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1 CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER Thácyla Eloiza da Veiga Peronio RU2474245 RELATÓRIO DE ESTÁGIO – DOCÊNCIA NO ENSINO FUNDAMENTAL PORTO XAVIER / RIO GRANDE DO SUL 2022 2 CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER Thácyla Eloiza da Veiga Peronio RU2474245 RELATÓRIO DE ESTÁGIO – DOCÊNCIA NO ENSINO FUNDAMENTAL Trabalho apresentado à disciplina de Estágio Supervisionado: Docência no Ensino Fundamental, no Curso de Licenciatura em História a Distância do Centro Universitário Internacional - UNINTER. PORTO XAVIER / RIO GRANDE DO SUL 2022 3 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO...........................................................................................4 2 IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃOESTAGIADA................................... 5 2.1 INVESTIGAÇÃO DA ESCOLA.................................................... 5 2.2 CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA DA ESCOLA............................... 6 2.3 DESCRIÇÃO E ANÁLISE REFLEXIVA DAS ATIVIDADES DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO.................................................................... 6 2.4 CARACTERIZAÇÃO DAS TURMAS ESTAGIADAS .................. 7 2.5 PERFIL DO PROFESSOR OBSERVADO DURANTE O ESTÁGIO SUPERVISIONADO ................................................................... 7 2.6 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DAS AULAS OBSERVADAS / MINISTRADAS .................................................................................................... 8 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................11 REFERÊNCIAS ......................................................................................... 12 4 1 INTRODUÇÃO Segundo (Kenski, 1991, p.41) o estágio é entendido como um conteúdo profissionalizante, o qual possibilita o aluno desde o início do curso o contato com as diversas realidades de atuação do professor e do pedagogo. Este relatório apresenta a descrição do processo de estágio supervisionado na Docência do Ensino Fundamental, pesquisa do contexto escolar e observação realizada, dando assim a oportunidade ao aluno de Licenciatura e profissional na área de educação de associar a teoria à prática docente. A lei de diretrizes e bases da Educação Nacional (Lei n° 9.394/96) determina o estágio como etapa obrigatória da formação acadêmica, atendendo esta exigência o estágio em docência do ensino fundamental foi realizado no período de 02/05/2022 a 02/06/2022 no turno matutino do Ensino Fundamental. Os principais objeti vos do estágio foram: analisar os princípios pedagógicos e critérios para organização de atividades de ensino adotados pelos professores do ensino fundamental, analisar as dificuldades evidenciadas pelos alunos na aprendizagem dos conteúdos da área de História no ensino fundamental, bem como planejar e reali zar de docência no ensino fundamental. Para cumprir as metas do estágio, a metodologia escolhida consistiu de visitação a escola onde o estágio ocorreu a fim de observação e conversa com os profissionais docentes e entrega da carta de apresentação. Após esse período houve nova visitação para analisar o projeto político pedagógico da escola e conhecer as práticas pedagógicas e regras da instituição estagiada, para só então dar início ao período de observação em sala de aula e docência. O estágio em sala de aula é fundamental para o aprimoramento e prática da formação do profissional docente que vai atuar no processo de ensino, este momento possibilita vivenciar a aproximação da teoria com a prática, ponderando sobre as relações professor e aluno e aperfeiçoando o aprendizado com os profissionais em docência. O período de estágio foi caracterizado pela análise criteriosa de princípios e normas para a organização das atividades de ensino selecionadas pelos professores de História do Ensino Fundamenal da instituição estagiada, também foram analisadas as principais dificuldades dos alunos, planejamentoe 5 docência e elaboração do relatório e diagnósticos realizados no estágio. O presente relatório apresenta referencial teórico, identificação da escola, concepção pedagógica da instituição, descrição e análise das atividades desenvolvidas durante o período de estágio, concepção estrutural da escola, caracterização dos profissionais, caracterização da turma estagiada, perfil do professor, bem como descrição das aulas e plano de aula, por fim foram realizadas as considerações finais a respeito do estágio. 