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DEFESA TCC - VERSÃO FINALIZADA - TERCIO (1)

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23
 
FACULDADE IEDUCARE
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
 
 
 
 
 
TÉRCIO JOSÉ FIALHO RABÊLO DA SILVA
AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TICs) E METODOLOGIAS ATIVAS NA PRÁTICA PEDAGÓGICA E NO DESENVOLVIMENTO DO ALUNO DA EDUCAÇÃO INFANTIL
 TIANGUÁ
2022
TÉRCIO JOSÉ FIALHO RABÊLO DA SILVA
 
 
 
 
 
AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TICs) E METODOLOGIAS ATIVAS NA PRÁTICA PEDAGÓGICA E NO DESENVOLVIMENTO DO ALUNO DA EDUCAÇÃO INFANTIL
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Licenciatura em Pedagogia da Faculdade IEDUCARE, como requisito para obtenção do grau de Pedagogo.
 
Orientadora: Profa. Ma. Laís Raiane Feitosa Melo Paulino
 
TIANGUÁ 
2022
TÉRCIO JOSÉ FIALHO RABELO DA SILVA
AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TICs) E METODOLOGIAS ATIVAS NA PRÁTICA PEDAGÓGICA E NO DESENVOLVIMENTO DO ALUNO DA EDUCAÇÃO INFANTIL
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Licenciatura em Pedagogia da Faculdade IEDUCARE, como requisito para obtenção do grau de Pedagogo.
 
Orientador: Profa. Ma. Laís Raiane Feitosa Melo Paulino
Aprovado em 07 / 03 / 2022					Nota: 9.5
 
 
BANCA EXAMINADORA
__________________________________
Profa. Ma. Laís Raiane Feitosa Melo Paulino - Orientadora
__________________________________
Profa. Ma. Katiana Macedo Cavalcante de Paula – 1ª Examinadora
_______________________________
Prof. Esp. Meirilane do Nascimento – 2ª Examinador
TIANGUÁ
2022
AGRADECIMENTOS
Primeiro a Deus, por conceder-me a vida.
À família: meus pais, Fábia e Osmanir pelo apoio em todos os momentos, que sempre me incentivaram nas minhas escolhas, mostrando-me que a educação é o melhor caminho, a minha avó Orlane, meu irmão Thiago, meus tios: Fausta e Klinger e aos primos que de alguma forma sempre estiveram ao meu lado.
Aos colegas Eduardo, João Pedro, Grazielly, Nayara e Adriélia pelos momentos de estudos, alegrias e dificuldades ao longo do curso.
A orientadora Laís Raiane pela disposição, boa vontade, empenho e principalmente pela paciência nessa longa jornada.
Enfim, a todos que contribuíram direta ou indiretamente para que mais este objetivo fosse alcançado.
AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TICs) E METODOLOGIAS ATIVAS NA PRÁTICA PEDAGÓGICA E NO DESENVOLVIMENTO DO ALUNO DA EDUCAÇÃO INFANTIL
TÉRCIO JOSÉ FIALHO RABELO DA SILVA[footnoteRef:1] [1: Acadêmico do Curso de Pedagogia - Faculdade Ieducare (FIED) - tjfialho75@gmail.com ] 
LAÍS RAIANE FEITOSA MELO PAULINO[footnoteRef:2] [2: Professora Orientadora do Curso de Pedagogia - Faculdade Ieducare (FIED) - lais.raiane@fied.edu.br 
] 
RESUMO
As tecnologias da informação e comunicação (TICs) dizem respeito às formas tecnológicas distintas de comunicar e informar através de diversas funções que podem ser utilizadas nos mais diversos ramos de atividades, com especialidade na educação em seu processo de ensino aprendizagem e na educação a distância que por sua vez não escapa das mudanças decorrente delas. O presente estudo versa sobre a importância da TICs no desenvolvimento do aluno da educação infantil, mediante sua origem, seus avanços e a sua associação com as metodologias ativas. Além disso, o presente estudo destaca as demandas e os desafios de seu uso e apresenta sua inserção, na prática pedagógica conforme a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e ainda são sugeridas algumas metodologias ativas que podem ser usadas, na prática pedagógica. O desenvolvimento deste partiu das seguintes indagações: como a criança pode se desenvolver através das TICs e quais alternativas metodológicas, ou seja, quais sugestões de metodologias ativas acrescentarem para o desenvolvimento da criança junto a essas tecnologias? Na busca por essas respostas, trabalhamos metodologicamente com a pesquisa bibliográfica, baseadas nas contribuições de alguns autores especialistas no assunto, como Kenski (2007), Martins (2020), Vieira (2011), Moran (2012) e outros. Desta forma, o estudo se justifica porque, na proporção em que trazem à reflexão, informações sobre a utilização de informação, comunicação e metodologias ativas no desenvolvimento do aluno, sendo que, o mesmo procura colaborar com a expansão e implementação dessas novas metodologias de ensino no cenário educacional.
Palavras-chave: Tecnologias da informação e comunicação. Criança. Metodologia Ativa.
 
