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Material Digital do Professor Bem-vindo Companhia das Ciências – 8º ano Ensino Fundamental – Anos Finais Componente curricular: Ciências Manual do Professor João Usberco Bacharel em Ciências Farmacêuticas pela Universidade de São Paulo (USP) Especialista em Análises Clínicas e Toxicológicas Professor de Química na rede particular de ensino (São Paulo, SP) Autor de Ciências dos anos finais do Ensino Fundamental e de Química do Ensino Médio José Manoel Martins Bacharel e licenciado em Ciências Biológicas pelo Instituto de Biociências e pela Faculdade de Educação da USP Mestre e doutor em Ciências (área de Zoologia) pelo Instituto de Biociências da USP Autor de Ciências dos anos finais do Ensino Fundamental e de Biologia do Ensino Médio Eduardo Schechtmann Licenciado em Biologia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Pós-graduado pela Faculdade de Educação da Unicamp Coordenador de Ciências na rede particular de ensino Consultor e palestrante na área de educação Autor de Ciências dos anos finais do Ensino Fundamental Luiz Carlos Ferrer Licenciado em Ciências Físicas e Biológicas Especialista em Instrumentação e Metodologia para o Ensino de Ciências e Matemática e em Ecologia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCC-SP) Especialista em Geociências pela Unicamp Pós-graduado em Ensino de Ciências do Ensino Fundamental pela Unicamp Professor efetivo aposentado da rede pública (São Paulo, SP) Autor de Ciências dos anos finais do Ensino Fundamental Herick Martin Velloso Licenciado em Física pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp-SP) Professor de Física na rede particular de ensino (São Paulo, SP) Autor de Ciências dos anos finais do Ensino Fundamental 5ª edição São Paulo, 2018 2 Material Digital do Professor Bem-vindo Licença aberta do tipo Creative Commons – Atribuição não comercial (CC BY NC 3.0BR) Material digital desenvolvido pela Saraiva Educação como parte integrante do Manual do Professor do livro Companhia das Ciências – 8º ano. São permitidas a adaptação e a criação a partir deste material para fins não comerciais desde que os novos trabalhos atribuam crédito ao autor e que licenciem as criações sob os mesmos parâmetros, sendo permitido fazer o download ou a redistribuição da obra da mesma maneira que na licença anterior. Direção geral: Guilherme Luz Direção editorial: Luiz Tonolli e Renata Mascarenhas Gestão de projeto editorial: Mirian Senra Organização: Laís Tubertini Gestão de área: Isabel Rebelo Roque Coordenação: Fabíola Bovo Mendonça Edição: Bianca von Muller Berneck, Bruno Vieira e Hélen Akemi Nomura Responsável editorial: Bianka de Andrade Silva e Fernanda Barbosa Moraes (avaliações), Heloísa Pimentel, Cristiane Buranello de Lima, Michelle Yara Urcci Gonçalves, Mirella Abrahao Crevelaro e Erika Reyes Molina (sequências didáticas), Daniela Viegas, Gabriela Degen e Diogo Oliveira (audiovisuais) Gerência de produção editorial: Ricardo de Gan Braga Planejamento e controle de produção: Paula Godo, Roseli Said e Amanda Nogueira Revisão: Hélia de Jesus Gonsaga (ger.), Kátia Scaff Marques (coord.), Rosângela Muricy (coord.), Emilia Yamada e Heloísa Schiavo Arte: Antonio Cesar Decarli, Daniela Amaral, Erik Yukio Taketa, Gláucia Correa Koller, Guilherme Filho, Gustavo Vanini, Marisa Inoue Fugyama e Tatiane Porusselli Iconografia: Sílvio Kligin (ger.), Roberto Silva (coord.), Douglas Cometti, Roberta Freire Lacerda Santos e Rodrigo dos Santos Souza (pesquisa iconográfica) Licenciamento de conteúdos de terceiros: Thiago Fontana (coord.), Flavia Zambon (licenciamento de audiovisuais), Liliane Rodrigues (licenciamento de textos), Erika Ramires e Claudia Rodrigues (analistas adm.) Tratamento de imagem: Cesar Wolf e Fernanda Crevin Ilustrações: Avits Estúdio Gráfico e Ilustra Cartoon Cartografia: Alexandre Bueno, Eric Fuzii, Mouses Sagiorato e Robson Rosendo da Rocha Saraiva Educação S.A. Avenida das Nações Unidas, 7221 – 1º andar, Setor A – Espaço 2 – Pinheiros – SP CEP 05425-902 | SAC 0800 011 7875 | www.editorasaraiva.com.br 3 Material Digital do Professor Ciências – 8º ano Apresentação O livro impresso do Manual do Professor apresenta a estrutura da coleção e os pressupostos teórico-metodológicos que nortearam a elaboração do conteúdo. Ele reúne, página a página, orientações sobre as atividades a serem trabalhadas no Livro do Estudante. Este conteúdo, o Material Digital do Professor, complementa o impresso com o objetivo de organizar e enriquecer o trabalho do docente, de modo a contribuir para sua contínua atualização e oferecer subsídios para o planejamento e o desenvolvimento de suas aulas. É composto de: • Planos de desenvolvimento. • Sequências didáticas. • Proposta de acompanhamento da aprendizagem. • Material audiovisual. Planos de desenvolvimento Os objetivos dos Planos de desenvolvimento consistem em explicitar, para cada bimestre, os objetos de conhecimento e habilidades a serem trabalhados nos bimestres, com a indicação de sua disposição no Livro do Estudante, e sugerir práticas de sala de aula que contribuam para a aplicação da metodologia adotada pela coleção. Os planos de desenvolvimento abordam os seguintes tópicos: • indicação dos objetos de conhecimento e respectivas habilidades da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) trabalhados em cada bimestre; • sugestão de atividades recorrentes na sala de aula que favoreçam o desenvolvimento das habilidades propostas para o bimestre; • relação entre a prática didático-pedagógica e as habilidades a serem desenvolvidas pelos estudantes; • orientação sobre a gestão da sala de aula diante das habilidades a serem trabalhadas no período; • orientação sobre o acompanhamento constante das aprendizagens dos estudantes e as abordagens diferenciadas com os estudantes que necessitem de maior investimento para alcançar as aprendizagens esperadas, para que todos tenham condições de avançar; • sugestão de fontes de pesquisa para uso em sala de aula ou para apresentação aos estudantes; • proposta de projeto integrador para o bimestre. Cada plano de desenvolvimento está disponível no menu correspondente ao bimestre − por exemplo, 1º bimestre, no tópico Plano de desenvolvimento. 4 Material Digital do Professor Ciências – 8º ano Apresentação Sequências didáticas De acordo com a proposta de distribuição do conteúdo da obra, conforme detalhado nos Planos de desenvolvimento, foram sugeridas três sequências didáticas por bimestre, as quais abordam, de forma seletiva, objetos de conhecimento, competências e habilidades previstos para o período. Cada sequência didática foi elaborada segundo a estrutura apresentada a seguir. • Definição de objetivos de aprendizagem que explicitam os objetos de conhecimento, as competências e as habilidades da BNCC a serem desenvolvidos. • Planejamento aula a aula, abordando a organização dos estudantes, do espaço e do tempo por atividade proposta. • Oferecimento de atividades complementares às presentes no Livro do Estudante. • Sugestão de diferentes maneiras de acompanhar o desenvolvimento das aprendizagens dos estudantes, com a apresentação de questões que o auxiliem na avaliação d o desenvolvimento das habilidades relacionadas nas sequências didáticas. Cada sequência didática está disponível no menu correspondente ao bimestre − por exemplo, 1º bimestre, no tópico Sequência didática. Proposta de acompanhamento da aprendizagem De acordo com a proposta de distribuição do conteúdo da obra, conforme detalhado nos Planos de desenvolvimento, foi sugerida uma Avaliação para cada bimestre composta de sete questões abertas e de três questões de múltipla escolha, para ser respondida individualmente pelos estudantes. O Gabarito que acompanhacada avaliação apresenta: • os objetos de conhecimento e as habilidades avaliados; • o tipo de cada questão: aberta ou de múltipla escolha; • o capítulo ao qual se refere cada questão; • grade de correção nas questões abertas e justificativas para as alternativas das questões de múltipla escolha; • orientações sobre como reorientar o planejamento com base nos resultados. Para auxiliar o monitoramento das aprendizagens dos estudantes, são fornecidas Fichas de acompanhamento das aprendizagens. São modelos que propomos, mas cuja modificação sugerimos de acordo com o contexto escolar. Elas devem ser preenchidas a cada bimestre e podem ser usadas como subsídio em reuniões de conselhos de classe, bem como no atendimento aos pais ou responsáveis sobre o desenvolvimento de habilidades de cada estudante. 