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TEMA: HISTÓRIA DAS PRINCIPAIS CORRENTES RE-
LIGIOSAS VIII – ISLAMISMO I
1-É correto dizer que árabe e muçulmano significa
o mesmo? Explique.
2-Qual o significado da palavra Islã? 
3-Quem é Maomé para os muçulmanos e qual sua
importância para o Islamismo?
4-Como era a vida dos árabes na antiga Península
Arábica?
5-Que religião se praticava em Meca antes de Mao-
mé?
6-Explique o processo pelo qual houve o estabele-
cimento do Islã na Arábia.
8-Como a crise sucessória após a morte de Maomé
provocou a divisão do Islã entre Xiismo e Sunismo?
9- Com base o texto da página 136 – livro de Histó-
ria – faze um resumo acerca do desenvolvimento
científico e cultural islâmico.
10-Quais são as fontes de Fé para as principais
correntes do Islamismo?
TEMA: HISTÓRIA DAS PRINCIPAIS CORRENTES RE-
LIGIOSAS VIII – ISLAMISMO II
1-Em aulas anteriores, estudamos o Judaísmo e o
Cristianismo. Em termos de Escritos sagrados, o
que judeus e cristãos têm em comum?
2-Quais são os pontos fundamentais da doutrina Is-
lâmica?
3- De acordo com o texto, quais as principais dife-
renças entre sinitas e xiitas?
4- Explique os cinco pilares da religião muçulmana.
5-Quais são as fontes da doutrina islâmica? Expli-
que.
6-Em resumo, qual o conteúdo do Alcorão?
7- O que é a Sharia?
8- Explique o conceito de jihad e enuncie a diferen-
ça entre o jihad menor e o jihad maior (grande).
9- Como o islamismo enxerga o judaísmo e o cristi-
anismo? O que há de comum entre essas religiões?
10- O islamismo é muitas vezes considerado como
hostil às mulheres e promotor da violência. Toda-
via, não seria justo dizer que todos os muçulmanos
o são. Explique.
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Sugestão de vídeos: 
Preceitos do Islamismo - Todo Seu (30/06/16) https://www.youtube.com/watch?v=6wSBsiyA0Oc [Acesso em 01 de novembro de 
2020.]
História - Civilização Islâmica - Origens do Islamismo [Acesso em 01 de novembro de 2020.]
Maioria dos árabes é muçulmana. Mas maioria dos muçulmanos não é árabe https://www.youtube.com/watch?v=_doLLSqpOlk
[Acesso em 01 de novembro de 2020.]
Islamismo | Retratos de Fé https://www.youtube.com/watch?v=z5MwPO8Kzo4 [Acesso em 01 de novembro de 2020.]
O Avanço Do Islamismo É Um Perigo? https://www.youtube.com/watch?v=D8IKEgheaK0 [Acesso em 01 de novembro de 2020.]
Sufismo | Retratos de Fé https://www.youtube.com/watch?v=KD6T4RjpVnk [Acesso em 01 de novembro de 2020.]
Istanbul - Derviches Tourneurs https://www.youtube.com/watch?v=3gG8YAUqVIs [Acesso em 01 de novembro de 2020.]
TEXTOS AUXILIARES
ISLAMISMO
Islamismo
A religião muçulmana é o islã ou seja, muçulmanos
são os seguidores dessa religião. Embora seja um equí-
voco recorrente, muçulmanos e árabes não são sinôni-
mos! Ser árabe significa pertencer ao grupo étnico que
habita principalmente o Oriente Médio e a África setentri-
onal, enquanto ser muçulmano significa apenas ter fé no
islamismo.
É fato que a maioria dos árabes é muçulmana, mas
não é uma regra, afinal o inverso não é verdadeiro: a
maioria dos muçulmanos não é de árabes, haja vista o
considerável percentual de fiéis muçulmanos em gigan-
tescas populações asiáticas como Índia e Indonésia.
1.0. Etimologia e significado
A palavra Islã, da raiz slm, deriva do verbo árabe as-
lama, que significa literalmente “aceitar, render-se ou
submeter”. Assim, o Islã representa aceitação e submis-
são a Deus. Os fiéis devem demonstrar sua submissão
adorando-o, seguindo estritamente suas ordens e abolin-
do o politeísmo.
