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00 3 Organização Administrativa Direito Administrativo 1

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ROTEIRO DE AULA
Obras:
1. Helly Lopes Meirelles. Direito Administrativo Brasileiro. 
2. Josè dos Santos Carvalho Filho. Manual de Direito Administrativo.
3. Diogo de Figueiredo Moreira Neto. Cirso de Direito Administrativo. 
4. Alexandre Mazza. Manual de Direito Administrtivo. 
1. ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA 
1.1. INTRODUÇÃO
Organização administrativa é o capítulo do Direito Administrativo que estuda a
estrutura interna da Administração Pública, os órgãos e pessoas jurídicas que a compõem. No âmbito federal, o tema é disciplinado pelo Decreto-Lei n. 200/67 que "dispõe sobre a organização da Administração Pública Federal e estabelece diretrizes para a Reforma Administrativa".
Para cumprir suas competências constitucionais, a Administração dispõe de
duas técnicas diferentes: a desconcentração e a descentralização.
A compreensão desses dois institutos é fundamental para analisar a organização interna da Administração Pública.
1.2. ADMINISTRAÇÃO PÚBLIA DIRETA - Concentração e Desconcentração 
Desconcentração: 
 
Podemos destacar os seguintes exemplos de desconcentração: 
· Ministérios; 
· Secretarias estaduais e municipais; 
· Delegacias de polícia; 
· Postos de atendimento da Receita Federal
· Subprefeituras; 
· Tribunais e as Casas Legislativas, entre outors. 
3.1. Administração Direta: Administração Direta é o conjunto de órgãos que integram as pessoas federativas, aos quais foi atribuída a competência para o exercício, de forma centralizada, das atividades administrativas do Estado (CARVALHO FILHO).
	ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
	
DIRETA 
	
CENTRALIZADA NA PESSOA JÚRIDICA FEDERAL 
	
· UNIÃO 
· ESTADO
· DISTRITO FEDERAL
· MUNICIPIOS
# Situações de atuação da Administração Pública:
Desconcentração: distribuição de atribuições dentro do mesmo núcleo central da Administração. 
Ex: modificação de atribuição de se um Ministério para outro. 
A desconcentração se baseia na noção de órgão público, entendido como um núcleo de competências estatais sem personalidade jurídica própria.
	DESCONCENTRAÇÃO
	· Distribuir dentro da mesma pessoa jurídica, ou seja, distribuir o serviço dentro da própria pessoa jurídica.
	· Mesma pessoa jurídica
	· Há hierarquia
Organização Administrativa na esfera federal: A Administração Direta da União, no Poder Executivo, se compõe da Presidência da República e Ministérios.
Note-se que o Dec-lei 200/67 preceitua que Adminsitração Pública Federal compreende: 
Art. 1º O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República auxiliado pelos Ministros de Estado.
Art. 2º O Presidente da República e os Ministros de Estado exercem as atribuições de sua competência constitucional, legal e regulamentar com o auxílio dos órgãos que compõem a Administração Federal.
rt. 3º Respeitada a competência constitucional do Poder Legislativo estabelecida no artigo 46, inciso II e IV, da Constituição , o Poder Executivo regulará a estruturação, as atribuições e o funcionamento dos órgãos da Administração Federal.
Art. 4° A Administração Federal compreende:
I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios.
Veja como o tema tem sido tratado em provas
a) prova de Procurador do Trabalho: “A transferência de atribuições no âmbito da Administração Pública do centro para setores periféricos dentro da mesma pessoa jurídica elimina a vinculação hierárquica".
( ERRADO) 
b) prova da OAB Nacional, elaborada pelo Cespe: "A Receita Federal tem natureza jurídica autárquica". 
(ERRADA) 
1.2.1. ÓRGÃO PÚBLICO
Segundo Hely Lopes Meirelles órgãos são “centros de competência instituídos para o desempenho de funções estatais, através de seus agentes, cuja atuação é imputada a pessoa jurídica a que pertence”. 
