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Transportador Autônomo de Cargas – TAC SEST – Serviço Social do Transporte SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte ead.sestsenat.org.br CDU 656.025.4 304 p. :il. – (EaD) Curso on-line – Transportador Autônomo de Cargas – TAC – Brasília: SEST/SENAT, 2016. 1. Transporte de carga. 2. Transporte de carga - funcionamento. I. Serviço Social do Transporte. II. Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte. III. Título. 3 Sumário Apresentação 12 Módulo 1 – Parte 1 14 Unidade 1 | O Transporte Rodoviário de Cargas 15 1 Importância do Transporte Rodoviário de Cargas 16 2 Modalidades de Transporte 17 2.1 Modo Rodoviário 18 2.2 Modo Ferroviário 19 2.3 Modo Aquaviário 19 2.4 Modo Aeroviário (ou Modo Aéreo) 20 2.5 Modo Dutoviário 20 3 Intercâmbio de Cargas entre Regiões 21 3.1 A Importância da Integração entre as Regiões Brasileiras 21 3.2 O Histórico da Integração Nacional 22 3.3 Integração entre as Regiões nos Dias de Hoje 23 Atividades 26 Referências 27 Unidade 2 | Tipos de Cargas, Carrocerias e Veículos 30 1 Classificação dos Caminhões 31 2 Tipos de Carroceria 33 3 Classificação das Mercadorias 35 3.1 Carga Geral 35 3.2 Carga a Granel 36 3.3 Carga Frigorificada 36 3.4 Neo-granel 36 4 3.5 Produto Perigoso 37 Atividades 38 Referências 39 Unidade 3 | Embalagens e Símbolos de Segurança 42 1 Importância da Embalagem 43 2 Classificação das Embalagens 44 3 Tipos de Embalagem 46 Atividades 50 Referências 51 Módulo 1 – Parte 2 54 Unidade 4 | Noções de Livre Concorrência e Mercado Regulado 55 1 O Princípio da Livre Concorrência 56 2 Concentração na Oferta ou na Demanda 58 2.1 Monopólios e Oligopólios 58 2.2 Monopsônios e Oligopsônios 60 3 Mercado Regulado 62 Atividades 64 Referências 65 Unidade 5 | Entidades Envolvidas na Prestação do Serviço de Transporte 68 1 Entidades e Agentes Públicos 69 1.1 Agente Público Responsável pelo Planejamento dos Transportes 69 1.2 Agente Público Responsável pela Infraestrutura de Transportes 70 1.3 Agente Público Responsável pela Regulação 70 1.4 Agente Público Responsável pela Fiscalização de Normas Agropecuárias 71 2 Entidades e Agentes Privados 71 2.1 Embarcador ou Expedidor 71 5 2.2 Transportador 72 2.3 Operadores Logísticos 73 2.4 Estações Aduaneiras de Interior (EADI) 73 2.5 Despachante Aduaneiro 74 2.6 Operador de Transporte Multimodal (OTM) 74 Atividades 75 Referências 76 Módulo 2 – Parte 1 79 Unidade 1 | Legislação Específica Do Transporte Rodoviário De Cargas – Parte 1 80 1 Órgãos Reguladores e Fiscalizadores 81 2 Legislação do Transporte Rodoviário de Cargas 82 3 Vale-Pedágio Obrigatório 83 4 Implantação do Vale-Pedágio Obrigatório 83 5 Principais Aspectos da Regulamentação 84 6 Benefícios do Uso do Vale-Pedágio 86 7 Fiscalização do Vale-Pedágio 87 Atividades 89 Referências 90 Unidade 2 | Legislação Específica do Transporte Rodoviário de Cargas – Parte 2 94 1 Pagamento Eletrônico de Frete 95 1.1 Implantação do Pagamento Eletrônico de Frete 95 1.2 Definições 97 1.3 Formas de Pagamento 99 1.4 Empresas Habilitadas para Receber o Pagamento 100 Atividades 101 Referências 102 6 Unidade 3 | Legislação Específica do Transporte Rodoviário De Cargas – Parte 3 106 1 Noções de Transporte Rodoviário Internacional de Cargas 107 2 Regulamentação do TRIC 109 2.1 Habilitação 109 3 Legislação Básica e Simbologia dos Produtos Perigosos 111 Glossário 115 Atividades 116 Referências 117 Módulo 2 – Parte 2 121 Unidade 4 | Documentação e Responsabilidade Penal do Motorista 122 1 Documentação Exigida 123 1.1 Motorista 123 1.1.1 Jornada de Trabalho do Motorista 123 1.2 Veículo 124 1.3 Mercadorias em Geral 125 1.4 Produtos Perigosos 126 2 Responsabilidade Civil e Criminal do Condutor 127 3 Documentação Estadual e Tributos Relativos ao Transporte Rodoviário de Cargas 128 3.1 Código Fiscal de Operação Presente no CTRC 128 3.2 ISS ou ICMS? 130 3.3 Tributação pelo ICMS 131 4 Tributos Que Recaem sobre o Transporte Rodoviário de Cargas 133 Atividades 134 Referências 135 Unidade 5 | Legislação Referente a Dimensões, Peso e Altura dos Veículos 139 1 Capacidade Máxima de Peso e Altura da Carga no Brasil 140 7 2 Capacidade Máxima de Peso e Altura da Carga no Mercosul 142 Atividades 144 Referências 145 Módulo 3 – Parte 1 149 Unidade 1 | Fatores Operacionais que Interferem no Planejamento da Operação do Transporte 150 1 Fatores Operacionais que Devem ser Considerados para Desenvolver o Plano de Viagem 151 1.1 Veículo 151 1.2 Condutor 153 1.3 Cargas e Carrocerias 154 1.4 Manutenção 155 1.5 Tecnologia 156 1.6 Infraestrutura Viária 156 2 Plano de Viagem ou Rotograma 157 2.1 Dados que Devem Constar no Rotograma ou Plano de Viagem 158 Atividades 162 Referências 163 Unidade 2 | Procedimentos do Condutor para a Preparação da Viagem 164 1 Procedimentos Iniciais 165 2 Interpretação e Leitura de Mapas 168 3 Identificando as Rotas nos Mapas 174 4 Interpretação e Leitura de Guias Rodoviários 175 Atividades 179 Referências 180 Unidade 3 | Custos de Transportes 181 1 Modelos de Custos e Tarifação dos Serviços de Transporte 182 8 2 Variáveis Importantes – Cálculo dos Custos e Definição das Tarifas 183 2.1 Custos Fixos 183 2.2 Custos Variáveis 184 3 Gestão dos Custos e Formação de Preço 185 4 Controle de Custo Operacional 185 5 Como Dimensionar o Custo do Km Rodado 186 5.1 Custos Fixos 186 5.2 Custos Variáveis 189 Atividades 193 Referências 194 Módulo 3 – Parte 2 195 Unidade 4 | Elaboração de Contrato e Conhecimento de Transporte 196 1 Agentes Envolvidos na Prestação do Serviço de Transporte Rodoviário de Cargas 197 2 Fatores que Influenciam o Valor do Frete 198 3 Contratos de Transporte Rodoviário de Cargas 199 4 Conhecimento de Transporte Rodoviário de Carga (CTRC) 201 Atividades 204 Referências 205 Unidade 5 | Procedimentos de Conferência da Carga e da Nota Fiscal 206 1 Conferência da Carga 207 2 Pedido de Mercadorias 209 3 Nota Fiscal 211 4 Definição ou Verificação da Rota de Coleta ou Entrega 212 4.1 Etapas da Roteirização 213 5 Lacres de Segurança 214 Atividades 215 9 Referências 216 Unidade 6 | Procedimentos de Carga e Descarga 217 1 Recebimento das Mercadorias nos Depósitos ou Armazéns 218 2 Ferramentas e Processos Necessários para a Descarga do Caminhão 219 2.1 Manual 219 2.2 Mecânica 220 2.3 Automática 220 3 Expedição das Mercadorias dos Depósitos ou Armazéns 221 4 Arrumação Adequada das Cargas nos Veículos 222 5 Condições e Dicas para a Operação dos Veículos 224 5.1 Tacógrafo 225 5.2 Uso do Conta-Giros 226 5.3 Regras Obrigatórias para Operação pelos Motoristas de Veículos de Transporte 226 Atividades 228 Referências 229 Módulo 4 – Parte 1 230 Unidade 1 | Estatísticas e Causas de Acidentes Rodoviários com Caminhões 231 1 Estatísticas de Acidentes nas Rodovias Brasileiras 232 2 Causas de Acidentes em Rodovias 235 Atividades 238 Referências 239 Unidade 2 | Meio Ambiente e o Cidadão 241 1 A Relação entre o Homem e o Meio Ambiente 242 2 Consumo Sustentável: Ações que Podem Ajudar o Meio Ambiente 243 3 Combate à