2.0. Maomé (Muhamad)
As profecias de Maomé foram organizadas no Alcorão
(ou Corão), o livro sagrado do islamismo. O profeta, que
era analfabeto, começa a receber as revelações aos 40
anos de idade, após uma vida quase toda como merca-
dor. Conta-se que esse processo durou 23 anos. Esse é
apenas o primeiro de diversos pontos que fazem os mu-
çulmanos atribuírem valor divino aos dogmas que sus-
tentam a religião e que estão no Alcorão.
Muçulmanos defendem que Maomé foi o mensageiro
final do islã, ou seja, não o único, mas o último de uma
sucessão de mensageiros que foram enviados por Deus.
A fé islâmica não desconsidera outros nomes, inclusive o
de Jesus Cristo, a quem consideram simplesmente como
um profeta. No que se refere a Maomé, ele foi quem
trouxe a profecia final, isto é, através dele Deus comple-
tou sua mensagem à humanidade.
Dessa forma, muçulmanos não contestam a existên-
cia de outras mensagens profetizadas à humanidade
como as dos Livros de Abraão, da Torá de Moisés, dos
Salmos de Davi e do Evangelho de Jesus Cristo. No en-
tanto, muitos estudiosos, historiadores e eruditos, entre
muçulmanos, judeus e cristãos, não asseguram a origina-
lidade dessas escrituras. Eles concordam que todas pro-
vêm da mesma fonte – Deus –, mas, dadas tantas altera-
ções e traduções, perdeu-se o conteúdo original. Por
isso, os muçulmanos defendem que o Alcorão, revelado
e mantido em sua forma original, em árabe, traz a men-
sagem final, preponderante e imutável, corrigindo qual-
quer lacuna, equívoco e erros humanos penetrados na
difusão de outras escrituras.
Na tradição muçulmana, Maomé (c 570 - 8 de junho
de 632) é visto como o último de uma série de profetas
principais. Durante os últimos 22 anos de sua vida, co-
meçando aos 40 anos, em 610, de acordo para as pri-
meiras biografias restantes, Maomé relatou revelações
que ele acreditava serem de Deus, transmitidas a ele
através do arcanjo Gabriel (Jibril). O conteúdo dessas re-
velações, conhecido como o Alcorão, foi memorizado e
gravado por seus companheiros.
Durante esta época, Maomé pregava ao povo na cida-
de de Meca, implorando-lhes a abandonar o politeísmo e
adorar um Deus. Embora alguns tenham se convertido
ao Islão, Maomé e seus seguidores foram perseguidos
pelas autoridades de Meca.
Depois de 12 anos de perseguição de muçulmanos
por os habitantes de Meca, Maomé, sua família e os pri-
meiros muçulmanos realizaram a Hégira ("emigração")
para a cidade de Medina (anteriormente conhecida como
Iatrebe) em 622. Lá, com os convertidos de Medina (An-
sar) e os migrantes de Meca (muhajirun), Maomé estabe-
leceu sua autoridade política e religiosa. Um Estado foi
estabelecido em conformidade com a jurisprudência eco-
nômica islâmica.
3.0. Doutrina do Islã
A teologia islâmica poderia ser resumido como a cren-
ça em um Deus, seus profetas, seus livros, seus anjos,
seus decretos, e o julgamento final.
• O Islam ensina que os seres humanos nascem espi-
ritualmente neutros, perfeitamente capaz de obedecer
os requisitos de Deus completamente, e que eles perma-
necem dessa forma, mesmo depois que eles pecam pes-
soalmente.
• A necessidade da humanidade, portanto, não é a
salvação, mas a instrução; portanto, o Islamismo tem
profetas, mas nenhum salvador.
• Os pontos centrais do Islamismo
https://www.youtube.com/watch?v=_doLLSqpOlk
https://www.youtube.com/watch?v=KD6T4RjpVnk
https://www.youtube.com/watch?v=z5MwPO8Kzo4
https://www.youtube.com/watch?v=6wSBsiyA0Oc
https://www.youtube.com/watch?v=3gG8YAUqVIs
https://www.youtube.com/watch?v=D8IKEgheaK0
1. Crença em um Deus: os muçulmanos acreditam
que Alá seja o único, eterno, criador e soberano.
