Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 6° fase Medicina Farmacologia UCXVIII Osteoporose Introdução A osteoporose é caracterizada por diminuição global da massa óssea, com desorganização da microarquitetura trabecular e aumento da suscetibilidade a fraturas. É descrita como um problema de saúde pública, devido a repercussões individuais (mortalidade, morbidade, incapacidade funcional) e sociais (diminuição da força de trabalho, aumento do risco de institucionalização, ônus econômico). Fatores de risco mais importantes relacionados à osteoporose e a fraturas na pós-menopausa são: idade, sexo feminino, etnia branca ou oriental, história prévia pessoal e familiar de fratura, baixa DMO do colo de fêmur, baixo índice de massa corporal, uso de glicocorticoide oral, fatores ambientais: tabagismo, ingestão abusiva de bebidas alcoólicas (≥ três unidades ao dia), inatividade física e baixa ingestão dietética de cálcio Apesar de não tratarem a osteoporose, a vitamina D e o cálcio são fundamentais no tratamento, a fim de evitar a hipocalcemia (vitamina D diminui a excreção renal de Ca) A hipocalcemia → Ca seja removido do tecido ósseo, onde é armazenado → desmineralização óssea O ideal seria a ingesta de 600-1200mg de Ca/dia (5 copos de leite aproximadamente) OBS.: na menopausa, ↓ação do estrogênio → ↓ação céls Metabolismo de cálcio: quando ↓Ca, a paratireoide secreta o PTH → aumenta a reabsorção de Ca no intestino + diminui eliminação renal de Ca + mobiliza estoques de Ca nos ossos → manutenção dos níveis séricos É regulado pelo hormônio calcitonina, secretados pela tireoide, o qual age em altas quantidades de Ca, aumentando sua deposição nos ossos e diminuindo sua absorção Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 6° fase Medicina Interações hormonais no controle da homeostasia do mineral ósseo. No organismo, a 1,25-di-hidroxivitamina D (1,25(OH)2D) é produzida pelos rins, sob o controle do paratormônio (PTH), que estimula a sua produção, e do fator de crescimento dos fibroblastos (FGF23), que inibe a sua produção. Por sua vez, a 1,25(OH)2D inibe a produção de PTH pelas glândulas paratireoides e estimula a liberação de 1,25(OH)2D do osso. A 1,25(OH)2D é o principal regulador da absorção intestinal de cálcio e de fosfato. No osso, tanto o PTH quanto a 1,25(OH)2D regulam a formação e a regulação óssea, sendo cada um capaz de estimular ambos os processos. Esses efeitos ocorrem por meio da estimulação da proliferação e diferenciação dos pré-osteoblastos em osteoblastos, a célula formadora de osso. O PTH e a 1,25(OH)2D estimulam a expressão do RANKL, que, com o MCSF, estimula a diferenciação e ativação do osteoclasto. O FGF23 em excesso leva ao desenvolvimento de osteomalacia por meio da inibição de 1,25(OH)2D e redução dos níveis de fosfato. MCSF, fator estimulador de colônias de macrófagos; OPG, osteoprotegerina; RANKL, ligante do receptor para ativação do fator –кB nuclear A importância médica das fraturas está intimamente relacionada às complicações associadas. O tipo de fratura influencia a sobrevida. Fratura de fêmur são as mais graves → morte 20% dos casos Fratura do quadril → incapacidade de deambulação de forma independente. Fratura de vértebras → dor nas costas, cifose e diminuição da estatura. A osteoporose é eficazmente diagnosticada por densitometria óssea. Prevenção Atividade física iniciada precocemente na vida contribui para maior pico de massa óssea (caminhadas e outros exercícios regulares, aeróbicos e com sobrecarga) Ingestão diária de alimentos ricos em cálcio (provendo 1200 mg de cálcio) e exposição solar também são preconizadas. Recomenda-se suplementação de cálcio e vitamina D quando não há ingesta adequada. Fisioterapia para a melhora do equilíbrio e da marcha e terapia ocupacional para a promoção de condições seguras no domicílio previnem as quedas TRH em mulheres sem contraindicação absoluta – prevenir osteoporose, junto aos sintomas do climatério (1-2 primeiros anos). Tratamento Divididos em vários grupos, com 3 principais: Nutrientes essenciais: cálcio, vitamina D e vitamina K2 – todos envolvidos no metabolismo ósseo. o Vitamina K2: ajuda na formação óssea e previne eventos tromboembólicos Medicamentos antirreabsortivos: calcitonina, TRH (estrogênio) e moduladores