Prostituição Infantil 246 Atividades 247 10 Referências 248 Unidade 3 | Normas e Procedimentos de Segurança 250 1 Segurança no Trabalho 251 2 Equipamento de Proteção Individual (EPI) 252 3 Procedimentos de Segurança em Situações de Emergência 253 Atividades 258 Referências 259 Unidade 4 | Saúde no Trabalho 261 1 Saúde Física e Mental do Trabalhador 262 2 Ergonomia no Ambiente de Trabalho 263 3 Alimentação, Trabalho e Saúde 266 Atividades 268Referências 269 Módulo 4 – Parte 2 271 Unidade 5 | Noções de Combate a Incêndio 272 1 Fogo x Incêndio 273 2 Classes de Incêndios 274 3 Equipamentos de Combate ao Incêndio 275 4 Primeiros Socorros em Caso de Incêndio 277 Atividades 279 Referências 280 Unidade 6 | Conceito de Logística e de Cadeia Logística 282 1 Logística 283 2 Atividades nas Cadeias Logísticas 284 3 Fluxo de Produtos e Serviços nas Cadeias Logísticas 285 11 4 O Papel das Empresas e Cooperativas de Transporte de Cargas nas Cadeias Logísticas 287 Atividades 288 Referências 289 Unidade 7 | Noções de Operação em Terminais e Armazéns 291 1 Importância do Transporte 293 2 Tipos de Terminais e Armazéns 293 3 Atividades Realizadas nos Terminais e Armazéns 295 4 Controle de Chegadas e Manobras dos Veículos 297 Atividades 299 Referências 300 Gabarito 302 12 Apresentação Prezado(a) aluno(a), Seja bem-vindo(a) ao curso Transportador Autônomo de Cargas – TAC! Neste curso, você encontrará conceitos, situações extraídas do cotidiano e, ao final de cada unidade, atividades para a fixação do conteúdo. No decorrer dos seus estudos, você verá ícones que têm a finalidade de orientar seus estudos, estruturar o texto e ajudar na compreensão do conteúdo. Este curso possui carga horária total de 84 horas e foi organizado em 4 módulos, conforme a tabela a seguir. Fique atento! Para concluir o curso, você precisa: Módulos Unidades Carga Horária Módulo 1 Parte 1 Unidade 1 | O Transporte Rodoviário de Cargas 2h Unidade 2 | Tipos de Cargas, Carrocerias e Veículos 2h Unidade 3 | Embalagens e Símbolos de Segurança 2h Parte 2 Unidade 4 | Noções de Livre Concorrência e Mercado Regulado 2h Unidade 5 | Entidades Envolvidas na Prestação do Serviço de Transporte 2h Carga Horária Total do Módulo 1 10h Módulo 2 Parte 1 Unidade 1 | Legislação Específica do Transporte Rodoviário de Cargas – Parte 1 4h Unidade 2 | Legislação Específica do Transporte Rodoviário de Cargas – Parte 2 4h Unidade 3 | Legislação Específica do Transporte Rodoviário de Cargas – Parte 3 4h Parte 2 Unidade 4 | Documentação e Responsabilidade Penal do Motorista 4h Unidade 5 | Legislação Referente a Dimensões, Peso e Altura dos Veículos 4h Carga Horária Total do Módulo 2 20h 13 a) navegar por todos os conteúdos e realizar todas as atividades previstas nas “Aulas Interativas”; b) responder à “Avaliação final” e obter nota mínima igual ou superior a 60; c) responder à “Avaliação de Reação”; e d) acessar o “Ambiente do Aluno” e emitir o seu certificado. Este curso é autoinstrucional, ou seja, sem acompanhamento de tutor. Em caso de dúvidas, entre em contato através do e-mail suporteead@sestsenat.org.br. Bons estudos! Módulo 3 Parte 1 Unidade 1 | Fatores Operacionais que Interferem no Planejamento da Operação do Transporte 4h Unidade 2 | Procedimentos do Condutor para a Preparação da viagem 5h Unidade 3 | Custos de Transportes 5h Parte 2 Unidade 4 | Elaboração de Contrato e Conhecimento de Transporte 4h Unidade 5 | Procedimentos de Conferência da Carga e da nota Fiscal 4h Unidade 6 | Procedimentos de Carga e Descarga 4h Carga Horária Total do Módulo 3 26h Módulo 4 Parte 1 Unidade 1 | Estatísticas e Causas de Acidentes Rodoviários com Caminhões 4h Unidade 2 | Meio Ambiente e o Cidadão 4h Unidade 3 | Normas e Procedimentos de Segurança 4h Unidade 4 | Saúde no Trabalho 4h Parte 2 Unidade 5 | Noções de Combate a Incêndio 4h Unidade 6 | Conceito de Logística e de Cadeia Logística 4h Unidade 7 | Noções de Operação em Terminais e Armazéns 4h Carga Horária Total do Módulo 4 28h Transportador Autônomo de Cargas – TAC MÓDULO 1 – PARTE 1 15 UNIDADE 1 | O TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS 16 Unidade 1 | O Transporte Rodoviário de Cargas Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à unidade 1 do curso Responsável Técnico – RT! O transporte possibilita o deslocamento das pessoas e a movimentação de cargas. Ele ajuda a melhorar a integração entre regiões e permite que pessoas e cargas possam ser transportadas de um país para outro. Nesta unidade, vamos conhecer mais sobre a importância do transporte e algumas de suas características. Bons estudos! 1 Importância do Transporte Rodoviário de Cargas Você já parou para pensar na importância do transporte para o desenvolvimento de uma sociedade? Ele é o responsável direto pelo desenvolvimento. O que isso quer dizer? Isso significa que, quanto melhor for o sistema de transporte de um país, maior será o seu desenvolvimento. Você sabe por quê? Porque a agropecuária, a indústria, o comércio e outros serviços dependem diretamente do transporte de matérias-primas e de produtos, bem como do deslocamento das pessoas até o mercado de consumo. Além disso, ele permite o acesso das pessoas ao trabalho, ao lazer, à saúde, à educação, à cultura e à informação. No Brasil, a movimentação dos produtos é realizada por todas as modalidades, mas, o modo rodoviário é o mais utilizado, sendo responsável por mais de 60% de toda a carga movimentada no país. Observe a figura. Figura 1: Movimentação de produtos no Brasil 17 O caminhão é o veículo mais utilizado no transporte rodoviário de cargas. Sua característica principal é a flexibilidade para realizar o transporte “porta a porta”, ou seja, tem a capacidade de coletar a mercadoria no local de produção e levá-la até o destino final. Na verdade, o transporte rodoviário deveria ser utilizado para movimentar mercadorias em pequenas e médias distâncias ou servir de transporte complementar aos modos ferroviário e aquaviário. Isso porque sua capacidade de carga é pequena. Assim sendo, cabe bem menos carga em um caminhão do que em um trem ou em um navio. Segundo dados da ANTT (2017), o transporte rodoviário é realizado por mais de 500 mil transportadores no Brasil, aproximadamente: • 417.046 mil autônomos; • 118.496 mil empresas; • 282 cooperativas. Como podemos perceber, o transportador é um agente de grande importância no sistema de transporte brasileiro. Ele possibilita que as mercadorias sejam movimentadas entre as empresas e os consumidores. Agora vamos conhecer as diferentes modalidades de transporte de cargas. 