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Profa. Dra. Anna Cláudia Telles UNIDADE II Fundamentos Históricos de Enfermagem Teorias: compreendem um conjunto de conceitos e pressupostos, relacionados entre si, abarcando o campo da prática, do ensino e da pesquisa. As teorias de enfermagem trazem conceitos e proposições relacionados à enfermagem e atrelados a uma visão de mundo. As primeiras teorias de enfermagem originaram-se na década de 60, visando a relação entre os fatos para o estabelecimento de uma ciência de enfermagem e explicação dos eventos referentes ao universo natural. As teorias de Enfermagem e sua influência nos processos cuidativos O cerne das Teorias de Enfermagem é o cuidado Cuidar é um verbo que se refere a ações de assistir, ajudar, facilitar o outro indivíduo ou grupo, com necessidades evidentes ou que podem ser antecipadas, que levam a melhorar ou aperfeiçoar uma condição humana ou modo de vida. Cuidado é um substantivo que se refere às atividades empregadas na assistência, ajuda ou facilitação desse indivíduo ou grupo com necessidades evidentes ou antecipadas, a fim de melhorar a condição ou modo de vida humana ou para se defrontar com a morte. Teorias significam um conjunto de conceitos inter-relacionados que proporcionam uma visão sistemática de um fenômeno. Conceitos significativos: Homem/indivíduo Sociedade/ambiente Saúde Enfermagem As teorias de Enfermagem e sua influência nos processos cuidativos As teorias de enfermagem: Estão sendo propostas desde Florence Nightingale; São versões da realidade; Expressam valores; São ferramentas para intervenção na realidade; Representam o estado da arte profissional; Fazem referência ao cuidado; Geram conflito e buscam soluções. As teorias de Enfermagem e sua influência nos processos cuidativos Teorias – Reflexão para a prática teoria ↔ prática saber ↔ fazer Desenvolvendo: Construção do conhecimento; qual o espaço da enfermagem no mundo do cuidado; busca do conhecimento próprio da enfermagem; fornece uma forma de olhar e pensar o mundo e as relações; orientam o ser, saber e fazer da enfermagem; reconhecer a ciência e a arte da enfermagem. As teorias de Enfermagem e sua influência nos processos cuidativos Florence Nightingale: 1860 – apresentou a Teoria Ambientalista, demonstrou que em ambiente limpo diminuía a infecção, conceito que hoje se compreende como Infecção Hospitalar. Hildegard Peplau: 1952 – Teoria Interpessoal, apresenta o processo de interação enfermeiro/cliente, o modo como acontece, que elementos estão contidos nesta relação e como agir diante das situações adversas. Virgínia Henderson: 1955 – Teoria dos Componentes do Cuidado. A sua proposta apresentada defendeu a função da enfermagem, que é assistir o indivíduo doente ou sadio no desempenho de atividades que contribuem para a saúde ou para uma morte tranquila, ajudando-o para a independência. As teorias de Enfermagem e sua influência nos processos cuidativos Faye Abdellah: 1960 – propôs a Teoria Centrada nos Problemas, usava o método de resolução de problemas para lidar com (21) Problemas de Enfermagem relacionados com necessidades dos pacientes, para sustentação, restauração, prevenção, autoajuda, déficit ou excesso de necessidades. Ida Jean Orlando: 1961 – a Teoria do Processo de Enfermagem foi proposta com o foco no cuidado das necessidades dos pacientes – comportamento do cliente – a reação do enfermeiro e a ação do enfermeiro. Relação dinâmica enfermeiro-paciente, considera a percepção, pensamento e sentimento por meio de ações deliberadas. Utilizou pela primeira vez o termo processo de Enfermagem. As teorias de Enfermagem e sua influência nos processos cuidativos Ernestine Wiedenbach: 1964 – sua proposta foi com a prática (arte), sendo o foco a necessidade do paciente e a enfermagem um processo nutridor. Apresenta (4) quatro elementos de assistência: filosofia, propósito, prática e arte. Myra Levine: 1966 – Levine desenvolveu a Teoria da Conservação de Energia e da Enfermagem Holística, ela propôs a enfermagem clínica, que entende o ser humano como uma unidade corpo-mente, um todo dinâmico, em constante interação com o ambiente dinâmico. A intervenção de enfermagem possuía a finalidade da conservação da energia, da integridade estrutural, pessoal e social. As