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SIMONE RODRIGUES LEMOS BARROS

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SIMONE RODRIGUES LEMOS BARROS
A LEITURA E SUA IMPORTANCIA PARA ALUNOS E PROFESSORES
Paulínia
17
 2019
A LEITURA E SUA IMPORTANCIA PARA ALUNOS E PROFESSORES
SIMONE RODRIGUES LEMOS BARROS
Artigo apresentado como requisito parcial para conclusão do curso de Pós-Graduação em Gestão do trabalho pedagógico da FAVENI
 
PAULINIA 
 2019
ASSUNTO
O meio educativo, por intermédio de seus profissionais em suas diversas atividades de coordenação e orientação pedagógica, têm apontado uma relação entre o exercício de leitura e a aprendizagem da ortografia. Esta afirmação vem crer que há uma necessidade de muita leitura para que a criança consiga escrever corretamente, dominando as regras aceitas de ortografia. Como é comum encontrar crianças que leem muito, e gostam do que fazem mesmo assim são crianças com dificuldades de escrever, com frequência de erros ortográficos.
Como professora, já ingressada no meio escolar, para garantir uma melhora de realização na alfabetização e mentalidade do aluno com dificuldade e professor que estará ingressando nessa nova tarefa, tracei como objetivo desta pesquisa no tema bastante interessante em nossa profissão, saber se realmente exercícios frequentes de leitura levam a garantir uma melhora no domínio da escrita correta, e se ter pouco hábito de leitura realmente leva a escrever mal.
 A grande maioria dos alunos do Ensino Fundamental e médio não possui hábito de leitura fora da escola. A concorrência da televisão e das diversões eletrônicas com o acesso a biblioteca e aos livros, deixa esta última em grande desvantagem em se tratando de crianças e adolescentes.
Baseadas neste interessante tema, e ainda pela dúvida deixada, foi elaborado um referencial bibliográfico, que acredito levou a decidir por conhecimentos a respeito, o que é claro, se fez através de uma metodologia adequada.
	 	
Palavras-Chave: Educação. Leitura alunos Professores
 INTRODUÇÃO
O meio educativo, por intermédio de seus profissionais em suas diversas atividades de coordenação e orientação pedagógica, têm apontado uma relação entre o exercício de leitura e a aprendizagem da ortografia. Esta afirmação vem crer que há uma necessidade de muita leitura para que a criança consiga escrever corretamente, dominando as regras aceitas de ortografia. Como é comum encontrar crianças que leem muito, e gostam do que fazem mesmo assim são crianças com dificuldades de escrever, com frequência de erros ortográficos.
Como professora, já ingressada no meio escolar, para garantir uma melhora de realização na alfabetização, traçou como objetivo desta pesquisa no tema bastante interessante em nossa profissão, saber se realmente exercícios frequentes de leitura levam a garantir uma melhora no domínio da escrita correta, e se ter pouco hábito de leitura realmente leva a escrever mal.
 A grande maioria dos alunos do Ensino Fundamental e médio não possui hábito de leitura fora da escola. A concorrência da televisão e das diversões eletrônicas com o acesso a biblioteca e aos livros, deixa esta última em grande desvantagem em se tratando de crianças e adolescentes.
Nesta pesquisa foram procuradas respostas para questionamentos como: em quais oportunidades se motiva em atividade de leitura? Como desenvolver habilidades que facilitem a leitura? Como desenvolver a linguagem escrita através de leituras e como psicologicamente o aluno recebe essas informações? E Como levar a criança a perceber a ortografia em suas leituras, para que gradativamente ela assimile a forma correta de escrever.
Para formular conhecimentos coerentes foi utilizada da forma de revisão bibliográfica em autores como BAGNO (2001), FÁVERO (1994) e BRANDÃO (1997) e outros que se constatou que a aprendizagem da leitura e escrita constitui-se uma das tarefas básicas propostas à educação. 
Essa tarefa constitui uma dificuldade na atualidade que deve ser estudada através dos responsáveis e especialistas da educação.
 Foi este trabalho iniciado por uma análise através de observação dos fatos, ocorrências do dia-a-dia em sala de aula, que demonstra a necessidade de se levantar conhecimentos a respeito do tema central da pesquisa “O hábito da leitura e os erros ortográficos no Ensino Fundamental e médio e suas questões psicológicas votadas ao aluno”.
 Numa leitura minuciosa extraindo as informações principais foram catalogadas e posteriormente organizadas em um texto único para se aceitar como pressupostos teóricos, sempre com o alvo de atingir os objetivos traçados.
 O resultado agora apresentado da pesquisa, com uma série de informações de autores, para não só garantir uma atualização de informações e conhecimentos próprios, como dar condições e requisitos para novas pesquisas.
A metodologia a ser aplicada neste estudo parte da abordagem qualitativa, com o uso da pesquisa bibliográfica. As fontes selecionadas são publicações impressas ou virtuais de autores conhecedores das pratica da leitura e escrita e sua importância para a formação integral dos educando e formadores de opinião no caso professores.
	 
