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Contabilidade intermediaria 2

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Prévia do material em texto

Demonstração do DVA 
e Balanço Social
Contabilidade 
Intermediária e 
Societária
© by Editora Telesapiens
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser 
reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, 
eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo 
de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia au-
torização, por escrito, da Editora Telesapiens.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Bibliotecária: Maria Isabel Schiavon Kinasz, CRB9 / 626 )
Marconi, Márcia Valéria 
M321c Contabilidade intermediária [recurso eletrônico] / Márcia 
Valéria Marconi, Andréia Cuesta dos Santos - Recife: Telesapiens, 
2021.
44 p.: il.; 20cm
ISBN 978-65-86073-99-7
1. Contabilidade. 2. Demonstrações contábeis. I. Santos, Andréia 
Cuesta dos. II. Título.
 CDD 657 (22.ed)
CDU 657
A AUTORA
Andréa Cuesta
Olá. Meu nome é Andréia Cuesta. Sou formada em Ciências 
Contábeis, pela Universidade Estadual de Londrina - UEL, e em 
Pedagogia pela Faculdade de Paraíso do Norte (FAPAN), especialista 
em Controladoria e Finanças (PUC/PR), Logística Empresarial (UNOPAR) 
e Docência no Ensino Superior (UNOPAR). Sou estudante especial do 
curso de Mestrado em Metodologias para o Ensino de Linguagens e suas 
Tecnologias da UNOPAR, com uma experiência técnico-profissional na 
área de docência do ensino superior, presencial e EAD de mais de 12 anos. 
Passei por empresas com a Lorenzetti S.A, Elevadores Atlas Schindler e 
a Construtora Plaenge, na área Contábil e Fiscal. Hoje integro o quadro 
docente do Grupo Kroton Educacional, ao qual faço parte desde 2008. 
Sou apaixonada pelo que faço e adoro transmitir minha experiência 
de vida àqueles que estão iniciando em suas profissões. Por isso fui 
convidada pela Editora TELESAPIENS a integrar seu elenco de autores 
independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de 
muito estudo e trabalho. Conte comigo!
Márcia Valéria Marconi
Olá. Meu nome é Márcia Valéria Marconi. Sou Mestre em 
Administração e graduada em Ciências Contábeis, com uma experiência 
técnico-profissional nas áreas de contabilidade, controladoria, custos, 
recursos humanos e educação, sendo mais de 20 anos. Passei por 
empresas como a Esso Brasileira de Petróleo Ltda., Sadia S.A., Econet 
Editora Ltda, Grupo Uninter, Universidade Positivo e FAEC. Tenho 
especialização em Controladoria e Finanças, e também em Didática para 
Curso Superior. Sou apaixonada pelo que faço e adoro transmitir minha 
experiência de vida àqueles que estão iniciando em suas profissões. 
Por isso, fui convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de 
autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase 
de muito estudo e trabalho. Conte comigo!
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez 
que:
INTRODUÇÃO:
para o início do 
desenvolvimento de 
uma nova compe-
tência;
DEFINIÇÃO:
houver necessidade 
de se apresentar um 
novo conceito;
NOTA:
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE:
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA?
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e links 
para aprofundamen-
to do seu conheci-
mento;
REFLITA:
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou dis-
cutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO:
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das últi-
mas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma 
atividade de au-
toaprendizagem for 
aplicada;
TESTANDO:
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
Conhecendo o CPC 09 Demonstração do Valor Adicionado 
(DVA) ..................................................................................................................10
Conceito e Objetivo ....................................................................................................................... 10
Vantagens da Apresentação da DVA ................................................................................ 13
Preparando a DVA ........................................................................................................................... 13
Construindo a DVA .......................................................................................16
Composição dos itens da DVA .............................................................................................. 16
Cálculo do Valor Agregado ................................................................................... 16
A Forma da Distribuição do Valor Agregado............................................ 16
Modelo Geral de DVA .................................................................................18
Instruções de Preenchimento ................................................................................................ 19
O Balanço Social ......................................................................................... 28
Conceito e Objetivo .......................................................................................................................28
Fontes de informações e indicadores do Balanço Social .................................33
Tipos de Indicadores ................................................................................................35
Modelo Balanço Social ...............................................................................................................37
7
UNIDADE
02
Contabilidade Intermediária e Societária
8
INTRODUÇÃO
Você sabia que na apresentação das Demonstrações Contábeis, a 
empresa demonstra a situação real em que se encontra, e pode esclarecer 
todos os pontos importantes acerca de seu patrimônio e sua capacidade 
financeira. A função primordial das demonstrações divulgadas é informar 
aos usuários da contabilidade (interessados na saúde financeira da 
entidade) um retrato fidedigno da condição e composição de seus ativos 
e passivos, para que tomem decisões embasadas nesses relatórios. Cada 
uma das demonstrações traz uma finalidade. Por este motivo, precisamos 
conhecer todas elas, e a partir disso, melhor utiliza-las. Na Unidade 1 você 
pôde conhecer um pouco mais sobre a Demonstração de Fluxos de Caixa 
e a sua grande utilidade de curto e médio prazo. Nesta unidade vamos 
conhecer a DVA – Demonstração do Valor Adicionado. Estamos em uma 
era globalizada e ouvimos muito falar sobre questões sociais, balanço 
social, sustentabilidade, governança corporativa, capital intelectual, 
balance score card, responsabilidade social. O cliente consumidor exige 
uma postura das organizações que de fato agregue ambiente ao que 
ela está inserida. Afinal, o lado social que a empresa representa, é muito 
importante para o desenvolvimento das comunidades circunvizinhas, pois 
gera empregos diretos e indiretos, traz incentivos e benefícios estruturais 
para a região que vai abranger. O grande mestre Iudícibus (2010, p. 9) 
nos ensina sobre a abordagem social que a contabilidade possui “é uma 
abordagem do tipo ‘bem- estar social’ no sentido de que os procedimentos 
contábeis e os relatórios emanados da Contabilidade deveriam atender 
a finalidades sociais mais amplas, inclusive relatar adequadamente ao 
público informações sobre a amplitude e a utilização dos poderes das 
grandes companhias”, de modo que a contabilidade deve ser capaz 
de ampliar a evidenciação contábil, incluindo informações como: nível 
de emprego (diretos e indiretos), treinamentos aplicados, benefícios à 
sociedade e demonstração de valor adicionado. Nessecenário surge 
a figura da DVA - DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO, para 
apresentar todas estas informações. Entendeu? Ao longo desta unidade 
letiva você vai mergulhar neste universo!
Contabilidade Intermediária e Societária
9
OBJETIVOS
Olá. Seja bem-vindo a nossa Unidade 2, onde nosso objetivo é auxiliar 
você para o desenvolvimento das seguintes competências profissionais até 
o término desta etapa de estudos:
1. Conhecer o CPC 09 - Demonstração do Valor Adicionado (DVA);
2. Aprender sobre o Conceito, Objetivos, Alcance e Forma de 
Apresentação da DVA;
3. Identificar a importância da elaboração da DVA, com a evidência 
para as riquezas criadas, distribuídas e sua representação gráfica;
4. Executar os procedimentos de composição da DVA e do Balanço 
Social, conforme as definições e características das informações 
dos demonstrativos.
Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento? 
Ao trabalho!
Contabilidade Intermediária e Societária
10
Conhecendo o CPC 09 Demonstração do 
Valor Adicionado (DVA)
INTRODUÇÃO:
Ao término deste capítulo você será capaz de entender 
como funciona a Demonstração do Valor Adicionado – 
DVA segundo o Comitê de Pronunciamentos Contábeis 
- CPC 09, seu alcance, conceitos e objetivos. Isto será 
fundamental para o exercício de sua profissão.