5 Material Digital do Professor Ciências – 8º ano Apresentação A Avaliação, o Gabarito e a Ficha de acompanhamento das aprendizagens de cada bimestre estão disponíveis no menu correspondente ao bimestre − por exemplo, 1º bimestre, respectivamente nos tópicos Avaliação sugerida, Gabarito da avaliação e Ficha de acompanhamento das aprendizagens. Material audiovisual O material digital audiovisual é direcionado aos estudantes e tem o objetivo de favorecer sua compreensão sobre relações, processos, conceitos e princípios e de permitir a visualização de situações e experiências da realidade. Pode ainda servir como ferramenta para o aprofundamento de conceitos, para a síntese de conteúdos e para o estabelecimento de relações com o contexto cultural do estudante. Também serve como ferramenta de auxílio ao professor, de forma alinhada e complementar ao conteúdo do livro impresso. Para favorecer o uso de cada audiovisual, são apresentados os seguintes elementos: • indicação da referência do Livro do Estudante e do bimestre sugeridos para uso; • categoria (áudio, vídeo ou videoaula) e duração (em minutos); • unidade temática, objetos de conhecimento e habilidades da BNCC relacionados; • orientações didáticas, com os objetivos do audiovisual e sugestão de abordagem em sala de aula (antes e após a apresentação do audiovisual). O material audiovisual e as respectivas orientações de uso estão disponíveis no menu Outros recursos educacionais, no tópico Audiovisuais e orientações de uso. 6 Material Digital do Professor Ciências – 8º ano 1º bimestre – Plano de desenvolvimento O Plano de desenvolvimento apresentado neste bimestre tem o objetivo de explicitar os objetos de conhecimento e as habilidades a serem trabalhados no bimestre e sua disposição no Livro do Estudante, bem como sugerir práticas de sala de aula que contribuam na aplicação da metodologia adotada. 1. Objetos de conhecimento e habilidades No quadro a seguir, dispomos os objetos de conhecimento e as habilidades trabalhados em cada capítulo indicado para o estudo do 1º bimestre. No campo “Habilidades”, inserimos habilidades da BNCC e habilidades complementares que foram contempladas no Livro do Estudante. As habilidades destacadas em negrito são aquelas consideradas essenciais para a continuidade das aprendizagens dos estudantes ao longo dos bimestres. Referência no material didático Objetos de conhecimento Habilidades Capítulo 1 Reprodução nos seres vivos Mecanismos reprodutivos Sexualidade (EF08CI07) Comparar diferentes processos reprodutivos em plantas e animais em relação aos mecanismos adaptativos e evolutivos. Relacionar variabilidade, adaptação, seleção natural e evolução. Identificar as semelhanças e diferenças entre reprodução assexuada e sexuada. Caracterizar as formas de reprodução assexuada (bipartição, brotamento, gemulação, fragmentação). Caracterizar as formas de reprodução sexuada (bissexual partenogênese e hermafroditismo). Reconhecer as principais funções de flores, frutos e sementes. Identificar as principais estruturas de uma flor e de um fruto e suas funções na reprodução e dispersão. Compreender as principais etapas do ciclo reprodutivo das angiospermas. Entender como a dispersão de frutos e sementes auxiliou na conquista principalmente do ambiente terrestre. Conceituar e reconhecer o dimorfismo sexual. Reconhecer as formas de desenvolvimento do embrião. Compreender alguns ciclos reprodutivos de animais invertebrados e vertebrados. Diferenciar animais ovíparos e vivíparos. Relacionar o ovo com a casca e as estruturas dele em torno do embrião com a ocupação do ambiente terrestre. Compreender diferentes estratégias de reprodução sexuada em mamíferos. 7 Material Digital do Professor Ciências – 8º ano 1º bimestre – Plano de desenvolvimento Referência no material didático Objetos de conhecimento Habilidades Capítulo 2 Puberdade Mecanismos reprodutivos Sexualidade (EF08CI08) Analisar e explicar as transformações que ocorrem na puberdade considerando a atuação dos hormônios sexuais e do sistema nervoso. (EF08CI11) Selecionar argumentos que evidenciem as múltiplas dimensões da sexualidade humana (biológica, sociocultural, afetiva e ética). Compreender os conceitos de puberdade e de adolescência, assim como sua relação. Relacionar o sistema endócrino com as mudanças que ocorrem na puberdade. Compreender os conceitos de caracteres sexuais primários e secundários e identificar os principais caracteres sexuais secundários que aparecem na puberdade Argumentar sobre bullying. Capítulo 3 Sistema genital Mecanismos reprodutivos Sexualidade (EF08CI11) Selecionar argumentos que evidenciem as múltiplas dimensões da sexualidade humana (biológica, sociocultural, afetiva e ética). Identificar os órgãos dos sistemas genitais masculino e feminino humanos, relacionando-os com suas funções. Compreender o significado de circuncisão e os motivos para sua realização. Compreender o mecanismo fisiológico da ereção. Identificar as possíveis causas da impotência sexual. Compreender o ciclo menstrual relacionando-o com os conceitos de folículo primário, folículo maduro, corpo-lúteo, ovulação e menstruação. Reconhecer a prática de mutilação genital feminina em algumas culturas e refletir sobre ela. Capítulo 4 Gravidez e parto Mecanismos reprodutivos Sexualidade (EF08CI11) Selecionar argumentos que evidenciem as múltiplas dimensões da sexualidade humana (biológica, sociocultural, afetiva e ética). Compreender o princípio dos testes de gravidez, que utilizam urina ou sangue colhidos. Compreender o mecanismo de formação da placenta e suas funções. Identificar as funções da bolsa amniótica. Compreender o conceito de trabalho de parto e identificar seus sinais. Identificar as principais alterações que ocorrem durante o desenvolvimento embrionário e o fetal. Entender como são formados os gêmeos idênticos e os fraternos. Compreender a importância de a mulher fazer exercícios físicos durante a gravidez e o pré-natal. Compreender a importância da amamentação para a mãe e para a criança. 8 Material Digital do Professor Ciências – 8º ano 1º bimestre – Plano de desenvolvimento 2. Atividades recorrentes na sala de aula A sala de aula é o local por excelência onde o professor deve propor atividades ou procedimentos didáticos que intencionalmente tenham como objetivo o desenvolvimento das habilidades e competências previstas para cada bimestre. Essas atividades precisam ser complementadas por outras, fora do espaço da sala de aula e mesmo por algumas fora da própria escola, sempre com a participação do professor como orientador e mediador do processo. Acreditamos que, para o desenvolvimento das competências e habilidades previstas, os estudantes devem participar de forma ativa no processo de construção do conhecimento, sempre cientes dos objetivos a serem alcançados e das escolhasfeitas para alcançá-los. Sugerimos nesta obra um conjunto de atividades que deverão ser realizadas de maneira recorrente em cada bimestre, embora em contextos e condições diversas, sempre alinhadas com a nossa proposta metodológica. Neste bimestre, o primeiro do 8º ano, o professor terá contato pela primeira vez com um grupo de estudantes oriundos do 7º ano. Também poderá se deparar com o fato de os estudantes não estarem habituados a ter uma postura de participação mais ativa nas aulas. Dessa forma, é necessário que o professor compartilhe com os estudantes suas intenções em cada atividade proposta: quais são os objetivos ao propô-las e como pretende avaliar se esses objetivos estão sendo atingidos. Problematização e levantamento de conhecimentos prévios Propomos em cada um dos capítulos um conjunto de questões-problema para nortear o início do que chamamos de problematização. Outras questões poderão ser formuladas pelo professor nesta etapa inicial, assim como durante todo o percurso realizado no bimestre. É com base nas respostas dadas pelos estudantes às questões trazidas pelo professor, bem como às questões formuladas pelos próprios estudantes, que o professor pode conhecer as concepções e os conhecimentos prévios da classe, tomando-os como ponto de partida para o processo de construção do conhecimento ao longo do tempo. A etapa de problematização e levantamento de conhecimentos prévios pode se dar a partir de diversas dinâmicas, como a participação da classe de maneira coletiva (roda de conversa) ou discussão de questões iniciais em duplas ou pequenos grupos. O professor poderá utilizar imagens, vídeos ou textos de diferentes gêneros para sensibilizar e motivar os estudantes para discussão inicial das questões de cada capítulo. Qualquer que seja a dinâmica adotada pelo professor, é necessário garantir nesta etapa, além da discussão, o registro das respostas do grupo para que sejam resgatadas ao longo do bimestre. Filmes e vídeos Neste bimestre, sugerimos uma série de vídeos de curta duração para a complementação dos temas que serão abordados. Essa atividade deverá ser recorrente ao longo da obra, sempre com 9 Material Digital do Professor Ciências – 8º ano 1º bimestre – Plano de desenvolvimento indicações claras do contexto e da pertinência de sua utilização. É importante que o professor assista aos títulos indicados e avalie a melhor maneira de discutir e sistematizar os temas abordados nos vídeos. O trabalho de produção de texto, na forma de resumo, comentário ou resenha crítica é uma boa oportunidade de o professor de Ciências fazer interface com o componente curricular de Língua Portuguesa. Para um melhor aproveitamento, recomendamos que a atividade seja desenvolvida na própria sala de aula para que possa ser acompanhada pelo professor, que deverá identificar as etapas de aprendizagem dos diferentes estudantes. No capítulo 2, propomos dois vídeos da série Que corpo é esse?, que faz parte do projeto Crescer sem violência, promovido pelo Canal Futura em parceria com outras instituições, e trata de temas que procuram combater a violência sexual contra crianças e adolescentes. O primeiro vídeo, Estereótipos de gênero, é uma animação que aborda a homofobia e as relações de amizade. O segundo vídeo, Internet, trata sobre o cyberbullying e a prática de enviar nudes. No capítulo 3, outros três vídeos são sugeridos, um pertencente à série Que corpo é esse? e dois da série Que abuso é esse?, também promovido pelo Canal Futura. O primeiro vídeo, intitulado Meu corpo, minhas regras, aborda aspectos que envolvem