2 Modalidades de Transporte Cinco modalidades ou modos de transporte são utilizados para o deslocamento das pessoas e para a movimentação de cargas. São eles: rodoviário, ferroviário, aquaviário, aéreo e dutoviário. Você já tinha ouvido falar de todos eles? 18 2.1 Modo Rodoviário Este modo é utilizado tanto para o transporte de passageiros quanto para a movimentação de cargas. A infraestrutura utilizada é composta por vias urbanas e rurais. Podemos destacar, também, o uso dos terminais rodoviários e pontos de parada no transporte de passageiros, e dos armazéns, depósitos e centros de distribuição no transporte de cargas. e A infraestrutura rodoviária é composta por 1.721.088,7 km de rodovias: pavimentadas federais, estaduais e municipais (12 %), não pavimentadas (78,58 %) e planejadas (9,14 %) (CNT, 2017). Existem equipamentos e instalações de apoio que ajudam a viabilizar as operações de transporte. Por exemplo: semáforos, centrais de monitoramento, postos de pesagem, centros de fiscalização, postos de contagem e postos da Polícia Rodoviária, dentre outros. g No site do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), você vai encontrar mais informações a respeito da infraestrutura de transporte. Confira! http://www.dnit.gov.br/ 19 2.2 Modo Ferroviário Corresponde a todo transporte que é feito sobre trilhos. Exemplos:trem, metrô, Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT). No modo ferroviário, são transportados passageiros e cargas. A infraestrutura é composta basicamente pelas estradas de ferro, os trilhos e os equipamentos de apoio, além das estações, terminais e centros de controle e monitoramento das viagens. h De acordo com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o sistema ferroviário brasileiro tem mais de 29 mil quilômetros de trilhos. Ele está presente em todas as regiões, mas se concentra no Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil. 2.3 Modo Aquaviário Abrange o transporte que é feito por mar, rios e lagos. No modo aquaviário, podem ser transportados passageiros e cargas. Este modo pode ser dividido em: • Transporte hidroviário, no qual as vias são os rios, lagos e lagoas. • Transporte marítimo, no qual as vias são os oceanos e mares. O Brasil possui mais de 40 mil quilômetros de rios que são vias navegáveis, além de mais de 7 mil quilômetros de costa (litoral) para a navegação de cabotagem (transporte ao longo da costa). 20 g Você pode saber mais detalhes sobre a malha hidroviária brasileira no site da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ). Confira! http://www.antaq.gov.br/ 2.4 Modo Aeroviário (ou Modo Aéreo) No modo aéreo, são os aviões que transportam passageiros e cargas. As rotas aéreas são as vias pelas quais as aeronaves trafegam, e são conhecidas como aerovias. A infraestrutura conta, ainda, com os aeroportos, que são terminais de decolagem e aterrissagem de aviões. g Você pode descobrir mais detalhes sobre o transporte aéreo no site da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Confira! http://www.anac.gov.br/ 2.5 Modo Dutoviário Este modo é utilizado exclusivamente para movimentar mercadorias. Ele é composto por dutos (uma espécie de tubulação), que são as vias por onde as cargas são movimentadas. Os dutos utilizados neste modo podem ser classificados em: 21 • Oleodutos: transportam petróleo, óleo combustível, gasolina, diesel, álcool, Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), querosene dentre outros. • Minerodutos: transportam minério de ferro, concentrado fosfático e outros minerais. • Gasodutos: transportam o gás natural e outros gases. 3 Intercâmbio de Cargas entre Regiões As mercadorias produzidas nos mais variados locais podem ser distribuídas e consumidas em todo o território nacional. Isso é possível graças aos avanços tecnológicos aplicados ao transporte e à abrangência de suas diversas modalidades nos estados e regiões brasileiras. A essa troca de mercadorias entre produtores e consumidores, chamamos intercâmbio de cargas. 3.1 A Importância da Integração entre as Regiões Brasileiras O setor de transportes deve ser visto de forma global. Nesse sentido, não há como dissociar o planejamento de transportes do planejamento econômico e social do país, tema que envolve decisões quanto à localização das indústrias, ao suprimento de insumos e à distribuição de produtos, ou seja, aspectos relacionados ao planejamento logístico (SCHROEDER; CASTRO, 1996). Como sabemos, o desenvolvimento dos diversos setores que compõem a economia de um país requer a oferta de meios adequados e eficientes de transporte. No entanto, Galvão (1996) ressalta que os transportes constituem apenas um fator de facilitação, e não necessariamente funcionam como causa ou pilar do crescimento econômico. 22 O lento processo de integração dos estados brasileiros e as profundas desigualdades inter-regionais de desenvolvimento podem ser corrigidos com o desenvolvimento de sistemas eficientes de transporte que permitam melhor comunicação entre as regiões e a redução das desigualdades regionais. Um detalhe importante que deve ser considerado quando falamos em integração regional e intercâmbio de cargas pelo território nacional é a crescente interiorização da produção agroindustrial. e Nas últimas décadas, a fronteira agrícola e pecuária vem se expandindo para as regiões Centro-Oeste e Norte, enquanto a indústria de base e de bens de consumo cresce bastante na região Nordeste. Segundo Vilaça (2013), essas mudanças fizeram com que a distância média percorrida para a distribuição de cargas no Brasil aumentasse em 11 % nas ferrovias e em 16 % nas rodovias, entre 2006 e 2012. Ou seja, estamos indo mais longe em busca de mercadorias e transportando produtos por todo o território nacional. 3.2 O Histórico da Integração Nacional A integração entre os estados e regiões sempre foi uma preocupação no Brasil. Por ser um país de grandes dimensões e de baixa densidade, os vazios territoriais levaram ao isolamento econômico e geográfico, dificultando o intercâmbio entre produtores e consumidores brasileiros. Como ressalta Galvão (1996), essa é uma preocupação antiga, presente desde os tempos coloniais. No século XIX, alguns planos de transporte foram elaborados com o propósito de interligar as distantes e isoladas províncias em busca da constituição de uma nação verdadeiramente unificada. Galvão (1996) destaca que, décadas mais tarde, no século XX, o Brasil ainda possuía regiões economicamente isoladas, fato que resultou na ideologia nacionalista de marcha para o Oeste. Na época, o Governo Federal buscou a integração nacional por meio de grandes obras rodoviárias e da construção de Brasília. 23 Na primeira metade do século XX o Brasil sofria de relativo isolamento entre as economias regionais, e a produção industrial se encontrava bastante concentrada em pequena área do território nacional. Você sabe como as cargas eram distribuídas pelo Brasil em tal período? A cabotagem era o único sistema de transporte de caráter nacional e, em muitos casos, a única modalidade de comunicação entre as regiões. As ferrovias também chegaram a exercer um papel relevante, embora em grau menor, na unificação dos mercados de certas partes das economias de regiões diferentes (GALVÃO, 1999). Já na segunda metade do século XX, foi possível notar uma intensificação das ligações inter-regionais. Apesar de ainda haver grande concentração industrial, as trocas de mercadorias entre regiões iniciaram um crescente processo de integração. Galvão (1999) ressalta que, após a efetivação de um programa nacional de construção de rodovias nas décadas de 1950 e 1960, o Brasil reduziu o isolamento das economias regionais. Assim, a expansão do comércio inter-regional foi resultado do avanço no processo da integração econômica do país, com a formação de um mercado nacional unificado. 