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CENTRO PAULA SOUZA TCC

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CENTRO PAULA SOUZA
EXTENSÃO DA ETEC PROFESSOR IDIO ZUCCHI EE AURÉLIO ARRÔBAS MARTINS
TÉCNICO EM SERVIÇOS JURÍDICOS
ANGELI DOS SANTOS SANTANA 
CLÁUDIO FERREIRA JUNIOR
TÍTULO
TRAFICO HUMANO
Jaboticabal
2018
ANGELI DOS SANTOS SANTANA 
CLÁUDIO FERREIRA JUNIOR
TRAFICO HUMANO
 
Trabalho de conclusão de Curso apresentado à Extensão da ETEC de Bebedouro na Escola
Estadual Aurélio Arrobas Martins como
requisito para a conclusão do Curso Técnico
em Serviços Jurídicos.
Orientador: Osvaldo
Jaboticabal
2018
Dedico este trabalho a Deus, a minha família, ao nosso orientador Osvaldo e a todos que contribuíram para que esse trabalho fosse feito.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus por ter nos dado saúde е força para superar às dificuldades. 
A esta instituição pelo excelente ambiente oferecido aos seus alunos e os profissionais qualificados que disponibiliza para nos ensinar.
Ao nosso Professor Orientador Osvaldo, pela dedicação, paciência e amizade, que sem dúvida contribuiu para a nossa formação.
Aos nossos pais, pelo amor, incentivo e apoio incondicional.
E a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da nossa formação, o nosso muito obrigado.
“Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las.”
		(Evelyn Beatrice Hall)
RESUMO
ESTE ESTUDO ABORDA O TEMA SOBRE TRÁFICO HUMANO EM VÁRIAS ESFERAS. PARA REALIZARMOS A PESQUISA TRAÇAREMOS NO PRIMEIRO CAPITULO ALGUNS CONCEITOS SOBRE O QUE É O TRÁFICO HUMANO, RAMIFICAÇÕES DO TRÁFICO HUMANO, TRÁFICO HUMANO PARA EXPLORAÇÃO SEXUAL, TRÁFICO HUMANO PARA TRABALHO ANÁLOGO E ESCRAVIDÃO E MAIS ALGUMAS ABORDAGENS SOBRE O TRÁFICO DE PESSOAS. AS CONCLUSÕES REMETERÃO O CONHECIMENTO ACUMULADO DURANTE A PESQUISA E VISÃO FORMADA APÓS O ESTUDO.
“PALAVRA CHAVE” – TRÁFICO HUMANO E SUAS RAMIFICAÇÕES
ABSTRACT
THIS STUDY FACES THE SUBJECT ON HUMAN TRAFFICKING IN VARIOUS SPHERES. TO CARRY OUT THE RESEARCH IN THE FIRST CHAPTER SOME CONCEPTS ON HUMAN TRAFFICKING, HUMAN TRAFFIC BRANCHES, HUMAN TRAFFICKING FOR SEXUAL EXPLOITATION, HUMAN TRAFFIC FOR LABOR ANALOGUE AND SLAVERY AND MORE SOME APPROACHES ABOUT TRAFFICKING IN PEOPLE. CONCLUSIONS SHALL REPORT ACCUMULATED KNOWLEDGE DURING THE RESEARCH AND VISION FORMED AFTER THE STUDY.
"KEY WORD" - HUMAN TRAFFIC AND ITS BRANCHES
Sumário
1 - INTRODUÇÃO	8
2 - RAMIFICAÇÕES DO TRÁFICO HUMANO	9
2.3 TRÁFICO HUMANO PARA EXPLORAÇÃO SEXUAL	10
2.4 - CARACTERISTICAS	12
3	– TRABALHO ANÁLOGO AO DE ESCRAVO E SUA TRAJETÓRIA	14
3.1- HISTÓRIA DO TRABALHO ESCRAVO NO MUNDO	15
3.2	– ESCRAVIDÃO NO SÉCULO 21	18
4 - TRÁFICO HUMANO PARA ADOÇÃO ILEGAL:	20
5 - TRÁFICO DE ÓRGÃOS GERA MILHÕES NO MERCADO FINANCEIRO.	22
5.1- SUPERMERCADO DO RIM	23
5.2 – OS PRESOS CONDENADOS A MORTE	24
5.3 – PRESOS IRANIANOS	25
5.4 - COMÉRCIO ILEGAL NO BRASIL	25
5.5 – FIGURAS	27
6 . TRÁFICO HUMANO PARA CASAMENTO SERVIL	29
6.1. FATORES CAUSADORES:	30
6.2. CONSEQUÊNCIAS	30
7 – GRAFICOS	32
8 - CONSIDERAÇÕES FINAIS	33
9 - REFERÊNCIAS	34
34
1 - INTRODUÇÃO
Este Trabalho de Conclusão de Curso tem como objetivo apresentar o Tráfico Humano, mostrando os pontos mais importantes e também os pontos que são mais discutidos pelos doutrinadores, sobre o Tráfico Humano.
No capítulo 1º Abordaremos sobre a definição e o conceito do tema Tráfico Humano, onde será explicado o que significa o termo “Tráfico Humano”, iremos apontar as semelhanças e as diferenças no mundo e no Brasil, veremos os dados e estatísticas, onde mostraremos várias pesquisas referentes aos números do Tráfico Humano, e sobre a legalização, que irá retratar todas as leis referentes ao assunto e o Tráfico Humano como uma questão de saúde pública e por fim iremos falar sobre as classificações, ou seja, os tipos de Tráfico Humano que podem ser realizados.
No capítulo 2º Mostraremos os aspectos que envolvem a questão do Tráfico Humano, são eles os aspectos éticos e morais, religiosos, científicos, históricos e jurídicos. 
No capítulo 3º iremos mostrar Dados geográficos de regiões com maior incidência do Tráfico Humano.
No capítulo 4º iremos mostrar as vantagens e desvantagens referente à decisão jurídica de se legalizar a prática do Tráfico Humano.
O principal motivo pelo qual escolhemos decorrer sobre este tema é a grande importância de se discutir sobre o Tráfico Humano, pois a sua criminalização faz com muitas pessoas venham a ter sua vida transformada de uma forma negativa e até mesmo chegar a óbito, por isso deve ser sempre um assunto a ser debatido. 