DESENVOLVIMENTO 
O CONTEXTO DA LEITURA 
Esta pesquisa esteve toda voltada para se conhecer as diversas formas de leitura, como a sua história, o seu meio e o seu contexto social. Pois a leitura é um meio de que dispomos para adquirir informações e desenvolver reflexões críticas sobre a realidade. 
Conceitos de leitura
Dentre muitos e diversos os conceitos que os autores trazem sobre leitura destacamos a consideração por alguns que se seguem:
 Segundo SILVA (2000:18), 
"Ler não é apenas pensar o ato de decodificação da palavra escrita. Na verdade, a leitura procede a escrita e pressupõe uma finalidade, um objetivo, um propósito...O ato de ler deveria acontecer numa relação dialógica entre autor e leitor".
 Ler é saber compreender, interpretar, e essa primeira interpretação não é a única, depende de cada pessoa, de seu contexto de vida, de sociedade, da família, pois a compreensão do texto feita através da sua leitura crítica, implica a relação entre o texto e o contexto. Quando há compreensão do contexto do texto, a leitura torna-se crítica.
 Se isto realmente acontecesse, ou seja, se a leitura fosse um diálogo entre o autor e leitor, não teríamos leitores passivos, mas sujeitos que interpretam o texto concordam ou discordam do texto a partir de uma visão de mundo que cada um possui. A leitura compreensiva e crítica exige por parte do leitor uma percepção de que, por trás de cada texto, há uma intenção, uma mensagem.
 Conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais da Língua Portuguesa (1997:54),
“Formar um leitor competente supõe formar alguém que compreenda o que lê; que possa aprender a ler também o que está escrito, identificando elementos implícitos; que estabeleça relações entre o texto que lê e outros textos já lidos; que saiba que vários sentidos podem ser atribuídos a um texto”.
 Para trabalhar a leitura em sala de aula deve-se considerar os objetivos que se pretende alcançar, pois, conforme o tipo de leitura que realizamos, os objetivos, as metodologias e as escolhas do textos podem ser diferentes. Pode se trabalhar a leitura com os seguintes objetivos: ler para gostar de ler; ler para conhecer a língua e ler para conhecer o mundo.
 A leitura e a escrita acontecem quando a criança começa a perceber o mundo em que vive. Esse mundo vai se expandindo na medida em que ela vai compreendendo e aprendendo nas relações que ela mantém com os outros no dia-a-dia.
 SILVA (2000:53-54) salienta, dessa forma, que "as várias leituras, dentro da natureza social do ler, podem ser classificadas em três categorias básicas: informação, conhecimento e prazer".
Tendo o domínio da leitura e o acesso àqueles livros que falam criticamente e a respeito da estrutura de hierarquias, da estrutura injusta da nossa sociedade, seremos capazes de perceber aspectos que, através das ideologias, servem para alienar e forçar o povo a permanecer na ignorância. Assim, a pessoa que sabe ler tema possibilidade de desmascarar os ocultamentos feitos e impostos pela classe dominante, posicionarem-se frente a eles e lutar contra.
•A leitura informacional mantém as pessoas atualizadas acerca dos acontecimentos que ocorrem ao seu redor, com o objetivo de acompanhar os fatos do contexto.
•A leitura de conhecimento está relacionada com processos de pesquisa e estudo.
•A leitura de prazer estético é a poesia e outros gêneros literários. É entrando em contato com bons livros, jornais e revistas que descobrimos o mundo mágico e também a realidade que nos cerca.
•Leitura literária - Constitui-se em uma busca além da realidade. 
•Leitura escapista - Esse tipo de leitura predomina entre as crianças. A pessoa deseja escapar da realidade, viver num mundo sem responsabilidades, nem limites. Além disso, uma leitura pode ser ouvida, vista ou falada.
 Uma leitura pode ser ouvida, vista ou falada. A leitura oral é feita não somente por quem lê, mas pode ser dirigida a outras pessoas que também "leem" o texto ouvindo-o, é primeiro contato da criança com a leitura acontece desse modo. 
Os adultos leem histórias para ela ouvir, isto é, uma forma de ler. Ouvir uma história equivale a ler com os olhos. A leitura visual silenciosa é muito mais comum entre as pessoas. Ela tem como vantagem de não inibir o leitor por questões linguísticas e permite uma velocidade de leitura maior, podendo o leitor parar onde quiser e reler partes já lidas, o que a leitura oral de um texto não permite.
Conforme CAGLIARI (1995:156),
 A leitura do texto e os conhecimentos prévios
 Para MAGNANI (1989:9), "a falta de hábito de leitura tem sido apontada como uma das causas do fracasso escolar do aluno e, em consequência, do seu fracasso enquanto cidadão".
Encontra se na aprendizagem a lição para vida isso através da leitura , gerando responsabilidade para formação do ser humano, essa vinculação entre o aluno e escola somada com a leitura como meio de formação do ser.
 A leitura dentre outros deverá ter como objetivo sempre a busca de informações, a ampliação da visão do mundo, a produção de textos e a recreação.
 A leitura da palavra escrita pressupõe a alfabetização, o que em nossa sociedade se dá no âmbito escolar, onde são aprendidos como normas certos códigos de leitura e escrita, que mediarão as relações do leitor com escritos oficializados como textos. 
 Cabe à disciplina de português o trabalho sistemático da leitura como atividade e conteúdo de ensino.
 “Também a prática educativa não deve se ater apenas à “leitura da palavra”, à leitura do texto”, mas também à "leitura do contexto", à "leitura do mundo". É preciso cada vez mais promover a leitura do mundo: só se aprende e vivencia de forma coletiva, em troca contínua de experiências com os outros.
A Leitura Na Escola
Parece ser determinante de que ao ingressar na instituição escolar, a primeira tarefa de uma criança é aprender a ler e escrever, sendo a alfabetização o centro das expectativas de pais e professores, os responsáveis tem papel principal na aprendizagem, porem muitos deles não acreditam nessa função, e atribuem para os professores esta responsabilidade tornando processo lento e árduo, por isso as crianças encontram dificuldade em aprender através da leitura.
 