a primeira relação sexual, orientando os adolescentes sobre as decisões individuais relacionadas a esse tema. Já o vídeo Desmascarando o abuso, tem como tema central o abuso sexual, além de abordar outras questões que rondam essa temática, como o assédio e a exploração de crianças e adolescentes. Esse tema também é abordado no vídeo O caminho da denúncia, que trata sobre o que deve ser feito em caso de violência sexual. Leitura e compreensão de texto Esta atividade é proposta em todos os capítulos da coleção, na medida que os estudantes farão uso de textos contidos no Livro do Estudante em diversos momentos, com a finalidade de introduzir determinados assuntos, sistematizar a discussão realizada, complementar ou resolver exercícios de retomada, desafio ou síntese. Neste primeiro bimestre, considerando o fato de o professor ainda não conhecer a competência de leitura dos estudantes, sugerimos alguns momentos de leitura em voz alta, pelos estudantes e pelo professor, com discussão e compreensão dos temas com a classe no formato de roda de conversa. Isto ajudará o professor a localizar estudantes com possíveis defasagens de leitura e compreensão de texto a fim de propor intervenções, quando necessário, para auxiliar o desenvolvimento deles. Produção de texto Tanto a leitura como a escrita são compromissos comuns a todos os componentes curriculares. Dessa maneira, a produção de diferentes tipos de textos na área das Ciências da Natureza deve fazer parte dos procedimentos didáticos. A elaboração de registros e relatos deve ser incentivada, sempre com um olhar cuidadoso que propicie a escrita e a reescrita, considerando que para a produção de texto ocorrer, as ideias precisam ser organizadas e reorganizadas de forma a favorecer a construção do conhecimento. 10 Material Digital do Professor Ciências – 8º ano 1º bimestre – Plano de desenvolvimento Nesse sentido, neste 1º bimestre, há diversas atividades propostas que permitem esse tipo de abordagem. Após a apresentação dos vídeos, por exemplo, o professor pode solicitar aos alunos que elaborem um texto reflexivo sobre os temas abordados. Ao final de atividades práticas ou estudos do meio, os estudantes podem produzir relatórios próximos aos moldes científicos ou relatos, apontando os principais aspectos abordados durante as atividades. Caso o professor tenha utilizado a construção de mapas conceituais como um procedimento didático, também é possível pedir aos estudantes para produzirem uma síntese dos conteúdos abordados no bimestre com base em seus mapas conceituais. Essa abordagem favorece a retomada pelo estudante dos principais conceitos desenvolvidos ao longo do bimestre e permite que o professor acompanhe a aprendizagem deles. Discussão e correção das questões propostas no Livro do Estudante Considerando que este bimestre marca o início de um novo ano letivo para os estudantes, é necessário que, para conhecer sua turma, o professor fique atento ao processo de correção das questões propostas, garantindo que todos os estudantes tenham a oportunidade de fazer a autocorreção, verificando suas respostas e propondo, em caso de necessidade, as modificações necessárias. Vale lembrar que as respostas dos estudantes vão subsidiar o estudo para provas e, portanto, é de extrema importância que todos façam a autocorreção. Uma estratégia que ajuda a mobilizar a classe para esta atividade é o professor pedir para alguns estudantes colocarem suas respostas no quadro e envolver a classe na correção, com sugestões para alterar ou complementar as respostas dos colegas. Mapas conceituais A confecção de mapas conceituais é um procedimento didático bastante eficiente para apresentação ou sistematização de um assunto. Eles também podem ser utilizados para o levantamento dos conhecimentos prévios dos estudantes. No Manual do Professor, discutimos com mais detalhes as suas possibilidades de utilização. Para mais informações a respeito de mapas conceituais, acesse: • <www.lucidchart.com/pages/pt/o-que-e-um-mapa-conceitual>; • <www.lucidchart.com/pages/pt/como-fazer-um-mapa-conceitual>. Acesso em: 5 out. 2018. Caso o professor tenha utilizado esse procedimento didático em anos anteriores, como temos proposto, é importante que ele permita aos estudantesuma maior autonomia para produzirem mapas conceituais na classe ou na respectiva residência. 11 Material Digital do Professor Ciências – 8º ano 1º bimestre – Plano de desenvolvimento Atividades de pesquisa em diversas fontes Neste bimestre, há diversos momentos em que o professor pode propor que os estudantes realizem pesquisas em várias fontes, principalmente no que se refere aos temas de aspecto socia l abordados nos capítulos. Seja qual for o tema escolhido pelo professor, as atividades de pesquisa podem ser realizadas em diferentes materiais de consulta (internet, livros, revistas, jornais, entre outros) e os resultados podem ser apresentados para os demais estudantes e a comunidade. Ao abordar sobre os papéis sociais de homens e mulheres, por exemplo, os estudantes podem pesquisar índices que representem a distribuição entre os gêneros no mercado de trabalho ou no ingresso de cursos técnicos ou de graduação. Outro tema que pode ser pesquisado pelos estudantes é a incidência de determinadas doenças relacionadas ao sistema genital, como câncer de útero e de próstata, ou as taxas de gravidez na adolescência em sua cidade, no Brasil e no mundo. Essas informações, além de auxiliarem os estudantes a compreenderem o panorama brasileiro em relação a esses aspectos, podem ser utilizadas para fomentar debates, para a elaboração de textos dissertativos sobre os temas ou, ainda, para uma campanha de sensibilização sobre a importância de exames de rotina na prevenção de certas doenças e os riscos de uma gravidez precoce. Isso pode ser feito na forma de cartazes em murais espalhados pela escola, em formato de jornal ou em mídia digital. Além disso, esse tipo de abordagem permite um trabalho integrado com outros componentes curriculares, como em parceria com o professor de Língua Portuguesa. Atividades práticas A atividade prática proposta neste bimestre permite uma abordagem mais investigativa para o processo de ensino e aprendizagem e, por isso, favorece o desenvolvimento das principais habilidades e competências previstas para o ensino de Ciências. A seguir, apresentamos mais detalhes a respeito dessa atividade: • Capítulo 1 – A atividade prática propõe que os estudantes observem e identifiquem os componentes de uma flor de forma a relacioná-los com suas respectivas funções. Na atividade, propomos que o professor disponibilize uma ou duas flores diferentes, mas, se o professor considerar oportuno, pode ampliar a atividade e disponibilizar mais flores para serem analisadas. Porém, é importante considerar que isso tornará a atividade mais complexa e demorada. Além da atividade prática sugerida no Livro do Estudante, para este mesmo capítulo, no Manual do Professor, propomos, como complementação, a atividade Observação de musgos e de outras plantas. A proposta é que os estudantes sejam levados pelo professor para algum local com vegetação aparente, como parques, jardins botânicos e praças, para que possam observar a diversidade de grupos vegetais. Uma possibilidade é que essa atividade seja trabalhada como um estudo do meio em um fragmento de mata ou bosque, por exemplo. Se possível, e permitido, o professor pode propor e auxiliar a coleta de alguns exemplares para que possam ser analisados em laboratório ou em sala de aula. Porém, recomendamos que seja recolhido o mínimo de exemplares 12 Material Digital do Professor Ciências – 8º ano 1º bimestre – Plano de desenvolvimento e, se possível, que o professor priorize a coleta de estruturas da plantas que estejam caídas no solo. Além disso, nesses casos, é muito importante que o professor e os estudantes tenham cautela para que não ocorram acidentes, uma vez que é possível se deparar com plantas que sejam tóxicas ou que contenham estruturas que possam machucar, como espinhos. Outra alternativa é o professor providenciar e levar algumas plantas que podem ser obtidas em lojas de jardinagem, por exemplo, para que a turma possa observá-las e registrar suas estruturas por meio de desenhos, de forma a identificar cada uma delas. Se o professor optar por essa última abordagem, sugerimos que ela seja realizada em pequenos grupos. Vale destacar que essas são apenas algumas sugestões, mas é possível que o professor proponha outras atividades que também tenham uma abordagem mais investigativa. Nesse sentido, é importante que o professor sempre procure incentivar a curiosidade de seus estudantes que, atrelada a uma postura mais ativa, possa favorecer o desenvolvimento do pensamento científico durante as diversas atividades, principalmente em atividades com essa abordagem. Interação Para que os estudantes tenham a oportunidade de agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, conforme prevê a competência geral 10 da BNCC, é importante propor atividades que instiguem a interatividade entre eles. Em cada um dos capítulos deste bimestre, há diversas atividades propostas que permitem uma abordagem mais interativa e colaborativa entre os estudantes, como na atividade prática sugerida no capítulo 1 ou nas rodas de conversa. Na atividade prática, por exemplo, é possível propor que os estudantes formem grupos para realizarem os procedimentos de forma colaborativa. O trabalho em grupo também pode ser proposto na construção de mapas conceituais, na resolução de questões ou na produção de textos. Em qualquer um dos casos, é importante que o trabalho em grupo seja visto como um conteúdo procedimental e não apenas como estratégia didática. Nesse sentido, sugerimos que o professor oriente os estudantes, antes de iniciar a proposta do trabalho, a eleger um coordenador, um relator, um redator, um cronometrista e um observador. Assim, embora todos devam participar no desenvolvimento da proposta, cada integrante terá uma função específica. O coordenador deverá articular as tarefas de cada um do grupo e mediar as relações. O relator será o porta-voz da equipe e apresentará aos demais da sala o trabalho realizado pelo grupo. Por sua vez, o redator fará toda a escrita pertinente ao trabalho solicitado pelo professor e o cronometrista se encarregará de determinar o tempo a ser despendido em cada etapa realizada. Por fim, a função do observador será acompanhar se todos têm a oportunidade de falar, se há respeito pelas colocações dos colegas e se todos cumprem suas funções. 