INFORMATION AND COMMUNICATION TECHNOLOGIES (ICTs) AND ACTIVE METHODOLOGIES IN PEDAGOGIC PRACTICE AND IN THE DEVELOPMENT OF THE CHILD EDUCATION STUDENT
TÉRCIO JOSÉ FIALHO RABELO DA SILVA[footnoteRef:3] [3: Acadêmico do Curso de Pedagogia - Faculdade Ieducare (FIED) - tjfialho75@gmail.com ] 
LAÍS RAIANE FEITOSA MELO PAULINO[footnoteRef:4] [4: Professora Orientadora do Curso de Pedagogia - Faculdade Ieducare (FIED) - lais.raiane@fied.edu.br ] 
ABSTRACT:
Information and communication technologies (ICTs) refer to the different technological ways of communicating and informing through various functions that can be used in various branches of activities, especially in education in its teaching-learning process and in distance education, which in turn does not escape the changes resulting from them. The present study deals with the importance of ICTs in the development of the student in early childhood education, through its origin, its advances, and its association with active methodologies. In addition, this study highlights the demands and challenges of its use and presents its insertion in the pedagogical practice according to the Common National Curricular Base (BNCC) and some active methodologies that can be used in the pedagogical practice are also suggested. The development of this project started from the following questions: how can the child develop through ICTs and what are the methodological alternatives, i.e., what suggestions of active methodologies to add to the development of the child with these technologies? In the search for these answers, we worked methodologically with bibliographic research, based on the contributions of some authors who are experts on the subject, such as Kenski (2007), Martins (2020), Vieira (2011), Moran (2012) and others. Thus, the study is justified because, in proportion to bring to reflection, information about the use of information, communication and active methodologies in student development, and the same seeks to collaborate with the expansion and implementation of these new teaching methodologies in the educational scenario.
Keywords: Information and Communication Technologies. Child. Active Methodology.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO....	...........................8
2 REFERENCIAL TEÓRICO	10
2.1 A ORIGEM E OS AVANÇOS TECNOLÓGICOS NO MUNDO	10
2.2 DEMANDAS E DESAFIOS DO USO DAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO	13
2.3 AS TICs NA EDUCAÇÃO INFANTIL CONFORME A BNCC	16
2.4 METODOLOGIAS ATIVAS E TECNOLOGIAS NA PRÁTICA PEDAGÓGICA	19
2.4.1 Gamificação	22
2.4.2 Sala de aula invertida	23
2.4.3 Aprendizagem baseada em projetos	23
2.4.4 Google Classroom	24
2.4.5 Redes Sociais	24
3 METODOLOGIA DA PESUISA	25
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO	26
4.1 CONCEITOS DE TECNOLOGIAS DA INORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO	26
4.2 CONCEITOS DE METODOLOGIAS ATIVAS	28
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS	29
6. REFERÊNCIAS	31
1 INTRODUÇÃO
As tecnologias da informação e comunicação (TICs) dizem respeito às formas tecnológicas distintas de comunicar e informar através de diversas funções que segundo Oliveira e Moura (2015, p.78) “podem ser utilizadas em vários ramos de atividades [...] e na educação (no processo de ensino aprendizagem e educação a distância)”, que por sua vez não escapa das mudanças decorrente delas.
Vale salientar que no ano de 2020 surgiu uma pandemia, a da Covid-19, cuja causa é o novo coronavírus e isso fez com que todos entrassem em isolamento social para combater a contaminação em massa do vírus. Nessa perspectiva, a educação brasileira passou por momentos difíceis, devido à paralisação das aulas presenciais conforme explica a Organização das Nações Unidas para aEducação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), na qual afirma que 70% dos estudantes foram afetados pelo momento instável da pandemia, tendo suas aulas suspensas e os calendários e planeamentos dos vários sistemas de ensino alterados. Contudo, as escolas e professores tiveram que se moldar a um novo modelo e com isso o uso das ferramentas tecnológicas na educação e os métodos ativos foram vistos sob a ótica de uma nova metodologia de ensino, tendo como base o Ministério da Educação do Brasil (MEC) que autorizou a utilização de aulas online nas diversas modalidades de ensino.
Martins (2020, p. 34), vem falar que o principal objetivo das metodologias ativas no ensino é incentivar os alunos para que aprendam de forma autônoma e participativa, a partir de problemas e situações reais. Nessa perspectiva, é válido lembrar que não podemos deixar de lado o papel do professor que nesse tempo de pandemia teve que se moldar a um novo modelo de ensino.
Nesse sentido, Rosa (2020) nos diz que o professor teve que começar a organizar aulas remotas, mediadas pela tecnologia, mas que fosse orientado pelos princípios da educação presencial, tendo a necessidade de adquirir habilidades em varias ferramentas voltadas às tecnologias, por exemplo: Google Meet, Google Classroom e Kahoot.
Com isso, as soluções tomadas pelos educadores com relação ao ensino remoto através da utilização das TICs foram extremamente importantes para enfrentar as demandas emergenciais.
Diante dessas mudanças causadas pela pandemia, mesmo com altos e baixos na educação e as inovações tecnológicas ocasionadas nesse período, Kenski (2007, p.46) diz que: “Não há dúvidas de que as novas tecnologias da comunicação e informação trouxeram mudanças consideráveis e positivas para a educação”, desta forma vê-se que as TICs mudaram completamente o cenário educacional brasileiro e os avanços delas conseguiram aumentar as relações ensino e aprendizagem entre professor/aluno, ampliar os horizontes além da sala de aula convencional, no caso de ambientes virtuais e sites colaborativos.
A utilização de mídias digitais no processo de ensino está sendo bastante necessário, pois segundo os Parâmetros nacionais Curriculares (PCN) de 1997 ressalta que o computador é entendido como um recurso que integra diversas mídias que pode contribuir para a construção do conhecimento no ambiente escolar. Desta forma, os PCN (1997, p. 35) nos diz que:
o computador pode ser usado como elemento de apoio para o ensino (banco de dados, elementos visuais), mas também como fonte de aprendizagem e como ferramenta para o desenvolvimento de habilidades. O trabalho com o computador pode ensinar o aluno a aprender com seus erros e a aprender junto com seus colegas, trocando suas produções e comparando-as.
Perante essa importância que as tecnologias da informação e comunicação trouxeram para a educação, despertou-nos o interesse em uma discussão que analisasse o contexto das TICs no cenário educacional junto às metodologias ativas no desenvolvimento do aluno da educação infantil.
Porque segundo Silva (2018):
As TICs são eficazes e ajudam e muito o desenvolvimento escolar, sendo assim, com seu uso na educação, se tornam aliadas ao ensino, aprendizado e são inseridas e ajustadas de acordo com o que vai ser aprendido ou atualizado, gerando um crescimento de qualidade e de grande valia para a sociedade.
Feita a escolha e, posteriormente, o recorte do tema, para o desenvolvimento deste, partiu as seguintes indagações: como a criança pode se desenvolver através das TICs e quais alternativas metodológicas, ou seja, quais sugestões de metodologias ativas acrescentar para o desenvolvimento da criança junto a essas tecnologias? 
Nesse contexto, esse estudo tem como objetivo ressaltar sobre a utilização das tecnologias da informação e comunicação e as metodologias ativas na prática pedagógica e no desenvolvimento do aluno da educação infantil com os seguintes objetivos específicos: 1- Apresentar a origem e os avanços tecnológicos no mundo, 2- identificar as demandas e dificuldades do uso das TICs, 3- apresentar o uso das TICs no meio educacional conforme a BNCC e 4- sugerir metodologias ativas mediante as TICs que poderão ser usadas na prática pedagógica. Desse modo, teve como embasamento teórico autores especialistas no assunto, como Kenski (2007), Vieira (2011), Moran (2012), Martins (2020), dentre outros que contemplarão a pesquisa.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 A ORIGEM E OS AVANÇOS TECNOLÓGICOS NO MUNDO
Segundo Carvalho, Bastos e Kruger (2000, p. 15) “a expressão tecnologia é proveniente do grego onde se tem a junção de duas palavras, a primeira que origina tecno e significa arte, ofício e técnica, já a segunda logia, significa conjunto de saberes”, ou seja, envolve todo estudo de conhecimento técnico, científico, onde se tem sua aplicação através da utilização de ferramentas, máquinas, conhecimentos, no qual todos esses conjuntos de artefatos servem para solucionar problemas e facilitar atividades. Nesse mesmo sentido, Brito e Purificação (2015, p. 22) definem tecnologia como “aplicação do conhecimento científico para obter um resultado prático”.
Para entendermos de fato o que são essas tecnologias, precisamos voltar no tempo, mais precisamente na era pré-histórica, pelos primórdios da humanidade. As primeiras tecnologias foram criadas para a sobrevivência, utilizando pedras onde tem-se como descoberta, o fogo e até mesmo ossos de animais para a fabricação de armas, como é o caso de lanças, tanto para combate quanto para a caça e não devemos esquecer também das pinturas rupestres, meio de comunicação bastante utilizado na antiguidade. Desta forma, a tecnologia foi passando por grandes transformações ao longo do tempo, diante do processo de globalização.
