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Avaliação da aprendizagem

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Conceitos e notas: é possível 
dispensá-los? (4ª. Aula) 
 
Conceitos e notas perdem a razão 
de ser em avaliação, uma vez que não 
conseguem expressar, nem 
aproximadamente, o quanto o aluno 
sabe e como ele construiu seu 
conhecimento. 
Avaliação: uma questão de bom 
senso 
•O bom senso é uma das máximas 
em avaliação, cabendo ao professor 
responsabilizar-se não pelo aluno 
como pessoa, mas pelo 
conhecimento que lhe oportuniza 
como ser social. 
 Prismas interativos no ato de avaliar: 
 
senso de justiça com o aluno; 
 
responsabilidade com o desempenho do 
aluno; 
diagnóstico da realidade, com 
estabelecimento de juízo de valor 
a partir de dados significativos; 
 
tomada de decisão para a 
solução de situações-problema. 
No Brasil, experiência avaliativa há, 
aproximadamente, 400 anos 
 
Para os Jesuítas, os trabalhos 
catequéticos dariam resultados 
tanto mais promissores quanto maior 
fosse o grau de consciência que os 
catequisandos tivessem dos seus 
conhecimentos doutrinários. 
A Ratio Studiorum, espécie de LDB dos 
Jesuítas, “preconiza métodos de 
ensino e orienta o professor na 
organização de sua aula...” 
 
Para os Jesuítas, “educar não é formar 
um homem absoluto intemporal, é 
preparar o homem concreto para viver 
no cenário deste mundo”. 
Avaliar não é apenas medir, 
mas, sobretudo, sustentar o 
desenvolvimento positivo dos 
alunos. 
 
Condição pedagógica do erro: 
 
1. errar é humano, mas 
“permanecer no erro...” não 
convém; 
2. pelo erro pode-se chegar à 
verdade. 
 
Quem é esse professor que 
favorece a aprendizagem e 
avalia? 
o bom professor certamente não é 
aquele que muito reprova ou 
aprova a todos; 
o educador do futuro é aquele que 
toma todas as medidas para que a 
aprendizagem aconteça para todos; 
o bom professor é aquele que 
sabe desviar-se da cultura da 
reprovação; 
o educador do futuro é aquele 
que sabe avaliar ensinando e 
ensinar avaliando; 
o bom professor é aquele que tem 
consciência do ato de ensinar; 
o educador do futuro é aquele 
que se preocupa em dar 
sentido aos conteúdos 
escolares, aproximando-os da 
realidade vivida pelos alunos; 
o bom professor é aquele que orienta 
o processo da passagem da 
informação para o conhecimento; 
o educador do futuro é aquele 
que auxilia na contextualização 
do conhecimento com a realidade 
vivenciada pelos estudantes; 
o bom professor é aquele que sabe que a 
educação é a chave para a transformação 
da sociedade e para a melhoria da 
qualidade de vida das populações; 
o educador do futuro é aquele que 
sabe respeitar o jeito de ser, o ritmo e 
o conhecimento dos seus alunos; 
o bom professor é aquele que sabe 
reconhecer na educação o melhor 
meio para a conquista da cidadania; 
o educador do futuro é aquele que 
sabe trabalhar com alunos que 
manifestam maiores aptidões em uma 
disciplina do que em outra; 
o bom professor é aquele que sabe 
identificar e contornar os principais 
fatores que dificultam a 
aprendizagem; 
o educador do futuro é aquele que 
sabe ensinar, sim, mas que prefere 
trabalhar com o aluno e fazê-lo 
produzir; 
o bom professor é aquele que 
também sabe valorizar o que o aluno 
sabe e não principalmente o que não 
sabe; 
 
o educador do futuro é aquele que 
busca permanentemente o próprio 
aperfeiçoamento; 
o bom professor é aquele que percebe que 
os tempos mudam e que necessita neles 
mudar; 
 
o educador do futuro é aquele que 
sabe que, sendo bom educador, pode 
constituir, juntamente com a família, 
um dos principais pontos de 
equilíbrio do nível comportamental e 
da delinquência escolar e social; 
o bom professor é aquele que 
apresenta aos alunos mais dúvidas do 
que soluções; 
 
enfim, o bom professor e o educador do 
futuro primam pela alegria de educar. 
 
 
AVALIAÇÃO NO ENSINO 
FUNDAMENTAL: 
 
BASE DO ENSINO 
E DA APRENDIZAGEM 
 
I. Avaliação processual ou 
formativa e somativa: 
• Só vale a pena ensinar e avaliar 
quando o ser humano é tomado 
como centro das atenções. 
• Avaliação: tema fortemente 
presente em cada instante da vida 
das pessoas. 
• Sem avaliação nenhuma decisão 
pode ser tomada. 
• Avaliação processual e somativa 
são de domínio de poucos 
educadores. 
• As dificuldades residem na sua 
concepção e aplicação prática. 
• Avaliação processual e formativa estão 
presentes na vida escolar ao longo de 
todo o transcurso de formação. 
• Avaliação somativa representa o 
desempenho do estudante por 
demonstrativo numérico. 
• Avaliação formativa e somativa são 
antagônicas, frente-a-frente, e 
complementares, lado-a-lado. 
• Conversão da avaliação somativa em 
processual, com análise criteriosa de 
seus resultados numéricos. 
• Avaliação com bom senso agrega 
valores. 
II – Instrumentos de avaliação 
processual (formativa): 
• observação do desempenho 
 e da contribuição do aluno; 
• conselho pedagógico; 
• estudo de caso; 
• portfólio; 
• entrevista; 
 
• seminário; 
 
• debate; 
 
• trabalho em grupo; 
 
• relatório individual. 
III – Avaliação por competência, 
capacidade, habilidade 
• competência: pressupõe domínio 
de conhecimentos pelo educando; 
 
• capacidade: domínio de conhecimentos 
não basta se o aluno não sabe aplicá-los e 
relacioná-los; 
 
• habilidade: não é suficiente ao aluno 
dominar conhecimentos, saber aplicá-los 
e relacioná-los sem criatividade; 
 
• convivência: o aluno recobra e 
fortalece sua auto-estima ao 
certificar-se de sua competência, 
capacidade e habilidade. 
 
IV – Percepção positiva de 
avaliação: 
• avaliar jamais sugere punição, nem 
humilhação ante eventuais dificuldades 
de aprendizagem e de desempenho; 
V – Percepção positiva de 
avaliação: 
• é função da avaliação empolgar o 
ser humano a soltar seu grito de 
vitória diante de frustrações 
acadêmicas ou da vida; 
VI – Percepção positiva de 
avaliação: 
 
• a avaliação não é solução simplória 
para todas as dificuldades de 
aprendizagem e de desempenho; 
VI – Percepção positiva de 
avaliação: 
 
• avaliar é mostrar ao educando 
seu mapa de dificuldades sociais, 
educacionais e culturais.

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