13 Material Digital do Professor Ciências – 8º ano 1º bimestre – Plano de desenvolvimento 3. Relação entre a prática didático-pedagógica e o desenvolvimento de habilidades As propostas presentes nas várias unidades desta obra foram organizadas com o objetivo de promover o desenvolvimento das competências gerais e específicas descritas na BNCC, das habilidades relacionadas aos objetos do conhecimento ali presentes e de outras complementares. Para auxiliar o trabalho do professor, apresentamos orientações gerais para cada capítulo. Essas orientações, mencionadas no Manual do Professor e nos demais materiais que compõem o Material Digital do Professor, poderão ser utilizadas para auxiliar na atividade docente. Sugerimos que utilize essas orientações adequando-as como achar mais conveniente para seu contexto, em função de diversos fatores, como disponibilidade de tempo, recursos materiais disponíveis e outras variáveis inerentes a sua prática pedagógica. Todas as orientações presentes no Manual do Professor e no Material Digital do Professor estão articuladas com as premissas que sustentam a linha metodológica adotada pelos autores em toda a coleção. A principal delas é a de que o processo de aprendizagem ocorre de maneira colaborativa com base em relações interpessoais, em vez de ocorrer individual e isoladamente. Os estudantes precisam interagir com os colegas, professores e outros atores sociais, expondo seus pontosde vista, formulando e ouvindo hipóteses e narrativas sobre diferentes perspectivas, a fim de conseguirem, em um processo dialógico, construir seus conhecimentos, habilidades, valores e desenvolver as competências necessárias para intervir na sociedade. Todavia, é necessário que os estudantes tenham o livro didático como um referencial de conhecimentos atualizados e confiáveis, que possa ser o fio condutor do seu processo de aprendizagem, sem, contudo, engessá-lo. Em cada um dos capítulos desta unidade existem propostas de atividades nas quais os estudantes são convidados a participar de dinâmicas de grupo que estimulam a troca de ideias e desafiam os estudantes a resolver as questões e os problemas propostos. Nas orientações didáticas do Manual do Professor de cada capítulo, indicamos algumas questões que consideramos centrais para a etapa de problematização e aproximação do assunto principal do capítulo, e que podem provocar a formulação de outras questões por parte dos estudantes. A análise das questões formuladas pelos estudantes ajudará o professor a mapear os conhecimentos e as convicções sobre os assuntos que os estudantes construíram até aquele momento e a planejar as intervenções necessárias para dar continuidade ao processo de ensino e aprendizagem. O 1º bimestre traz temas relacionados à unidade temática Vida e Evolução com foco nos mecanismos reprodutivos e as múltiplas dimensões da sexualidade humana. Nesse sentido, começamos o capítulo 1 com a reprodução dos seres vivos de maneira geral. Nesse capítulo, procuramos introduzir alguns conceitos importantes para que os estudantes possam compreender diferentes aspectos de como as espécies se reproduzem. No capítulo 1, assim como nos demais capítulos, apresentamos uma imagem e algumas questões disparadoras que podem auxiliar no levantamento dos conhecimentos prévios dos estudantes 14 Material Digital do Professor Ciências – 8º ano 1º bimestre – Plano de desenvolvimento sobre o tema. Além do exemplo trazido na abertura do capítulo, é importante que o professor também apresente, por meio de imagens e/ou vídeos, ou, pelo menos, cite, outros exemplos que possam favorecer esse levantamento e fomentar a discussão inicial. Outros exemplos também são apresentados ao longo do capítulo. Com base neles, procuramos mostrar a diversidade de mecanismos reprodutivos de diferentes grupos de seres vivos e explorar os conceitos de variabilidade e adaptação dos seres vivos, para que os estudantes possam relacionar as diferentes características dos seres vivos com a sua capacidade de sobrevivência e de reprodução em determinado ambiente. Dessa forma, esperamos que os estudantes consigam compreender como ocorre a seleção natural e a evolução das espécies. Nesse sentido, também descrevemos as múltiplas formas de reprodução de diferentes grupos de organismos para que os estudantes possam diferenciar a reprodução assexuada da reprodução sexuada e associá-las a cada um dos grupos. Além disso, caracterizamos a reprodução das plantas por meio do ciclo de vida de dois grupos de plantas: das briófitas (musgos e hepáticas), que dependem da água para a fase de reprodução sexuada, e das angiospermas, que possuem flores e produzem frutos com sementes. Por ter uma estrutura mais complexa, discriminamos todas as partes que compõem a estrutura de uma flor , comparamos os diferentes tipos de polinização e descrevemos como ocorre a fecundação e a formação da semente e do fruto. Como as plantas têm estruturas bem diferentes dos animais para se reproduzir, sugerimos que o professor proponha atividades para que os estudantes possam investigar, refletir e analisar as diferenças existentes entre as reproduções desses dois grupos de plantas, identificando suas principais características. Apesar de abordarmos apenas esses dois grupos, se o professor considerar pertinente, para demonstrar a diversidade dos mecanismos reprodutivos das plantas, os demais grupos de plantas também podem ser estudados. Para isso, o professor pode organizar um estudo do meio em locais como jardins botânicos, parques, praças etc. Para que os estudantes possam estabelecer um paralelo entre as plantas e os demais grupos de seres vivos, introduzimos os mecanismos reprodutivos dos animais, distinguindo os animais dioicos (que possuem sexos separados) dos animais hermafroditas (que possuem órgãos masculinos e femininos no mesmo indivíduo). Desta forma, os estudantes serão capazes de empregar esses conhecimentos para poderem deduzir quais animais pertencem a cada classificação. Esse tema também abre espaço para introduzir o conceito de dimorfismo sexual para sejam capazes de identificar quais animais, mesmo sendo da mesma espécie, possuem fêmeas e machos com características diferentes. Outros conceitos também são desenvolvidos ao longo do capítulo, como a partenogênese a fecundação externa e interna e o desenvolvimento direto e indireto. Como são muitos conceitos, o professor pode sugerir que os estudantes construam um glossário ou mapas conceituais que sintetizem o conteúdo. Também é possível abordar o conteúdo com o auxílio de fotos, vídeos e infográficos. 15 Material Digital do Professor Ciências – 8º ano 1º bimestre – Plano de desenvolvimento O capítulo seguinte passa a focar nos aspectos relacionados à sexualidade humana e aborda o tema puberdade, fase de transição entre a infância e a vida adulta. Esta é particularmente uma fase importante e ao mesmo delicada, uma vez que é a fase em que os estudantes se encontram e que estão passando por transformações físicas, fisiológicas (com o amadurecimento dos órgãos do sistema genital e diferenciações físicas) e comportamentais, o que faz com que seja marcada por questões culturais, psicológicas e biológicas. Dessa forma, ao abordar as múltiplas dimensões da sexualidade humana, os estudantes serão convidados a refletirem sobre seus diferentes aspectos e a esclarecerem suas dúvidas e conflitos próprios dessa fase. Assim, associamos a ação dos hormônios e de todo o sistema endócrino para a manutenção do equilíbrio interno do corpo, para a coordenação e controle das reações do organismo e para a regulação de processos como crescimento, desenvolvimento e metabolismo. Dessa forma, os estudantes poderão identificar quais são as glândulas endócrinas, onde se localizam, quais hormônios produzem e quais as ações desses hormônios. Com base nessas informações, os estudantes poderão entender a ação dos hormônios sexuais na determinação das características sexuais secundárias femininas e masculinas. Além dos aspectos fisiológicos, é importante que o professor amplie as discussões sobre os temas abordados no capítulo trazendo também aspectos sociais e culturais. Nesse sentido, finalizamos o capítulo com algumas questões que envolvem o trabalho infantil e do adolescente de forma a possibilitar que os estudantes entendam as relações próprias do mundo do trabalho e sobre o bullying e o cyberbullying. Por serem temas