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RESUMO - Neurofisiologia

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Fisiologia dos animais domésticos Flávia Brandão – Med. Vet
Neurofisiologia 1
O SISTEMA NERVOSO TEM DUAS DIVISÕES PRINCIPAIS: 
· o sistema nervoso central ( SNC) - é composto por encéfalo e medula espinhal
· o sistema nervoso periférico ( SNP) - nervos semelhantes a cordões que conectam o sistema nervoso central ao resto do corpo.
NEURÔNIOS E CÉLULAS DE SUPORTE.
Neurônios –
· são as menores partes que mostram funções básicas do sistema nervoso, como responder a estímulos e conduzir impulsos de uma parte a outra da célula.
· Eles têm alta exigência de oxigênio, não podendo viver sem ele mais do que uns poucos minutos.
· Logo após o nascimento do animal, seus neurônios perdem a habilidade de se reproduzir, mas podem regenerar seus processos se o corpo celular permanecer intacto.
· A neuroglia, ou células gliais - estrutural e funcionalmente suporta e protege os neurônios. Não está diretamente envolvida na transmissão de informação ou impulsos através do
sistema nervoso.
· Estrutura do neurônio é dividido: 
· em corpo celular central (soma ou pericárdio)
· dois diferentes tipos de processos (extensões) do corpo celular (dendritos e axônios.)
Dendritos - recebem estímulos ou impulsos de outros neurônios e conduzem essa estimulação ao corpo celular. podem ser transformados em receptores sensoriais que
recebem ou sentem estímulos como calor, frio, tato, pressão, estiramento ou outras alterações físicas de dentro ou de fora do corpo
Os axônios - conduzem impulsos nervosos para longe do corpo celular em direção a outro neurônio ou célula efetora (uma célula que reage ao ser estimulada, como uma célula muscular ou glandular).
· OBS: À diferença dos dendritos, numerosos, curtos e ramificados, o axônio é um processo simples que pode ser muito longo.
· OBS: Por exemplo, um único axônio de um cavalo pode se estender por vários pés (um pé equivale a 30,48 cm) da medula espinhal até a extremidade da perna.
Mielina - uma substância gordurosa que recobre os axônios.
Obs: O tecido nervoso que contém muitos axônios mielinizados é referido como substância branca.
A bainha de mielina é realmente a membrana celular de células gliais especializadas chamadas:
· Oligodendrócitos - no SNC (encéfalo e medula espinhal) 
· Células de Schwann - no SNP (nervos fora do encéfalo e da medula espinhal).
Nodos de Ranvier - há pequenas fendas na bainha de mielina.
· A bainha de mielina e os nodos de Ranvier funcionam em 
conjunto para aumentar a velocidade de condução dos 
impulsos nervosos ao longo do axônio.
· Axônios mielinizados conduzem impulsos nervosos mais 
rapidamente do que os axônios não mielinizados.
LOCALIZAÇÃO ANATÔMICA: SNC VERSUS SNP
· SNC é anatomicamente composto pelo encéfalo e pela medula espinhal, os quais são encontrados dentro do eixo central do corpo. 
· o sistema nervoso periférico (SNP) é formado pelos componentes do sistema nervoso que se estendem para longe do eixo central exteriormente, em direção à periferia do corpo.
· Nervos cranianos são os nervos do SNP que se originam diretamente do encéfalo. 
· Nervos espinhais são os nervos do SNP que emergem da medula espinhal.
DIREÇÃO DOS IMPULSOS: AFERENTES VERSUS EFERENTES
· Alguns nervos conduzem impulsos elétricos da periferia em direção ao SNC e outros conduzem impulsos na direção oposta, do SNC para a periferia.
· Nervos aferentes ou nervos sensoriais. – 
· Conduzem impulsos nervosos em direção ao SNC.
· Conduzem sensações dos receptores sensoriais da pele e de outras localizações do corpo para o SNC
· Nervos eferentes ou nervos motores – 
· Conduzem impulsos nervosos para longe do SNC.