 Aprender a ler exige novas habilidades, novo desafios à criança com relação ao seu conhecimento da linguagem. Por isso, aprender a ler é uma tarefa complexa e difícil para todas as crianças.
Diante deste pressuposto vinculamos a escola ao sistema chamado de poder, sem dissociado da educação através da leitura como intermédio do saber.
Utilizando textos e reprodução do mesmo como leitor funcional.
 		
 Primeiramente é preciso ter bem claro os objetivos para saber qual a metodologia a ser usada. Portanto, um dos objetivos para se alcançar a finalidade de formar leitores é: "ler para gostar de ler". A metodologia seria então, garantir o espaço da leitura prazer, leitura para o divertimento, a distensão, a aventura. 
 Outro objetivo é: "ler para conhecer a língua". É o momento propício para apropriação da estrutura da língua portuguesa. E finalmente: "ler para conhecer o mundo". Desvendando e descobrindo os conhecimentos culturalmente construídos, o aluno satisfaz sua curiosidade, amplia seu conhecimento sobre o mundo, aguça o espírito de descoberta e investigação.
Neste momento, a motivação, a criatividade para tornar o aprendizado agradável e a confiança demonstrada pelo professor diante da criança que está sendo alfabetizada, são qualidades insubstituíveis.
O contexto da leitura em sala de aula
 O ato de ler não é, dessa forma, decodificação do que está escrito ou mera habilidade mecânica. A leitura é um processo amplo, contínuo que se funde com o próprio fato de estar no mundo-biológico e socialmente falado. 
Aprender a ler o mundo significa conhecer os valores, a cultura, pensar sobre eles, desenvolvendo uma posição crítica própria. Para tanto, as leituras devem ser atrativas, críticas, não superficiais e alienantes. 
Elas devem servir, principalmente, como fonte de informações, que requerem uma abordagem crítica e permanente, para que o cidadão possa atuar e tentar transformar o mundo que o cerca.
Fundamentos psicológicos do ato da leitura
 Dentro da instituição escolar, a leitura é constantemente requisitada por professores de todas as áreas, porém a responsabilidade somente é deixada aos alfabetizadores e aos professores de comunicação e expressão. E ainda, dentro da instituição escolar – como formadora de profissionais – na área de Metodologia da leitura, o assunto parece se resumir em diferentes métodos de alfabetização em que são treinados os futuros professores de 1º grau.
Na interpretação e expressão de SILVA (2000), para que o "hábito" da leitura se desenvolva seria necessário que as escolas e as famílias brasileiras permitissem o "acesso ao livro".( No entanto, existem alguns " poréns"). 
 A leitura como uma forma de encontro entre a realidade sócio - cultural ; o livro ( ou qualquer outro material escrito) é sempre uma emersão do homem no processo histórico, é sempre a encarnação de intencionalidade e, por isso mesmo, "sempre reflete o humano".
 Desta forma, ler é antes de tudo compreender a mensagem, compreender-se na mensagem, compreender-se pela mensagem – eis aí os três propósitos fundamentais da leitura.
