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CLASSE TREMATODA II - PARASITOLOGIA VETERINÁRIA - VET 145

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Classe Trematoda II 
ANA LUISA ARRABAL DE ALMEIDA 
FASCIOLA 
 
-Espécies: 
 -Fasciola hepática – “fasciolose 
de climas temperados”. 
 -Fasciola gigantica – “ fasciolose 
de climas quentes”. 
-Hospedeiros definitivos: ovinos, 
bovinos, caprinos, equinos, coelhos, 
roedores, cães, suínos e o homem. 
-Hospedeiros intermediários: moluscos 
gastrópodes pertencentes ao gênero 
Lymnaea. 
 
IMPORTÂNCIA 
-Ruminantes: há perda econômica. 
-Outros hospedeiros (zoonótica*) – 
“zoonótica” faz referência a uma 
possível transmissão para humanos, as 
quais grande parte estão relacionadas 
ao consumo do chamado AGRIÃO (ou 
alguma outra planta aquática 
contaminada. 
-Perdas econômicas: 
 -Morte: pode chegar a 40% dos 
indivíduos. 
 -Redução da produção de carne, 
leite e lã. 
 -Infecções secundárias: animais 
infectados são mais susceptíveis a 
outras infecções, como clostridium. 
 -Gastos com anti-helmínticos 
também é um fator que contribui para 
perda econômica. 
CARACTERÍSTICAS 
-Possui forma de folha; 
-3 cm de comprimento e 1,5 cm de 
largura. 
-Presença de 2 ventosas (oral e 
ventral); 
-Corpo coberto por espinhos; 
-Monóicos; 
 
-Ovos 160x75 micrômetros com 
opérculo em uma das extremidades. 
 
 
LOCALIZAÇÃO 
-Ductos biliares e, ocasionalmente, 
alvéolos pulmonares. 
CICLO DE VIDA 
-O platelminto causador da Fasciolose 
possui um ciclo complexo por conter 
diversos estágios. Ele necessita passar 
por um hospedeiro intermediário, que 
normalmente são caramujos do gênero 
Lymnaea sp., para posteriormente 
encontrar um hospedeiro definitivo. 
Esses caramujos possuem papel 
fundamental por participar da maioria 
das etapas. É importante destacar que 
as condições de temperatura e umidade 
devem ser adequadas para que o ciclo 
biológico seja efetuado por completo. 
 
-Ovo: quando os ovos são eliminados 
junto as fezes pelo hospedeiro final, eles 
não se apresentam embrionados. Para 
que esse processo ocorra, é preciso um 
ambiente aeróbico e com umidade, além 
de uma temperatura de 10ºC a 30ºC. 
Dessa forma, com as condições ideais, 
há o início do desenvolvimento do 
embrião, que resulta em uma larva com 
cílios chamada de miracídio. 
 
-Miracídio: essa etapa tem duração de 
15 dias e consiste na ruptura do ovo 
para a liberação do miracídio. Esse 
processo acontece pela ação de uma 
enzima produzida pelo próprio 
miracídio, que em conjunto com a luz do 
ambiente promove a quebra da casca, 
possibilitando a saída da larva para o 
meio externo. Em seguida, a larva 
necessita nadar para encontrar um 
hospedeiro intermediário e dar 
sequência ao ciclo. Fatores como 
temperatura, pH da água, oxigênio e 
presença de substâncias atrativas 
presentes no muco dos caramujos são 
fundamentais para o mecanismo. 
-Esporocisto: uma vez estabelecido o 
contato com o hospedeiro, inicia-se o 
processo de penetração através de 
ações mecânicas e proteolíticas. Após a 
penetração, os miracídios perdem seus 
cílios e migram por meio dos vasos 
sanguíneos até a região periesofágica 
do caramujo. Nessa região ocorre a 
transformação em esporocisto. Cada 
esporocisto corresponde a uma 
estrutura com células germinativas que 
quando desenvolvidas dão origem as 
rédias. 
 
-Rédias: são compridas, 
com aspecto cilíndrico 
e com boa capacidade 
de movimentação. Suas 
migrações podem 
causar lesões e 
infecções no 
hospedeiro. Sua 
evolução consiste na 
formação das 
cercárias. 
-Cercárias: as 
cercarias são 
parecidas com um 
girino e integram a 
última fase larval do ciclo dentro do 
hospedeiro intermediário. Nessa fase, 
sua forma já aparenta bastante 
semelhante à forma adulta. 
 
Metacercárias: é a forma infectante 
ingerida pelo hospedeiro. Se encontra 
em forma encistada. Após algumas 
semanas, as cercárias desocupam o 
caramujo e procuram ficar próxima as 
plantas na margem do rio. Na sequência 
se transformam no ambiente em 
metacercárias. Esta é forma infectante 
para o hospedeiro definitivo, os 
ruminantes. 
 