E por fim faremos uma breve conclusão sobre o tema.
2 - RAMIFICAÇÕES DO TRÁFICO HUMANO
2.2 - CONCEITO E DEFINIÇÃO
O tráfico humano ocorre em locais diversos, existe grandes números em outros países, Segundo o País das Nações Unidas buscam reconhecimento aponta um Protocolo para a Prevenção, Repressão e Punição ao Tráfico de Pessoas, em especial Mulheres e Crianças (também referida como o Protocolo do Tráfico), existe também um acordo internacional no âmbito da ONU Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional, que entrou em vigor em 25 de Dezembro de 2003. Este protocolo completam o 3º tratado do País. O Protocolo do Tráfico é o primeiro instrumento global legalmente vinculativo sobre o tráfico há mais de meio século, e é o único com uma definição consensual sobre o tráfico de pessoas. Um dos seus objetivos é facilitar a cooperação internacional na investigação e repressão desse tipo de tráfico além de proteger e assistir às vítimas do tráfico humanos, com pleno respeito pelos seus direitos, conforme estabelecido na Declaração Universal dos Direitos Humanos. O Protocolo do Tráfico, possui 166 partes, [e define o tráfico humano como:
	(a) [...] o recrutamento, o transporte, a transferência, o alojamento ou o acolhimento de pessoas, recorrendo à ameaça ou uso da força ou a outras formas de coação, rapto, fraude, ao engano, ao abuso de autoridade ou de situação de vulnerabilidade ou à entrega ou aceitação de pagamentos ou benefícios para obter o consentimento de uma pessoa que tenha autoridade sobre outra, para fins de exploração. A exploração incluirá, no mínimo, a exploração por prostituição de outrem ou outras formas de exploração sexual, trabalho forçado ou serviços, escravidão ou práticas análogas à escravidão, servidão ou a remoção de órgãos;
(b) O consentimento de uma vítima do tráfico de pessoas para a exploração descrito na alínea (a), do presente artigo é irrelevante quando qualquer um dos meios previstos na alínea (a) têm sido utilizados; (c) O recrutamento, o transporte, a transferência, o alojamento ou o acolhimento de uma criança para fins de exploração serão considerados "tráfico de pessoas", mesmo que isso não envolva qualquer um dos meios referidos na alínea (a), do presente artigo;
(d) “Criança” entende-se qualquer pessoa com menos de 18 anos de idade. 
Em 2004, a receita total anual do tráfico de pessoas foi estimada entre US$ 5 bilhões e $9 bilhões. 
Em 2005, Patrick Belser da OIT estimou um lucro anual global de 31,6 bilhões dólares. Em 2008, as Nações Unidas estimaram que cerca de 2,5 milhões de pessoas de 127 países diferentes estão sendo traficadas para 137 países ao redor do mundo. Em 2012 a Organização Internacional do Trabalho estimou que 20,9 milhões de pessoas são vítimas de trabalho forçado
2.3 TRÁFICO HUMANO PARA EXPLORAÇÃO SEXUAL
O Tráfico de humano para exploração sexual é especificado pela Organização das Nações Unidas (ONU), expressado no Documento de Palermo, no ano de 2003, como “o recrutamento, o transporte, a transferência, o alojamento ou o acolhimento de pessoas, recorrendo-se à ameaça ou ao uso da força ou a outras formas de coação, ao rapto, à fraude, ao engano, ao abuso de autoridade ou à situação de vulnerabilidade ou à entrega ou aceitação de pagamentos ou benefícios para obter o consentimento de uma pessoa que tenha autoridade sobre outra para fins de exploração”.
	Esta ramificação do tráficohumano é a mais lucrativa e de escala mundial, com a maior incidência nas Américas do Sul e Latina, pois, são áreas carentes, sendo assim considerados “alvos fácies”, por serem de regiões com grande parte da população de classe baixa.
	Essas regiões se destacam pela falta de políticas sociais e eficazes no combate ao tráfico humano, por terem um dos maiores níveis de criminalidade sendo o maior deles o tráfico de drogas já citado. Existem inúmeras facções de crime organizado que literalmente reinam nessas regiões, por ser mais fácil a exportação de drogas e armas para outros continentes, facilitando suas atividades e lucros. 
	Os maiores alvos dessas práticas são mulheres e meninas, por serem mais frágeis; principalmente as que se encontram nas situações de extrema carência social, sedo elas, fome, baixa alfabetização, baixa renda, etc. 
	Denominada “exploração sexual”, vem do fato das vítimas serem forçadas a se prostituírem, ao contrário da prostituição cotidiana da qual estamos familiarizados no nosso cotidiano. Elas são coagidas e intimidadas com ameaças de morte tanto de suas próprias vidas como a de seus familiares. Vale ressaltar que tais condições podem desencadear prejuízos psicológicos nas vítimas, que podem levar a depressão, traumas entre outros. Que facilmente se pode afirmar ao ouvir os depoimentos das vítimas. 
 	Segundo o advogado Dr. Afonso Mendes dos Santos “Ainda de acordo com a ONU, o tráfico de pessoas figura entre os crimes mais rentáveis do mundo, proporcionando a circulação monetária de cerca de 32 bilhões de dólares em todo o mundo. É importante frisar que desse montante, 85% são oriundos da exploração sexual. ”
	A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que 21 milhões de pessoas sejam traficadas por ano para esse tipo de tráfico. Revela também que cerca de 70% dessas pessoas são mulheres por ser o “produto” mais em alta no mercado da prostituição. E vários fatores externos que contribuem para tal pratica que são:
Machismo nas sociedades;
A xenofobia (preconceito a pessoa estrangeira) em outros países;
A criminalização de pessoas estrangeiras;
A dificuldade, em identificar as vítima de tráfico;
A precária condição social das vítimas;
A falta de informação sobre o assunto;
Entre outros...
	O que mais causa estranhamento nas pessoas que se deparam com esse tipo de crime é que, em pleno século XXI ainda fatores tão retrógados podem ser motivações para tais crimes, pois, na atualidade e com a globalização mundial dos direitos humanos ainda possa ter indivíduos contrários a eles. 
