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DESCRIÇÃO O conhecimento de materiais de construção como condicionantes para a qualidade e o desempenho de estruturas e edificações. PROPÓSITO Compreender as características dos diversos materiais empregados na Construção Civil, visto que é por meio do emprego desses insumos que as edificações são executadas. PREPARAÇÃO Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha em mãos papel, caneta e uma calculadora científica, ou use a calculadora de seu smartphone/computador. OBJETIVOS MÓDULO 1 Descrever os tipos de materiais, suas características e propriedades MÓDULO 2 Reconhecer os aspectos relacionados à seleção, ao armazenamento, à aplicação, ao uso e à deterioração dos diversos tipos de materiais de construção MÓDULO 3 Identificar o propósito e aplicabilidade das Normas Brasileiras, bem como as Normas de desempenho e qualidade relativas aos materiais de construção MÓDULO 4 Reconhecer a importância da sustentabilidade nas edificações, nos novos materiais e inovações INTRODUÇÃO MÓDULO 1 Descrever os tipos de materiais, suas características e propriedades A DIVERSIDADE DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO A formação profissional de um engenheiro civil ou arquiteto exige estudo, conhecimento técnico e manuseio de um instrumental propícios ao trabalho edilício. O domínio dos materiais e da tecnologia da construção é uma ferramenta imprescindível para os especialistas no campo das edificações. É de capital importância uma especificação de materiais que resista aos esforços das estruturas. Do mesmo modo, o conhecimento das propriedades e características dos inúmeros itens aplicados em uma obra como forma de garantir, no resultado da edificação, solidez, durabilidade, economia, qualidade estética, entre outros aspectos. Chamamos de “material de construção” todo e qualquer material utilizado na construção de uma edificação, desde o início, a partir da locação e infraestrutura, até a fase final, com os acabamentos. A execução de uma obra abrange o emprego de uma infinidade de itens, dos quais estudaremos os mais importantes. Esses materiais estão diretamente relacionados às técnicas de construção, uma vez que, para a devida utilização de cada um deles, corresponde a uma técnica específica de emprego. Fonte: Shutterstock.com Materiais de construção diversos. O estudo dos materiais de construção consiste no conhecimento de suas matérias-primas, seu processamento e/ou fabricação, bem como suas características (físicas, químicas e mecânicas). A adoção dos materiais está diretamente ligada à evolução da tecnologia em termos técnicos, estéticos e financeiros, tanto quanto às questões relacionadas à sustentabilidade do planeta. Fonte: Shutterstock.com Placas de drywall empregadas como fechamento de paredes de uma edificação. Atualmente, os materiais básicos que edificam as construções não se limitam mais a matérias- primas brutas como pedras, tijolos ou madeira. Blocos de concreto, painéis pré-moldados, paredes drywall, são alguns exemplos que substituem os materiais tradicionais. A aplicação desses novos insumos na Construção Civil acarreta vantagens como rapidez de execução e racionalização da obra. Avanço mais significativo ainda se dá em relação aos materiais de acabamentos e arremates, que atualmente não se limitam a argamassa, cerâmicas, pedras, madeiras, mas a grande maioria deles é produzida sinteticamente pela indústria. Fonte: Shutterstock.com A gama de opções de materiais simples ou compostos, obtidos diretamente da natureza ou elaborados industrialmente para diversos usos, é muito variada, assim como as propriedades e as variedades de um mesmo material. FATORES ECONÔMICOS SÃO ESSENCIAIS PARA QUALQUER OBRA. DESSA FORMA, A ECONOMIA EM UMA OBRA ESTÁ DIRETAMENTE LIGADA À CORRETA ESPECIFICAÇÃO DOS MATERIAIS, À RELAÇÃO CUSTO-BENEFÍCIO — NÃO NECESSARIAMENTE O MATERIAL DE MENOR CUSTO TERÁ UM MELHOR DESEMPENHO EM LONGO PRAZO. Para os profissionais se manterem atualizados em relação ao conhecimento dos materiais e suas propriedades é imprescindível que haja orientação sobre a melhor escolha entre eles. A adoção de um ou de outro material é definidora da conceituação de determinado projeto, uma vez que a forma, o uso, e a função de um espaço estão diretamente relacionados ao tipo de material utilizado na execução desse ambiente. Fonte: Shutterstock.com Na Construção Civil, existem materiais que são utilizados há muitos anos da mesma forma, tal como a madeira para a estrutura de sustentação de um telhado. Fonte: Shutterstock.com E outros que evoluem constantemente. É o caso dos revestimentos de piso, que em poucas décadas saíram da cerâmica de barro esmaltada e queimada para os porcelanatos de alta resistência. Essa evolução relativa aos materiais de construção não é um processo recente. Desde os povos primitivos, são utilizados, primeiramente, os materiais em estado bruto, exatamente como eram encontrados na natureza, sem qualquer transformação. Posteriormente, executavam-se pequenos processos de transformação, como em lanças ou machados de pedra ou sílex (rocha muito dura que, quando quebrada, deixa arestas cortantes), por exemplo. Durante o processo evolutivo do homem surgiram necessidades que levaram à transformação desses materiais de maneira simplificada, a fim de facilitar o seu uso. Assim, o homem começou a lapidar a pedra, a cortar a madeira e a moldar a argila. Fonte: Shutterstock.com O concreto é um significativo exemplo de evolução de materiais e técnicas construtivas que surgiu da necessidade de se utilizar um material resistente como a pedra, mas que se modelasse às necessidades construtivas. Criado pelos romanos, ficou esquecido por mais de 1.000 anos (desde a queda do Império) até ser reinventado no final do século XIX. Os materiais evoluem continuamente como forma de satisfazer às necessidades crescentes da humanidade de modo cada vez mais rápido e com exigências cada vez maiores quanto à sua qualidade, durabilidade e custo. Não se pode falar, atualmente, em evolução tecnológica dos materiais construtivos sem levar em consideração um cenário sustentável no qual a produção e o emprego priorizem o meio ambiente. DICA Materiais mal empregados ou erroneamente especificados acabam prejudicando a durabilidade e a funcionalidade dos espaços que compõem, gerando gastos maiores, ocasionando eventualmente patologias incuráveis, cuja solução única é a remoção do material. O profissional deve estar sempre atualizado para melhor usufruir de padrões construtivos mais avançados de seu tempo. Entre outros aspectos, a escolha dos materiais a serem empregados em determinada edificação deve levar em consideração principalmente: CONDIÇÕES TÉCNICAS O material deve possuir essencialmente as propriedades que o capacitem para o uso a que se destina. Entre tais propriedades estão trabalhabilidade, resistência, durabilidade, higiene e segurança, bem como as questões ligadas à sustentabilidade. CONDIÇÕES ECONÔMICAS O material deve satisfazer às necessidades de sua aplicação com a melhor relação custo- benefício. Deve-se levar em consideração não apenas o possível valor reduzido de aquisição, mas também a composição com a aplicação e a manutenção, visto que toda e qualquer obra precisa de serviços de manutenção após sua finalização e entrega. Da manutenção correta depende a durabilidade da edificação. CONDIÇÕES ESTÉTICAS Há mais de 2.000 anos, Vitruvius — Marcus Vitruvius Pollio (80 a. C. – 15 a. C.), arquiteto romano, escreveu o Tratado De Architectura, em 10 volumes, aproximadamente entre 27 e 16 a. C. — preconizava que toda edificação deve estar calcada em um tripé: firmitas, utilitas e venustas, ou seja, “solidez”, “utilidade” (função) e “estética” (beleza). Desse modo, em uma edificação é inconcebível pensarmos apenas nas questões técnicas em detrimento àquelas de “aparência agradável”, uma vez que a estética influencia a qualidade de vida do usuário. Destacamos aindaas questões de conforto ao ser humano, questões estas não menos importantes, como: conforto térmico, conforto acústico, dentre outros. A escolha e a adoção dos materiais de construção básicos, bem como de acabamentos, influenciam na qualidade final da obra. AS CARACTERÍSTICAS DOS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Os materiais se caracterizam e se distinguem a partir de suas qualidades exteriores e são conhecidos e identificados por suas propriedades e por seu comportamento perante agentes externos. As características dos materiais de construção são as respostas que eles oferecem quando estimulados por dois principais fenômenos, geralmente externos: FENÔMENOS FÍSICOS javascript:void(0) Ação mecânica (uma batida); ação térmica (calor do sol); ação elétrica (para o caso das fiações). FENÔMENOS QUÍMICOS Ataque por ácido (durante uma limpeza); radiação (para o caso de hospitais e clínicas); solubilização (envelhecimento artificial). Também são características próprias de cada material outros aspectos, como: peso, volume, durabilidade, entre outros. Eles existem independentemente de haver estímulo. AS PRINCIPAIS CLASSIFICAÇÕES E PROPRIEDADES DOS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Existem vários critérios de classificação dos materiais de construção, e uma possibilidade é destacar como principais a classificação quanto à origem, à função, à aplicação e à natureza ou composição do material. Sobre a ORIGEM, ou modo de aquisição, os materiais de construção podem ser classificados em: Fonte: Shutterstock.com Monte de areia sendo removido para utilização em uma obra de grande porte. javascript:void(0) NATURAIS São aqueles encontrados na natureza, prontos para serem utilizados in natura, ou que necessitam de um