· Conduzem impulsos do SNC em direção aos músculos e outros órgãos.
OBS: Os nervos cranianos e espinhais no SNP e tratos nervosos (feixes de axônios) no SNC podem conter fibras sensoriais e/ou motoras.
FUNÇÃO: AUTONÔMICO VERSUS SOMÁTICO
· Sistema nervoso somático - controle, consciente ou voluntário, dos músculos esqueléticos.
· Ex: Como a ação do animal de girar a cabeça foi causada pelo início voluntário de impulsos eferentes, essa função será classificada como função motora somática.
· Sistema nervoso autônomo - parte do sistema nervoso que controla e coordena essas funções automáticas.
· Ex: contrair os intestinos, aumentar os batimentos cardíacos ou estimular a liberação de sucos digestivos em resposta à ingestão de uma refeição.
· OBS: À semelhança do sistema somático (voluntário), o sistema autonômico também possui nervos motores e sensoriais.
· Obs:Os nervos sensoriais autonômicos recebem impulsos sensoriais aferentes de receptores sensoriais que são automaticamente usados para regular essas funções do organismo.
FUNÇÃO DO NEURÔNIO: DESPOLARIZAÇÃO E REPOLARIZAÇÃO
ESTADO DE REPOUSO, POLARIZAÇÃO E POTENCIAL DE REPOUSO DAMEMBRANA.
· Quando um neurônio não é estimulado, diz-se que está em um estado de repouso.
· Porém, mesmo quando o neurônio está em repouso, ele ainda está trabalhando para manter o estado de repouso.
· Bomba de sódio-potássio – 
· As membranas celulares dos neurônios estão eletricamente polarizadas no repouso, como diminutas baterias carregadas. Moléculas especializadas na membrana da célula nervosa bombeiam íons sódio (Na+) do interior para o exterior do neurônio e íons potássio (K+), do exterior para o interior.
· Como o sódio não pode difundir através da membrana, a ação da bomba de sódio-potássio induz que uma concentração maior de sódio se acumule no exterior da célula. 
· A ação da bomba de sódio-potássio e as cargas negativas dentro da célula fazem com que uma maior concentração de potássio se acumule dentro da célula. Ao manter o sódio de um lado da membrana (fora) e o
potássio do outro (dentro), a membrana que separa os dois é dita polarizada (porque tem dois polos distintos de íons em ambos os lados da membrana).
 
Figura 13-5 Despolarização e repolarização. A, Estado de repouso. O sódio foi bombeado para
fora da célula e o potássio para dentro, produzindo uma carga elétrica negativa líquida no
interior da membrana celular quando comparada com o exterior. B, Despolarização. Um
estímulo causou a abertura da comporta de um canal de sódio, permitindo o influxo de íons
sódio na célula. Isto produz uma carga negativa líquida no exterior da membrana celular – o
oposto do estado de repouso. C, Início da repolarização. A comporta do canal de sódio está
fechando e a comporta do canal de potássio está abrindo para permitir que os íons potássio
saiam da célula. D, Repolarização. Uma efusão suficiente de íons potássio restaurou a carga
negativa líquida dentro da célula, mas os íons sódio e potássio estão nos lados opostos da
membrana celular em relação ao começo. A restauração do estado de repouso é mostrada na
Figura 13-4. Os íons sódio são bombeados para fora da célula e os íons potássio são bombeados
para dentro da célula
DESPOLARIZAÇÃO:
· Despolarização refere-se à abertura dos canais de sódio e ao brusco influxo dos íons sódio para o interior da célula.
· O influxo de sódio resulta na perda dos dois polos distintos de sódio e potássio em ambos os lados da membrana. 
· Quando um impulso de um neurônio adjacente ou de um estímulo externo de um tipo específico (como calor, tato ou gosto) estimula um neurônio, um conjunto de passos específicos tem lugar, resultando no “disparo” nervoso ou despolarização.