As companhias de Capital Aberto, e as que a Lei exigem 
(item 3 da NBC TG 09, aprovada pela Resolução CFC n.º 
1.138/08 e alterada pela Resolução CFC n.º 1.162/09) são 
obrigadas a apresentar, entre outras demonstrações, a 
DVA, e sem a devida instrução para a sua confecção, 
podem sofrer sanções de ordem prática, nas relações da 
empresa com instituições financeiras ou em processos de 
licitações, quando da apresentação de dados equivocados, 
incompletos, ou a não apresentação.
E então? Motivado para desenvolver esta competência? 
Então vamos lá. Avante!
Conceito e Objetivo
A DVA é um demonstrativo criado para evidenciar o valor da riqueza 
agregada ao produto por uma determinada empresa, e também evidencia 
como esse valor agregado foi distribuído. Esse demonstrativo surgiu na 
Europa (Inglaterra, França e Alemanha), atualmente está em muitos países, 
devido a recomendação da ONU – Organização das Nações Unidas, por 
justamente tratar de questões sociais. Em países emergentes, como o 
Brasil, quando uma empresa multinacional deseja instalar-se no país, é 
imprescindível saber quanto essa empresa irá agregar à economia local 
onde será instalada, e quanto de riqueza será agregado pelos fatores de 
produção que vão impactar diretamente na formação do Produto Interno 
Bruto (PIB). A riqueza total de um país é representada pela soma de todos 
os valores agregados por pessoas físicas, jurídicas com fins lucrativos, 
Contabilidade Intermediária e Societária
11
associações, fundações, entidades sem fins lucrativos, governo e outros 
agentes econômicos. Em 1992 Comissão de Valores Mobiliários (CVM) 
emitiu um Parecer de Orientação CVM n. 24/92 incentivando a elaboração 
da DVA, fazendo com que as principais sociedades anônimas de capital 
aberto brasileiras elaborassem e divulgassem o demonstrativo.
Em 2008, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) emitiu o 
Pronunciamento Técnico CPC 09, que trata da Demonstração do Valor 
Adicionado (DVA), tornou a demonstração obrigatória para as companhias 
de capital aberto brasileiras, em confluência com a Lei 11.638 de 2007. 
O pronunciamento foi avalizado pelas Resoluções CFC nº 1.138/2008 
e 1.162/09 – NBC TG 09 – e pela Deliberação CVM nº 557/2008, que 
recomendam a utilização da DVA por todas as empresas que divulguem 
demonstrações contábeis.
IMPORTANTE:
Podemos dizer que esse demonstrativo tem como objetivos 
básicos: informar o valor da riqueza criada e o valor e a 
natureza dos custos agregados pela empresa ao valor dos 
insumos adquiridos; informar a quem foi destinada essa 
riqueza criada (ou agregada) – empregados, investidores, 
governo, financiadores etc.
O valor adicionado que deve constar na DVA é a diferença entre o 
valor da receita de vendas e os custos referentes aos recursos que foram 
adquiridos de terceiros.
Contabilidade Intermediária e Societária
12
Figura 1 - Por que é necessário elaborar a DVA?
Fonte: VICECONTI & NEVES, 2018. Adaptado.
A apresentação da DVA evidenciando as riquezas e seu 
comportamento é uma ferramenta muito importante para usuários 
internos (gestores, empregados, auditores internos, etc.) e externos 
(administradores, fornecedores, clientes, acionistas, etc.), já que demonstra 
informações além das obtidas através das demonstrações financeiras 
tradicionais. Por este motivo, cresce a utilização da DVA em muitos países. 
Na DVA é demonstrado claramente o valor que pertence aos sócios e 
acionistas (capital próprio) e os demais capitais que financiam a empresa 
(capital de terceiros), a parte do governo e a parte dos empregados. 
NOTA:
Para o proprietário da empresa, o capital de terceiros 
(investidores, governo e empregados) quando esses 
valores são distribuídos a cada um deles, representam 
redução do lucro, e automaticamente também reduzem o 
valor das parcelas dos sócios proprietários.
Por este motivo, a parte do capital de terceiros, na DVA é 
considerado como despesas ou custos.
Contabilidade Intermediária e Societária
13
Vantagens da Apresentação da DVA
A Demonstração do Valor Agregado, apesar de ser uma 
demonstração financeira (contábil), apesenta informações de natureza 
social, diferentemente das outras demonstrações apresentadas pelas 
entidades. Devido a isso, os indicadores sociais apresentados, ampliam o 
universo de usuários ao qual a demonstração deseja abarcar, evidenciando 
como a riqueza foi agregada e distribuída da seguinte forma:
 • Aos empregados, por meio de salários e benefícios;
 • Aos acionistas, por meio da remuneração do capital investido 
(juros e dividendos);
 • Aos financiadores, por meio dos pagamentos e juros, assim como 
pelo curto dos insumos adquiridos (fornecedores);
 • À comunidade em geral, por meio dos impostos recolhidos ao 
governo.
A apresentação da DVA pode definir a concessão ou não de 
incentivos fiscais à empresa, pois muitos municípios antes de conceder tal 
benefício, analisam o projeto de instalação da empresa, tomando como 
base o valor agregado por ela à região onde deseja instalar-se. Também 
analisam de que forma esse montante é efetivamente distribuído em mão 
de obra, serviços de terceiros (utilizados ou adquiridos), lucros, impostos 
e juros. É evidente que a DVA é um demonstrativo muito útil, entretanto 
não devemos supervalorizar o demonstrativo, e deixar de lado os outros 
demonstrativos obrigatórios.
Preparando a DVA
A DVA é uma das peças que compõem o Balanço Social e que 
pode ou não extrair informações da Contabilidade Financeira, e tem 
por pressuposto demonstrar o grau de envolvimento da empresa em 
relação à sociedade que a acolhe. Apesar de poderoso referencial de 
informações nas políticas de recursos humanos e no desenvolvimento da 
conscientização e cidadania, a DVA não está prevista em nenhum dos 
pronunciamentos do IASB – International Accounting Standards Board.
Contabilidade Intermediária e Societária
14
As informações da DVA derivam de contas de resultado, em sua 
maioria, e também de algumas contas patrimoniais. A estrutura básica é 
elaborada a partir da Demonstração do Resultado do Exercício, que serve 
como base e sustentação para a consistência das informações.
Também aproveita as informações da DMPL – Demonstração de 
Lucros e Prejuízos Acumulados que dizem respeito à distribuição do 
resultado do exercício. Assim como em todas as demonstrações que são 
apresentadas pelas empresas, no momento da elaboração da DVA, as 
contas de resultado devem estar devidamente apuradas e encerradas, 
após a alimentação de sua movimentação pelos registros contábeis 
idôneos da instituição.
As contas utilizadas para a composição da DVA, são aquelasque demonstram a movimentação de despesas, custos e receitas, 
obedecendo o regime de competência.
Do grupo de contas patrimoniais, serão extraídos os valores que 
apresentem participações de terceiros como; tributo sobre o lucro líquido, 
debêntures, salários a empregados, administradores e outros.
A DVA utiliza-se também das contas patrimoniais que demonstrem 
a remuneração dos acionistas referente ao capital investido como 
dividendos e juros. As informações devem ser retiradas pelo Livro Razão, 
por grupo de contas semelhantes, para compor a DVA.
EXPLICANDO MELHOR:
A DVA deverá ser capaz de demonstrar o montante que a 
empresa foi capaz de gerar de riquezas, e de que forma essa 
riqueza gerada foi distribuída em benefício da comunidade, 
tendo como base o local onde a empresa é estabelecida.