pequeno processo de tratamento, como uma lavagem ou ainda de um desdobro ou beneficiamento, sem alterar ou comprometer sua estrutura molecular, para posteriormente serem utilizados. A areia (às vezes precisa ser lavada), a pedra (precisa ser “quebrada”) e a madeira (precisa ser cortada) são alguns exemplos. Fonte: Shutterstock.com Feixe de vergalhões de aço. ARTIFICIAIS São materiais que necessitam de processos industriais para serem utilizados, ocorrendo mudanças em suas propriedades físico-químicas antes de serem aplicados em uma obra. Apenas para citar alguns exemplos simplificados: tijolos e telhas (embora sejam feitos de barro, são cozidos no forno), e aço (cujo minério é acrescido de outros elementos químicos como, o carbono, e passa por um processo industrial) são bem simbólicos. Fonte: Shutterstock.com COMBINADOS (SIMPLES) São aqueles obtidos pela combinação entre materiais naturais e/ou produtos artificiais. É, por exemplo, o caso dos concretos (que usam areia, pedra e água, que são naturais, e cimento, que é artificial) e das argamassas (que usam areia e água, que são naturais, e cal e cimento, que são artificiais). Quanto às possibilidades em que serão empregados, ou seja, em relação à sua FUNÇÃO, os materiais de construção podem ser classificados em: MATERIAIS ESTRUTURAIS São aqueles empregados nos elementos estruturais que suportam as cargas e/ou todos os esforços atuantes na estrutura. O concreto, o aço e a madeira são exemplos muito comuns de materiais utilizados para esse fim. MATERIAIS DE VEDAÇÃO Sem função estrutural, esses materiais servem apenas para isolar e fechar os ambientes nos quais são empregados, bem como para proteção contra intempéries, como os tijolos de vedação, as placas de drywall e os vidros. MATERIAIS DE PROTEÇÃO São utilizados para proteger e aumentar a durabilidade e a vida útil dos materiais de acabamento ou mesmo daqueles que são aplicados em estado bruto (como o concreto aparente, por exemplo), por consequência, prolongando também a qualidade da edificação. Nessa categoria, podemos citar tintas, verniz e produtos de impermeabilização. Destacamos também que o material adequado de proteção aumentará o intervalo das futuras manutenções prediais. Em relação à APLICAÇÃO, eles podem ser usados de maneira isolada ou combinada com outro material. Simples ou básico: Podem ser aplicados de forma independente, como o tijolo e as telhas. Compostos simples: São aplicados em conjunto, como é o caso da argamassa e do concreto (precisamos de uma forma, de uma armação e algumas vezes aditivos para que ele desempenhe sua função estrutural). Nesta categoria entram também os materiais auxiliares ou de revestimentos, que são empregados no revestimento ou complementação de uma obra, como as cerâmicas, os azulejos, os porcelanatos, os materiais pétreos (mármores e granitos) etc. Quanto à NATUREZA ou COMPOSIÇÃO DO MATERIAL, a classificação ocorre em função da composição química (como os átomos dos elementos químicos que os compõem se ligam, se agrupam e se organizam), bem como do comportamento dos materiais. Por isso, um agrupamento possível é serem divididos em quatro categorias: cerâmicos, metálicos, poliméricos e compósitos. A título de conhecimento, no campo da Construção Civil ainda existe outra classificação complementar, no mesmo nível dos compósitos: semicondutores e biomateriais, que são menos relevantes para o nosso estudo. Lembramos que as ligações químicas são as combinações dos átomos como meio de formar os materiais e, por sua vez, possuem uma configuração eletrônica estável, de modo que compartilham seus elétrons entre si. A maioria das propriedades dos materiais está diretamente associada aos arranjos atômicos e às interações existentes entre átomos e moléculas. Podemos dizer que as propriedades características dos materiais estão diretamente ligadas à sua microestrutura (arranjo básico de uma estrutura atômica prótons + elétrons + outras partículas), bem como de seu processo de fabricação, por meio do qual são elaboradas as peças desse material. CERÂMICOS São materiais inorgânicos e não metálicos. Sua formação se dá por meio da ação do calor (queima em fornos) e posterior resfriamento. Assim, apresentam a característica de resistir a altas temperaturas e à abrasão (desgaste por fricção, raspagem, arranhão). Genericamente, apresentam como característica dominante: elevada dureza, alta fragilidade (quebram-se facilmente), alta densidade (são muito pesados) e quase sempre são isolantes térmicos e elétricos. Entre eles, citamos: rochas, areias, cimento, vidro, gesso e materiais argilosos (tijolos, telhas, pisos cerâmicos e porcelanatos, azulejos e louças sanitárias). METÁLICOS São os materiais formados por ligações predominantemente metálicas como o ferro, o alumínio, o cobre (ou suas ligas) etc. Exceto o mercúrio, todos os demais metais são sólidos à temperatura ambiente e bons condutores de calor e energia elétrica. Embora o aço e o titânio sejam materiais de alta resistência, os demais são geralmente de baixa dureza, dúcteis e maleáveis. Existe uma diversidade de níveis de temperatura para a fundição dos metais. Alguns se fundem em altas temperaturas (como o aço), outros em temperaturas menores (como o estanho — componente do bronze (utilizado nem peças hidráulicas). Como exemplo, podemos citar: cobre, alumínio, chumbo e ligas metálicas — aço, bronze, latão, duralumínio —, além das barras de aço utilizadas nas estruturas de concreto armado, perfis metálicos estruturais, formas e escoramentos metálicos. POLIMÉRICOS São materiais orgânicos formados por ligações químicas de materiais mistos que, a partir de processamento industrial, transformam-se em materiais de propriedades variadas a serem empregados em uma infinidade de possibilidades nas edificações. Existe a predominância de materiais dúcteis, que fundem-se em temperaturas não tão altas, têm baixa dureza, baixa densidade e fraca resistência mecânica (quebram-se facilmente), sendo bons isolantes térmicos e elétricos. São basicamente os materiais empregados nas composições de plásticos e borrachas, como os cabos das instalações elétricas, os tubos de PVC nas instalações hidráulicas, alguns tipos de esquadriase portas, as tintas, as fórmicas, o isopor, a borracha, o asfalto e os adesivos. COMPÓSITOS (COMPLEXOS) No campo de estudo dos materiais de construção civil, contemporaneamente, os materiais compósitos são aqueles que alcançam maiores investimentos em novas tecnologias, visto que constituem um grupo de materiais de composição muito diversificada e de grande aplicação no mercado edilício. Eles são o resultado da combinação de mais de dois materiais, cada um com suas respectivas propriedades, mas cuja combinação irá gerar um material de características superiores às de cada componente isoladamente. As propriedades que tornam os compósitos de grande utilidade são obtidas, por exemplo, por meio da inserção de produtos naturais ou sintéticos de partículas ou fibras. Ou seja, pelo acréscimo de outra substância em uma matriz hospedeira, de modo a obter-se uma combinação cujo resultado será de melhor qualidade do que os dois elementos originais apresentados anteriormente. Havíamos visto exemplos de compostos simples, tal como o do concreto e da argamassa; Já para os materiais compósitos, porém, citamos materiais que exigem um processo mais complexo de produção. É o caso dos produtos cimentícios (placas de fibrocimento); ou relativos às madeiras transformadas, como placas de compensado, aglomerado ou MDF (sigla de Medium Density Fiberboard, placa de fibra de média densidade), produtos sintéticos como plásticos e produtos fabricados com o uso de fibra de carbono. Ou, ainda, as misturas com fibra de vidro etc. Lembramos que muitos desses produtos não encontram aplicação apenas na Construção Civil, mas também em outras indústrias como aeronáutica, automobilística e de embalagens. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA. ENTRE MUITOS ASPECTOS, A ESCOLHA DOS MATERIAIS A SEREM EMPREGADOS EM UMA EDIFICAÇÃO DEVE LEVAR EM CONSIDERAÇÃO PRINCIPALMENTE AS QUESTÕES TÉCNICAS, ECONÔMICAS E ESTÉTICAS. POR QUÊ? A) As Condições Técnicas são as propriedades que o capacitam para o uso a que se destina; a Condição Econômica deve satisfazer às necessidades de sua aplicação com a melhor relação custo-benefício e as Condições Estéticas são igualmente importantes, pois a estética influencia a qualidade de vida do usuário. B) As Condições Técnicas são as propriedades que o capacitam para o uso a que se destina; a Condição Econômica deve satisfazer às necessidades de sua aplicação com o menor preço possível, sem levar em consideração a manutenção futura, uma vez que é de responsabilidade do usuário e as Condições Estéticas são igualmente importantes, visto que a estética influencia a qualidade de vida do usuário. C) As Condições Técnicas são propriedades mais importantes do que as demais, pois o material deve resistir aos esforços solicitantes, independentemente de outras características; a Condição Econômica deve satisfazer às necessidades de sua aplicação com a melhor relação custo-benefício e as Condições Estéticas são igualmente importantes, uma vez que a estética influencia a qualidade de vida do usuário. D) As Condições Técnicas são as propriedades que o capacitam para o uso a que se destina; a Condição Econômica deve satisfazer às necessidades de sua aplicação com a melhor relação custo-benefício e as Condições Estéticas são as menos importantes, uma vez que o gosto harmonioso depende do usuário com influência sobre sua qualidade de vida. E) As Condições Técnicas são as propriedades essencialmente de maior resistência do material; a Condição Econômica deve satisfazer às necessidades de sua aplicação com o melhor preço possível e as Condições Estéticas são as menos importantes, uma vez que o gosto harmonioso depende do usuário com influência sobre sua qualidade de vida. 2. QUANTO À NATUREZA OU COMPOSIÇÃO DO MATERIAL, A CLASSIFICAÇÃO OCORRE TAMBÉM EM FUNÇÃO DA COMPOSIÇÃO QUÍMICA — COMO OS ÁTOMOS DOS ELEMENTOS QUÍMICOS QUE OS COMPÕEM, OS QUAIS SE LIGAM, SE AGRUPAM E SE ORGANIZAM. ASSIM, UM AGRUPAMENTO PODE SER DIVIDIDO NAS SEGUINTES CATEGORIAS DE MATERIAIS: A) Cerâmicos, metálicos, poliméricos, compósitos, estruturais e de vedação. B) Cerâmicos, de proteção, básicos metálicos, poliméricos e compósitos. C) Cerâmicos, metálicos, poliméricos e compósitos. D) Estruturais, de vedação, de proteção e básicos. E) Naturais, artificiais, poliméricos, compósitos, estruturais e de vedação. GABARITO 1. Assinale a alternativa correta. Entre muitos aspectos, a escolha dos materiais a serem empregados em uma edificação deve levar em consideração principalmente as questões técnicas, econômicas e estéticas. Por quê? A alternativa "A " está correta. Esses tópicos são fundamentais para o sucesso de um empreendimento, visto que as Condições Técnicas garantem a solidez da obra, as Econômicas proporcionam a rentabilidade esperada do empreendimento e as Estéticas propiciam bem-estar ao cliente. 