Segundo a lei 9.784/99, art. 1º, § 2º, I define òrgão público é a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração 
Nosso conceito: unidade na estrutura estatal a que são confiadas funções determinadas, sendo integrado por agentes que, quando as executam, manifestam a própria vontade do Estado. 
Características: 
 
1) a pessoa jurídica é o todo; o órgão uma unidade dela; 
2) O órgão também não se confunde com a pessoa física; 
3) o órgão não possui personalidade jurídica; 
4) o órgão não tem capacidade processual (ex: autoridade coatora em mandado de segurança; Súmula 525 STJ A Câmara de vereadores não possui personalidade jurídica, apenas personalidade judiciária, somente podendo demandar em juízo para defender os seus direitos institucionais) – em geral, isso só é aceito para órgãos de maior envergadura institucional (o CDC também prevê, art. 82, III); 
5) órgãos existem na Administração Direta e Indireta (art. 1º, parágrafo segundo, inciso I, Lei 9.784).
capacidade processual especial: MS ou HD – ex. Presidencia da República; Mesa do Senado. 
capacidade processual geral e irrestrita: atuação em todas as ações – ex. MP DP
1.2.2. TEORIAS DO ÓRGÃO PÚBLICO: 
· Teoria da identidade: órgão e agente - unica pessoa – morre pessoa morre o orgão. 
· Teoria do mandato: mandatários do Estado – outorga de procuração - em que momento e quem realizaria a outorga do mantato? 
· Teoria da representação – representante legal do Estado - Direito Civil – incapaz - curatela dos interesses governamentais. 
· Teoria do órgão  ( Teoria da imputação volitiva) – é a teoria aceita de forma unanime pela doutrina moderna, e em uso atualmente, idealizada por Otto Friedrich Von Gierke, sustea que o agente público atua em nome do Estado, titularizando um órgão público, de modo que a atuação ou o comportamento do agente no exercício da função pública é juridicamente atribuída – imputada – ao Estado. 
OBS: No ordemaneto jurídico brasileiro a teoria da imputação volitiva tem previsão no artigo 37, § 6º, da Constituição Federal ao prescrever que “as pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.”
No julgamento do RE 327.907/SP, o STF reafirmou que a teoria da imputação volitiva tem previsão no texto da Constituição Federal de 1988, no artigo 37, § 6º. 
Veja como o tema tem sido cobrado em provas
a) Veja como o tema foi abordado na prova de Delegado de Polícia do Estado de São Paulo “Definem-se como centros de competência instituídos para o desempenho de funções estatais os órgãos públicos”. (CORRETA)
b) A prova da Magistratura/SP considerou CORRETA a afirmação: "Um veiculo oficial que fica à disposição do Presidente da Cámara Municipal causa dano a terceiro. Em ação de indenização movida por este, quem deverá figurar no polo passivo é o Município respectivo".
c) A prova de Escrivão da PC/AC de 2017 elaborada pelo Ibade considerou CORRETA a afirmação:“0 órgão público é desprovido de personalidade jurídica. Assim, eventual prejuízo causado pela Assembleia Legislativa do Estado do Acre deve ser imputado ao Estado do Acre". 
d) A prova da OAB Nacional elaborada pelo Cespe considerou CORRETA a afirmação: "Alguns órgãos públicos têm capacidade processual já que são titulares de direitos subjetivos próprios a serem defendidos"
e) A prova da AGU/2006 elaborada pelo Cespe considerou CORRETA a afirmação: "A teoria do órgão, atualmente adotada no sistema jurídico, veio substituir as teorias do mandato e da representação".
f) A prova de Procurador Federal/2007 elaborada pelo Cespe considerou CORRETA a afirmação: "Foi o jurista alemão Otto Gierke quem estabeleceu as linhas mestras da teoria do órgão e indicou como sua principal característica o princípio da imputação volitiva".
