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Jornalismo Diversional: Entretenimento na Leitura

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149
TÉCNICAS E GÊNEROS JORNALÍSTICOS
Unidade III
7 GÊNERO DIVERSIONAL E GÊNERO UTILITÁRIO
7.1 Jornalismo diversional: as matérias de interesse humano
O jornalismo diversional ainda provoca discussões sobre sua existência e sua definição. De forma 
geral, trata-se do conjunto de textos jornalísticos considerados “agradáveis”, que não se limitam apenas 
a informar; tampouco procuram impor juízos de valor sobre a realidade. Sua função essencial é o 
entretenimento da leitura com prazer.
Segundo Marques de Melo (2010, p. 2), no final do século XX, “aparece um segmento de natureza 
emotiva e hedonística, nutrido pela civilização do ócio, configurando o gênero diversional, cuja 
identidade vacila entre o mundo real e a narrativa imaginária”.
 Observação
Hedonismo é o modo de vida que tem como máxima a busca pelo prazer.
 Lembrete
Lembramos que seguimos aqui a classificação mais recente de José 
Marques de Melo, que estipula a classificação dos gêneros jornalísticos, 
entendidos como categorias, em cinco: informativo, opinativo, interpretativo, 
diversional e utilitário. No entanto, o próprio autor, em estudos anteriores, 
considerava apenas dois gêneros: informativo e opinativo.
Para definir a categoria diversional, em primeiro lugar, devemos esclarecer que não se trata do 
jornalismo informativo ou de serviço, voltado à oferta de opções de lazer. Trata-se, sim, do jornalismo 
em que a leitura do texto é prazerosa, e, por isso, promove diversão. 
Também devemos explicar que diversão não se associa a algo engraçado nem a algo alienador. Ler um 
romance de Dostoiévski, por exemplo, não é engraçado nem leve, mas é uma forma de entretenimento, 
é uma atividade que se faz por prazer e que oferece gratificação estética. É, também, uma prática que 
amplia o repertório cultural do indivíduo, que contribui para sua formação como ser humano.
Nas palavras de Francisco de Assis (2016, p. 150):
150
Unidade III
Uma pessoa pode muito bem ter diversão em contato com histórias 
dramáticas, de sofrimento ou de superação. O teor não precisa ser espirituoso 
para tanto. Os filmes (ficcionais ou não) exploram essas particularidades. As 
telenovelas também. Os livros, igualmente. Sempre com a mesma finalidade, 
ou seja, a de divertir. Com o jornalismo seria diferente? É certo, em nosso 
modo de ver, que não. Inserida no ambiente midiático, essa atividade 
busca, como se observou, encontrar meios para disputar espaço, ainda que 
indiretamente, com outras ofertas feitas pelos media.
Assim, em síntese, o gênero diversional oferece textos jornalísticos que promovem leituras prazerosas.
Observe que nos referimos a textos jornalísticos, ou seja, não se trata de ficção ou de outras 
publicações que possam estar em um jornal, como uma seção de piadas, por exemplo. Por serem 
jornalísticos, os textos mantêm o compromisso com a realidade, com a checagem e com a precisão.
Com base nisso, Francisco de Assis (2016) propõe que a relação entre jornalismo e diversão se constrói 
pela forma. O autor aponta que, muitas vezes, a classificação em um texto no gênero diversional se dá pelo 
conteúdo, e isso, na sua visão, é equivocado. Para ele, é a forma de expressão que define esse gênero.
 Observação
A forma envolve a estrutura, a organização e a ordenação.
Para Assis e Marques de Melo, os textos do jornalismo diversional apresentam formatos que mimetizam 
os gêneros ficcionais, mas permanecem ancorados na realidade. Em outras palavras, permanecem os 
princípios essenciais do jornalismo em uma estrutura narrativa que se apoia nos recursos literários.
 Observação
José Marques de Melo chama a atenção para o fato de que textos 
como quadrinhos e palavras cruzadas, por exemplo, não podem ser 
considerados pertencentes ao gênero diversional do jornalismo, pois não 
são textos jornalísticos.
Leia o texto a seguir, da repórter Eliane Brum, escrito em 1999.
O colecionador das almas sobradas
A Bagé, em Porto Alegre, seria uma rua igual a todas as outras do bairro Petrópolis. Seria, 
não fosse o número 81. Ele é o pedaço de caos na ordem cósmica da Bagé. O triângulo 
no meio da fileira de quadrados. O protesto bruto à sociedade de consumo, descartável e 
implacável. O número 81 da rua Bagé é a toca de um homem pequeno, não mais de metro 
151
TÉCNICAS E GÊNEROS JORNALÍSTICOS
e meio de altura, mirrado como um suspiro. É a toca de Oscar Kulemkamp. Lá dentro, há 
fragmentos de uma Porto Alegre inteira. 
Ninguém sabe dizer quando foi que Oscar Kulemkamp iniciou sua resistência. O fato é 
que dia após dia ele peregrina pelas ruas de Porto Alegre. Começou resgatando banquinhos 
amputados e lhes devolvendo as pernas. Acabou tomando para si a missão de juntar os 
pedaços da cidade. Vai de lixeira em lixeira, até onde alcança, recolhendo nacos de pau e 
de canos, ventiladores estragados, vasos quebrados, brinquedos abandonados. Tarefa árdua, 
porque ele é um só combatente contra um exército de 1,3 milhão de pessoas que todos os 
dias botam fora as sobras de suas vidas. 
Oscar Kulemkamp apropriou-se dessas vidas jogadas fora. E salvou-as do aterro 
sanitário do esquecimento. Foi assim que o chalé de madeira onde criou os sete filhos 
se transformou numa toca. Retalhos de existência foram tomando conta das peças da 
casa. Quando o interior ficou abarrotado, começou a ocupar o quintal, o corredor, os fundos. 
Quando todos os espaços foram preenchidos, passou a pendurar nos galhos dos cinamomos, 
dos abacateiros. Depois das árvores foi a vez da calçada. O casulo de Oscar Kulemkamp não 
parou mais de crescer. Agora as janelas já estão cobertas de obsolescências e ele só penetra 
na casa esgueirando-se por um túnel de restos. 
Não fosse reinventar o mundo, Oscar Kulemkamp seria dono apenas de uma vida que 
partiu. Como a mulher, quatro anos atrás. E uma filha, de câncer. Garçom a maior parte de 
seus 85 anos, as mesas que serviu já não existem. São nomes do passado, quase pó, como o 
Restaurante Sherazade. Histórias não mais contadas, ruas que já se foram, personagens que 
só povoam os cemitérios. 