2 A ESCOLA ESTAGIADA 2.1 INVESTIGAÇÃO DA ESCOLA O Estágio Supervisionado foi realizado no Instituto Estadual de Educação São Francisco Xavier, situado na Rua Dr. Osvaldo Cruz, 652, no bairro Centro, CEP 98995-000, localizada na cidade de Porto Xavier, no estado do Rio Grande do Sul. O contato com a escola pode ser realizado através do telefone (55) 3354-2000 e do e- mail isfxavier@yahoo.com.br. Hoje a escola conta com mais de 600 alunos divididos em três turnos: manhã (atendendo ao ensino médio, ensino fundamental anos finais e magistério), tarde (com fundamental dos anos iniciais) e noite (com Educação de Jovens e Adultos (EJA), ensino fundamental dos anos finais e ensino médio). A escola fundada em 1937 teve seu início em outro endereço, na Rua Júlio de Castilhos próxima a Praça Ferdinando Albino Wendt. Inicialmente, o seu espaço era pequeno, mas conseguia agregar a quantidade de alunos que havia na época. Posteriormente, com o aumento da demanda de estudantes, foi mudada para as imediações do endereço atual. Considerada uma das melhores escolas da cidade sua infraestrutura é ótima e atende as necessidades de seus alunos. A escola possui um ótimo espaço físico; salas de aula e de professores amplas, arejadas e iluminadas, biblioteca, laboratórios de ciências e informática, cantina, quadra poliesportiva e ginásio de esportes, além das adaptações e melhorias para deficientes físicos em todos os ambientes da escola. Ainda conta com um auditório de tamanho muito bom que consegue suportar a capacidade de 1.000 alunos, nele há um palco e equipamento audiovisual para realizar reuniões, palestras, eventos da escola e apresentações teatrais. 6 O colégio estagiado busca proporcionar condições ao corpo docente, discente, administrativo e serviços de apoio para o desenvolvimento de uma concepção transformadora, responsá vel, critica e solidária, onde cada procura desenvolver sua função, sempre realizando conselhos de classe e debates entre o corpo docente e direção escolar e ainda permanecem como o propósito e objetivo de contribuir para que os alunos se apropriem de conteúdos sociais e culturais de maneira construtiva. Todos os professores possuem nível superior e pós-graduação todos se tratam bem entre si e tem um excelente relacionamento com os alunos, estando sempre prontos para atendê-los e ajudá -los sendo todos tratados com muito, respeito e cortesia. 2.2 CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA DA ESCOLA A escola promove um aprendizado tradicional para seus alunos, mas ao longo de sua história preocupou-se em melhorar e ampliar seu atendimento para a comunidade, tendo como perspectiva a construção educacional de um cidadão capaz pensar, entender, e refletir suas ações. A concepção pedagógica acompanha o avanço da educação e desenvolvimento da sociedade no país, atendendo as demandas tecnológicas, políticas, econômicas, dentre outros fatores sociais. 2.3 DESCRIÇÃO E ANÁLISE REFLEXIVA DAS ATIVIDADES DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO Durante o estágio supervisionado o foco de observação foram: professores e alunos; espaço físico; materiais; conteúdo administrado pelo professor responsável pela turma; e a metodologia de ensino.No período de observação do estágio ficou constatado que o professor usa de linguagem clara e direta com os alunos e busca estabelecer uma relação bem- humorada com os mesmos, através de tiradas, brincadeiras engraçadas de forma a fazê-los participar das atividades desenvolvidas. Durante a aula o professor utiliza exemplos para o ajudar na explicação dos conteúdos a serem trabalhados, faz uso 7 do quadro para resumir em tópicos os assuntos e assim possibilita a maior compreensão por parte dos alunos. Quando solicitados os educandos participam ativamente das discussões e contribuem de maneira positiva para o bom andamento da aula. Durante toda a explicação o professor demonstra um profundo conhecimento dos temas a serem trabalhados, respondendo às perguntas dos alunos de forma rápida e direta. 2.4 CARCTERIZAÇÃO DAS TURMAS ESTAGIADAS A sala que observamos, possuía 38 alunos, numa faixa etária entre 13 e 14 anos aproximadamente, de ambos os sexos, sendo a maioria residente na cidade de Porto Xavier e interior do município. Em todas as turmas estagiadas ficou claro que a maior parte dos alunos são interessados nos conteúdos trabalhados pelo professor e interagem durante as explicações e correções das atividades. Durante os momentos de conversa entre os alunos ou com o professor, ou outro pro fissional da escola, foi observado apenas interações que presam pelo respeito e educação, não havendo qualquer demonstração de ofensas ou falta de cortesia. Todos os alunos do Ensino Médio observados são adolescentes na faixa etária dos quinze aos dezoito anos que moram com seus pais ou responsáveis. Os alunos participaram ativa mente das aulas ministradas em manifestaram sua opinião e interesse. 