EM USO NO HMSJ: Cloreto de Sódio 20% Amp – 10 ml com água destilada amp – 10 ml para nebulização de 8 em 8 horas; Simeticona 20 gotas de 6 em 6 horas; Dipirona 13 gotas se necessário; Bromoprida 10 gotas se necessário; Salbutamol 4 jatos inalatórios de 6 em 6 horas. 04 - EXAMES COMPLEMENTARES - Tomografia de abdome total (28/09): Linfodomegalia mesentérica proeminente, medindo até 1,3 cm; - Laboratório (30/09): Hemoglobina (9,2); Hematócrito (28,70); Leucócito (6670); Plaqueta (266000); PCR (54,27); - VSR: positivo; - Covid IGG e IGM: negativo; - USG de abdome sem alterações. EXAME HEMOGRAMA (28/09) EXAME HEMOGRAMA (05/10) EXAME PCR (30/09) EXAME PCR (05/10) RASTREIO DE SÍFLIS EXAME TGP E TGO (30/09) EXAME DE CREATININA (30/09) 05 - DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM 1. Padrão respiratório ineficaz relacionado pela bronquiolite evidenciado pelo VSR positivo; 2. Padrão respiratório ineficaz relacionado a ausculta pulmonar alterada evidenciada por ruídos adventícios; 3. Risco de aspiração evidenciado pela tosse e coriza; 4. Risco para dor aguda evidenciado pelo abdome distendido; 5. Risco para eritema de fralda evidenciado pelo uso de fraldas contínuo de descartáveis; 6. Risco de infecção evidenciado pelo ambiente hospitalar; 7. Nutrição desequilibrada relacionado a diminuição de ingestas evidenciado pela distensão abdominal; 8. Risco para hipertermia evidenciado pelo processo infeccioso; 9. Risco para queda evidenciado pela idade; 10. Risco de ansiedade evidenciado ao ambiente hospitalar desconhecido; 06 - PLANEJAMENTO DE ENFERMAGEM E IMPLEMENTAÇÃO ● Padrão respiratório ineficaz relacionado pela bronquiolite evidenciado pelo VSR positivo; 1 - Orientar a equipe sobre monitoramento da condição respiratória da criança; 2 - Monitorar conforme rotina sinais de insuficiência respiratória (p. ex., níveis baixos de PaO2 e altos de PaCO2 e fadiga muscular respiratória). 3 - Posicionar o paciente para uma combinação ventilação-perfusão adequada, conforme apropriado. 4 – Administrar medicação conforme prescrição médica nos horários adequados. ● Padrão respiratório ineficaz relacionado a ausculta pulmonar alterada evidenciada por ruídos adventícios; 1 - Orientar a equipe sobre monitoramento da condição respiratória da criança; 2 - Monitorar conforme rotina os sinais de insuficiência respiratória (p. ex., níveis baixos de PaO2 e altos de PaCO2 e fadiga muscular respiratória). 3 - Posicionar o paciente para uma combinação ventilação-perfusão adequada, conforme apropriado. 4 - Orientar a família para que chame a equipe de enfermagem quando perceber qualquer tipo de alteração no padrão respiratório da criança; 5 – Administrar medicação conforme prescrição médica nos horários adequados. ● Risco de aspiração evidenciado pela tosse e coriza; 1 – Orientar a família para que na hora das refeições a criança se alimente sentada e não deitada para evitar engasgos; 2 – Elevar a cabeceira do leito; 3 – Auscultar frequentemente os sons respiratórios, principalmente se o paciente estiver tossindo muito para determinar a presença de secreções ou aspiração assintomática. Risco para dor aguda evidenciado pelo abdome distendido; 1 - Observar indicadores não-verbais de desconforto, especialmente em crianças; 2 - Realizar um levantamento abrangente da dor de modo a incluir o local, as características, o início/duração, e frequência, a qualidade, a intensidade ou a gravidade da dor e os fatores precipitantes; 3 - Administração de analgésicos conforme prescrição médica; 4 – Quando possível aplicar métodos não farmacológicos para alívio da dor. ● Risco para eritema de fralda evidenciado pelo uso de fraldas contínuo de descartáveis; 1 - Orientação ao acompanhante quando o