2.4 - CARACTERISTICAS
	Essa ramificação de tráfico humano caracteriza-se por atingir principalmente mulheres jovens entre 16 e 25 anos de idade, com sua maioria de classe baixa e sem discernimento para identificar o perigo das propostas “tentadoras” dos traficantes, que prometem condições de trabalho muito melhores do que as atuais e com salários altíssimos e benefícios excelentes 
	Normalmente os traficantes se passam por agentes de empresas ou agencias a procura de trabalhadores, estrangeiros que estejam disponíveis para o mercado de trabalho e dispostos a saírem de suas terras natais para trabalharem 
OBS: Na maioria dos casos as vítimas não tem conhecimento de seus direitos o que contribui para sua difícil constatação e penalização. 
	
	Na sua maioria o tráfico humano para exploração sexual é visto como algo pouco comum apesar da divulgação de casos na mídia, muitas pessoas desconhecem essa pratica pensando até na sua inexistência 
O fato é que a sociedade atual precisa ter consciência sobre o fato e como prevenir sua ação em seu meio, pois todo ser humano tem como base direitos os a liberdade a vida entre outros que contribuam para uma vida digna 
	A declaração universal dos direitos humanos fala expressamente sobre essas condições mínimas de vida para o ser humano; dos 192 países da ONU somente União Soviética, Países do leste europeu Arábia Saudita e África do Sul não se abstiveram da aprovação do texto no fim década de 40 em 1948 anos da homologação da Declaração Universal dos Direitos Humanos; aparentemente por não concordarem com os termos apresentados no documento.
	
 Já no brasil no Código Penal prevê o crime de Tráfico internacional de pessoa para fim de exploração sexual no (art. 231) e o Tráfico interno de pessoa para fim de exploração sexual (art. 231-A)
Art. 231. Promover ou facilitar a entrada, no território nacional, de alguém que nele venha a exercer a prostituição ou outra forma de exploração sexual, ou a saída de alguém que vá exercê-la no estrangeiro. Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos. § 1 º incorre na mesma pena aquele que agenciar, aliciar ou comprar a pessoa traficada, assim como, tendo conhecimento dessa condição, transportá-la, transferi-la ou alojá-la. § 2º A pena é aumentada da metade se: I - a vítima é menor de 18 (dezoito) anos; II - a vítima, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato; III - se o agente é ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou se assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; ou IV - há emprego de violência, grave ameaça ou fraude. § 3o Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa.
Art. 231-A. Promover ou facilitar o deslocamento de alguém dentro do território nacional para o exercício da prostituição ou outra forma de exploração sexual: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. § 1o Incorre na mesma pena aquele que agenciar, aliciar, vender ou comprar a pessoa traficada, assim como, tendo conhecimento dessa condição, transportá-la, transferi-la ou alojá-la. § 2o A pena é aumentada da metade se: I - a vítima é menor de 18 (dezoito) anos; II - a vítima, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato; III - se o agente é ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou se assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; ou IV - há emprego de violência, grave ameaça ou fraude. § 3o Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa. 
3 – TRABALHO ANÁLOGO AO DE ESCRAVO E SUA TRAJETÓRIA
O trabalho escravo existe desde a história da humanidade á muitos tempos atrás, neste tempo existia guerras e os vencedores sempre escravizavam quem perdia nas lutas, conforme o passar dos anos as sociedades foram acompanhando os desenvolvimentos e com isso aboliram a escravidão, mas, mesmo com o passar do tempo e abolição ainda existe escravidão. Ainda no Brasil existe várias formas de escravidão desde a menor idade até o idoso.
	Analisando a evolução do trabalho escravo que é histórica no mundo e no brasil, buscando as formas contemporâneas de escravidão, existe o projeto de Lei nº 6442/2016, mesmo assim tivemos tentativas que poderiam retroceder nos casos que se abomina a pratica de trabalho escravo. Ainda nos tempos atuais existem empresas que fazem este tipos de práticas, exemplos de ramos da empresa é no corte de cana, colheita de laranja, colheita de amendoim, carvão etc.
3.1- HISTÓRIA DO TRABALHO ESCRAVO NO MUNDO
Segundo Silva (2010) aponta que há indícios que a escravidão surgiu na Pré História, ao final do Período Neolítico e início da Idade dos Metais, com a descoberta da agricultura. Por outro lado, há indícios de que o trabalho escravo tenha surgido por volta do ano 3000 a.C., no Egito e Sul da Mesopotâmia, expandido gradativamente em outros territórios, como Assíria, Fenícia, Pérsia, Índia, China e Europa.
A escravidão era um meio de subjugação de um povo a outro, em razão das guerras que ocorriam entre as tribos e povos (SANTOS, 2003). Neste período, como destaca Silva (2010), a história já aponta registros de servidão ou escravidão por dívidas.
 Contudo, apesar de já existir traços de escravidão anteriormente,foi no Egito, Grécia e Roma que o instituto ganhou maiores proporções, uma vez que os prisioneiros de guerra foram considerados escravos, cujos filhos também já nasciam nessa condição (Santos, 2003).
No Egito, a sociedade era dividida entre dois grandes grupos: o dos dominantes, compostos por nobres, escribas e sacerdotes, e o dos dominados, composto por artesãos, felás (camponeses e pessoas que trabalhavam em obras públicas) e escravos, sendo que estes tinham alguns direitos, como o casamento com pessoas livres, aquisição de bens e capacidade de testemunhar em tribunais (SANTOS, 2003).
Já na Grécia, embora existente a escravidão desde o período Homérico, que perdurou entre o século XV e o século VIII a.C., foi utilizada em grande escala no período Helenístico (séculos V e VI a.C.). O trabalho escravo era imposto aos prisioneiros de guerra e também àqueles não honravam com suas dívidas contraídas (SILVA, 2010).
Em Roma, os escravos sequer faziam parte da sociedade, uma vez que eram considerados como coisas (res), não fazendo jus a direitos civis ou de cidadania. Registre-se, no entanto, que alguns possuíam alguns direitos, como o de comparecer perante os tribunais, com intermédio de seus senhores, bem como não serem mortos ou torturados (SILVA, 2010).