De acordo com o dicionário do Aurélio, a palavra globalização é derivada de globalizar + ção, proveniente do inglês globalization, com os seguintes significados:
Ato ou efeito de globalizar; Processo típico da segunda metade do século XX que conduz a crescente integração das economias e das sociedades dos vários países, especialmente no que toca à produção de mercadorias e serviços, aos mercados financeiros, e à difusão de informações. As novas tecnologias de comunicação e de processamento de dados contribuíram enormemente para a “globalização” (Dicio, Dicionário Online de Português, 2021).
Dessa forma, podemos afirmar que o desenvolvimento social é marcado pelos avanços tecnológicos, principalmente no que diz respeito às tecnologias da informação e comunicação (TICs). Essas tecnologias são definidas como recursos tecnológicos, utilizados de forma integrada, em busca de um objetivo comum. De acordo com InfoEscola (2019) elas “estão presentes nos mais diversos ramos de atividades, na indústria, no comércio, no setor de investimentos e na educação (no processo de ensino aprendizagem e até na educação à distância)“.
Nessa perspectiva, mostra que a tecnologia possui em sua linha histórica, avanços não só em termos digitais, ou seja, pelas máquinas, computadores, celulares, mas no contexto geral da palavra, pois, tudo o que fazemos e produzimos está relacionado a tecnologia, principalmente quando a mesma está relacionada à ciência. Para tanto, faz-se necessário discorrer sobre esses avanços tecnológicos na área educacional, relacionando-a aos processos que ela está envolvida, tanto no ensino quanto na aprendizagem.
Percebe-se assim, que os avanços das tecnologias no mundo passaram por inúmeras áreas e uma das que se torna mais favorecida é a educacional. Na educação presencial, elas são vistas como potencializadoras dos processos de ensino aprendizagem, além disso, traz a possibilidade de maior desenvolvimento entre os estudantes. “Elas também representam avanços na educação à distância, visto que criam ambientes de aprendizagem, fazendo com que os alunos tenham a possibilidade de se relacionar, trocando informações e experiências” (Pacievitch em seu estudo para o InfoEscola, 2019).
O avanço das TICs possibilitou a criação de ferramentas que podem serpropostas pelos docentes em sala de aula, o que permite maior disponibilidade de informação e recursos para o educando, tornando o processo educativo mais dinâmico, eficiente e inovador. Nesse sentido, o uso das ferramentas tecnológicas na educação deve ser vista sob a ótica de uma nova metodologia de ensino, que possibilita a interação digital dos educandos com os conteúdos, ou seja, o aluno passa a interagir com diversas ferramentas onde podem utilizar os seus esquemas mentais a partir do uso racional e mediador da informação.
Nessa perspectiva da tecnologia voltada à educação faz-se necessário discorrer brevemente sobre as situações ocorridas no início de 2020, por uma pandemia que iniciou e se espalhou por todo o mundo, tendo a doença conhecida como Covid-19, causada pelo novo coronavírus, isso fez com que a população entrasse em isolamento social para sanar a contaminação em massa das pessoas, neste contexto, vários setores foram afetados, inclusive o educacional.
No Brasil, as aulas presenciais das escolas públicas e privadas foram suspensas temporariamente em março de 2020 justamente para evitar a disseminação da doença, de acordo com a portaria nº 343 do Ministério da Educação. 
Tendo em vista que as aulas seriam prejudicadas, o relatório da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), propôs aos líderes dos sistemas educacionais que desenvolvessem planos para a continuidade dos estudos através de modalidades alternativas durante o período de isolamento social, para que mantivessem a educação das crianças, jovens e adultos
Diante deste contexto e com os avanços tecnológicos cada vez mais frequentes, muitas instituições de ensino adotaram a modalidade remota, onde houve a adaptação dos educadores com relação aos conteúdos para o ensino online que foi crucial para minimizar os prejuízos decorrentes da falta das aulas presenciais. Com isso, as soluções tomadas pelos educadores com relação ao ensino remoto através da utilização das TICs foram extremamente importantes para enfrentar as demandas emergenciais.
Nessa perspectiva, as adaptações ao contexto digital ocorreram em ambas às redes de ensino (pública e privada), utilizando aplicativos de videoconferências, redes sociais e até mesmo a adaptação para a modalidade de ensino remoto através da utilização de ambientes virtuais de aprendizagem (AVA) o que podemos chamar de “ciberespaço”.
(...) Todos aprendem juntos, não em um local no sentido comum da palavra, mas num espaço compartilhado, um “ciberespaço”, através de sistemas que conectam em uma rede as pessoas ao redor do globo. Na aprendizagem em rede, a sala de aula fica em qualquer lugar onde haja um computador, um “modem” e uma linha de telefone, um satélite ou um “link” de rádio. Quando um aluno se conecta a rede, a tela do computador se transforma numa janela para o mundo do saber. (HARASIM et al., 2005, p.19).
No que lhe concerne, esse novo conceito de ensino, está sendo desafiador a todos que estão envolvidos na educação. Professores precisaram se reinventar para se adaptar ao ensino remoto e consequentemente as novas tecnologias que até então eram desconhecidas pela maioria. Nesse sentido, apesar das qualidades e dos avanços significativos das tecnologias no meio educacional, ainda é nítida a dificuldade que ela representa aos professores.
2.2 DEMANDAS E DESAFIOS DO USO DAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO
A verdade é que mudanças sociais estão conectadas a inúmeros ambientes, inclusive no cenário educacional. De certa forma, percebemos que essas mudanças foram tão grandes que tornaram-se elementos de discursões (Barreto, 2006). Nessa mesma perspectiva, mostra que as mudanças tecnológicas provocadas na educação, tornaram-se ponto de discussão principalmente no corpo docente, ou seja, para professores essas tecnologias são grandes desafios para serem trabalhadas em sala, ou pela falta de capacitação dos mesmos, ou pela dificuldade de inserir como algo novo, tão repentinamente em sala.
Apesar dos desafios da maior parte dos professores em relação aos avanços tecnológicos durante o seu desenvolvimento pessoal e profissional, os alunos da educação infantil atual nascem em um contexto completamente imerso na Tecnologia, o que conhecemos como nativos digitais que segundo Marc Prensky (2001), são jovens que recorrem primeiramente as mídias digitais, ou seja, que “falam” a linguagem digital desde o nascimento, de toda forma isso torna a relação professor/aluno diferente. A forma como se dá a aplicação das novas tecnologias, pode estreitar os laços afetivos e, assim, a afetividade das trocas pedagógicas entre aluno e professor.
Percebe-se que com um mundo globalizado e com uma enorme automatização, que desfruta das diversas tecnologias para aperfeiçoar as inúmeras áreas do conhecimento, convém darmos ênfase às TICs voltadas para a educação, que vem ganhando cada vez mais espaço na realidade educacional brasileira. Dessa forma, o incremento de tecnologias de comunicação e informação no contexto da educação tem como objetivo promover a diversidade cultural e a quebra do paradigma da cultura de massa (Araújo; Vieira; Klem; Kresciglova, 2016, p. 926).
Neste sentido, as TICs podem se tornar suporte para professores que, de acordo com Moura e Oliveira (2015, p. 78), possibilitam adequar-se ao contexto e as situações dos processos de aprendizagem em sala de aula. Assim, as tecnologias fornecem meios didáticos adequados às diferenças e necessidades do discente. Para tanto, elas podem disponibilizar informações quando necessário e de acordo com a fundamentação do docente.
Entretanto, há inúmeros desafios que fazem muitas vezes a educação brasileira retroceder, a voltar mais e mais ao modelo tradicionalista de ensino, o que muitas vezes deixa a desejar no desenvolvimento dos alunos e em um melhor aprendizado. O principal desafio da escola não é somente garantir o acesso a essas tecnologias e à formação técnica, mas a formação para o uso ético e crítico da própria tecnologia, engajando o aluno na cultura digital como participante ativo, crítico e cidadão.
Apesar de o professor ser um dos maiores detentores do conhecimento. Serafim, Sousa e Pequeno (2011, p.24, apud, Silva, 2018) dizem que:
A rapidez das inovações tecnológicas nem sempre correspondem à capacitação dos professores para a sua utilização e aplicação, o que muitas vezes, resulta no uso inadequado ou na falta de criação diante dos recursos tecnológicos disponíveis, [...].