1.2.3. Epécies ou Classificação de òrgãos Públicos
Classificação utilizada por Hely Lopes Meireles, autor muito cobrado em provas e concursos públicos. 
Quanto à estrutura:
a) Simples ou unitários: não possuem subdivisões, exerce sua atividade de forma concentrada, só um centro decompetencia. 
Ex. Presidencia da República. 
b) Compostos: constituídos por departamentos, por órgão menores. 
Ex: Ministérios, Secretarias. 
Quanto à atuação funcional
a) Singulares ou unipesoais: as decisões são tomadas por uma única pessoa, por um único agente público. 
Ex: Prefeitura Municiapl. 
b) Colegiados ou Pluripessoais: constituídos por vários membros e as decisões são tomadas por maioria ou por unanimidade dos votos dos membros.
Ex: Congresso Nacional; Tribunal Administrativo. 
Quanto a posição estatal ou hierárquia
a) Independentes ou primários: se originam da Constituição Federal e são representativos da cúpula dos Poderes Estatais, não estão sujeitos a qualquer subordinação hierárquica ou funcional.
Ex: Casas Legislativas. Chefias do Poder Executivo e Judiciário, Ministerio Público e Tribunais de contas ;
b) Autônomos: se posicionam logo abaixo dos órgãos independentes, possuem grande autonomia. 
Ex: Ministérios, Secretarias e a AGU;
c) Superiores – possuem funções de direção,controle e decisórias controle, mas não estão subordinados à uma chefia superior
Ex: Gabinetes, Procuradorias, Coordenadorias;
d) Subalternos – são órgãos de mera execução não possuem autonomia
Ex: repartições comuns.
Quanto à atividade
a) Ativos: executam decisões administrativs
Ex: cotrole sobre execução de obta pública
b) Consultivos: exercem atividades de assessoria e aconselhamento, emitindo pareceres e respondendo a consultas.
Ex: Conselho de Defesa Nacional 
c) De controle: são responsaveis pela fiscalização de outros órgãos.
Ex: TCU; CGU
Quanto a situação estrutural ( classificação utilizada por José dos Santos Carcalho filho) 
a) Diretivos: desempenham funlções de comando e direção
Ex: Presidencia da República 
b) Subordinados: executam tarefas da rotina, de mera execução.
Ex: Departamento Pessoal. 
1.2.4. Òrgãos Anômalos
O Autor Diogo de Figueiredo Moreira Neto, em sua obra, Cirso de Direito Administrativo, informa que existem três órgãos administrativos despersonalizados, definidos no artigo 25, § 3º, da CF/88 como agrupamentos de municípios limitrofes, são eles: 
a) Regiões metropolitanas; 
b) Aglomerações urbanas;
c) Microrregiões. 
1.2.5. Natureza especial dos Tribunais de Contas do Ministério Público e das Defensorias Públicas. 
São órgãos especiais que possuem as seguintes caracteróisticas: 
a) Òrgãos Primários ou independentes: suas estruturas e atribuiçoes estão disciplinas no texto constitucional e por isso não estão sujeitos a qualqeur tipo de subordinação hierarquica funcinal; 
b) Não Integram a ripartição de Poderes: esses órgãos não integram a estrutura dos Poderes Executivo, Legislativo ou Judiciário
c) São destituídos de Personalidade Jurídica: integram a estrura da Administração Pública Direta da respectiva unidade federativa. 
d) Gozam de Capacidade postulatória: possuem capacidade judiciária especial para atuar em mandado de segurança e Habeas data e, no cado do MP e das DFP em todos os tipos de ações, com capacidade processual plena, geral e irrestrita. 
e) Mantem Relação Jurídica Direta com a Entidade Federativa: vinculam-se diretamente com entidade federativa, sem passar pelo filtro da Tripartição dos Poderes. 