· No local onde o estímulo tem lugar no neurônio, abre-se uma estrutura molecular especializada chamada canal de sódio (Fig. 13-5, B). (Permite a passagem, exclusivamente, de íons sódio (Na+) através de si.)
· Devido à: Concentração de íons sódio => alta no exterior > interior da célula, => os íons sódio fluem facilmente através dos canais abertos de sódio do exterior para o interior por difusão passiva. Os íons Na+ positivos são também atraídos para dentro da célula pela carga negativa líquida do interior.
· A mudança significativa da carga elétrica de negativa para positiva é também referida como potencial de ação.
REPOLARIZAÇÃO:
· Repolarização- alteração da carga celular em direção ao potencial negativo líquido de repouso de membrana.
· a célula é repolarizada porque os íons sódio e potássio encontram-se novamente em lados opostos (polos opostos) da membrana celular.
· Numa fração de segundo após o sódio começar a inundar a célula durante a despolarização, os canais de sódio fecham-se bruscamente, impedindo o influxo.
· Quase simultaneamente, canais especializados de potássio abrem na membrana celular (Fig. 13-5, C).
· Com os canais de potássio abertos, os íons potássio (K+) difundem passivamente para fora da célula, propelidos pelo gradiente de concentração do potássio (a concentração mais alta dentro e a mais baixa fora) e pela poderosa carga positiva ingressada na célula pelo influxo dos íons sódio.
· A efusão de íons potássio continua, até que os canais de sódio especializados fecham-se bruscamente uma fração de segundo depois de se abrirem (Fig. 13-5, D).
LIMIAR DE DESPOLARIZAÇÃO, CONDUÇÃO DO IMPULSO NERVOSO E PRINCÍPIO DO TUDO OU NADA.
· Limiar - Quando o estímulo é forte o suficiente para causar despolarização completa.
· Impulso limiar - Um estímulo de intensidade suficiente para gerar um impulso nervoso.	
· Quando o neurônio com receptores sensoriais em seus dendritos recebe um estímulo muito fraco, o estímulo falha em despolarizar o neurônio e a informação dos receptores sensoriais nos dendritos não será transmitida ao encéfalo.
· O estímulo inicial causaria uma onda disseminada de abertura de canais de sódio ao longo da membrana de todo o neurônio. Essa onda de abertura de canais de sódio para permitir o influxo de sódio é denominada onda de despolarização. Essa onda de despolarização também pode ser chamada de condução do potencial de ação.
· Essa onda de despolarização ou condução do potencial de ação ao longo da membrana é simplesmente chamada impulso nervoso.
· Princípio do tudo ou nada - Independentemente do vigor do estímulo inicial, se foi suficiente para atingir o limiar, o potencial de ação será gerado e conduzido ao longo de todo o neurônio com força uniforme.
· Os impulsos nervosos sensoriais (aferentes) vão para áreas especiais do encéfalo, onde são interpretados como a sensação apropriada.
· Os impulsos nervosos motores (eferentes) vão para órgãos efetores, os quais são estimulados para realizar ações especiais.
PERÍODO REFRATÁRIO
· Se um segundo estímulo limiar chega aos dendritos ou ao corpo celular enquanto os canais de sódio estão abertos ou enquanto os íons potássio se deslocam rapidamente através de seus canais abertos, o estímulo será incapaz de causar uma segunda despolarização.
· As células nas fases de despolarização e repolarização inicial já se encontram no processo de executar o ciclo de despolarização-repolarização e elas não podem despolarizar novamente até que o ciclo esteja completo.
· OBS: qualquer estímulo chegando nessa fase do ciclo de despolarizaçãorepolarização desaparecerá.
· Estado refratário - O neurônio está refratário, ou “insensível” a novos estímulos até que se recupere do impulso nervoso anterior.
