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Direto Penal II – Prof. Denis Abreu 1 1.Culpabilidade 2.Antecedentes 3.Conduta Social 4.Personalidade 5.Motivos 6.Circunstâncias Do Crime 7.Conseqüências 8.Comportamento da Vítima Culpabilidade Regra 3: Concurso: Gradua entre o Mínimo e o Termo Médio Regra 2: Tudo de bom = Mínimo Legal Obs 1: Termo Médio : Min. + Max. / 2 Obs 2: Observa a regra do art. 67 C.P.B. (Preponderantes) Personalidade Motivos Reincidência 1ª FASE: Circunstâncias do ART.59. C.P.B. Regra 1: a) Primeiro verificar as formas: Simples ou Qualificadas b) Após estabelecer a “margem penal” a ser usada Regra 4: Não pode ultrapassar os limites previstos em abstrato ao tipo em questão se tudo ok no 59( sem previsão legal) Direto Penal II – Prof. Denis Abreu 2 Se não constituem elementos do tipo ou qualificadoras do crime em questão: AGRAVANTES ATENUANTES ART. 61 ART. 62 ART. 65 ART. 66 Multi qualificado: uma qualifica outras podem ser agravantes! 2ª FASE: Aplicação das AGRAVANTES e das ATENUANTES Genéricas Regra 1: Computar 1º as Agravantes depois as Atenuantes. Não cabem em crimes culposos. Cada uma não deve ultrapassar 1/6 ou 1/8 da pena base. Para aumentar sugere-se: 1/10 para diminuir ¼. Regra 2: Compensação respeita o art. 67 do C.P.B. Preponderantes ! Obs: Confissão redução maior (analogia delação premiada até 2/3). Menoridade relativa prepondera sobre todas. Obs2: Reincidência já está nos antecedentes do Art 59. É inconstitucional usá-la novamente para muitos. Regra 3: Antes: Não pode ultrapassar os limites previstos em abstrato ao tipo em questão. Hoje: Pugna-se que pode e deve! Direto Penal II – Prof. Denis Abreu 3 Minorantes Majorantes Art 14 § único Art 16 Art 21 Art 24 § 2º Art 26 § único Art 28 § 2º Art 29 § 1º Art 29 § 2º( 2ª parte) Art 69 Art 70 Art 71 Minorante Majorantes Art 121 § 1º Art 129 § 4º Art 155 § 2º Art 171 § 1º Art 121 § 4º Art 157 § 2º Art 122 § único Art 132 § único Art 133 § 3º Art 136 § 3º 3ª FASE: Causas de Aumento e Diminuição de Pena : Minorantes e Majorantes Parte Geral do Código Parte Especial do Código Regra 1: Aplica-se primeiro as Majorantes depois as Minorantes em cascata Sobre a pena “restante” (se não, risco de pena 0) Regra 2: Pode o aplicador escolher a que mais aumente ou diminua (Art. 68 § único do C.P.B.) Regra 3: Aplicar o desconto previsto em cada tipo. Aqui os limites previstos em abstrato podem ser ultrapassados Direto Penal II – Prof. Denis Abreu 4 Exemplos: 1. (Art. 155, § 1º 2 º). Furto noturno coisa de pequeno valor. Pena base: 1 ano. Sem agrav/aten Pena provisória: 1 ano Pena definitiva: + 1/3 repouso noturno – 2/3 pequeno valor = 5 meses e 10 dias (12 m + 4m= 16m – 10,66m= 5meses) 2. (Art 157. § 2º, I) roubo com arma de fogo, tentado. Pena Base e provisória: 4 anos Pena definitiva: +1/3 arma e fogo e -2/3 tentativa = 1 ano, 9meses e dez dias ( 4 anos + 1,4 anos= 5,4- 3,2= 1ano e 9 meses) 3. Furto duplamente qualificado tentado. PENA BASE: APRESENTA CULPABILIDADE SITUADADENTRO DA MÉDIA. É IMPUTÁVEL E ERA PERFEITAMENTE EXIGÍVEL COMPORTAMENTO DIVERSO. OS ANTECEDENTES SERVIRÃO PARA O RECONHECIMENTO DA REINCIDÊNCIA. CONDUTA SOCIAL