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Aula 02 Assuntos para a Unidade 2 Andréa Cuesta CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA Contabilidade Intermediária Diretor Executivo DAVID LIRA STEPHEN BARROS Diretora Editorial ANDRÉA CÉSAR PEDROSA Projeto Gráfico MANUELA CÉSAR ARRUDA Autor ANDRÉA CUESTA Desenvolvedor CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS Olá. Meu nome é Andréia Cuesta. Sou formada em Ciências Contábeis, pela Universidade Estadual de Londrina - UEL, e em Pedagogia pela Facul- dade de Paraíso do Norte (FAPAN), especialista em Controladoria e Finanças (PUC/PR), Logística Empresarial (UNOPAR) e Docência no Ensino Superior (UNOPAR). Sou estudante especial do curso de Mestrado em Metodologias para o Ensino de Linguagens e suas Tecnologias da UNOPAR, com uma ex- periência técnico-profissional na área de docência do ensino superior, pre- sencial e EAD de mais de 12 anos. Passei por empresas com a Lorenzetti S.A, Elevadores Atlas Schindler e a Construtora Plaenge, na área Contábil e Fiscal. Hoje integro o quadro docente do Grupo Kroton Educacional, ao qual faço parte desde 2008. Sou apaixonada pelo que faço e adoro transmitir minha experiência de vida àqueles que estão iniciando em suas profissões. Por isso fui convidada pela Editora TELESAPIENS a integrar seu elenco de autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo! Autor ANDRÉA CUESTA INTRODUÇÃO: para o início do desenvolvimen- to de uma nova competência; DEFINIÇÃO: houver necessidade de se apresentar um novo conceito; NOTA: quando forem necessários obser- vações ou comple- mentações para o seu conhecimento; IMPORTANTE: as observações escritas tiveram que ser prioriza- das para você; EXPLICANDO MELHOR: algo precisa ser melhor explicado ou detalhado; VOCÊ SABIA? curiosidades e indagações lúdicas sobre o tema em estudo, se forem necessárias; SAIBA MAIS: textos, referências bibliográficas e links para aprofun- damento do seu conhecimento; REFLITA: se houver a neces- sidade de chamar a atenção sobre algo a ser refletido ou discutido sobre; ACESSE: se for preciso aces- sar um ou mais sites para fazer download, assistir vídeos, ler textos, ouvir podcast; RESUMINDO: quando for preciso se fazer um resumo acumulativo das últimas abordagens; ATIVIDADES: quando alguma ativi- dade de autoapren- dizagem for aplicada; TESTANDO: quando o desen- volvimento de uma competência for concluído e questões forem explicadas; Iconográficos Olá. Meu nome é Manuela César de Arruda. Sou a responsável pelo projeto gráfico de seu material. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de apren- dizagem toda vez que: Sumário 1. Conhecendo o CPC 09 Demonstração do Valor Adicionado (DVA) ....... 8 1.1. Conceito e Objetivo....................................................................................................................8 1.2. Vantagens da Apresentação da DVA ......................................................................10 1.3. Preparando a DVA ....................................................................................................................10 1.4. Construindo a DVA ...................................................................................................................12 1.5. Composição dos itens da DVA ......................................................................................12 Cálculo do Valor Agregado ................................................................................................12 A Forma da Distribuição do Valor Agregado .......................................................13 1.6. Modelo Geral de DVA ............................................................................................................14 Instruções de Preenchimento ...........................................................................................15 Exemplo..............................................................................................................................................19 2. O Balanço Social ...................................................................................................................22 2.1. Conceito e Objetivo.................................................................................................................22 2.2. Fontes de informações e indicadores do Balanço Social .....................26 Tipos de Indicadores ..............................................................................................................27 2.3. Modelo Balanço Social ........................................................................................................29 Você sabia que na apresentação das Demonstrações Contábeis, a empre- sa demonstra a situação real em que se encontra, e pode esclarecer todos os pontos importantes acerca de seu patrimônio e sua capacidade financeira. A função primordial das demonstrações divulgadas é informar aos usuários da contabilidade (interessados na saúde financeira da entidade) um retrato fide- digno da condição e composição de seus ativos e passivos, para que tomem decisões embasadas nesses relatórios. Cada uma das demonstrações traz uma finalidade. Por este motivo, precisamos conhecer todas elas, e a partir disso, melhor utiliza-las. Na Unidade 1 você pôde conhecer um pouco mais sobre a Demonstração de Fluxos de Caixa e a sua grande utilidade de curto e médio prazo. Nesta unidade vamos conhecer a DVA – Demonstração do Va- lor Adicionado. Estamos em uma era globalizada e ouvimos muito falar sobre questões sociais, balanço social, sustentabilidade, governança corporativa, capital intelectual, balance score card, responsabilidade social. O cliente con- sumidor exige uma postura das organizações que de fato agregue ambiente ao que ela está inserida. Afinal, o lado social que a empresa representa, é mui- to importante para o desenvolvimento das comunidades circunvizinhas, pois gera empregos diretos e indiretos, traz incentivos e benefícios estruturais para a região que vai abranger. O grande mestre Iudícibus (2010, p. 9) nos ensina sobre a abordagem social que a contabilidade possui “é uma abordagem do tipo ‘bem- estar social’ no sentido de que os procedimentos contábeis e os relatórios emanados da Contabilidade deveriam atender a finalidades sociais mais amplas, inclusive relatar adequadamente ao público informações sobre a amplitude e a utilização dos poderes das grandes companhias”, de modo que a contabilidade deve ser capaz de ampliar a evidenciação contábil, incluindo informações como: nível de emprego (diretos e indiretos), treinamentos aplica- dos, benefícios à sociedade e demonstração de valor adicionado. Nesse ce- nário surge a figura da DVA - DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO, para apresentar todas estas informações. Entendeu? Ao longo desta unidade letiva você vai mergulhar neste universo! Introdução Olá. Meu nome é Andréa César. Sou responsável pela direção editorial deste livro didático e de todos os demais recursos relacionados com a sua trilha de aprendizagem. Temos a Disciplina de Contabilidade Intermediária, e seja bem-vindo a nossa Unidade 2, onde nosso objetivo é auxiliar você para o desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o término desta etapa de estudos: 1. Conhecer o CPC 09 - Demonstração do Valor Adicionado (DVA); 2. Aprender sobre o Conceito, Objetivos, Alcance e Forma de Apresentação da DVA; 3. Identificar a importância da elaboração da DVA, com a evidência para as riquezas criadas, distribuídas e sua representação gráfica; 4. Executar os procedimentos de composição da DVA e do Balanço Social, conforme as definições e características das informações dos demons- trativos. Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento? Ao trabalho! Trilha de Aprendizagem Contabilidade Intermediária | 8 1.1. Conceito e Objetivo A DVA é um demonstrativo criado para evidenciar o valor da riqueza agregada ao produto por uma determinada empresa,e também evidencia como esse valor agregado foi distribuído. Esse demonstrativo surgiu na Europa (Inglaterra, França e Alemanha), atualmente está em muitos países, devido a recomen- dação da ONU – Organização das Nações Unidas, por justamente tratar de questões sociais. Em países emergentes, como o Brasil, quando uma empresa multinacional deseja instalar-se no país, é imprescindível saber quanto essa empresa irá agregar à economia local onde será instalada, e quanto de riqueza será agregado pelos fatores de produção que vão impactar diretamente na formação do Produto Interno Bruto (PIB). A riqueza total de um país é represen- tada pela soma de todos os valores agregados por pessoas físicas, jurídicas com fins lucrativos, associações, fundações, entidades sem fins lucrativos, go- verno e outros agentes econômicos. Em 1992 Comissão de Valores Mobiliários (CVM) emitiu um Parecer de Orientação CVM n. 24/92 incentivando a elabo- ração da DVA, fazendo com que as principais sociedades anônimas de capital aberto brasileiras elaborassem e divulgassem o demonstrativo. INTRODUÇÃO: Ao término deste capítulo você será capaz de entender como funciona a Demonstração do Valor Adicionado – DVA segundo o Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC 09, seu alcance, conceitos e objetivos. Isto será fundamental para o exercício de sua profissão. As companhias de Capital Aberto, e as que a Lei exigem (item 3 da NBC TG 09, aprovada pela Resolução CFC n.º 1.138/08 e alterada pela Resolução CFC n.º 1.162/09) são obrigadas a apresentar, entre outras demonstrações, a DVA, e sem a devida instrução para a sua confecção, podem sofrer san- ções de ordem prática, nas relações da empresa com ins- tituições financeiras ou em processos de licitações, quando da apresentação de dados equivocados, incompletos, ou a não apresentação. E então? Motivado para desenvolver esta competência? En- tão vamos lá. Avante! 1. Conhecendo o CPC 09 Demonstração do Valor Adicionado (DVA) Contabilidade Intermediária | 9 A apresentação da DVA evidenciando as riquezas e seu comportamento é uma ferramenta muito importante para usuários internos (gestores, empregados, auditores internos, etc.) e externos (administradores, fornecedores, clientes, acionistas, etc.), já que demonstra informações além das obtidas através das demonstrações financeiras tradicionais. Por este motivo, cresce a utilização da DVA em muitos países. Na DVA é demonstrado claramente o valor que perten- ce aos sócios e acionistas (capital próprio) e os demais capitais que financiam a empresa (capital de terceiros), a parte do governo e a parte dos empregados. •Não são capazes de identificar quanto de riqueza é agregada nas mercadorias ou insumos adquiridos e nem de que forma é distribuido o valor agregado às mercadorias e produtos produzidos e comercia- lizados. •Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) identifica apenas a parcela da riqueza agregada em forma de lucro, não identificando outras riquezas (adicionadas ou agregadas). 1 - Figura: Por que é necessário elaborar o DVA? | Fonte: VICECONTI & NEVES, 2018 (adaptado). O valor adicionado que deve constar na DVA é a diferença entre o valor da receita de vendas e os custos referentes aos recursos que foram adquiridos de terceiros. IMPORTANTE: Podemos dizer que esse demonstrativo tem como objetivos básicos: informar o valor da riqueza criada e o valor e a natu- reza dos custos agregados pela empresa ao valor dos insu- mos adquiridos; informar a quem foi destinada essa riqueza criada (ou agregada) – empregados, investidores, governo, financiadores etc. Em 2008, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) emitiu o Pronun- ciamento Técnico CPC 09, que trata da Demonstração do Valor Adicionado (DVA), tornou a demonstração obrigatória para as companhias de capital aber- to brasileiras, em confluência com a Lei 11.638 de 2007. O pronunciamento foi avalizado pelas Resoluções CFC nº 1.138/2008 e 1.162/09 – NBC TG 09 – e pela Deliberação CVM nº 557/2008, que recomendam a utilização da DVA por todas as empresas que divulguem demonstrações contábeis. Contabilidade Intermediária | 10 1.2. Vantagens da Apresentação da DVA A Demonstração do Valor Agregado, apesar de ser uma demonstração fi- nanceira (contábil), apesenta informações de natureza social, diferentemente das outras demonstrações apresentadas pelas entidades. Devido a isso, os indicadores sociais apresentados, ampliam o universo de usuários ao qual a demonstração deseja abarcar, evidenciando como a riqueza foi agregada e distribuída da seguinte forma: • Aos empregados, por meio de salários e benefícios; • Aos acionistas, por meio da remuneração do capital investido (juros e dividendos); • Aos financiadores, por meio dos pagamentos e juros, assim como pelo curto dos insumos adquiridos (fornecedores); • À comunidade em geral, por meio dos impostos recolhidos ao governo. A apresentação da DVA pode definir a concessão ou não de incentivos fiscais à empresa, pois muitos municípios antes de conceder tal benefício, analisam o projeto de instalação da empresa, tomando como base o valor agregado por ela à região onde deseja instalar-se. Também analisam de que forma esse montante é efetivamente distribuído em mão de obra, serviços de terceiros (utilizados ou adquiridos), lucros, impostos e juros. É evidente que a DVA é um demonstrativo muito útil, entretanto não devemos supervalorizar o demonstra- tivo, e deixar de lado os outros demonstrativos obrigatórios. 1.3. Preparando a DVA A DVA é uma das peças que compõem o Balanço Social e que pode ou não extrair informações da Contabilidade Financeira, e tem por pressuposto de- monstrar o grau de envolvimento da empresa em relação à sociedade que a acolhe. Apesar de poderoso referencial de informações nas políticas de recur- sos humanos e no desenvolvimento da conscientização e cidadania, a DVA não está prevista em nenhum dos pronunciamentos do IASB – International Accounting Standards Board. NOTA: Para o proprietário da empresa, o capital de terceiros (inves- tidores, governo e empregados) quando esses valores são distribuídos a cada um deles, representam redução do lucro, e automaticamente também reduzem o valor das parcelas dos sócios proprietários. Por este motivo, a parte do capital de terceiros, na DVA é considerado como despesas ou custos. Contabilidade Intermediária | 11 SAIBA MAIS: Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o acesso à seguinte fonte de consulta e aprofundamento: Artigo: “A De- monstração do Valor Adicionado como instrumento de men- suração da distribuição da riqueza” ( Jacqueline Veneroso Al- ves da Cunha; Maisa de Souza