 
-Infecção: a infecção acontece com 
maior frequência através da ingestão 
das metacercárias na pastagem, que 
podem ser ingeridas também pelo 
consumo de água contaminada. Quando 
estão dentro do organismo do 
mamífero, chegam ao intestino delgado 
e atravessam a parede intestinal, 
caindo na corrente sanguínea. Por meio 
da circulação, o parasita se aloja no 
fígado e nos ductos biliares, 
provocando lesões. Com o passar das 
semanas, atingem a maturidade sexual 
e dão início a liberação de ovos, 
completando todo o ciclo. 
-Período pré-patente (PPP): período 
que se estende desde a infecção até a 
detecção de algum fator que indique 
essa infecção. Depende da 
manifestação de sinais clínicos. 
PATOGENIA 
-Não são notadas manifestações 
importantes quando há poucos 
parasitas nos ductos biliares. 
Entretanto, se houver grandes 
quantidades, as lesões podem ser 
graves por causar danos ao fígado e 
por possibilitar invasões secundárias de 
bactérias (Clostridium). 
-Depende da carga parasitária, do 
estado imunológico e estado 
nutricional. 
 -Destruição do parênquima 
hepático. O parênquima destruído se 
torna tecido fibroso. 
 
 -Fibrose de lóbulos hepáticos; 
 -Colangite; 
 -Cirrose; 
 -Obstrução dos ductos biliares; 
 -Hiperplasia e hipertrofia do 
endotélio dos ductos. 
-A coloração esbranquiçada mostra 
tecido conjuntivo fibroso. 
 
 
-Em um primeiro momento, pode ocorrer 
perda de peso: acontece uma maior 
produção de bile e, consequentemente, 
uma maior eficiência na digestão de 
gorduras. 
SINAIS CLÍNICOS 
-Emagrecimento; 
-Perda de peso; 
-Ascite; 
-Edema submandibular; 
 
-Febre; 
-Anorexia; 
-Palidez de mucosas. 
EPIDEMIOLOGIA 
 
-Presença de águas alagadas; 
-Presença de caramujo do gênero 
Lymnaea. 
-Temperaturas maiores que 10oc e 
menores que 30oc; 
-Presença de hospedeiros susceptíveis 
(geralmente ovinos); 
PROFILAXIA 
-Tratamento de animais parasitados 
(evita a eliminação de ovos no 
ambiente); 
-Cercar área alagadas (Legislação não 
permite a drenagem dessas áreas); 
-Controle de caramujos por utilização 
de predadores. Os caramujos fazem 
ANIDROBIOSE, parando seu 
metabolismo e sobrevivendo em 
períodos de seca. 
PARAMPHISTOMUM 
CERVI 
-Hospedeiro definitivo: caprinos, ovinos 
e bovinos; 
-Hospedeiros intermediários: caramujos 
do gêneros Planorbis e Bulinus. 
-Localização: rúmen e retículo (imagem 
abaixo). 
 
CARACTERÍSTICAS 
 
-Possui formato de feijão; 
CICLO BIOLÓGICO 
 
-Semelhante ao da Fasciola. 
-PPP: 10 semanas. 
PATOGENIA E SINAIS 
-Enterite: relacionado as formas 
imaturas, já que as formas maduras se 
localizam no retículo ou rúmen. 
-Úlceras; 
-Diarreia; 
-Desidratação. 
GÊNERO EURYTREMA 
-Espécies: 
 -E. coelomaticum; 
 -E. pancreaticum. 
-Hospedeiros definitivos: ruminantes e 
humanos; 
-Hospedeiros intermediários: caramujos 
do gênero Bradybaena e gafanhoto 
Conocephalos. 
CARACTERÍSTICAS 
 
-O verme adulto mede de 8 a 16 x 5 a 
8,5 mm. 
-Possui duas ventosas. 
 
PATOGENIA 
-Obstrução de ductos; 
-Pancreatite 
Obs.: ainda não está muito claro a 
influência que o eurytrema tem sobre o 
ganho de peso e outros fatores. 
PLATYNOSOMUM 
-Espécies: 
 -P. fastosum e illiciens. 
-Hospedeiro definitivo: felinos; 
-Hospedeiro intermediário: moluscos 
(Subulina), sapos e lagartixas (Anolis). 
CARACTERÍSTICAS 
-Trematódeo pequeno (4 a 8 mm); 
-Estruturas semelhantes ao Eurytrema; 
-Útero ocupa maior parte. 
 
 
CICLO BIOLÓGICO 
 
-Os ovos são eliminados nas fezes do 
hospedeiro definitivo; 
-Os moluscos ingerem esses ovos que 
liberam o miracídio no seu interior; 
-Forma-se esporocisto I, esporocisto II; 
-Cercárias que saem do molusco com um 
muco e são ingeridas pelas lagartixas; 
-Na lagartixa, as cercárias 
desenvolvem-se em metacercária, que é 
ingerida acidentalmente pelo 
hospedeiro definitivo; 
-As metacercárias saem do intestino e 
vão se localizar no fígado,onde as 
formas jovens migram e vão aos ductos 
biliares, onde se tornam adultos. 
-PATOGENIA- 
-Espessamento dos ductos 
biliares; 
-Colangite; 
-Icterícia. 
-DIAGNÓSTICO- 
-Exame específico de fezes. 
-Tratamento – praziquantel.

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