2. Crença na existência dos anjos: Eles são criaturas
que constituem um intermediário entre Deus e este mun-
do visível e Deus confiou-lhes os assuntos do mundo da
existência e da legislação. Os anjos são servos honrados
que nunca desobedecem a Deus no que ele ordena. Tudo
o que ele comanda eles realizam.
3. A crença nos profetas. Os profetas são os profetas
bíblicos, mas termina com Maomé como o último profeta
de Alá.
4. A crença nas revelações de Deus (os Livros) a. Os
muçulmanos aceitam certas partes da Bíblia, como a
Torá e os Evangelhos. Mas acham que apesar de terem
sido dados por Deus, foram corrompidos pelos homens.
5. Crença no último dia de julgamento e na vida futu-
ra. Todos serão ressuscitados e irão para oinferno. De lá
serão resgatados os que tiverem merecimentos, e entra-
rão no Paraíso. O paraíso é descrito como um lugar cheio
de frutas, rios, pedras preciosas, leite, mel e vinho, e es-
pecialmente virgens, para desfrute e deleite dos ho-
mens.
6. Crença na predestinação: A grande maioria dos
muçulmanos acredita que Alá decretou tudo o que vai
acontecer.
3.1. Sunitas e Xiitas
Muito se fala a respeito de sunitas e xiitas, duas
correntes majoritárias que, após a morte do profeta Mao-
mé, travaram conflitos durante anos por conta de diver-
gências quanto ao califado (sucessão de Maomé), o
que envolvia até assassinatos de líderes.
A sucessão de Maomé é a grande diferença en-
tre os grupos. Sunitas elegeram Abu Bakr, amigo e
conselheiro do profeta, como seu sucessor. Xiitas nunca
concordaram, pois defendiam o respeito à linhagem fa-
miliar, em que Ali Bin Abu Talib, primo e genro de Mao-
mé, seria seu sucessor imediato.
Os sunitas epresentam a maioria entre os muçul-
manos e são mais flexíveis (em comparação aos xii-
tas) às atualizações na interpretação de dogmas
da Suna (daí deriva o nome Sunita), livro suplementar ao
Alcorão que traz relatos sobre ações de Maomé, e
da Sharia, a Lei Islâmica, em consonância com as trans-
formações da humanidade e com a evolução das civiliza-
ções. Por outro lado, xiitas representam um grupo tra-
dicionalista minoritário, que defende a manutenção
da interpretação tradicional do Alcorão e da Sha-
ria.
Não é incomum nos depararmos com notícias mundi-
ais sobre violência e atentados envolvendo conflitos en-
tre esses dois grupos.
3.2. Os Cinco Pilares
1. Proclamação de fé: Trata-se da Shahada, que é o
testemunho do muçulmano de que ninguém merece ser
adorado, a não ser Allah, e que Maomé é seu mensagei-
ro. Qualquer pessoa que fizer essa declaração se torna
muçulmana. Não é necessário que haja formalidade ou
celebração.
2. Oração: Ritualisticamente, os muçulmanos fazem
oração, a Salah, cinco vezes ao dia. A Salah preza pela
manutenção da fé islâmica e pela reafirmação da sub-
missão a Deus.
3. Caridade compulsória: O terceiro pilar é a Zakah,
uma espécie de caridade que vai além do caráter facul-
tativo e beneficente que a palavra pressupõe, pois é tida
como uma obrigação do muçulmano que detém melhor
condição financeira de prestar apoio aos carentes e ne-
cessitados muçulmanos. Tal obrigação equivale a 2,5%
anuais do patrimônio individual.
4. O jejum do Ramadã: Ramadã é o nono mês do ca-
lendário islâmico e deve ser passado em jejum pelos mu-
çulmanos saudáveis. Sawm, o jejum, consiste na comple-
ta abstenção de comida, bebida e atividades deleitosas
(como sexo, jogos e diversões) do nascer ao pôr-do-sol.