NÃO ESCLARECIDA NOS AUTOS. PERSONALIDADE VOLTADA À PRÁTICA DE DELITOS. OS MOTIVOS, COMUNS À ESPÉCIE. COMO CIRCUNSTÂNCIA A SOPESAR, QUE OBRIGA A EXACERBAÇÃO DA PENA, HÁ O FATO DA PRESENÇA DA SEGUNDA QUALIFICADORA, O CONCURSO DE AGENTES. CONSEQÜÊNCIAS MÍNIMAS JÁ QUE A AÇÃO CRIMINOSA FOI ABORTADA AINDA EM SEU INÍCIO. ASSIM, FIXO A PENA-BASE EM 03 ANOS DE RECLUSÃO, PENA PROVISÓRIA: AQUAL AUMENTO EM 01 ANO EM RAZÃO DE SER O RÉUREINCIDENTE (FLS. 151/162), PERFAZENDO, ASSIM, 04 ANOSDE RECLUSÃO PENA DEFINITIVA:. EM RAZÃO DA TENTATIVA, CONSIDERANDO O ITER CRIMINISPERCORRIDO, POIS ABORTADA A AÇÃO EM SEU LIMIAR,DIMINUO-A EM DOIS TERÇOS, DEFINITIVIZANDO-A, ASSIM, EM01 (UM) ANO E 04 (QUATRO) MESES DE RECLUSÃO. REGIME INICIAL: O REGIMEINICIAL DE CUMPRIMENTO DA PENA SERÁ O SEMI-ABERTO (ART.33, §3º, CP). Direto Penal II – Prof. Denis Abreu 5 4. Art. 163, Parágrafo Único, Inc. III do CP (solução 1 ortodoxa) PENA BASE:Comportamento da vítima: vítima o Estado,não há que se cogitar desta circunstância,sendo que tal elemento não depõe contra, ou afavor do Réu.•TOTAL: no marco desta análise dascircunstâncias judiciais, com a aplicação danecessária filtragem principiológico-constitucional, não resulta qualquer operadoracontrária ao Réu, de modo que a PENA-BASEvai fixada no mínimo legal, em 6 meses. PENA PROVISÓRIA: Agravantes:-Motivo torpe (vingança): Art. 61, II, “a”.-Reincidência: Art. 61, I.• Atenuantes:-Menoridade relativa: Art. 65, I.-Confissão: Art. 65, III, “d”.• No caso há um concurso entre agravantes e atenuantes que deve ser solucionado à luz do Art. 67 do CP. Figuram como preponderantes o motivo torpe, a reincidência, a menoridade relativa e a confissão (estas como expressão da personalidade, do dito Art. 67 do CP). Com força na jurisprudência majoritária, a atenuante da menoridade prepondera sobre todas as demais, indicando que a pena deve ser mais reduzida do que aumentada. Quanto à reincidência, espécie do gênero antecedentes, por igualmente inconstitucional também é desconsiderada. Assim, em vista da agravante do motivo torpe, aumento a pena em 1/10 (mais 18 dias), restando em 6 meses e 18 dias.• Na linha de posição minoritária na jurisprudência, porém arrimada na melhor argumentação, a quantidade de aumento da pena nesta fase deve ocorrer entre 1 dia e 1/6, e a de redução entre 1 dia e 1/3 (por analogia in bonam partem com diversos dispositivos: 21; §Ú, 26; §2º, 28, §1º, 121). Em face do princípio da legalidade, e em vista do texto expresso no Art. 59, final e caput do Art. 65, presente atenuante a pena deve ser obrigatoriamente reduzida, mesmo aquém do mínimo legal, se for o caso (pelo que é desconsiderada a Súmula 231 do STJ). Desse modo, em face da atenuante da menoridade relativa, reduzo a pena em 1/3 (menos 2 meses e 6 dias), fixando-a em 4 meses e 12 dias. Por fim, diante da confissão tenho que o abatimento deve ocorrer por analogia in bonam partem com o delator (§4º, 159; §Ú, 8º, Lei 8.72/90; 6º, Lei 9.034/95; §5º, 1º, Lei9.613/98), que ao trair recebe a redução entre 1/3 e 2/3 da sua pena. Logo, considerada a confissão do Réu, que contribuiu para apaziguar a consciência do julgador, mas também considerando que haveria condenação mesmo sem ela, à luz da prova colhida, a pena é reduzida em 1/3 (menos 1 mês e 14 dias), restando provisoriamente fixada em 2 meses e 28 dias.