2. Quanto à NATUREZA ou COMPOSIÇÃO DO MATERIAL, a classificação ocorre também em função da composição química — como os átomos dos elementos químicos que os compõem, os quais se ligam, se agrupam e se organizam. Assim, um agrupamento pode ser dividido nas seguintes categorias de materiais: A alternativa "C " está correta. Quanto à natureza ou composição do material, a classificação ocorre em função de como seus átomos estão agrupados e, consequentemente, como se comportam formando os diversos elementos. Esses, por sua vez, quando reagrupados formam novos materiais. MÓDULO 2 Reconhecer os aspectos relacionados à seleção, ao armazenamento, à aplicação, ao uso e à deterioração dos diversos tipos de materiais de construção SELEÇÃO E UNIDADES DIMENSIONAIS BÁSICAS DOS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Para a seleção dos materiais de construção, cujo objetivo é uma aplicação criteriosa, assertiva e devidamente adequada ao uso em determinada edificação, um material deve satisfazer, básica e simultaneamente, a três condições fundamentais: TÉCNICAS Ser tecnicamente estável, seguro e durável. ECONÔMICAS Ter a menor relação custo-benefício entre as possibilidades analisadas. ESTÉTICAS Ser agradável e que contemple às expectativas do cliente. OS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO SÃO TAMBÉM ANALISADOS TENDO EM VISTA: Obtenção Extração ou Fabricação; Propriedades ou Características Utilização Condições de Emprego A seleção dos materiais apropriados está diretamente ligada a esses tópicos, os quais nos exigem o conhecimento de suas grandezas, como veremos a seguir: javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) PROPRIEDADES FÍSICAS São grandezas que numericamente caracterizam os materiais, porém devemos observar que existem propriedades específicas dos materiais (o fato do concreto ser moldável e mais resistente a compressão) e propriedades específicas de peças produzidos com esses materiais (o formato de uma viga de concreto que sustenta determinado vão que a princípio deve ter uma altura maior que a sua largura). CARACTERÍSTICAS INTENSIVAS No estudo de Físico-Química, as características intensivas são propriedades que independem da massa da amostra, como a densidade, ou seja, não variam de acordo com o tamanho ou quantidade de matéria. Exemplo: Independentemente da quantidade de certo líquido num recipiente, a temperatura medida será a mesma. Assim, dizemos que a temperatura é uma característica intensiva da matéria. CARACTERÍSTICAS EXTENSIVAS São características que dependem da massa de material, bem como do volume, ou seja, das dimensões das peças. Para facilitar a compreensão, imaginemos duas peças de uma mesma madeira, uma pequena (como um pé de mesa) e outra grande (como uma viga de um telhado). Cada uma das peças terá seu próprio volume — que é uma característica extensiva —, entretanto a densidade é a mesma para ambas, pois a densidade é uma característica da madeira e não do tamanho ou da forma dessas peças. MASSA UNITÁRIA (D) A massa unitária de um material é a relação entre a massa (M) de determinada quantidade desse material e o volumeaparente (Vap) ocupado por essa massa. Segundo a NBR 7810, a massa unitária é a massa da unidade de “volume aparente” de um agregado. Por exemplo, incluir na medida desse volume os vazios entre os grãos. Sua unidade é a razão entre uma unidade de massa e uma unidade de volume expressa em g/cm3 (grama por centímetro cúbico); kg/m3 (quilograma por metro cúbico); kg/l (quilograma por litro), entre outras. VOLUME APARENTE É o volume de material considerando os vazios internos existentes neste e os vazios entre os grãos nele existente. O volume aparente é o volume do recipiente que o contém. Por exemplo, uma lata cheia contendo pedra britada: o volume aparente dessa pedra será o volume da lata, muito embora existam vazios entre as pedras. PESO UNITÁRIO O peso unitário de um material é definido como a relação (razão/divisão) entre seu peso (P) e seu volume aparente (Vap). Sua unidade é a unidade de um peso (força) por uma unidade de volume: kgf/dm3 (quilograma força por decímetro cúbico); tf/m3 (tonelada força por metro cúbico); N/m3 (Newtons por metro cúbico), entre outras. O peso unitário, bem como a massa unitária, são valores aplicados somente para os materiais granulares, uma vez que sofrem influência do tamanho do grão. Por exemplo, para um mesmo material, quanto mais fino for o material (menor for o tamanho dos grãos), maior será o peso unitário. MASSA ESPECÍFICA (M) A massa específica de um material é definida como a relação entre a massa (M) de determinada quantidade desse material e o volume real (Vr) ocupado por ela. Sua unidade é a razão (divisão) entre uma unidade de massa e uma unidade de volume: g/cm3 (grama por centímetro cúbico); kg/m3 (quilograma por metro cúbico); kg/l (quilograma por litro), entre outras. Volume real: é o volume ocupado apenas pelos grãos do material. Não são considerados os vazios existentes entre os grãos. PESO ESPECÍFICO (Γ) O peso específico (γ) é definido como a relação (divisão) entre o peso (P) de determinada quantidade de material e o seu volume real (Vr), lembrando que no volume real não são considerados os vazios existentes entre os grãos. Sua unidade é aquela de determinado peso (força) dividida por determinada unidade de volume: kgf/dm3 (quilograma força por decímetro cúbico); tf/m3 (tonelada força por metro cúbico); N/m3 (newtons por metro cúbico), entre outras. DENSIDADE (Δ) A densidade (δ) de um material é a relação (divisão) entre a massa (M) de certa quantidade de material, e a massa de igual volume de água (Mag). Como trata-se de uma relação entre duas massas [de mesmas unidades – g/cm3 (grama por centímetro cúbico) / g/cm3 (grama por centímetro cúbico) ou kg/m3 (quilograma por metro cúbico) / kg/m3 (quilograma por metro cúbico) etc.], seu resultado é adimensional. DILATAÇÃO TÉRMICA (Α) A dilatação é um fenômeno que ocorre em praticamente todos os materiais e corresponde à alteração de tamanho, aumento ou diminuição de volume em função de uma variação de temperatura. Alguns materiais são mais sensíveis do que outros, alterando suas dimensões com pouca variação de temperatura, enquanto em outros esse fenômeno tem menor influência. O conhecimento desse assunto é de extrema importância, pois muitos dos materiais de construção são metálicos ou possuem componentes que o são e, como sabemos, os materiais metálicos estão mais sujeitos a deformações por temperatura do que muitos outros. Assim, é necessário conhecimento e cuidado na incorporação de materiais metálicos consorciados com outros que possuem coeficiente de dilatação térmica muito diferente, uma vez que a incompatibilidade entre eles pode causar patologias em uma edificação. A identificação numérica das variações de medidas causadas pela temperatura para objetos de forma linear é conhecida como Coeficiente de Dilatação (α) do material e caracteriza-se como a capacidade de uma peça, construída com certo material, de alterar suas dimensões quando submetida a uma temperatura diferente daquela em que se encontrava, ou seja, α é uma unidade de temperatura considerada ao inverso, ou seja, °C-1 ou 1/°C. MÓDULO DE ELASTICIDADE (E) O módulo de elasticidade é a característica mecânica (física) dos materiais de construção. Podemos dizer, em linguagem coloquial, que trata-se de um valor que representa o quanto é fácil ou difícil alongar ou comprimir (estamos falando de deformação desse material) um material quando ele está sujeito a uma força normal à sua seção transversal, ou seja, no sentido longitudinal. O conceito é que, quanto maior for o esforço para deformar um material, maior será o seu módulo de elasticidade. Assim, quanto maior for o módulo de elasticidade, mais difícil será deformá-lo, portanto é menos elástico. Muito embora seja denominado de “módulo de elasticidade”, ele possui como unidade de medida a pressão ou tensão, o Pascal (Pa). O conhecimento dessas unidades de medidas é indispensável para que possamos compreender as aplicações e as dosagens de muitos materiais, principalmente os agregados (como a areia e a pedra que compõem o concreto). ARMAZENAMENTO DOS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Tanto quanto é importante o conhecimento das propriedades e características dos materiais de construção, seu armazenamento no canteiro de obras também é fundamental para garantir