 Diante da problemática leitura, o panorama de pesquisa sobre a mesma no Brasil é pequena em relação a outros países. Isso porque dentro do contexto, aquilo que se chama de "leitura" nada mais é do que um processo limitado de alfabetização, isto é, identifica-se o aluno – leitor como um estudante que supostamente aprendeu a ler.
 As pesquisas educacionais brasileiras, voltadas à problemática leitura, deixam muito a desejar – quantitativamente falando, existem escassez de investigações; qualitativamente falando, com raras exceções, existem levantamentos superficiais constatando o óbvio, ou seja, que são poucos os leitores neste país. Diante deste quadro vê-se que a problemática leitura apresenta-se como um enigma.
 A leitura é sempre colocada como um evento desligado da esfera humana, caracterizada mais como um fenômeno físico que pode ser observado através de lentes de um microscópio. Segundo o autor não é difícil perceber, no elenco de modelos orgânicos de leitura a estreita analogia entre mente humana e computador; a separação entre sujeito e objeto.
 O processo de aquisição da escrita e da leitura
Entre os educadores na instituição escolar costuma-se falar em “alfabetização”. O termo é complicado porque pressupõe um objetivo a ser alcançado (alfabetizar e ortografia simultaneamente) que depende do professor e de uma metodologia específica, do que da própria criança. 
Dentro da perspectiva de “Alfabetizar”, a escola fornece informações (dosadas segundo critérios de complexidade que ela define!) aos alunos que são, assim, “instruídos sobre a leitura e escritos”, como se eles pudessem ser, em primeiro momento, completamente instrumentalizado, para depois virem a usar esse sistemade escrita. Ao “alfabetizador” detentor do saber institucional sobre a escrita, cabe, portanto, treinar o alfabetizado, cujo papel passa a ser o de mero repetidor, nas atividades tradicionais da escola. A metodologia é vista como fundamental, ocupando o lugar de uma teoria sobre o processo de aquisição da leitura e da escrita.
Uma teoria que vê a criança como sujeito do processo de aquisição da leitura e escrita, numa representação determinada em grande parte pelo tipo e grau de contato que a criança já teve com a escrita antes de ingressar na escola. 
Na construção da escrita, a criança, embora comece logo a elaborar uma representação do seu interlocutor, não tem acesso imediato às formas escritas de uso convencional, as quais deveriam servir de espelho para as suas hipóteses, colocando em evidência, em muitos casos, a necessidade de uma reelaboração.
Essa distância espacial e/ou temporal entre os interlocutores da escrita poderia justificar a mediação da escola durante o processo de construção da escrita por parte das crianças. Nesse sentido poder-se-ia redefinir o papel da escola como sendo: o de selecionar e organizar dados que se mostrem necessários para que as crianças reflitam sobre a escrita que estão elaborando,; o de explicar as suas hipóteses e, a partir delas, discutir os usos e aspectos convencionais determinados pelo caráter eminentemente social da escrita. 
 A escola estaria, assim desempenhando um papel de suma importância ao transformar-se em interlocutor presente da criança, facilitando e agilizando o processo de construção da leitura/escrita por parte de todas as crianças.
 