seletivos do receptor de estrogênio (SERMs), bifosfonatos (BPs) e anticorpo anti- RANKL. o 1° LINHA DE TRATAMENTO o SUS: BIFOSFONADOS (BP) Troca: por um de mesma classe (1°G → 3°G) o Geralmente semanal ou mensal o SERMs e TRH: início do climatério/menopausa – podem ser associados com BPs o SERMs: indicado em mulheres com CA de mama o Anti-RANKL: 2° LINHA DE TRATAMENTO, se intolerância ao BP Medicamentos anabólicos: hormônio da paratireoide (PTH) e os inibidores da esclerostina – aumentam a formação óssea. Além disso, as terapias com células- tronco para a osteoporose têm recebido cada vez mais atenção. o Anabólicos são hormônios sintéticos de PTH. Podem ser usados como 2° linha de tratamento, se refratário a BP. o O osteócito libera escrerostina → impede formação de novo osso por cima de um velho (apenas usado após falhas) Cálcio Mulheres com osteoporose ou na ausência de terapia de reposição hormonal (TRH) → 1.000 a 1.500 mg de cálcio por dia, através da dieta ou da suplementação. A principal fonte de cálcio na dieta é o leite e seus derivados, sendo que um copo de leite, integral ou desnatado, tem aproximadamente 300 mg de cálcio. Evitar a ingestão de farelos, fitatos e alimentos como batatadoce, feijão e espinafre devido à alta quantidade de oxalato, que acaba retardando a absorção do cálcio. Álcool, tabaco e cafeína diminuem absorção do cálcio Absorção: 4 a 45% absorvido pelo trato GI dependente do sal de cálcio. O carbonato e o fosfato tribásico de cálcio são os que contêm a maior biodisponibilidade de cálcio, cerca de 40% o Ca é bem absorvido em ambiente ácido – importante tomar antes das refeições (causa desconforto gástrico) o Pode formar complexos não absorvíveis. O carbonato de cálcio apresenta mais problemas gastrointestinais (como constipação) e é mais bem absorvido quando ingerido com as refeições – ambiente ácido favorece absorção. O citrato de cálcio apresenta menor biodisponibilidade de cálcio (21%) e são necessários mais comprimidos para se atingir a dose desejada (administrar mais vezes no dia e tem menos efeitos TGI – 1200mg dividido em 2x 600mg). A suplementação de cálcio não deve exceder 500-600 mg por dose independente da preparação, visto que o fracionamento aumenta a absorção. Distribuição: ossos contêm 99% do cálcio do corpo. Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 6° fase Medicina Metabolização: O sistema homeostático do cálcio mantém as concentrações constantes de cálcio ionizado no fluido extracelular para o caso de necessidade pelas células. Excreção: Fezes, 80%; urina, 20% o Fazer análise sérica de função renal Efeitos adversos: constipação, flatulência, desconforto estomacal, raramente causa cálculo renal. Recomendações: Em mulheres com mais de 50 anos, é recomendado e seguro o consumo de até 1.200 mg de cálcio ao dia, preferencialmente por meio da dieta, especialmente com o consumo de leite e derivados. Quando há impossibilidade de fazê-lo por meio de fontes nutricionais, é recomendável a administração de suplementos de cálcio, com avaliação de riscos e benefícios. Apesar de o uso complementar do cálcio e da vitamina D ser fundamental para a mineralização óssea adequada, não se recomenda o tratamento da osteoporose em pacientes na pósmenopausa exclusivamente com cálcio associado ou não com a vitamina D. Vitamina D A vitamina D é essencial para a absorção intestinal de cálcio. Administrar junto às refeições. Calcitriol (SUS ALTO CUSTO) 1,25-di-hidroxivitamina D3 - 1,25(OH)2D3: Ostriol®, Rocaltrol®, Sigmatriol®(comprimidos ou cápsulas gelatinosas com 0,25 mcg); Calcijex® (ampolas de 1 mcg/mL com 1 mL). o Sol o Indicado para pacientes em hemodiálise e/ou insuficiência hepática Ergocalciferol – vitamina D2: em associação com cálcio o Insuficiência hepática particular Colecalciferol (SUS) – vitamina D3: Addera D3® (solução oral com 10 mL – gotas); Depura Kids®, Depura® (solução oral 5.600 UI/mL – 10 mL), Maxxi D3® (solução oral 200 UI/gotas – 20 mL) o Alimentação Efeitos adversos: distúrbios GI, hipercalcemia, cálculos renais, infarto do miocárdio, insônia, agitação, irritabilidade. Produção endógena estimulada pelo sol. Reduz com o avançar da idade. Funções da Vitamina D: absorção intestinal de cálcio, exerce importante ação na musculatura periférica e no