Ele emerge de seu túnel sem tempo como uma toupeira miúda. Veste roupas pobres, 
puídas e encardidas pela poeira dos dias. Está mais surdo do que porta de igreja, como 
ele diz. E não fosse recolher restos de existências alheias, teria somente os dois filhos que 
compartilham de sua caverna – um que vive nas trevas e jamais sai de casa, outro que às 
vezes o ameaça de morte. Os quatro filhos que casaram e não compreendem a sua obsessão. 
E os dois gatos que travam infindáveis batalhas com o esquadrão de ratos que persegue o 
rastro do antigo habitante da Bagé. 
Oscar Kulemkamp teceu sua colcha de retalhos com a vida dos outros. Com o refugo da 
vida dos outros. Cartões que jamais foram enviados a ele. “Rezei tanto para ficar com você 
nesse Natal.” Manuais de objetos que nunca lhe pertenceram. “Atenção: este televisor reúne 
várias inovações. Para entendê-lo e aproveitar todos os seus recursos é indispensável que 
o primeiro passo seja ler o manual de instruções.” Encomendas que nunca fez. “Trabalhos 
pagos com cheques só serão entregues após a compensação dos mesmos.” Identidades 
alheias, carteiras de profissões que nunca serão suas. Páginas de revistas, panfletos, 
santinhos. Quadro de uma família real, gravura de neve. Até mesmo um pedaço de papel 
escrito “Sou feliz!”. Bolas de Natal de uma árvore que não brilhou no seu dezembro. 
152
Unidade III
No esconderijo de Oscar Kulemkamp, os balões murchos do aniversário de uma criança 
que não conheceu decoram todos os dias de sua vida. Um enfeite feito de palitos de picolé 
por um filho – e mais tarde abandonado pela mãe que o recebeu – foi acomodado no 
armário da sala. As bonecas tortas, quebradas, esbodegadas foram enfileiradas. E as meninas 
rejeitadas que sorriem das fotografias, penduradas como netas queridas. 
Os vizinhos se assustam com aquele casulo que cresce sem parar, aquelas sombras 
metade árvores metade lixo que avançam sobre a rua. Uma moradora pediu providênciasao Departamento Municipal de Limpeza Urbana, que carregou parte do tesouro de Oscar 
Kulemkamp. Tão desesperado ele ficou que mais ninguém teve coragem de ensaiar o protesto. 
Um vizinho compreensivo já deixou de prontidão a mangueira, para que no dia em que tudo 
aquilo virar chamas consiga pelo menos salvar o homem engastado em sua caverna. Então 
ele poderá iniciar novamente a sua jornada sem fim para salvar os pedaços da cidade. 
Quando surge lá de dentro, desconfiado e sorridente, Oscar Kulemkamp já vai explicando 
que um dia, um dia em breve, vai levar tudo aquilo para construir uma casa na praia. Uma 
Pasárgada onde bonecas cansadas, fotografias de crianças que já se deixou de amar e cartões 
de aniversário que se foram não virem lixo. Um mundo onde nem coisas nem pessoas sejam 
descartáveis. Onde nada nem ninguém fique obsoleto depois de velho, quebrado ou torto. 
Um mundo onde todos tenham igual valor. E a nenhum seja dada uma lixeira por destino. 
O número 81 da rua Bagé é o castelo de um homem que inventou um mundo sem sobras. 
Dando valor ao que não tinha, Oscar Kulemkamp deu valor a si mesmo. Colecionando vidas 
jogadas fora, Oscar Kulemkamp salvou a sua. Talvez seja esse o mistério do número 81. 
E talvez por isso seja tão assustador.
Fonte: Brum (2012, p. 26-27).
Repare que o modo como a jornalista nos apresenta o personagem, com um olhar compreensivo, 
empático e poético, faz com que compreendamos seu estranho hábito de recolher e acumular os restos 
de outras pessoas. A autora não emite um julgamento sobre o costume peculiar de Oscar, tampouco 
explora de forma sensacionalista o fato. 
Note, ainda, que a existência de tal homem em uma capital não seria pauta de notícia, a menos que, 
por exemplo, houvesse um incêndio na sua casa. Esse olhar sensível, que vê o que (quase) ninguém vê, 
é o que faz a diferença no jornalismo “de interesse humano”. 
 Observação
A elaboração de uma reportagem literária pressupõe maior competência 
linguística e redacional do jornalista. A notícia é o formato mais simples, 
que exige menos habilidade do redator. O livro-reportagem e as reportagens 
literárias, por sua vez, demandam grande capacidade de construir narrativas.
153
TÉCNICAS E GÊNEROS JORNALÍSTICOS
Assim, o gênero diversional define-se, principalmente, pela forma esteticamente trabalhada. 
O conteúdo, isto é, o assunto abordado, pode ser trágico, ou seja, não ser “divertido” na acepção do 
senso comum. Segundo Assis (2016, p. 145), a “finalidade de diversão, por isso mesmo, se cumpre e se 
estabelece no relato com requintes literários”.
 Lembrete
Formato refere-se às várias disposições textuais que repórteres e 
colaboradores elaboram.
Dessa forma, para falarmos do gênero diversional, devemos abordar o jornalismo literário, que serve 
de suporte às matérias de interesse humano.
7.1.1 Jornalismo literário 
Apesar das intersecções e dos liames que unem jornalismo e literatura, trata-se de duas áreas 
distintas. Entre as diferenças ontológicas que as distinguem, devemos considerar a referencialidade e 
o testemunho do “real” que acompanham o jornalismo. No entanto, o critério de ser ou não ficção, ao 
contrário do que dita o senso comum, não é critério suficiente para separar as duas atividades, como 
comprova o caso de Os sertões. Há várias obras literárias realizadas com base no real, assim como há 
várias publicações ficcionais que não são literatura.
O jornalismo literário caracteriza-se pela união entre as técnicas de apuração jornalística e as 
técnicas narrativas da literatura. A proposta concentra-se em fazer a mediação social com narrativas 
menos engessadas e menos padronizadas.
Observam-se recursos que fazem com que o leitor se envolva com a história e, em muitos casos, 
crie empatia pelos personagens. Diferentemente da linguagem jornalística padrão, a literária explora 
estilisticamente as potencialidades expressivas.
