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Morfofuncional | UC XVII | SP2 Choque Choque não é sinal de hipotensão!!! Paciente em choque tem hipotensão com sinais de hipoperfusão tecidual: - extremidades frias, úmidas, pegajosa - TEC lentificado (dura mais que 2s para enchimento após apertar a polpa digital) - confusão mental - devido a menor perfusão cerebral - taquicardia - palidez (diminui sangue para vários lugares, e com isso temos influxo simpático) - taquipneico - acidose metabólica; além da taquipneia ser explicada pelo metabolismo anaeróbico, devido ao tecido trabalhar o tempo todo em anaerobiose, que libera ácido lático e esse paciente faz acidose metabólica; outra explicação: centro respiratório no bulbo fica hipossensível ao aumento da concentração de CO2 - queda do DU- estou perfundindo menos o meu rim HIPOTENSÃO + HIPOPERFUSÃO TECIDUAL → CHOQUE Considerando o sistema circulatório pressão: DC x RVS - se tenho queda de DC, espero que minha pressão também diminua; - se minha pressão está baixa, meu organismo vai e aumenta a RVS DC: volume sistólico x FC - se diminui volume, tento aumentar FC para manter o DC para tentar manter minha pressão - estou tendo hipotensão pq diminui volume → para manter meu DC → aumento FC CHOQUE É HIPOPERFUSÃO TECIDUAL Como MENSURAR ISSO? Já sei o tipo de choque, agora eu tenho que saber se os tecidos estão mesmo mal perfundidos → elementos exame físico: TEC, DU, extremidade fria, pele pegajosa → elementos laboratoriais - hiperlactatemia - metabolismo anaeróbico - inicialmente está alto, a partir do momento que ele melhora, entendo que o meu sistema não está fazendo tanta hipóxia - swan ganz - saturação venosa mista - 65% - SVC- saturação venosa central - 70% - menos que isso ou maior,preciso tomar medidas mediante essa saturação; colhe como se fosse uma gasometria do seu cateter venoso central, - se saturação baixa→ tecido mal perfundido → Monitorização hemodinâmica não invasiva dados vitais: - FC - PA - Tax- temperatura axilar - O2 pulso - monitorização DU - passar sonda sempre, para ver o débito, para saber se o volume que estou dando está certo → Monitorização hemodinâmica invasiva - cateter de Swan Ganz → na prática, não se passa Swan Ganz em todo mudo, não é a realidade; Gabriela de Oliveira | T3 | 6º período 1 Morfofuncional | UC XVII | SP2 Avaliamos a pressão: - átrio direito é um câmera de volume → AVALIA PVC; avalia a quantidade de volume que está chegando no átrio, e a partir disso, eu posso presumir se cabe mais volume, se posso dar x ml para aquele paciente, ou se posso dar mais; PVC baixa- posso dar mais volume PVC avalia volemia - ventrículo direito - artéria pulmonar - capilar pulmonar- acaba sendo um reflexo da pressão do átrio esquerdo; se tenho um pulmão congesto, posso ter uma pressão aumentada no átrio esquerdo, pela própria doença PCAP/POAP - avalia se o átrio esquerdo está congesto ou não; se o átrio esquerdo está congesto, eu tenho refluxo para o pulmão Principais parâmetros - átrio direito: volemia - átrio esquerdo - ventrículo e vasos: avalia DC - RVS Tipos de choque 4 parâmetros para definir choque Olhar primeiro DC para definir se é hipodinâmico ou hiperdinâmico Hipodinâmico - hipovolêmico - cardiogênico - obstrutivo Hiperdinâmico - séptico - anafilático - neurogênico DC baixo → choque hipodinâmico ● Hipovolêmico - DC: baixo ⬇ - PVC: baixo ⬇ - tenho pouco volume no corpo, logo minha câmera de volume (átrio direito) tem pouco sangue - RVS/RVP: aumentada ⬆ - já que o DC está baixo - POAP: baixa ⬇ - Pode ser hemorrágico ou não hemorrágico Gabriela de Oliveira | T3 | 6º período 2 Morfofuncional | UC XVII | SP2 - além de NOR, libera cortisol e hormônios contra-insulínicos Conduta: volume; se o paciente não tiver melhora, faço droga vasoativa, ex: NOR; prefere-se catéter central para NOR, se não tiver ninguém apto para passar o central, faço periférico e encaminho Olha primeiro para PS, é mais fácil para diferenciar inicialmente; Lembra: grau IV - perda volêmica maior que 40%; FC > 140 ● Cardiogênico Tive infarto do ventrículo, ele não consegue mandar sangue para frente → DC baixo Se eu tenho dificuldade de mandar o sangue para frente, ele reflui para o átrio e posteriormente para o pulmão → POAP alto DC baixo → RVS alta Meu problema não é volume, e sim as fibras do coração que não são eficientes mais - DC: baixo ⬇ - PVC: aumentado ⬆ - RVS: aumentado ⬆ - POAP: aumentado ⬆ - O mais comum é choque de VE do que de VD (10%) - Falência gravíssima de VE: IAM extenso, miocardite aguda, pós op cirurgia cardíaca (devido a circulação extracorpórea usada durante a cirurgia, quando ele sai da extracorpórea é esperado um choque cardiogênico, você inclusive já fica pronto para tratar), endocardite infecciosa com rotulha de cordoalhas - insuficiência aórtica e mitral aguda - Um das condutas para tratar infarto de ventrículo direito → volume Por que o choque cardiogênico é grave? - baixa contratilidade - baixo DC e baixa PA - hipoperfusão coronária - agravo a isquemia pré-existente ● Choque Obstrutivo Causas: TEP, PNMT hipertensivo (ar entre a pleura parietal e visceral - comprime vasos da base, é como se fizesse uma torção desses vasos) e tamponamento cardíaco (em volta do coração temos pericárdio; tamponamento é quando tenho sangue entre o pericárdio e coração; acumula sangue - comprime → não relaxo mais o coração bem → não entra mais tanto sangue → não mando sangue TEP: trombo que está impactado na artéria pulmonar → sangue não consegue ir para o pulmão Gabriela de Oliveira | T3 | 6º período 3 Morfofuncional | UC XVII | SP2 - DC: baixo ⬇ - PVC: aumentado ⬆ - RVS: aumentado ⬆ - POAP: baixo ⬇ ou aumentado ⬆ - muitas vezes está baixa → não mando sangue para frente, mas depende do tipo de obstrução, etc Para conseguir tirar a dúvida de cardiogênico e obstrutivo → ECG, ECO, TC Se obstrução na TC: obstrutivo; ECO com discinesia do coração: penso mais em infarto ● Choque hiperdinâmico (séptico, anafilático, neurogênico) - DC: baixo inicialmente e depois → aumentado - PVC: INICIALMENTE BAIXA → depois começa ficar normal ou alta após medidas iniciais - POAP: baixo ⬇ - RVS: aumentada inicialmente, depois do volume → baixa⬇ - paciente em choque séptico, tenho liberação de mediadores inflamatórios grande; choque anafilático também libero mediadores inflamatórios→ causa vasodilatação → RVS diminui - paciente em fase inicial de choque séptico, anafilático - DC dele é baixo, mas ele tem vasodilatação periférica - é a fisiopato do choque; o que leva a essa vasodilatação é a liberação de mediador inflamatório → faz vasodilatar - paciente chegou, estou vendo ele como um vaso mais dilatado → faço volume para encher esse vaso - é como se o volume que eu tinha antes estivesse mal distribuído - depois de restabelecer volume, esse paciente tem o DC aumentado e ele se torna um hiperdinâmico → Choque anafilático - degranulação de mastócitos e basófilos - IgE mediada libera histamina, triptase, prostaglandina, leucotrienos,interleucinas, ativador plaquetário - clínica - angioedema ( face, periorbitário, boca e língua) - Broncoespasmo ( leucotrienos) - urticária - vasodilatação → Choque séptico - Quando estou em estado inflamatório, meu corpo fica em um estado pró trombótico → piora a disfunção do organismo - Choque séptico → preciso de uma vasopressor para manter a PAM >ou = 65 e lactato > 18mg/dl após reposição volêmica. (na sepse eu ainda não preciso de um vasopressor necessariamente) Gabriela de Oliveira | T3 | 6º período 4 Morfofuncional | UC XVII | SP2 Sepse: disfunção orgânica, causada por uma resposta imune desregulada a uma infecção para identificar uma disfunção orgânica usamos SOFA > ou = 2 Qsofa - uso na sala de emergência 2 Qsofa alterado → disfunção orgânica Condução Caso 1 Qual o provável tipo de choque? Choque hipovolêmico - hemorrágico Parâmetros hemodinâmicos DC: baixo ⬇ PVC: baixo ⬇ RVS/RVP: aumentada ⬆ POAP: diminuída ⬇ Gabriela de Oliveira | T3 | 6º período 5 Morfofuncional | UC XVII | SP2 Glasgow 8; < ou = a 8 → intuba Periférico:curto e grosso- mais rápido para fazer expansão volêmica Central: fino e longo - demora mais Então na ressuscitação volêmica, pega 2 acessos venosos periféricos calibrosos Relembrando Glasgow Caso 2 Qual o provável tipo de choque? Choque cardiogênico Parâmetros hemodinâmicos DC: baixo ⬇ PVC: aumentado ⬆ RVS: aumentado ⬆ POAP: aumentado ⬆ OBS: Paciente do caso possui fatores de risco cardiovascular; Infarto de ventrículo direito, não pode dar vasodilatador sistêmico, se não eu choco mais ainda o paciente; Gabriela de Oliveira | T3 | 6º período 6 Morfofuncional | UC XVII | SP2 Caso 3 Qual o provável tipo de choque? Choque séptico Parâmetros hemodinâmicos DC: aumentado ⬆ PVC: baixo ⬇ RVS: baixo ⬇ POAP: baixo ⬇ OBS: litíase renal → pielonefrite → sepse choque séptico preciso entrar com vasoativo; Caso 4 Qual o provável tipo de choque? Choque obstrutivo - provavelmente por TEP Parâmetros hemodinâmicos DC: baixo ⬇ PVC: aumentado ⬆ RVS: aumentado ⬆ POAP: baixo ⬇ ou aumentado ⬆ Gabriela de Oliveira | T3 | 6º período 7
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