equilíbrio. Concentrações séricas de 25(OH)D abaixo de 20 ng/mL (50nmol/L) são classificadas como deficientes para a população. Concentrações ideais (suficientes) estão entre 30 e 100 ng/mL (75 e 250 nmol/L). Esses valores foram reconhecidos pela Endocrine Society e a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. Suplementação - doses diárias acima de 800 UI/dia. Em adultos com deficiência de vitamina D (<20ng/mL), recomenda-se a administração de uma dose de ataque de 7.000 UI/dia ou 50.000 UI/semana por oito semanas, seguida da dose de manutenção. Recomendação para pacientes com osteoporose pós menopausa: Dose de manutenção: doses diárias de 1000- 2000 UI/dia e valores séricos acima de 30 ng/mL para a prevenção do hiperparatireoidismo secundário, melhoria da massa óssea, redução de risco de quedas. Tratamentos com altas doses de vitamina D não estão indicados O uso diário é mais barato As doses variam muito, entre 7.000-100.000UI Riscos: cálculos renais por hipercalcemia; vit D é estimulante do SNC → não pode tomar tarde/noite, pois causa irritabilidade, insônia, agitação. Vitamina K2 A vitamina K2 (menaquinona) atua como cofator enzimático no processo de carboxilação de proteínas, como a osteocalcina e proteína Gla de matriz (MGP), inibidoras, respectivamente, da osteoporose e calcificação vascular. A osteocalcina é secretada pelos osteoblastos maduros no estágio final de diferenciação dos osteoblastos, durante o período da mineralização da matriz extracelular – relação com a mineralização óssea. A vitamina K2 também induz a apoptose de osteoclastos e reduz a diferenciação de suas células progenitoras, aumenta o número e atividade dos osteoblastos e modula seus genes alvo. Bifosfonatos PADRÃO OURO PARA OSTEOPOROSE TODOS DEVEM RECEBER SUPLEMENTAÇÃO COM CÁLCIO + VIT D São análogos sintéticos do pirofosfato inorgânico, e ligam-se aos cristais de hidroxiapatita nos sítios de remodelação e inibem a atividade de reabsorção dos osteoclastos, induzem a apoptose dos osteoclastos e promovem a inibição dos componentes da via de biossíntese do colesterol. Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 6° fase Medicina Inibem a reabsorção óssea pelos osteoclastos (que é a principal defesa para hipocalcemia) São moléculas muito parecidos com o pirofosfato inorgânico e induz a apoptose dos osteoclastos) Alguns dos bifosfonatos aumentam a densidade mineral óssea, também pela inibição da produção de 1,25(OH)2D, inibição do transporte intestinal de cálcio, alterações metabólicas das células ósseas (como inibição da glicólise, inibição do crescimento celular e alterações na atividade da fosfatase ácida e fosfatase alcalina) Afetam a homeostasia do mineral ósseo tornando-os úteis no tratamento da hipercalcemia associada à neoplasias malignas, doença de Paget e osteoporose Farmacocinética: biodisponibilidade limitada. Devem ser administrados com muita água (não mineral) e em jejum e permanecer ereto, não pode ficar na posição de decúbito. Hipocalcemia deve ser avaliada e corrigida antes da administração de bifosfonatos. Suplementar Cálcio + vit. D. NÃO são absorvidos junto a cátions NÃO pode tomar com ÁGUA MINERAL Aguardar 40-60min para comer São EXTREMAMENTE IRRITANTES para o TGI Efeitos adversos: náuseas, Epigastralgia, diarreia, vômitos. Refluxo gastroesofágico, esofagite e úlceras pépticas têm sido minimizados com o uso de apresentações semanal e mensal. Mialgias, artralgias. MEDICAR EFEITOS ADVERSOS DE PREFERÊNCIA SEMANAL OU MENSAL IV reduz úlcera/gastrite mas aumenta necrose de mandíbula Outras complicações menos comuns: uveíte, conjuntivite, hipocalcemia e osteonecrose de mandíbula. A osteonecrose de mandíbula (necrose asséptica ou avascular) tem sido associada ao uso de bifosfonatos, principalmente os de apresentação endovenosa. Tempo de tratamento – média de 5 anos Indicações: osteoporose induzida por corticoides e pós- menopausa, doença de Paget, hipercalcemia, tumores ósseos e metástases ósseas. Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 6° fase Medicina Ranelato de estrôncio Indicado no tratamento da osteoporose na mulher pós- menopáusica para redução do risco de fraturas vertebrais e do quadril; tratamento da osteoporose em homens com risco de fraturas aumentado. O ranelato de estrôncio é composto de dois átomos de estrôncio ligados a um íon orgânico, o ácido ranélico. Embora ainda não tenha sido aprovado para uso nos EUA, esse fármaco é utilizado na Europa para o tratamento da osteoporose. O ranelato de estrôncio parece bloquear a diferenciação dos osteoclastos, enquanto promove a sua apoptose, inibindo, assim, a sua reabsorção óssea. Ao mesmo tempo, o ranelato de estrôncio parece promover a formação óssea. Estudos clínicos demonstraram a sua eficácia no aumento da densidade do mineral ósseo e redução de fraturas da coluna e do quadril. Até o momento, os efeitos tóxicos relatados assemelham-se aos do placebo Não tem SUS Não tolerou BP e quer tentar outra opção VO Inibidor do RANK/RANKL O RANK ligante (RANK-L) é uma proteína expressa pelos osteoblastos e osteócitos que se liga ao receptor RANK e promove a diferenciação dos osteoclastos, sua função e sobrevida. O RANK é expresso pelos osteoclastos e seus precursores e é ativado pela ligação com o RANK-L. A OPG, por sua vez, e uma proteína secretada pelos osteoblastos/osteócitos que inibem o RANK-L e, dessa forma, inibe a reabsorção óssea. Células precursoras de osteoclastos Basicamente, o RANK-L é uma proteína produzida e secretada pelos osteoblastos a qual é bioativada para se diferencias em osteoclastos e começar a reabsorção óssea. Estrogênio e testosterona: estimula a secreção dos OPG Não adianta muito pra quem tem MUITO osteoclasto já formado (menopausa) Muitos fatores estimulam a expressão do RANK-L no osteoblasto, entre eles a vitamina D, as interleucinas, as prostaglandinas (inflamação), corticoides, paratormônio, vitamina D. Denosumabe (SUS ALTO CUSTO) (Prolia®): inibidor do RANK/RANKL – é um anticorpo humano monoclonal que se liga ao RANK ligante, prevenindo a ação do RANK na superfície dos osteoclastos. Inibe a formação, função e sobrevivência dos osteoclastos, diminuindo assim a reabsorção do osso cortical e trabecular. Ao longo de três anos reduz a incidência de fraturas vertebrais em 68%, de fraturas de colo do fêmur em 40% e de fraturas não vertebrais em aproximadamente 20%. Administrado via subcutânea - 60 mg a cada seis meses. Efeitos Adversos: hipocalcemia, rash cutâneo, celulite no local da administração, raramente osteonecrose de mandíbula ou de fraturas femorais atípicas Recomendação: O denosumabe está indicado no tratamento de mulheres como osteoporose na pós-menopausa. O denosumabe pode ser utilizado na falha, intolerância ou contraindicação aos bisfosfonatos (Insuficiência Renal). Após 10 anos de tratamento, os dados mostraram ganhos contínuos de DMO da coluna lombar e fêmur, bem como redução de fraturas, com o mesmo perfil de segurança descrito previamente, inclusive pacientes com disfunçãorenal. A descontinuação do tratamento com denosumabe pode levar a reversão dos benefícios obtidos na DMO e aumento do risco de fratura e neste caso deve-se considerar a troca para outro tratamento da osteoporose. Calcitonina Hormônio polipeptídico tireoidiano – liga-se a receptores presentes nos osteoclastos reduzindo sua mobilidade e atividade reabssortiva. Também reduz a diferenciação/maturação dos osteoclastos. Promove excreção de cálcio e fosfato → induz hipocalcemia e hipofosfatemia Não tem VO – SC, IM ou spray IN Se opõe ao PTH Utilizado na monitorização após CA de tireoide (sérico, hipercalcemia induzidos por tumores de paratireoide) Indicação: osteoporose, dor óssea – fraturas, doença de Paget, hipercalcemia. Efeitos Adversos: rubor facial, formigamento das extremidades, exantema, urticária, DGI, desconforto epigástrico. Dor e inflamação no local de aplicação. Agente Anabólico - teriparatida Agente Anabólico - Teriparatida (Forteo®); Abaloparatide Análogo sintético do PTH obtido por tecnologia do DNA recombinante. A teriparatida liga-se com afinidade semelhante à do PTH endógeno ao receptor ligado à proteína G. A teriparatida estimula a ação dos osteoblastos, que são as células responsáveis pela formação óssea, Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 6° fase Medicina aumentando assim a formação de osso novo. Existem evidências de que este estímulo ocorra através da inibição da apoptose destas células e pelo estímulo à passagem de pré-osteoblastos a osteoblastos, aumentando o número de osteoblastos. É