3.3 Integração entre as Regiões nos Dias de Hoje Um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI, 2014) aponta que a baixa qualidade dos serviços logísticos no Brasil repercute diretamente na competitividade do produto nacional e na atração de novos investimentos. Dessa forma, estradas de má qualidade, portos ineficientes, cabotagem pouco expressiva, escassez de ferrovias e de áreas de armazenagem, entre outros fatores, afetam a indústria e a sua capacidade de integração às cadeias globais de produção. Ou seja, as ligações existem, mas elas poderiam estar muito melhores... 24 A CNI (2014) destaca que a indústria brasileira precisa de redes integradas de transportes e sistemas logísticos eficientes para possibilitar maior crescimento. Nesse sentido, Silveira (2013) afirma que as diversas cadeias de produção, de comércio e de serviços são cada vez mais dependentes dos sistemas de transportes, pois uma boa conexão entre as redes de transporte e as atividades econômicas resulta em diminuição significativa de custos. Essa ligação transparece na formação de eixos territoriais de intenso adensamento deatividades econômicas e populacionais, como também em expressivas interações espaciais, frutos de movimentações financeiras, de mercadorias, de pessoas e de informações entre as regiões. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2014), a distribuição espacial das redes de transportes no território brasileiro revela uma predominância do modo rodoviário, em especial na região Centro-Sul, com destaque para o estado de São Paulo. O IBGE destaca que o estado de São Paulo é o que apresenta melhor infraestrutura de transportes entre as cidades do interior e a capital, incluindo rodovias duplicadas, ferrovias e a hidrovia do Tietê. Ademais, localizam-se nesse estado o maior aeroporto do país, Guarulhos, instalado na região metropolitana da capital, e o porto organizado com maior movimentação de cargas, o Porto de Santos. Apesar de sua desigual distribuição pelo território brasileiro, a malha rodoviária possui vascularização e densidade muito superiores aos demais modos de transporte em praticamente todos os estados. Isso mostra a predominância dessa modalidade para a circulação de mercadorias e pessoas no país, à exceção da região amazônica, onde a circulação por vias fluviais tem papel importante, uma vez que a densidade da rede fluvial é naturalmente propícia a esse tipo de transporte. Estudos do IBGE (2014) destacam também a alta densidade de ligações de transporte nas Regiões Metropolitanas do Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre. Você sabe dizer porque essas regiões possuem uma malha de transportes mais adensada? Um dos fatores para a concentração está relacionado à produção das mercadorias. São Paulo abriga a maior parte das indústrias do país. Por esse motivo, muitas rodovias federais ligam a capital paulista a outras capitais, como Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba. Tais rodovias reúnem os maiores fluxos de mercadorias e pessoas, ligando 25 também o Oeste paulista, o Triângulo Mineiro, o Noroeste paranaense e o estado de Mato Grosso do Sul, caracterizados pela elevada produção agropecuária associada ao agronegócio (IBGE, 2014). Outro fator preponderante está ligado à produção agropecuária. A Região Sul, o Centro-Oeste e o estado de São Paulo se destacam, o que pode ser confirmado pela concentração espacial dos principais armazéns de grãos, uma vez que eles tendem a se localizar próximo às áreas produtoras. Segundo o IBGE (2014), a ligação entre Recife e João Pessoa, entre Brasília e Goiânia, o entorno de Salvador e o de São Luís também se destacam pela elevada acessibilidade. Por outro lado, é interessante notar alguns “vazios logísticos” onde a rede de transporte é mais escassa, como: o interior do Nordeste; a região do Pantanal, excetuando-se a área de influência da hidrovia do Paraguai; e o interior da floresta amazônica, à exceção do entorno das hidrovias Solimões-Amazonas e o do Madeira. As áreas adensadas e os vazios logísticos são resultado da dinâmica de produção e de distribuição de mercadorias no Brasil. Elas interferem nos fluxos de mercadorias e no grau de integração entre as regiões. E como podemos reduzir essas lacunas de integração? Para ampliar o intercâmbio de mercadorias é importante investir na ampliação das infraestruturas, bem como no acesso às informações, pois a falta de infraestrutura eleva o valor dos produtos, fazendo com que eles se tornem menos competitivos no comércio nacional e internacional. 26 a 1) Julgue verdadeiro ou falso. De acordo com o IBGE, o estado de São Paulo é o que apresenta melhor infraestrutura de transportes entre as cidades do interior e a capital, incluindo rodovias duplicadas, ferrovias e a hidrovia do Tietê. Verdadeiro ( ) Falso ( ) 2) Julgue verdadeiro ou falso. Nas últimas décadas, a fronteira agrícola e pecuária vem se expandindo para a região Nordeste, enquanto a indústria de base e de bens de consumo cresce bastante nas regiões Centro-Oeste e Norte. Verdadeiro ( ) Falso ( ) Atividades 27 Referências ANDRADE, R. E. A regulação da concorrência: uma visão panorâmica. In: Rogério Emílio de Andrade. (Org.). Regulação pública da economia no Brasil, Campinas, Edicamp, v. 1, 1. ed., p. 131-151, 2003. ANFAVEA – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores. Anuário da Indústria Automobilística Brasileira. São Paulo: ANFAVEA, 2014. Disponível em: <http://www.anfavea.com.br/anuario.html>. Acesso em: dez. 2014. ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres. Resolução n° 4.799, de 27 de julho de 2015. Regulamenta procedimentos para inscrição e manutenção no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas, RNTRC; e dá outras providências. Brasília, 2015. Disponível em: <http://www.antt.gov.br/>. Acesso em: dez. 2015. _______. Entraves burocráticos, exigências legais e tributárias do transporte multimodal. Brasília, 2011. Disponível em: < http://www.antt.gov.br/backend/galeria/ arquivos/entravesburocraticosexigenciaslegaisetributariasdotm_1.pdf>. Acesso em: maio 2017. _______. RNTRC em números. Brasília, 2017. 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Dispõe sobre a reestruturação dos transportes aquaviário e terrestre, cria o Conselho Nacional de Integração de Políticas de Transporte, a Agência Nacional de Transportes Terrestres, a Agência Nacional de 28 Transportes Aquaviários e o Departamento Nacional de Infraestruturas de Transportes e dá outras providências. Brasília, 2001. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/leis/LEIS_2001/L10233.htm>. Acesso em: maio 2017. _______. Lei nº 9.611, de 19 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre o transporte multimodal de cargas e dá outras providências. Brasília, 1998. Disponível em: < http:// www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9611.htm>. Acesso em: maio 2017. _______. Lei nº 8.137, de 27 de dezembro de 1990. Define crimes contra a ordem tributária, econômica e contra as relações de consumo, e dá outras providências. Brasília, 1990. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8137.htm>. Acesso em: maio 2017. CADE – Conselho Administrativo de Defesa Econômica. 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Tecnologística Online, 2013. Disponível em: <http://www.tecnologistica.com.br/artigos/infraestrutura-e- competitividade-logistica/>. Acesso em: 21 ago. 2015. 30 UNIDADE 2 | TIPOS DE CARGAS, CARROCERIAS E VEÍCULOS 31 Unidade 2 | Tipos de Cargas, Carrocerias e Veículos Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à unidade 2! O transporte de cargas pode ser efetuado por diferentes tipos de veículos. No transporte rodoviário, o principal veículo é o caminhão, que pode apresentar diferentes composições. Nesta unidade, vamos conhecer os principais tipos e suas aplicações na movimentação de cargas. Bons estudos! 1 Classificação dos Caminhões Você sabe que existem diversos modelos de caminhões e que cada um é utilizado para um serviço de transporte específico. Existem algumas maneiras para classificar os caminhões de carga. Uma delas consiste em dividi-los entre veículos rígidos e articulados. Mas, o que são veículos rígidos? São aqueles que trazem o motor e a unidade de transporte em um só veículo. São os caminhões chamados de “tocos ou trucks”. E os articulados? São aqueles que têm a cabine com o motor separada do reboque. Em geral, são formados por um cavalo mecânico e uma carreta. 32 Os veículos também podem ser classificados em função do peso máximo transmitido ao pavimento. Esta classificação é apresentada pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA): Legenda: Peso Bruto Total (PBT): Peso máximo que o veículo transmite ao pavimento, constituído da soma da tara mais a lotação. Peso Bruto Total Combinado (PBTC): Peso máximo transmitido ao pavimento pela combinação de um caminhão-trator mais seu semirreboque, ou do caminhão mais o seu reboque ou reboques. Capacidade Máxima de Tração (CMT): É o peso que a unidade de tração é capaz de tracionar, indicado pelo fabricante, com base em condições sobre suas limitações de geração e multiplicação de momento de força e resistência dos elementos que compõem a transmissão. Fonte: Adaptado de ANFAVEA (2014) e Brasil (2007) Tipo de veículo Peso transmitido Semileves 3,5t < PBT < 6t Leves 6t < PBT < 10t Médios 10t < PBT < 15t Semipesados Caminhão-chassi Caminhão-trator PBT > 15t e CMT < 45t PBT > 15t e PBTC < 40t Pesados Caminhão-chassi Caminhão-trator PBT > 15t e CMT > 45t PBT > 15t e PBTC > 40t 33 g A Portaria do Denatran nº 63/09 e suas alterações, homologa os veículos e as combinações de veículos de transporte de carga e de passageiros, com seus respectivos limites de comprimento, Peso Bruto Total (PBT) e Peso Bruto Total Combinado (PBTC) para circulação nas vias públicas. Mais detalhes estão no site do Denatran. Confira! www.denatran.gov.br Outra classificação é a apresentada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) na qual os veículos são classificados de acordo com seus eixos (DNIT, 2012). As variações são muitas, sendo que atualmente os caminhões podem ter entre dois e nove eixos! 2 Tipos de Carroceria Os caminhões podem apresentar diferentes tipos de carroceria, sendo que cada modelo é usado para transportar cargas específicas. A variedade é grande, mas existem alguns que são mais utilizados. Veja a seguir uma lista, com exemplos de caminhões, organizada em função do tipo de carroceria. Certamente você já dirigiu pelo menos um deles! 34 Ilustração Tipo de carroceria Definição e tipos de cargas transportadas Caminhões abertos Usados para mercadorias que não estragam nem perdem a qualidade quando transportadas ao ar livre. Em caso de chuva, são usadas lonas para proteger a carga. Caminhões cobertos Em geral apresentam o formato de um vagão para proteger as cargas das condições climáticas adversas. Caminhões refrigerados A carroceria possui um refrigerador para conservar a temperatura interior. Utilizados no transporte de carne, derivados do leite, medicamentos, dentre outros. Caminhões-tanques A carroceria tem o formato de um tanque. Utilizados para o transporte de produtos líquidos, como combustível. Caminhões-tanques para gás a granel A carroceria cilíndrica tem estrutura reforçada para suportar a pressão dos gases transportados, como GLP e amônia. Caminhões de plataforma ou estrado Usados para transportar contêineres, engradados amarrados com cordas ou correntes, entre outros produtos. Caminhões- cegonheiros Utilizados para o transporte de diversos tipos de veículos. Caminhões de caçamba São caminhões basculantes, utilizados no transporte de entulhos, terra, cascalho. 35 3 Classificação das Mercadorias Veja algumas formas de agrupar conceitualmente as mercadorias. 3.1 Carga Geral Carga embarcada, com marca de identificação e contagem de unidades, podendo ser soltas ou unitizadas: • Soltas (não unitizadas): itens avulsos, embarcados separadamente em embrulhos, fardos, pacotes, sacas, caixas, tambores etc. • Unitizadas: agrupamento de vários itens em unidades de transporte. Caminhões para transporte de botijões de gás Usados no transporte de botijões de gás. Caminhões canavieiros Usados para o transporte de cana-de- açúcar. Caminhões para transporte de animais vivos Usados para o transporte de bovinos, equinos e outros animais. Caminhões para transporte de bebidas Usados para o transporte de bebidas, geralmente acondicionadas em engradados. 36 3.2 Carga a Granel Carga líquida ou seca (sólida) embarcada e transportada sem acondicionamento, sem marca de identificação e sem contagem de unidades. Exemplos: petróleo, minérios,trigo, farelos, grãos etc. 3.3 Carga Frigorificada Carga que necessita ser refrigerada ou congelada para conservar as qualidades essenciais do produto durante seu transporte e sua armazenagem. Exemplos: frutas frescas, laticínios, pescados, carnes etc. 3.4 Neo-granel Carregamento formado por conglomerados homogêneos de mercadorias de carga geral sem acondicionamento específico, cujo volume ou quantidade possibilita o transporte em lotes, em um único embarque. Exemplo: transporte de veículos. 37 3.5 Produto Perigoso Carga composta por produtos que, por sua natureza físico-química, podem provocar acidentes, danificar outras cargas ou os meios de transporte ou, ainda, gerar riscos para as pessoas. 