Uma forma simples de verificar o valor agregado e a riqueza gerada 
e como essa riqueza foi distribuída, consiste em comparar o percentual 
de cada item que compõe a DVA em relação ao valor total adicionado, e 
nela explicitado.
Contabilidade Intermediária e Societária
15
SAIBA MAIS:
Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o acesso 
à seguinte fonte de consulta e aprofundamento: Artigo: 
“A Demonstração do Valor Adicionado como instrumento 
de mensuração da distribuição da riqueza” ( Jacqueline 
Veneroso Alves da Cunha; Maisa de Souza Ribeiro; 
Ariovaldo dos Santos), R. Cont. Fin. – USP, São Paulo, n. 37, 
p. 7 – 23, Jan./Abr. de 2005, acessível pelo link: http://bit.
ly/2MY6KOw (Acesso em 29/10/2019).
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido 
a importância da apresentação da Demonstração do 
Valor Adicionado – DVA, devido as informações de cunho 
social que apresenta. Verificou como são selecionadas as 
informações que compõem este demonstrativo, verificou 
as vantagens de apresentar a DVA, e como ela pode ser o 
diferencial para conseguir ampliar a empresa e estabelecer-
se em determinados municípios. Você descobriu a 
trajetória da demonstração no mundo, até sua inclusão 
no rol de demonstrações obrigatórias às empresas de 
capital aberto e as que a Lei brasileira exige. Reconheceu a 
importância de outras empresas que não estão obrigadas a 
apresenta-la, em também a confeccionar, prestando assim, 
informações valiosas à comunidade onde essa empresa 
estiver inserida. Na sequência, você aprendeu também, 
como as contas devem ser preparadas e selecionadas para 
integrarem a DVA, quais grupos de contas e quais as outras 
demonstrações intimamente ligadas à DVA e que servem 
de base para a sua construção. Vamos para o próximo 
capítulo?!
Contabilidade Intermediária e Societária
http://bit.ly/2MY6KOw
http://bit.ly/2MY6KOw
16
Construindo a DVA
A apresentação da DVA para as empresas, em geral, dever ser 
efetuada em fases. A primeira fase deve apresentar a riqueza produzida 
pela própria entidade que apresenta da DFC, terminando com o valor 
adicionado total.
Para a segunda fase serão apresentadas, de forma detalhada, como 
a riqueza obtida pela entidade foi distribuída.
Composição dos itens da DVA
Cálculo do Valor Agregado
Como foi dito anteriormente, o cálculo do valor adicionado 
(agregado) pode ser feito de uma seguinte forma, que nós podemos 
verificar na próxima página à seguir:
Figura 2: Composição do Valor Agregado 
Fonte: Andréia Cuesta, 2019.
A Forma da Distribuição do Valor Agregado
Para analisar de que forma foram distribuídos os valores agregados, 
devemos considerar os seguintes pontos:
Contabilidade Intermediária e Societária
17
Figura 3: Distribuição do Valor Agregado 
Fonte: VICECONTI & NEVES, 2018. Adaptado
NOTA:
a) Depreciação, Amortização e Exaustão são consideradas 
valores adicionados em vários países; b) A soma do valor 
adicionado deve ser igual à soma da distribuição do 
valor agregado; c) A parte pertencente ou relativa aos 
proprietários refere-se aos lucros totais, lucros distribuídos 
e lucros retidos; d) Os lucros distribuídos incluirão a 
parcela dos juros sobre o capital próprio creditados aos 
sócios e acionistas (remuneração do capital próprio) e) 
Os rendimentos de participações societárias avaliadas 
pela equivalência patrimonial ou pelo custo de aquisição 
(Ganhos em Equivalência Patrimonial ou Receita de 
Dividendos) não representam geração de valor adicionado, 
serão considerados transferências de riquezas criadas ou 
geradas pela sociedade investida.
Contabilidade Intermediária e Societária
18
Modelo Geral de DVA
O modelo constante na NBC TG 09 é adequado para empresas em 
geral, sejam comerciais, industriais e de prestação de serviços.
Tabela 1 – Modelo DVA
CIA VEM QUE TEM DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO (PARA 
EMPRESAS EM GERAL)
DESCRIÇÃO
Em milhares 
de $ – x1
Em milhares 
de $ – x2
Receitas
Vendas de mercadorias, produtos e serviços;
Outras receitas;
Provisão para Créditos de Liquidação 
Duvidosa — Reversão/(Constituição).
Insumos adquiridos de Terceiros
Custos dos produtos, mercadorias e serviços 
vendidos;
Materiais, energia, serviços de terceiros e 
outros;
Perda/Recuperação de valores ativos;
Outras (especificar).
Valor Adicionado Bruto (1 – 2)
Depreciação, Amortização e Exaustão
Valor Adicionado Líquido produzido pela 
Entidade (3 – 4)
Valor Adicionado recebido em Transferência 
Resultado de Equivalência Patrimonial;
Receitas Financeiras;
Outras.
Valor Adicionado Total a Distribuir (5 + 6)
Contabilidade Intermediária e Societária
19
Distribuição do Valor Adicionado* 
PESSOAL:
Remuneração direta
Benefícios
FGTS
Impostos, Taxas e Contribuições:
Federais 
Estaduais 
Municipais
Remuneração de Capitais de Terceiros:
Juros 
Aluguéis 
Outras
Remuneração de Capitais Próprios: 
Juros sobre o Capital Próprio 
Dividendos
Lucros Retidos/Prejuízo do Exercício
Participação dos não controladores nos 
lucros retidos (só p/consolidação)
* O total do item 8 deve ser exatamente igual ao item 7.
Fonte: RIBEIRO, 2018
Instruções de Preenchimento
As instruções para preenchimento da DVA, estão contidas no CPC 
09 de 2008, entre os itens de 14 e 15:
FORMAÇÃO DA RIQUEZA 
Riqueza Criada pela própria Entidade
14. A DVA, em sua primeira parte, deve apresentar de forma 
detalhada a riqueza criada pela entidade. Os principais 
componentes da riqueza criada estão apresentados a seguir 
nos seguintes itens:
Contabilidade Intermediária e Societária
20
RECEITAS
Venda de Mercadorias, Produtos e Serviços: inclui os valores 
dos tributos incidentes sobre essas receitas (por exemplo, 
ICMS, IPI, PIS e COFINS), ou seja, corresponde ao ingresso 
bruto ou faturamento bruto, mesmo quando na demonstração 
do resultado tais tributos estejam fora do cômputo dessas 
receitas.
Outras Receitas: da mesma forma que o item anterior, inclui os 
tributos incidentes sobre essas receitas. (Nesse item, devemos 
informar valores que não sejam inerentes às atividades 
principais da empresa, como por exemplo, ganhos ou perdas 
por baixa de imobilizados, de investimentos, etc.)
Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa: Constituição/
Reversão, com valores relativos à constituição e reversão da 
provisão.
No modelo visto anteriormente (Tabela 1, são os itens 1.1 a 1.3).
INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS
Custo dos Produtos, das Mercadorias e dos Serviços 
Vendidos: inclui os valores das matérias-primas adquiridas 
junto a terceiros e contidas no custo do produto vendido, das 
mercadorias e serviços vendidos adquiridos de terceiros; não 
inclui gastos pessoal próprio.
Materiais, Energia, Serviços de Terceiros e Outros: inclui os 
valores relativos às despesas originadas da utilização destes 
mesmos bens, utilidades e serviços adquiridos junto a 
terceiros. Nos valores dos custos dos produtos e mercadorias 
vendidos, materiais, serviços, energia, etc. consumidos, 
devem ser considerados os tributosincluídos no momento das 
compras (por exemplo, ICMS, IPI, PIS e COFINS), recuperáveis 
ou não. Esse procedimento é diferente das práticas utilizadas 
na demonstração do resultado.