5. Peregrinação à Meca: Entre os dias 8 e 13 do mês
de Dhu al-Hijja, último do calendário islâmico, os muçul-
manos celebram o Hajj. Trata-se da peregrinação que, ao
menos uma vez na vida, todo muçulmano que goze de
condições físicas e financeiras deve fazer à cidade sagra-
da, Meca, na Arábia Saudita. A tradição remonta a Abra-
ão, considerado o “pai de todos os profetas”. Todos os
anos, milhões de muçulmanos vão à Meca durante o
evento.
3.2. Deus na concepção islâmica
A crença na existência de Deus é um princípio comum
entre todas as doutrinas religiosas e, basicamente, a di-
ferença substancial e fundamental entre uma pessoa re-
ligiosa - seja qual for a doutrina que pratica - e um indiví-
duo materialista, reside nesta questão. 
Deus no Alcorão chama a si mesmo de Alá, um nome
derivado da raiz semítica El. Embora o termo seja conhe-
cido no Ocidente como uma referência ao Deus muçul-
mano, para os falantes do árabe (de qualquer religião, in-
cluindo cristãos e judeus) é usado como uma referência
a "Deus". 
A crença em Deus no Islã consiste em quatro aspec-
tos:
-Em Sua existência. Isto primeiro por guiar o Criador
ao Seu servo, depois pelas evidências do instinto natural
do ser humano, a razão, os sentidos, sinais na criação e
como prova principal; os textos sagrados. 
-Nisso Ele é o único, em Seus atos e domínio deste
Universo: O único Criador, Sustentador, Soberano, etc.
-Por ser a única divindade e sustentador das qualida-
des divinas: somente Ele é digno de adoração.
-Em Seus nomes e atributos: consiste em afirmar so-
bre Deus o que Ele afirmou sobre Si mesmo no Alcorão
ou através do profeta Maomé, sobre seus nomes e atri-
butos divinos, sem distorção, negação ou semelhança
com algo deste mundo. 
3.3. Fontes da doutrina islâmica
A principal fonte do Islã é o Alcorão. 
O Alcorão compreende 114 capítulos (Suras) revela-
dos por Maomé, dos quais 86 em Meca e 28 em Medina;
e compreende nada menos que 6236 versículos. Cada
capítulo é uma preleção, na qual os ouvintes são exorta-
dos a seguir determinadas normas morais ou a aplicar
determinadas leis; ou mesmo a crer em determinadas
verdades, extraindo conclusões dos fatos históricos que
lhes são narrados.
Em síntese, o conteúdo do Alcorão representa um
dogma, o da religião islâmica; uma lei, a lei corânica, que
compreende os códigos penal, civil, constitucional e mili-
tar; normas para o comportamento individual e social; e
narrativas históricas.
Dessas narrativas, muitas são referidas pelos textos
bíblicos, como a criação de Adão e Eva e sua expulsão do
Paraíso, a história de José e seus onze irmãos, a perse-
guição do Faraó aos judeus e seu êxodo para a Terra Pro-
metida, a história de Salomão e da rainha de Sabá, o
nascimento de Jesus Cristo e diversos outros, com gran-
des semelhanças em relação às versões da Bíblia.
Existe consenso entre todos os muçulmanos sobre
sua autenticidade. Em ordem de importância, segue a
Sunna ou tradição: o conjunto de Hadiths, que são di-
tos e atos de Muhammad (Maomé) narrados por seus
contemporâneos. Esses hadiths são transmitidos por fon-
tes reconhecidas e compilados em diferentes coleções.
Eles mencionam a cadeia de pessoas consideradas dig-
nas de fé que transmitiram cada um dos eventos ditos
ou expostos. A terceira fonte é o consenso da Comuni-
dade, isto é, a opinião consensual dos líderes islâmicos.
Ao contrário do texto do Alcorão, as coleções de Hadi-
th não são unívocas. Eles são classificados de acordo
com seu grau de verossimilhança. Alguns são considera-
dos precisos e genuínos; outros, "fracos" e apócrifos. Pe-
los textos dos Hadiths, muitas coisas são normatizadas
ou mesmo justificadas e, algumas delas, consideradas bi-
zarras na cultura ocidental ou, inclusive, criminosas.
A fé nos livros revelados dentro do Islã compreende:
-O Alcorão (Alcorão) revelado ao Profeta Muhammad .