teorias de Enfermagem e sua influência nos processos cuidativos Dorothy Johnson: 1968 – foi proposta a Teoria do Sistema Comportamental, que apresenta a enfermagem como força reguladora externa, agindo para preservar a organização e integração do comportamento do paciente a um ótimo nível. Quando o comportamento é uma ameaça à saúde social ou física, ou há doença, o homem é visto como sistema comportamental, com (8) oito subsistemas, cada qual tendo estrutura, função, imperativos funcionais, e cada um requerer proteção, estimulação e apoio. Martha E. Rogers: 1970 – a Teoria dos Seres Humanos Unitários, abordou o processo vital dos seres humanos e o homem unitário, considerando os campos ambientais, energéticos, a complementaridade, a ressonância e a helicidade. As teorias de Enfermagem e sua influência nos processos cuidativos Dorothea Orem: 1971 – a Teoria do Autocuidado, sendo que a enfermagem se apresenta como um sistema de ajuda para o autocuidado, quando o paciente não possui condição de realizá-lo, déficit de autocuidado é quanto o paciente não possui condições para executar o seu cuidado, autocuidado é o cuidado executado por pacientes com necessidades especiais e a capacidade do paciente de realizar o seu cuidado, a teoria está relacionada com educação em saúde, com o propósito de tornar o paciente independente. Imogenes King: 1971 – a Teoria do Alcance de Objetivos, King apresenta a enfermagem como um Processo de Interação Enfermeira/Cliente, que colabora para o alcance dos Objetivos no Ambiente Natural. Baseou-se na Teoria dos Sistemas, apoiando a ideia de que há um Sistema Social, Interpessoal e Pessoal. As teorias de Enfermagem e sua influência nos processos cuidativos Betty Neuman: 1972 – a Teoria dos Sistemas de Neuman acreditava que a enfermagem era uma profissão que ajudava indivíduos a buscarem a melhor resposta aos estressores, que podem ser internos e externos. Desenvolveu o modelo de sistemas holísticos, com visão geral dos aspectos fisiológicos, psicológicos, socioculturais e desenvolvimentistas dos seres humanos para proporcionar estrutura para integração destes enfoques. O sistema aberto em enfermagem era considerado como força unificadora, que reconhece a complexidade do todo, enquanto valoriza a importância das partes. Josephine Patterson e Loretta Zderad: 1976 – Teoria Humanista, na qual a situação dos indivíduos é experenciada existencialmente pelos enfermeiros; a pessoa é uma unidade holística intelectual; desenvolveu o termo Nursologia, sendo a enfermagem um ato inter-humano e um ato do ser humano. As teorias de Enfermagem e sua influência nos processos cuidativos Sister Callista Roy: 1979 – Roy apresenta a Teoria da Adaptação, a qual encontra fundamento nos Referenciais de Estresse de Salye e de Adaptação de Lazarus, autores que tiveram uma contribuição significativa no delineamento dos conceitos fundamentais de sua teoria. Desenvolveu estudo sobre processos de adaptação, considera a estimulação focal, contextual e residual, seus efeitos sobre o mecanismo cognitivo e regulador que afeta os (4) quatro modos adaptativos da pessoa: fisiológicos, autocontexto, função do papel e interdependência. Em 1976, Roy definiu Enfermagem como ciência humanística e, em 1984, introduziu o ser biopsicossocial como cliente. As teorias de Enfermagem e sua influência nos processos cuidativos Madeleine Leininger: 1978 - A proposta da Teoria do Cuidado Transcultural, tendo como norte o Cuidado, sendo a essência da prática e do conhecimento. Descreveu a Teoria Transculturale defendeu que a enfermagem deve considerar as Crenças e os Valores Culturais das pessoas, dando a elas identificação singular, individual e pessoal. Watson – 1979 – Promover a saúde, recuperar o cliente para a saúde e prevenir a doença. Essa teoria envolve a filosofia e a ciência do cuidado que resultam no atendimento das necessidades humanas. As teorias de Enfermagem e sua influência nos processos cuidativos COFEN,COREN,ABEN, ABESSE, Sindicato,International Council of Nurses - ICN ABEN-Associação Brasileira de Enfermagem Sociedade civil sem fins lucrativos, que congrega enfermeiras e técnicos em enfermagem, fundada em agosto de 1926, sob a denominação de "Associação Nacional de Enfermeiras Diplomadas Brasileiras". Em 