1.3. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA - Descentralizada
As entidades que integram a Administração Pública Indireta então expressamente descritas no incio II do artigo 4º do Dec-Lei 200/67 . Vejamos: 
Art. 4° A Administração Federal compreende:
(... ) 
II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de personalidade jurídica própria:
a) Autarquias;
b) Emprêsas Públicas;
c) Sociedades de Economia Mista.
d) fundações públicas. 
	Entidades Federativas
	Entidades Descentralizadas
	União, Estados, Distrito Federal e Municípios
	Autarquias, Fundações Públicas, Empresa Púbica e Sociedade de economia mista. 
	Pessoas jurídicas de direito público interno (e de direito internacional, no caso da União. ) 
Natureza político-administrativa
	Pessoas jurídicas de direito público interno e
Pessoas jurídica de direito privado.
	Gozam de todas as prerrogativas da Fazenda Pública em juízo
	Idem 
	Não podem falir
	Idem 
	Nunca exploram diretamente atividade econômica
	Idem
	Integram a Administração Pública Direta ou Centralizada. 
	Integram a Administração Pública Indireta ou Descentralizada. 
	Funções legislativas, executivas e jurisdicionais.
	Somente funções administrativas
	São multicompetenciais
	Especializada em um setor de atuação.
	Imunidade a todos os impostos (art. 150, IV, a da CF/88). 
	Imunes a impostos sobre patrimônio, renda e serviços vinculados a suas finalidades essenciais.(art. art. 150, § 2º. da CF/88).
	Criadas pela Constituição Federal
	Criadas por lei
	Não podem ser extintas na ordem jurídica atual (art. 60, § 4º, I da CF/88)
	Podem ser extintas por lei específica (art. 37, XIX, da CF/88). 
	Podem celebrar convênios e consórcios
públicos
	Não podem (art. 241 da CF/88)
	Dotadas de competência tributária (art. 145, CF/88). 
	Não têm competência tributária, apenas capacidade tributária ativa (art. 7º CTN)
	Dirigentes são agentes políticos eleitos pelo povo
	Dirigentes são ocupantes de cargos em comissão nomeados pelo poder central
	Responsabilidade objetiva, direta e exclusiva (art. 37, § 6º da CF/88). 
	Responsabilidade objetiva, direta e não exclusiva (a entidade federativa responde subsidiariamente)
Quadro Alexandre Mazza. p 203
1.3.1. Descentralização:diz-se que a Administração Pública é descentraliza quando ocorre a tranferencia de atribuições da Pessoa Jurídica Federal ( União, Estados, Distrito Federal e Municípios) para as entidades da Administração Pública indireta, (autarquia, Fundação, Empresa Pública ou sociedade de Economia Mista), pessoas jurídicas autônomas, com natureza jurídica de direito público ou de direito privado. A natureza jurídica da entidade determina várias caracterísiticas jurídicas especias e define a qual o regime jurídico ela estará submetida. 
O artigo 37, XIX, da CF, determina que as pessoas jurídicas de direito público devem ser criadas por lei, o significa que o surgimento da personalidade jurídca ocorre com a entrada em vigor da lei instituidora, sem necessidade de registro do ato constitutivo no órgão competente. 
Quanto a pessoas jurídicas de direito privado, o mesmo artigo 37, XIX, da CF, assim como o art. 4º da Lei 13.306/2016, prescrevem que serão criadas com autorização legal e, após, o poder executivo deverá praticar todos os atos necessários para a criação da entidade.
Segundo o artigo 45 do Código Civil, a personalidade jurídica nasce com o registro dos atos constitutivos em cartório, observância do devido processo legal privado de criação. Assim, a personalidade juríca da entidade da administração indireta de direito privado só surge após o registro de seu respectivo ato constitutivo. 
São pessoas jurídicas de direito público as autarquias, as fundaçoes públicas, as agencias reguladoras e as associações públicas. Já as pessoas jurídicas de direito privado são as empresas públicas, as sociedades de economia mista e as fundações governamentais.