-A Torá (At-Tawrat) revelada ao profeta Moisés .
-Os Salmos (Az-Zabur) revelados ao Rei Davi .
-O Evangelho (Al-Injil) revelado a Jesus (Issah para os
muçulmanos), filho de Maria (Maryam). 
“Dize: Cremos em Alá e no que nos foi revelado, no
que ele revelou a Abraão, Ismael, Isaque, Jacó e as doze
tribos [descendentes dos filhos de Tiago], e no que ele
revelou a Moisés, Jesus e os profetas . Não discrimina-
mos entre eles e nos submetemos a ele.” Alcorão 2:36
4.0. A Lei islâmica
A sharia, ou lei islâmica é o corpo da lei islâmica.
Constitui um código detalhado de sua conduta, que inclui
também suas normas sobre os modos de culto, os crité-
rios de sua "moral" e de sua vida, as coisas que lhes são
permitidas ou proibidas, e as regras de separação entre
o que eles consideram bom ou mau . No entanto, sua
identificação com sua religião é matizada: embora esteja
no Islã, não é um dogma ou algo indiscutível (como o
texto do Alcorão poderia ser ), mas sim o objeto de suas
interpretações.
5.0. Jihad – A Guerra Santa
A jihad (significa 'esforço' e 'luta no caminho de
Deus') é considerada "o sexto pilar do Islã" por uma mi-
noria de autoridades muçulmanas. Jihad, em seu sentido
mais amplo, é classicamente definido como "o poder ex-
tremo, esforços, habilidades ou habilidade de alguém
para enfrentar um objeto de desaprovação." Dependen-
do do objeto, quegeralmente é um inimigo visível, e dos
aspectos cotidianos de uma pessoa, as diferentes cate-
gorias de Jihad são definidas:
Quando usado sem qualquer justificativa, é entendido
em seu aspecto militar. Também se refere aos esforços
de um fiel para alcançar a perfeição religiosa e moral.
Existem dois tipos de jihad:
A "jihad menor", que consiste na defesa contra o
ataque inimigo. Como o Islã é uma religião expansionis-
ta, a jihad é usada para impor, pela força, a religião aos
“infiéis”, isto é, os que não são muçulmanos. Isso expli-
ca, sob certo ponto de vista, o grande crescimento do
islã.
A "grande jihad" que é a luta contra o nosso ego, os
defeitos e as paixões inferiores. 
A defesa do Islã, dos muçulmanos ou de seus países
contra o inimigo externo pode efetivamente adquirir o
caráter de uma luta militar ou de uma guerra santa, e
isso se encontra no Alcorão, onde é encorajado a lutar
contra os infiéis se o Islã for atacado (Alcorão, Sura 2:
190-192). Deste último conceito nasce a ideia de jihad
como luta ou guerra, que se tornou popular em todo o
mundo.
Ao muçulmano que deixar a religião islâmica, a lei re-
ligiosa ordena que se lhe dê a morte onde quer que seja
encontrado e aquele que o matar cumpre um serviço a
Allah.
6.0. Perspectiva islâmica acerca do Cristianismo
e Judaísmo
O islamismo reconhece elementos de verdade no ju-
daísmo e no cristianismo. Todos os profetas do judaísmo
são reconhecidos também como profetas no islão, assim
como Jesus, que de acordo com a perspectiva muçulma-
na teria anunciado a vinda de Maomé. Para os seguido-
res dessas duas crenças, o Alcorão reservou a noção de
"Povos do Livro" (Ahl al-Kitab), estabelecendo que devem
ser tolerados devido ao facto de possuirem escrituras sa-
gradas. À medida que os muçulmanos tomaram contacto
com outras religiões detentoras de revelações escritas,
acabaram em alguns casos por conceder-lhes também
esse estatuto (caso do zoroastrismo).
Porém, se o islão reconhece o papel preparatório do
judaísmo e do cristianismo, considera igualmente que os
seguidores dessas religiões acabaram por seguir cami-
nhos errados.