1929, no Canadá, na Cidade de Montreal, a Associação Brasileira de Enfermagem, foi admitida no Conselho Internacional de Enfermeiras (I.C.N). Por um espaço de tempo a associação ficou inativa. Entidades de classe da Enfermagem Em 1944, reergueu com o nome Associação Brasileira de Enfermeiras Diplomadas. Seus estatutos foram aprovados em 18 de setembro de 1945. Foram criadas seções estaduais, coordenadorias de comissões. Ficou estabelecido que em qualquer estado onde houvesse 7 (sete) enfermeiras diplomadas, poderia ser formada uma seção. Em 1955, esse número foi elevado a 10 (dez). Em 1952, a Associação foi considerada de utilidade pública pelo Decreto n. 31.416/52. Em 21 de agosto de 1964 foi mudada a denominação para Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn). Atualmente a ABEn, com sede em Brasília, funciona através de seções formadas nos estados e no Distrito Federal, as quais, por sua vez, poderão subdividir-se em distritos formados nos municípios das Unidades Federativas da União. Entidades de classe da Enfermagem – ABEn De acordo com o Sistema Único de Saúde, (SUS) os estabelecimentos de saúde são classificados de acordo com a complexidade de atendimento em: a) Atendimento primário, secundário e terciário. b) Atendimento oncológico, urgência e ambulatorial. c) Hospitais universitários, hospitais privados e ambulatórios. d) Centros de saúde, hospitais privados e hospitais públicos. e) Atendimento de urgência e emergência, ambulatórios e maternidades. Interatividade De acordo com o Sistema Único de Saúde, (SUS) os estabelecimentos de saúde são classificados de acordo com a complexidade de atendimento em: a) Atendimento primário, secundário e terciário. b) Atendimento oncológico, urgência e ambulatorial. c) Hospitais universitários, hospitais privados e ambulatórios. d) Centros de saúde, hospitais privados e hospitais públicos. e) Atendimento de urgência e emergência, ambulatórios e maternidades. Resposta Congregar os enfermeiros e técnicos de Enfermagem, incentivar o espírito de união e solidariedade entre as classes. Promover o desenvolvimento técnico, científico e profissional dos integrantes de Enfermagem do país. Promover integração às demais entidades representativas da Enfermagem na defesa dos interesses da profissão. Entidades de classe da Enfermagem – ABEn Em 12 de julho de 1973, através da Lei 5.905, foram criados os Conselhos Federal e Regionais de Enfermagem, constituindo, em seu conjunto, autarquias federais vinculadas ao Ministério do Trabalho e Previdência Social. O Conselho Federal e os Conselhos Regionais são órgãos disciplinadores do exercício da Profissão de Enfermeiros e Técnicos de Enfermagem e Auxiliares de Enfermagem. Em cada estado existe um Conselho Regional, os quais estão subordinados ao Conselho Federal, que é sediado no Rio de Janeiro e com escritório Federal em Brasília. Entidades de classe da Enfermagem – Cofen e Corens Os Conselhos Regionais de Enfermagem são dirigidos pelos próprios inscritos, que formam uma chapa e concorrem a eleições. O mandato dos membros do Cofen/Coren é honorífico e tem duração de três anos, com direito apenas a uma reeleição. A formação do plenário do Cofen é composta pelos profissionais que são eleitos pelos Presidentes dos Corens. Entidades de classe da Enfermagem – Cofen e Corens A manutenção dos sistemas Cofen/Coren é feita através da arrecadação de taxas, emolumentos por serviços prestados, anuidades, doações, legados e outros, dos profissionais inscritos nos Corens. Coren – Conselho Regional de Enfermagem – Funções: deliberar sobre inscrições no Conselho e seu cancelamento; disciplinar e fiscalizar o exercício profissional, observando as diretrizes gerais do Cofen; expedir carteira e cédula de identidade profissional, a qual tem validade em todo território nacional; fiscalizar e decidir os assuntos referentes à ética profissional, impondo as penalidades cabíveis; elaborar a proposta orçamentária anual e o projeto de seu regimento interno, submetendo-os à aprovação do Cofen; zelar pelo conceito da profissão e dos que a exercem. Entidades de classe da Enfermagem – Cofen e Corens - Sindicato dos enfermeiros: órgão com finalidade: Econômica, Assistencial, De defesa e representação da classe. Símbolos de enfermagem: - Lâmpada: caminho; ambiente. - Cobra: magia; alquimia. - Cruz: ciência. - Seringa: técnica. - Cor verde: paz; tranquilidade; cura; saúde. - Pedra: esmeralda. Entidades de classe da Enfermagem Fonte: https://logosave.com/tecnico-em- enfermagem/ Fonte: https://www.dicionariodesimbolos. com.br/simbolo-enfermagem/ Juro, solenemente, na presença de Deus e desta assembleia, juro: dedicar minha vida profissional a serviço da humanidade, respeitando a dignidade e os direitos da pessoa humana, exercendo a Enfermagem com consciência e fidelidade; guardar os segredos que me forem confiados; respeitar o ser humano desde a concepção até depois da morte; Não praticar atos que coloquem em risco a integridade física e psíquica do ser humano; atuar junto a equipe de saúde para o alcance da melhoria do nível de vida da população; manter elevados os ideais de minha profissão, obedecendo os preceitos da ética, da legalidade e da mora, honrando seu prestígio e suas tradições. Juramento de Enfermagem Conselho Internacional de Enfermeiros (ICN) é uma federação de mais de 130 associações nacionais de enfermeiros, representando mais de 13 milhões de enfermeiros em todo o mundo. Fundada em 1899, o ICN é a primeira organização mais ampla, atingindo o mundo internacional dos profissionais de saúde. Trabalha para assegurar os cuidados de enfermagem de qualidade para todos, as políticas de saúde a nível mundial, o avanço do conhecimento em enfermagem em todo o mundo, a presença de uma profissão de enfermagem respeitada e uma força de trabalho de enfermagem competente. Não praticar atos que coloquem em risco a integridade física e psíquica do ser humano; atuar junto à equipe de saúde para o alcance da melhoria do nível de vida da população; manter elevados os ideais da profissão, obedecendo os preceitos da ética, da legalidade e da moral, honrando seu prestígio e suas tradições. International Council of Nurses (ICN) Propostas: Prática Profissional de Enfermagem Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (Cipe) Prática de Enfermagem Avançada Empreendedorismo HIV/Sida/TB/Malária Saúde da Mulher Cuidados de saúde primários; saúde da família A água potável International Council of Nurses (ICN) Em 2016 havia, no Brasil, algumas sociedades de especialistas, a saber: Associação Brasileira dos Enfermeiros Acupunturistas (Abena). Associação de Enfermeiros Especialistas em Trauma-Ortopedia (Abento). Associação Brasileira de Obstetrizes e Enfermeiros Obstetras (Abenfo). Associação Nacional de Auxiliares e Técnicos de Enfermagem (Anaten). Associação Nacional de Enfermagem do Trabalho (Anent). Associação Nacional de Instrumentadores Cirúrgicos (Anic). Colégio Brasileiro de Enfermagem em Emergências (Cobeem). Entidades deClasses É competência do Conselho Federal de Enfermagem, conforme a Lei n. 5.905/73. a) Expedir a carteira profissional, indispensável ao exercício da profissão. b) Promover estudos e campanhas para aperfeiçoamento profissional. c) Deliberar sobre inscrição no Conselho e seu cancelamento. d) Conhecer os assuntos pertinentes à ética profissional e tomar decisões sobre eles, impondo as penalidades cabíveis. e) Tramitar sobre questões salariais. Interatividade É competência do Conselho Federal de Enfermagem, conforme a Lei n. 5.905/73. a) Expedir a carteira profissional, indispensável ao exercício da profissão. b) Promover estudos e campanhas para aperfeiçoamento profissional. c) Deliberar sobre inscrição no Conselho e seu cancelamento. d) Conhecer os assuntos pertinentes à ética profissional e tomar decisões sobre eles, impondo as penalidades cabíveis. e) Tramitar sobre questões salariais. Resposta É um método sistemático de prestação de cuidados humanizados, que enfoca a obtenção de resultados desejados de uma maneira rentável. Usado para diagnosticar e tratar as respostas humanas à saúde e à doença (American Nurses Association – ANA, 1995). Caracteriza-se pelo inter-relacionamento e dinamismo de suas fases ou passos. Consiste em 5 etapas: Processo de Enfermagem Investigação: levantamento de dados do ser humano que tornam possível a identificação de seus problemas. Diagnóstico de Enfermagem: análise dos dados e identificação dos problemas, que são base para o plano de cuidados. Planejamento: determinação da assistência de enfermagem que