a qualidade na empregabilidade desse material, bem como reduzir perdas e aumentar a produtividade, além do aumento de eficiência e maior sustentabilidade. Na Construção Civil, existe uma infinita diversidade e complexidade de edificações, grandes ou pequenas, novas ou reformas, simples ou complexas, públicas ou privadas etc. Independentemente de sua proporção, sempre deveremos providenciar um local para acomodação do material de construção na medida em que ele chega à obra e vai sendo utilizado. Em muitos casos, é possível implantar um “canteiro de obras” — nome que se dá ao local onde armazenamos os materiais de construção desde os básicos até os de acabamento — e sempre são desafios seu planejamento e organização. Fonte: Shutterstock.com Há muita negligência entre os profissionais da área com relação a essa etapa, muito embora seja imperativo o conhecimento sobre como armazenar corretamente tanto os materiais tradicionais quanto os novos materiais de construção. O MAU ARMAZENAMENTO DE INSUMOS PODE ACARRETAR PROBLEMAS QUE GIRAM EM TORNO DE DESPERDÍCIO OU INUTILIZAÇÃO DO MATERIAL (RELATIVAMENTE À SUA APLICABILIDADE NA OBRA), CUJAS CONSEQUÊNCIAS, ALÉM DA POSSIBILIDADE DA OCORRÊNCIA DE PATOLOGIAS FUTURAS, ESTÃO DIRETAMENTE LIGADAS AOS CUSTOS DA OBRA. POR ISSO, O ARMAZENAMENTO E A ORGANIZAÇÃO DOS MATERIAIS SÃO RELATIVAMENTE COMPLEXOS, POIS CADA UM DELES POSSUI CARACTERÍSTICAS PARTICULARES DE CONSERVAÇÃO. INSTRUÇÕES DO FABRICANTE Muitos dos materiais de construção são acompanhados por instruções de armazenamento e manuseio, como o cimento, as argamassas, revestimentos etc. Essas informações devem ser seguidas como forma de garantir as características originais do produto, ou seja, para assegurar suas propriedades na hora de sua utilização. O armazenamento adequado e orientado pelo fabricante, principalmente de materiais mais sensíveis ou com uso específico, deve ser seguido à risca, uma vez que, em caso de defeito ou comportamento inadequado no momento da aplicação, a empresa deve ser responsabilizada, podendo ocorrer até mesmo a troca do material sem custos adicionais. DICA Sempre que possível, devemos manter os materiais nas embalagens originais (principalmente os de acabamento) até o momento da aplicação, como forma de prevenir danos ao material, tanto na armazenagem quanto em eventual transporte. Fonte: Shutterstock.com Paletes armazenados para serem usados. ESPECIFICIDADES DE ARMAZENAMENTO Para cada tipo de material existe uma forma específica de cuidados com o armazenamento. Tais cuidados vão desde proteção contra intempéries (chuva, vento, calor, frio) e maresia (corrosão do aço) até quebra (por estar em local de passagem)furto e erosão, entre outros. Existem materiais que exigem armazenamento na sombra, outros são transportados em paletes. Outros devem ser mantidos embalados até sua utilização etc. PALETES Estrados de madeira, metal ou plástico utilizados para facilitar a movimentação de cargas. javascript:void(0) Apresentaremos abaixo a condição adequada da maioria dos materiais de construção aplicados em uma edificação convencional. Elencaremos, principalmente, aqueles básicos, visto que os materiais de acabamento mais delicados devem obedecer às instruções específicas de cada fabricante para armazenamento, como já apresentamos. AGREGADOS (PEDRA BRITADA, AREIA ETC.) Chamamos de agregados àqueles materiais usados em quase todas as etapas da obra, como pedra britada (ou simplesmente brita) e areia, que tanto quanto a brita possui diversas granulometrias (especificação dos diâmetros do material). Para o caso de materiais agregados, é recomendado que se mantenha distância entre finos e grossos para evitar que o material nas pilhas (ou montes) se misture. Como são usados em abundância, a areia e a brita precisam de cuidados permanentes em seu armazenamento e manuseio nos canteiros de obra. Fonte: Shutterstock.com Montes de brita e areia misturados em suas bases. Uma vez que ocupam grande espaço, costumeiramente ficam ao relento e estão sujeitos às ações das intempéries. Dessa forma, o vento, a água da chuva e o calor do sol podem afetar diretamente seu manuseio. O ideal é que não fiquem expostas ao ar livre por um longo período. Com relação à umidade, que seja ou não proveniente da chuva, a quantidade de água presente nesses materiais é um dos principais fatores responsáveis pelo desperdício nas obras. Também como forma de evitar perdas, deve ser providenciado um local plano, e os agregados separados por granulometria por meio do uso de divisórias, evitando assim a contaminação de um insumo para o outro. CIMENTO, CAL E ARGAMASSAS O cimento, a cal e as argamassas são materiais perecíveis e muito suscetíveis às intempéries, portanto devem ser armazenados em local seco e arejado, ou seja, longe de umidade e da exposição ao sol. Como forma de evitar que esses materiais não absorvam umidade, não devem ser empilhados diretamente no chão, mas sobre estrados de madeira ou paletes a, no mínimo, 10 cm do chão e a 30 cm das paredes e devem ser empilhados próximos uns dos outros de modo a reduzir a circulação do ar e possível ressecamento. O correto empilhamento de materiais é tão importante quanto o local em que está sendo feito seu armazenamento. Para o caso do cimento, o ideal é que o empilhamento seja de, no máximo, 10 sacos de altura como forma de evitar o acúmulo de peso excessivo sobre o material. Eles devem ser dispostos alternadamente, em comprimento e em cruz, e alternadamente de modo que seja garantido o equilíbrio da pilha e de forma a evitar quedas e perda de material. Fonte: Shutterstock.com Sacos de cimentos corretamente acondicionados sobre um palete. TIJOLOS, BLOCOS E TELHAS Insumos como tijolos e blocos são empilháveis, porém, para que a pilha desses materiais esteja segura, é preciso considerar o peso e as dimensões das unidades a serem empilhadas. Um bom empilhamento deve obedecer às seguintes diretrizes: 50 tijolos de comprimento x 10 tijolos de altura x 4 tijolos de largura e distância livre mínima de 80 cm entre uma pilha e outra. Os blocos obedecem a outras diretrizes diferentes, como: altura máxima de 1,20 m x comprimento máximo de 3 m x largura máxima de 3 blocos. As telhas cerâmicas, por sua vez, podem ser armazenadas inclinadas e em locais abertos. Esses materiais básicos também devem ser necessariamente armazenados em piso plano, em local seco e, sempre que possível, cobertos com lona para evitar a excessiva umidade, que dificultará seu manuseio e aplicação. AÇO E DERIVADOS Os vergalhões e as peças de aço devem receber atenção especial por conta da facilidade de deformação ou deterioração, ou seja, risco de oxidação e, consequentemente, comprometimento de suas propriedades mecânicas. Costumeiramente, devemos armazenar separadamente aços de classes e espessuras (diâmetros) diferentes, como forma de evitar erros entre os operários e cortes desnecessários de peças. Também precisamos garantir que as barras não fiquem em contato com o solo, evitando contato constante com a umidade. Recomendando-se, portanto, que sejam empilhadas no mínimo 15 cm acima do nível do piso. MADEIRAS E COMPENSADOS As madeiras e seus derivados (compensados, por exemplo) devem ser armazenadas em locais secos e preferencialmente cobertos, ou pelo menos protegidos com lona plástica como forma de evitar a ação direta das intempéries, como a chuva e o calor do sol, pois sob a ação desses elementos pode haver deformação do material. Fonte: Shutterstock.com Madeiras devidamente armazenadas. Para ripas, caibros e tábuas de madeira, um empilhamento conveniente deve ser feito de modo que a pilha fique pelo menos 15 cm acima do nível do solo. Devem estar alinhadas e não exceder 1,50 m de largura e 2,00 m de altura, de modo a garantir que não fiquem empenadas. OUTROS MATERIAIS (ELÉTRICOS, HIDRÁULICOS, TINTAS ETC.) Materiais elétricos e hidráulicos, em geral, devem ser conservados em local seco e coberto, de preferência dentro de caixas (para o caso de conexões) ou cavaletes de madeira (para o caso de tubos). Como a maioria das tintas possui em sua composição substâncias tóxicas ou inflamáveis, o ideal é armazená-las em locais bem ventilados, longe de fontes de calor ou eletricidade, bem como de materiais combustíveis. Tanto quanto os outros materiais compostos de madeira, as portas devem ser acondicionadas em locais secos e protegidos da chuva. O ideal é que sejam armazenadas horizontalmente, entretanto estocá-las na vertical não é necessariamente um problema. Fonte: Shutterstock.com É necessário que todos os envolvidos no planejamento e execução da edificação, desde os engenheiros, técnicos e até mesmo os operários, estejam cientes e sigam corretamente as regras e formas corretas de armazenamento. Dessa forma, conhecendo-se todos os processos, pode-se evitar perda de materiais, além de otimização de tempo e economia com despesas com cada um dos insumos. APLICAÇÃO, USOS E DETERIORAÇÃO DOS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO A aplicação, os usos e a deterioração dos materiais de construção estão diretamente ligados e correlacionados entre si, de modo que, se a aplicação estiver incorreta, implicará uso inadequado ao fim ao qual foi destinado. Por consequência, haverá deterioração precoce do material empregado. Podemos, assim, alternar os tópicos como uso errado de um material bem aplicado etc., que a afirmativa sempre estará correta. Fonte: Shutterstock.com Destacaremos, genericamente, os bons processos, as boas práticas e as boas condições de emprego dos materiais de construção mais usuais. Para serem aplicados em obras, os materiais de construção devem apresentar, pelo menos, boa parte das condições como: RESISTÊNCIA É a condição técnica mínima do