Contabilidade Intermediária e Societária
21
Perda e Recuperação de Valores Ativos: inclui valores relativos 
a ajustes por avaliação a valor de mercado de estoques, 
imobilizados, investimentos, etc. Também devem ser incluídos 
os valores reconhecidos no resultado do período, tanto na 
constituição quanto na reversão de provisão para perdas por 
desvalorização de ativos, conforme aplicação do CPC 01 – 
Redução ao Valor Recuperável de Ativos (se no período o valor 
líquido for positivo, deve ser somado).
No modelo visto anteriormente (Tabela 1, são os itens 2.1 a 2.4).
VALOR ADICIONADO BRUTO 
No modelo visto anterior (Tabela 1 diferença entre os itens 1 e 2).
Depreciação, Amortização e Exaustão: inclui a despesa ou o 
custo contabilizado no período.
No modelo visto anterior (Tabela 1, diferença entre os itens 3 e 4).
VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA
Resultado de Equivalência Patrimonial: o resultado da 
equivalência pode representar receita ou despesa; se despesa, 
deve ser considerado como redução ou valor negativo.
Receitas Financeiras: inclui todas as receitas financeiras, 
inclusive as variações cambiais ativas, independentemente de 
sua origem.
Outras Receitas: inclui os dividendos relativos a investimentos 
avaliados ao custo, aluguéis, direitos de franquia, etc.
No modelo visto anterior (Tabela 1, diferença entre os itens 6.1 e 6.3).
VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR
No modelo visto anterior (Tabela 1, diferença entre os itens 5 e 6).
DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO
No modelo demonstrado anteriormente (Tabela 1, diferença entre 
os itens 8.1 e 8.4). O total desse item deve ser exatamente igual ao item 
anterior.
Contabilidade Intermediária e Societária
22
DISTRIBUIÇÃO DA RIQUEZA
15. A segunda parte da DVA deve apresentar de forma 
detalhada como a riqueza obtida pela entidade foi distribuída. 
Os principais componentes dessa distribuição estão 
apresentados a seguir: 
Pessoal: valores apropriados ao custo e ao resultado do 
exercício na forma de:
No modelo demonstrado anteriormente (Tabela 1, item 8.1.1 a 8.1.3).
 • Remuneração Direta: representada pelos valores relativos a 
salários, 13º salário, honorários da administração (inclusive os 
pagamentos baseados em ações), férias, comissões, horas extras, 
participação de empregados nos resultados, etc.
 • Benefícios: representados pelos valores relativos à assistência 
médica, alimentação, transporte, planos de aposentadoria etc.
 • FGTS: representado pelos valores depositados em conta vinculada 
dos empregados.
No modelo demonstrado anteriormente (Tabela 1, item 8.2.1 a 8.2.3).
Impostos, Taxas e Contribuições: valores relativos ao imposto 
de renda, contribuição social sobre o lucro, contribuições 
ao INSS (incluídos aqui os valores do Seguro de Acidentes 
do Trabalho) que sejam ônus do empregador, bem como 
os demais impostos e contribuições a que a empresa esteja 
sujeita. Para os impostos compensáveis, tais como ICMS, IPI, 
PIS e COFINS, devem ser considerados apenas os valores 
devidos ou já recolhidos, e representam a diferença entre os 
impostos e contribuições incidentes sobre as receitas e os 
respectivos valores incidentes sobre os itens considerados 
como “insumos adquiridos de terceiros”.
Federais: inclui os tributos devidos à União, inclusive aqueles 
que são repassados no todo ou em parte aos Estados, 
Municípios, Autarquias etc., tais como: IRPJ, CSSL, IPI, CIDE, 
PIS, COFINS. Inclui também a contribuição sindical patronal.
Contabilidade Intermediária e Societária
23
Estaduais: inclui os tributos devidos aos Estados, inclusive 
aqueles que são repassados no todo ou em parte aos 
Municípios, Autarquias etc., tais como o ICMS e o IPVA.
Municipais: inclui os tributos devidos aos Municípios, inclusive 
aqueles que são repassados no todo ou em parte às Autarquias, 
ou quaisquer outras entidades, tais como o ISS e o IPTU.
No modelo demonstrado anteriormente (Tabela 1, item 8.3.1 a 8.3.3).
Remuneração de Capitais de Terceiros: valores pagos ou 
creditados aos financiadores externos de capital.
Juros: inclui as despesas financeiras, inclusive as variações 
cambiais passivas, relativas a quaisquer tipos de empréstimos 
e financiamentos junto a instituições financeiras, empresas do 
grupo ou outras formas de obtenção de recursos. Inclui os 
valores que tenham sido capitalizados no período.
Aluguéis: inclui os aluguéis (inclusive as despesas com 
arrendamento operacional) pagos ou creditados a terceiros, 
inclusive os acrescidos aos ativos.
Outras: inclui outras remunerações que configurem 
transferência de riqueza a terceiros, mesmo que originadas 
em capital intelectual, tais como royalties, franquia, direitos 
autorais, etc.
No modelo demonstrado anteriormente (Tabela 1, item 8.4.1 a 8.4.4).
Remuneração de Capitais Próprios: valores relativos à 
remuneração atribuída aos sócios e acionistas.
Juros sobre o Capital Próprio (JCP) e Dividendos: inclui os 
valores pagos ou creditados aos sócios e acionistas por 
conta do resultado do período, ressalvando-se os valores 
dos JCP transferidos para conta de reserva de lucros. Devem 
ser incluídos apenas os valores distribuídos com base no 
resultado do próprio exercício, desconsiderando-se os 
dividendos distribuídos com base em lucros acumulados de 
Contabilidade Intermediária e Societária
24
exercícios anteriores, uma vez que já foram tratados como 
“lucros retidos” no exercício em que foram gerados.
Lucros Retidos e Prejuízos do Exercício: inclui os valores 
relativos ao lucro do exercício destinados às reservas, 
inclusive os JCP quando tiverem esse tratamento; nos casos 
de prejuízo, esse valor deve ser incluído com sinal negativo. As 
quantias destinadas aos sócios e acionistas na forma de Juros 
sobre o Capital Próprio – JCP, independentemente de serem 
registradas como passivo (JCP a pagar) ou como reserva de 
lucros, devem ter o mesmo tratamento dado aos dividendos 
no que diz respeito ao exercício a que devem ser imputados.
NOTA:
Os lucros distribuídos devem somar ao montante, a parcela 
dos juros sobre o capital próprio que foram creditados aos 
sócios e aos acionistas, pois esse valor é a remuneração do 
capital próprio e não capital de terceiros.
Os rendimentos de participações societárias que, tenham sido 
avaliadas pelo método da equivalência patrimonial ou pelo custo de 
aquisição (Ganhos em Equivalência Patrimonial ou Receita de Dividendos) 
não serão considerados como geração de valor adicionado. Serão 
considerados transferências de riquezas criadas ou geradas pela empresa 
investida. Assim, também não serão vistos receitas financeiras geradas 
na investida, mas sim como aplicação do capital em empreendimentos 
de terceiros. Essas receitas somadas aos resultados das participações 
societárias, devem ser postas ao Valor Adicionado pela pessoa jurídica, 
formando o Valor Adicionado à disposição da entidade.