2.5 PERFIL DO PROFESSOR OBSERVADO DURANTE O ESTÁGIO SUPERVISIONADO Neste momento, busquei observar a prática pedagógica adotada pelo professor e observar o cotidiano da sala de aula, atentando para várias questões como: identificar as estratégias de ensino utilizadas pelo professor, os recursos utilizados por ele, como ele utiliza o livro didático, o tipo de avaliação frequentemente aplicada por ele, a receptividade dos alunos com relação à aula desenvolvida pelo professor, a forma de disciplona em sala de aula, a participação dos alunos na aula de História, a relação professor-aluno, entre outras coisas. 8 O professor observado é graduado em gestão em história pela UNINTER. Atua na educação há vinte anos tendo passado por todos os seus níveis. Durante o estágio o professor se mostrou muito educado e carismático com os alunos, criando um ambiente educacional motivador e adequado para aprendizagem significativa dos conteúdos ministrados. Durante suas aulas além de demonstra conhecimento sobre o tema dá abertura para participação dos educa ndos e mostra disposição para tirar todas as dúvidas que surgem, bem como está sempre atento aos educandos dando tratamento igualitário e a mesma prioridade para cada um de seus alunos. 2.6 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DAS AULAS OBSERVADAS / MINISTRADAS O ensino de História tem a função de imbuir ou desenvolver no aluno a consciência de tal como cidadão, porém, não reforçando a ideia de que cidadania está ligada tão somente pelo direito de nascimento em um país, mas, sim constitui uma participação ativa de cada cidadão na constituição de uma nação democrática e igualitária. Durante o período militar no Brasil, o ensino de História foi moldado de acordo com os ideais do Estado, onde o cidadão ideal era aquele que primava pelo desenvolvimento econômico e segurança nacional (GUIMARÃES, 2003, p. 90). Assim segundo Selva Guimarães, uma história linear, contínua, constituída por mitos nacionais e baseada numa concepção de progresso, exclui o aluno do processo histórico, não fazendo que este, critique ou se sinta participativo da história nacional. Com o fim da ditadura, muito desta concepção progressista da disciplina história se perpetuou, e ainda está presente nos dias de hoje, porém, os anos de 1980 foram de efervescência quanto a mudança desta concepção. Uma nova história com viés marxista e que rompesse com a tradicional, substituindo a ideia de evolução pautada em avanço e tecnológico, por avanço dos modos de produção, ou seja, uma concepção etapista e de evolução substituída por outra, foi aqui colocada. Porém a concepção marxista contrária a tradicional inclui o cidadão como transformador da ordem social e política, não sendo determinado mais determinante (GUIMARÃES, 2003, p. 92-93). Outra concepção que floresce nos anos de 1980, é aquela em que o processo histórico não se dá de modo linear, e não tem um caráter teleológico como as anteriores, mas, sim uma história pautada por temas e problemas, na qual as rupturas 9 tenham importância no processo histórico, e os pontos de referência não sejam de caráter político ou econômico (GUIMARÃES, 2003, p. 93). Na sequência de ensino por nós aplicada, procuramos abolir esta ideia de progresso, incluindo os alunos no processo histórico. Um dos recursos que utilizamos para tal tarefa, foi a partir da explicação e problematização do conceito de povos, procuramos instigar os alunos a questionar se os ingleses que colonizaram a América do Norte, e que segundo estes eram extremamente evoluídos se comparados aos nativos da nova terra desbravada, mais que porém, tomaram (ingleses) as terras dos índios e cometeram chacinas com a desculpa dos mais evoluídos, assim como utilizaram maciça mão de obra escrava africana, eram realmente mais evoluídos que os demais povos constituintes da nação norte-americana. Percebemos por meio deste exercício, que a confrontação de concepções sobre uma temática e a participação ativa do aluno na construção do conhecimento, desenvolve a consciência histórica de tal. A consciência histórica segundo Jörn Rüsen, está diretamente ligada aos valores morais e ao raciocínio, e “confere á realidade uma direção temporal, uma orientação que pode guiar a ação intencionalmente, através da mediação da memória histórica.” (RÜSEN, 2010, p.58). Assim sendo, a consciência histórica também se