sensíveis, o professor pode promover debates e rodas de conversa com estudantes para que possíveis conflitos entre os estudantes também possam ser trabalhados. O capítulo 3 dá sequência à narrativa sobre os diferentes aspectos da sexualidade humana, abordando conceitos e conteúdos que envolvem o sistema genital. Assim, os estudantes serão apresentados às características anatômicas e fisiológicas dos órgãos internos e externos, tanto do sistema genital masculino como do feminino. Essas características também permitem discutir as principais doenças que podem afetar esses órgãos, como o câncer de próstata, abordado no capítulo, ou o de mama. Além disso, o tema abre espaço para que seja debatido aspectos culturais, como a circuncisão masculina e feminina praticada em algumas culturas. No último capítulo do bimestre, propomos uma conversa sobre a gravidez e o partodo s pontos de vista biológico e social. O primeiro ponto destacado são algumas implicações de uma gravidez na adolescência, tais como interrupção da adolescência, abandono dos estudos, menor qualificação profissional e conflitos familiares. Seguimos explicando o processo de fecundação, nidação, formação do zigoto, do embrião e do feto para os estudantes perceberem e refletirem sobre as fases de uma gestação, as alterações que ocorrem no útero feminino e o parto. A gravidez de gêmeos idênticos (monozigóticos), gêmeos fraternos (dizigóticos) e gêmeos coligados (siameses) também é elucidada. Por fim, discorremos sobre a importância da amamentação para a mãe e para o bebê, considerando os hormônios envolvidos para a produção do leite materno e outras vantagens, tais 16 Material Digital do Professor Ciências – 8º ano 1º bimestre – Plano de desenvolvimento como redução do sangramento após o parto, interrupção ou diminuição do fluxo menstrual e redução das chances de desenvolvimento de câncer de mama e de ovário. Muitos dos temas sobre sexualidade humana abordados nos capítulos deste bimestre podem suscitar debates sobre os diferentes aspectos que os rondam. Além de debates, o professor pode trabalhar os conteúdos com atividades de pesquisa, rodas de conversa, campanhas, produção de textos etc. Seja qual for a estratégia didática escolhida pelo professor, é importante que os estudantes sejam sempre incentivados a desenvolver o pensamento crítico e uma postura propositiva e ética. 4. Gestão da sala de aula Gestão de conflitos (relações interpessoais) A sala de aula é um dos locais onde ocorre com maior intensidade a interação dos estudantes na escola. Essas interações ocorrerão com ou sem a mediação do professor, podendo gerar situações de conflito que precisam ser entendidas como parte importante e necessária para o crescimento do grupo nos seus vários âmbitos (social, emocional e intelectual). Muitas vezes reprimimos as situações de conflito que consideramos inadequadas em vez de utilizá-las como oportunidade para o desenvolvimento de habilidades e competências. Nesse sentido, abaixo reproduzimos três competências gerais da Educação Básica presentes na BNCC: • 8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo- se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas. • 9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo -se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza. • 10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade,flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. Essas competências podem ser trabalhadas no cotidiano da sala de aula baseadas em interações que ocorrem de maneira espontânea ou intencional, por meio de propostas sugeridas nas orientações didáticas de cada capítulo. O desenvolvimento das competências acima só é possível com a mediação do professor, que deve observar e intervir de maneira diretiva em várias situações de interação entre os estudantes que ocorrem na escola. Por exemplo, durante uma atividade em dupla, grupo ou roda de conversa, o professor pode trazer para discussão em classe questões que auxiliem os estudantes a identificar e refletir sobre os aspectos positivos das interações que estão ocorrendo e os conflitos e os sentimentos que aparecem 17 Material Digital do Professor Ciências – 8º ano 1º bimestre – Plano de desenvolvimento nesse processo. Agindo de maneira intencional e fazendo as intervenções necessárias, o professor estará contribuindo para o desenvolvimento das competências socioemocionais listadas anteriormente. Neste primeiro bimestre apresentamos algumas situações que envolvem diferentes tipos de interações que poderão ser utilizadas pelo professor como estratégia para o desenvolvimento das competências socioemocionais e habilidades específicas de Ciências. Sugerimos que o professor, antes de iniciar uma atividade de dupla, grupo ou roda de conversa, retome com a classe a importância de cada procedimento para o desenvolvimento individual e coletivo e proponha uma autoavaliação ao fim de cada atividade, de modo que os estudantes possam identificar os aspectos positivos e negativos da atividade, bem como as fragilidades que precisam trabalhar para se desenvolverem. Os conteúdos abordados neste primeiro bimestre, provavelmente, devem provocar muitas reflexões e discussões por lidar com o momento pelo qual os estudantes estão passando, a puberdade. Os assuntos possibilitarão muitos debates, sendo uma ótima oportunidade para o professor identificar como está a participação de cada estudante: se emitem opiniões e conseguem fundamentá-las, se respeitam a opinião uns dos outros e se todos estão envolvidos de maneira adequada com a atividade. Esses aspectos poderão ser alguns dos critérios, juntamente com outros levantados pelos estudantes, que poderão ser utilizados para compor a autoavaliação ao final da atividade. Além disso, há sugestões de outras atividades, como as atividades práticas, em que os estudantes podem ser organizados em grupos ou duplas de forma que precisem trabalhar de maneira colaborativa. É muito importante que, durante as atividades realizadas em duplas e em grupos, o professor circule pela classe, observando e coordenando os trabalhos e, quando necessário, ajudando os grupos nas dificuldades enfrentadas, sejam elas diretamente relacionadas às habilidades do componente curricular, às competências da Educação Básica ou às questões socioemocionais. Ao final de cada bimestre, o professor poderá organizar uma roda de conversa para, com os estudantes, analisarem o desenvolvimento que apresentaram como grupo em relação às interações interpessoais que estabeleceram nos grupos de trabalho, registrando-as para compará-las no fim do ano letivo. Gestão do tempo Outro aspecto que deve ser considerado na gestão da sala de aula é o tempo disponibilizado para as diversas atividades planejadas pelo professor e pelos estudantes. É importante que o professor dimensione o tempo necessário para cada atividade de uma sequência didática e compartilhe com os estudantes esse planejamento. Uma estratégia para que os estudantes desenvolvam a autonomia no processo de gestão do tempo é propor atividades de grupo com etapas bem definidas e deixar que os grupos distribuam essas etapas no tempo determinado para realização das mesmas. No final da atividade, o professor pode pedir que o grupo faça uma avaliação do planejamento realizado e socialize com a classe os critérios utilizados para esse planejamento, bem como os problemas enfrentados. É importante chamar 18 Material Digital do Professor Ciências – 8º ano 1º bimestre – Plano de desenvolvimento atenção para o fato de que, ao proceder dessa maneira, o professor estará utilizando as atividades em grupos não apenas como procedimento didático para o desenvolvimento de habilidades e competências do componente curricular, mas também àquelas de caráter geral. Uma atividade por nós proposta na sequência didática deste 1º bimestre é o trabalho sobre bullying que culminará em uma ação comunitária a ser desenvolvida na escola. Como esse trabalho apresenta várias etapas, a gestão do tempo se torna essencial para seu boa execução. Nesse trabalho, a primeira etapa consiste na promoção de um debate sobre o tema com os estudantes em que eles possam expor suas vivências. Em seguida, um trabalho em grupo é solicitado a partir de reportagens de jornais e revistas sobre o tema, as quaisos estudantes farão sua leitura, discutirão suas impressões, sintetizarão as reportagens e a discussão por meio de um relato escrito e, por fim, desenvolverão uma ação comunitária com uma campanha contra o bullying, utilizando cartazes com slogans e panfletos com o significado do conceito e situações que o caracterizam. Uma ideia é a de elaborar, juntamente com os estudantes, o cronograma dessa atividade. Para outros tipos de atividades, uma sugestão é dividir cada etapa de desenvolvimento em intervalos de tempo específicos em que os estudantes consigam acompanhar e se orientar a partir de um relógio ou cronômetro. Ao final de cada intervalo, os estudantes devem parar o que estão fazendo e levantar o que conseguiram realizar nesse tempo e o que faltou desenvolver no período planejado. O professor pode auxiliá-los a se organizarem para realizar os procedimentos destinados para cada fase no tempo previsto. Ao final, é possível fazer uma discussão entre eles para verificar os aspectos positivos e negativos dessa dinâmica, bem como o que aprenderam com relação a organização de uma atividade em intervalos de tempo específicos. Gestão do espaço Para a realização de atividades