emprego do material, que garante o suporte aos esforços que lhe serão impostos e para os quais ele foi projetado, ou seja, resistência mecânica, à umidade, à temperatura, às intempéries (maresia, por exemplo), ou às agressividades do ambiente, acidez ou alcalinidade. DURABILIDADE É a garantia de que foi devidamente aplicado de modo que a resistência perdure pelo período de sua vida útil média. Alguns materiais têm durabilidade de anos, enquanto outros de décadas. Não podemos nos esquecer de que a correta manutenção é que garantirá maior ou menor durabilidade a esse material. TRABALHABILIDADE É a condição intrínseca de utilização do material com manuseio seguro, utilizando-se de ferramentas adequadas e previamente especificadas para sua aplicação. SALUBRIDADE É a condição de aplicação de um material que não seja nocivo à saúde humana (tanto do operário que o aplicaráquanto do futuro usuário) e de animais. São materiais com padrões de higiene que não causam reações (como alergias, para citar um exemplo) ao ser humano ou a animais domésticos, tanto durante sua aplicação quanto durante sua vida útil. Cimento, cal e tintas, por exemplo, podem apresentar menor grau de salubridade durante a aplicação (devido a possíveis alergias ou queimaduras) e portanto devem necessariamente ser aplicados com os devidos cuidados, com o uso de EPIs (Equipamento de Proteção Individual), como máscaras, luvas ou outros que sejam necessários. ECONOMICIDADE A condição econômica é a relação custo-benefício de aquisição, aplicação e manutenção futura do material. Não necessariamente a compra do material mais barato acarretará a melhor condição econômica para determinada edificação. No caso em que a aplicação ou a manutenção tiver valor elevado, o resultado ao longo do tempo será desfavorável. ESTÉTICA E CONFORTO São as condições de emprego de materiais que primem por sensações agradáveis ao usuário. As questões estéticas e de conforto térmico, acústico, lumínico são de fundamental importância para o bom aproveitamento de uma edificação, seja ela comercial, corporativa ou residencial. Devemos lembrar que em qualquer dessas hipóteses o usuário passará grande parte de seu tempo nesses ambientes e a escolha ou a aplicação equivocada de um material de execução básico (paredes muito finas que deixem passar o som, por exemplo) ou materiais de acabamento inadequados (materiais suscetíveis a umidade em áreas molhadas) poderá inviabilizar o uso da edificação. Os materiais de Construção Civil são responsáveis por grande parte do custo da obra. A correta seleção e aplicação são de grande importância para controle financeiro do empreendimento. Economizar é importante, mas a redução do custo não pode ser acompanhada pela perda de qualidade. Assim, a escolha dos materiais depende de vários fatores como sustentabilidade, durabilidade (e manutenção), segurança, economia, entre outros. Uma alternativa contemporânea é o uso de materiais sustentáveis, que vai além da imagem de construção “ecologicamente correta”. Alguns produtos, além de terem custo menor do que os convencionais, podem simplificar os processos de construção. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA: UMA DAS POSSIBILIDADES RELATIVAMENTE ÀS CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICA DOS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO SÃO AS RESPOSTAS QUE ELES OFERECEM QUANDO ESTIMULADOS POR DOIS PRINCIPAIS FENÔMENOS, QUE GERALMENTE SÃO: A) Características intensivas, que são as propriedades que dependem da massa de material, bem como do volume, ou seja, das dimensões das peças e as características extensivas, que por sua vez independem da massa da amostra como densidade, ou seja, não variam de acordo com o tamanho ou quantidade de matéria. B) Características intensivas, que são as propriedades que independem da massa da amostra como a densidade, ou seja, não variam de acordo com o tamanho ou quantidade de matéria, e as características extensivas, que por sua vez dependem da massa de material, bem como do volume, isto é, das dimensões das peças. C) Características intensivas são propriedades que dependem da massa da amostra como densidade, ou seja, não variam de acordo com o tamanho ou quantidade de matéria. Por sua vez, as características extensivas, são características que independem da massa de material, bem como do volume, ou seja, das dimensões das peças. D) Características intensivas são propriedades que independem da massa da amostra como a densidade, por exemplo; visto que variam de acordo com o tamanho da massa e de matéria. Por sua vez, as características extensivas são características que dependem da massa de material, bem como do volume, ou seja, das dimensões das peças. E) Características intensivas são propriedades que independem da massa da amostra como a densidade, por exemplo; visto que variam de acordo com o tamanho da massa e de matéria. Por sua vez, as características extensivas são características que dependem da variação de temperatura, causando alterações nas dimensões das peças. 2. ASSINALE A ALTERNATIVA INCORRETA. A) A aplicação, os usos e a deterioração dos materiais de construção estão diretamente ligados e correlacionados entre si, de modo que, se a aplicação estiver incorreta, implicará que o uso seja inadequado ao fim ao qual foi destinado. Por consequência, haverá deterioração precoce do material empregado. B) Salubridade é a condição de aplicação de um material que não seja nocivo à saúde humana (tanto do operário que o aplicará quanto do futuro usuário) e dos animais. São materiais com padrões de higiene que não causam reações (como alergias) ao ser humano ou a animais domésticos, tanto durante sua aplicação quanto durante a sua vida útil. C) Estética e conforto são as condições de emprego de materiais que primem por sensações agradáveis ao usuário. As questões estéticas e de conforto térmico, acústico, lumínico são de fundamental importância para o bom aproveitamento de uma edificação, seja ela comercial, corporativa ou residencial. D) Os materiais de Construção Civil são responsáveis por grande parte do custo da obra. Dessa forma, a condição econômica é a possibilidade de aquisição pelo menor preço do material, uma vez que, para a lucratividade da obra, é indispensável a redução de custo de cada um dos itens empregados na edificação. E) Para serem aplicados em obras, os materiais de construção devem apresentar, pelo menos, boa parte das condições como: resistência, durabilidade, trabalhabilidade, salubridade, economicidade, estética e conforto. GABARITO 1. Assinale a alternativa correta: Uma das possibilidades relativamente às características físico-química dos materiais de construção são as respostas que eles oferecem quando estimulados por dois principais fenômenos, que geralmente são: A alternativa "B " está correta. Quanto às características intensivas, elas não dependem da massa do material, como é o caso de uma vasilha com algum líquido. A temperatura deste não varia se tiver mais ou menos material, ao passo que as características extensivas dependem da massa de material, ou seja, das dimensões das peças. Quanto maior o tamanho de certo recipiente, maior será o seu volume, independentemente do material em que for produzido. 2. Assinale a alternativa incorreta. A alternativa "D " está correta. Concernente ao custo das edificações, nem sempre o menor valor para certo material traz consigo a melhor condição de aplicabilidade, bem como dispenderá menores valores de manutenção futura. Dessa forma, é a soma desses três fatores que indica o melhor preço para um produto — custo do produto + aplicabilidade + manutenção. MÓDULO 3 Identificar o propósito e aplicabilidade das Normas Brasileiras, bem como as Normas de desempenho e qualidade relativas aos materiais de construção [...] ELAS ESTABELECEM O PAPEL DE CADA AGENTE ENVOLVIDO, DEFINEM RESPONSABILIDADES E CRIAM CONDIÇÕES DE RASTREABILIDADE. ATÉ AGORA, SOMENTE O CONSTRUTOR ERA RESPONSABILIZADO, MESMO QUE O PROBLEMA ESTIVESSE NO PROJETO. A PARTIR DESSE MOMENTO, PASSAM A EXISTIR A RESPONSABILIDADE MAIS COMPARTILHADA E PARÂMETROS PARA REGULAR O MERCADO E AÇÕES JUDICIAIS. (CARLOS ALBERTO DE MORAES BORGES: SOBRE O CONJUNTO DE NORMAS ABNT - NBR 15.575.) NORMAS BRASILEIRAS PARA OS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Da mesma maneira que todos os demais produtos colocados em comercialização, os materiais de construção disponíveis no mercado brasileiro também devem submeter-se a normas e padronizações para segurança da indústria, do comércio e do consumidor. Elaboram-se normas para regularizar a produção, a classificação, a qualidade e o emprego dos diversos materiais. Para tanto, as normas técnicas são alteradas e aperfeiçoadas periodicamente, acompanhando a evolução da tecnologia voltada para a indústria da Construção Civil. EM CADA PAÍS EXISTE UM ORGANISMO CUJA FUNÇÃOÉ ESTABELECER NORMAS QUE PADRONIZEM TODAS AS POSSIBILIDADES TÉCNICAS QUE ENVOLVEM A CONSTRUÇÃO CIVIL, BEM COMO MUITOS OUTROS CAMPOS DO CONHECIMENTO, SUAS ESPECIFICAÇÕES DE MATERIAIS E PROCEDIMENTOS. NO BRASIL, ESSA NORMATIZAÇÃO FICA A CARGO DA ABNT (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS). ABNT Criada na década de 1940, a ABNT tem como escopo de serviço a elaboração de todas as Normas Brasileiras, elaboradas e desenvolvidas por seus diversos Comitês Técnicos, que atuam na coordenação, planejamento e execução em cada um de seus âmbitos de atuação, atendendo às necessidades de produtores e consumidores. O setor da Construção Civil também é regido por inúmeras Normas Técnicas Brasileiras, as “NBRs”, desenvolvidas pela ABNT, e têm como objetivo estabelecer soluções para aumentar a qualidade, a produtividade, a segurança e reduzir custos. São