Segundo o Alcorão, Jesus (chamado de Isa) foi um dos
profetas mais amados por Deus e, ao contrário do que
acontece no Cristianismo, para os muçulmanos ele não
tem caráter divino. Os muçulmanos acreditam que Jesus
não foi crucificado (muito menos morreu na cruz). Era
plano dos inimigos de Jesus crucificá-lo (e matá-lo), mas
Deus o salvou e o ressuscitou para Si. O aparecimento de
Jesus foi colocado sobre outra pessoa, e os inimigos de
Jesus apreenderam este homem e o crucificaram, pen-
sando que foi Jesus.
“Ó fiéis, não tomeis por amigos os judeus nem os cris-
tãos; que sejam amigos entre si. Porém, quem dentre
vós os tomar por amigos, certamente será um deles; e
Deus não encaminha os iníquos” – Alcorão, Suratra 5,51.
6.1. Conceitos em comum nas Religiões Abraâ-
micas
Apesar das leituras diferentes de seus respectivos li-
vros sagrados, todas estas doutrinas têm Abraão como
referência. As principais religiões abraâmicas apresen-
tam semelhanças. Acreditam em Deus como origem da
lei moral e criador do universo, apresentando na narrati-
va bíblica praticamente os mesmos lugares, histórias e
valores, mas com diferentes nomes, perspectivas, signifi-
cados e funções. Porém, no que se refere à prática e
doutrina, são bem adversas.
Ao longo da história, em várias regiões, os três ramos
que surgiram na religião abraâmica entraram em conflito
por apresentarem diferentes leituras do livro sagrado.
Muitas pessoas morreram e sangue foi derramado por
causa das diferentes interpretações.
O judaísmo, o cristianismo e o islamismo, são religi-
ões de revelação: o transcendente irrompe, espontanea-
mente, no mundo visível e se revela mediante mensagei-
ros escolhidos (por si só), os chamados profetas, que
passam a prometer recompensas ou castigos, o paraíso
ou o inferno. Outras religiões como o hinduísmo e o bu-
dismo carecem dessa “descida” do sobrenatural ao mun-
do natural.
7.0 A Mulher e o islã
Antes do surgimento do Islã no início dos anos 600, os
árabes viviam em uma sociedade tradicionalmente patri-
arcal. As mulheres eram consideradas como proprieda-
de, e não existiam limitações à poliginia. O Islã trouxe al-
gumas reformas, particularmente no que se refere ao es-
tatuto das mulheres. O Alcorão reconheceu o direito de
uma mulher escolher seu próprio parceiro de casamento
e fixou limites à prática da poliginiaː um homem poderia
ter até quatro esposas, se ele pudesse providenciá-las e
tratá-las igualmente.
No islamismo, a mulher é considerada muito inferior
ao homem, em todas as esferas imagináveis. Tanto é as-
sim que nas traduções das obras árabes em língua portu-
guesa (assim como no próprio árabe) não é raro consta-
tarmos o emprego do pronome "que" em vez de "quem",
num expresso rebaixamento da mulher à condição de
objeto.
Um breve exemplo: Sura 4.34, do Alcorão, declara:
“Os homens têm autoridades sobre as mulheres pelo que
Deus os fez superiores a elas e por que gastam de suas
posses para sustentá-las. As boas esposas são obedien-
tes e guardam a virtude na ausência de seu marido con-
forme Deus estabeleceu. Aquelas de quem temeis a re-
belião, exortai-as, bani-as de vossas camas e batei nelas.
Se vos obedecerem, não mais as molesteis. Deus é ele-
vado e grande.”
Soma-se a isso a questão da punição às mulheres,
pois o próprio livro sagrado da religião islâmica corrobora
a aplicação de castigo por deslealdade, o que pode ser
levado em consideração até mesmo em tribunais sob for-
te influência da lei islâmica.
Geralmente, em países islâmicos, há considerável res-
trição à liberdade em diversos aspectos, a se destacar o
que se refere aos direitos das mulheres. Podemos apon-
tar, por exemplo, a obrigatoriedade do uso de indumen-
tárias que cubram a cabeça e o restrito direito ao traba-
lho formal em países como Arábia Saudita, Afeganistão,
Irã, Síria e Sudão, podendo resultar em severas punições
àquelas que desobedecerem.