relaciona ao conceito de cidadania, uma vez que esta (cidadania) é o conjunto de direitos e deveres pelo qual o cidadão, o indivíduo está sujeito no seu relacionamento com a sociedade em que vive. Segundo Rüsen, há quatro tipos de consciência histórica sendo elas a tradicional, exemplar, crítica e genética. É função do professor de história desenvolver e instigar a consciência histórica dos alunos. Na sequência por nós aplicada, percebemos no decorrer das aulas, uma evolução por parte dos alunos de exemplar a crítica. Sendo que a tradicional é aquela que tem por função a repetição obrigatória de uma vida ou modelo passados, a exemplar é aquela que toma como base de ação as regras comprovadas e derivadas historicamente de situações atuais, a crítica é aquela que analisa os argumentos de uma dada situação não se baseando unicamente em elementos passados ou futuros mais faz uma análise válida de um todo, e por fim a genética que tem como função a análise de uma dada situação de acordo com a moral e o tempo em que esta se dá, levando em consideração que a moral muda com o tempo e uma situação não pode ser criticada de acordo com valores morais de outrora (RÜSEN, 2010, p. 61-71). Assim, por meio da competência 10 da narrativa, a consciência histórica dos alunos pode ser desenvolvida, como citado anteriormente, percebemos de modo majoritário nos alunos de oitavo ano uma consciência tradicional, percebemos também, que instigando a participação dos alunos e tornando-os parte integrante do processo histórico, eles desenvolvem melhor tal consciência A seleção e organização dos conteúdos curriculares é feita de acordo com as problemáticas sociais importantes a cada época, mais paraalém de tal fato, eles tem a finalidade de instigar a formação da cidadania, na qual o aluno possa aplicar no mundo em que vive, noções de respeito e diversidade, podendo contribuir para uma sociedade melhor (BEZERRA, 2004, p. 37-39). A concepção de linearidade no processo histórico, e a exclusão do aluno deste mesmo processo, pode ser em aspectos resolvidos pela metodologia aplicada em sala de aula, uma tática que faz o aluno se sentir participante da história, assim como sujeito á mudá-la, é a aplicação de exercícios que instiguem a interpretação e o espírito crítico do aluno, abolindo aqueles (exercícios) que têm por finalidade a memorização mecânica. Nas aulas por nós ministradas no fim do Estágio supervisionado, preocupamonos em instigar o espírito crítico e interpretativo dos alunos, aplicamos assim nas duas turmas de oitavo ano ao fim da primeira aula, uma atividade para casa, na qual os alunos deveriam fazer um pequeno texto explicando as principais características, e como se deu a colonização da América do Norte. Em uma das salas nenhum dos alunos fizeram a atividade, e na outra apenas dois realizaram, porém, explicaram e contextualizaram a colonização do Brasil. Procuramos no decorrer da sequência de ensino, estabelecer sempre relação entre a realidade social do aluno e o conteúdo por nós ministrado, na segunda atividade obtivemos melhores resultados, acreditamos que pelo fato de as perguntas serem mais pontuais e diretas, os alunos tiveram maior facilidade para interpretá-las, para além do fato de terem sido respondidas em sala de aula, onde eventuais dúvidas eram debatidas e na medida do possível sanadas. Primamos pela utilização de conceitos como norteadores e elo entre as aulas, sendo que no começo de cada nova aula, partíamos da rememoração da anterior guiada pelos conceitos chaves (povos, independência e nação), sempre estabelecendo uma relação entre eles. A utilização de conceitos no ensino de História é muito proveitosa uma vez que contribui para formação da cidadania, porém, deve- 11 se ter cuidado com a utilização de anacronismos ao trabalhar com tal método (BEZERRA, 2004, p. 41-42). Utilizamos como fonte, ou recurso didático, a apresentação de dois vídeos documentários. Segundo Selva Guimarães o filme não pode ser utilizado tão somente como tampa buracos, para ilustrar a temática ou o processo histórico estudado, deve se ter uma metodologia apropriada para utilizá-lo não o transformando numa verdade incontestável e pura (GUIMARÃES, 2003,, p. 179- 185). Procuramos utilizar o filme de modo crítico e complementar a disciplina, sendo que fizemos uma breve exposição da produção do mesmo, e depois da apresentação, discutimos com os alunos de modo a confrontar com os textos estudados em sala de aula, a concepção do vídeo documentário, mostrando as falhas do mesmo e os pontos benéficos. Após a discussão, aplicamos um questionário sobre os vídeos, que foram realizados com maior interesse, se comparado a atividade destinada a ser feita em casa. 