Por isso, considera-se que no texto literário há predomínio da função poética da linguagem, ao 
passo que no jornalístico “comum” domina a função referencial.
 Lembrete
O texto de Eliane Brum apresentado nesta unidade é um exemplo de 
texto que trabalha os aspectos narrativos e descritivos de forma a criar 
empatia no leitor.
No jornalismo literário, certas regras do jornalismo padrão são rompidas. A primeira diz respeito 
ao efeito de objetividade, com o apagamento das marcas do sujeito. A segunda refere-se à criação de 
cenas e de diálogos. O jornalista pode reconstruir momentos e cenários como se os tivesse vivenciado. 
154
Unidade III
Descreve, como em um texto literário, roupas, gestos e hábitos das personagens. Há, em alguns casos, 
o uso do narrador onisciente, com a presença do discurso indireto livre, ou do narrador-personagem.
 Observação
O discurso indireto livre consiste no apagamento das distinções entre a 
voz do narrador e o pensamento do personagem.
Veja um exemplo do livro Vidas secas, de Graciliano Ramos, mostrado 
a seguir.
“Fabiano pregou nele os olhos ensanguentados, meteu o facão na bainha. 
Podia matá-lo com as unhas. Lembrou-se da surra que levara e da noite 
passada na cadeia. Sim senhor. Aquilo ganhava dinheiro para maltratar as 
criaturas inofensivas. Estava certo? O rosto de Fabiano contraía-se, medonho, 
mais feio que um focinho. Hem? Estava certo? Bulir com as pessoas 
que não fazem mal a ninguém. Por quê? Sufocava-se, as rugas na testa 
aprofundavam-se, os pequenos olhos abriam-se, escondia-se por trás da 
árvore. E Fabiano cravava as unhas nas palmas calosas” (RAMOS, 1994, p. 101).
Os trechos que sublinhamos referem-se ao pensamento de Fabiano, que 
se confunde com a voz do narrador. 
Para esse tipo de narrativa, contudo, é necessária apuração rigorosa e intensa, com convívio entre o 
repórter e as fontes. Assim, os textos demoram mais para serem produzidos, tanto pela necessidade de 
levantamento de informações mais detalhadas quanto pelo aprimoramento da linguagem.
De acordo com Felipe Pena (2006), o jornalismo literário deve
ultrapassar os limites do acontecimento cotidiano. Em outras palavras, quer 
dizer que o jornalista rompe com duas características básicas do jornalismo 
contemporâneo: a periodicidade e a atualidade. Ele não está mais enjaulado 
pelo deadline, a famosa hora de fechamento do jornal ou da revista, quando, 
inevitavelmente, deve entregar a sua reportagem. E nem se preocupa com 
a novidade, ou seja, com o desejo do leitor em consumir os fatos que 
aconteceram no espaço de tempo mais imediato possível. Seu dever é 
ultrapassar esses limites e proporcionar uma visão ampla da realidade.
 Observação
O jornalismo literário não dispensa o compromisso com a verdade. Não 
se trata, de forma alguma, de ficção.
155
TÉCNICAS E GÊNEROS JORNALÍSTICOS
Segundo Felipe Pena (2006), o jornalismo literário é identificado por alguns itens, que formam a 
“estrela de sete pontas”. O primeiro item refere-se à manutenção dos bons e tradicionais princípios 
jornalísticos, que incluem a abordagem ética e comprometida com a veracidade das informações. 
O segundo item, ou a segunda ponta, recomenda ultrapassar os limites do acontecimento cotidiano, 
rompendo com a periodicidade e a atualidade clássicas da prática jornalística. A terceira ponta contempla 
a visão “ampla da realidade”. A quarta ponta focaliza o compromisso social do jornalista ao permitir a 
melhor informação como condição da cidadania. A quinta ponta refere-se ao rompimento das correntes 
do lead. A sexta afirma que é importante “evitar os definidores primários”. E a última ponta coloca o 
jornalismo literário como mais durável que o padrão.
 Observação
De acordo com Paul Valéry (apud FIORIN; PLATÃO, 2011, p. 485), escritor e 
crítico literário, a diferença principal entre um texto literário e outros é que, 
ao se resumir um texto literário, perde-se a sua essência. Ou seja, a forma 
é fundamental e indissociável do conteúdo. De fato, ao lermos o resumo 
de Dom Casmurro, por exemplo, não conseguimos captar a genialidade de 
Machadode Assis. A forma como o escritor trabalhou o tema do ciúme é o 
que dá valor à obra.
A inspiração na literatura não ocorre apenas nos recursos narrativos. Percebe-se, também, a intenção 
de alargar o horizonte do leitor, apurando sua sensibilidade. Dessa forma, a função da literatura também 
é parcialmente transportada para o jornalismo. Nas palavras de Antonio Candido (1995), “a literatura 
desenvolve em nós a quota de humanidade na medida em que nos torna mais compreensivos e abertos 
para a natureza, a sociedade, o semelhante”. 
 Saiba mais
Para saber mais, leia o livro:
PENA, F. Jornalismo literário. São Paulo: Contexto, 2006.
 Observação
A revista Realidade marcou a história do jornalismo brasileiro pela 
qualidade de suas reportagens.
Leia o início de uma reportagem sobre a vida na cidade de Conceição do Mato Dentro, publicada na 
revista Realidade em maio de 1966.
156
Unidade III
Nossa cidade
Texto de José Carlos Marão
Foi mesmo um grande acontecimento, o daquele sábado, em Conceição do Mato 
Dentro. Comemoraram o juiz, o gerente do banco, o deputado local e ilustres visitantes, 
todos impecáveis em azul-marinho, sobriamente sentados nos sofás modernos e cadeiras 
coloniais do andar de cima da casa do prefeito. Bebiam guaraná com uísque que o velho 
Levi Ferreira de vez em quando trazia. Comemoraram outros cidadãos, no andar de baixo 
da mesma casa, bebendo sem fazer pose e cantando euforicamente músicas de carnaval 
entremeadas com o Hino da Cidade. Os jovens comemoraram no clube, pois apesar da 
quaresma houve até baile em que as moças disputaram os poucos rapazes da cidade e 
alguns vindos de fora especialmente para ver o grande evento.