Conforme isto, muitos professores ainda vêem a tecnologia em sala de aula como mais uma ferramenta de ensino onde por muitas vezes, aplicam a mesma metodologia tradicional de ensino o que pode significar um retrocesso diante dos avanços tecnológicos no qual vivemos, ou seja, muitos professores “imigrantes digitais” que imergiram no mundo da tecnologia, têm uma forma de ensinar que nem sempre está em sintonia com o modo como os nativos aprendem melhor, ou, pelo menos, que lhes desperta maior interesse (BACICH, 2015, p.31). Assim, torna-se um desafio para que os mesmos se adéquem às transformações diante delas.
Todas essas mudanças trouxeram para os ambientes escolares impactos que em sua relação mais profunda está na competição pela atenção dos alunos no conteúdo a ser absorvido. Segundo Sweller (2005) et al Santos; Tarouco (2007) os recursos de multimídia e interatividade podem causar impacto negativo na aprendizagem, esse prejuízo ocorre quando esses recursos geram a distração dos alunos, e esta pode ocorrer pelo acesso a uma grande quantidade de informação que a tecnologia proporciona.
Outros desafios ao uso das tecnologias na educação estão relacionados às escolas, ou seja, como ambientes de ensino-aprendizagem precisam está sempre em busca de se manter atualizada e acompanhar as mudanças que a tecnologia provoca. Nesse sentido, reaprender a ensinar e reaprender a aprender são os desafios enfrentados em meio ao isolamento social na educação de nosso país. Nessa perspectiva, os desafios estão voltados não só para o sentido de ensinar, mas também para o sentidode ter que se reinventar, de ter uma nova visão para com as tecnologias, dentre os quais podemos destacar as ferramentas remotas para o ensino em meio à pandemia da Covid-19.
Essas ferramentas precisam ter parâmetros de qualidade e que sejam mais eficientes, para assim diminuir as desigualdades de acesso às TICs, tendo em vista que nem todas as crianças possuem computador ou tablets conectados à internet. Contudo, o ensino remoto ainda é uma alternativa para minimizar o atraso no retorno às aulas presenciais.
O fato do docente não poder usar a tecnologia em suas aulas vão contra o leque de possibilidades que ela tem a oferecer no âmbito escolar. Do mesmo modo que a educação dos professores não envolvia recursos tecnológicos, a alfabetização dos alunos também não. Assim, na escola, a tecnologia acaba por ser vista não como uma ferramenta, mas sim como um passatempo, por professores e alunos. Se o discente utilizar o smartphone em sala de aula incomodará o professor, da mesma forma que, se este último levar vídeos, ou algum recurso tecnológico para dinamizar a aula, também gerará incômodos nos alunos.
Nessa perspectiva, percebe-se sobre as tecnologias da informação e comunicação que tanto alunos, quanto professores estão utilizando-as, porém, estes não percebem qual a real importância dessas tecnologias como recurso pedagógico. De certa forma torna-se importante que a capacitação dos professores seja de conhecimento de todos, visto que auxiliem os alunos em sala ou na modalidade de ensino atual no contexto a pandemia, ou seja, o ensino remoto, para que educadores comecem a refletir sobre a função das TICs nos processos de desenvolvimento dos discentes.
Experimentar outras formas de ensinar e aprender, agregando cada vez mais as tecnologias, requer cuidado com a formação inicial e continuada do professor. Sendo assim, precisamos capacitar nossos educadores ao que chamamos de alfabetização tecnológica, para que se tornem facilitadores da aprendizagem. Segundo Pocho (2009, p.15) nos fala que a alfabetização tecnológica não é compreendida apenas com o uso mecânico das tecnologias, mas abrangem também o domínio crítico da língua tecnológica.
Como revela Silva, Silva e Coelho (2016) quando afirmam que a utilização da tecnologia em sala colabora para a universalização da educação, assim como gera uma maior igualdade, além de aumentar a qualidade do ensino e desenvolvimento. Assim, a tecnologia pode possibilitar uma nova relação entre alunos, pais, professores e escola.
Seguindo essa lógica, inserir as TICs na escola segundo Geraldi (2017, p.14) “faz-se necessário sua integração com a cultura digital, para oportunizar a todos que nela atuam a participação na cibercultura”, que segundo Lévy (2000, p.17, apud Geraldi, 2017, p.14) é constituído “o conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), de práticas, de atitudes, de modos de pensamentos e valores”. Ocorrendo principalmente pela exploração das funcionalidades e serviços oferecidos pelas TICs, em especial a internet.
Vale ressaltar ainda que as escolas devem utilizar das TICs como novos meios de aprendizagem do currículo. Assim, Oliveira (2007, p.127) afirma: “[...] não tendo como finalidade o processo educacional [...] podem oferecer, segundo defensores da informática educativa, grandes vantagens se forem utilizados no processo de ensino”, ou seja, as TICs podem ser usadas em trabalhos extras e em disciplinas, como complemento didático, compreendendo quais suas especificidades técnicas e seu potencial pedagógico.
Diante deste pensamento de Oliveira a respeito das TICs sendo utilizada como complemento didático, faz-se necessário analisarmos conforme a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a tecnologia na educação infantil, ou seja, como é previsto o seu uso, como a BNCC determinada as competências e o desenvolvimento das crianças ao utilizar essas tecnologias.
2.3 AS TICs NA EDUCAÇÃO INFANTIL CONFORME A BNCC
A tecnologia possui importante papel na BNCC, de forma que a sua compreensão e uso são tão importantes que um dos pilares da BNCC é a cultura digital e como ela deve ser inserida no processo de ensino e aprendizagem. Além de constar nas competências gerais, as TICs também são citadas entre os Direitos de aprendizagem e desenvolvimento da Educação Infantil e nas Competências específicas de área nos ensinos fundamental e médio, bem como nos respectivos Objetivos de aprendizagem, desenvolvimento e habilidades.
É inegável que a infância seja a fase mais importante da criança, pois, é onde há uma maior preocupação quanto ao seu desenvolvimento e aprendizado, fazendo ser necessária uma atenção especial a ela. É nessa etapa onde a criança está em fase de conhecimento e desenvolvimento para a construção de sua personalidade, ou seja, onde ela não tem opinião formada sobre sua vida e a convivência como ser da sociedade. Nesse sentido Pacheco (2009, p.32, grifo do autor) fala:
Conhecer a criança é pensá-la não apenas numa perspectiva evolutiva e etária. Conhecer a criança é pensá-la como um ser social determinado historicamente. Conhecer a criança é pensá-la interagindo dinamicamente, influenciando e sendo influenciada. Conhecer a criança é pensá-la como um ser de relações que ocorrem na família, na sociedade, na comunidade. É conhecê-la em casa, na escola, na igreja, na rua, no clube, em grupos sociais, nas “peladas”, enfim, em todas as suas atividades.
Assim, faz-se necessário discutir sobre o desenvolvimento das crianças nessa etapa, pois, os alunos nessa idade são conhecidos por ser a geração dos nativos digitais. De tal modo, torna-se natural que a sociedade entre em discussão frequentemente a respeito do papel das TICs na educação e sua influência na formação escolar, profissional e social do indivíduo. As tecnologias possuem objetivos cada vez mais importantes em todos os aspectos da vida das crianças e dos adolescentes. Assim, nos cria uma indagação a respeito do seu papel no desenvolvimento da criança com o questionamento: como a criança pode se desenvolver através das TICs?
Os objetos digitais estão presentes cada vez mais na educação infantil. Nesse sentido o uso deles pelas crianças deve sempre respeitar as orientações médicas e pedagógicas (como limitar o tempo de exposição às telas e aplicar filtros de conteúdo), de todo modo o uso da tecnologia nesta etapa do ensino pode ter impactos positivos na educação das crianças. Assim, as crianças aprendem Não só pelo que é repassado em sala de aula, mas também quando estão utilizando a tecnologia.
Um fato que mostra ser importante quanto ao uso das TICs pela criança, para que estas tenham um melhor desenvolvimento é que a tecnologia está presente ao longo de todo o documento da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Está incluída desde as competências gerais até as habilidades e os objetivos específicos, tanto para os anos iniciais, quanto para os que já estão na fase final da Educação Básica.
Nas competências gerais, a Base prevê que os alunos devem aprender a:
Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
[. . . ]
Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital -, bem como conhecimentos das linguagens artísticas, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. (BNCC, 2018).
Desta forma ao adentrar no texto da Base que especifica a educação infantil a tecnologia também aparece em um dos seis direitos de aprendizagem:
Explorar movimentos, gestos, sons, formas, texturas, cores, palavras, emoções, transformações, relacionamentos, histórias, objetos, elementos da natureza, na escola e fora dela, ampliandoseus saberes sobre a cultura, em suas diversas modalidades: as artes, a escrita, a ciência e a tecnologia. (BNCC, 2018).