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS Percebemos com a experiência da aplicação da sequência de ensino na educação fundamental, que a comunidade escolar têm muito o que contribuir para um ensino de qualidade, pois, funcionários da escola não respeitam a autoridade do professor, entrando em sala de aula sem o devido respeito e interrompendo o raciocínio desenvolvido em sala de aula. Notamos também que a teoria pensada e discutida em âmbito acadêmico, não foge a realidade escolar. Selva Guimarães expõe a importância de desenvolver a cidadania dos alunos, tornado-os participativos da construção da história nacional de modo consciente, e Jörn Rüsen atenta para a evolução da consciência histórica de modo a tornar o aluno crítico e consciente contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa. Estas duas concepções devem ser adotadas pelo professor de história, uma vez que segundo nossa experiência em sala de aula, são importantes para desenvolver o espírito crítico e incluir o aluno no processo histórico. A história é feita por homens, mulheres, crianças, ricos e pobres; por governantes e governados, por dominantes e dominados, pela guerra e pela paz, por intelectuais e principalmente pelas pessoas comuns, desde os tempos mais remotos. A história está presente no cotidiano e serve de alerta à condição humana de agente transformador do mundo. 12 Ao estudar a história nos deparamos com o que os homens foram e fizeram, e isso nos ajuda a compreender o que podemos ser e fazer. Assim, a história é a ciência do passado e do presente, mas o estudo do passado e a compreensão do presente não acontecem de uma forma perfeita, pois não temos o poder de voltar ao passado e ele não se repete. Por isso, o passado tem que ser “recriado”, levando em consideração as mudanças ocorridas no tempo. As informações recolhidas no passado não servirão ao presente se não forem recriadas, questionadas, compreendidas e interpretadas. A história não se resume à simples repetição dos conhecimentos acumulados. Ela deve servir como instrumento de conscientização dos homens para a tarefa de construir um mundo melhor e uma sociedade mais justa. Os docentes de história devem repensar seus objetivos e propósitos de ensino e reformular sua prática pedagógica e metodologias em sala de aula para que seus alunos consigam conciliar a aquisição do conhecimento das normas cultas sem descaracterizar a história tradicional. O ambiente de aprendizagem está em constante mudanças e o professor não deve ficar estagnado engessado em concepções que não possam mudar e adapta - se as necessidades dos alunos. Todo educador deve buscar novas metodologias que visem aproximar o aluno do conhecimento e possibilitem a aprendizagem, consequentemente enriqueçam a prática pedagógica ou a roti na de sala de aula. O período de estágio possibilitou a aquisição de novas metodologias e práticas educacionais que auxiliam estabelecer objetivos, competências e habilidades para o ensi no de história voltada para supe ração das dificuldades dos educandos, bem como a adequação do conhecimento a prática pedagógica. REFERÊNCIAS BEZERRA, Holien Gonçalves. Ensino de História: Conteúdos e conceitos Básicos. In: KARNAL, Leandro (org). História na sala de aula: conceitos práticas e propostas. São Paulo: Contexto, 2004, p. 37-48. BRASIL. Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de 13 Educação - PNE e dá o utras providê ncias. Disponível em: Acesso em 16 mar. 2017 CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, e a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996; revoga as Leis nos 6.494, de 7 de dezembro de 1977, e 8.859, de 23 de março de 1994, o parágrafo único do art. 82 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e o art. 6o da Medida Provisória no2.164 - 41, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11788.htm> Acesso em 16 mar. 2017. HOUA ISS, A. Estágio. In: Grande Dicionário Houaiss. Disponível em: Acesso em 16 mar. 2017. GUIMARÃES, Selva. Didática e práticas de ensino de história: Experiências, reflexões e aprendizados. Campinas, SP: Papirus, 2003. PIMENTA , S. G.; L IMA, M. S. L. Estágio e Docência. São Paulo: Editora Cortez, 2004. PPP – Projeto Politico Pedagógico. Colégio Normal São Pedro – CNSP, 2017. BRASIL. Lei Nº 11.788, de 25 de setembro de 2008. Dispõe sobre o estágio de estudantes; alte ra a redação do art. 428 da Consolidação das Leis do Trabalho http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11788.htm
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