Um dia antes, sexta-feira, sol nem bem nascido ainda, mestre Zé Júlio, como faz todos 
os dias, já estava na avenida, cujo nome é Bias Forte, mas poucos sabem. Ia o velho mestre 
seleiro, andando devagar, sempre de colete, paletó e uma bengala famosa, ver se o relógio 
da matriz funcionou direitinho durante a noite e justificar os 3 mil cruzeiros por mês de 
salário. Para depois trabalhar o dia inteirinho na tenda da selaria, como se não fosse casado 
3 vezes e pai de 22 filhos.
Segundo o costume, quando passa pelo hotel e restaurante Cuiabá, o mestre bate com toda 
a força a ponta da bengala duas vezes no poste de ferro que quase acorda a cidade inteira. 
Foi para avisar Antonio Geraldo que eram exatamente 5 e meia da manhã. Antonio Geraldo é o 
dono do hotel e tem muito orgulho de levantar cedo, mas dificilmente ganha do mestre. Só que, 
nesse dia, ganhou. E fez o que sempre faz, quando já está de pé na hora do mestre passar – uma 
gargalhada, um pontapé na porta de aço do seu restaurante e um grito:
— Ah, véio, hoje levantei mais cedo. Não sabe que amanhã tem coisa importante na 
cidade e eu vou ter muito serviço?
Zé Júlio nem quis saber o que ia acontecer e foi cumprir suas funções de zelador do 
relógio da igreja. Deixou para trás Antonio Geraldo acordando os hóspedes que iam viajar, e 
Teófilo, o motorista do ônibus, já tratando de esquentar o motor da jardineira.
Teófilo nunca partiu para Belo Horizonte tão atarefado como nessa sexta-feira. Além 
das encomendas normais – entregar cartas, dar recados, pagar uma conta – estava 
encarregado de comprar alguns presentes e fazer vários convites verbais, tudo para o grande 
acontecimento do dia seguinte, sábado.
Até pensa em tomar nota, mas não precisava. Teria bastante tempo para relembrar 
tudo durante as 6 horas de viagem, em que estaria percorrendo velozmente a estrada de 
170 quilômetros até Belo Horizonte, parando a cada sinal de passageiro.
157
TÉCNICAS E GÊNEROS JORNALÍSTICOS
Estacionaria também em toda bica de boa água, sem falar na meia hora de almoço. 
A partida ou chegada diária de ônibus é a única coisa que em Conceição tem o sabor da novidade. 
Nessa sexta-feira, mesmo com a promessa de uma quebra total da rotina no dia seguinte, 
juntou gente em volta da jardineira. Como um certo interesse especial: ver quem não ia 
ficar para o sábado. Até o prefeito Duarte pôs a cabeça gorda e careca para fora de uma das 
muitas janelas de sua casa e espiou.
Os rapazes do ginásio, as moças do colégio, as crianças do grupo, as professorinhas já 
iam tomando conta da rua. Mas como aula é às 7, sempre dá tempo de dar uma olhadinha 
na partida. Dona Raulina, a beata, que nessas horas sai de casa toda de preto para a missa 
diária que não perde há anos, olha também.
E a turma se dispersa quando o ônibus vira na curva da estrada e não é mais possível ler 
o aviso “keep distance” da traseira.
Às 7 horas abrem as portas a Casa Lúcia do Niquinho (que tem presente para cada gosto) 
e a loja Adão, onde, segundo enorme e taxativa ordem escrita nas paredes de fora, deve-se 
entrar e comprar mais barato. Quando Niquinho e Adão começam a trabalhar, é sinal de que 
ninguém mais dorme na ativa comunidade conceicionense. 
Reforma
Mais ou menos também às 7 horas, na casa do prefeito, na avenida, alguns metros 
abaixo das duas lojas, Levi Ferreira estava dirigindo os trabalhos de um grupo de pedreiros. 
Ele é o homem que faz de tudo: no dia seguinte serviria uísque aos respeitáveis senhores 
de azul-marinho, agora orientava a reforma na casa do prefeito, que tinha de estar pronta 
necessariamente até o sábado. A casa, construída há uns 150 anos ou mais, em puro colonial 
brasileiro, o prefeito Duarte herdou do seu sogro, o falecido João Turco, comerciante. 
E tratou de melhorá-la para o esperado sábado:
— Vamos colocar aí do lado uma porta dessa de vidro, moderna, que esse casarão não 
tem nem uma entrada decente, você entende?
Levi, apesar de especialista em limites de terra em Conceição (sabe a quem já pertenceu 
cada metro do município e prova com documentos antiquíssimos), entendeu perfeitamente. 
E cuidou ele mesmo de apressar as coisas, de pintar com tinta prateada as peças de ferro 
do moderno portão encomendado pelo dono e, a quem observasse que aquela não era 
exatamente sua função, Levi respondia:
— Uai, pois não é amanhã o dia?
Quase 7 e meia, começavam a chegar à avenida os frequentadores habituais, para as 
conversas, os negócios.
158
Unidade III
— Comé, o homem chega hoje?
— Diz que chega.
Foi Teiado que, chegado com um jipinho velho – o Mosquito – perguntou a Antonio 
Geraldo, o dono do hotel-bar-restaurante, se estava confirmada a vinda do esperado 
engenheiro do DER. Teiado, além de dono da relojoaria Marçal, onde tudo se conserta, desde 
tampa de bule até fogão a gás, é moço preocupado com o progresso e os acontecimentos da 
cidade. Liderou a fundação da companhia telefônica, a instalação do repetidor de televisão 
(a cidade já tem 30 aparelhos) e agora empenha-se em conseguir capital para uma fábrica 
de farinha de mandioca.
O soldado Geraldo também já estava na avenida, gordo, bigodudo e imponente, andando 
para baixo e para cima, policiando, preocupado com o sábado, se daria muito serviço ou não.
Chicão, gordo e careca, estava, como sempre, na porta do seu bar, o Cantinho do Céu, 
desafiando quem passasse para uma partida de damas. Dizem que Chicão, além de campeão 
regional desse jogo, tem uns 30 milhões emprestados. Juquita, o barbeiro, estava preocupado 
com a chegada do sábado: só trabalha com hora marcada, e não tinha mais horários livres.
O delegado Zé Pimenta também está sempre ali por perto do Cantinho Do Céu. É um 
moço da cidade, que tentou ser investigador em Belo Horizonte, não conseguiu, à falta de 
outro, é responsável pela ordem em Conceição do Mato Dentro. Zezé da Ubaldina, dono 
do Hotel Ubaldina, passou perto dele, arregaçou as calças e olhou irônico. Com isso estava 
chamando Zé Pimenta de delegado calça curta, mas Zé Pimenta não ligou, pois não 
estava de serviço: “Ligo para isso quando estou na delegacia”.