o ser humano deve receber diante do diagnóstico estabelecido. Implementação: coloca o plano em ação, age de forma pensada (realiza as intervenções, comunica e registra). Avaliação: determina se os resultados desejados foram atingidos, se as intervenções foram efetivas e se são necessárias modificações. Processo de Enfermagem – Etapas Investigação – Histórico de Enfermagem É a coleta sistemática de dados para a determinação do estado de saúde atual e passado do cliente e do seu estado funcional e para a avaliação do seu padrão de enfrentamento de problemas do presente e do passado. Finalidades: Identificar problemas, percepções e expectativas que demandem ações de enfermagem; conhecer hábitos individuais que facilitem a sua adaptação à unidade e ao tratamento; estabelecer uma relação interpessoal; tentar abranger a totalidade do paciente nos seus aspectos biopsicossocioespirituais; individualizar a assistência de enfermagem. Processo de Enfermagem – Investigação Fornecer subsídios para a tomada de decisão quanto às condutas de enfermagem; avaliar a evolução das condições do paciente para detectar alterações ou tendências na sua situação saúde-doença; esclarecer dúvidas ou falhas no entendimento, reforçando as informações já prestadas; reduzir o nível de ansiedade do paciente; aumentar o grau de satisfação profissional do enfermeiro por meio deste contato direto. Focaliza a identificação do: estado de saúde presente e passado; padrão de resolução de problemas presentes e passados; estado funcional presente e passado; resposta à terapêutica; risco para problemas potenciais; desejo de um nível mais elevado de bem-estar. Processo de Enfermagem – Investigação Recursos utilizados: consumidor; pessoas significativas; registros de enfermagem; registros médicos; consultas verbais e escritas; estudos diagnósticos; literatura relevante. Exame físico e entrevista Processo de Enfermagem – Investigação São problemas que podem ser prevenidos, resolvidos ou reduzidos através de intervenções de Enfermagem. Diagnosticar e tratar x prever, prevenir e controlar. Diagnosticar e tratar: esperar pela evidência dos problemas antes de iniciar o tratamento. Prever, prevenir e controlar: intervenção precoce para diminuir os problemas e prevenir ou controlar suas possíveis complicações. Diagnosticar: fazer um julgamento e identificar um problema ou um ponto forte com base nas evidências provenientes da investigação. Diagnóstico: é uma declaração que identifica a existência de um estado indesejável. Processo de Enfermagem – Diagnóstico de Enfermagem É um conjunto das respostas do indivíduo, da família ou comunidade aos processos vitais ou aos problemas de saúde atuais ou potenciais, os quais fornecem a base para a seleção das intervenções de enfermagem, para atingir resultados pelos quais o enfermeiro é responsável (NANDA, 1994). Componentes dos diagnósticos: título; etiologia; sintomatologia. Tipos de diagnósticos: atual; risco; síndrome. Diagnóstico de Enfermagem Relação: As intervenções planejadas devem ser destinadas a alcançar os resultados esperados e prevenir, resolver ou controlar os problemas identificados durante o diagnóstico. Implementação de plano mental de ação antes da identificação de todos os problemas. Após resolução do problema, analise os dados com maior profundidade. Planejamento envolve: estabelecer as prioridades; estabelecer os resultados; determinar a prescrição de enfermagem e o registro de plano de cuidados. Diagnóstico e Planejamento Atende quatro importantes propósitos: Promove a comunicação entre os cuidadores; Direciona o cuidado e a documentação; Cria um registro que pode ser usado posteriormente em pesquisa e situações legais; Favorece documentação das necessidades de atendimento de saúde. Diagnóstico e Planejamento Estabelecimento de prioridades O enfermeiro deve estar apto a decidir: Quais problemas necessitam de atenção imediata e quais podem esperar; Quais problemas são de sua responsabilidade e quais você deve comunicar a outro profissional de saúde; Com quais problemas estará lidando ao usar um plano padronizado (plano pré-formulado, que pode ser usado como guia para acelerar o desenvolvimento e a documentação do plano de cuidados); Quais problemas não estão relacionados ao plano padronizado, mas