Diante disso, compreende-se que a tecnologia expressa nos textos da BNCC está presente no dia a dia das crianças em um contexto de aprendizagem formal, tanto para que elas aprendam a utilizar os meios digitais quanto para lidar com novos hábitos e relações decorrentes do seu uso, estimulando o pensamento crítico, criativo e lógico, a curiosidade, o desenvolvimento motor e a linguagem. Assim, levam-se em conta que as tecnologias digitais estão presentes na nova BNCC e o investimento em tecnologia educacional se torna fundamental, não só para se adequar às diretrizes da Base Nacional Comum curricular, mas também para estar próximo da realidade dos alunos.
A BNCC entende que o aluno deve ser o personagem principal da sociedade em que vive, assim como da cultura digital que já faz parte do seu cotidiano. Nessa perspectiva, o documento, por meio da orientação por competências, faz com que o aluno passe a pensar criticamente em sala de aula, participando e propondo soluções para os problemas de sua realidade.
Por muito tempo, houve discussões acerca do uso da tecnologia em sala de aula, principalmente pela frequência do uso de aparelhos celulares entre os alunos. Contudo, como retrata a BNCC, a escola tem o desafio de implantar de fato o uso de ferramentas tecnológicas no seu contexto educacional. Desse modo, torna-se indispensável que o professor busque alternativas viáveis para inserir as TICs e metodologias ativas dentro do ambiente escolar.
2.4 METODOLOGIAS ATIVAS E TECNOLOGIAS NA PRÁTICA PEDAGÓGICA
O ambiente escolar, mais precisamente na educação infantil, deve desempenhar um importante papel de socialização da criança, ou seja, para que ela se adapte com mais destreza aos outros períodos da vida escolar, não só o social, mas também o intelectual e à vida em sociedade, de forma geral. E para que esse desenvolvimento ocorra plenamente, a criança deve ter como mediador o professor, principalmente da educação infantil.
Nesse sentido, é válido lembrar que o docente, durante essa etapa, utilize de brincadeiras naturais ao período de desenvolvimento em que a criança se encontra e que estas favoreçam no amadurecimento, para apoiar seu conhecimento e ensino, fazendo perguntas, comentando, desafiando e incentivando a verbalização. Além das funções gerais atribuídas a todos os professores, o mesmo tem que utilizar da mediação, ou seja, ser um mediador para facilitar a aproximação das crianças consigo e entre elas, propondo práticas adequadas e atividades que promovam o desenvolvimento integral da criança. Nessas perspectivas, a educação infantil está ligada diretamente ao que se chama de metodologias ativas, na qual estão cada vez mais empregadas nos diversos níveis de ensino.
A utilização das tecnologias embasadas em metodologias ativas favorece o processo de ensino e aprendizagem de forma eficaz e autônoma, com foco no desenvolvimento humano em todas as suas vertentes e voltadas principalmente para a realidade na qual vivenciamos.
Metodologia Ativa refere-se às formas de ensinar que priorizam a atuação do aluno e estimulam o desenvolvimento de suas competências. O aluno é o personagem principal e o maior responsável pelo processo de aprendizado. Sendo assim, o objetivo desse modelo de ensino é incentivar que a comunidade acadêmica desenvolva a capacidade de absorção de conteúdos de maneira autônoma e participativa (Pinto, 2020).
Nas metodologias ativas, diversas estratégias devem ser utilizadas para que o papel central do processo de ensino e aprendizagem, que antes era do professor, passe a ser do aluno, que passa a ter mais autonomia, cria seu próprio caminho e personaliza o processo de ensino e aprendizagem.
A aprendizagem é um processo ativo e social que ocorre melhor em ambientes centrados no aluno, nos quais os professores assumem papéis facilitadores para orientar os alunos em indagações significativas, nos quais as atividades construtoras de conhecimento são balanceadas com o uso sensato da prática orientada e da instrução direta. Novas competências, como as habilidades de colaborar, reconhecer e analisar problemas com sistemas, de adquirir e utilizar grandes quantidades de informação e de aplicar a tecnologia na solução de problemas do mundo real são resultados valorizados (SANDHOLTZ, RINGSTAFF, DWYER, 1997, p.174).
Desta forma, para empregar essa metodologia é necessário que o professor tenha bastante conhecimento para desenvolvê-las de maneira adequada em sala de aula. Também precisa conhecer os recursos possíveis e mais favorecedores que pode utilizar.
A tecnologia, além de estar inserida na educação, é considerada como recurso pertinente dentro deste modelo de ensino. Nesse contexto, Moran (2013) indaga que as tecnologias alcançaram o ápice e envolve toda a comunidade mundial, sendo que elas permitem ampliar um novo conceito de aula, de espaço, de tempo, realidade e estabelece uma convergência física e virtual.
Diante disto, a Educação com um conjunto de inovações, bem como, as tecnologias, proporcionam o processo de ensino-aprendizado mais flexível. “O salto de qualidade utilizando novas tecnologias poderá se dar na forma de trabalhar o currículo e através da ação do professor, além de incentivar a utilização de novas tecnologias de ensino, estimulando pesquisas interdisciplinares adaptadas à realidade brasileira” conforme Mercado (2002, p.15).
Vale salientar que, as tecnologias digitais vêm sendo inseridas na Educação como Modelos Híbridos de Aprendizagem. Desse modo, oportunizando o processo de aprendizagem híbrida, em momentos que os alunos estudam e, ao mesmo tempo, interagem com outros alunos e professores, trocando saberes e aprendizados.
Para Moran (2015, p.27)
A educação sempre foi misturada, híbrida, sempre combinou vários espaços, tempos, atividades metodológicas, públicos. Esse processo, agora com mobilidade e conectividade, é muito mais perceptível, amplo e profundo: é um ecossistema mais aberto e criativo. Podemos ensinar de inúmeras formas, em todos os momentos, em múltiplos espaços. Híbrido é um conceito rico, apropriado e complicado.
À medida que estas tecnologias são implantadas, há novas possibilidades de métodos e processos alternativos voltados à aprendizagem das crianças. “Essas tecnologias têm alterado a dinâmica da escola e da sala de aula, modificando, por exemplo, a organização dos tempos e espaços da escola, as relações entre o aprendiz e a informação, as interações entre alunos e entre alunos e professor” salientam Bacich e Moran, (2018, p 29).
Metodologias ativas trabalham a centralidade do aluno no processo de ensino e aprendizagem. Diante disto, vale ressaltar que o uso destas metodologias se intensificou ainda mais no atual momento que todos estamos vivenciando, a pandemia pelo novo coronavírus, ou seja, devido às aulas presenciais estarem paradas, muitas escolas e instituições tiveram que se redesenhar diante um novo modelo de ensino.
Nesse processo, muitos educadores tiveram que redesenhar suas aulas para recursos que pudessem ser utilizados em meios digitais e neste sentido melhor se familiarizarem com a tecnologia para conseguir dar aulas à distância através do ensino remoto. A criatividade dos professores brasileiros em se enquadrar a uma nova realidade é indescritível no que diz respeito à criação de recursos midiáticos: Criação de vídeo aulas para que os alunos possam acessar de forma assíncrona além das aulas através de videoconferência para a execução de atividades síncronas como em sala de aula.
Para tanto faz-se necessário que seja explanado alguns exemplos deste tipo de metodologia, para que possamos entender de que forma elas contribuem tanto para a formação pedagógica quanto para um ensino eficaz na qual o aluno tire proveitos, para que sua formação pessoal tenha resultados significativos. Desta forma temos como abordagens:
2.4.1 GAMIFICAÇÃO
Segundo Fardo (2013) A gamificação utiliza-se elementos de jogos em diversassituações que visam aumentar as capacidades de desenvolvimento dos alunos como os jogos. A lógica e metodologias dos games podem ser aplicadas na realidade com vários fins, como tornar conteúdos espessos em materiais mais acessíveis e motivar pessoas a realizarem ações ou alcançar algum objetivo. Diante disto, é importante saber que, mesmo utilizando características desse universo, a gamificação não é um jogo e pode ser utilizada em vários segmentos, seja na área da saúde para estimular pacientes, na educação para melhorar o desempenho dos alunos ou de funcionários no treinamento corporativo, ou até para promover alguma marca, produto ou serviço.
De fato, todos nós já tivemos contato com algum jogo ou brincadeira infantil, eletrônicos, esportes e até competições e sabemos instintivamente como é sua dinâmica por isso, nos sentimos atraídos pela atividade. De forma natural, é possível utilizar a gamificação para promover aprendizados ao tornar materiais densos em conteúdos mais fáceis de serem assimilados, além de solucionar problemas ou transformar tarefas obrigatórias em atividades envolventes. Além disso, quando o projeto é digital, é possível medir com maior facilidade os resultados, pois, as ferramentas costumam registrar o desempenho dos “jogadores” e disponibilizá-los para a análise dos responsáveis pela aplicação, como é o caso do Kahoot, uma plataforma de aprendizado usada como tecnologia educacional em escolas e outras instituições de ensino. Seus jogos de aprendizado, “Kahoots“, são testes de múltipla escolha que permitem a geração de usuários e podem ser acessados através de um navegador da web ou do aplicativo Kahoot.