Ribeiro; Ariovaldo dos Santos), R. Cont. Fin. – USP, São Paulo, n. 37, p. 7 – 23, Jan./Abr. de 2005, acessível pelo link: http://bit.ly/2MY6KOw (Acesso em 29/10/2019). Uma forma simples de verificar o valor agregado e a riqueza gerada e como essa riqueza foi distribuída, consiste em comparar o percentual de cada item que compõe a DVA em relação ao valor total adicionado, e nela explicitado. EXPLICANDO MELHOR: A DVA deverá ser capaz de demonstrar o montante que a empresa foi capaz de gerar de riquezas, e de que forma essa riqueza gerada foi distribuída em benefício da comunidade, tendo como base o local onde a empresa é estabelecida. As informações da DVA derivam de contas de resultado, em sua maioria, e também de algumas contas patrimoniais. A estrutura básica é elaborada a par- tir da Demonstração do Resultado do Exercício, que serve como base e sus- tentação para a consistência das informações. Também aproveita as informações da DMPL – Demonstração de Lucros e Pre- juízos Acumulados que dizem respeito à distribuição do resultado do exercício. Assim como em todas as demonstrações que são apresentadas pelas empre- sas, no momento da elaboração da DVA, as contas de resultado devem estar devidamente apuradas e encerradas, após a alimentação de sua movimenta- ção pelos registros contábeis idôneosda instituição. As contas utilizadas para a composição da DVA, são aquelas que demonstram a movimentação de despesas, custos e receitas, obedecendo o regime de competência. Do grupo de contas patrimoniais, serão extraídos os valores que apresentem participações de terceiros como; tributo sobre o lucro líquido, debêntures, sa- lários a empregados, administradores e outros. A DVA utiliza-se também das contas patrimoniais que demonstrem a remu- neração dos acionistas referente ao capital investido como dividendos e juros. As informações devem ser retiradas pelo Livro Razão, por grupo de contas semelhantes, para compor a DVA. Contabilidade Intermediária | 12 1.4. Construindo a DVA A apresentação da DVA para as empresas, em geral, dever ser efetuada em fa- ses. A primeira fase deve apresentar a riqueza produzida pela própria entidade que apresenta da DFC, terminando com o valor adicionado total. Para a segunda fase serão apresentadas, de forma detalhada, como a riqueza obtida pela entidade foi distribuída. 1.5. Composição dos itens da DVA Cálculo do Valor Agregado Como foi dito anteriormente, o cálculo do valor adicionado (agregado) pode ser feito de uma seguinte forma, que nós podemos verificar na próxima página à seguir: RESUMINDO: E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você real- mente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido a im- portância da apresentação da Demonstração do Valor Adi- cionado – DVA, devido as informações de cunho social que apresenta. Verificou como são selecionadas as informações que compõem este demonstrativo, verificou as vantagens de apresentar a DVA, e como ela pode ser o diferencial para conseguir ampliar a empresa e estabelecer-se em determi- nados municípios. Você descobriu a trajetória da demonstração no mundo, até sua inclusão no rol de demonstrações obrigatórias às em- presas de capital aberto e as que a Lei brasileira exige. Re- conheceu a importância de outras empresas que não estão obrigadas a apresenta-la, em também a confeccionar, pres- tando assim, informações valiosas à comunidade onde essa empresa estiver inserida. Na sequência, você aprendeu tam- bém, como as contas devem ser preparadas e selecionadas para integrarem a DVA, quais grupos de contas e quais as outras demonstrações intimamente ligadas à DVA e que ser- vem de base para a sua construção. Vamos para o próximo capítulo?! Contabilidade Intermediária | 13 NOTA: a) Depreciação, Amortização e Exaustão são consideradas valores adicionados em vários países; b) A soma do valor adicionado deve ser igual à soma da distribuição do val- or agregado; c) A parte pertencente ou relativa aos pro- prietários refere-se aos lucros totais, lucros distribuídos e lucros retidos; d) Os lucros distribuídos incluirão a parcela dos juros sobre o capital próprio creditados aos sócios e acionistas (remuneração do capital próprio) e) Os rendimen- tos de participações societárias avaliadas pela equivalência patrimonial ou pelo custo de aquisição (Ganhos em Equiv- alência Patrimonial ou Receita de Dividendos) não repre- sentam geração de valor adicionado, serão considerados transferências de riquezas criadas ou geradas pela socie- dade investida. • Outras remunerações para terceiros.Juros, Aluguéis • Inclusive, parcela não distribuída.Lucro Líquido • Sem Computador, o valor dos encargos sociais.Mão de Obra de Terceiros • INSS & FGTS.Encargos Sociais • Valores devidos ao Governo Municipal, Estadual e Federal.Impostos e Contribuições 3 - Figura: Distribuição do Valor Agregado. | Fonte: VICECONTI & NEVES, 2018 (adaptado). A Forma da Distribuição do Valor Agregado Para analisar de que forma foram distribuídos os valores agregados, devemos considerar os seguintes pontos: VALOR ADICIONADO Valor Total dos Insumos adquiri- dos (custos, MP, demais insumos). Vendas Brutas (livres de devolu- ção e descontos incondicionais concedidos). 2 - Figura: Composição do Valor Agregado. | Fonte: VICECONTI & NEVES, 2018 (adaptado). Contabilidade Intermediária | 14 CIA VEM QUE TEM DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO (PARA EMPRESAS EM GERAL) DESCRIÇÃO Em milhares de $ – x1 Em milhares de $ – x2 1. Receitas 1.1. Vendas de mercadorias, produtos e serviços; 1.2. Outras receitas; 1.3. Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa — Reversão/ (Constituição). 2. Insumos adquiridos de Terceiros 2.1. Custos dos produtos, mercadorias e serviços vendidos; 2.2. Materiais, energia, serviços de terceiros e outros; 2.3. Perda/Recuperação de valores ativos; 2.4. Outras (especificar). 3. Valor Adicionado Bruto (1 – 2) 4. Depreciação, Amortização e Exaustão 5. Valor Adicionado Líquido produzido pela Entidade (3 – 4) 6. Valor Adicionado recebido em Transferência 6.1. Resultado de Equivalência Patrimonial; 6.2. Receitas Financeiras; 6.3. Outras. 7. Valor Adicionado Total a Distribuir (5 + 6) 8. Distribuição do Valor Adicionado* 8.1. PESSOAL: • Remuneração direta • Benefícios • FGTS 8.2. Impostos, Taxas e Contribuições: • Federais • Estaduais • Municipais 8.3. Remuneração de Capitais de Terceiros: • Juros • Aluguéis • Outras 1.6. Modelo Geral de DVA O modelo constante na NBC TG 09 é adequado para empresas em geral, se- jam comerciais, industriais e de prestação de serviços. Contabilidade Intermediária | 15 Instruções de Preenchimento As instruções para preenchimento da DVA, estão contidas no CPC 09 de 2008, entre os itens de 14 e 15: FORMAÇÃO DA RIQUEZA Riqueza Criada pela própria Entidade 14. A DVA, em sua primeira parte, deve apresentar de forma deta- lhada a riqueza criada pela entidade. Os principais componentes da riqueza criada estão apresentados a seguir nos seguintes itens: RECEITAS Venda de Mercadorias, Produtos e Serviços: inclui os valores dos tributos incidentes sobre essas receitas (por exemplo, ICMS, IPI, PIS e COFINS), ou seja, corresponde ao ingresso bruto ou faturamento bruto, mesmo quando na demonstração do resultado tais tributos estejam fora do cômputo dessas receitas. Outras Receitas: da mesma forma que o item anterior, inclui os tributos incidentes sobre essas receitas. (Nesse item, devemos in- formar valores que não sejam inerentes às atividades principais da empresa, como por exemplo, ganhos ou perdas por baixa de imo- bilizados, de investimentos, etc.) Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa: Constituição/Re- versão, com valores relativos à constituição e reversão da provisão. No modelo visto anteriormente (Tabela 1, são os itens 1.1 a 1.3). INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS Custo dos Produtos, das Mercadorias e dos Serviços Vendidos: inclui os valores das matérias-primas adquiridas junto a terceiros e contidas no custo do produto vendido, das mercadorias e serviços vendidos adquiridos de terceiros; não inclui gastos pessoal próprio. Materiais, Energia, Serviços de Terceiros e Outros: inclui os valo- res relativos às despesas originadas da utilização destes mesmos bens, utilidades e serviços adquiridos junto a terceiros. Nos valores dos custos dos produtos e mercadorias vendidos, materiais, servi- 8.8. Remuneração de Capitais Próprios: • Juros sobre o Capital Próprio • Dividendos • Lucros Retidos/Prejuízo do Exercício • Participação dos não controladores nos lucros retidos (só p/consolidação) 4 - Figura: Modelo DVA. *o total do item 8 deve ser exatamente igual ao item 7. | Fonte: RIBEIRO, 2018 (adaptado). Contabilidade Intermediária | 16 ços, energia, etc. consumidos, devem ser considerados os tributos incluídos no momento das compras (por exemplo, ICMS, IPI, PIS e COFINS), recuperáveis ou não. Esse procedimento é diferente das práticas utilizadas na demonstração do resultado. Perda e Recuperação de Valores Ativos: inclui valores relativos a ajustes por avaliação a valor de mercado de estoques, imobiliza- dos, investimentos, etc. Também devem ser incluídos os valores reconhecidosno resultado do período, tanto na constituição quanto na reversão de provisão para perdas por desvalorização de ativos, conforme aplicação do CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos (se no período o valor líquido for positivo, deve ser somado). No modelo visto anteriormente (Tabela 1, são os itens 2.1 a 2.4). VALOR ADICIONADO BRUTO No modelo visto anterior (Tabela 1 diferença entre os itens 1 e 2). Depreciação, Amortização e Exaustão: inclui a despesa ou o custo contabilizado no período. No modelo visto anterior (Tabela 1, diferença entre os itens 3 e 4). VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA Resultado de Equivalência Patrimonial: o resultado da equivalên- cia pode representar receita ou despesa; se despesa, deve ser con- siderado como redução ou valor negativo. Receitas Financeiras: inclui todas as receitas financeiras, inclusive as variações cambiais ativas, independentemente de sua origem. Outras Receitas: inclui os dividendos relativos a investimentos ava- liados ao custo, aluguéis, direitos de franquia, etc. No modelo visto anterior (Tabela 1, diferença entre os itens 6.1 e 6.3). VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR No modelo visto anterior (Tabela 1, diferença entre os itens 5 e 6). DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO No modelo demonstrado anteriormente (Tabela 1, diferença entre os itens 8.1 e 8.4). O total desse item deve ser exatamente igual ao item anterior. DISTRIBUIÇÃO DA RIQUEZA 15. A segunda parte da DVA deve apresentar de forma detalhada como a riqueza obtida pela entidade foi distribuída. Os principais componentes dessa distribuição estão apresentados a seguir: Contabilidade Intermediária | 17 Pessoal: valores apropriados ao custo e ao resultado do exercício na forma de: No modelo demonstrado anteriormente (Tabela 1, item 8.1.1 a 8.1.3). Remuneração Direta: representada pelos valores relativos a salá- rios, 13º salário, honorários da administração (inclusive os pagamen- tos baseados em ações), férias, comissões, horas extras, participa- ção de empregados nos resultados, etc. Benefícios: representados pelos valores relativos à assistência mé- dica, alimentação, transporte, planos de aposentadoria etc. FGTS: representado pelos valores depositados em conta vinculada dos empregados. No modelo demonstrado anteriormente (Tabela 1, item 8.2.1 a 8.2.3). Impostos, Taxas e Contribuições: valores relativos ao imposto de renda, contribuição social sobre o lucro, contribuições ao INSS (in- cluídos aqui os valores do Seguro de Acidentes do Trabalho) que sejam ônus do empregador, bem como os demais impostos e con- tribuições a que a empresa esteja sujeita. Para os impostos com- pensáveis, tais como ICMS, IPI, PIS e COFINS, devem ser conside- rados apenas os valores devidos ou já recolhidos, e representam a diferença entre os impostos e contribuições incidentes sobre as receitas e os respectivos valores incidentes sobre os itens conside- rados como “insumos adquiridos de terceiros”. Federais: inclui os tributos devidos à União, inclusive aqueles que são repassados no todo ou em parte aos Estados, Municípios, Au- tarquias etc., tais como: IRPJ, CSSL, IPI, CIDE, PIS, COFINS. Inclui também a contribuição sindical patronal. Estaduais: inclui os tributos devidos aos Estados, inclusive aqueles que são repassados no todo ou em parte aos Municípios, Autar- quias etc., tais como o ICMS e o IPVA. Municipais: inclui os tributos devidos aos Municípios, inclusive aqueles que são repassados no todo ou em parte às Autarquias, ou quaisquer outras entidades, tais como o ISS e o IPTU. No modelo demonstrado anteriormente (Tabela 1, item 8.3.1 a 8.3.3). Remuneração de Capitais de Terceiros: valores pagos ou credita- dos aos financiadores externos de capital. Juros: inclui as despesas financeiras, inclusive as variações cambiais passivas, relativas a quaisquer tipos de empréstimos e financiamen- tos junto a instituições financeiras, empresas do grupo ou outras for- mas de obtenção de recursos. Inclui os valores que tenham sido capitalizados no período. Contabilidade Intermediária | 18 Os rendimentos de participações societárias que, tenham sido avaliadas pelo método da equivalência patrimonial ou pelo custo de aquisição (Ganhos em Equivalência Patrimonial ou Receita de Dividendos) não serão considerados como geração de valor adicionado. Serão considerados transferências de ri- quezas criadas ou geradas pela empresa investida. Assim, também não serão vistos receitas financeiras geradas na investida, mas sim como aplicação do capital em empreendimentos de terceiros. Essas receitas somadas aos re- sultados das participações societárias, devem ser postas ao Valor Adicionado pela pessoa jurídica, formando o Valor Adicionado à disposição da entidade. NOTA: Os lucros distribuídos devem somar ao montante, a parcela dos juros sobre o capital próprio que foram creditados aos sócios e aos acionistas, pois esse valor é a remuneração do capital próprio e não capital de terceiros. Aluguéis: inclui os aluguéis (inclusive as despesas com arrenda- mento operacional) pagos ou creditados a terceiros, inclusive os acrescidos aos ativos. Outras: inclui outras remunerações que configurem transferência de riqueza a terceiros, mesmo que originadas em capital intelectual, tais como royalties, franquia, direitos autorais, etc. No modelo demonstrado anteriormente (Tabela 1, item 8.4.1 a 8.4.4). Remuneração de Capitais