Na localidade, em 366 a.C., decretou-se a proibição da escravidão por dívidas e, em 326 a.C, a escravidão foi abolida.
Como leciona Santos (2003), com o advento e ascensão do Cristianismo, a escravidão foi gradativamente atenuada por ideais religiosos de igualdade, fraternidade e liberdade, preconizado pela Revolução Francesa. São Tomás de Aquino e Santo Agostinho propugnavam um tratamento digno e caridoso aos escravos, mas não condenavam a escravidão.
Superado o período escravagista, na Idade Média prevaleceu o trabalho sob o regime de servidão, no qual grande parte do poder foi transferido do monarca aos chamados senhores feudais (SANTOS, 2003), que ofereciam proteção militar e política aos servos em troca de sua liberdade (GARCIA, 2011).
Nesse período, apesar de os servos não serem considerados escravos ou coisa (res), eram tidos como acessórios das terras pertencentes aos senhores feudais, em situação de desumanização. Submetiam-se a uma série de restrição de direitos, como proibição de contrair casamento sem autorização do seu senhor, bem como de se deslocar para outras terras (SANTOS, 2003).
Paralelamente à servidão, não obstante ser o regime mais utilizado na Idade média, adverte-se que o trabalho escravo não desapareceu por completo, sendo utilizado ainda pelos senhores feudais quando aprisionavam os derrotados em batalhas, negociavam no mercado de compra e venda de escravo, além de haver um intenso tráfico de escravos promovido por turcos (SILVA, 2010).
Autores notam semelhanças entre a servidão na Idade Média e a servidão por dívidas contemporânea:
Não é exagero afirmar que a servidão serve de referência analítica ao trabalho análogo ao de escravo rural contemporâneo, na modalidade da servidão por dívidas, pois, assim como o servo da Idade Média não podia romper o vínculo que o atava ao senhor feudal, por estar em constante débito com aquele, o trabalhador rural reduzido a condição análoga à de escravo, em razão de dívida, também não pode desligar-se do liame que o prende ao fazendeiro (SILVA, 2010, p.93).
Com o declínio do feudalismo, que se concentrava basicamente na zona rural, no final da Idade Média e início da Idade Moderna, observou-se processos gradativos de expulsão dos servos das glebas, o que acabou por romper com as relações servis (DELGADO, 2013).
Na Idade Moderna, todavia, os traços de escravidão voltaram a se fortalecer no chamado Novo Mundo, que teve como característica as navegações promovidas por povos europeus, sobretudo de Portugal e Espanha.
Nas terras encontradas, os europeus passaram a subjugar os nativos americanos, denominados de indígenas, causando esgotamento das forças de trabalho disponíveis nas colônias e conduzindo à escravidão negra para suprir a escassez de mão-de-obra (SILVA, 2010).
A partir deste momento, o tráfico negreiro ganhou contornos cada vez mais densos, sendo difundido em países mercantilistas de todo o mundo.
As condições de trabalho e de sobrevivência na escravidão negreira também eram extremamente precárias, uma vez que os escravos estavam sujeitos a castigos e torturas, excesso de trabalho, baixa expectativa de vida e precárias condições de higiene e saúde (SANTOS, 2003).
A sociedade mundial, já na Idade Contemporânea, é drasticamente modificada pela Revolução Industrial. Garcia (2011) assevera que a necessidade de pessoas para operar máquinas a vapor e têxteis acabou por impor a substituição da mão de obra de trabalho escravo, servil ou coorporativo por trabalho assalariado, ou seja, trabalho livre.
É a partir desse momento histórico que surge o Direito do Trabalho, ou seja, com o fim da escravidão e servidão, já que a categoria central de formação do direito do trabalho é o trabalho subordinado, mais propriamente a relação empregatícia (DELGADO, 2013). Como a existência do trabalho livre é pressuposto histórico-material do surgimento do trabalho subordinado, este não ocorre de maneira relevante na história enquanto não assentada uma larga oferta de trabalho livre e remunerado. 
3.2 – ESCRAVIDÃO NO SÉCULO 21
No Código Penal brasileiro, adota-se a terminologia “redução à condição análoga à de escravo”, que se desdobra em quatro condutas típicas: sujeição a trabalhos forçados; sujeição à jornada exaustiva; sujeição a condições degradantes de trabalho; restrição de locomoção, por qualquer meio, em razão de dívida contraída com empregador ou preposto.
Para Melo e Lorentz (2011), o conceito penal, que se aplica perfeitamente na seara trabalhista por força do art. 8º da CLT, equipara o trabalho degradante a uma das espécies de trabalho análogo ao de escravo, ou seja, o trabalho forçado. Inclui-se também a jornada exaustiva no trabalho degradante.
Muitas organizações procuram mãos de obras em cidades dos sertões nordestino, pessoas que não tem estudo e nem conhecimento da prática do trabalho escravo , as informações do anuncio de empregos e os benefícios que irá adquirir na contratação , a proposta, saltam aos olhos de quem não tem o básico no seu dia-dia exemplo é a alimentação, hospedagem e outros atrativos, os trabalhadores em sua simplicidade, almejam uma vida melhor para ele e sua família, em conquistar seu trabalho para colocar alimento na mesa, buscam uma realidade diferente que é o sofrimento, enxergam uma oportunidade dos sonhos financeiramente, porém quando finalizam o acordo e apresentam o local de trabalho, a realidade é outra. O encarregado pela turma dos trabalhadores informa para eles como vai ser a rotina, Apresenta o local onde irão permanecer Dessa maneira, inicia uma luta desesperadora, o encarregado recolhe os documentos que pertencem aos trabalhadores e que permanece sobre o poder da empresa, Desta forma, dificultando a saída dos trabalhadores, e assim começando a luta diária de sobrevivência, se deparando com as condições precárias do local e a realidade que foram enganados e que não podem voltar para casa. 