Viceconti (2018) lembra que:
Embora o Pronunciamento do CPC se refira ainda a provisões 
para créditos de liquidação duvidosa, o termo provisões 
não mais pode ser utilizado para indicar perdas estimadas 
nos valores do ativo da companhia, já que o CPC no indicar 
“passivos estimados”. Cremos que o nome foi mantido no 
Contabilidade Intermediária e Societária
25
CPC no 25 definiu e restringiu o uso do termo para 09, devido 
ao fato de que vai demorar algum tempo, até que todos os 
profissionais se acostumem com o novo significado contábil 
do termo “provisões”.
Alguns valores ao serem apurados, não são separados o que 
representa valor adicionado do que representa compra de insumos de 
terceiros, o que gera dificuldades para terceiros compreenderem. Como 
exemplo, podermos citar: o Custo dos Produtos Vendidos (CPV), onde 
não se demonstrao que representa mão de obra e o que são insumos 
adquiridos de terceiros; e no grupo de Despesas Operacionais (Despesas 
de Vendas, Administrativas ou Gerais e Outras), que não separa o que 
representa gastos com pessoal do que representa gastos com materiais e 
demais insumos adquiridos.
EXEMPLO: Balanço Patrimonial Cia Vem Que Tem 20x8: 
Suponha você que a empresa Cia Vem Que Tem, que não tenha 
empregados (os seus próprios sócios fazem o trabalho) apresente a 
seguinte demonstração do resultado do exercício:
Receita de Venda 80.000
(-) Custo de Mercadorias Vendidas 
(CMV)
(20.000)
(=) Lucro 60.000
Sua Demonstração do Valor Adicionado (DVA) seria representada 
desta forma:
GERAÇÃO DO VALOR ADICIONADO
Receita de Venda 80.000
(-) Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) (20.000)
(=) Valor Adicionado 60.000
DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO
Lucros Retidos 60.000
Contabilidade Intermediária e Societária
26
Supondo que para ter um resultado, a empresa precise desembolsar 
alguns valores:
Impostos Incidentes sobre Vendas no Valor de 17.000
Despesas de Salários dos Empregados 7.000
Encargos Sociais sobre os Salários 1.500
TOTAL 25.500
Não houve incidência de impostos indiretos sobre as compras 
de mercadorias para revenda. A Demonstração do Resultado seria 
apresentada da forma:
Receita Bruta de Vendas 80.000
(-) Impostos Incidentes sobre Vendas (17.000)
(=) Receita Operacional Líquida 63.000
(-) Custo das Mercadorias Vendidas (20.000)
(=) Lucro Operacional Bruto 43.000
(-) Despesas Operacionais: (8.500)
 Despesas de Salários (7.000)
 Encargos Sociais (1.500) 
(=) Lucro Líquido do Exercício 34.500
Por sua vez, a Demonstração do Valor Adicionado (DVA) é 
representada assim:
GERAÇÃO DO VALOR ADICIONADO
Receita de Venda 80.000
(–) Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) (20.000)
(=) Valor Adicionado 60.000
DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO
Remuneração do trabalho 7.000
Encargos Sociais 1.500
Contabilidade Intermediária e Societária
27
Governo (impostos) 17.000
Lucros Retidos 34.500
(=) Receita Operacional Líquida 60.000
Vamos considerar também, as seguintes despesas:
Serviços contratados de terceiros 2.000
Materiais, Energia, Telefone 3.000
Propaganda e Publicidade 5.000
(=) Total 10.000
Nessa hipótese, o lucro líquido do exercício seria de R$ 24.500,00, 
ou seja, (R$ 34.500,00 – R$ 10.000,00), e a Demonstração do Valor 
Adicionado seria representada da seguinte forma:
GERAÇÃO DO VALOR ADICIONADO
Receita de Vendas 80.000
(–) Custo das Mercadorias Vendidas (20.000)
(–) Serviços contratados de terceiros (2.000)
(–) Materiais, Energia, Telefone (3.000)
(–) Propaganda e Publicidade (5.000)
(=) Valor Adicionado
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28
O Balanço Social
INTRODUÇÃO:
Ao término deste capítulo você será capaz de entender 
como funciona O Balanço Social, que traz como parte da 
sua estrutura a própria Demonstração do Valor Adicionado 
– DVA, conhecerá um pouco sobre responsabilidade social, 
atualmente no Brasil. Você conhecerá como são organizadas 
as informações neste demonstrativo tão importante: como 
são evidenciadas as pessoas, as informações ambientais 
e também qual é a responsabilidade social e pública das 
organizações. Você conhecerá também o modelo de 
Balanço Social e como construi-lo. E então? Motivado para 
desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante!
Conceito e Objetivo
Com a conscientização geral da sociedade, e a pressão efetuada 
pelos consumidores sobre as empresas atualmente, não é possível 
que estas sejam somente definidas como recursos materiais e recursos 
humanos, que transformam e produzem bens, prestam serviços ao 
mercado. Elas (empresas, sindicatos, associações , ONGS e outras) 
devem ser vistas como uma força socioeconômica-financeira com largo 
potencial criador de empregos, modificador do meio ambiente onde 
se instala, capacidade expansionista, e incentivo criativo, influenciando 
decisivamente nas populações as quais se relaciona, de forma positiva ou 
negativa, sobretudo na qualidade de vida dessas pessoas. 
Com a globalização, e o crescimentos dos grupos interna-cionais, 
conglomerados de empresas trazidas pelo progresso econômico houve 
uma crescente desumanização das instituições e consequentemente, 
uma insatisfação e contestação da sociedade a esses grupos. A partir dos 
anos 50, na Europa e nos EUA a sociedade passa a exigir que a prioridade 
seja a população assalariada, e o bem-estar social passou a ser o objetivo 
das organizações. 
Contabilidade Intermediária e Societária
29
A injustiça passa a ser considerada um mal, e a responsabilidade 
social inicia nas empresas. Uma das vertentes do Balanço Social Relatório 
de Sustentabilidade (BSRS) observou que a deterioração ambiental tinha 
tudo a ver com o estilo de desenvolvimento econômico, e que este 
problema já objeto de estudo e preocupação dos pesquisadores. Esses 
movimentos de conscientização levaram ao surgimento do Balanço 
Social, em 1977, na França. 
O Balanço Social é o conjunto de informações quantificadas que 
dão a possibilidade às empresas, de acompanhar de forma prática, o 
desenvolvimento de suas atividades, e ao mesmo tempo medir seu 
desempenho na implementação de programas de ordem social e 
também no campo dos recursos humanos. O Balanço Social é, portanto, 
um instrumento de gestão e de informação que pretende divulgar 
informações de cunho econômico e social, acerca dos acontecimentos 
na entidade a diversos interessados, inclusive os assalariados. Com o 
avanço do Balanço Social, surgiu a oportunidade de as organizações 
demonstrarem seu potencial e qual é a sua influência e participação, 
economicamente falando, em nível local, regional e até mesmo, nacional. 
É necessário, no entanto, observar que como o Balanço Social apresenta 
determinada política de uma organização, para que apresente utilidade, 
deve apresentar tanto os aspectos de sucesso, quanto os de fracassos 
praticados. O demonstrativo é montado utilizando-se de indicadores, 
parte deles demostrados em unidades monetárias, porém há que se 
lembrar que todos devem, necessariamente, estar voltados pra os 
aspectos humanos e sociais que permeiam o interior das organizações, 
bem como o seu entorno.
Para os estudiosos, dentre eles, Tinoco (1984) alertam que existem 
discussões e polêmicas sobre as abordagens a serem utilizadas na 
elaboração do Balanço Social. O estudo dessas discussões relatou que 
acadêmicos, estudiosos e pesquisadores apontam três abordagens que 
devem ser empregadas:
1. Abordagem Contábil: essa abordagem deve dar evidência ao valor 
adicionado que foi gerado e distribuído pela empresa;
Contabilidade Intermediária e Societária
30
2. Abordagem de Aspectos Sociais: são informações qualitativas que 
abordam as questões ambientais, de relação pessoal e aspectos 
sociais;
3. Abordagem Mista: que trabalha os dois primeiros temas, 
conciliando-os.