• Posições desacolhidas:-Modificação de 1 dia até 1/6, para mais ou para menos (majoritária);-Modificação de ¼ até 1/5, para mais ou para menos (minoritária); PENA DEFINITIVA Não havendo majorantes e minorantes, a pena provisória torna-se a pena definitiva:PENA DEFINITIVA: em 2 meses e 28 dias. REGIME INICIAL• Desconsiderando o inconstitucional gravame da reincidência, pelos motivos já referidos, à luz da letra “c”, do §2º, do Art. 33 do CP, fixo o REGIME INICIAL ABERTO para o cumprimento dapena Direto Penal II – Prof. Denis Abreu 6 SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR RESTRITIVA DE DIREITOS• Conforme o Art. 44 do CP, desconsiderada uma vez mais a reincidência, agora não só por sua inconstitucionalidade, mas com base no §3º, do Art. 44: pois o Réu não é reincidente específico e a medida é socialmente recomendável. Assim, a pena privativa de liberdade é substituída por uma restritiva de direitos (§2º, do Art. 44 do CP), especificamente a de prestação pecuniária (Art. 43, Inc. I do CP, e em vista do disposto no Art. 46, caput do CP), consistente em 5 cestas básicas a serem recolhidas a entidade beneficiente que será indicada pelo Juízo da Execução Penal. SOLUÇÃO 2:(via INTERPRETAÇÃO CONFORME A CONSTITUIÇÃO): 1ª FASE: PENA-BASEDELITO: Art. 163, Parágrafo Único, Inc. III do CPPenas: Mín.: 6 meses Máx.: 3 anos + multaEspécie: detençãoInício : 6 meses 2º Termo Médio : 1ano, 1 mês e 15 d. 1º Termo Médio : 1 ano e 9 meses-Culpabilidade: comum à espécie (onde o dano recai sobre bem público);-Personalidade: juiz não é psicólogo, e de qualquer sorte a análise é inconstitucional.-Antecedentes: a sua análise é inconstitucional, e de qualquer sorte os fatos da menoridade não podem ser considerados contra o Réu para qualquer efeito. Conduta social: a sua análise é inconstitucional.-Motivos do fato: serão considerados na 2ª fase.-Circunstâncias do fato: apesar de ter sido produzido a noite, para que pese contra o Réu nesta fase, seria preciso que a acusação tivesse provado onde tal circunstância facilitou a ocorrência do fato. Na hipótese, a prática se deu contra viatura que se encontrava em local bem iluminado e foi percebida por popular que circulava por ali, que acabou avisando ao policial militar que efetuou a prisão em flagrante do Réu, ou seja, tudo como se o fato tivesse ocorrido durante o dia. Percebe-se, pois, que o fato de o dano ter sido perpetrado de madrugada não colaborou, por qualquer forma, para a facilitação do delito. -Consequências do fato: apesar de se poder imaginar que a viatura ficou fora de circulação pelo período do conserto, o que poderia redundar em prejuízo para a segurança pública, tal não se pode presumir contra o Réu, sendo que também deveria ter sido provado pela Acusação. À falta desta evidência, presume-se – pro reo – que o conserto se deu em momento em que a viatura estava em período de revisão, ou quando não estava em serviço. Final igual:
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