diversificadas na sala de aula, é importante que o espaço permita as adequações necessárias. Dessa maneira, o professor deve propor diferentes formas de organização das carteiras a fim de facilitar a interação dos estudantes e obter melhores resultados. Sugerimos que o professor faça experiências com relação à organização do espaço da sala, dispondo as carteiras da maneira mais adequada para o desenvolvimento da atividade planejada, e que avalie com a classe os resultados obtidos. Para atividades em pequenos grupos, é necessário estudar previamente a distribuição das carteiras na classe, a fim de permitir ao professor circular com facilidade entre os grupos. Uma vez identificado o melhor posicionamento, o professor poderá fazer um mapa dessa distribuição e fixá-lo no mural até que os estudantes consigam arrumar as carteiras na posição correta. Existem vários modelos de distribuição das carteiras – em “U”, em semicírculo, em círculo, em grupos, etc. – que podem favorecer a interação dos estudantes durante as atividades. A sala de aula pode ser também um espaço para realização de atividades práticas em pequenos grupos ou demonstrações conduzidas pelo professor com a participação de toda a classe, como uma alternativa ao uso do laboratório, quando este não estiver disponível, ou quando o professor 19 Material Digital do Professor Ciências – 8º ano 1º bimestre – Plano de desenvolvimento considerar mais adequado realizá-las na própria sala de aula em função da dinâmica escolhida. Para este bimestre, por exemplo, propomos, no capítulo 1, a atividade prática As intimidades da flor e, no Manual do Professor, sugerimos a prática Observação de musgos e de outras plantas. Em ambas as atividades, o professor deve planejar todas as etapas com antecedência e procurar sempre organizar a classe para favorecer a aprendizagem. Outros espaços, tais como laboratório de informática, jardim, pátio, etc., poderão ser utilizados, se disponíveis na escola, em diversas atividades que propomos nos capítulos desta coleção, ampliando as interações dos estudantes com outras pessoas e espaços do ambiente escolar. Se houver disponibilidade, sugerimos também explorar espaços não formais de educação, como museus de ciências, institutos de estudo e pesquisa, jardins botânicos, zoológicos, aquários, parques estaduais, entre outros. 5. Acompanhamento da aprendizagem dos estudantes Para acompanhar a aprendizagem dos estudantes, sugerimos utilizar a Ficha de acompanhamento das aprendizagens, as Avaliações bimestrais e as aferições de aprendizagem indicadas nas Sequências didáticas. Esses instrumentos auxiliam o acompanhamento, a análise e a aferição do desenvolvimento dos estudantes nas habilidades indicadas para o bimestre, bem como nas competências e nos aspectos socioemocionais. Disponibilizamos uma Ficha de acompanhamento das aprendizagens para cada bimestre. Em “Expectativa de aprendizagem”, inserimos habilidades da BNCC, habilidades complem entares e competências. Instigamos os professores a utilizarem essa sugestão de ficha como um modelo e modificá-la quando considerar necessário, inclusive inserindo outras expectativas de aprendizagem que desejam acompanhar durante o desenvolvimento dos estudantes. A concepção de avaliação desta obra é coerente com a concepção de ensino-aprendizagem assumida pelos autores e materializada na linha metodológica proposta para o desenvolvimento das competências e habilidades previstas na BNCC e outras complementares. Acreditamos que a construção do conhecimento se dá na interação com os outros e que o papel da escola não deve se restringir à transmissão de conteúdos conceituais, mas, sim, desenvolver um conjunto de competências e habilidades que permitam a formação de cidadãos com condições de fazer uma leitura crítica da realidade e nela intervir. Dessa maneira, precisamos ampliar nosso olhar sobre o significado do conceito avaliação, procurando utilizar instrumentos que possam avaliar ao longo do tempo se as atividades que realizamos com os estudantes atingem os objetivos propostos e não constituem um mecanismo que se restringe a “mensurar” informações adquiridas. Nessa perspectiva, acreditamos que a avaliação deve ser contínua e processual e que busque diagnosticar avanços e fragilidades em nossa prática pedagógica, com base na observação do desempenho dos estudantes. A avaliação deve auxiliar o professor a delinear estratégias para o 20 Material Digital do Professor Ciências – 8º ano 1º bimestre – Plano de desenvolvimento desenvolvimento de seus estudantes a fim de redefinir caminhos, práticas e estratégias que ajudem no deslocamento de todo o grupo e não apenas dos que apresentam mais facilidade para apreender determinados conhecimentos em um momento específico do período letivo. Como todo primeiro bimestre do ano letivo, é muito importante que nesse período o professor desenvolva atividades que possam ajudá-lo a conhecer a classe como um todo e as particularidades de cada estudante. As questões e respostas formuladas pelos estudantes, a maneira como interagem e se organizam, fornecerão subsídios importantes para o professor afinar seu planejamento, fazendo as intervenções necessárias para o deslocamento de todos os estudantes. Ao longo do ano, mas principalmente no começo, o professor deve procurar avaliar (avaliação diagnóstica) a situação da classe com relação às competências, às habilidades e aos conhecimentos conceituais adquiridos em anos anteriores (Ensino Fundamental – Anos Iniciais e os primeiros anos do Ensino Fundamental – Anos Finais). No Manual do Professor, apresentamos sugestões de atividades que permitirão ao professor fazer essa avaliação diagnóstica. É importante que, para cada um dos procedimentos didáticos adotados pelo professor, haja um momento de conversa com a classe sobre os objetivos da atividade, a postura esperada dos estudantes, os procedimentos que serão realizados e os instrumentos de avaliação que serão utilizados. Também acreditamos ser necessário que o professor apresente seu plano de avaliação bimestral, deixando claro quais serão os instrumentos e critérios de avaliação adotados. Se possível, sugerimos que o professor apresente uma maneira simples de os estudantes organizarem, registrarem e avaliarem seu desempenho ao longo do bimestre. A seguir propomos algumas formas de avaliação para este bimestre, em função das competências e habilidades previstas e dos procedimentos didáticos adotados. Produção de texto Ao longo dos capítulos deste bimestre, sugerimos diversas atividades que podem ser associadas à produção de textos pelos estudantes, que é um instrumento de avaliaçãoimportante por permitir que o professor observe as dificuldades de escrita deles. Dessa forma, o professor pode intervir, de preferência, com a participação de professores de outros componentes curriculares, principalmente o de Língua Portuguesa, de forma a ajudar o desenvolvimento dos estudantes no que se refere às dificuldades deles quanto à produção de textos. Resolução de questões na classe e na residência do estudante As questões resolvidas na classe permitem ao professor um acompanhamento mais próximo dos estudantes, podendo fazer intervenções pontuais e no grupo durante o processo de resolução. Para as questões a serem resolvidas na residência do estudante, é importante que o professor utilize dinâmicas que permitam aos estudantes expor o raciocínio usado para a resolução das questões, bem da atividade e que sane as dúvidas que surgiram. É de extrema importância que o professor acompanhe o processo de autocorreção feito pelos estudantes, garantindo o registo adequado no 21 Material Digital do Professor Ciências – 8º ano 1º bimestre – Plano de desenvolvimento caderno. A qualidade do registro das aulas pelos estudantes auxiliará no estudo do conteúdo em momentos posteriores e no desenvolvimento de habilidades de organização e comunicação, além de fornecer subsídios para uma eventual ajuda externa. Provas As provas devem ser utilizadas como instrumentos de avaliação ao longo do bimestre, podendo o professor organizar provas curtas, contendo poucas questões, que auxiliam a verificar as dificuldades que estão surgindo ao longo do processo de ensino e aprendizagem e possibilitam intervenções rápidas e pontuais. Por outro lado, as provas mensais ou bimestrais estimulam os estudantes a fazer uma revisão do conteúdo trabalhado no período e são mais um instrumento que ajuda o professor a verificar o desenvolvimento e as dificuldades dos seus estudantes. Observações de classe As observações feitas pelo professor no dia a dia letivo devem ajudar a compor o plano de avaliação a partir de critérios bem definidos. Assiduidade nas aulas, realização de tarefas, postura adequada nas atividades realizadas na sala de aula (individual, duplas, grupos), participação nas discussões realizadas e interação com os colegas e o professor são alguns dados que podem compor um plano de avaliação. Vale destacar que esses comportamentos, envolvendo não só aspectos cognitivos, mas também socioemocionais, precisam ser estabelecidos como avaliativos em estratégias claras de acompanhamento e intervenção, em vez de utilizá-los apenas como instrumentos de controle e avaliação final. 