· Período refratário absoluto - O período do influxo de sódio e de saída inicial de potássio é a parte do período refratário durante
a qual nenhum estímulo, de nenhuma intensidade, causará novamente a despolarização da célula. Porque a célula não pode responder de modo algum.
· OBS: se um estímulo muito grande chega durante os momentos finais do período de repolarização, será possível estimular outra despolarização.
COMO OS AXÔNIOS MIELINIZADOS CONDUZEM POTENCIAIS DE AÇÃO MAIS RAPIDAMENTE: CONDUÇÃO SALTATÓRIA
· A despolarização em axônios mielinizados somente pode ter lugar nos intervalos da mielina onde ocorrem os nodos de Ranvier.
· Como uma cobertura de borracha num fio elétrico que previne curtos elétricos, a mielina previne íons sódio de fluir através da membrana neuronal.
· A onda de despolarização no axônio mielinizado pula de um nodo de Ranvier ao próximo, acelerando marcadamente a taxa a que a onda de despolarização se desloca do corpo celular até a extremidade do neurônio. Esse meio rápido de conduzir o potencial de ação é chamado condução saltatória
OBS: Com a bainha danificada, as fibras nervosas ainda podem conduzir impulsos, mas a condução é muito mais lenta, o que resulta na perda da comunicação rápida necessária para as complexas funções integradas do sistema nervoso.
COMO OS NEURÔNIOS SE COMUNICAM: A SINAPSE
· Uma vez que a onda de despolarização, ou potencial de ação, tenha sido exitosamente conduzida à extremidade do axônio, o impulso nervoso pode ser transmitido ao próximo neurônio ou às células do órgão ou tecido-alvo.
· OBS: uma vez que dois neurônios adjacentes não encostam fisicamente um no outro, o processo não pode ser realizado pela continuação da onda de despolarização.
· O neurônio deve liberar uma substância química que estimula o próximo neurônio ou célula. Essa perpetuação do impulso nervoso de um neurônio ao próximo neurônio ou célula chama-se transmissão sináptica.
· A sinapse – 
· é a junção entre dois neurônios ou um neurônio e uma célula-alvo.
· num intervalo físico entre as duas células, chamado fenda sináptica.
· neurônio pré-sinaptico. - O neurônio que traz a onda de despolarização até a sinapse e libera a substância química para estimular a próxima célula
· neurotransmissor - A substância química liberada pelo neurônio pré-sináptico
· neurônio pós-sináptico - neurônio que possui os receptores que recebem o neurotransmissor.
· Telodendro. - Uma estrutura ramificada perto a extremidade do axônio no neurônio pré-sináptico.
· Botão terminal, bulbo terminal sináptico ou botão sináptico - ligeiramente alargado de cada ramo do telodendro termina num bulbo.
· Contém muitas mitocôndrias que fornecem energia para o processo que ocorre ali, e também
muitas vesículas (pequenos sacos) que contêm o neurotransmissor.
· Quando a onda de despolarização do axônio atinge o botão sináptico, canais de cálcio abrem-se na membrana celular do botão, o que resulta num influxo de cálcio para dentro do botão sináptico. 
· Esse influxo de cálcio induz a fusão das vesículas com neurotransmissor com a membrana celular do botão; 
· Esses neurotransmissores difundem-se rapidamente através da curta fenda sináptica em direção à membrana pós-sináptica.
· Na membrana pós-sináptica, há proteínas especializadas chamadas receptores. As moléculas de neurotransmissor liberadas pelo botão sináptico ligam-se a esses receptores e desencadeiam uma alteração na célula pós-sináptica.
· Obs: Se o neurotransmissor e o receptor não combinam, eles não se ligarão um ao outro, e uma mudança não será desencadeada na célula pós-sináptica
TIPOS DE NEUROTRANSMISSORES E SEUS EFEITOS NAS MEMBRANAS PÓS-SINÁPTICAS
· Classifica-se esses neurotransmissores em duas categorias:
· Neurotransmissores excitatórios:
· Têm um efeito excitatório na membrana pós-sináptica quando se combinam com receptores específicos.