A abordagem desses aspectos juntos, deu ao Balanço Social uma 
abrangência, aumentando seu escopo, dando-lhe status de Balanço 
Social em sentido amplo. Iudícibus (2000) enfatiza que “o Balanço Social 
busca demonstrar o grau de responsabilidade social assumido pela 
empresa e assim prestar contas à sociedade pelo uso do patrimônio 
público, constituído dos recursos naturais, humanos e o direito de conviver 
e usufruir dos benefícios da sociedade em que atua”.
O Balanço Social é um conjunto de informações que se originam 
tanto na contabilidade financeira, quanto fora dela e que possui como 
principal objetivo qual é a importância que empresa tem em relação à 
sociedade que a acolhe e na qual ela se insere. 
É um verdadeiro instrumento de reflexão no contexto da comunidade, 
como todo, sendo efetuado pelas empresas e pelos indivíduos. Por meio 
dessas reflexões é possível referenciar informações e tomar decisões 
de políticas de recursos humanos, de incentivos fiscais, no auxilio sobre 
novos investimentose na consciência para a cidadania.
O Balanço Social traz uma visão moderna de que a empresa 
trata apenas de obter lucro, sem considerar a qualidade de vida e a 
satisfação da sua mão de obra, e a preservação do ambiente externo. O 
reconhecimento da responsabilidade com o social que a empresa tem, 
demorou a vir, e consequentemente a utilização do Balanço Social pelas 
empresas. Essa demora seu deu devido a alguns fatores:
Contabilidade Intermediária e Societária
31
Figura 4 –Resistência na Utilização do Balanço Social
Movimentos Populares
A sociedade não era organizada e coesa 
suficientemente para cobrar das empresas 
um comportamento ambiental, na produção 
dos seus produtos.
Consciência Consumidora
Não existia uma legislação ambiental, ou 
aplicação com rigor das leis já existentes, 
pois não serviam como inibidor para os in-
fratores, pois ficavam mais barato pagar a 
muta que compra os equipamentos para 
regularizar a situação.
Legislação Ambiental
Não existia uma legislação ambiental, ou 
aplicação com rigor das leis já existentes, 
pois não serviam como inibidor para os in-
fratores, pois ficavam mais barato pagar a 
muta que compra os equipamentos para 
regularizar a situação.
Custos Altos
Adquirir equipamento com tecnologia ne-
cessária para reduzir ou eliminar os resíduos 
que são tóxicos, assim como conter a sua 
devastação na natureza, tem preço eleva-
do gerando impacto no fluxo de caixa das 
empresas.
BALANÇO SOCIAL
Fonte: Martins e Ribeiro (1995). Adaptado.
O sociólogo Herbert de Souza1, do IBASE (Instituto Brasileiro de 
Análises Sociais e Econômicas) afirmou que caberia às empresas oferecer 
dados sobre as atividades no campo social à entidades autônomas e 
independentes da sociedade civil, isso para esclarecer que o Balanço 
Social não é apenas uma peça de marketing ou de propaganda, sobre as 
atividades sociais que a empresa faz, que a empresa realiza.
O Balanço Social, além de ser um instrumento para a divulgação 
dirigido aos stakeholders (seus parceiros sociais) e à sociedade, também 
pode ser utilizado como uma demonstração gerencial que reúne todos os 
dados quantitativos e qualitativos sobre as políticas adotadas e sobre as 
muitas relações com o meio ambiente.
1 Herbert José de Souza (1935-1997), sociólogo brasileiro, ativista dos direitos humanos, e defesa do meio 
ambiente, conhecido como Betinho, ganhador do prêmio Global 500, do Programa das Nações Unidas para 
o Meio Ambiente (UNEP).
Contabilidade Intermediária e Societária
32
Autor Importância do Balanço Social
TAYLOR, 1980
É o instrumento mais apto, considerando-se suas 
limitações, para apoiar o comportamento social.
TINOCO, 1984
Instrumento de gestão e de informação que visa 
reportar informações econômicas, financeiras e 
sociais do desempenho das entidades.
SÁ e SÁ, 1995
Representa a expressão de uma prestação de 
contas da empresa à sociedade em face de sua 
responsabilidade para com a mesma.
ANDREOLLA, 1997
Instrumento de medida do desempenho da 
empresa no campo social, considerando a tríplice 
realidade da empresa: econômico-financeira, 
pessoal-humana, político-social.
DE LUCA, 1998
Instrumento de medida que permite verificar a 
situação da empresa no campo social.
KROETZ, 2000
Instrumento de controle e de auxílio para a tomada 
de decisões e adoção de estratégia.
KROETZ, 2000
Aborda questões que mostram com transparência 
as informações sobre a atuação social da empresa.
SUCUPIRA, 2001
Um conjunto de informações sobre as atividades 
desenvolvidas por uma empresa, em promoção 
humana e social, dirigidas aos seus empregados e à 
comunidade onde está̧ inserida.
TINOCO, 2001
Pode contribuir para modificar a imagem pública da 
empresa, do próprio pessoal e do público em geral.
Contabilidade Intermediária e Societária
33
IUDÍCIBUS, 
MARTINS e 
GELBCKE, 20
O Balanço Social tem por objetivo demonstrar o 
resultado da interação da empresa com o meio em 
que está̧ inserida.
MAZZIONI, 2005
O Balanço Social busca oportunizar a oferta de 
instrumentos válidos, capazes de refletir os esforços 
organizacionais relacionados ao bem-estar das 
pessoas, ao meio ambiente, à geração e distribuição 
de riquezas e da responsabilidade social que lhe é 
inerente.
Segundo o Instituto Ethos (2003) relacionou as diretrizes da 
Responsabilidade Social Empresarial, que devem ser observadas pelas 
empresas: 
Figura 5 – Diretrizes da Responsabilidade Social
Comprometa-se com o bem comum
Promova a sua comodidade
Proteja clientes e consumidores
Faça sempre mais pelo meio ambiente
Valorize empregados e colaboradores
Adote valores e trabahos com transparência
Fonte: Instituto Ethos, (2003)
Fontes de informações e indicadores do 
Balanço Social
Dentro da organização, três departamentos produzem informações 
para a elaboração do Balanço Social. São eles:
1. Departamento Pessoal: departamento responsável pelas admis-
sões, demissões, acompanhamento da evolução do pessoal (salá-
rios, dias trabalhados, absenteísmo, turnover, participação nos lu-
cros, etc. Esse departamento é responsável pela entrega da RAIS 
Contabilidade Intermediária e Societária
34
– Relação Anual de Informações Sociais, que divulga informações 
relativas aos trabalhadores (em cumprimento à Lei dos 2/3, a Lei 
4.923 e pelo Decreto-lei 76.900, de 23/12/1975). Extraindo dados 
da RAIS, o Ministério do Trabalho disponibiliza os dados em seu 
site, que objetivam: O suprimento às necessidades de controle da 
atividade trabalhista no país; o provimento de dados para a elabo-
ração de estatística do trabalho; a disponibilização de informações 
do mercado de trabalho às entidades governamentais; os dados 
coletados pela RAIS constituem expressivos insumos para aten-
dimento das necessidades; da legislação da nacionalização do 
trabalho; de controle dos registros do FGTS; dos Sistemas de Arre-
cadação e de Concessão de Benefícios Previdenciários; de estu-
dos técnicos de natureza estatística e atuarial; de identificação do 
trabalhador com direito ao abono salarial PIS/PASEP.