6. Fontes de pesquisa para uso em sala de aula ou para apresentar aos estudantes Há diversas fontes de pesquisa confiáveis que podem ser utilizadas para trabalhar conteúdos de Ciências com os estudantes de Ensino Fundamental – Anos Finais. Veja a seguir algumas indicações. • Blog da Saúde: <www.blog.saude.gov.br/> (acesso em: 8 out. 2018). Esse blog é mantido pelo Ministério da Saúde e apresenta diversas matérias interessantes a respeito de saúde, higiene e prevenção, além de informações a respeito do SUS, de divulgação de cursos e eventos etc. • Ciência Hoje das Crianças: <http://chc.org.br/> (acesso em: 8 out. 2018). Este site apresenta inúmeras matérias relacionadas ao tema Ciências em linguagem apropriada para crianças. Indicado para produzir atividades de investigação, leitura e pesquisa. 22 Material Digital do Professor Ciências – 8º ano 1º bimestre – Plano de desenvolvimento • IBciência – Canal de Divulgação Científica da Biblioteca do Instituto de Biociências da USP: <www.sibi.usp.br/noticias/ibciencia-canal-divulgacao-cientifica-biblioteca-ibusp/> (acesso em: 8 out. 2018). O site traz diversos vídeos para divulgar atividades científicas e acadêmicas do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP). • Jardim Botânico de Brasília: <www.jardimbotanico.df.gov.br/> (acesso em: 8 out. 2018). Site do Jardim Botânico de Brasília (DF). • Jardim Botânico do Rio de Janeiro: <www.jbrj.gov.br/> (acesso em: 8 out. 2018). Site do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (RJ). • Ministério da Saúde: <http://portalms.saude.gov.br> (acesso em: 8 out. 2018). O site do Ministério da Saúde também apresenta muitas informações a respeito de saúde, higiene e prevenção, mas não é muito simples encontrar informações específicas nele. O mais usual é utilizar os termos “Ministério da Saúde” + “termo de interesse para pesquisa” para encontrar diversos conteúdos interessantes. Se pesquisar pelos termos “Ministério da Saúde + criança”, por exemplo, é possível encontrar diversos PDFs de divulgação e de campanhas a respeito de saúde das crianças, aleitamento materno etc. • Museu da Amazônia: <http://museudaamazonia.org.br/pt/> (acesso em: 8 out. 2018). Site do Museu da Amazônia, localizado na Reserva Florestal Adolpho Ducke, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA, em Manaus (AM). • Um pé de quê?: <http://umpedeque.com.br/> (acesso em: 8 out. 2018). O site traz vídeos e fichas técnicas com informações sobre diversas árvores brasileiras. Recomendado para atividades em que são pesquisadas características específicas de órgãos vegetais. • Vista virtual do Jardim Botânico de São Paulo: <http://s.ambiente.sp.gov.br/JardimBotanico/tourvirtual/index.html> (acesso em: 26 out. 2018). Site do Jardim Botânico de São Paulo (SP), com passeio virtual. 7. Projeto integrador Abelhas e polinização: espécies em risco de extinção? Tema Polinização por abelhas de vegetais de interesse econômico. Problema central enfrentado Consequências ecológicas e econômicas do declínio mundial nas populações de abelhas. Produto final Apresentação de peça teatral. 23 Material Digital do Professor Ciências – 8º ano 1º bimestre – Plano de desenvolvimento Justificativa O papel das abelhas como polinizadoras é fundamental para a reprodução de grande parte das espécies vegetais que nós, seres humanos, usamos diariamente em nossa alimentação. O grande declínio mundial nas populações de abelhas, que vem ocorrendo nas últimas décadas, colocou em risco esse serviço ecossistêmico por elas fornecido e, caso persista, pode levar a uma crise mundial de produção de alimentos. O presente projeto busca contextualizar um processo reprodutivo e as adaptações evolutivas a ele associadas, o qual os estudantes podem achar que aparentemente é distante de suas realidades, mas que pode afetar seu futuro próximo. Competências gerais desenvolvidas • 1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. • 2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas. • 3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural. • 4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. • 5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar,acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. • 7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. • 10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. 24 Material Digital do Professor Ciências – 8º ano 1º bimestre – Plano de desenvolvimento Objetivos • Identificar os mecanismos envolvidos na polinização de plantas por abelhas. • Elaborar hipóteses sobre a diminuição das populações de abelhas com base em evidências pesquisadas. • Desenvolver uma peça de teatro, desde a criação do roteiro até a produção de cenário, figurino, etc., que sintetize à comunidade escolar e extraescolar as informações pesquisadas pelos estudantes. Habilidades em foco Componente curricular Objeto de conhecimento Habilidade Ciências Mecanismos reprodutivos (EF08CI07) Comparar diferentes processos reprodutivos em plantas e animais em relação aos mecanismos adaptativos e evolutivos. Arte Processos de criação (EF69AR30) Compor improvisações e acontecimentos cênicos com base em textos dramáticos ou outros estímulos (música, imagens, objetos etc.), caracterizando personagens (com figurinos e adereços), cenário, iluminação e sonoplastia e considerando a relação com o espectador. Língua Portuguesa Construção da textualidade (EF89LP35) Criar contos ou crônicas (em especial, líricas), crônicas visuais, minicontos, narrativas de aventura e de ficção científica, dentre outros, com temáticas próprias ao gênero, usando os conhecimentos sobre os constituintes estruturais e recursos expressivos típicos dos gêneros narrativos pretendidos, e, no caso de produção em grupo, ferramentas de escrita colaborativa. Duração O projeto tem duração prevista de dois meses, contemplando atividades a serem realizadas tanto nas aulas dos componentes curriculares envolvidos na proposta, como em outros períodos complementares ao escolar. Material necessário • Folhas sulfite • Lápis de cor • Canetas hidrográficas • Material para figurinos e cenário da peça teatral (a serem definidos de acordo com o roteiro e a escolha dos estudantes, dando preferência a material de baixo custo e reciclável) Perfil do professor coordenador do projeto O professor coordenador deve apresentar algumas características desejáveis para o bom desenvolvimento do projeto como: proatividade, abertura para o diálogo e acolhimento de opiniões 25 Material Digital do Professor Ciências – 8º ano 1º bimestre – Plano de desenvolvimento divergentes, capacidade de mediar eventuais conflitos, motivador das pessoas envolvidas no projeto, entre outras. Deve também saber cobrar responsabilidades e valorizar os esforços feitos pelos estudantes e outros professores, bem como ter flexibilidade para lidar com imprevistos que podem surgir ao longo de cada etapa. Além disso, deve evitar tomar decisões importantes sem antes consultar os estudantes, colegas e direção da escola, mantendo o espírito participativo e democrático na realização do trabalho. Por fim, deve ter domínio prévio dos temas abordados pelo projeto ou, então, disposição em aprendê- los para que possa orientar adequadamente os estudantes, atuando como um tutor. Desenvolvimento Etapa 1 – O que seria do mundo e de nós se as abelhas sumissem? Para começar o projeto, os professores devem preparar um questionário de sondagem para avaliar as percepções e concepções prévias dos estudantes acerca dos temas que serão abordados. Ao final, na Etapa 5, os estudantes irão desenvolver uma peça teatral onde irão encenar sobre a importância das abelhas como polinizadoras. Desta forma, as concepções prévias dos estudantes podem ser consideradas de utilidade para a própria elaboração da peça, conforme mencionado adiante neste projeto. As perguntas iniciais do questionário devem ser elaboradas de modo que os estudantes façam associações livres entre termos centrais do projeto e as ideias ligadas a esses termos. Um exemplo é solicitar o seguinte: "Escreva três palavras que vêm imediatamente a sua mente quando você ouve falar em abelha”. Após perguntas desse tipo, devem ser incluídas outras que exigem respostas mais elaboradas, por exemplo: "O que você entende por polinização?". A partir dessas respostas, os professores podem avaliar o conhecimento que os estudantes têm sobre o assunto, bem como conseguir detectar eventuais erros conceituais que podem ter. A pergunta título desta etapa - "O que seria do mundo e de nós se as abelhas sumissem?" – deve ser incluída como questão final do instrumento de sondagem. Em seguida, como atividade motivadora para contextualizar o projeto, deve ser apresentada aos estudantes uma reportagem jornalística (impressa ou em meio audiovisual) ou documentário curto no qual sejam abordadas as prováveis causas e consequências da diminuição das populações das abelhas no mundo. Nesse sentido, sugerimos ao professor em “Para saber mais – aprofundamento para o professor” algumas fontes de consulta. Após a apresentação da reportagem, deve-se organizar uma roda de conversa na qual sejam discutidos tanto os assuntos nela tratados quanto as perguntas ligadas ao questionário inicial. Outro propósito dessa roda de conversa é levantar, junto aos estudantes, questões que eles tenham interesse em pesquisar ao longo do projeto. Nesse momento, também devem ser apresentadas a eles informações sobre o projeto como objetivos, etapas e instrumentos de avaliação. Algumas atividades devem ser desenvolvidas de forma individual e outras em grupo. Sugerimos estabelecer os grupos de trabalho nesse momento a fim de ganhar tempo com essa organização nas etapas seguintes do projeto. Etapa 2 – Flores: quem