devem ser abordados. Diagnóstico e Planejamento Princípios fundamentais Escolher um método para designar prioridades; Atribuir prioridade para problemas que são fatores contribuintes para outros problemas; Percepção da prioridade do cliente, de preferência, deve concordar com as suas. Passos sugeridos: questionar sobre quais os problemas que necessitam de atenção imediata e o que poderá acontecer se você esperar para resolvê-los; identificar problemas com solução simples e iniciar a ação para resolvê-los; rascunhar os problemas identificados e suas causas, se conhecidas; estudar sua lista de problemas e decidir quais deles serão primordialmente controlados pela enfermagem e quais necessitarão de planejamento multidisciplinar; decidir quais problemas devem ser controlados ou resolvidos para que sejam alcançados os resultados esperados; determinar como cada problema será controlado. Diagnóstico e Planejamento Planejamento do cuidado com base em resultados Enfoque resultados centrados no cliente (o que se espera que o cliente alcance), e não em meta de enfermagem (o que se espera que o enfermeiro alcance). Resultados: São importantes, pois: são instrumentos de medidas dos planos de cuidados; dirigem as intervenções; são fatores motivadores. Diagnóstico e Planejamento Para serem claros e específicos, os resultados devem ter os seguintes componentes: Sujeito: quem é a pessoa que espera alcançar os resultados? Verbo: que ações devem ser realizadas? Condição: sob quais circunstâncias essas ações devem ser realizadas? Critério de desempenho: como deve ser o desempenho da pessoa ao agir? Tempo esperado: quando é esperado que a pessoa seja capaz desempenhar as ações? Resultados podem ser atingidos a curto prazo (+- 7dias) e longo prazo ( semanas/meses). Diagnóstico e Planejamento São ações realizadas pelo enfermeiro para: Monitorar o estado de saúde; Minimizar os riscos; Resolver ou controlar um problema; Auxiliar nas atividades da vida diária; Promover a saúde e a independência. Intervenções de Enfermagem Na segunda fase do processo de enfermagem, após investigarmos os dados coletados de pessoas, família e comunidade, são identificados os problemas de enfermagem para definirmos as características e/ou os fatores que se relacionam com o problema. Essa fase é chamada de: a) Evolução de enfermagem. b) Prescrição de enfermagem. c) Histórico de enfermagem. d) Diagnóstico de enfermagem. e) Prognóstico de enfermagem. Interatividade Na segunda fase do processo de enfermagem, após investigarmos os dados coletados de pessoas, família e comunidade, são identificados os problemas de enfermagem para definirmos as características e/ou os fatores que se relacionam com o problema. Essa fase é chamada de: a) Evolução de enfermagem. b) Prescrição de enfermagem. c) Histórico de enfermagem. d) Diagnóstico de enfermagem. e) Prognóstico de enfermagem. Resposta American Nurses Association – ANA (1995) Intervenções de Cuidado Direto: ações realizadas por meio da interação com os clientes. Intervenções de Cuidado Indireto: ações realizadas sem a presença do cliente, mas em benefícios dele, com o objetivo de controlar o ambiente de atendimento de saúde e promover a colaboração interdisciplinar. Intervenções de Enfermagem Roteiro diário de intervenções/cuidados/ações de enfermagem; para a assistência individual e contínua ao cliente, com a finalidade de auxiliá-lo a alcançar os resultados estabelecidos no plano de assistência de enfermagem. Roteiro: Diariamente; Exclusivo do enfermeiro; Deve considerar os problemas evidenciados na evolução diária; Deve responder a: o quê, como e quando; Deve utilizar o verbo no infinitivo, que indique o grau de dependência do cliente em relação aos cuidados de enfermagem; Deve ser determinada a hora e o período; Deve conter nome; função; Coren (carimbo); Deve ser complementada quando houver alterações; Não deve conter os cuidados de enfermagem de rotina; Pesar os riscos e benefícios antes de prescrever (ações). Prescrição de Enfermagem É o início e a conclusão das ações necessárias à consecução dos resultados definidos durante o estágio de planejamento. Relação entre planejamento e implementação: o plano orienta as intervenções realizadas durante a implementação; há casos em que é preciso planejar