Soares (2003) defende que a expressão mais apropriada é “trabalho em condições análogas à escravidão”, que a barca como exploração de mão de obra em tais condições todos os casos em que a dignidade humana é aviltada, notadamente quando o trabalhador é iludido com promessas de bons salários e transportado sem obediência aos requisitos legais, ou impedido de sair do local de trabalho pela vigilância armada ou preso a dívidas impagáveis contraídas perante o empregador, ou, ainda, quando explorado sem atenção aos direitos trabalhistas elementares, tais o salário mínimo, jornada de trabalho normal, pagamento de adicionais, repouso remunerado e boas condições de higiene, saúde e segurança no trabalho. (SOARES, 2003, p. 34-35).
Observa Silva (2010): “redução a condição análoga à de escravo”, “trabalho em condições análogas à de escravo” e “trabalho em condições análogas àescravidão”, para designar, neste artigo, as formas contemporâneas de escravidão.
 Existe no congresso uma discussão para destruir direitos adquiridos e hoje presentes na CLT, que rege as Leis do Trabalho no Brasil, Código Penal (Decreto-Lei 2.848/40), onde está escrito “que é crime submeter alguém a trabalho forçado ou jornada exaustiva, quer sujeitando a pessoa a condições degradantes, quer restringindo, por qualquer meio, a locomoção em razão de dívida contraída, com a pena variando de 2 a 8 anos de reclusão, mais multa”.
Finalizando e informando que Trabalho Análogo e Escravo é crime, seja em quaisquer instância!!!! 
4 - TRÁFICO HUMANO PARA ADOÇÃO ILEGAL:
	Antes de tudo, é crucial estabelecer critérios para distinção entre adoção, adoção à brasileira e tráfico internacional de crianças e adolescentes, embora esses temas estejam relacionados, são diferentes entre si, pois adoção e o método legal para inserir uma criança órfã a uma família adequada por procedimentos legais, diferente dos outros, pois são, ilegais e contrário aos direitos humanos.
	Um dos principais fatores para esse tipo de tráfico é a demanda de estrangeiros que querem adotar uma criança do Brasil e não querem passar pelos trâmites legais por serem muitas vezes demorado e cansativo. Assim acabam abrindo brecha para criminosos que tiram proveito da situação para lucrar ilicitamente com a vontade desses estrangeiros de serem pais de uma criança. 
	Esse tipo de trafico atinge exclusivamente crianças e adolescentes, desde recém-nascidos até outras faixas etárias. É o causador de inúmeros casos de desaparecimentos de crianças, pois, muitas vezes elas são reptadas de suas famílias, mas também existe casos onde a família é próprio autor do tráfico onde as crianças são como uma mercadoria e usada como moeda de troca.	No Brasil essa pratica é um tanto comum denominada como adoção a brasileira, onde famílias mais carentes por não terem condições de criar seus filhos acabavam concordando que eles fossem criados por outras famílias com mais condições (poder econômico) em algumas regiões esses casos são até bem vistos por acreditarem ser o melhor para a criança mesmo não sendo amparado pela legislação Isto é ilegal. 
	Para podermos distinguir essa praticada adoção da convencional é fácil, pois, adoção a brasileira de caracteriza-se “pelo reconhecimento voluntário da maternidade/paternidade, na qual, fugindo das exigências legais pertinentes ao procedimento de adoção, o casal (ou apenas um dos cônjuges/companheiros) simplesmente registra o menor como seu filho, sem as cautelas judiciais impostas pelo estado, necessárias à proteção especial que deve recair sobre os interesses da criança” (quando a criança e registrada em nome de pessoas q não são seus pais biológicos de forma indevida contrariando a legislação).
	Já sua distinção do tráfico pode se destacadas com os métodos e as circunstâncias de ambos. “Antes de tudo, é importante estabelecer a distinção entre adoção, adoção à brasileira e tráfico internacional de crianças, embora esses temas estejam relacionados. Já o tráfico internacional de crianças realiza-se através da inobservância e da fraude às leis, o que inviabiliza a intervenção e o controle da autoridade judiciária”
	Nestes casos a criança foi tirada de seu âmbito familiar de forma criminosa e comercializada como item de comercio, em outras palavras vendidas. Esse tipo de crime envolve grande complexidade, pois, os criminosos usam de artifícios como fraude de documentos da criança, documentos de adoção e até laranjas para que não haja indícios do crime 
	Governos e nações a anos vem tentando acabar com essa pratica, criando leis e procedimentos cada vez mais complexos e difíceis de serem fraudados. Com métodos tecnológicos para verificação de documentos averiguação de registros entre outros. 
	No Brasil existe um projeto de lei 479/12, que pretende enquadra esse tipo de adoção no crime de tráfico de pessoas depois da repercussão de um caso de cinco crianças de uma mesma família que foram “adotadas à brasileira” no município de Monte Santo (BA); esse é apenas um caso onde já se tem conhecimento de vários outros casos desse tipo de adoção, pois, o números de casos como esse é razoavelmente grande no território nacional, principalmente nas regiões NORTE e NORDESTE do país
.
	Com o objetivo de punir as os indevidos envolvidas no tráfico internacional de crianças, o ECA (Instituto da Criança e do Adolescente) e o CPB (Código Penal Brasileiro) prevê em dos seus artigos a criminalização de tais práticas:
“Art. 239 - Promover ou auxiliar a efetivação de ato destinado ao envio de criança e adolescente para o exterior com inobservância das formalidades legais ou com o fito de obter lucro: pena de reclusão de 4 a 6 anos e multa – incidem as mesmas penas a quem oferece ou efetiva a paga ou a recompensa.”
“Art. 231
§ 1o Incorre na mesma pena aquele que agenciar, aliciar, vender ou comprar a pessoa traficada, assim como, tendo conhecimento dessa condição, transportá-la, transferi-la ou alojá-la (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) (Revogado pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
§ 2o A pena é aumentada da metade se: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) (Revogado pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
I - a vítima é menor de 18 (dezoito) anos; (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) (Revogado pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
II - a vítima, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato; (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) (Revogado pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
III - se o agente é ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou se assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; ou (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) (Revogado pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
IV - há emprego de violência, grave ameaça ou fraude. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) (Revogado pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
§ 3o Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) (Revogado pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)”
5 - TRÁFICO DE ÓRGÃOS GERA MILHÕES NO MERCADO FINANCEIRO.