38 a 1) Julgue verdadeiro ou falso. De acordo com a Anfavea, o caminhão classificado como leve tem peso transmitido de 6 t < PBT < 10 t. Verdadeiro ( ) Falso ( ) 2) Julgue verdadeiro ou falso. Os caminhões cegonheiros são usados para transportar contêineres, engradados amarrados com cordas ou correntes, entre outros produtos. Verdadeiro ( ) Falso ( ) Atividades 39 Referências ANDRADE, R. E. A regulação da concorrência: uma visão panorâmica. In: Rogério Emílio de Andrade. (Org.). Regulação pública da economia no Brasil, Campinas, Edicamp, v. 1, 1. ed., p. 131-151, 2003. ANFAVEA – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores. Anuário da Indústria Automobilística Brasileira. São Paulo: ANFAVEA, 2014. 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A seguir vamos compreender melhor o papel da embalagem. Bons estudos! 1 Importância da Embalagem A principal função da embalagem é proteger contra danos. Mas ela tem outras funções, como: conter o produto para ele não vazar; facilitar o transporte e o consumo; tornar o produto mais atraente. Para a maioria dos produtos, a embalagem deve funcionar como uma barreira contra fatores como:temperatura, odores, animais, luz, oxigênio e umidade. Se a embalagem não for corretamente projetada, podemos ter a qualidade do produto comprometida, principalmente se ele for perecível. Além da função de proteção ao produto, as embalagens permitem a inclusão de tecnologias de rastreamento do produto. Você sabe o que é rastreamento? É um serviço que permite acompanhar o histórico do produto ao longo da cadeia logística. É possível conhecer suas características, saber por onde ele passou e qual sua localização exata no momento da consulta. e O rastreamento é um serviço que disponibiliza as informações necessárias para o acompanhamento completo do processo de fabricação, desde a aquisição e análise das matérias-primas, até o processamento e destino final de cada item. 44 2 Classificação das Embalagens As embalagens quaternárias e quintenárias são muito utilizadas para a unitização de cargas. Figuras Tipo Descrição Embalagem de contenção ou primária Embalagem que entra em contato direto com o produto. Deve haver compatibilidade entre os materiais do produto e os da embalagem, para que o produto não seja comprometido. Embalagem de apresentação ou secundária Embalagem utilizada para apresentar o produto ao usuário, no ponto de venda. Figuras Tipo Descrição Embalagem de comercialização ou terciária Embalagem que tem a função de proteger várias unidades de produtos. As embalagens de comercialização, agrupadas em quantidades predefinidas, formam uma unidade de movimentação. Embalagem de movimentação ou quaternária Formada por um conjunto de embalagens de comercialização, para que possa ser movimentada por equipamentos mecânicos, como paleteiras e empilhadeiras. 45 Fonte: Adaptado de Moura e Banzato (1990) Você sabe o que é a unitização? A unitização é o processo de agrupamento de embalagens ou volumes em uma carga maior, ou seja, é a arrumação de pequenos volumes de mercadorias em unidades maiores e padronizadas, para que possam ser movimentadas mecanicamente. Os equipamentos de unitização mais utilizados são os paletes e os contêineres. Embalagem para o transporte ou quintenária Embalagem utilizada para dar maior agilidade à carga, descarga e transporte de longa distância. Importantes na arrumação das cargas em armazéns e veículos, pois oferecem segurança na movimentação, proteção contra avarias e melhor ocupação dos espaços de armazenagem. O palete pode ser feito de madeira, aço, alumínio, plástico ou papelão. Já o contêiner é uma estrutura sempre metálica, muito utilizada para o transporte rodoviário, ferroviário e aquaviário. 46 O processo de unitizar cargas traz muitas vantagens para o transporte: • Permite a movimentação de cargas maiores; • Reduz o tempo de carga e descarga; • Permite melhor ocupação dos armazéns e veículos; • Reduz a probabilidade de danos nos materiais estocados. 3 Tipos de Embalagem Existe grande variedade de tipos, formas e modelos de embalagem que podem ser utilizadas para envolver, conter ou proteger produtos. Para cada tipo de produto são indicadas embalagens específicas, que devem ser projetadas e fabricadas da maneira mais compatível possível com as características das mercadorias: forma, peso, dimensões, material, perecibilidade, fragilidade, dentre outras. Embalagem Tipo Descrição Barril Recipiente geralmente fabricado em madeira, alumínio ou plástico, destinado a conter produtos líquidos. Botijão Recipiente cilíndrico usado para armazenagem de gás. 47 Caixa de madeira Recipiente normalmente utilizado para produtos maiores e mais pesados, que não podem ser transportados em caixas de papelão ou plástico. Caixa de papelão ondulado Embalagem não retornável com laterais coladas, grampeadas ou fixadas. Utilizada para mercadorias de consumo e bens industriais variados, para estocagem, movimentação e transporte. Caixa plástica Geralmente reutilizável, encaixável e confeccionada em polietileno de alta resistência. Seu uso mais frequente é para produtos agrícolas, pesca e avicultura. Frasco Recipiente geralmente fabricado em vidro, com boca estreita, destinado a acomodar líquidos (medicamentos, perfumes). Garrafeira Engradado de madeira ou material plástico destinado a conter garrafas. 48 Latas Normalmente possuem corpo cilíndrico, com tampa e fundo. Utilizadas para acomodar líquidos, pastas ou sólidos em conserva. Potes plásticos Moldados em diferentes formas e tamanhos, utilizados principalmente para armazenar alimentos, tais como iogurtes e margarinas. Sacos de papel multifolhados Embalam materiais de construção (cimento, cal), produtos químicos, açúcar, café, farelos, cacau, sal. Sacos têxteis Utilizados para embalar produtos agrícolas que necessitam de ventilação. Embalam também produtos industrializados como açúcar e farinha. Sacos plásticos Utilizados para embalar principalmente cereais. Fabricados de polipropileno em diversos tamanhos, possuem resistência superior à de outros sacos. Muito utilizados para acondicionar fertilizantes, rações e produtos granulados, dentre outros. 49 Fonte: Adaptado de Moura e Banzato (1990) Tambor Utilizado para acondicionar materiais líquidos ou sólidos, em grãos ou em pó. Adequado para acondicionar tintas, sólidos, pastas, pós e produtos químicos. 50 a 1) Julgue verdadeiro ou falso. A unitização é o processo de agrupamento de embalagens ou volumes em uma carga maior. Verdadeiro ( ) Falso ( ) 2) Julgue verdadeiro ou falso. Para cada tipo de produto são indicadas embalagens específicas, que devem ser projetadas e fabricadas da maneira mais compatível possível com as características das mercadorias. Verdadeiro ( ) Falso ( ) Atividades 51 Referências ANDRADE, R. E. A regulação da concorrência: uma visão panorâmica. In: Rogério Emílio de Andrade. (Org.). Regulação pública da economia no Brasil, Campinas, Edicamp, v. 1, 1. ed., p. 131-151, 2003. ANFAVEA – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores. 