e implementar as ações de enfermagem rapidamente, antes que todo o plano seja desenvolvido, o que leva a agir sem o planejamento formal. Implementação O que fazer se a resposta não for a desejada? - Questione-se sobre o que está errado antes de continuar. - As intervenções foram realizadas corretamente? - O diagnóstico está correto ou os problemas à sua volta estão modificados? - Existem outras intervenções que podem complementar a intervenção já realizada? Relação entre Planejamento e Implementação Após o atendimento de enfermagem e a avaliação da resposta, a próxima etapa é o registro das investigações, das intervenções e das respostas. Finalidade: Comunicar os cuidados aos outros profissionais que necessitam saber o que foi feito com o cliente; Ajudar a identificar padrões de resposta e modificações no estado do cliente; Proporcionar base para avaliação, pesquisa e melhoria da qualidade do cuidado; Criar um documento legal, que possa garantir o tipo de cuidado que foi prestado e proporcionar comprovação para fins de seguro. Relação entre Planejamento e Implementação Registrar, sempre que possível, logo após a prestação do cuidado; registrar ações importantes imediatamente para assegurar que os outros saibam que a ação foi realizada; registrar sempre as anormalidades e as ações tomadas em relação a elas; enfocar problemas significativos ou eventos que identifiquem ações diferentes no cliente no dia atual; prenda-se aos fatos; seja específico, não usar termos vagos; seja conciso, porém descritivo, usar apenas abreviaturas aceitas pela unidade; assinar cada registro realizado usando nome, função e n. do Coren; nunca pule linha ou deixe linhas em branco; quando esquecer de registrar alguma coisa, faça-o assim que lembrar, colocando como uma entrada atrasada. Relação entre Planejamento e Implementação – Diretrizes Início da fase de implementação – avaliar se o plano está ou não funcionando com base nas respostas iniciais e mudanças que são feitas, partindo posteriormente para a fase de avaliação formal. Avaliação: - Chave para a excelência no fornecimento de cuidado à saúde. Inclui: determinação na obtenção de resultados; identificação de fatores que afetam a obtenção dos resultados; decisão sobre continuar, modificar ou terminar o plano. Implementação x Avaliação Determinar o atual estado de saúde e a prontidão para testar a obtenção de resultados. Listar os resultados estabelecidos no planejamento. Comparar o que o cliente é capaz de fazer com relação aos resultados. Decidir sobre a extensão da obtenção de resultados, entre outros (ver no conteúdo disponível). Decisão sobre quando continuar, modificar ou terminar o plano. Avaliação da obtenção de resultados/alguns fatores que afetam a obtenção dos resultados O processo de enfermagem é uma das ferramentas na implantação da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE). Uma das suas etapas se constitui em realizar ações prescritas e necessárias à obtenção de resultados esperados. Essa etapa é denominada: a) Investigação de padrões. b) Avaliação da evolução. c) Diagnóstico de enfermagem. d) Implementação da assistência. e) Planejamento de resultados. Interatividade O processo de enfermagem é uma das ferramentas na implantação da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE). Uma das suas etapas se constitui em realizar ações prescritas e necessárias à obtenção de resultados esperados. Essa etapa é denominada: a) Investigação de padrões. b) Avaliação da evolução. c) Diagnóstico de enfermagem d) Implementação da assistência. e) Planejamento de resultados. Resposta GEOVANINI, T., MOREIRA, A.,DORNELLES, S., MACHADO, W. C. A. História da enfermagem: versões e interpretações. 3. ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2009. GORDON, M. Nursing diagnosis: process and application. 3. ed. St. Louis: Mosby. 1994 OGUISSO, T.; SCHIMIDT, M. J. O exercício da enfermagem: uma abordagem ético-legal. 2. ed. São Paulo: Guanabara-Koogan, 2013. OLIVEIRA, V. L.; SCHUBERT BACKES, V. M.; COELHO, M. I.; DE CEZAR, M. R. Evolução do conhecimento científico na enfermagem: do cuidado popular à construção de teorias. Invest Educ Enferm. 2007; 25(2): 108-115. Referências bibliográficas ATÉ A PRÓXIMA!
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