· Causam um influxo de sódio de modo que a membrana pós-sináptica avança para o limiar.
· Neurotransmissores inibitórios.
· Tendem a hiperpolarizar a membrana pós-sináptica, fazendo o interior da célula mais negativo em vez de positivo e deslocando a carga dentro da célula pós-sináptica para longe do limiar.
· Quando os neurotransmissores inibitórios se combinam com seus receptores específicos do lado póssináptico, podem causar a abertura dos canais de cloreto ou de potássio na membrana póssináptica..
· Acetilcolina –
· Ele pode ser excitatório ou inibitório dependendo de sua localização no corpo.
· é um neurotransmissor excitatório que estimula a contração das fibras musculares.
· em pontos onde os nervos fazem sinapse com o coração tem efeito inibitório que reduz a frequência cardíaca.
· Catelcolaminas – Norepinefrina, dopamina e epinefrina
· Norepinefrina - está associada com reações de excitação ou de luta ou fuga do sistema nervoso simpático. 
· Epinefrina é liberada primariamente da medula adrenal (centro da glândula adrenal) e, portanto, desempenha um papel mais como um hormônio nas reaçõesde luta ou fuga do sistema nervoso simpático. 
· Dopamina é encontrada no encéfalo, onde está envolvida com funções autonômicas e controle muscular. 
O ENCÉFALO E A MEDULA ESPINHAL
· Grupos de neurônios dentro do SNC.
· Encéfalo como dividido em quatro secções diferentes: cérebro, cerebelo, diencéfalo e e tronco encefálico.
· O tronco encefálico e o diencéfalo são as partes mais primitivas do encéfalo, o cerebelo coordena o controle motor, e os centros das funções superiores são encontrados no cérebro.
CÉREBRO
· É composto pela matéria cinzenta do córtex cerebral (a camada mais externa do encéfalo) e fibras da substância branca sob o córtex, incluindo o corpo caloso (conjunto de fibras que conecta as duas metades do córtex cerebral).
· Os giros, separadas por ranhuras chamadas fissuras e ranhuras mais rasas chamadas sulcos. A ranhura mais proeminente é a fissura longitudinal, que divide o cérebro nos hemisférios cerebrais esquerdo e direito (Fig. 13-9). Cada hemisfério é dividido em lobos pelos sulcos.
CEREBELO
· localizado caudalmente ao cérebro, é o segundo maior componente do encéfalo.
· Permite que o corpo tenha movimento coordenado, equilíbrio, postura e reflexos complexos.
· o cerebelo compara o movimento que o corpo pretende fazer com a posição real de músculos e articulações, para determinar se as intenções do córtex cerebral são realmente executadas.
· Dano ou doença envolvendo o cerebelo resulta em hipermetria, uma condição na qual os movimentos voluntários tornam-se bruscos e exagerados.
· Uma condição como essa ocorre em suínos com doença cerebelar e faz os animais afetados exibirem um andar de ganso, no qual os movimentos das patas ao subir e ao descer são exagerados.
· Andar anormal semelhante é visto em animais jovens de outras espécies que nasceram com o cerebelo incompletamente desenvolvido, ou em animais com doença bacteriana que afete o cerebelo.
DIENCÉFALO
· Não é tão definido espacialmente como o cérebro ou o cerebelo.
· Serve como uma passagem nervosa entre o tronco encefálico primitivo e o cérebro.
· Desempenha papéis importantes na regulação de temperatura, fome, sede e componentes das respostas de raiva e ira
· Técnicos veterinários devem se familiarizar com as três principais:
1. O tálamo age como uma estação de transmissão para regular as entradas sensoriais no cérebro.
2. O hipotálamo é a interface entre o sistema nervoso e o sistema endócrino.
3. A pituitária é a “glândula endócrina superior” que regula a produção e liberação de hormônios em todo o corpo.
TRONCO ENCEFÁLICO
· É a conexão entre o resto do encéfalo e a medula espinhal.