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Transportador Autônomo de Cargas – TAC MÓDULO 1 – PARTE 2 55 UNIDADE 4 | NOÇÕES DE LIVRE CONCORRÊNCIA E MERCADO REGULADO 56 Unidade 4 | Noções de Livre Concorrência e Mercado Regulado Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à unidade 4! Um dos aspectos importantes que devem ser conhecidos pelos profissionais e pelas empresas de transporte está relacionado ao funcionamento do mercado em que atuam. É necessário compreender as diferenças entre mercados de livre concorrência e mercados regulados, além de compreender as dinâmicas dos mercados de transporte de cargas. Bons estudos! 1 O Princípio da Livre Concorrência Você sabe o que significa dizer que existe livre concorrência? A livre concorrência é imprescindível para o funcionamento do sistema capitalista. Ela existe quando se pode verificar a presença de diversos produtores ou fornecedores de um mesmo produto ou serviço concorrendo entre si (PANTONI, 2011). E por que a livre concorrência pode ser benéfica? Quando duas ou mais empresas concorrem entre si, elas são forçadas a aprimorar seus métodos e técnicas, impactando positivamente nos custos e nos preços cobrados dos consumidores. Em situações como esta, em geral, os consumidores são beneficiados e a economia de mercado alcança maior êxito. A concorrência é um dos alicerces da economia liberal e tem por finalidade assegurar o regime de economia de mercado. Segundo Pantoni (2011), um dos pressupostos da concorrência é a não existência de monopólio ou qualquer outra forma de distorção do mercado livre, como os oligopólios ou monopsônios. A livre concorrência traz consigo a ideia de competição entre pessoas e empresas na busca de um do mesmo objetivo ou vantagem, desde que estejam atuando em condições de igualdade. Para Pantoni (2011), na área econômica, este conceito representa a disputa entre as empresas para atender a uma maior quantidade de consumidores, e assim fazer crescer e obter maior e melhor espaço no mercado. Bagnoli (2005, p. 61) esclarece 57 que o mercado com livre concorrência é aquele que apresenta condições para que os agentes econômicos (empresas, fornecedores, vendedores) tenham oportunidade de competir de forma justa no mercado, destacando-se por sua qualidade e eficiência. No entanto, nem sempre o fato de ter um mercado com muitos competidores faz dele um mercado livre. Nesse sentido, devemos diferenciar a livre concorrência da livre iniciativa. A livre iniciativa significa a possibilidade de os agentes econômicos entrarem no mercado sem que o Estado crie obstáculos. Já a livre concorrência significa que os agentes econômicos competem entre si em condições de igualdade. Portanto, é muito mais simples garantir a livre iniciativa do que a livre concorrência! Pantoni (2011) ressalta que, apesar de distintos, a livre iniciativa e a livre concorrência são conceitos complementares. Só há livre concorrência quando existe livre iniciativa (BASTOS, 2004, p. 144). Segundo esta autora, a livre iniciativa caracteriza-se pela liberdade individual de ação no plano da economia. Já a livre concorrência se apresenta como o “princípio econômico” pelo qual o livre jogo das forças determina os preços praticados. Como assim? Ora, em um mercado de livre concorrência os preços são estabelecidos de acordo com uma concorrência entre as empresas. Quanto maior a concorrência,menores tendem a ser os preços. Segundo Andrade (2003, p. 131-151), em um mercado ideal, ou seja, onde ocorre concorrência, as empresas têm dimensão pequena em relação ao tamanho do mercado em que atuam. Por este motivo, nenhuma empresa tem condições de definir isoladamente os preços no mercado. 58 2 Concentração na Oferta ou na Demanda Nem todos os mercados funcionam em ambientes de concorrência perfeita, sendo, alguns, imperfeitos (monopólios, oligopólios, monopsônios, oligopsônios). Nesses casos, existe apenas uma ou poucas empresas que abastecem o mercado ou apenas um ou poucos consumidores para um mesmo produto. 2.1 Monopólios e Oligopólios No monopólio, existe apenas uma empresa que vende determinado produto ou serviço. Ela atua sem qualquer tipo de concorrência, ou seja, ela tem maior poder de estabelecer seus preços, pois os consumidores só possuem uma alternativa para a compra. Por esta razão, o preço será em geral mais alto, e a produção, menor, o que resulta em situação de ineficiência. Nesses casos, o monopolista pode optar por diminuir sua produção para elevar os preços até atingir o ponto em que a quantidade produzida gere à empresa o lucro máximo (CADE, 2015). e Apesar de trabalhar sem concorrentes, não é incorreto dizer que a empresa pode colocar qualquer preço. Segundo Varian (2006), mesmo em situação de monopólio, ela sempre dependerá da existência de consumidores dispostos a pagar o preço desejado pela empresa. Além dos preços mais elevados, o monopólio tem outros efeitos negativos. Mayer (2009) ressalta que, por dominar o mercado, o monopolista não possui interesse em buscar ou implementar inovações tecnológicas, seja para reduzir seus custos, seja para melhorar o serviço que oferece ou o produto vendido a seus consumidores. Mas não é apenas o consumidor que sai perdendo... 59 No longo prazo, o monopolista permanece estagnado e afeta sua própria capacidade de monopólio. Por não acompanhar as constantes evoluções na produção, ele abre espaço para que empresas mais modernas entrem no mercado e acabem com o monopólio. Talvez você já tenha ouvido falar, também, dos monopólios naturais. Neste tipo de mercado, os investimentos iniciais necessários são muito elevados e os custos marginais são muito baixos. O alto valor do investimento inicial faz com que apenas uma ou poucas empresas tenham força e capacidade para implementar a infraestrutura mínima necessária. Uma vez construída a rede de fornecimento, que representa o maior investimento, os custos de uma unidade adicional (uma expansão, por exemplo) são proporcionalmente baixos. Os monopólios naturais são caracterizados, por serem bens exclusivos, e com muito pouca ou nenhuma rivalidade. Esses mercados são geralmente regulamentados pelos governos e possuem prazos de retorno muito grandes, por isso funcionam melhor quando são protegidos, ou seja, quando o governo concede exclusividade na exploração de determinado serviço durante um longo tempo, com a finalidade de garantir o retorno dos investimentos. Geração e distribuição de energia elétrica e fornecimento de água são exemplos clássicos de monopólios naturais. Em geral, o monopólio natural é a forma mais eficiente de se produzir um bem ou serviço. Essa situação é geralmente observada quando existem elevadas economias de escala ou de escopo em relação ao tamanho do mercado (CADE, 2015). Nos mercados do tipo oligopólio não há exclusividade. Nesses casos, existem poucas empresas relativamente grandes, sendo que cada uma delas representa um percentual elevado do mercado. No entanto, mesmo que não exista exclusividade, essas poucas empresas possuem grande poder de mercado e uma grande fatia de consumidores garantida. h É importante ressaltar que existem diferenças entre o oligopólio e o cartel. Ambas as formas são combatidas, pois o oligopólio tende a levar o mercado a uma situação de ineficiência e preços mais elevados. Mas, o Cartel é crime! 