 
O CONTEXTO DA LEITURA E A GRAMÁTICA
 No meio escolar, de um modo geral, há uma preocupação quanto aos erros de gramática que acontece nos trabalhos escolares. Quanto a esses erros a argumentação nesse sentido, pode ser encontra em. SILVA (2000, p.12-14), por exemplo, que afirma que a gramática peca ao dar precedência a língua escrita e uma determinada variedade como a melhor, reforçando o dialeto da elite e silenciando outros usos. 
Por causa disso necessário acompanhamento e auto avaliação constante para ajudar e orientar.
 	 
O desenvolvimento da escrita em contextos ortográficos 
 Quanto ao processo de aprendizagem da linguagem escrita feita na escola, nota-se que há uma transição de uma fase alfabética de escrita para uma ortográfica, em que a criança passaria a lidar com aspectos ortográficos específicos da língua portuguesa que iriam além das correspondências básicas entre letra e som. 
 Segund NUNES (1992) procurou examinar a trajetória de erros ortográficos relacionados às regras contextuais, para verificar se estes são corrigidos simultaneamente pelas crianças ou em momentos diferentes da aquisição da leitura e da escrita. 
 Para isto, regras cujo ensino não ocorre de forma explícita na escola foram investigadas através do uso de palavras inventadas que apresentavam apenas uma pronúncia ou grafia possíveis, não sendo derivadas de palavras primitivas conhecidas.
 NUNES (1992) conclui que as regras ortográficas não são adquiridas concomitantemente, pois mesmo aquelas que se apresentam gramaticalmente similares não são aprendidas pelas crianças ao mesmo tempo. Portanto, cada contexto ortográfico seria adquirido sem estar subordinado a uma aprendizagem conjunta para regras de natureza semelhante.
 A Leitura e a Interpretação de Textos
 Poucas escolas conseguem levar seus alunos a sentirem prazer pela literatura, e que ler nem sempre é fonte de alegria, podendo dar prazer ou produzir perturbações. Tais indagações poderão ter respostas por pesquisa realizada por este trabalho acadêmico. 
De princípio entendemos que se a leitura fosse trabalhada de forma mais dinâmica e diferenciada, para todos, ela seria algo prazeroso, que proporcionaria alegria.
Se os educadores oferecessem essa leitura prazerosa, ajudaria muito a melhorar a qualidade de vida das pessoas. Muitos professores acham que apesar de bem intencionado, podem transmitir esta paixão de forma errada, incentivando a leitura, mas não dando continuidade no trabalho. 
 	
O conhecimento prévio na leitura
 De acordo com KLEIMAN (1999), na leitura, como uma das atividades humanas, é preciso que seja construída uma representação adequada dos fins da leitura, assim como da tarefa de ler. O indivíduo necessita de conhecimento e reflexão sobre os processos de aquisição. 
 Ainda em KLEIMAN (1999) no ato de ler, o indivíduo constrói o seu significado do texto. Isso não quer dizer que o texto em si mesmo não tenha sentido ou significado, mas como a construção que envolve o texto exigem os conhecimentos prévios, estes oferecem diferentes possibilidades e limitações para a transmissão de informação escrita. 
 Para se conseguir essa interação durante a leitura dos diversos elementos do conhecimento humano, é preciso oferecer ao aluno certos desafios. Assim, leva-o a conhecer e levar em conta seus conhecimentos prévios, com relação ao texto, para que possam construir um significado adequado sobre ele lê.
 O processo de leitura deve garantir que o leitor compreenda o texto e que pode ir construindo uma idéia sobre seu conteúdo, extraindo dele o que lhe interessa, em função dos seus objetivos. Isso só pode ser feito mediante uma leitura individual, precisa, que permita o avanço e o retrocesso, que permita parar, pensar, recapitular, relacionar a informação com o conhecimento prévio, formular perguntas, decidir o que é importante e o que nem tanto é O leitor de maneira geral, preveem, elaboram hipóteses, contrastam, interagem constantemente com o texto.
Sabemos que não há uma fórmula pronta, para se desenvolver a habilidade de redigir. É necessário tempo, treino, esforço, estudo. Por outro lado, existem hábitos que podem facilitar tal capacidade, como a leitura, a observação crítica da realidade, a experiência com diversos tipos de textos.
O ato de escrever não começa quando nos é colocado um papel à frente, ele começa muito antes, na nossa infância: o que fizemos e aprendemos com a nossa família e amigos, o uso que os vimos fazerem da escrita (leituras diversas, cartas, bilhetes), nossas ideias, conversas, brincadeiras, leituras feitas para nós e por nós. Enfim, essa “bagagem cultural”, o nosso repertório verbal será material valioso para nossas futuras escritas.
 	