seguramente uma forma de ordenar, rastrear e controlar todo processo da obra, bem como a conformidade dos materiais utilizados na construção. Ao submeter-se e utilizar as normas da ABNT, uma empresa incrementará sua qualidade e competitividade no mercado, terá a garantia da procedência do material destinado à Construção Civil e assim aumentará sua rentabilidade, entre outras possibilidades. javascript:void(0) Fonte: Shutterstock.com As principais finalidades da normatização são: Criar procedimentos Especificação Padronização Ensaios Classificação Uniformizar terminologias Uniformizar simbologias AS ENTIDADES NORMATIZADORAS DOS VÁRIOS PAÍSES SÃO COORDENADAS PELA ISO (INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION) ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DE PADRONIZAÇÃO E POR COMITÊS CONTINENTAIS COMO A COPANT: ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE NORMAS TÉCNICAS. AS CERTIFICAÇÕES ISO SÃO UM MEIO DE PROMOVER A NORMALIZAÇÃO DE PRODUTOS E SERVIÇOS, UTILIZANDO DETERMINADAS NORMAS PARA QUE A QUALIDADE SEJA MELHORADA. No Brasil, além da ABNT, outras entidades também atuam concomitantemente com o mesmo objetivo e dentro de cada uma de suas especificidades: ABCP Associação Brasileira de Cimento Portland. IBC Instituto Brasileiro do Concreto. IBP Instituto Brasileiro do Pinho. ABRAGESSO Associação Brasileira dos Fabricantes de Chapas de Gesso. ABRALISO Associação Brasileira dos Fabricantes de Lãs Isolantes Minerais. CBCA Centro Brasileiro da Construção em Aço. É fundamental para o profissional ligado à área de edificações o conhecimento das normas que regulamentam os padrões de uso de cada material, bem como as técnicas de ensaios dos materiais, entre outras normatizações. A caracterização dos materiais normalmente é feita a partir de ensaios específicos descritos nas nossas normas técnicas, que também padronizam as especificações de materiais, processos de fabricação, acabamentos, forma e dimensões, composição química etc. de uma infinidade de materiais de construção. ATENÇÃO javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) Existem no mercado novos materiais que ainda não possuem normas de controle de qualidade, como também outros sendo comercializados sem certificação, não garantindo a eles atingir os padrões mínimos de qualidade estabelecidos pelas normas. É nosso dever especificar e orientar para que adquiram-se apenas produtos normatizados, que garantam a qualidade e a eficiência de nossas edificações. A ISO 9001 e a ISO 45001 (CONSULTORIA ISO, 2020) são normas que: [...] PODEM ESTABELECER REQUISITOS DE QUALIDADE, DE DESEMPENHO, DE SEGURANÇA OU MESMO NA SUA DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS GERADOS. TAMBÉM ESTABELECEM PROCEDIMENTOS, PADRONIZAM FORMAS, DIMENSÕES, TIPOS, USOS, FIXAM CLASSIFICAÇÕES OU TERMINOLOGIAS, DEFINEM A MANEIRA DE MEDIR OU DETERMINAM AS CARACTERÍSTICAS E OS MÉTODOS DE ENSAIO. De maneira resumida, podemos dizer que a ISO 9001 serve para melhorar a gestão de uma empresa e aumentar a satisfação dos seus clientes, cuja adoção desse sistema de gestão é uma decisão estratégica da empresa. Por sua vez, a ISO 45001 preconiza a melhoria do desempenho de qualquer empresa em termos de Saúde e Segurança do Trabalho (SST). Foi desenvolvida baseando-se em dados coletados pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre pessoas que anualmente morrem de doenças e/ou acidentes de trabalho. EXISTEM, APROXIMADAMENTE, 270 NBRS (NORMAS BRASILEIRAS) RELATIVAS À CONSTRUÇÃO CIVIL. ENTRE ELAS PODEMOS DESTACAR (CONSULTORIA ISO, 2020): “MÉTODOS DE ENSAIO PARA VERIFICAR O DESEMPENHO DO MATERIAL, CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS, DETERMINAÇÕES DAS PROPRIEDADES, PROCEDIMENTOS DE EXECUÇÃO, QUALIFICAÇÃO E GESTÃO DOS RESÍDUOS (INCLUINDO A UTILIZAÇÃO DE RESÍDUOS COMO MATÉRIA-PRIMA).” Diante da necessidade de regulamentação de inúmeros materiais, a ABNT criou um comitê especializado, o CB-002, que atua no desenvolvimento de todas as NBRs da Construção Civil. Entre outras atividades, o comitê auxilia o mercado a prospectar o melhor dos materiais, gerando aumento de produtividade, qualidade, eficiência e respeito ambiental. Neste estudo, seria impossível apresentarmos todas as normas pertinentes à área de edificações. Entretanto, apresentamos algumas NBRs dos principais materiais de uso habitual nas nossas obras: TIJOLOS A NBR 7170, NBR 6460 e NBR 8041 – Tijolos maciços cerâmicos. BLOCOS DE CONCRETO PARA ALVENARIA ABNT NBR 6136 – Bloco de concreto simples para alvenaria estrutural. ABNT NBR 12118 – Blocos vazados de concreto simples para alvenaria – Métodos de ensaio. ABNT NBR 15961(Partes 1 e 2) – Alvenaria estrutural – Blocos de concreto e Execução e controle de obras. ABNT NBR 8949 – Paredes de alvenaria estrutural – Ensaio a compressão simples. ABNT NBR 14321 – Paredes de alvenaria estrutural – Determinação da resistência ao cisalhamento. ABNT NBR 14322 – Paredes de alvenaria estrutural – Verificação da resistência à flexão simples ou à flexocompressão. ABNT NBR15873 – Coordenação modular para edificações. TELHAS CERÂMICAS A norma NBR 15310 – Telhas cerâmicas. PLACAS CERÂMICAS PARA REVESTIMENTO – PORCELANATO A NBR 15463 – Placas cerâmicas para revestimento. CAL HIDRATADA PARA ARGAMASSA NBR 7175 – Qualidade e maior resistência da Cal. NBR 6471:1998 – Cal virgem e cal hidratada – Retirada e preparação de amostra – Procedimento. NBR 6473:2003 – Cal virgem e cal hidratada – Análise química. NBR 9205:2001 – Cal hidratada para argamassas – Determinação da estabilidade. NBR 9206:2003 – Cal hidratada para argamassas – Determinação da plasticidade. NBR 9207:2000 – Cal hidratada para argamassas – Determinação da capacidade de incorporação de areia no plastômetro de Voss. NBR 9289:2000 – Cal hidratada para argamassas – Determinação da finura. NBR 9290:1996 – Cal hidratada para argamassas – Determinação de retenção de água. NBR 14399:1999 – Cal hidratada para argamassas – Determinação da água da pasta de consistência normal. Além de atender à legislação brasileira, o uso das normas na Construção Civil traz diversas benfeitorias a um empreendimento. Podemos elencar alguns desses benefícios como a comercialização e a implantação de novas tecnologias, facilidade de exportação e importação de produtos, garantia de maior durabilidade e qualidade etc. A padronização é um processo em constante evolução e melhoria. A determinação de padrões e normatização dos materiais na Construção Civil também exige a adequação de toda a equipe envolvida na edificação, tornando-a mais adequada quanto à aplicação e o desenvolvimento de materiais mais resistentes, duráveis, de qualidade e sustentáveis. AS NORMAS QUE REGULAMENTAM OS MATERIAIS, NO ENTANTO, TÊM SE MOSTRADO DE EXTREMA IMPORTÂNCIA. CADA VEZ MAIS EMPRESAS ADOTAM PADRONIZAÇÕES E NORMATIZAÇÕES EM SUAS ORGANIZAÇÕES, E O CUMPRIMENTO DAS NORMAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL PODE PROPORCIONAR MUITOS BENEFÍCIOS, TANTO PARA SUA CONSTRUTORA QUANTO PARA SEUS FUNCIONÁRIOS E CLIENTES. Fonte: Shutterstock.com NORMAS DE DESEMPENHO E QUALIDADE DOS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO As Normas de desempenhoe qualidade dos materiais de construção existem para assegurar que as edificações tenham critérios mínimos de qualidade e segurança, dividindo a responsabilidades entre a indústria da construção, técnicos, arquitetos e engenheiros (enquanto responsáveis pelos projetos e execuções), bem como os usuários (ou cliente final). A globalização da economia e a crescente competitividade do mercado conduzem a grandes desafios ao segmento da construção, assim a importância da qualidade tem se tornado um fator preponderante. A diminuição do tempo de desenvolvimento de novas tecnologias, a necessidade de certificações ISO e/ou QS (Quality System Requirements), buscando a melhoria da qualidade dos produtos e redução de custos são exigência constantes do mercado global. Nesse processo de Desempenho e Qualidade dos Materiais, são importantes dois aspectos: Fonte: Shutterstock CONTROLE DE QUALIDADE Tem a função de mensurar as características de qualidade desejadas pelos clientes ou usuário. Fonte: Shutterstock CONTROLE DE PRODUÇÃO OU DE PROCESSOS Deve manter sob controle as especificações técnicas que, garantidas, atenderão às características da qualidade (habitabilidade) desejadas pelos clientes. Muitas empresas da área de Construção Civil já se conscientizaram de que a entrega de produto (a edificação) de baixa qualidade diminui sua competitividade. Também sabem que a implantação de um programa de melhoria da qualidade pode eliminar desperdícios, reduzir defeitos e vícios construtivos e aumentar a satisfação dos clientes, propiciando como consequência aumento de sua produtividade e competitividade. A NORMA DE DESEMPENHO NBR 15575 Essa Norma foi criada objetivando demonstrar claramente como os produtos aplicados em uma edificação relacionam-se com a qualidade de uso posterior do imóvel, ou seja, estabelece um alto padrão de qualidade para os imóveis, de modo que as empresas da indústria da Construção Civil devem adequar-se a ela. A NBR 15575 também trata do desempenho das edificações habitacionais e “apresenta características indispensáveis de uma obra para o consumidor, com o objetivo de prezar pelo javascript:void(0) conforto, acessibilidade, higiene, estabilidade, vida útil da construção, segurança estrutural e contra incêndios” (MOBUSS CONSTRUCAO, 2020). Também são explorados aspectos como durabilidade de sistemas, questões relativas à manutenção da edificação ou conforto dos usuários. Assim, devemos conhecer a fundo as características dos materiais a serem especificados de maneira adequada. É preciso considerar o que se espera em relação à Durabilidade, Trabalhabilidade, Manutenção e Comportamento de cada material empregado individualmente e seu efeito no conjunto edificado, visto que o comportamento de um material afeta os demais que estão em contato com ele. RESUMINDO As Normas brasileiras relativas à Construção Civil determinam critérios de qualidade desde o processo de controle e recebimento dos insumos, passando pelo preparo e aplicação dos materiais e finalizando com a satisfação do usuário. Tal justificativa é mais do que imprescindível para uma empresa do setor de Construção Civil utilizar materiais em conformidade com as NBRs, de maneira que não só o processo construtivo esteja regulamentado, como o resultado do empreendimento seja mais valorizado. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. A NORMA DE DESEMPENHO NBR 15575 FOI CRIADA OBJETIVANDO DEMONSTRAR CLARAMENTE COMO OS PRODUTOS APLICADOS EM UMA EDIFICAÇÃO RELACIONAM-SE: A) Com a qualidade de uso posterior do imóvel, de modo que as empresas da indústria da Construção Civil devem adequar-se a ela. B) Com a resistência dos materiais empregados, de modo que as empresas da indústria da Construção Civil devem adequar-se a ela. C) Com o custo final da edificação, de modo que as empresas da indústria da Construção Civil devem adequar-se a ela. D) Com a aplicação dos materiais empregados, de modo que as empresas da indústria da Construção Civil devem adequar-se a ela. E) Com o menor custo possível, para aumentar o lucro. 2. ASSINALE A ALTERNATIVA INCORRETA: A) Além de atender à legislação brasileira, o uso das normas na Construção Civil traz diversas benfeitorias a um empreendimento. B) É sabido que existem no mercado novos materiais que ainda não possuem normas de controle de qualidade, bem como outros sendo comercializados sem certificação, não lhes garantindo atingir os padrões mínimos de qualidade estabelecidos pelas normas. C) Elaboram-se normas para regularizar a produção, a classificação, a qualidade e o emprego dos diversos materiais, entre outras normatizações, logo forma as normas técnicas são rígidas e imutáveis. D) É fundamental para o profissional ligado à área de edificações o conhecimento das normas que regulamentam os padrões de uso de cada material, bem como as técnicas de ensaios dos materiais, entre outras normatizações. E) O Desempenho e a Qualidade dos Materiais são importantes sob o aspecto do Controle de Qualidade, que tem a função de mensurar as características de qualidade desejadas pelos clientes ou usuário. GABARITO 1. A Norma de desempenho NBR 15575 foi criada objetivando demonstrar claramente como os produtos aplicados em uma edificação relacionam-se: A alternativa "A " está correta. A Norma visa que os produtos aplicados em uma edificação se relacionem com a qualidade de uso posterior do imóvel, estabelecendo um alto padrão de qualidade para os imóveis, de modo que as empresas da indústria da Construção Civil devem adequar-se a ela. 2. Assinale a alternativa incorreta: A alternativa "C " está correta. Elaboram-se normas para regularizar diversos tópicos, como produção, classificação, qualidade e emprego dos materiais. Assim, são alteradas e aperfeiçoadas regularmente, acompanhando a evolução da tecnologia da Construção Civil. MÓDULO 4 Reconhecer a importância da sustentabilidade nas edificações, nos novos materiais e inovações SUSTENTABILIDADE APLICADA AOS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO A preocupação com questões ligadas à ecologia e à sustentabilidade não é recente. Elas surgiram a partir da década de 1970 com a crise do petróleo. Já nessa época, (há mais de 50 anos) os pesquisadores começaram a discutir formas de amenizar o consumo de energia, bem como de encontrar fontes de energia renováveis. Tais necessidades também trouxeram consigo pesquisas no campo de outros insumos e materiais sustentáveis no mundo todo, incluindo a área da Construção Civil. Logo, esse conceito ganhou força e importância, tendo grande incremento a partir da década de 1990. Consideramos uma construção como sustentável aquela que atende aos seguintes aspectos: aproveitamento do meio natural sem prejuízo ao meio ambiente, eficiência energética e diminuição de resíduos, entre outros aspectos. Fonte: Shutterstock.com Edifício “Bosco Verticale” – Milão, Itália. Jardins nos apartamentos para melhorar as condições térmicas de cada unidade. A indústria da Construção Civil ocupa posição de destaque na economia mundial e não poderia ser diferente no cenário nacional, sendo que, entre outras ações, tem uma função social muito importante relativa a empregabilidade, direta ou indiretamente. Entretanto, essa indústria, mundialmente falando, é responsável por cerca de 50% tanto do CO2 (gás carbônico) lançado na atmosfera como da quantidade de resíduos sólidos gerados no mundo. Desde o momento da produção dos materiais e insumos até o descarte dos rejeitos das edificações, a Construção Civil é uma atividade que gera impactos no meio ambiente. Por isso, a tendência no mercado é rever as técnicas em uso e impulsionar a tendência da valorização do material de construção sustentável. Fonte: Shutterstock.com Um exemplo dessa evolução é o amianto, que até poucos anos era amplamente utilizado em produtos na Construção Civil e hoje está banido do mercado por conta dos malefícios que causa à saúde (direta ou indiretamente). Em nosso campo deatuação, uma força conjunta de técnicos, engenheiros e arquitetos busca as melhores maneiras de edificar, sem perder a qualidade de habitabilidade desejada. A “pegada ecológica” faz com que a edificação mantenha-se atualizada com processos inovadores, os quais reduzem o gasto de recursos naturais e melhoram a qualidade de vida dos usuários. Logo, os insumos e materiais de construção sustentáveis estão cada vez mais próximos e reais de nosso dia a dia. Como a utilização de materiais na Construção Civil tem sido um grande desafio para a criação de um conceito de sustentabilidade em nossa área de atuação, atualmente, muitas empresas no mundo todo (e não é diferente no Brasil) têm procurado desenvolver centros de pesquisa para estudo, desenvolvimento e produção de materiais de construção sustentáveis. PEGADA ECOLÓGICA javascript:void(0) Conceito criado para representar a relação entre consumo, exploração e utilização dos recursos naturais e a capacidade do planeta em repor tais elementos naturalmente. “A construção sustentável é um grande desafio para um equilíbrio harmônico entre meio ambiente e a indústria da construção” (SIENGE, 2020), uma vez que o conceito de sustentabilidade deve estar presente em todas as etapas, desde o processo de projeto construtivo até a entrega da edificação pronta. Fonte: Shutterstock.com Muitos materiais sustentáveis que já se encontram no mercado proporcionam menor impacto ao meio ambiente. Como forma de exemplificação, apresentamos alguns deles de maneira a servirem de norteamento para nossas especificações. CONCRETO RECICLADO O concreto é um composto de cimento, água, areia e brita que, no processo de cura, ganha forma e resistência. O grande problema está na extração de recursos naturais para cada um de seus componentes — areia, pedra, bem como no processo de fabricação do cimento, além do descarte inapropriado de sobras ou entulho. A ideia do concreto reciclado é usar seus resíduos gerados pela própria obra, triturando e transformando-os em agregados para serem reutilizados. Tanto quanto o concreto, outros materiais como tijolos e telhas, que se transformaram em entulho na obra, podem passar pelo mesmo processo: serem reutilizados e acrescentados a novas misturas, tornando-se, portanto, material de construção sustentável. TIJOLOS ECOLÓGICOS O Tijolo ecológico é um insumo muito utilizado no Brasil. Produzido a partir de compostos de resíduos de construção além de areia, água e cimento, torna-se sustentável a partir de seu processo de fabricação, uma vez que, de maneira diferente dos tijolos convencionais, eles não são queimados em fornos, mas enformados em uma prensa hidráulica. O tijolo ecológico tem muitas vantagens sobre os tijolos comuns, como: seu formato é constituído de furos e encaixes estratégicos que criam uma trava, diminuindo o consumo de argamassa, o que faz dele um excelente isolante acústico e térmico, além de ter qualidade estética, quando deixado aparente. MATERIAIS BIODEGRADÁVEIS Muitos dos materiais de acabamento como impermeabilizantes tintas, colas e solventes são elaborados a partir de derivados de petróleo e compostos voláteis, que muitas vezes são altamente poluentes ou tóxicos. Entretanto, já existem tintas feitas a partir de materiais biodegradáveis (produzidos com pigmentos naturais, minerais etc.). Também encontramos vernizes e solventes à base de óleos vegetais, que também são opções sustentáveis e menos prejudiciais à saúde. LÂMPADAS DE LED Como sabemos, as lâmpadas incandescentes já foram retiradas do mercado e substituídas por lâmpadas de LED (Light Emitting Diode - Diodo Emissor de Luz), que duram cerca de 25 vezes mais. Por isso, elas são econômicas e possuem melhor qualidade de iluminação. A lâmpada de LED é mais eficiente porque consegue transformar mais energia elétrica em luz, dissipando menos calor e com vida útil maior. BLOCOS DE ADOBE Assim como os tijolos ecológicos, os blocos de adobe são alternativas sustentáveis. Trata-se de uma técnica milenar (centenária aqui no Brasil), que consiste em moldar blocos com uma mistura de água, terra e fibras naturais (palha e/ou estercos fibrosos, por exemplo) e pode ser feita na própria obra. Fonte: Shutterstock.com ISOLAMENTO ECOLÓGICO Comumente utilizamos materiais isolantes que contêm entre seus insumos componentes químicos que podem ser cortantes, como