Não obstante, há países de maioria islâmica em que a
mulher tem quase tanta liberdade quanto tem a mulher
ocidental. Mas isso é a exceção.
8.0. É o islamismo uma religião que promove a
violência?
É fato: há muito mais terroristas muçulmanos em ati-
vidade no mundo que cristãos ou judeus dispostos a ma-
tar em nome de Deus. Também é verdade que em vários
trechos do Alcorão, o livro sagrado do Islã, a violência é
prescrita, como nestes dois:
Alcorão, Surata 5, 36. “O castigo, para aqueles que lu-
tam contra Alah e contra o seu mensageiro é que sejam
mortos, ou crucificados, ou lhes seja decepada a mão e o
pé opostos, ou banidos. Tal será, para eles, um avilta-
mento nesse mundo e, no outro, sofrerão um severo cas-
tigo.”
Alcorão, Surata 8, 2. “E de quando o teu Senhor reve-
lou aos anjos: Estou convosco; firmeza, pois, aos fiéis!
Logo infundirei o terror nos corações dos incrédulos; de-
capitai-os e decepai-lhes os dedos!”
Embora o movimento islâmico mais famoso nos últi-
mos tempos tenha sido o fundamentalismo islâmico,
existem várias correntes liberais que vêem uma alterna-
tiva para alinhar o islã com a contemporaneidade. Este
movimento não tem como objetivo questionar os funda-
mentos do Islã, mas sim tentar esclarecer mal-entendi-
dos ou abrir caminho para a renovação do Islã como um
centro moderno de pensamento e liberdade.
Na atualidade, um dos líderes Xiitas, o Iman Moham-
mad Tawhidi (o Iman da Paz, como tem sido
chamado)defendeu que o Islã deve ser reformado para
sobreviver. Ele considera todos os atos de terrorismo
condenados no Alcorão, e denunciou o ISIS como um ór-
gão extremista que não representa a religião. Como ele,
outros líderes islamitas têm defendido uma reforma no
islamismo e, inclusive, com rejeição dos textos mais re-
centes do Alcorão, os chamados “textos de Medina”. 
Recentemente, acordos promovidos sob a égide do
presidente Donald Trump conseguiram dissolver velhas
animosidades entre muçulmanossauditas (sunitas) e ju-
deus, havendo, na Arábia Saudita, a remoção de textos
antijudaicos e anticristãos dos livros escolares. Isso de-
monstra que até mesmo na terra de Maomé (Arábia) no-
vos ares começam a soprar.
Fontes de pesquisa:
[Acesso em 3 de novembro de 2020.]
https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2014/12/141211_jiha-
dismo_entenda_cc
http://www.dailymail.co.uk/home/index.html
https://www.diferenca.com/xiitas-e-sunitas/
http://www.religioustolerance.org/islam.htm
http://www.islambrasil.com/kuran_txt/index.htm
https://archive.org/details/Quran_Por_201804/mode/2up
https://www.sacred-texts.com/isl/index.htm
https://www.megacurioso.com.br/religiao/99226-as-mulheres-e-
o-isla-entenda-o-papel-feminino-no-mundo-muculmano.htm
https://en.wikipedia.org/wiki/Mohammad_Tawhidi 
IBRAHIM, I. A. Um Breve Guia Ilustrado para Compreender 
o Islam. Tradução Maria Christina da S. Moreira. 1ª ed. Londres:
Darussalam, 2008.
DEEB, S. O Profeta do Islam Muhammad. Tradução Sheikh 
Ahmad Osman Mazloum. 2ª ed. São Paulo: FAMBRAS, 2014.
https://en.wikipedia.org/wiki/Mohammad_Tawhidi
https://www.megacurioso.com.br/religiao/99226-as-mulheres-e-o-isla-entenda-o-papel-feminino-no-mundo-muculmano.htm
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https://www.sacred-texts.com/isl/index.htm
https://archive.org/details/Quran_Por_201804/mode/2up
http://www.islambrasil.com/kuran_txt/index.htm
http://www.religioustolerance.org/islam.htm
https://www.diferenca.com/xiitas-e-sunitas/
http://www.dailymail.co.uk/home/index.html
https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2014/12/141211_jihadismo_entenda_cc
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	3.1. Sunitas e Xiitas

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