são seus polinizadores? Esta etapa deve começar idealmente com um trabalho de campo para os estudantes perceberem as adaptações das plantas, especialmente em suas flores, as quais garantem que seus 26 Material Digital do Professor Ciências – 8º ano 1º bimestre – Plano de desenvolvimento ciclos reprodutivos se completem com o auxílio de agentes polinizadores. A atividade pode ser realizada na própria escola (caso tenha alguma área verde) e em visitas a locais próximos a ela, como praças, jardins e terrenos onde haja presença de plantas com flores, dispensando assim a necessidade de transporte e valorizando espaços que os estudantes frequentam em seu dia a dia. O intuito principal do trabalho de campo é que eles consigam, a partir da observação das plantas e, eventualmente, de alguns de seus visitantes, fazer as relações entre estrutura e processo (por exemplo: formato e cor da flor de uma espécie e forma do bico de uma ave que a poliniza). Para registrar as observações feitas durante o trabalho de campo, pode-se elaborar uma tabela como a mostrada a seguir, na qual sejam sintetizadas as informações coletadas sobre cada uma das plantas analisadas. Caso haja disponibilidade de equipamentos fotográficos (telefone celular, tablet, máquina fotográfica, etc.), eles devem ser usados pelos estudantes para complementarem suas anotações de campo. Para tanto, os professores devem orientá-los sobre procedimentos básicos para um registro fotográfico adequado, como composição, enquadramento e uso da luz. Independentemente do uso ou não de aparelhos fotográficos, os estudantes também devem desenhar as estruturas de interesse das plantas observadas, desenvolvendo assim habilidades específicasrelacionadas a essa forma de representação. Se forem encontradas estruturas de plantas soltas no solo, elas também podem ser coletadas e analisadas posteriormente, porém, é importante que se tenha cuidado nesses casos para que não ocorra nenhum acidente. A identificação das espécies vegetais pode ser feita por meio da consulta a publicações impressas, sites da internet e/ou aplicativos específicos que identificam as plantas a partir de fotos delas. Sugerimos algumas fontes ao final em “Para saber mais – aprofundamento para o professor”. A seguir, apresentamos um exemplo de tabela a ser usada no trabalho de campo sobre plantas e agentes polinizadores. Número de identificação da planta Local onde foi observada Nome da planta (popular e/ou científico) Características da flor Tipo de polinização provável Espécies polinizadoras prováveis (se a polinização for feita por seres vivos) Outras observações (p.ex.: visitantes observados) 001 002 003 ... Se não for possível fazer o trabalho de campo com os estudantes, os professores podem levar imagens e/ou vídeos que mostrem as características de algumas plantas que possuem diferentes tipos de polinização. Baseando-se na observação desse material, os estudantes devem preencher uma tabela semelhante à mostrada anteriormente, a qual deve ser adaptada pelos professores integrantes do projeto de acordo com o que é possível extrair de informações do material. 27 Material Digital do Professor Ciências – 8º ano 1º bimestre – Plano de desenvolvimento Em qualquer um dos casos (trabalho de campo ou em sala de aula), como fechamento dessa etapa, os estudantes devem se organizar nos grupos de trabalho para compartilharem os registros individuais que fizeram na tabela. Em cada grupo, as tabelas de seus respectivos integrantes devem circular entre todos e cada um deve apontar as correções e complementações das informações que consideram necessárias. Após a rodada completa de discussão, o grupo deve desenvolver uma versão da mesma tabela, a qual preencherão com a síntese das informações discutidas e acordadas entre os integrantes. Além das habilidades de comunicação envolvidas nessa atividade, os estudantes também irão aperfeiçoar habilidades relacionadas a dois processos essenciais para a resolução de problemas complexos: análise e síntese. Etapa 3 – Juntos e misturados? Plantas e abelhas lado a lado! Nesta etapa, os estudantes devem aprofundar-se no entendimento das interações mutualísticas entre plantas e as abelhas melíferas polinizadoras, especialmente em relação aos vegetais de interesse para alimentação humana e serviços ecossistêmicos. A pesquisa também deve envolver um estudo mais detalhado sobre os aspectos reprodutivos, de desenvolvimento e comportamentais das abelhas produtoras de mel, que apresentam características bem peculiares, como: comportamento social auto-organizativo; processos de comunicação sofisticados para indicar às companheiras a localização das flores de interesse; presença de organismos que se desenvolvem a partir de óvulos fecundados como rainhas e operárias, e de organismos que se desenvolvem a partir de óvulos não fecundados (partenogênese), como os zangões; e determinação, pelo tipo de alimentação, do papel das fêmeas na colmeia (rainha ou operária). Em um primeiro momento, a pesquisa deve ser realizada individualmente, a partir da busca em diferentes meios e fontes de informação. Caso os estudantes tenham à disposição equipamentos com acesso à internet na escola e/ou em suas residências, a inclusão desse recurso deve ser incentivada pelos professores. Orientações sobre procedimentos adequados para a pesquisa bibliográfica devem ser dadas aos estudantes, incluindo a seleção de fontes de dados confiáveis e os cuidados com o plágio. A inclusão de fontes de pesquisa que apresentem informações em língua inglesa deve ser estimulada pelos professores, mas deve-se levar em consideração o nível de proficiência dos estudantes. O processo de pesquisa deve ser relatado em um diário de bordo, no qual o estudante registrará não apenas as informações coletadas, mas também refletirá como as descobertas sobre as abelhas trouxeram novas percepções e revelações a respeito desses processos que geralmente passam despercebidos quando observa-se uma flor ou uma abelha. Em seguida, os estudantes devem se organizar nos grupos de trabalho, dentro dos quais compartilharão os registros feitos nesses diários. Depois de apresentados e discutidos tais registros, sugerimos que cada grupo desenvolva uma pesquisa que trate de outro agente polinizador animal: mariposas/borboletas, morcegos, aves, besouros, etc. A pesquisa deve focar nas características anatômicas adaptativas específicas entre animal polinizador e planta polinizada, relacionando-as as estratégias envolvidas no processo de polinização em cada caso. Para apresentar as informações aos colegas, cada grupo pode desenvolver um cartaz com imagens e textos que organizem didaticamente o assunto pesquisado. 28 Material Digital do Professor Ciências – 8º ano 1º bimestre – Plano de desenvolvimento Etapa 4 – Por que as abelhas estão sumindo? A discussão iniciada na 1ª etapa do projeto sobre o problema da diminuição das populações das abelhas no mundo e suas prováveis causas e consequências será alvo de uma investigação mais detalhada nesta etapa. Para tanto, a reportagem jornalística ou documentário usado na etapa inicial deve ser novamente apresentado e discutido com os estudantes. Tendo em vista as atividades realizadas nas etapas anteriores, o professor deve solicitar aos estudantes que avaliem os argumentos da reportagem ou vídeo para embasar as hipóteses apresentadas como possíveis causas do desaparecimento das abelhas. Esperamos que eles consigam avaliar criticamente as informações, correlacionando-as com o que já estudaram sobre o processo de polinização por abelhas e o modo de vida delas. Para tanto, devem preencher uma tabela em que explicitem tais associações, conforme sugerido no modelo a seguir. Hipótese sugerida Argumentos usados para tentar embasar a hipótese Pontos favoráveis à hipótese Pontos desfavoráveis à hipótese Tipo de polinização provável Espécies polinizadoras prováveis (se a polinização for feita por seres vivos) Nas duas primeiras colunas da tabela, o objetivo é que os estudantes consigam extrair as informações do texto ou vídeo, enquanto nas colunas seguintes devem fazer uma análise crítica das informações e emitirem suas opiniões de forma embasada nos conhecimentos desenvolvidos nas etapas anteriores do projeto. Nesse sentido, é importante que o professor oriente os estudantes a justificarem os apontamentos feitos para as colunas “Pontos favoráveis à hipótese” e “Pontos desfavoráveis à hipótese”. Caso considere necessário, ele também pode acrescentar mais colunas a tabela incluindo tópicos que considerar pertinente. Detalhes das hipóteses levantadas e novas hipóteses devem ser buscadas pelos estudantes em uma pesquisa bibliográfica sobre o tema, de modo que eles aprimorem e expandam os registros feitos inicialmente na tabela. Após a pesquisa, os professores devem organizar um debate no qual os estudantes exponham seus argumentos e opiniões a respeito das hipóteses que cada um deles acha que são mais adequadas para explicar o fenômeno do desaparecimento das abelhas. Etapa 5 – Elaboração e apresentação da peça teatral: "As abelhas estão dançando?" A etapa final do projeto consiste na criação e encenação de uma peça teatral pelos estudantes a respeito do papel de polinizadoras das abelhas e os problemas causados pela diminuição de suas populações. A colaboração dos professores de Arte e Língua Portuguesa é muito importante nesse momento para que os estudantes compreendam as
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