considerado um agente anabólico, pois aumenta a formação óssea. Abaoparatide – não tem no Brasil Está aprovada para o tratamento inicial da osteoporose pós- menopausa em mulheres com alto risco de fratura ou que tenham falhado ou não toleraram tratamento prévio para a osteoporose. Está também aprovado para osteoporose induzida por glicocorticoides. Dose: 20 mcg/dia via subcutânea coxa ou abdômen – por até 2 anos. Efeitos Adversos: cefaleia, náuseas, cólicas, hipercalcemia, hipercalciúria, espasmos musculares Eficácia relativa de diferentes intervenções terapêuticas sobre a DMO da coluna lombar: Anticorpo anti-esclerostina Romosozumabe (Evenity®) - Solução injetável de 90 mg/ml em embalagens com 2 seringas preenchidas de 1,17 ml. Aplicar as duas seguidamente 1 x mês. Uso: até 12 meses. Romosozumabe - é um anticorpo monoclonal humanizado (IgG2) que liga e inibe a esclerostina. O romosozumabe tem um efeito duplo sobre o osso, aumentando a formação óssea e diminuindo a reabsorção óssea. Indicado para mulheres na pós-menopausa com osteoporose e múltiplos fatores de risco para fraturas, com densidade mineral óssea muito baixa ou com osteoporose estabelecida (fraturas preexistentes), e para aquelas que não toleram outras terapias. Basicamente inibem a esclerostina (ela é responsável por inibir proteínas essenciais para a diferenciação dos osteoblastos) NÃO interfere em osteoclastos Efeitos Adversos: resfriados, artralgia, hipersensibilidade, cefaleia. Terapia de Reposição Hormonal - TRH Os estrogênios desempenham papel antirreabsortivo importante no metabolismo ósseo das mulheres na pré- menopausa. O hipoestrogenismo, que ocorre após a menopausa, promove perda acelerada de massa óssea, mas pode ser atenuado com uso de terapia de reposição hormonal (TH). A reposição hormonal em mulheres na pós- menopausa ajuda a inibir a reabsorção óssea principalmente nas fases iniciais quando a velocidade de perda de massa óssea é maior, além de melhorar a sintomatologia decorrente da deficiência estrogênica. É contraindicada, quando apenas com essa finalidade, em mulheres com história familiar de câncer de mama e risco de tromboembolismo venoso. Geralmente estrógeno + progesterona Se pós histerectomia: estrógeno isolado Vias: VO, adesivo, gel o VO: estrógeno tem efeito de 1° passagem o Gel: após o banho, melhora a absorção A TRH pode ser considerada para o tratamento da osteoporose pós-menopáusica, especialmente nas mulheres com sintomas climatéricos, antes dos 60 anos ou com menos de 10 anos de pós-menopausa. A descontinuação da TRH resulta em perda de massa óssea e aumento das taxas de fraturas e as pacientes devem ser reavaliadas para outra opção terapêutica. As pacientes com indicação de TRH devem ser avaliadas cuidadosamente, de forma individualizada, e a sua prescrição só deve ser feita quando o benefício suplantar o risco. Efeitos adversos: náuseas e vômitos, edema, cefaleia, dor a apalpação da mama, tromboembolismo; hiperglicemia, anorexia; aumento da PA. A TRH deve ser administrada precocemente – pode conferir proteção cardiovascular, ao passo que após 10 anos sem estrógeno endógeno, pode ser prejudicial. Duração da TRH - dados atuais são inconsistentes para definir quando interromper a hormonioterapia. Para a reposição com estrógeno isolado, existe maior flexibilidade quanto ao tempo de uso. A decisão de manter a reposição deve ser individualizada com base nos sintomas e monitorizada e mantida enquanto os benefícios forem superiores aos riscos sempre sob supervisão médica. Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 6° fase Medicina Moduladores seletivos dos receptores de estrogênio (SERMs) Fármacos: Tamoxifeno, Raloxifeno, Toremifeno Mecanismo de Ação: Exercem ações tecido-específicas: atuam como agonistas em ossos, cérebro e fígado e antagonistas em mama e endométrio. Tamoxifeno: induz proliferação endometrial. Efeitos adversos: fogachos, corrimento vaginal, irritação, osteopenia e osteoporose, fraturas patológicas, catarata. Risco de câncer de endométrio e fenômenos tromboembólicos. Acompanhar possível proliferação endometrial (apenas Tamoxifeno, esse risco está ausente em raloxifeno por exemplo, pois é antagonista de mama e de útero) Usos: tratamento hormonal do câncer de mama ER-positivos
Compartilhar