60 O oligopólio é algo espontâneo e se caracteriza pela junção de alguns produtores que têm a percepção de que é mais lucrativo agir de maneira interdependente do que de forma solitária. Ele prejudica os consumidores por não terem muitas alternativas de escolha e deve ser evitado. A Constituição Federal protege a livre iniciativa, os direitos dos consumidores e a liberdade de trabalho, combatendo o monopólio e o oligopólio por serem prejudiciais para os consumidores, mas entende que estas não são situações ilegais. Por outro lado, a Constituição Federal (CF) criminaliza práticas de dumping, e cartéis, entre outras, que incidem de forma negativa sobre a ordem econômica, situações previstas no artigo 4 da Lei nº 8.137/90 (BRASIL, 1990). O dumping se caracteriza por ser a venda de um produto por um valor menor que o de mercado e o de custo, de forma a eliminar a concorrência. O cartel é uma união de empresas que tem como objetivo aumentar o preço dos produtos ou restringir a oferta para os consumidores, dominando assim o mercado e suprimindo a livre iniciativa. 2.2 Monopsônios e Oligopsônios Uma quantidade pequena de empresas e a falta de concorrência afetam o funcionamento do mercado. Além disso, são ainda consideradas estruturas de concorrência imperfeita os casos em que a quantidade de consumidores é pequena e capaz de influenciar fortemente os preços de mercado. Essas estruturas são chamadas monopsônios e oligopsônios e foram explicadas pela primeira vez por Robinson (1960). Monopsônios são as estruturas de mercado que possuem inúmeros vendedores, mas apenas um comprador, chamado de monopsonista. 61 O monopsônio é inverso ao caso do monopólio, no qual existe apenas um vendedor e vários compradores. Um comprador monopsonista tem grande poder de mercado e pode influenciar os preços de um determinado bem, variando apenas a quantidade comprada. Tal situação ocorre, por exemplo, quando uma grande empresa de molho de tomate compra sozinha toda a produção de tomates de uma localidade. Se ela for a única empresa de molho da região, os produtores são praticamente obrigados a vender toda a sua produção pelo preço que a empresa oferece. Eles até poderiam vender para outra empresa, localizada mais distante, mas, os custos da operação e do transporte acabariam inviabilizando o negócio e trazendo riscos de perda da safra. Condição semelhante também pode ser encontrada em mercados com mais de um comprador (mais de uma empresa que compre os mesmos produtos), mas cuja quantidade de compradores seja suficientemente pequena o suficiente para lhes garantir o poder de compra. O conjunto de poucas empresas compradoras acaba sendo mais forte do que o conjunto de muitos produtores. Nesse caso, o mercado é chamado de oligopsônio. O oligopsônio é inverso ao caso do oligopólio, este caracterizado pela existência de apenas alguns vendedores e vários compradores. Os oligopsonistas têm poder de mercado e podem influenciar os preços de determinado bem, variando apenas a quantidade comprada. Essa estrutura é intermediária entre a de monopsônio e a de mercado plenamente competitivo. 62 3 Mercado Regulado O princípio da livre concorrência está previsto no artigo 170, inciso IV da Constituição Federal (CF) e baseia-se no pressuposto de que a concorrência não pode ser restringida por agentes econômicos com poder de mercado (CADE, 2015). Nesse sentido, a Regulação dos mercados tem como principal intuito garantir a livre concorrência, ou seja, garantir que todos os agentes econômicos possam atuar em condições de igualdade. É importante esclarecer que a Constituição não condena o exercício do poder econômico. Ela busca evitar situaçõesde abuso, as quais devem ser alvo de intervenção estatal, coibindo excessos, tais como os cartéis e monopólios de fato, que possam atrapalhar o livre funcionamento das estruturas do mercado. Na década de 1990, o Brasil passou por uma Reforma Administrativa que alterou algumas relações do Estado com a sociedade. Um dos aspectos principais foi a criação de Agências Reguladoras, que têm a atribuição de fiscalizar e regularizar setores da economia no Brasil. Com a criação das agências, a prestação direta de alguns serviços públicos foi repassada à iniciativa privada, ficando estas com a tarefa de monitorar o funcionamento dos serviços, e de regular o setor quando necessário (FERNANDES, 2003). O Estado preservou a atuação direta em algumas atividades, como o poder de polícia e a regulação econômica. Nas demais atividades, o Estado transferiu a tarefa de prestar o serviço para a iniciativa privada e passou a aprimorar a regulação em diversos setores por meio da atuação das Agências Reguladoras (SILVA, 2002). O CADE (2015) pontua algumas vantagens do mercado regulado. Segundo o Conselho, em um mercado em que há concorrência entre os produtores de um bem ou serviço, os preços praticados tendem a manter-se nos menores níveis possíveis. Portanto, para conseguirem permanecer no mercado, as empresas precisam buscar constantemente formas de se tornarem mais eficientes, e assim aumentar os seus lucros. À medida que tais ganhos de eficiência são conquistados e difundidos entre os produtores, ocorre uma readequação dos preços, que beneficia o consumidor. 63 A livre concorrência não garante apenas que os consumidores sejam beneficiados com preços menores. Mercados nos quais as empresas são obrigadas a competir estimulam a criatividade e a inovação das empresas. No entanto, nem toda norma dirigida aos agentes econômicos pode ser considerada uma atividade regulatória. As Agências precisam assegurar a prestação de serviços adequados, de qualidade, não se limitando a normas negatórias, e devendo ser prescritivas, identificando especificamente o que a empresa regulada pode e deve fazer (SILVA, 2002). Fernandes (2003) ressalta que a atividade econômica não precisa apenas ser regulada. É necessário que existam mecanismos regulatórios que garantam a adequada prestação de serviços públicos. Assim, percebe-se a nítida intervenção estatal regulatória a partir das prescrições de normas, processos técnicos, e padrões mínimos a que os agentes econômicos, que desejem atuar no respectivo setor econômico regulado, devem obedecer (SILVA, 2002). 64 a 1) Julgue verdadeiro ou falso. Monopsônios são as estruturas de mercado que possuem inúmeros vendedores, mas apenas um comprador, chamado de monopsonista. Verdadeiro ( ) Falso ( ) 2) Julgue verdadeiro ou falso. A livre concorrência não garante apenas que os consumidores sejam beneficiados com preços menores. Verdadeiro ( ) Falso ( ) Atividades 65 Referências ANDRADE, R. E. A regulação da concorrência: uma visão panorâmica. In: Rogério Emílio de Andrade. (Org.). Regulação pública da economia no Brasil, Campinas, Edicamp, v. 1, 1. ed., p. 131-151, 2003. ANFAVEA – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores. 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