· É a parte mais primitiva do encéfalo e é composta pela medula oblonga, a ponte e o mesencéfalo.
· O papel é manter as funções de suporte básicas do corpo, de modo que opera em nível subconsciente.
· Está muito envolvido no controle das funções autonômicas relativas ao coração, respiração (incluindo tosse, espirro e soluço), diâmetro dos vasos sanguíneos ( controle vasomotor), deglutição e vômito.
· Muitos dos nervos cranianos (veja o texto a seguir) originam-se dessa área do encéfalo.
· O tronco encefálico está bem protegido pelo crânio, portanto injúria é rara, a não ser que ocorra dano grave ao crânio.
Meninges:
· São um conjunto de camadas de tecido conjuntivo que rodeia o encéfalo e a medula espinhal.
· As três camadas das meninges – da externa à interna:
· Dura-máter - é a forte e fibrosa, 
· Aracnoide - a delicada, 
· Pia-máter - tipo teia de aranha, e a muito fina, que repousa diretamente sobre a superfície do encéfalo e da medula espinhal.
· Essas camadas de tecido conjuntivo contêm uma rede rica de vasos sanguíneos que fornecem nutrientes e oxigênio aos tecidos superficiais do encéfalo e da medula espinhal.
Fluido Cerebroespinhal:
· O encéfalo e a medula espinhal são banhados e protegidos das duras superfícies internas do crânio e do canal vertebral por um fluido chamado líquido cerebroespinhal ou cefalorraquidiano (LCR).
· LCR – 
· Circula entre as camadas das meninges e através de cavidades (canais e ventrículos) dentro do encéfalo (ventrículos) e da medula espinhal (canal central). 
· Circula através do SNC
· A composição química do LCR pode estar envolvida na regulação de algumas funções autonômicas como a respiração e o vômito.
· Por exemplo, se o pH do LCR torna-se mais ácido, o centro respiratório no tronco encefálico aumenta a frequência respiratória.
· Punção do LCR - são capazes de diagnosticar algumas doenças do sistema nervoso ou tumores retirando uma amostra do LCR
Barreira Hematoencefálica –
· É uma barreira funcional que separa os capilares do encéfalo do próprio tecido nervoso.
· A parede capilar hermeticamente construída e as membranas das células gliais adicionais resultam numa barreira celular que impede a passagem de muitas drogas, proteínas, íons e outras moléculas do sangue para o encéfalo.
· A barreira hematoencefálica protege o encéfalo de muitos venenos circulantes na corrente sanguínea. 
· Por exemplo, a ivermectina, uma droga que previne contra o verme do coração, é tóxica para insetos e parasitas, mas não afeta adversamente os cães e gatos que a recebem. A razão para essa toxicidade seletiva à ivermectina é que os mamíferos têm a barreira hematoencefálica que impede que a ivermectina atinja receptores nas células-alvo no encéfalo. No entanto, insetos e parasitas não possuem tal barreira, de modo que a ivermectina atinge receptores-alvo em todo o sistema nervoso.
Nervos Cranianos –
O SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
· Controla muitas funções do corpo em nível subconsciente.
· Divisões do sistema nervoso autônomo: 
· o sistema nervoso simpático – Emergem das regiões vertebrais torácica e lombar no dorso. (sistema toracolombar)
· o sistema nervoso parassimpático - Emerge do encéfalo e das regiões vertebrais sacrais. (sistema craniossacral)
· OBS: Esses dois sistemas, geralmente, têm efeitos opostos em órgãos e tecidos.
Estrutura - 
· A primeira diferença anatômica entre esses dois sistemas é o local a partir do qual os nervos periféricos de cada um emergem do SNC.
Os nervos motores eferentes dos dois sistemas nervosos, o simpático e o parassimpático, são constituídos por uma sequência de dois neurônios.