Fonte: Marão (2012).
 Saiba mais
Leia o resto da reportagem em:
MARÃO, J. C. Nossa cidade. Estado de Minas Gerais, 6 abr. 2012. 
Disponível em: https://bit.ly/2PudW9e. Acesso em: 9 fev. 2021.
O tal acontecimento que movimenta acidade é revelado no final.
O jornalismo literário como o conhecemos hoje tem sua origem no movimento new journalism 
(novo jornalismo), surgido na década de 1960, nos Estados Unidos, que pretendia transportar para a 
atividade jornalística os recursos linguísticos da literatura, tornando o texto mais envolvente para o leitor. 
159
TÉCNICAS E GÊNEROS JORNALÍSTICOS
Truman Capote, Tom Wolfe, Norman Mailer, Gay Talese são importantes nomes dessa vertente. Os 
“romances de não ficção”, como foram chamados, quebraram com a “objetividade”, usando diálogos 
(normalmente recriados livremente), muitos adjetivos, interjeições, marcando explicitamente a presença 
do narrador. A descrição detalhada na criação de cenários e personagens também é outra característica 
marcante desse gênero. 
Leia o trecho a seguir de A sangue frio, de Truman Capote.
O Chevrolet preto estava novamente estacionado, dessa vez em frente a 
um hospital católico nos arredores de Emporia. Espicaçado por alfinetadas 
constantes (“É o seu problema. Você acha que só existe um jeito de fazer as 
coisas – o jeito de Dick”), Dick tinha se rendido. Enquanto Perry esperava no 
carro, tinha entrado no hospital para tentar comprar um par de meias pretas 
de alguma freira (CAPOTE, 2003, p. 68-69).
Observe que o autor chega a explicitar entre parênteses o pensamento do personagem, como 
nos romances com narrador onisciente. Além disso, deve-se ressaltar a forma de construção da cena, 
transportando o leitor para dentro da história.
Referindo-se às origens new journalism, José Marques de Melo aponta (2003, p. 33):
A natureza diversional desse novo tipo de jornalismo está justamente no 
resgate das formas literárias de expressão que, em nome da objetividade, 
do distanciamento pessoal do jornalista, enfim da padronização da 
informação de atualidades dentro da indústria cultural, foram relegadas 
a segundo plano, quando não completamente abandonadas.
O jornalismo literário é mais comum nos livros, pois normalmente o jornalista se estende na narração, 
que surge após um longo período de pesquisa e “vivência”. Para reconstituir o crime da família Clutter, 
Capote passou longo tempo na cidadezinha do Kansas, convivendo com os acusados. Dessa forma, pôde 
construir densos perfis psicológicos deles. 
 Saiba mais
Para se aprofundar no assunto, leia o livro: 
BULHÕES, M. Jornalismo e literatura em convergência. São 
Paulo: Ática, 2007.
No Brasil, podemos citar o livro Abusado, de Caco Barcellos, que, como vimos, conta a trajetória 
do chefe do tráfico no Morro Dona Marta, Rio de Janeiro. A partir da história de vida de Marcinho VP 
(que, no livro, aparece como Juliano VP), Barcellos traça um abrangente painel da disputa de poder nas 
160
Unidade III
favelas e do papel do tráfico na sociedade carioca. Com a estrutura de um romance, o livro é fruto de 
um exaustivo trabalho de reportagem e apresenta um bom retrato sociológico do Brasil.
Contudo, não é apenas em livros que o jornalismo literário se manifesta. A revista Realidade 
e o Jornal da Tarde são exemplos de publicações que valorizavam o texto bem trabalhado e a 
reportagem humanizada. Ainda hoje temos no mercado brasileiro algumas revistas que dão espaço 
à reportagem literária, pois sabem que uma história bem contada atrai leitores.
 Observação
Repare que alguns produtos jornalísticos podem ter dupla função, 
ou seja, podem se encaixar em dois gêneros. Um livro-reportagem como 
Abusado, de Caco Barcellos, revela uma interpretação da sociedade brasileira 
e oferece ao leitor o prazer da leitura. Dessa forma, pode ser considerado 
como produto do jornalismo interpretativo e do jornalismo diversional.
7.2 Jornalismo utilitário
A vida na sociedade contemporânea demanda informações práticas, relacionadas ao dia a dia dos 
cidadãos. É necessário, por exemplo, saber a previsão do tempo, a cotação de moedas estrangeiras, o 
horário de funcionamento de mercados, a disponibilidade de transporte, o status do trânsito etc. Na 
passagem para o século XXI, que consolida o neoliberalismo e o consumismo, ocorreu oportunidade 
singular para o desenvolvimento do jornalismo operacional ou de serviços. Sua ascensão apoia-se na 
tomada de decisões rápidas tanto no mundo financeiro quanto nas ações corriqueiras.
Os textos jornalísticos que têm essa finalidade pertencem ao gênero utilitário, também chamado de 
gênero de serviços. Trata-se de textos a que se dedica, em geral, pouca atenção nos estudos jornalísticos.
Nas palavras de Chaparro (2008, p. 166-167):
Entre as insuficiências e inadequações que os critérios tradicionais revelaram 
para a tipificação das formas discursivas do atual jornalismo brasileiro, 
uma adquire relevância acentuada: a incapacidade de classificar as espécies 
utilitárias, aquilo a que vulgarmente se chama “serviço”, até agora tratadas 
como simples tendência ou curiosidade. Entretanto, a significação da 
participação dessas espécies nos espaços pelos conteúdos jornalísticos 
impõe sua caracterização enquanto manifestação discursiva. São formas 
adequadas de mediação para solicitações concretas da vida urbana, nos 
planos do negócio, da cultura, do consumo, do lazer, do acesso a bens e 
serviços, na ordenação de preferências e movimentos, nas estratégias 
e táticas da sobrevivência. 
O jornalismo de serviço manifesta-se tanto em seções especiais, como a da previsão do tempo, por 
exemplo, quanto em destaque em outras matérias informativas. Por exemplo: uma reportagem sobre as 
161
TÉCNICAS E GÊNEROS JORNALÍSTICOS
festas de fim de ano pode apresentar um box com a lista de estabelecimentos que funcionam ou não 
no dia de Natal.
As mensagens utilitárias podem aparecer sob a forma de pequenos textos, itens, gráficos, infográficos, 
mapas, fotografias com legendas. Podem ser de interesse geral ou de valor para públicos segmentados.