Próprios: valores relativos à remunera- ção atribuída aos sócios e acionistas. Juros sobre o Capital Próprio (JCP) e Dividendos: inclui os valores pagos ou creditados aos sócios e acionistas por conta do resulta- do do período, ressalvando-se os valores dos JCP transferidos para conta de reserva de lucros. Devem ser incluídos apenas os valores distribuídos com base no resultado do próprio exercício, desconsi- derando-se os dividendos distribuídos com base em lucros acumu- lados de exercícios anteriores, uma vez que já foram tratados como “lucros retidos” no exercício em que foram gerados. Lucros Retidos e Prejuízos do Exercício: inclui os valores relativos ao lucro do exercício destinados às reservas, inclusive os JCP quan- do tiverem esse tratamento; nos casos de prejuízo, esse valor deve ser incluído com sinal negativo. As quantias destinadas aos sócios e acionistas na forma de Juros sobre o Capital Próprio – JCP, inde- pendentemente de serem registradas como passivo (JCP a pagar) ou como reserva de lucros, devem ter o mesmo tratamento dado aos dividendos no que diz respeito ao exercício a que devem ser imputados. Contabilidade Intermediária | 19 GERAÇÃO DO VALOR ADICIONADO Receita de Venda 80.000 (-) Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) (20.000) (=) Valor Adicionado 60.000 DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO Lucros Retidos 60.000 Sua Demonstração do Valor Adicionado (DVA) seria representada desta forma: Receita de Venda 80.000 (-) Custo de Mercadorias Vendidas (CMV) (20.000) (=) Lucro 60.000 Viceconti (2018) lembra que: Embora o Pronunciamento do CPC se refira ainda a provisões para créditos de liquidação duvidosa, o termo provisões não mais pode ser utilizado para indicar perdas estimadas nos valores do ativo da com- panhia, já que o CPC no indicar “passivos estimados”. Cremos que o nome foi mantido no CPC no 25 definiu e restringiu o uso do termo para 09, devido ao fato de que vai demorar algum tempo, até que todos os profissionais se acostumem com o novo significado contábil do termo “provisões”. Alguns valores ao serem apurados, não são separados o que representa valor adicionado do que representa compra de insumos de terceiros, o que gera di- ficuldades para terceiros compreenderem. Como exemplo, podermos citar: o Custo dos Produtos Vendidos (CPV), onde não se demonstra o que representa mão de obra e o que são insumos adquiridos de terceiros; e no grupo de Des- pesas Operacionais (Despesas de Vendas, Administrativas ou Gerais e Outras), que não separa o que representa gastos com pessoal do que representagas- tos com materiais e demais insumos adquiridos. Exemplo Balanço Patrimonial Cia Vem Que Tem 20x8: Suponha você que a empresa Cia Vem Que Tem, que não tenha empregados (os seus próprios sócios fazem o trabalho) apresente a seguinte demonstração do resultado do exercício: Contabilidade Intermediária | 20 GERAÇÃO DO VALOR ADICIONADO Receita de Venda 80.000 (–) Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) (20.000) (=) Valor Adicionado 60.000 DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO Remuneração do trabalho 7.000 Encargos Sociais 1.500 Governo (impostos) 17.000 Por sua vez, a Demonstração do Valor Adicionado (DVA) é representada assim: Receita Bruta de Vendas 80.000 (-) Impostos Incidentes sobre Vendas (17.000) (=) Receita Operacional Líquida 63.000 (-) Custo das Mercadorias Vendidas (20.000) (=) Lucro Operacional Bruto 43.000 (-) Despesas Operacionais: (8.500) Despesas de Salários (7.000) Encargos Sociais (1.500) (=) Lucro Líquido do Exercício 34.500 Não houve incidência de impostos indiretos sobre as compras de mercadorias para revenda. A Demonstração do Resultado seria apresentada da forma: Impostos Incidentes sobre Vendas no Valor de 17.000 Despesas de Salários dos Empregados 7.000 Encargos Sociais sobre os Salários 1.500 TOTAL 25.500 Supondo que para ter um resultado, a empresa precise desembolsar alguns valores: Contabilidade Intermediária | 21 GERAÇÃO DO VALOR ADICIONADO Receita de Vendas 80.000 (–) Custo das Mercadorias Vendidas (20.000) (–) Serviços contratados de terceiros (2.000) (–) Materiais, Energia, Telefone (3.000) (–) Propaganda e Publicidade (5.000) (=) Valor Adicionado 5 - Figura: Tabelas Demonstrativas. | Fonte: Andréa Cuesta, 2019. Nessa hipótese, o lucro líquido do exercício seria de R$ 24.500,00, ou seja, (R$ 34.500,00 – R$ 10.000,00), e a Demonstração do Valor Adicionado seria repre- sentada da seguinte forma: Serviços contratados de terceiros 2.000 Materiais, Energia, Telefone 3.000 Propaganda e Publicidade 5.000 (=) Total 10.000 Vamos considerar também, as seguintes despesas: Lucros Retidos 34.500 (=) Receita Operacional Líquida 60.000 Contabilidade Intermediária | 22 2.1. Conceito e Objetivo Com a conscientização geral da sociedade, e a pressão efetuada pelos con- sumidores sobre as empresas atualmente, não é possível que estas sejam somente definidas como recursos materiais e recursos humanos, que trans- formam e produzem bens, prestam serviços ao mercado. Elas (empresas, sindicatos, associações , ONGS e outras) devem ser vistas como uma força socioeconômica-financeira com largo potencial criador de empregos, modifi- cador do meio ambiente onde se instala, capacidade expansionista, e incenti- vo criativo, influenciando decisivamente nas populações as quais se relaciona, de forma positiva ou negativa, sobretudo na qualidade de vida dessas pessoas. Com a globalização, e o crescimentos dos grupos interna-cionais, conglome- rados de empresas trazidas pelo progresso econômico houve uma crescen- te desumanização das instituições e consequentemente, uma insatisfação e contestação da sociedade a esses grupos. A partir dos anos 50, na Europa e nos EUA a sociedade passa a exigir que a prioridade seja a população assala- riada, e o bem-estar social passou a ser o objetivo das organizações. A injustiça passa a ser considerada um mal, e a responsabilidade social inicia nas empresas. Uma das vertentes do Balanço Social Relatório de Sustentabi- lidade (BSRS) observou que a deterioração ambiental tinha tudo a ver com o estilo de desenvolvimento econômico, e que este problema já objeto de estu- do e preocupação dos pesquisadores. Esses movimentos de conscientização levaram ao surgimento do Balanço Social, em 1977, na França. INTRODUÇÃO: Ao término deste capítulo você será capaz de entender como funciona O Balanço Social, que traz como parte da sua estrutura a própria Demonstração do Valor Adicionado – DVA, conhecerá um pouco sobre responsabilidade social, atualmente no Brasil. Você conhecerá como são organizadas as informações nes- te demonstrativo tão importante: como são evidenciadas as pessoas, as informações ambientais e também qual é a responsabilidade social e pública das organizações. Você conhecerá também o modelo de Balanço Social e como construi-lo. E então? Motivado pra desenvolver mais esta competência? Então vamos lá. Avante! 