	 	
CONCLUSÃO
 A leitura é considerada também como processo de aprendizagem, levando-se em conta a compreensão do sujeito para que este faça uma leitura crítica e significante. A leitura tornou-se então, muito importante e valiosa para a formação intelectual das pessoas.
No entanto, a leitura decodificadora está muito presente nas escolas e muitos professores possuem um conceito frágil e fragmentado sobre esse verdadeiro sentido. E por isso, é preciso reverter esse quadro.
É certo que a leitura é um direito do cidadão, e compete ao Estado garantir este direito, através da instalação de bibliotecas, salas de leitura e aparelhamento das escolas.
Também não adiantaria um bom aparelhamento e materiais e os professores não estiverem interessados em aplicar seus conhecimentos em novas técnicas, estarem sempre renovando seus conhecimentos e aceitando que a leitura é um meio de desenvolvimento pessoal e social.
Em muitas escolas a Língua Portuguesa ainda é ensinada de maneira formal, chata sem entusiasmo. Esse tipo de ensino não atende mais às necessidades da sociedade. Cada vez mais o aluno terá de compreender e escrever textos diferenciados, claros e criativos. 
 Não é preciso quebrar a cabeça para conseguir textos diversificados para utilizar em classe. Eles estão por toda a parte: jornais, revistas, folhetos de propagandas, etc. Até alguma embalagem de produtos alimentícios trazem pequenos textos repletos de informações. 
 O importante é que o material escrito apresentado aos alunos seja interessante e desperte a curiosidade das crianças. Textos literários e poesias também devem ser usados, de maneiraa repertoriar os alunos com diferentes tipos de textos, a fim de desenvolver a leitura e a escrita.
BIBLIOGRAFIA
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CITELLI Beatriz e Bonatelli. Aprender e Ensinar Com Textos de Alunos. São Paulo/SP: Cortez, 1997.
FAVERO, Teresinha Oliveira. Gramática: objeto descartável? Trabalho apresentado no I Congresso Internacional da Associação Brasileira de Lingüística na UFBA, em Salvador/ Bahia, 1994.
GALAN, Maria Raquel. A Construção Cotidiana de uma Proposta de Ensino as Falas de Professores e Alunos de Língua Portuguesa do Oeste do Paraná. 1991. Dissertação (Mestrado em Lingüística). Florianópolis: UFSC, 1991.
GERALDI, João. , O Texto Na Sala de Aula. São Paulo/SP: Ática, 1997.
KLEIMAN, Angela. Texto e leitor, aspectos cognitivos da leitura. Campinas: Pontes, 1989.
LIPMAN, M. A filosofia vai à escola. São Paulo: Summus, 1990.
MAGNANI, Maria do Rosário M.. Leitura, Literatura e Escola. SP: Martins Fontes, 1989.
PLATÃO, F. S., FIORIN, J. L. Para entender o texto. São Paulo: Ática, 1992.
Rocha, L.C.A. Gramática : nunca mais: o ensino da língua padrão sem o estudo da gramática . Belo Horizonte-MG: UFMG, 2002.
SILVA, Rosa Virgínia Mattos e. Tradição Gramatical e Gramática Tradicional. 4ª edição. São Paulo: Contexto, 2000.
VYGOTSKY, L. S. Pensamento e Linguagem. Tradução de CAMARGO, Jefferson Luiz. São Paulo: Editora Martins Fontes, 1999

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