 Observação
A função essencial do jornalismo utilitário é orientar o cidadão em suas 
ações concretas.
Para Luiz Beltrão (2006, p. 106), os serviços no jornalismo impresso aparecem das seguintes formas:
•	 avisos diversos (plantões de farmácias, cotações, achados e perdidos etc.);
•	 informações úteis ( telefones de emergência, horários de transporte etc.);
•	 cartaz do dia (programas de shows, peças teatrais e cinemas, festas etc.).
Veja, como exemplo, o gráfico a seguir, publicado em 12 de novembro de 2020.
Figura 35 — Exemplo de gráfico
162
Unidade III
Observe que o objetivo é transmitir, de modo visual, com fácil apreensão, a variação da cotação do 
euro ao longo do dia. Não há qualquer texto verbal, apenas o gráfico. No alto, uma síntese do dia é 
apresentada ao leitor.
Outro exemplo é a lista de candidatos a vereador de São Paulo publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo 
às vésperas das eleições municipais. Foi feita uma compilação de todos os nomes de todos os partidos, com 
informações básicas. Veja a chamada para a lista.
Figura 36 – Exemplo de lista
Costuma-se dividir as informações utilitárias em práticas e conselheiras. Como os nomes indicam, 
as primeiras fornecem dados que orientam a ação do indivíduo. As segundas, por sua vez, fornecem 
conselhos ou dicas. 
 Observação
Você se lembra da reportagem sobre o hábito de leitura na pandemia, 
apresentada na unidade II? No final dela, havia um box com indicações de 
leitura. Trata-se de um exemplo de informações conselheiras.
Deve-se considerar, ainda, a questão de que o jornalismo utilitário, muitas vezes, apresenta conteúdo 
publicitário travestido de informação. Isso ocorre no caso de produtos e serviço de consumo. 
Por princípio ético, jornalismo e publicidade não deveriam se misturar. O receptor deve ter 
conhecimento da natureza do texto que lhe é oferecido. A informação jornalística pressupõe isenção 
e independência. Em outras palavras, nem o veículo nem o jornalista podem ter qualquer lucro em 
163
TÉCNICAS E GÊNEROS JORNALÍSTICOS
divulgar determinado produto. Se a mensagem do jornal for uma estratégia de marketing, isso deve 
ficar claro parao leitor.
Entretanto, na prática, ocorrem situações em que essa clareza não aparece, e o jornalista ou o veículo 
recebem recompensas para indicar determinado produto ou serviço sob a aparência de informação isenta. 
Muitas informações chegam às redações por meio de agências ou de assessorias de imprensa.
Luiz Beltrão (1969, p. 153) afirma:
É verdade que grande parte desta correspondência é interesseira: disfarça 
publicidade, propaganda pessoal, desejo de aparecer em letra de forma. 
O noticiarista, porém, é o homem indicado para distinguir entre aquelas 
informações que podem ser graciosamente divulgadas e as que poderão sair 
através do departamento comercial, ou seja, como matérias pagas. 
 Observação
No século XXI, as fronteiras entre jornalismo, publicidade e relações 
públicas ficaram mais tênues. 
Atualmente, informações utilitárias e divulgações de produtos e serviços são, muitas vezes, produzidas 
por youtubers, digital influencers. Trata-se de profissionais que ocupam espaços que tradicionalmente 
eram do jornalismo e da publicidade.
8 O JORNALISMO E OS GÊNEROS NA ERA DIGITAL
O século XXI trouxe mudanças significativas para o jornalismo. A presença da internet e das redes 
sociais alterou paradigmas da comunicação até então consolidados. 
Segundo Castells (2004), a internet converteu-se no coração articulador dos distintos meios, da 
multimídia. Por isso, emissoras de TV ou de rádio, produtoras e distribuidoras de filmes e veículos 
impressos têm páginas na internet.
O primeiro movimento do jornalismo na web foi marcado pela mera transposição do conteúdo e das 
técnicas do papel para o ambiente on-line, o que se mostrou inadequado ao longo do tempo.
Hoje, já existe a percepção de que é necessária a produção de conteúdos exclusivos, pensados 
para os meios digitais. Ou seja, deve-se fazer a convergência de mídias, e não a transposição de uma 
mídia para outra.
164
Unidade III
Atualmente, pessoas com os mais diversos perfis acessam notícias por meio de dispositivos como 
laptops, tablets, telefones celulares e demais dispositivos móveis. Isso, indubitavelmente, afeta o modus 
operandi do jornalista.
Estudiosos apontam quatro elementos característicos do jornalismo on-line: interatividade, 
customização de conteúdo, hipertextualidade e multimidialidade. 
A web tornou-se o espaço privilegiado de participação nos universos de produtos culturais, o que 
modificou a concepção quanto aos processos de comunicação. Há até pouco tempo, os meios de 
comunicação de massa, em termos de emissão e recepção, podiam ser pensados conforme indica a figura.
Receptor 1
Receptor 2
Receptor 3
Receptor 4
Receptor N
M
ei
os
 d
e 
di
fu
sã
o:
rá
di
o,
 T
V,
 im
pr
en
sa
Emissor
Figura 37 – Meios de comunicação de massa: emissão e recepção (modelo 1)
No entanto, com a convergência de mídias, os meios de comunicação de massa, em termos de 
emissão e recepção, podem ser representados de forma mais atual e adequada pelos elementos da 
figura a seguir, na qual emissor e receptor têm papéis alternados, não mais estanques como antes.
Comunicador
Receptor
Comunicar 
Cifrar
Perceber
Decifrar
Interpretar Interpretar
Decifrar
Perceber
Cifrar
Comunicar
Receptor
Comunicador
A resposta: 
comunicação de retorno
Mensagem
A B
Mensagem
Figura 38 – Meios de comunicação de massa: emissão e recepção (modelo 2)
165
TÉCNICAS E GÊNEROS JORNALÍSTICOS
O desenvolvimento de novas tecnologias de comunicação alterou, portanto, os papéis tradicionais 
de receptor e emissor. A interatividade permite que os leitores comentem as matérias, construindo um 
diálogo acerca do que foi noticiado.
Com a internet, a produção e a veiculação de conteúdo tornaram-se descentralizadas, rompendo 
com o controle dos meios de comunicação de massa. Dessa forma, as novas modalidades midiáticas 
abalaram o papel centralizador do jornalismo como emissor de informações. 