Isso significa que a gamificação são técnicas interativas que acabam por despertar o lado emocional e explora aptidões que podem de forma significativa melhorar o processo de ensino aprendizagem e que podem desenvolver diversos fatores como personalidade, inteligência, além de motivar a criatividade (Melo e Salviano, 2016, p.45). Desta forma ela pode ser utilizada para despertar o interesse de pessoas para uma atividade específica, ajudando-as a aprender e memorizar conteúdos mais complexos e incentivá-las a obterem resultados satisfatórios. Tudo isso de forma voluntária e divertida.
Para isso, a solução criada deve ser desafiadora, porém, não tão difícil demais para desestimulá-los a continuar na competição. Neste sentido, antes de implementar a gamificação na sua realidade, é importante entender como esta técnica influencia no comportamento das pessoas.
2.4.2 SALA DE AULA INVERTIDA
É uma metodologia ativa de aprendizagem que deriva do ensino híbrido e é caracterizada pela inversão do papel tradicional da sala de aula com o das tarefas de casa no momento do aprendizado. Nesse sentido, a sala passa a ser o lugar das práticas de atividades enquanto o contato com o conteúdo passa a ser em casa. Nesse sentido, Valente (2014) nos diz que é importante que o material de estudo seja disponibilizado com antecedência, para que os estudantes leiam e passem a conhecer os conteúdos propostos.
Vale lembrar, para que a sala de aula invertida tenha efeito, faz-se necessário a conexão do professor para auxiliar os alunos no caminho certo do ensino e aprendizado, ajudando-os quando preciso. Portanto, essa metodologia é uma estratégia que pode mudar alguns elementos do modelo presencial (Barrett, 2012), sugerindo uma alternativa ao modelo tradicional.
Para que se tenha um desenvolvimento significativo, a sala de aula invertida traz inúmeros benefícios, dentre eles estão o desenvolver habilidades, o protagonismo do aluno, otimização de tempo e conteúdos práticos e debates avançados. Esse método tem como foco principal o aluno. Desta forma, consideram-se inclusive as preferências da nova geração e propor que o primeiro contato com o conteúdo, estudado previamente à distância, seja feito através do uso de materiais digitais, como: vídeo aulas, games, pesquisas, textos, etc.
2.4.3 APRENDIZAGEM BASEADA EM PROJETOS
É um tipo de metodologia que elenca o aprendizado do discente a partir de conceitos abordados em sala de aula. Visa aperfeiçoar o trabalho em equipe e a resolução de problemas, nesse sentido os alunos passam a ser protagonistas do seu próprio aprendizado, tornando-os mais responsáveis e fazendo o professor virar um intermediador, conduzindo os discentes a construírem suas aprendizagens. 
Geralmente é muito simples a forma de aplicar a aprendizagem baseada em projetos, tendo como tópicos principais:
· Sugere-se um problema;
· Os alunos investigam suas causas e elaboram hipóteses;
· Após conhecer melhor o desafio e suas origens, definem táticas para a resolução do desafio;
· Estabelecem um plano;
· Apresentam o plano e o executam, podendo demonstrar os resultados depois;
· São avaliados pelo orientador
Desta forma os alunos interagem com a realidade, identificam os erros e procuram entender o que deve ser resolvido ou alterado. Nessa perspectiva, eles sugerem diversos modos que irão prevenir ou solucionar tais questões. Assim, o PBL mescla diferentes metodologias dentre eles o ensino híbrido, de tal forma que envolve várias temáticas e diversos recursos acadêmicos. 
Lembrando que esse método funciona de modo a desenvolver diversas habilidades para que sejam resolvidos vários problemas, além de que pode desenvolver comunicação e trabalho em equipe citado anteriormente.
2.4.4 GOOGLE CLASSROOM
É um recurso de vídeo chamada bastante usado no meio acadêmico pela sua facilidade de manuseio por quem quer que seja. Esse método consiste no repasse de atividades online e atividades realizadas fora do contexto escolar. Além de ser um ensino híbrido, ele entra na classificação de blended learning ou sala de aula invertida, onde é projetado o conteúdo pelo professor e utilizando o tempo da sala para discutir e acertar as ideias. Dentro destas perspectivas, Daudt (2015) nos mostra algumas funcionalidades do Google Classroom, entre elas podemos encontrar lançamentos de comunicados, criação de avaliações, ate mesmo receber trabalhos de alunos e/ou organizar o material de maneira facilitada. Essa metodologia é muito válida, contudo torna-se necessário o esforço e o desempenho de ambos os lados (professor e aluno). Pode ser aplicado em todas as disciplinas
2.4.5 REDES SOCIAIS
A utilização de tecnologias associadas às redes sociais como comunicadores (WhatsApp) e redes de relação interpessoal (Facebook) tem a intenção de potencializar efeitos de aprendizado em sala de aula, visto que ambos são amplamente utilizados pelos alunos, tanto do ensino público quanto do privado. A elevada audiência das ferramentas faz com que a participação seja grande e o aprendizado amplamente difundido. Pesquisas anteriores já demonstraram o efeito das redes sociais em tempos comuns e os docentes acreditam em uma maior potencialização do efeito das redes sociais nestes momentos de pandemia
Diante destes exemplos, podemos observar que as ferramentas para utilização de metodologias ativas são vastas, dentre estas existe o plurall, uma ferramenta que permite compartilhar ebooks, etc.
Portanto, as metodologias ativas podem viabilizar um maior compromisso com a educação e a formação dos alunos, entregando o que se espera dessas ferramentas principalmente no contexto social atual de pandemia, mesmo com as dificuldades que muitas famílias ainda possuem com relação às TICs.
3 METODOLOGIA DA PESQUISA
Os objetivos do presente estudo terão princípios exploratórios. A pesquisa exploratória é explicada por Gil (2002), o principal objetivo é a familiarização com o problema abordado, de modo a torná-lo explícito e visível, ou seja, o problema e os objetivos serão mais aprofundados, assim como explorar mais sobre as tecnologias da informação e comunicação, visando aproximar o leitor dos assuntos abordados e adquirir conhecimentos sobre as TICs, como ela pode ajudar no desenvolvimento das crianças e quais metodologias ativas podem ser utilizadas com o intermédio dessas tecnologias na prática pedagógica.
Nessa perspectiva, de modo aencontrarmos o objetivo proposto, percebeu-se que nossa pesquisa se encaixava no estilo pesquisa bibliográfica. Tivemos como base de referência o que explica Köche (2011, p.12), “a pesquisa bibliográfica é a que se desenvolve tentando explicar um problema, utilizando o conhecimento disponível a partir das teorias publicadas em livros ou obras congêneres”, os estudos de Gil (2008). O mesmo vem a falar que a pesquisa é desenvolvida mediante a leitura de materiais já publicados, sendo artigos ou livros, fazendo nos aproximar ou distanciar do campo de estudo dependendo da coerência dos teóricos sobre determinados assuntos, os estudos de Almeida (2011). Para ele, a pesquisa bibliográfica busca relações entre três pontos, dentre conceitos, características e ideias, unindo um ou mais temas.
Para Severino (2007), a pesquisa bibliográfica se caracteriza de registros disponíveis de pesquisas já realizadas, em livros, artigos, e/ou documentos impressos. Desta forma, os textos viram fontes de temas que serão construídos. Para Martins e Lintz (2000), a pesquisa busca conhecimentos e análise de contribuições científicas de determinado assunto.
Alves (2007, p.55) escreve:
Pesquisa bibliográfica é aquela desenvolvida exclusivamente a partir de fontes já elaboradas – livros, artigos científicos, publicações periódicas, as chamadas fontes de “papel”. Tem como vantagem cobrir uma ampla gama de fenômenos que o pesquisador não poderia contemplar diretamente.
Partindo disso, buscou-se a leitura e aprimoramento da revisão bibliográfica. As palavras-chave utilizadas para a busca fora basicamente: “Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC); educação infantil; metodologias ativas”. A coleta foi realizada em materiais impressos e meios eletrônicos, sendo que as bibliografias selecionadas abrangem o período de 2010 a 2021.
O tratamento dos dados se deu de forma qualitativa, através de interpretações dos apontamentos dos especialistas do tema, procurando atender aos objetivos destacados inicialmente. Segundo Stake (2016), uma ciência qualitativa vai além de estatísticas e medições, tomando como base principalmente a compreensão e percepção humana.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
	Nas etapas a seguir discorrem sobre os resultados e discussões da pesquisa. Tendo em vista os objetivos com este estudo, abaixo estão dispostos tópicos específicos os quais se tratam dos conceitos de TICs, conceitos de metodologias ativas e logo em seguida se discute sobre esses achados.
4.1 CONCEITOS DE TECNOLOGIAS DA INORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
Com base no quadro 1, mostraremos os conceitos das tecnologias da informação e comunicação com base na fala e nos estudos de autores especialistas no assunto, dando ênfase a nossa concepção sobre as TICs e as relações destas, com cada autor.
Quadro 1 - Conceitos de tecnologias da informação e comunicação
	Autor
	Conceitos de TICs
	