2. Departamento Contábil: encarregado de registrar todos atos e 
fatos administrativos mensuráveis financeiramente. Este departa-
mento elabora e divulga relatórios contábeis (balanço patrimonial, 
demonstração de resultados do exercício, demonstração de lu-
cros ou prejuízos acumulados, demonstração das origens e apli-
cação de recursos, fluxo de caixa e outros relatórios gerenciais 
e societários), traduz, evidencia e explica a origem e a aplicação 
de recursos, de forma a satisfazer os diversos usuários. É exigido 
deste departamento que esteja sempre atualizado para fornecer 
informações financeiras, contábeis, sociais, ambientais e geren-
ciais, atendendo às necessidades dos sócios, proprietários e de-
mais interessados.
3. Departamento de Sistemas: responsável por prover informa-
ções monetárias e não monetárias, para orientar as decisões de 
todos os níveis da organização, e também aos usuários externos 
da organização. Com o uso de sistemas, é possível levantar da-
dos como: unidades físicas de produtos vendidos; produção física, 
produtividade, horas trabalhadas; valor adicionado gerado; valor 
adicionado/pessoal; qualidade dos produtos fabricados; acom-
panhamento de falhas e de refugos na produção; perdas e de 
Contabilidade Intermediária e Societária
35
desperdícios; impacto do absenteísmo e do turnover, sobre a pro-
dução e a rentabilidade e outras variáveis, ambientais e comporta-
mentais, que operam num contexto ambiental de competitividade 
e qualidade total.
No Brasil, a parcela do orçamento da União aplicada à gestão de 
recursos naturais é muito pequena, de 0,5% (2001) da despesa total da 
União, decaindo a partir dessa participação a,0,16% no ano de 2008. Em 
2019, estão destinados apenas R$ 4,4 bilhões para a gestão ambiental 
dos 4,4 trilhões de orçamento total, número irrisório pela necessidade do 
Brasil.
Tipos de IndicadoresIndicadores que podem ser extraídos do Balanço Social, qualitativas 
ou quantitativas, que podem auxiliar na tomada de decisões pelos 
usuários. Estão assim divididos:
Tabela 2: Indicadores de Caráter Econômico
Indicadores de Caráter Econômico
O valor adicionado por trabalhador – VA/trabalhador;
A relação entre salários pagos ao trabalhador em relação ao valor 
adicionado ( 
Massa Salarial/VA);
A relação entre salários e as receitas brutas da empresa – Salários e 
Encargos/Receita Bruta;
A contribuição do valor adicionado da empresa para o Produto Interno 
Bruto – VA/PIB;
A produtividade social da empresa;
A carga tributária da empresa em relação ao seu valor adicionado, 
carga tributária da empresa /VA etc.
Fonte: Tinoco (2010)
Tabela 3: Indicadores de caráter social
Contabilidade Intermediária e Societária
36
Indicadores de Caráter Social
A evolução do emprego na empresa;
A promoção dos trabalhadores na escala salarial da empresa;
A relação entre a remuneração do pessoal a nível de gerência e os 
operários;
A participação e evolução do pessoal por sexo e instrução;
A classificação do pessoal por faixa etária;
Por antiguidade na empresa;
O nível de absenteísmo;
Benefícios sociais concedidos (médico, odontológico, moradia, 
educação);
Política de higiene e segurança no trabalho;
Política de proteção ao meio ambiente;
Investimentos em meio ambiente/receita líquida etc.
Fonte: Tinoco (2010)
Tabela 4: Indicadores ambientais
Indicadores Ambientais
Água Bruta (m3/t aço produzida); consumo de água; recirculação de 
água;
Emissões atmosféricas totais (incluindo emissões de SOx, NOx, VOCs, 
CH4, 
material particulado, CO, CO2);
Efluentes líquidos (incluindo OeG e NH3);
Geração própria de energia;
Geração de resíduos/recursos utilizados; reciclagem interna de resíduos;
Número de árvores plantadas;
Contabilidade Intermediária e Societária
37
Custo controle de poluição na atmosfera – em $;
Gerenciamento de resíduos – em $;
Administração do meio ambiente – em $;
Passivo Ambiental/Patrimônio Líquido;
Multas e Penalidades.
Fonte: Tinoco (2010)
Modelo Balanço Social
Agora vamos ver o Balanço Social da Embrapa, Empresa Brasileira 
de Pesquisa Agropecuária, para fixarmos os conceitos sobre o Balanço 
Social. Vamos lá?
Tabela 5: Balanço Social – EMBRAPA 2018
1. Base de Cálculo 2018 (R$) 2017 (R$)
1.1) Receita Operacional Líquida 
(RL)*
3.579.762.261,91 3.360.963.313,55
1.2) Resultado Operacional (RO) (271.161.234,62) (385.772.970,44)
1.3) Folha de Pagamento Bruta 
(FPB)
2.132.608.749,86 1.967.463.837,38
1.4) Empresas Prestadoras de 
Serviços 
65.989.491,72 57.135.508,58
2. Indicadores 
Laborais
Valor % sobre Valor % sobre
R$ FPB RL* R$ FPB RL*
2.1) Alimentação
115.219. 
137,37
5,40 3,22
110.418. 
947,49
5,61 3,29
2.2) Encargos Sociais 
Compulsórios
659.953. 
189,97
30,95 18,44
563.276. 
503,96
28,63 16,76
2.3) Previdência 
Privada
137.635. 
432,13
6,45 3,84
131.317. 
593,77
6,67   3,91
Contabilidade Intermediária e Societária
38
2.4) Bem-estar, 
Saúde 
e Segurança no 
Trabalho
75.371. 
607,73
3,53 2,11
57.446. 
842,92
2,92 1,71
2.5) Educação 
e Formação 
Profissional
137.174. 
006,45
6,43 3,83
121.922. 
342,09
6,20 3,63
2.6) Creches/Auxílio 
Creche
11.629. 
996,80
0,55 0,32
10.541. 
121,62
0,54 0,31
2.7) Outros 
Benefícios 
26.800. 
738,95
1,26 0,75
26.776. 
139,07
1,36 0,80
Total Indicadores 
Laborais
1.163.784. 
109,40
54,57 32,51
1.021.699. 
490,92
51,93 30,40
3) Indicadores 
Sociais
Valor % sobre Valor % sobre
R$ FPB RL* R$ FPB RL*
3.1) Tributos 
(Excluídos os 
Encargos Sociais)
5.839. 
555,19
0,27 0,16
7.440. 
345,65
0,38 0,22
Total Indicadores 
Sociais
5.839. 
555,19
0,27 0,16
7.440. 
345,65
0,38 0,22
4) Soluções 
Tecnológicas 
desenvolvidas 
e transferidas à 
sociedade (TD)
42.353.493. 
396,81
1.985,99 1.183,14
36.150.536. 
169,16
1.837,42
5) Lucro Social 
(2+3+4) 
43.523.117. 
061,40
2.040,84 1.215,81
37.179.676. 