Essa nova configuração apresenta um importante impacto sobre a formação da opinião pública. As 
mídias alternativas, formadas por grupos que atuam fora das empresas de comunicação, permitem a 
divulgação de maior pluralidade de visões de mundo, rompendo com o discurso hegemônico dos mass 
media tradicionais.
Dênis de Moraes (apud COUTINHO, 2008) aponta a importância e o papel da comunicação alternativa 
na atuação contra-hegemônica. Para compreender o pensamento do autor, é necessário relembrar o 
conceito de hegemonia de Gramsci. 
Segundo o pensador italiano, a hegemonia consiste na construção de legitimidade da classe 
dominante por meio de valores culturais. Em outras palavras, a dominação de uma classe social não 
ocorre apenas por meio da coerção ou do poder econômico, mas também pela ideologia. Para ele, é 
por meio da hegemonia que a sociedade entende como seus os interesses que são, de fato, da classe 
social dominante.
 Observação
Hegemonia, de acordo com o dicionário, é definida como supremacia, 
domínio, poder que algo ou alguém exerce em relação aos demais.
Nesse contexto, é evidente o papel dos meios de comunicação de massa na construção do pensamento 
hegemônico. Esses meios, ao lado de outras instituições, fazem parte dos aparelhos da sociedade civil e 
atuam como portadores materiais de ideologia.
De acordo com Dênis de Moraes (2010, p. 68), “é no domínio da comunicação que se esculpem 
os contornos da ordem hegemônica, seus tentáculos ideológicos, suas hierarquias, suas expansões 
contínuas no bojo da mercantilização generalizada dos bens simbólicos”.
Esse cenário, contudo, sofreu alterações com as novas tecnologias comunicacionais. Nas redes 
sociais, é possível ter acesso a informações que não são destacadas pela grande imprensa e, além disso, 
é possível conhecer outros pontos de vista sobre os fatos divulgados por ela.
166
Unidade III
Dessa forma, a comunicação alternativa atua como meio de difusão contra-hegemônica. 
Para Dênis de Moraes (apud COUTINHO, 2008), os discursos produzidos de forma alternativa rompem 
com o controle da mídia tradicional; defendem a cidadania, a democratização da vida coletiva e a 
liberdade de expressão; opõem-se ao “pensamento único” do neoliberalismo.
Nesse sentido, a rede torna-se um campo de luta pela hegemonia no interior da sociedade civil. As 
mídias alternativas, formadas por cidadãos, não necessariamente jornalistas, promovem outros discursos 
diferentes do hegemônico, valendo-se das facilidades tecnológicas, que permitem a descentralização 
e a maior liberdade de emissão de conteúdo. Entre esses grupos, podemos citar, por exemplo, o 
denominado Mídia Ninja.
Em relação aos gêneros jornalísticos também ocorreram algumas mudanças com o avanço 
da internet. 
Uma delas se refere às colunas, que, no suporte impresso, são reconhecidas por um espaço fixo 
em determinada página, com o título e o nome do colunista. No webjornalismo, são identificadas 
pelo nome do colunista, com um link para acesso aos textos produzidos por ele. Assim, o atributo da 
periodicidade também sofre alteração, pois o leitor pode selecionar a data do texto que deseja ler. 
Alguns sites apresentam a opção “colunas” na homepage. Dessa forma, a autoria passa a ser o critério 
do leitor que escolhe um artigo ou uma crônica, por exemplo.
A possibilidade de escolher o que ler por meio de mecanismos de busca torna o conteúdo 
customizado, ou personalizado. Os próprios veículos, depois de identificadas as preferências do leitor, 
enviam chamadas de matérias para ele.
Outro ponto é a hipertextualidade, que interfere na estrutura das notícias e das reportagens. Nas 
palavras de João Canavilhas (2006, p. 13):
No webjornalismo, a quantidade (e variedade) de informação disponibilizada 
é a variável de referência, com a notícia a desenvolver-se de um nível com 
menos informação para sucessivos níveis de informação mais aprofundados 
e variados sobre o tema em análise.
O esquema da figura a seguir representa esse modelo.
167
TÉCNICAS E GÊNEROS JORNALÍSTICOS
+++
+++
+++
+++
+++
+++
Arquivo
Arquivo+Por quê
+ O quê
+ Quem
Como
Por quê
O quê
Quem
Quando
Onde
+ Quando
+ Onde
+ Como
Arquivo
Arquivo
Arquivo
Arquivo
Externos
Externos
Externos
Externos
Externos
Externos
- informação + informação
Figura 39 – Hipertextualidade
A hipertextualidade permite que o leitor escolha a quantidade de informações que deseja ter sobre 
um assunto. Dessa forma, a possibilidade de interpretar melhor um fato depende, em boa parte, do 
interesse do leitor. Em outras palavras, o percurso da leitura e a quantidade de informações que deseja 
são determinados pelo leitor.
 Observação
Hipertexto é uma forma não linear de apresentar informações, que são 
divididas em textos paralelos. Trata-se de unidades básicas que mantêm 
entre si elos conceituais ou temáticos.
Na internet, o modelo da pirâmide invertida se expande para o modelo da “pirâmide deitada”, ou 
seja, parte-se de um cenário de menos informação para outro, de mais informação.
168
Unidade III
 Saiba mais
Você encontrará mais informações sobre o assunto no artigo:
CANAVILHAS, J. Webjornalismo: da pirâmide invertida à pirâmide 
deitada. 2006. Disponível em: https://bit.ly/3w7jvuZ. Acesso em: 9 fev. 2021.
Tomemos como exemplo a matéria a seguir.
FIVB divulga ranking internacional e Brasil segue entre os primeiros no vôlei
No masculino, time nacional está na liderança com 427 pontos, enquanto que no 
feminino ocupa a 3ª posição com 328
Redação, Estadão Conteúdo
29 de dezembro de 2020 | 15h00
A Federação Internacional de Voleibol (FIVB, na sigla em inglês) divulgou na segunda-feira 
o ranking mundial atualizado e o Brasil segue no topo. A seleção masculina se manteve na 
liderança, com o total de 427 pontos, enquanto que a equipe feminina está em terceiro lugar, 
com 328 – atrás somente da China (391) e Estados Unidos (382).
Em um ano atípico, onde as seleções não tiveram competições por causa da pandemia 
da covid-19, o time dirigido pelo técnico Renan Dal Zotto se manteve em primeiro com a 
boa vantagem de 43 pontos para a segunda colocada, a Polônia, que tem 384. Em terceiro 
aparece a seleção dos Estados Unidos, com 365.