Segundo dados da OMS, a cada ano, no mundo, são executados cerca de 22 mil transplantes de fígado, 66 mil transplantes de rim e 6 mil transplantes de coração. Cerca de 5% dos órgãos utilizados nessas intervenções provêm do mercado negro, com um volume de negócios estimado entre 600 milhões e 1,2 bilhão de dólares.
Temos no Brasil a Organização Mundial da Saúde, que tem parceria com a ONG que é especializada em rastreamentos de fluxos financeiros ilegal, e segundo a ONG os números do comércio de órgãos são macabros e a cada ano só aumenta.
O mercado de transplante de órgãos humano teve um aumento nas áreas mais pobres, devido as dificuldades de manter o bem-estar de suas famílias, os cidadãos estão se mutilando por razão da oferta, que saltam aos olhos daqueles que está desesperado por uma condição melhor de vida, e acabam cedendo diversos tipos de órgãos (exemplo rim, um pedaço do fígado, um pedaço do intestino, uma córnea, entre outros), Estes órgãos são partes que podem ser retirados sem correr risco de morte e podem ocasionar consequências por estas mutilações, no aspecto de existir diversas complicações do quadro que podem levar a óbito dependendo da gravidade de quem fez a retirada e quem receptou os órgãos.
5.1- SUPERMERCADO DO RIM
Como salienta Sean Fitzpatrick – diretor de relações externas do Banco de Órgãos de New England (EUA) – numa entrevista concedida à revista Popular Science, a retirada de partes do fígado ou do intestino requer intervenções muito complexas que dificilmente podem ser efetuadas em clínicas improvisadas do Terceiro Mundo. A maior parte dos órgãos vendidos espontaneamente por doadores no mercado negro é constituída de rins: A extração e implantação desse órgão não exigem operaçõesparticularmente complexas e não necessita de equipamentos sofisticados nem de competência de altíssimo nível.
Os estudos apontam que os maiores e principais exportadores desse “produto” são os países da Índia e o Paquistão, cerca de pelo menos duas mil pessoas vendem seus próprios órgãos de forma clandestina, as pessoas que fazem a recepção de órgão, organizam turismo dos transplantes, no caso realizam o deslocamentos dos órgãos encomendados, os responsáveis ficam encarregados de cadastrar informações e contato dos doadores e compradores e se encarregam de organizarem as intervenções em hospitais e clínicas para realizarem os procedimentos cirúrgicos, localizados em países do Extremo Oriente e outros situados no Hemisfério Sul. Existe uma tabela de preços que tem uma grande variação de valores, um exemplo é o quanto se pagam por um rim nos país indiano e nos países de Israelenses, os valores variam de 20 mil dólares a 160 mil dólares por um rim. São vendidos por valores muitos altos a quem está aguardando a compra, mas o valor que é repassado a pessoa que faz a venda são valores inferiores que são considerados migalhas, o valor repassado é uma média de 1 mil dólares preço bem abaixo do valor vendido ao receptor.
5.2 – OS PRESOS CONDENADOS A MORTE
O que acontece no país da china é de causar pânico, a organização OMS apresentou relatórios informando que o Mercado chinês de órgãos humanos é feito pelos prisioneiros condenados a morte e relataram que cerca de 12 mil rins e 900 fígados foram doados no ano de 2005. Esses dados foram confirmados e o país preferiu silenciar sobre o assunto que acaba sendo valores gritante e assustador.
Esses órgãos que relatam que foram doados em 2005, na verdade foram comercializados e estudos apontam que os maiores e principais exportadores deste “produto” são os países da Índia e o Paquistão, a variedade gira em média de pelo menos duas mil pessoas que vendem os próprios órgãos de forma clandestina, as pessoas que são receptores de órgãos organizam viagens de turismo para realização dos transplantes, no aspecto de realizarem o deslocamento dos órgãos encomendados, os responsáveis fazem o cadastramento das informações dos contato e encontros dos doadores e compradores, e se encarregam de organizarem as intervenções em hospitais e nas clínicas, para executarem os procedimentos cirúrgicos, Estes lugares ficam em países do Extremo Oriente e outros situados no Hemisfério Sul. Existe uma tabela de valores que tem uma vasta variação , um exemplo é o quanto se pagam por um rim nos país indiano e no países Israelenses, os valores variam de 20 mil dólares e 160 mil dólares por um rim. Estes são vendidos por valores diversos e altos e acabam sendo negociados e repassado as pessoa que faz a venda são valores inferiores que são classificadas migalhas, o valor repassado é uma média de mil dólares abaixo do valor vendido.
O governo de Pequim decretou a proibição da retirada de órgãos no ano de 2012, mas o decreto só iria ter validade a contar depois de cincos anos, assim não conseguindo a proibição de imediato, sabendo que ainda no decorrer destes anos teria uma rotatividade financeira muito alta, porque tinha conhecimento que as vendas nos mercados chineses eram de valores altos, sabendo que o rim custava 60 mil dólares, o pâncreas e o coração custava 150 mil dólares. Eram vendidos a um valor elevado para outros cidadãos da China e de outros países estrangeiros que aguardavam ansiosos pelos órgãos para realização do transplante o mais rápidos possível, para continuarem vivos, a fila do transplante que é considerada legal, tem uma espera a longo prazo que pode levar a óbito e por tamanho desespero as pessoas acabam visando auxilio e adquirindo o órgão no mercado negro para a realização rápida do procedimento.
5.3 – PRESOS IRANIANOS
Apesar de o comércio de órgãos ser proibido por todas as legislações do mundo (inclusive na China, oficialmente), existe uma exceção: o Irã, onde, a cada ano, segundo as estatísticas, 1.400 pessoas oferecem legalmente no mercado um dos seus rins por quantias que giram ao redor de 10 mil dólares.
De acordo com a OMS existe diversas probabilidades de contaminações nesses procedimentos ilegal, pelo fato de que o local de realização dos procedimentos são limitados e não existe condições sanitárias apropriadas para realização das cirurgias clandestinas, umas das situações de risco, é a falta de esterilização dos materiais utilizados, e o alto risco de doenças infecciosas como HIV, Hepatite entre outros.