jeito correto para a limpeza, hidratação e proteção da pele da criança; 2 – Realizar a troca da fralda conforme a necessidade da criança, não deixando por mais tempo que o recomendado para se evitar eritema de partes íntimas; 3 - Avaliação constante da área pela equipe; ● Risco de infecção evidenciado pelo ambiente hospitalar; 1 - Higienizar as mãos com gel alcoólico antes e depois de cada procedimento; 2 - Realizar desinfecção com álcool a 70% nos dispositivos endovenosos (equipo, bureta), antes de administrar medicações; 3 - Utilizar técnica asséptica para aspiração, sondagem vesical, punção venosa e em outros procedimentos em que seja pertinente; 4 - Orientar ao acompanhante sobre a importância de sempre realizar a antissepsia das mãos, principalmente antes de manusear algo que envolva a criança; 5 – Monitorar sinas e sintomas de infecção (edema, hiperemia, calor, rubor, hipertermia); 6 – Equipe deve se atentar ao Protocolo de Sepse do HMSJ e quando perceber dois sintomas característicos deverá comunicar ao enfermeiro para que o protocolo seja aberto imediatamente via sistema. ● Nutrição desequilibrada relacionado a diminuição de ingestas evidenciado pela distensão abdominal; 1 – Realizar o monitoramento nutricional da criança conforme rotina; 2 – Caso a criança não esteja se alimentando, conversa com o acompanhante para listar os alimentos mais aceitos pelo paciente fora do hospital, e posteriormente conversar com a equipe de Nutrição para ver a possibilidade de troca de cardápio, conforme quadro clínico; ● Risco para hipertermia evidenciado pelo processo infeccioso; 1 – Monitorar os sinais da criança; 2 - Administrar antitérmicos conforme prescrição médica para regular a temperaturaquando necessário; 3 – Orientar a ingestão de líquidos; 4 – Instruir ao acompanhante que retire o excesso de roupa da criança e cobertores para promover a perda de calor, se for necessário. ● Risco para queda evidenciado pela idade; 1 – Orientar o acompanhante sobre o risco de queda da criança e as suas consequências; 2 - Colocar pulseira de identificação de risco de queda no paciente; 3 - Manter elevadas as grades de proteção da cama; 4 – Não deixar a criança sozinha na cama para realizar alguma outra atividade, peça sempre ajuda da equipe de enfermagem ou de uma outra pessoa que esteja disponível no quarto. ● Risco de ansiedade evidenciado ao ambiente hospitalar desconhecido; 1 - Conversar com a criança enquanto proporciona seus cuidados; 2 - Providenciar um ambiente calmo e sem interrupções durante os momentos de sono diurno e noturno, conforme apropriado. 3 – Solicitar auxílio da assistência social e psicologia quando necessário. 07 - Evidenciar as vivências práticas, correlacionando com apontamentos teóricos: O paciente apresentou tosse e coriza, um dos principais sintomas da Bronquiolite. Como esses dois sintomas também são comuns para a COVID19 foi realizado, então, exames de IGG e IGM, tendo como resultado não reagente para as duas imunoglobulinas. - Exame de PCR- Proteína C reativa; - Medicação Salbutamol; - Linfodomegalia mesentérica proeminente; - Rastreio de Siflis; - VDRL; PROGNÓSTICO O prognóstico é excelente. A maioria das crianças se recupera em 3 a 5 dias sem sequelas, embora tosse e chiado possam permanecer por 2 a 4 semanas. A mortalidade é < 0,1%, quando há atendimento médico adequado. REFERÊNCIAS https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/dist%C3%BArbios-respirat%C3%B3rios- em-crian%C3%A7as-pequenas/bronquiolite https://www.scielo.br/j/rpp/a/6DDvhshHh4qbZv67sBjwfWQ/?lang=pt# https://extra.globo.com/noticias/saude-e-ciencia/bronquiolite-faz-internacao-de-criancas-crescer-no- brasil-pais-podem-confundir-doenca-com-covid-19-rv1-1-24924391.html