Veja a diferença entre Descentralização e Desconcentração
	DESCENTRALIZAÇÃO
	DESCONCENTRAÇÃO
	Distribuição para outras pessoas: jurídicas da administração, particulares (descentralização por colaboração) ou entes políticos (há na DL 200, mas boa parte da doutrina não aceita isso como descentralização, mas apenas colaboração.
	Distribuir dentro da mesma pessoa jurídica, ou seja, distribuir o serviço dentro da própria pessoa jurídica.
	Nova pessoa jurídica
	Mesma pessoa jurídica
	Não há hierarquia, não há relação de poder, o que existe é controle e fiscalização (Poder de Tutela)
	Há hierarquia
1.4. Entidades da Administração Indireta – descentralizada. 
1.4.1. Autarquia: são pessoas jurídicas de direito público interno, criadas por lei especifica, para o desempenho de atividades típicas de administração pública. 
O dec-lei 200/67, que organiza a Administração Pública Federal,prescrece em seu artigo 5º que as autarquisa são um serviço autônomo, nestes termos: 
Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:
I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada.
Observa-se que o transcrito dispositivo não define a natureza da personalidade jurídica da autarquia. Em verdade a natureza jurídica da autarquia está definida no Código Civil brasileiro, que em seu artigo 41 informa, expressamente, ser a autarquia pessoa jurídica de direito público. Vejamos: 
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
I - a União;
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III - os Municípios;
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas
Quanto ao modo de criação, percebe-se que no artigo 5º do Dec-lei 200/67 contém apenas a informação que a autarquia deve ser criada por lei, contudo, a Constituição Federal, em seu artigo 37, inciso XIX, determina, expressamente, que as autarquias devem ser criadas por lei específica: 
A Constituição federal em seu artigo 37, XIX, assim dispõe
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 
(...) 
XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; 
Desse modo podemos afirmar, então, que a autarquia é pessoa jurídica de direito público, criada por lei específica, com patrimônio e receitas próprios, para desempenhar atividade típica de administração pública que requeira, para o seu melhor funcionamento, maior autonomia administrativa e financeira. 
 
São exemplos de autarquias federais: INSS – Instituto Nacional do Seguro Social; BACEN – Banco Central do Brasil; IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis; CADA – Conselho Administrativo de Defesa Econômica; INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, bem como as universidade públicas, USP, UFRJ. 
a) Características das Autarquias
· Pessoas Jurídicas de direito público;
· Criadas e extintas por lei específica;
· Dotadas de autonomia gerencial, orçamentária e patrimonial; 
· Não estão subordinadas hierarquicamente a pessoa jurídica federal; 
· Sujeitas à supervisão ministerial ou tutela ministerial; 
· Não exercem atividades econômicas; 
· Gozam de imunidade de impostos;
· Possuem bens públicos (impenhoráveis, imprescritíveis e inalienáveis);
· Praticam atos administrativos;
· Celebram contratos administrativos;
· Contrato servidores pelo regime estatutário; 
· Possuem todas as prerrogativas da Fazenda Pública;
· Respondem objetivamente nos termos do art. 37, § 6º da CF; 
· Se sujeitam a controle dos Tribunais de Contas; 
· Observam as vedações de cumulação de cargos públicos e
· Realizam licitações. 
b) Espécies de Autarquias
A Lei que cria a autarquia define seu objeto de atuação, sua finalidade. A depender da finalidade para a qual foi criada, a doutrina classifica as autarquias em: 
· Autarquia Administrativas ou de Serviço
Ex. INSS, 
· Autarquias Especiais: 
Ex. BACEN, AGENCIAS REGULADORAS
 
· Autarquias Corporativas
Ex. CRO, CRM
· Autarquias Fundacionais
Ex. FUNASA, FUNAI
· Autarquias Territoriais
Ex. Art. 33 da CF/88 – Territórios Federais. 