Esse procedimento é regulado pela Lei n° 9.434 de 4 de fevereiro de 1997 que “dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento e dá outras providências”, sendo que sofreu mudanças determinadas pela Lei n° 10.211/01. Ela disciplina quem pode doar órgãos, quais estabelecimentos são autorizados a praticar o transplante, como ele funciona e as sanções em caso de descumprimento de suas normas. Além disso, tem como princípio o benefício tanto de receptores como doadores e deixa claro a gratuidade da doação, combatendo, assim, o comércio de órgãos.
5.4 - COMÉRCIO ILEGAL NO BRASIL
Mostramos que além de vários países ter essa prática de comércio ilegal de órgãos humanos, se deparamos com o nosso país que é o BRASIL, não ficando longe das realidades dos países estrangeiros, europeus e os demais, também existe filas gigantescas de pessoas de todas as idades aguardando por um órgão para realização de um transplante. 
A Associação Brasileira de Transplantes de órgãos apontam que os órgãos que é mais transplantados é o rim, seguido do fígado e etc. informam que em 2016 foram realizadas 1.287 cirurgias de rins e 419 de fígado, isso só no primeiro trimestre do ano de 2016, estes tipos de cirurgia tem uma alta quantidade realizada por serem mais fáceis de encontrar doadores para esses tipos de órgãos, porém a fila de escritos que estão aguardando por outros tipos de órgãos é gigantescas os números informados é assustador é aproximadamente cerca de 19.800 pessoas só a espera de um rim. A espera por um fígado chega cerca de 1.400 pessoas e para os demais órgãos a fila totaliza cerca de 33.237 pessoas aguardando desesperados por sua chamada para realização do procedimento, todos os dias é incluídos mais adultos e crianças.
Diante da situação observamos que a demanda é grande e que a fila só vem a aumentar a cada dia, é desesperador ver famílias, aguardando por um órgão a cada minuto por dia, sabendo que existe pais, mães, filhos e entes queridos em filas que caminha em uma lentidão por falta de órgão suficiente para suprir a demanda dos pacientes, nesta espera acaba ocorrendo várias mortes estamos falando de cerca de 710 mortes de pessoas aguardando a cirurgia.
É por isso que as pessoas buscam por outras alternativas como o mercado negro de órgãos, por tal facilidade de compra e venda, existe pessoas que brigam pela liberação da venda. Eles defendem a liberdade de escolha embora a alguns princípios que esbarram no direito da saúde e que não conseguem a liberação de tais atos.
Porém, isso é ilegal. Tanto o Código Civil Brasileiro atual como a Lei n° 9.434/97 proíbem essa prática. A lei ainda estabelece uma sanção de reclusão, que varia de três a oito anos, e multa, de 200 a 360 dias-multa, para quem comprar ou vender órgãos, tecidos ou parte do corpo humano.
Diante da situação de venda e compra, deste comercio de órgãos as pessoas acaba arriscando a própria saúde e sua integridade física, as pessoas que se compromete a esse tipo de situação acredito que sege por total desespero, assim ajudando o comércio ilegal e muitas vezes perdendo sua própria vida tentando salvar outra ou até mesmo sendo mortas para obter o órgão que necessita para sobrevivência.
O enfermeiro A.L., que prefere esconder seu nome nas iniciais, relatou em uma notícia à Istoé[11] que sua avó Adelina Ribeiro dos Santos, falecida no Hospital Municipal do Tatuapé, em decorrência de necrose de alças intestinais, septicemia e falência múltipla dos órgãos, teveseus órgãos roubados horas depois da morte, na madrugada de 14 de maio de 2008. Ele diz ter percebido isso quando se aproximou do necrotério e a porta estava entreaberta e dentro do local, além de dois cadáveres expostos em duas mesas lado a lado, havia outras duas pessoas vestidas com jalecos brancos, que movimentavam os corpos e que não pertenciam à equipe médica do hospital. Nessa hora, então, ele não deixou as mulheres continuarem o serviço, não deixou que elas saíssem do necrotério e chamou a polícia. Lembra ainda que os órgãos de sua avó não poderiam ser transplantados, já que ela teve falência múltipla dos órgãos.
Na Europa, segundo reportagem da UOL[15], o tráfico de órgãos cresceu devido, principalmente, à última crise mundial da economia que aumentou o número de desempregados e pessoas com dificuldade financeira na região. Entretanto, as principais regiões vendedoras são China, Índia, Brasil e Filipinas, ou seja, países em desenvolvimento, enquanto os países desenvolvidos são os maiores compradores. Na China, um país onde tal comércio negro é crítico, os órgãos são obtidos a partir de seu vasto sistema de prisões e campos de trabalhos forçados.
Com isso, há várias organizações não governamentais, de vários países que lutam pelo fim desse tráfico. Essas organizações investigam tal comércio ilegal e, aliado ao Estado, buscam meio de punir os criminosos. Um exemplo desse tipo de organização é a ONG Organ Traffic, que é referência no Brasil nesse assunto e é liderada pela freira Maria Elilda Santos, que ficou famosa ao denunciar uma suposta máfia de tráfico de órgãos em Moçambique, onde foi missionária.
Para diminuir a espera, pode haver mais cirurgias e, assim, diminuir o comércio de órgãos, o governo juntamente com a área de saúde têm feito mais propagandas de incentivo à população a fazer a doação dos órgãos dos entes falecidos ou a manifestar interesse em doar seus órgãos ao morrer, pois só com mais órgãos a disposição é que poderão ser feitas mais cirurgias de transplantes e a espera irá diminuir.  O Estado, portanto, precisa investir nessas propagandas de incentivo.
5.5 – FIGURAS
6 . TRÁFICO HUMANO PARA CASAMENTO SERVIL
	Esta ramificação de tráfico humano é a menos conhecida e a mais difícil de detectar, embora que continua sendo uma pratica comum nos Emirados Árabes, existem casos no Ocidente inclusive no Brasil. Apesar de não ser cotidiano em 2013 foi relatado um caso de duas mulheres traficadas para casamento servil com árabes no Amapá BR.
	Tráfico humano para casamento servil nada mais é do que o rapto e a insubordinação para com as mulheres, pois, elas são raptadas abusadas e forçadas a casarem com os sequestradores, afim de que elas os sir vão como escravas sem nenhum direito de contestar tão ato.