Vieira (2011)
	Define as tecnologias de informação e comunicação, como uma área que utiliza a computação como um meio para produzir, transmitir, armazenar e usar diversas informações. Ainda ressalta “a tecnologia é usada para fazer o tratamento da informação, auxiliando o usuário a alcançar um determinado objetivo”. (p, 16.)
	
Moran (2012)
	Tecnologia da informação e comunicação ou TIC é a área que utiliza ferramentas tecnológicas com o objetivo de facilitar a comunicação e o alcance de um alvo comum.
	
Oliveira; Moura (2015)
	Podem ser entendidas como um conjunto de recursos tecnológicos integrados entre si, que proporcionam por meio das funções de software e telecomunicações, a automação e comunicação dos processos de negócios, da pesquisa científica e de ensino e aprendizagem.
Fonte: Os pesquisadores 
	Observa-se que, no sentido conceitual, os autores seguem o mesmo raciocínio no tocante ao conceito sobre as TICs, e definem de forma congênere sobre elas, destacando assim sua importância.
Como a tecnologia da informação e comunicação pode abranger e ser utilizada em diversos contextos, sua definição pode ser bem complexa e ampla, da mesma forma que elas podem gerar conflitos, ou seja, se mal utilizada pode gerar maiores desafios tanto para a escola quanto para professores e alunos. De toda forma, a tecnologia é utilizada para tratar informações e podem auxiliar quem a manuseia a alcançar um determinado objetivo.
4.2 CONCEITOS DE METODOLOGIAS ATIVAS
 	Nesse tópico trataremos do conceito de metodologias ativas, na visão de alguns autores. Assim mostraremos no quadro 2 a definição por eles.
Quadro 2 – Conceito de metodologias ativas.
	Autor
	Conceitos de Metodologias Ativas
	