Autarquias Associativas ou contratuais
Ex. Lei 11.107/05 – associações públicas criadas após a celebração de consórcios públicos. Integram a Administração Pública de todas as entidades consorciadas com natureza de autarquia transfederativas. 
1.4.2 Fundação: 
As fundações são pessoas jurídicas de direito público, instituídas por lei específica, mediante afetação de um patrimônio do Estado, a uma determinada finalidade pública. Neste sentido o artigo 5º, inciso IV, do Decreto-Lei nº. 200/67 conceitua fundação pública como: 
Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:
(...)
IV - Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes.
A Constituição Federal no inciso XIX do artigo 37 também autoriza a criação de fundação pública, vejamos: 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
(...)
XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação. 
a) Natureza Jurídica:
O artigo 5º do Decreto-Lei 200/67 diz, textualmente que as fundações públicas são pessoa jurídica de direito privado. Vejamos: 
Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:
(...)
IV - Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte (...).
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas.
Há, portanto, duas vertentes quanto a natureza jurídica das fundações públicas: 
· aquela que defende a natureza privada para as fundações públicas instituídas pelo poder público; e
· aquela relacionada a existência de fundações com personalidade pública de direito público. 
O STF entende que as fundações instituídas pelo Poder Público podem ser dotadas de personalidade jurídica de direito público ou de direito privado, ficando a cargo da respectiva lei que autoriza sua criação definir, bem como de seu ato constitutivo (estatuto) definir sua natureza jurídica. 
Ex. FUNAI; FUNASA, IBGE, Fundação Biblioteca Nacional. 
b) Características
As Fundações Públicas possuem as seguintes características: 
· dotação patrimonial, 
· personalidade jurídica, pública ou privada, atribuída por Le ou ato constitutivo, ;
· atuação na área Social; 
· autonomia administrativa e financeira; 
· sujeição ao controle administrativo ou tutela por parte da Administração direta, nos limites da Lei.
C. Diferenças entre as fundações de regime jurídico público e privado:
Para definir se as Fundações Públicas são públicas ou privadas, a análise da lei instituidora é imprescindível, tendo os doutrinadores fixados alguns critérios de diferenciação que nela podem ser identificados:
	Fundação de Direito Público 
	Fundação de Direito Público
	inexigibilidade de inscrição de seus atos constitutivos no Registro Civil das Pessoas Jurídicas, porque a sua personalidade já decorre da lei (Di Pietro);
	 Exgencia de registro de seus atos constitutivos no Registro Civil das Pessoas Jurídicas, para surgimento da personalidadejurídica. (Di Pietro);
	titularidade de poderes públicos e 
	itularidade de poderes públicos 
	Bens Públicos 
	Bens Privados
	origem dos recursos, serão de direito público aquelas cujos recursos tiverem previsão própria no orçamento da pessoa federativa e que, por isso mesmo, sejam mantidas por tais verbas.
	Serão de direito privado aquelas que sobreviverem basicamente com as rendas dos serviços que prestem e com outras rendas e doações oriundas de terceiros. 
	regime jurídico, titularidade de poderes e natureza dos serviços prestados (STF – ADI 191/RS: "A distinção entre fundações públicas e privadas decorre da forma como foram criadas, da opção legal pelo regime jurídico a que se submetem, da titularidade de poderes e também da natureza dos serviços por elas prestados”).
	regime jurídico, titularidade de poderes e natureza dos serviços prestados (STF – ADI 191/RS: "A distinção entre fundações públicas e privadas decorre da forma como foram criadas, da opção legal pelo regime jurídico a que se submetem, da titularidade de poderes e também da natureza dos serviços por elas prestados”).
	Servidor público Estaturário
	Empregado Publico – CLT
	Extinção por Lei 
	Extinção por Lei
	Prerrogativas de Fazenda Pública
	- 
	Exigencia de Licitação
	Exigencia de Licitação
	Concurso Público
	Concurso Publico
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