2. O Balanço Social Contabilidade Intermediária | 23 O Balanço Social é o conjunto de informações quantificadas que dão a possi- bilidade às empresas, de acompanhar de forma prática, o desenvolvimento de suas atividades, e ao mesmo tempo medir seu desempenho na implementa- ção de programas de ordem social e também no campo dos recursos huma- nos. O Balanço Social é, portanto, um instrumento de gestão e de informação que pretende divulgar informações de cunho econômico e social, acerca dos acontecimentos na entidade a diversos interessados, inclusive os assalariados. Com o avanço do Balanço Social, surgiu a oportunidade de as organizações demonstrarem seu potencial e qual é a sua influência e participação, economi- camente falando, em nível local, regional e até mesmo, nacional. É necessário, no entanto, observar que como o Balanço Social apresenta determinada polí- tica de uma organização, para que apresente utilidade, deve apresentar tanto os aspectos de sucesso, quanto os de fracassos praticados. O demonstrativo é montado utilizando-se de indicadores, parte deles demostrados em unidades monetárias, porém há que se lembrar que todos devem, necessariamente, es- tar voltados pra os aspectos humanos e sociais que permeiam o interior das organizações, bem como o seu entorno. Para os estudiosos, dentre eles, Tinoco (1984) alertam que existem discussões e polêmicas sobre as abordagens a serem utilizadas na elaboração do Balan- ço Social. O estudo dessas discussões relatou que acadêmicos, estudiosos e pesquisadores apontam três abordagens que devem ser empregadas: 1. Abordagem Contábil: essa abordagem deve dar evidência ao valor adi- cionado que foi gerado e distribuído pela empresa; 2. Abordagem de Aspectos Sociais: são informações qualitativas que abor- dam as questões ambientais, de relação pessoal e aspectos sociais; 3. Abordagem Mista: que trabalha os dois primeiros temas, conciliando-os. A abordagem desses aspectos juntos, deu ao Balanço Social uma abrangên- cia, aumentando seu escopo, dando-lhe status de Balanço Social em senti- do amplo. Iudícibus (2000) enfatiza que “o Balanço Social busca demonstrar o grau de responsabilidade social assumido pela empresa e assim prestar con- tas à sociedade pelo uso do patrimônio público, constituído dos recursos na- turais, humanos e o direito de conviver e usufruir dos benefícios da sociedade em que atua”. O Balanço Social é um conjunto de informações que se originam tanto na con- tabilidade financeira, quanto fora dela e que possui como principal objetivo qual é a importância que empresa tem em relação à sociedade que a acolhe e na qual ela se insere. É um verdadeiro instrumento de reflexão no contexto da comunidade, como todo, sendo efetuado pelas empresas e pelos indivíduos. Por meio dessas re- flexões é possível referenciar informações e tomar decisões de políticas de recursos humanos, de incentivos fiscais, no auxilio sobre novos investimentos e na consciência para a cidadania. Contabilidade Intermediária | 24 O sociólogo Herbert de Souza1, do IBASE (Instituto Brasileiro de Análises So- ciais e Econômicas) afirmou que caberia às empresas oferecer dados sobre as atividades no campo social à entidades autônomas e independentes da socie- dade civil, isso para esclarecer que o Balanço Social não é apenas uma peça de marketing ou de propaganda, sobre as atividades sociais que a empresa faz, que a empresa realiza. O Balanço Social, além de ser um instrumento para a divulgação dirigido aos stakeholders (seus parceiros sociais) e à sociedade, também pode ser utilizado como uma demonstração gerencial que reúnetodos os dados quantitativos e qualitativos sobre as políticas adotadas e sobre as muitas relações com o meio ambiente. 1 Herbert José de Souza (1935-1997), sociólogo brasileiro, ativista dos direitos humanos, e defesa do meio ambiente, conhecido como Betinho, ganhador do prêmio Global 500, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP). Movimentos Populares A sociedade não era organizada e coesa suficientemente para cobrar das empresas um comportamento ambiental, na produção dos seus produtos. Consciência Consumidora Não existia uma legislação ambiental, ou aplicação com rigor das leis já existentes, pois não serviam como inibidor para os in- fratores, pois ficavam mais barato pagar a muta que compra os equipamentos para regularizar a situação. Legislação Ambiental Não existia uma legislação ambiental, ou aplicação com rigor das leis já existentes, pois não serviam como inibidor para os in- fratores, pois ficavam mais barato pagar a muta que compra os equipamentos para regularizar a situação. Custos Altos Adquirir equipamento com tecnologia ne- cessária para reduzir ou eliminar os resíduos que são tóxicos, assim como conter a sua devastação na natureza, tem preço eleva- do gerando impacto no fluxo de caixa das empresas. BALANÇO SOCIAL 6 - Figura: Resistência na Utilização do Balanço Social. | Fonte: MARTINS & RIBEIRO, 1995 (adaptado). O Balanço Social traz uma visão moderna de que a empresa trata apenas de obter lucro, sem considerar a qualidade de vida e a satisfação da sua mão de obra, e a preservação do ambiente externo. O reconhecimento da responsabi- lidade com o social que a empresa tem, demorou a vir, e consequentemente a utilização do Balanço Social pelas empresas. Essa demora seu deu devido a alguns fatores: Contabilidade Intermediária | 25 Segundo o Instituto Ethos (2003) relacionou as diretrizes da Responsabilidade Social Empresarial, que devem ser observadas pelas empresas: Autor Importância do Balanço Social TAYLOR, 1980 É o instrumento mais apto, considerando-se suas lim- itações, para apoiar o comportamento social. TINOCO, 1984 Instrumento de gestão e de informação que visa reportar informações econômicas, financeiras e sociais do desem- penho das entidades. SÁ e SÁ, 1995 Representa a expressão de uma prestação de contas da empresa à sociedade em face de sua responsabilidade para com a mesma. ANDREOLLA, 1997 Instrumento de medida do desempenho da empresa no campo social, considerando a tríplice realidade da empre- sa: econômico-financeira, pessoal-humana, político-social. DE LUCA, 1998 Instrumento de medida que permite verificar a situação da empresa no campo social. KROETZ, 2000 Instrumento de controle e de auxílio para a tomada de decisões e adoção de estratégia. KROETZ, 2000 Aborda questões que mostram com transparência as infor- mações sobre a atuação social da empresa. SUCUPIRA, 2001 Um conjunto de informações sobre as atividades desen- volvidas por uma empresa, em promoção humana e social, dirigidas aos seus empregados e à comunidade onde está̧ inserida. TINOCO, 2001 Pode contribuir para modificar a imagem pública da em- presa, do próprio pessoal e do público em geral. IUDÍCIBUS, MARTINS e GELBCKE, 20 O Balanço Social tem por objetivo demonstrar o resul- tado da interação da empresa com o meio em que está̧ inserida. MAZZIONI, 2005 O Balanço Social busca oportunizar a oferta de instrumen- tos válidos, capazes de refletir os esforços organizacionais relacionados ao bem-estar das pessoas, ao meio ambi- ente, à geração e distribuição de riquezas e da responsabi- lidade social que lhe é inerente. 