005,73
1.889,73
6) Indicadores 
do Corpo Funcional
2018 2017
6.1) Número de 
Empregados ao Final 
do Período
9.483 9.581
Contabilidade Intermediária e Societária
39
6.2) Número de 
Admissões Durante o 
Período 
0 0
6.3) Número de 
Estagiários 
e Menores 
Aprendizes
7.643 8.579
6.4) Número de 
Empregados Acima 
de 45 anos 
6.486 6.325
6.5) Número de 
Mulheres 
que Trabalham na 
Empresa
2.887 2.916
6.6) Percentual de 
Cargos 
de Chefia por 
Mulheres
30% 32%
6.7) Número de 
Negros 
que Trabalham na 
Empresa
3.855 3.895
6.8) Percentual de 
Cargos de Chefia 
Ocupados por 
Negros
33% 33%
6.9) Número de 
Empregados 
Portadores de 
Deficiência
107 100
7) Informações Relevantes 
para 
a Cidadania Empresarial
2018 2017
7.1) Relação Entre a Maior e a 
Menor 
Remuneração na Empresa
16,44 14,32
Contabilidade Intermediária e Societária
40
7.2) Número de Acidentes de 
Trabalho
103 107
7.3) Ações de Relevante 
Interesse Social
1.039 1.123
7.4) Percentual de Ações 
de Interesse Social que 
promovem a equidade de 
gênero e/ou de raça
33% 30%
7.5) Número de novos 
empregos gerados 
no ano pelas Tecnologias 
feitas e transferidas à 
sociedade
69.936 68.310
7.6) Projetos sociais e 
ambientais 
são definidos por
( ) Direção | ( ) Empregados(as) | ( ) 
Beneficiários | 
(x) Direção, Empregados(as) e Beneficiários
7.7) Padrões de segurança e 
salubridade no ambiente de 
trabalho definidos por
( ) Direção | (x) Direção e Gerências | 
( ) Todos(as) os(as) empregados(as) e a 
CIPA
7.8) A previdência privada 
contempla
( ) Direção | ( ) Direção e Gerências | 
(x) Todos(as) os(as) empregados(as)
7.9) Participação dos 
empregados em programas 
voluntários, a Empresa
( ) Não se envolve | (x) Apoia | ( ) Organiza 
e Incentiva
8) Notas
8.1) A Embrapa é uma empresa pública cujo capital social pertence 
integralmente à União, não utiliza mão de obra infantil ou trabalho 
escravo, não tem envolvimento com prostituição ou exploração sexual de 
criança ou adolescente e não está envolvida com corrupção. A Empresa 
valoriza e respeita a diversidade interna e externamente.
8.2) Apesar de registrar prejuízos operacionais contábeis foram 
realizados importantes benefícios à sociedade, conforme demonstram 
os Indicadores Laborais, Sociais e as Tecnologias Desenvolvidas e 
Transferidas à Sociedade. Esses benefícios expressaram-se em Lucros 
Sociais de R$ 37.179.676.005,73 em 2017, e de R$ 43.523.117.061,40 em 
2018.
Contabilidade Intermediária e Societária
41
8.3) *A Receita Operacional Líquida (RL) refere-se às receitas com vendas 
e serviços, deduzidos os impostos sobre vendas e serviços, e às receitas 
operacionais (subvenção, convênios e doações).
8.4) **Todas as Ações de Relevante Interesse Social estão disponíveis na 
Internet em: http://bit.ly/2PymfhS
Susy Darlen Barros da Penha - CRC/DF 007472/O-2 - CNPJ Embrapa 
00.348.003/0001-10
Fonte: EMBRAPA, 2019. Disponível em: https://bs.sede.embrapa.br/2018/balsoc18.html
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você real-
mente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos 
resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido a impor-
tância da apresentação Balanço Social, pois ele apresenta 
informações importantes relacionadas ao papel social que 
empresa desempenha no ambiente onde está instalada. 
Verificou quais são os indicadores que fornecem as infor-
mações para a composição do Balanço Social, e verificou 
também quais os departamentos que estão envolvidos na 
apresentação destes dados. Você reconheceu a importân-
cia de todas as empresas apresentarem o Balanço Social, e 
como o consumidor cobra essa consciência e responsabili-
dade social das organizações da atualidade. Vamos para a 
próxima unidade?!
Contabilidade Intermediária e Societária
42
REFERÊNCIAS
IUDÍCIBUS, Sérgio. Utilização de Informações Contábeis para 
Finalidades Econômicas. Boletim do Contador, São Paulo: Ibracon,no 145, 
jun. 199.
MARTINS, Eliseu; RIBEIRO, Maisa de Souza. A informação como 
instrumento de contribuição da contabilidade para a compatibilização do 
desenvolvimento econômico e a preservação do meio ambiente. Revista 
Interamericana de Contabilidade, no 60, p. 1-7, out./dez. 1995.
MISSAGIA, Luiz Roberto. VELTER, Francisco. Contabilidade Avançada. 
5ª ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 
2015. 
MAZZIONI, S. Delineamento de um modelo de balanço social para 
uma fundação universitária. 2005. 193 f. Dissertação (Mestrado em Ciências 
Contábeis) – Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis, 
Universidade Regional de Blumenau, Blumenau - SC.
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade Intermediária. 5ª ed. São Paulo: 
Saraiva, 2018.
RIOS, Ricardo Pereira. MARION, José Carlos. Contabilidade 
Avançada: de acordo com as normas brasileiras de contabilidade (NBC) e 
normas internacionais de contabilidade (IFRS). 1ª ed. – [ 2. Reimpr.]. – São 
Paulo: Atlas, 2019. 
TINOCO, João E. P. Balanço social: uma abordagem socioeconômica 
da contabilidade. 1984. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Economia, 
Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, São Paulo.
VICECONTI, Silvério das Neves. 18ª ed. São Paulo: Saraiva Educação, 
2018.
BRASIL. Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as 
Sociedades por Ações. Disponível em: http://bit.ly/2BURtYq | Acesso em: 
21 ago. 2019.
Contabilidade Intermediária e Societária
43
BRASIL. Lei nº 11.638, de 28 de dezembro de 2007. Altera e revoga 
dispositivos da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e da Lei no 6.385, 
de 7 de dezembro de 1976. Disponível em: http://bit.ly/322NZxM | Acesso 
em: 21 ago. 2019.
BRASIL. Conselho Federal de Contabilidade. Resolução CFC no 
1.003/04, de 19 de agosto de 2004. Aprova a NBC T 15 – Informações de 
natureza social e ambiental. Disponível em: http://bit.ly/34ez5Gb | Acesso 
em: 08 set. 2019.
BOVESPA – Bolsa de Valores de São Paulo. Índice de sustentabilidade 
empresarial (ISE). Disponível em: http://bit.ly/2N22Rs1 | Acesso em: 21 ago. 
2019.
Comissão de Pronunciamentos Contábeis - CPC (2010). 
Disponível em: http://bit.ly/2PuHuB9 | Acesso em: 21 ago. 2019.
Demografia das Empresas 2015: taxa de saída recua, mas 
mercado empresarial perde 1,6 milhão de ocupados. IBGE, 2017. 
Disponível em: http://bit.ly/2PsHDoS | Acesso em: 21 ago. 2019.
IBASE – Instituto de Brasileiro de Análises Econômicas e Sociais. 
Disponível em: www.balancosocial.org.br | Acesso em: 8 set. 2019.
INSTITUTO ETHOS. Responsabilidade Social e Empresarial para 
Micros e para Pequenas Empresas, 2003. 70 p. Disponível em: http://bit.
ly/31UInpi | Acesso em: 8 set. 2019.
Contabilidade Intermediária e Societária
	Conhecendo o CPC 09 Demonstração do Valor Adicionado (DVA)
	Conceito e Objetivo
	Vantagens da Apresentação da DVA
	Preparando a DVA
	Construindo a DVA
	Composição dos itens da DVA
	Cálculo do Valor Agregado
	A Forma da Distribuição do Valor Agregado
	Modelo Geral de DVA
	Instruções de Preenchimento
	O Balanço Social
	Conceito e Objetivo
	Fontes de informações e indicadores do Balanço Social
	Tipos de Indicadores 
	Modelo Balanço Social

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