Barbosa; Moura (2013)
	Quando os alunos vivenciam métodos ativos têm possibilidades de desenvolver a confiança nas tomadas de decisões, na aplicação prática do conhecimento, melhoram a expressão oral, a escrita e a capacidade de se relacionar com colegas.
	
Masseto (2013)
	A abordagem tradicional, baseada unicamente na transmissão de conteúdos pelo professor, precisa dar lugar a práticas de ensino inovadoras, buscando métodos de ensinos que facilitem e incentivem o discente a desenvolver um perfil inovador e solucionar os problemas de uma forma facilitadora e prazerosa, como é o caso das metodologias ativas.
	
Martins (2020)
	O principal objetivo das metodologias ativas no ensino é incentivar os alunos para que aprendam de forma autônoma e participativa, a partir de problemas e situações reais. (p.34)
	
Pinto (2020)
	Metodologia Ativa refere-se às formas de ensinar que priorizam a atuação do aluno e estimulam o desenvolvimento de suas competências. O aluno é o personagem principal e o maior responsável pelo processo de aprendizado. Sendo assim, o objetivo desse modelo de ensino é incentivar que a comunidade acadêmica desenvolva a capacidade de absorção de conteúdos de maneira autônoma e participativa.
Fonte: Os pesquisadores
Dispondo das conceituações acima, percebemos um destaque nas ações “autônoma” e “participativa” na metodologia ativa, ligados ao processo de aprendizado dos alunos, como discorrem Martins (2020) e Pinto (2020). Os autores apresentam referenciais variados, possivelmente, para corroborar com seus pontos de vista sobre metodologias ativas.
De acordo com o proposto por Barbosa e Moura (2013) os métodos ativos tornam-se fundamentais para que os alunos possam desenvolver sua confiança, tanto para a tomada de decisões quanto na aplicação do conhecimento, ou seja, a metodologia ativa se preocupa muito com o perfil do aluno, nesse método ele é o protagonista do processo de aprendizado. Para Masseto (2013) a abordagem tradicional precisa dar lugar a práticas inovadoras, o discente precisa ter mais autonomia, o professor precisa ser um facilitador do processo para que este primeiro consiga resolver problemas de forma facilitadora e prazerosa.
Nesse sentido, Sandholtz; Ringstaff; Dwyer (1997) em uma perspectiva centrada no papel do aluno, onde passa a assumir o papel de facilitador do processo de ensino e aprendizado, destacam que:
A aprendizagem é um processo ativo e social que ocorre melhor em ambientes centrados no aluno, nos quais os professores assumem papéis facilitadores para orientar os alunos em indagações significativas, nos quais as atividades construtoras de conhecimento são balanceadas com o uso sensato da prática orientada e da instrução direta. Novas competências, como as habilidades de colaborar, reconhecer e analisar problemas com sistemas, de adquirir e utilizar grandes quantidades de informação e de aplicar a tecnologia na solução de problemas do mundo real são resultados valorizados (p. 174).
A educação como um conjunto de inovações, bem como, as tecnologias, proporcionam um ensino-aprendizado mais flexível, assim como destaca Mercado (2002, p. 15) quando fala sobre o salto de qualidade das tecnologias, ou seja, elas podem ser utilizadas para trabalhar o currículo, através das ações do professor.
Em linhas gerais, as produções apontam para uma diversidade de conceitos sobre as metodologias ativas que podem ser compreendidos no processo de ensino-aprendizado.Percebemos haver um forte laço quando se tratam das tecnologias, isto é, quando há um trabalho em conjunto existe a possibilidade de métodos e processos alternativos voltados à aprendizagem das crianças.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
 
Não existe aprendizagem significativa se não houver organização e seriedade na implantação das novas tecnologias na educação, bem como a aplicação das metodologias ativas na prática pedagógica. Têm-se como vantagens de se utilizar as tecnologias como ferramenta pedagógica a estimulação dos alunos, dinamização do conteúdo, e fomentação da autonomia e da criatividade. As desvantagens talvez surjam, quando não houver organização e capacitação dos docentes envolvidos, assim formando alunos desestimulados, sem senso crítico.
À medida que o sistema educacional trabalha com novas perspectivas, ou seja, utiliza das tecnologias no processo de ensino aprendizagem e implementar as metodologias ativas como um processo inovador haverá diminuição da exclusão digital e aumento da dinamização do conteúdo, fazendo com que a educação ultrapasse as barreiras das salas de aula.
Especialistas costumam concordar com um ponto básico em relação às TICs, elas podem, sim, dar suportes relevantes ao ambiente escolar e sala de aula, mas dependendo de como os profissionais envolvidos fazem o uso delas e de como os métodos ativos serão trabalhados, nesse contexto a postura desses profissionais mudarão, precisando serem instruídos a serem mediador desses novos processos de ensino. Porque como sabemos as metodologias ativas têm como pilar o aluno como centro do seu processo de aprendizado e o professor por ser o mediador, deverá instruir seus alunos para que estes venham a ter um melhor rendimento no âmbito escolar e no seu desenvolvimento na totalidade.
Vale ressaltar que, segundo eles, as TICs, devem sim, ser utilizadas como recursos de apoio, pois, elas quando utilizadas de forma adequada geram significativos aprendizados, tendo um aumento da criatividade e motivação nos alunos, ou seja, a aula se torna dinâmica e interativa e ainda mais quando os professores a utilizam em conjunto com as metodologias ativas, nesse método os alunos passam a ser o foco principal e o professor consegue administrar com mais destrezas suas aulas.
Diante destas análises, percebe-se que o uso das tecnologias e a aplicação das metodologias ativas estão cada vez mais se ampliando, por serem práticas um tanto quanto inovadoras, principalmente no atual momento que estamos vivenciando de uma pandemia, onde muitos educadores tiveram que redesenhar suas aulas com recursos que pudessem ser utilizados em meios digitais e neste sentido melhor se familiarizarem com a tecnologia para conseguir dar aulas à distância através do ensino remoto.
Portanto, a combinação tecnologia e metodologia ativa vêm para nos proporcionar uma educação de qualidade e há inúmeras vantagens quando se usadas de maneira organizada, pois, constatam assim a importância das mesmas no processo de ensino e aprendizagem dos alunos.
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ANEXOS

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