7 - Figura: Principais Definições e Importância do Balanço Social na Literatura Brasileira. Fonte: MAZZIONI (2005). Contabilidade Intermediária | 26 2.2. Fontes de informações e indicadores do Balanço Social Dentro da organização, três departamentos produzem informações para a ela- boração do Balanço Social. São eles: 1. Departamento Pessoal: departamento responsável pelas admissões, demissões, acompanhamento da evolução do pessoal (salários, dias trabalhados, absenteísmo, turnover, participação nos lucros, etc. Esse departamento é responsável pela entrega da RAIS – Relação Anual de Informações Sociais, que divulga informações relativas aos trabalha- dores (em cumprimento à Lei dos 2/3, a Lei 4.923 e pelo Decreto-lei 76.900, de 23/12/1975). Extraindo dados da RAIS, o Ministério do Tra- balho disponibiliza os dados em seu site, que objetivam: O suprimento às necessidades de controle da atividade trabalhista no país; o provimento de dados para a elaboração de estatística do trabalho; a disponibilização de informações do mercado de trabalho às entidades governamentais; os dados coletados pela RAIS constituem expressivos insumos para atendi- mento das necessidades; da legislação da nacionalização do trabalho; de controle dos registros do FGTS; dos Sistemas de Arrecadação e de Con- cessão de Benefícios Previdenciários; de estudos técnicos de natureza estatística e atuarial; de identificação do trabalhador com direito ao abono salarial PIS/PASEP. 2. Departamento Contábil: encarregado de registrar todos atos e fatos ad- ministrativos mensuráveis financeiramente. Este departamento elabora e divulga relatórios contábeis (balanço patrimonial, demonstração de resultados do exercício, demonstração de lucros ou prejuízos acumula- dos, demonstração das origens e aplicação de recursos, fluxo de caixa e outros relatórios gerenciais e societários), traduz, evidencia e explica Comprometa-se com o bem comum Promova a sua comodidade Proteja clientes e consumidores Faça sempre mais pelo meio ambiente Valorize empregados e colaboradores Adote valores e trabahos com transparência 8 - Figura: Diretrizes da Responsabilidade Social. | Fonte: Instituto ETHOS (2003). Contabilidade Intermediária | 27 Indicadores de Caráter Econômico O valor adicionado por trabalhador – VA/trabalhador; A relação entre salários pagos ao trabalhador em relac ̧ão ao valor adicionado ( Massa Salarial/VA); A relação entre salários e as receitas brutas da empresa – Salários e Encargos/Receita Bruta; A contribuição do valor adicionado da empresa para o Produto Interno Bruto – VA/PIB; A produtividade social da empresa; A carga tributária da empresa em relação ao seu valor adicionado, carga tributária da empresa /VA etc. 9 - Figura: Indicadores de Caráter Econômico. | Fonte: TINOCO (2010). a origem e a aplicação de recursos, de forma a satisfazer os diversos usuários. É exigido deste departamento que esteja sempre atualizado para fornecer informações financeiras, contábeis, sociais, ambientais e gerenciais, atendendo às necessidades dos sócios, proprietários e de- mais interessados. 3. Departamento de Sistemas: responsável por prover informações mo- netárias e não monetárias, para orientar as decisões de todos os níveis da organização, e também aos usuários externos da organização. Com o uso de sistemas, é possível levantar dados como: unidades físicas de produtos vendidos; produção física, produtividade, horas trabalhadas; valor adicionado gerado; valor adicionado/pessoal; qualidade dos pro- dutos fabricados; acompanhamento de falhas e de refugos na produ- ção; perdas e de desperdícios; impacto do absenteísmo e do turnover, sobre a produção e a rentabilidade e outras variáveis, ambientais e com- portamentais, que operam num contexto ambiental de competitividade e qualidade total. No Brasil, a parcela do orçamento da União aplicada à gestão de recursos na- turais é muito pequena, de 0,5% (2001) da despesa total da União, decaindo a partir dessa participação a,0,16% no ano de 2008. Em 2019, estão destinados apenas R$ 4,4 bilhões para a gestão ambiental dos 4,4 trilhões de orçamento total, número irrisório pela necessidade do Brasil. Tipos de Indicadores Indicadores que podem ser extraídos do Balanço Social, qualitativas ou quanti- tativas, que podem auxiliar na tomada de decisões pelos usuários.Estão assim divididos: Contabilidade Intermediária | 28 Indicadores Ambientais Água Bruta (m3/t aço produzida); consumo de água; recirculação de água; Emissões atmosféricas totais (incluindo emissões de SOx, NOx, VOCs, CH4, material particulado, CO, CO2); Efluentes líquidos (incluindo OeG e NH3); Geração própria de energia; Geração de resíduos/recursos utilizados; reciclagem interna de resíduos; Número de árvores plantadas; Custo controle de poluição na atmosfera – em $; Gerenciamento de resíduos – em $; Administração do meio ambiente – em $; Passivo Ambiental/Patrimônio Líquido; Multas e Penalidades. 11 - Figura: Indicadores Ambientais. | Fonte: TINOCO (2010). Indicadores de Caráter Social A evolução do emprego na empresa; A promoção dos trabalhadores na escala salarial da empresa; A relação entre a remuneração do pessoal a nível de gerência e os operários; A participação e evolução do pessoal por sexo e instrução; A classificação do pessoal por faixa etária; Por antiguidade na empresa; O nível de absenteísmo; Benefícios sociais concedidos (médico, odontológico, moradia, educação); Política de higiene e segurança no trabalho; Política de proteção ao meio ambiente; Investimentos em meio ambiente/receita líquida etc. 10 - Figura: Indicadores de Caráter Social. | Fonte: TINOCO (2010). Contabilidade Intermediária | 29 3) Indicadores Sociais Valor % sobre Valor % sobre R$ FPB RL* R$ FPB RL* 3.1) Tributos (Excluídos os Encargos Sociais) 5.839. 555,19 0,27 0,16 7.440. 345,65 0,38 0,22 Total Indicadores Sociais 5.839. 555,19 0,27 0,16 7.440. 345,65 0,38 0,22 2. Indicadores Laborais Valor % sobre Valor % sobre R$ FPB RL* R$ FPB RL* 2.1) Alimentação 115.219. 137,37 5,40 3,22 110.418. 947,49 5,61 3,29 2.2) Encargos Sociais Compul- sórios 659.953. 189,97 30,95 18,44 563.276. 503,96 28,63 16,76 2.3) Previdência Privada 137.635. 432,13 6,45 3,84 131.317. 593,77 6,67 3,91 2.4) Bem-estar, Saúde e Segurança no Trabalho 75.371. 607,73 3,53 2,11 57.446. 842,92 2,92 1,71 2.5) Educação e Formação Profissional 137.174. 006,45 6,43 3,83 121.922. 342,09 6,20 3,63 2.6) Creches/Auxílio Creche 11.629. 996,80 0,55 0,32 10.541. 121,62 0,54 0,31 2.7) Outros Benefícios 26.800. 738,95 1,26 0,75 26.776. 139,07 1,36 0,80 Total Indicadores Laborais 1.163.784. 109,40 54,57 32,51 1.021.699. 490,92 51,93 30,40 1. Base de Cálculo 2018 (R$) 2017 (R$) 1.1) Receita Operacional Líquida (RL)* 3.579.762.261,91 3.360.963.313,55 1.2) Resultado Operacional (RO) (271.161.234,62) (385.772.970,44) 1.3) Folha de Pagamento Bruta (FPB) 2.132.608.749,86 1.967.463.837,38 1.4) Empresas Prestadoras de Serviços 65.989.491,72 57.135.508,58 12 - Figura: Balanço Social EMBRAPA 2018. | Fonte: EMBRAPA (2019). | Link: http://bit.ly/2q9f05e 2.3. Modelo Balanço Social Agora vamos ver o Balanço Social da Embrapa, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, para fixarmos os conceitos sobre o Balanço Social. Vamos lá? Contabilidade Intermediária | 30 7) Informações Relevantes para a Cidadania Empresarial 2018 2017 7.1) Relação Entre a Maior e a Menor Remuneração na Empresa 16,44 14,32 7.2) Número de Acidentes de Trabalho 103 107 7.3) Ações de Relevante Interesse Social 1.039 1.123 7.4) Percentual de Ações de Interesse Social que promovem a equidade de gênero e/ou de raça 33% 30% 7.5) Número de novos empregos gerados no ano pelas Tecnologias feitas e transfe- ridas à sociedade 69.936 68.310 7.6) Projetos sociais e ambientais são definidos por ( ) Direção | ( ) Empregados(as) | ( ) Beneficiários | (x) Direção, Empregados(as) e Beneficiários 7.7) Padrões de segurança e salubridade no ambiente de trabalho definidos por ( ) Direção | (x) Direção e Gerências | ( ) Todos(as) os(as) empregados(as) e a CIPA 7.8) A previdência privada contempla ( ) Direção | ( ) Direção e Gerências | (x) Todos(as) os(as) empregados(as) 7.9) Participação dos empregados em pro- gramas voluntários, a Empresa ( ) Não se envolve | (x) Apoia | ( ) Organiza e Incentiva 4) Soluções Tecnológicas desenvolvidas e transferidas à sociedade (TD) 42.353.493. 