· Pré-ganglionar - O primeiro neurônio tem seu corpo celular no encéfalo ou na medula espinhal e prolonga seu axônio do SNC até um grupamento de corpos celulares de neurônios fora do SNC, chamado gânglio autonômico, faz sinapse com um ou mais segundos neurônios.
· Pós-ganglionar - se conectam com o órgão-alvo (p. ex., glândula endócrina, músculo liso) e conduz o impulso
desde os gânglios até o órgão-alvo.
Os sistemas simpático e parassimpático também se diferenciam anatomicamente no comprimento dos neurônios pré- e pós ganglionares
· O neurônio pré-ganglionar simpático – 
· Origina-se nos segmentos torácico e lombar da medula espinhal. 
· Fora da área toracolombar da coluna vertebral, há uma série de gânglios autonômicos que formam uma cadeia chamada cadeia ganglionar simpática.
· Prolonga-se para fora da medula espinhal e faz sinapse com um neurônio dentro da cadeia ganglionar ou passa através da cadeia ganglionar e faz sinapse com um neurônio localizado além da cadeia simpática.
· O neurônio pós-sináptico simpático – 
· Percorre a distância que falta até o órgão-alvo.
· É mais longo que o correspondente neurônio pré-ganglionar.
OBS: À diferença do curto neurônio pré-ganglionar simpático, o neurônio pré-ganglionar parassimpático é bastante longo e origina-se dos núcleos (grupamentos de neurônios no encéfalo) de vários nervos cranianos e da região sacral da medula espinhal.
OBS: Em contraste com o neurônio pré-ganglionar simpático, que termina perto da medula espinhal, o neurônio pré-ganglionar parassimpático estende-se do SNC diretamente ao órgão-alvo, onde faz sinapse com um neurônio pós-ganglionar curto no órgão-alv
OBS: O neurônio pré-ganglionar parassimpático é relativamente longo quando comparado com o curto neurônio pós-ganglionar.
Funções gerais - 
· O sistema nervososimpático é frequentemente chamado de sistema de luta ou fuga, significando que este é o sistema que ajuda o organismo a enfrentar situações de emergência nas quais o animal tem de se defender (lutar) ou escapar (fugir).
· o sistema nervoso parassimpático pode ser chamado de sistema de repouso e restauração devido à sua habilidade em diminuir os potentes efeitos excitatórios do sistema de luta ou fuga (trazer o corpo de novo ao estado de repouso) e sua habilidade para facilitar todos os processos que substituirão todos os estoques corporais usados durante a emergência (restauração).
Neurotransmissores e receptores – 
· O sistema nervoso simpático usa - norepinefrina como seu neurotransmissor chave.
· Catecolaminas: norepinefrina, epinefrina e dopamina.
· Neurônios adrenérgicos - neurônios que liberam norepinefrina.
· Neurônios pós-ganglionares adrenérgicos, a resposta simpática do organismo também procede da liberação de epinefrina e norepinefrina pela medula (porção interna) da glândula adrenal.
· A medula adrenal age como um grupamento de neurônios adrenérgicos, liberando epinefrina e norepinefrina na corrente sanguínea, onde elas rapidamente são distribuídas para muitos receptores em todo o corpo
· OBS: Neurotransmissores somente podem funcionar em células que contêm receptores específicos capazes de se ligarem com moléculas especiais de neurotransmissores.
· Os neurônios associados com o sistema nervoso parassimpático - secretam acetilcolina como seu neurotransmissor.
· neurônios colinérgicos – 
· OBS: norepinefrina seja o neurotransmissor associado com os efeitos do sistema nervoso simpático, o neurônio pré-ganglionar (o neurônio que emerge do SNC e faz sinapse com o neurônio pósganglionar), nos sistemas nervosos simpático e parassimpático, é um neurônio colinérgico que libera acetilcolina.