é o caso da fibra de vidro. Entretanto, atualmente o mercado oferece alternativas sustentáveis e menos perigosas. É o caso de isolamento fabricado a partir de produtos reciclados: lã de garrafas PET, jeans reciclados, jornais, papelão, lã mineral etc. PINTURA COM CAL Essa técnica chegou ao Brasil com os portugueses, que revestiam as construções rudimentares de barro com esse material para protegê-las das intempéries. Por tratar-se de um produto natural, o processo de pintura é livre de substâncias tóxicas presentes nos produtos industrializados. ARGILA E FIBRAS Uma possibilidade de acabamento sustentável é o revestimento ecológico à base de argila e fibras vegetais, que por meio da aplicação de uma camada espessa de fibra colabora para a melhoria do conforto térmico interno. NOVOS MATERIAIS E INOVAÇÕES NA CONSTRUÇÃO CIVIL A crescente demanda por sustentabilidade atinge inúmeros setores da indústria em escala mundial. O Brasil foi apontado em primeiro lugar entre os países que possuíam maior número de consumidores preocupados em adquirir produtos e serviços de empresas que atuassem em conformidade com o desenvolvimento sustentável. Fonte: Shutterstock.com Como profissionais do campo da Construção Civil, cabe a nós difundir as questões voltadas à sustentabilidade, uma vez que seremos os principais agentes transformadores apresentando alternativas ecológicas aos clientes. Pensando nisso, fizemos uma pequena seleção, dentro de uma enormidade de alternativas contemporâneas, de materiais ou sistemas sustentáveis para as edificações. ECOGRANITO O ecogranito oferece maior leveza e menor custo, pois é fabricado a partir de resíduos gerados do processo de extração de mármores e granitos e misturados a diversas resinas e pigmentos inertes e água. Pelo fato de ser moldável, pode ser aplicado em superfícies planas, irregulares, e até mesmo curvas. Ainda devido ao fato de ser impermeável, pode ser aplicado em superfícies internas e externas. BAMBU O bambu é uma madeira leve que, por ser muito fibrosa, possui alta resistência à tração, características que o tornam ideal, tanto para elementos estruturais quanto para peças de mobiliário. Dizemos ainda que, acrescido a esses atributos, também o tornam sustentável o fato de ser um recurso considerado renovável pelo seu rápido crescimento, diferente das demais madeiras. BIOPLÁSTICO Os bioplásticos se decompõem com maior rapidez na natureza, se comparado ao plástico sintético, pelo fato de ser produzido a partir de matérias-primas biodegradáveis. Sendo assim, é capaz de substituir o plástico convencional na fabricação de inúmeros produtos ligados à Construção Civil, como pisos, rodapés, revestimentos e divisórias. ECOTELHADO BRANCO O ecotelhado branco é um revestimento térmico produzido a partir de nano esferas ocas (partículas infinitamente pequenas) de cerâmica, que são misturadas a resinas e aditivos e tem a capacidade de refletir a radiação solar, reduzindo a temperatura interna do ambiente. REPLAST O produto desenvolvido desse elemento teve como principal objetivo desenvolver um material sustentável com resíduos plásticos retirados do oceano por todas as partes do mundo, fazendo com que esse material não retornasse ao meio ambiente. Trata-se de um tijolo produzido a partir da compressão desses resíduos em blocos modulares de diversas densidades e formas. A depender de sua configuração e forma, pode ser apenas encaixado, não necessitando de nenhum adesivo. ECOTOP São produtos fabricados a partir de tubos de pasta de dente e outras embalagens, compostos por 25% de alumínio e 75% deplástico proveniente de descartes. Toda a composição dos produtos é realizada com materiais de difícil eliminação no meio ambiente, sendo transformados em placas, telhas e cumeeiras cujo processo de fabricação não envolve nenhum tipo de queima e, portanto, não oferece riscos ao meio ambiente nem à saúde, além de não gerar poluentes. ISOPET São blocos a serem empregados em edificações, desenvolvidos a partir de isopor e garrafas PET reciclados e produzidos de modo a serem encaixados no sistema macho-fêmea. O sistema de encaixe também propicia que o uso do material não necessite de qualquer adesivo. Esse sistema de fechamento é resistente ao fogo e, pelo fato de utilizar o isopor em sua composição, existe um melhor isolamento térmico, deixando a temperatura dos ambientes mais confortáveis. [...] AS PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS ESTÃO BEM MAIS PRÓXIMAS DO QUE NÓS IMAGINAMOS E PODEM FAZER PARTE DE QUALQUER CONSTRUÇÃO. SÃO INSTRUMENTOS QUE EMBELEZAM O ESPAÇO, ACRESCENTANDO PERSONALIDADE E CONFORTO, ALÉM DE TRAZER QUALIDADE DE VIDA PARA OS MORADORES E PARA A SOCIEDADE. (ARCHTRENDS, 2020) VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. MUITOS MATERIAIS SUSTENTÁVEIS QUE JÁ SE ENCONTRAM NO MERCADO PROPORCIONAM MENOR IMPACTO NO MEIO AMBIENTE. ENTRE ELES, PODEMOS CITAR: A) Concreto reciclado, cimento amianto, pintura com cal, isolamento ecológico, fibra e argila, blocos de adobe, lâmpada LED. B) Concreto reciclado, tijolo ecológico, pintura com cal, isolamento ecológico, fibra e argila, blocos de adobe, cimento amianto. C) Concreto reciclado, tijolo ecológico, pintura com cal, isolamento ecológico, fibra de amianto, blocos de adobe, lâmpada LED. D) Concreto reciclado, tijolo ecológico, pintura com cal, isolamento ecológico, fibra e argila, blocos de adobe, lâmpada LED. E) Concreto armado convencional, tijolo ecológico, pintura com cal, isolamento ecológico, fibra e argila, blocos de adobe, cimento amianto. 2. ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA: A) A preocupação com as questões ligadas a ecologia e sustentabilidade só surgiram nos últimos anos por conta da competitividade dos produtos estrangeiros. B) Consideramos uma construção sustentável aquela que atende aos seguintes aspectos: aproveitamento do meio natural sem prejuízo ao meio ambiente, eficiência energética e diminuição de resíduos, entre outros. C) A indústria da Construção Civil ocupa posição de destaque na economia nacional, prova disso é o fato de ser responsável por cerca de apenas 20% tanto do CO2 (gás carbônico) lançado na atmosfera. D) A Construção Civil gera impactos no meio ambiente apenas em relação ao descarte dos rejeitos das edificações. Por isso, existe uma tendência no mercado de rever as técnicas em uso e impulsionar a valorização do material de construção sustentável. E) A Construção Civil gera impactos ao meio ambiente apenas em relação aos materiais derivados de petróleo que encontramos em algumas tintas e vernizes. Logo, existe uma tendência no mercado de rever as técnicas em uso e impulsionar a tendência da valorização do material de construção sustentável. GABARITO 1. Muitos materiais sustentáveis que já se encontram no mercado proporcionam menor impacto no meio ambiente. Entre eles, podemos citar: A alternativa "D " está correta. Muitos materiais sustentáveis já se encontram no mercado com menor impacto no meio ambiente, desde sua concepção, fabricação, aplicação até o descarte futuro. 2. Assinale a alternativa correta: A alternativa "B " está correta. Consideramos uma construção como sustentável aquela que, desde o momento da produção dos materiais e insumos até o descarte dos rejeitos das edificações, preocupa-se prioritariamente com o meio ambiente. CONCLUSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS A escolha dos materiais de construção e suas intercorrências é de fundamental importância para o sucesso de uma edificação. A escolha está associada a: correta aplicação, relação custo-benefício, durabilidade, localidade onde será utilizado, tipo de obra, sustentabilidade e sua relação com o meio ambiente, entre muitas outras variáveis, que em conjunto ou isoladamente vão promover a qualidade final da construção. É imprescindível que a opção por outro material sempre esteja atrelada às orientações e exigências das normas brasileiras, pois elas atestarão a condição de idoneidade requerida pelo mercado, que, em consequência, promoverá a garantia de uma boa comercialização. AVALIAÇÃO DO TEMA: REFERÊNCIAS BORGES, C. A. Sobre o Conjunto de Normas ABNT - NBR 15.575. Acadêmico Riogrande. Consultado em meio eletrônico em: 8 out. 2020. HAGEMANN, S. E. Apostila Materiais de Construção Básicos. Equipe de Produção de Material Didático da Universidade Aberta do Brasil do Instituto Federal Sul-Rio-Grandense. Porto Alegre: IFRS, 2011. LARA, L. A. M. Materiais de Construção. Caderno elaborado em parceria entre o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais/IFMG – Campus Ouro Preto e a Universidade Federal de Santa Maria para o Sistema Escola Técnica Aberta do Brasil – Rede e-Tec Brasil. Ouro Preto: IFMG, 2013. LOPES, L. F. Materiais de Construção Civil I. Londrina: Educacional, 2017. SOUZA, J. Materiais Sustentáveis na Construção Civil: menos impacto e mais economia. Sienge. Publicado em: 22 nov. 2017. Visite os sites: IFSUL, sobre Introdução aos materiais de construção. Consultorias da Verde Ghaia, sobre o artigo Saiba quais NBRs regulam materiais na Construção Civil. Mobus Construção, sobre Quais são as exigências de habitabilidade da NBR 15575 para edificações? Brasil Escola, sobre Pegada Ecológica. EXPLORE+ Para saber mais sobre os assuntos tratados neste tema, leia: BAUER, L. A. F. Materiais de Construção (vols. 1 e 2). São Paulo: Livros Técnicos e Científicos, 2000. IBRACON. Materiais de Construção Civil (volume I e II). São Paulo: Ibracon, 2005. PETRUCCI, E. G. R. Materiais de Construção. Rio de Janeiro: Globo, 1998. RIBEIRO, C. C. Materiais de Construção Civil. 3. ed. Belo Horizonte: UFMG, 2011. CONTEUDISTA René Galesi CURRÍCULO LATTES javascript:void(0);
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