396,81 1.985,99 1.183,14 36.150.536. 169,16 1.837,42 5) Lucro Social (2+3+4) 43.523.117. 061,40 2.040,84 1.215,81 37.179.676. 005,73 1.889,73 6) Indicadores do Corpo Funcional 2018 2017 6.1) Número de Empregados ao Final do Período 9.483 9.581 6.2) Número de Admissões Durante o Período 0 0 6.3) Número de Estagiários e Menores Aprendizes 7.643 8.579 6.4) Número de Empregados Acima de 45 anos 6.486 6.325 6.5) Número de Mulheres que Trabalham na Empresa 2.887 2.916 6.6) Percentual de Cargos de Chefia por Mulheres 30% 32% 6.7) Número de Negros que Trabalham na Empresa 3.855 3.895 6.8) Percentual de Cargos de Chefia Ocupados por Negros 33% 33% 6.9) Número de Empregados Portadores de Deficiência 107 100 Contabilidade Intermediária | 31 RESUMINDO: E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você real- mente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido a impor- tância da apresentação Balanço Social, pois ele apresenta informações importantes relacionadas ao papel social que empresa desempenha no ambiente onde está instalada. Verificou quais são os indicadores que fornecem as infor- mações para a composição do Balanço Social, e verificou também quais os departamentos que estão envolvidos na apresentação destes dados. Você reconheceu a importân- cia de todas as empresas apresentarem o Balanço Social, e como o consumidor cobra essa consciência e responsabili- dade social das organizações da atualidade. Vamos para a próxima unidade?! 13 - Figura: Balanço Social EMBRAPA 2018. | Fonte: EMBRAPA (2019). | Link: http://bit.ly/2q9f05e 8) Notas 8.1) A Embrapa é uma empresa pública cujo capital social pertence integralmente à União, não utiliza mão de obra infantil ou trabalho escravo, não tem envolvimento com prostituição ou exploração sexual de criança ou adolescente e não está envolvida com corrupção. A Empresa valoriza e respeita a diversidade interna e externamente. 8.2) Apesar de registrar prejuízos operacionais contábeis foram realizados importantes benefícios à sociedade, conforme demonstram os Indicadores Laborais, Sociais e as Tecnologias Desenvolvidas e Transferidas à Sociedade. Esses benefícios expressaram-se em Lucros Sociais de R$ 37.179.676.005,73 em 2017, e de R$ 43.523.117.061,40 em 2018. 8.3) *A Receita Operacional Líquida (RL) refere-se às receitas com vendas e serviços, deduzidos os impostos sobre vendas e serviços, e às receitas operacionais (subvenção, convênios e doações). 8.4) **Todas as Ações de Relevante Interesse Social estão disponíveis na Internet em: http://bit.ly/2PymfhS Susy Darlen Barros da Penha - CRC/DF 007472/O-2 - CNPJ Embrapa 00.348.003/0001-10 Contabilidade Intermediária | 32 Consideações Finais SAIBA MAIS: Quer se aprofundar nos temas desta aula? Recomenda- mos o acesso a fontes de consulta e de aprofundamento que serão passadas pelo seu professor. ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM: Pronto para consolidar seus conhecimentos? Leia aten- tamente o enunciado de sua atividade de autoaprendiza- gem proposta para esta aula. Se você está fazendo o seu curso presencialmente, é só abrir o seu caderno de ativi- dades. Se você estiver cursando na modalidade de EAD (Educação a Distância), acesse a sua trilha de aprendiza- gem no seu ambiente virtual e realize a atividade de modo online. Você pode desenvolver esta atividade sozinho ou em parceria com seus colegas de turma. Dificuldades? Poste suas dúvidas no fórum de discussões em seu am- biente virtual de aprendizagem. Concluiu a sua atividade? Submeta o resultado em uma postagem diretamente em seu ambiente virtual de aprendizagem e boa sorte! TESTANDO: Chegou a hora de você provar que aprendeu tudo o que foiabordado ao longo desta aula. Para isto, leia e resolva atentamente as questões do seu caderno de atividades. Se você estiver fazendo este curso a distância, acesse o QUIZ (Banco de Questões) em seu ambiente virtual de aprendizagem. Contabilidade Intermediária | 33 REFERÊNCIAS: • IUDÍCIBUS, Sérgio. Utilização de Informações Contábeis para Finalidades Econômicas. Boletim do Contador, São Paulo: Ibracon, no 145, jun. 199. • MARTINS, Eliseu; RIBEIRO, Maisa de Souza. A informação como instrumento de contri- buição da contabilidade para a compatibilização do desenvolvimento econômico e a preservação do meio ambiente. Revista Interamericana de Contabilidade, no 60, p. 1-7, out./dez. 1995. • MISSAGIA, Luiz Roberto. VELTER, Francisco. Contabilidade Avançada. 5ª ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2015. • MAZZIONI, S. Delineamento de um modelo de balanço social para uma fundação uni- versitária. 2005. 193 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Contábeis) – Programa de Pós- -Graduação em Ciências Contábeis, Universidade Regional de Blumenau, Blumenau - SC. • RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade Intermediária. 5ª ed. São Paulo: Saraiva, 2018. • RIOS, Ricardo Pereira. MARION, José Carlos. Contabilidade Avançada: de acordo com as normas brasileiras de contabilidade (NBC) e normas internacionais de contabilidade (IFRS). 1ª ed. – [ 2. Reimpr.]. – São Paulo: Atlas, 2019. • TINOCO, João E. P. Balanço social: uma abordagem socioeconômica da contabilidade. 1984. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, São Paulo. • VICECONTI, Silvério das Neves. 18ª ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2018. • BRASIL. Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações. Disponível em: http://bit.ly/2BURtYq | Acesso em: 21 ago. 2019. • BRASIL. Lei nº 11.638, de 28 de dezembro de 2007. Altera e revoga dispositivos da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e da Lei no 6.385, de 7 de dezembro de 1976. Disponível em: http://bit.ly/322NZxM | Acesso em: 21 ago. 2019. • BRASIL. Conselho Federal de Contabilidade. Resolução CFC no 1.003/04, de 19 de agosto de 2004. Aprova a NBC T 15 – Informações de natureza social e ambiental. Disponível em: http://bit.ly/34ez5Gb | Acesso em: 08 set. 2019. • BOVESPA – Bolsa de Valores de São Paulo. Índice de sustentabilidade empresarial (ISE). Disponível em: http://bit.ly/2N22Rs1 | Acesso em: 21 ago. 2019. • Comissão de Pronunciamentos Contábeis - CPC (2010). Disponível em: http://bit.ly/2PuHuB9 | Acesso em: 21 ago. 2019. • Demografia das Empresas 2015: taxa de saída recua, mas mercado empresarial perde 1,6 milhão de ocupados. IBGE, 2017. Disponível em: http://bit.ly/2PsHDoS | Acesso em: 21 ago. 2019. • IBASE – Instituto de Brasileiro de Análises Econômicas e Sociais. Disponível em: www.balancosocial.org.br | Acesso em: 8 set. 2019. • INSTITUTO ETHOS. Responsabilidade Social e Empresarial para Micros e para Pequenas Empresas, 2003. 70 p. Disponível em: http://bit.ly/31UInpi | Acesso em: 8 set. 2019.
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