· Os dois tipos de receptores da acetilcolina são chamados muscarínicos e nicotínicos.
· Os receptores nicotínicos são encontrados, principalmente, nos neurônios pós-ganglionares dos dois componentes, simpático e parassimpático, do sistema nervoso autônomo, bem como entre os neurônios motores e os músculos do sistema motor somático (voluntário)
· Os receptores muscarínicos localizam-se nos órgãos e tecidos-alvo abastecidos pelo neurônio pós-ganglionar do sistema
nervoso parassimpático.
Reflexos e o arco reflexo - 
· Reflexos são respostas automáticas rápidas a estímulos concebidos para proteger o organismo e manter a homeostasia.
· Somáticos - envolve a contração dos músculos esqueléticos.
· Autonômicos - regulam o músculo liso, o músculo cardíaco e as glândulas endócrinas.
· Arco reflexo.- origina-se num receptor sensorial que detecta uma alteração, seja no ambiente externo ou dentro do próprio corpo.
· Uma vez estimulado até o limiar, o receptor sensorial envia um potencial de ação (impulso nervoso) ao longo do neurônio sensorial para a substância cinzenta da medula espinhal ou tronco encefálico.
· Na substância cinzenta do SNC, o neurônio sensorial faz sinapse com outros interneurônios, os quais servem para integrar o impulso sensorial que entra com outros impulsos de outros neurônios sensoriais.
· Finalmente, a resposta integrada do reflexo é enviada da medula espinhal ou tronco encefálico pelo neurônio motor, o qual termina no órgão-alvo (músculo ou glândula endócrina).
· Se o neurônio motor é um neurônio somático, o arco reflexo termina na contração ou inibição do músculo esquelético. 
· Se for um neurônio autonômico, o arco reflexo termina no músculo liso de um órgão ou vaso sanguíneo, no músculo cardíaco ou numa glândula endócrina.
Reflexo de estiramento – 
· É considerado um arco reflexo simples, monossináptico ou de dois neurônios.
· Envolve somente um neurônio sensorial e um neurônio motor (com somente uma sinapse entre eles), sem interneurônios.
· O receptor sensorial é uma estrutura especializada interna ao músculo chamada fuso muscular.
· Envia impulsos por meio do neurônio sensorial somático para a medula espinhal.
· Na medula espinhal, o neurônio sensorial faz sinapse com o neurônio motor que inerva o mesmo músculo.
· A estimulação do neurônio motor causa a contração desse músculo em resposta ao estiramento do músculo.
 
Reflexo de retirada – 
· Chamado de reflexo flexor.
· Ocorre quando você retira rapidamente um membro ou flexiona as articulações após tocar acidentalmente um fogão quente.
· Estímulo forte a um receptor causa o envio de impulsos do neurônio sensorial somático para a medula espinhal.
· Mesmo que o arco reflexo envolva vários interneurônios, vários neurônios motores e vários segmentos diferentes da medula espinhal, o reflexo ocorre sem que o encéfalo tome conhecimento do incidente
Reflexo extensor cruzado – 
· A razão de você não cair é que, quando o reflexo de retirada é estimulado, o neurônio sensorial somático aferente também faz sinapse com outro grupo de interneurônios que induz a contração dos músculos extensores na perna oposta e suporta todo o peso do seu corpo quando a outra perna flexiona.
· Esse reflexo é chamado reflexo extensor cruzado, porque o impulso sensorial aferente atravessa para o outro lado da medula espinhal e estimula os músculos extensores da perna oposta.
· Reflexos contralaterais - Reflexos que iniciam de um lado e deslocam-se para o lado oposto do corpo.
· Reflexos ipsilaterais - Reflexos como o de estiramento, porque o estímulo e a resposta estão do mesmo lado do corpo.
COLVILLE, T. P. Anatomia e fisiologia clínica para Medicina Veterinária. 2 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.Capitulo 13 - O Sistema Nervoso.

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