	Essa pratica tem como alvos jovens e adolescentes do sexo feminino, pois, tal ato vem da ideia de que as mulheres são propriedades dos homens mesmo que a força como é o caso do casamento servil.
	Não tem como falar desse tipo de crime e não citar os países do oriente como Sudão, Índia, Paquistão, Síria, Arábia Saudita, Egito, entre outros. Esses países respondem por mais de 70% desse tipo de trafico mundial 40% sendo só da índia onde o índice de casamento infantil é muito alto. Apesar de parecerem temas distintos são fatores relacionados, pois, muitas meninas vítimas de casamento infantil são traficadas.
	Os continentes da África, Ásia, Oriente Médio, América Latina e Oceania, são os com a maior incidência de casamento infantil por fatores culturais, sendo assim os maiores incidentes de casamento servil, pois, há vários casos dessa natureza. Onde meninas e mulheres são sequestradas e violentadas, por sua cultura ser machista elas são obrigadas a se casarem com os agressores sob pena de morte caso o contrário em alguns países citados.
	Apesar de ser de natureza distinta de outras ramificações de tráfico humano o casamento servil tem ideias similares aos de exploração sexual e de trabalho análogo a escravidão, as vítimas dessa ramificação tanto são exploradas sexualmente quanto de trabalho doméstico.
6.1. FATORES CAUSADORES:
	Os principais fatores causadores dessas práticas são culturais onde alguns deles acabam pressionado as famílias das jovens a aceitar o casamento infantil entre eles estão:
Os dotes ofertados aos pais da noiva;
 O medo das jovens serem vítimas de estupro e desonrar a família;
Que a menina se torne uma mulher independente e fuja de casa;
A ideia de que é natural o casamento precoce; 
Leis que dão impunidade ou não são eficazes o bastante para punir tais atos;
A falta de direitos imposta as mulheres;
E a necessidade econômica das famílias.
	Há um conceito histórico nesses fatores onde se não tinha uma média de vida tão longa, portanto, era natural as famílias venderem suas filhas para que se casassem, pois, era um sinal de honra para a família e em algumas culturas continua assim. 
6.2. CONSEQUÊNCIAS
	As consequências dessa pratica são as piores pra as mulheres, por, serem muito mais novas q seus maridos são muito mais propícias a sofrerem violência doméstica e de terem a saúde debilitada por conta de gravidez precoce; muitas vezes a menina nem chegou na puberdade ou desenvolveu o útero ocasionando um risco de vida tanto pra ela quanto para o bebe 
	Os abusos domésticos sofridos pela vítima são causadores de problemas psicológicos e de isolamento social deixando a vítima sem esperança ou qualquer forma de serem independentes.
Um dos casos mais famosos é o da jovem Reza Gul “Ela foi entregue à força a um completo desconhecido por cerca de US$ 7 000. Tinha 14 anos. Nos seis anos seguintes, sofreu horrores in. Hoje, a jovem se recusa a ficar em silêncio e busca Justiça imagináveis”. Reza foi casada por seis anos com Kahn onde viviam num pequeno vilarejo Shar-Shar localizado na numa área controlada pelo Talibã perto da fronteira como Turcomenistão. O pai de Reza negociou o casamento da filha achando que seria bom pra ela pelo status social da família não ser tão alto.
	Desde o primeiro dia de casados Reza foi violentada pelo seu marido com agressões físicas psicológicas; até um dia ela acabou enfrentando ele onde houve a tentativa de homicídio contra ela, em meio a tudo isso Kahn mutilou Reza cortando quase seu nariz só não conseguiu matá-la porque a arma falhou no disparo e ela gritou por ajuda onde ele fugiu do local. Reza foi internada e logo após o ocorrido conseguiu se salva com a sua família na capital. “Embora a barbaridade do caso tenha chocado o mundo, ela não está sozinha. O Afeganistão é um dos piores países para nascer mulher, segundo a ONU. Abusos domésticos e violência contra a mulher são frequentes no país. Casamentos de meninas muito jovens e analfabetismo, também.
Mas, diferentemente das mulheres que sofrem em silêncio, Reza Gul se recusa a ficar calada. Ela está com muita raiva. E, agora que está livre do marido, fala abertamente dos abusos que sofreu. Ela afirma que o Talibã também é responsável, pois o grupo foi informado sobre a violência repetidas vezes, mas não fez nada a respeito.
‘O Talibã não me protege’, disse Reza Gul. ‘Os [combatentes do] Talibã disseram que ele teria de colocar a mão no Alcorão e jurar que não me machucaria mais. Mas ele não deu ouvidos’ Apesar das promessas, Khan continuou torturando a mulher”
Hoje Reza passa bem com a sua família, enquanto, ela está livre da tortura. Livre do Talibã.
Ela não sabe o que anseia mais um nariz reconstruído ou talvez, uma vida nova, que ela jamais sonhou ser possível.
7 – GRAFICOS
8 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
O tráfico de seres humanos constitui uma violação dos direitos da pessoa humana e um atentado à dignidade e à integridade do ser humano que pode conduzir a uma situação de vulnerabilidade e exploração para as suas vítimas. Tal crime cresce cada vez mais, e é a terceira maior fonte de lucro para o crime organizado mundial, depois do tráfico de drogas e armas. Portanto, é necessário que a comunidade nacional e internacional esteja comprometida com a melhoria das condiçõessocioeconômicas dos grupos sociais mais vulneráveis, vez que, não pode haver enfrentamento ao tráfico de pessoas, sem desenvolvimento social que proporcione o acesso de todos os seres humanos aos direitos fundamentais.
 
9 - REFERÊNCIAS
https://jus.com.br/artigos/59578/a-proibicao-da-comercializacao-de-orgaos-humanos-a-luz-da-bioetica-e-dos-direitos-da-personalidade
https://www.brasil247.com/pt/247/revista_oasis/114350/Tr%C3%A1fico-de-%C3%B3rg%C3%A3os-humanos-Um-mercado-negro-em-expans%C3%A3o.htm
https://brasil.elpais.com/brasil/2017/11/22/internacional/1511362733_867518.html
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=9302
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tr%C3%A1fico_de_pessoas#cite_note-OIT-16

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