LEIA TAMBÉM
Giba tem prisão decretada pela Justiça por falta de pagamento de pensão alimentícia
Fonte: Estadão Conteúdo (2020).
Observe que há vários termos em destaque que, ao serem clicados, levam o leitor a outras informações. 
No final da matéria, há, ainda, um link para outra notícia, de forma que o leitor pode definir o grau de 
aprofundamento que deseja ter do assunto.
Exemplo de aplicação
Acesse o portal de um jornal na internet e escolha um texto do seu interesse. Procure identificar em 
que gênero ele se encaixa e avaliar as possibilidades de leitura oferecidas por meio da hipertextualidade.
169
TÉCNICAS E GÊNEROS JORNALÍSTICOS
 Resumo
Nesta unidade, abordamos o gênero diversional, caracterizado por 
promover entretenimento pela leitura prazerosa. Seguindo o pensamento 
de José Marques de Melo e Francisco de Assis, trata-se dos textos que, pela 
forma esteticamente elaborada, oferecem diversão ao leitor. Precisamos 
destacar que diversão não deve ser entendida como algo engraçado ou 
necessariamente leve. As matérias de interesse humano, que caracterizam 
esse gênero, podem abordar temas trágicos, densos.
Também comentamos a respeito do gênero utilitário, ou de serviços, 
que tem como objetivo orientar o leitor com informações necessárias no 
seu dia a dia. São textos curtos, com dados pontuais, a fim de que o cidadão 
tome decisões: horário de funcionamento de estabelecimentos, rotas de 
transporte público, cotação de outras moedas etc. Também existem, nesse 
gênero, as orientações, ou seja, dicas de como proceder.
Por fim, tangenciamos o atual cenário do jornalismo digital e seus 
gêneros. O desenvolvimento da internet trouxe algumas características 
novas ao jornalismo: interatividade, hipertextualidade, multimodalidade e 
personalização de conteúdo.
170
Unidade III
 Exercícios
Questão 1. (Enade 2012, adaptada) Leia o texto a seguir.
Ouço uma explosão fantástica. É um tuimmm interminável que me atravessa os ouvidos de um para 
o outro lado, dá-me uma sensação de grandiosidade. Sinto-me no ar, voando, mas, ainda assim, com 
uma certa tranquilidade para pensar:
— A guerra é de fato emocionante. Agora entendo como há gente que possa gostar de guerra. Uma 
cortina espessa de fumaça bloqueou-me toda a visão. Tive a certeza, então, de que a bomba tinha 
explodido a alguns metros de mim, exatamente sobre o Henry […] Foi aí que senti a perna esquerda. Os 
músculos repuxavam para a coxa com tal intensidade que eu não me equilibrava sentado. Para não cair, 
rodopiava sobre mim mesmo, em círculos e aos saltos. Instintivamente, levei as duas mãos para “acalmar”.
A calça no lado esquerdo havia desaparecido. A visão foi terrível. O sangue brotava como de torneiras. 
Depois do joelho, a perna se abria em tiras, e um pedaço largo de pele, retorcido, estava no chão. 
Olhei em volta e não achei meu pé. Fiz um balanço rápido da situação. Senti a cabeça muito quente 
e um fio de sangue no rosto. A perna direita, empapada de sangue, parecia ferida, mas estava com a 
perna da calça e com a bota – senti certo alívio. A mão direita, muito queimada, minava sangue. Não 
sentia absolutamente nenhuma dor. O que mais incomodava era o incrível retesamento dos músculos 
da perna esquerda.
RIBEIRO, J. H. O repórter do século. São Paulo: Geração Editorial, 2006.
No fragmento acima, José Hamilton Ribeiro narra o acidente que sofreu quando estava cobrindo a 
Guerra do Vietnã. Depois de duas semanas no Vietnã, Ribeiro foi ferido quando pisou em uma mina, ao 
longo da Estrada sem Alegria, 10 quilômetros a sudoeste da cidade de Quang Tri.
Considerando o texto apresentado, avalie as afirmativas.
I – Percebe-se, no texto, influência do new journalism, pois há envolvimento do repórter, que relata 
o que está vivendo, descrevendo o episódio em detalhes.
II – No trecho “um tuimmm interminável que me atravessa os ouvidos de um para o outro lado”, há 
uma onomatopeia, recurso comum no jornalismo literário.
III – No jornalismo literário, não há compromisso com a objetividade, podendo o jornalista inventar 
cenas ou episódios como recurso narrativo.
IV – A digressão e a utilização de texto em primeira pessoa são recursos presentes no 
jornalismo literário.
171
TÉCNICAS E GÊNEROS JORNALÍSTICOS
É correto apenas o que se afirma em:
A) I e II.
B) I e III.
C) III e IV.
D) I, II e IV.
E) II, III e IV.
Resposta correta: alternativa D.
Análise das afirmativas
I – Afirmativa correta. 
Justificativa: o envolvimento do repórter com o episódio que relata é uma característica marcante 
do texto de José Hamilton Ribeiro. Percebe-se, na descrição em detalhes do episódio, clara influência do 
new journalism. 
II – Afirmativa correta. 
Justificativa: o jornalismo literário, por sua interface com a literatura, permite todo tipo de recurso 
textual que enriqueça a narrativa. Assim, são frequentes onomatopeias (como a onomatopeia do 
trecho “um tuimmm interminável que me atravessa os ouvidos”), metáforas e hipérboles, entre outras 
figuras de linguagem. 
III – Afirmativa incorreta.
Justificativa: mesmo usando recursos da literatura ou mesmo rompendo com a objetividade da 
linguagem jornalística padrão, o jornalismo não pode prescindir da verdade, ou seja, os fatos não podem 
ser inventados. Isso seria transformar o jornalismo em ficção.
IV – Afirmativa correta. 
Justificativa: o jornalismo literário, por sua interface com a literatura, permite o uso de recursos 
textuais que enriqueçam o relato. Assim, são frequentes as digressões (recurso que possibilita reflexão 
sobre um assunto que foge da narrativa principal) e os textos redigidos em primeira pessoa.
172
Unidade III
Questão 2. (Enade 2012 , adaptada) Leia o texto a seguir.
Depois da filha, Antonio sepulta a mulher
No entardecer de 22 de junho, um homem chamado Antonio Antunes, 37 anos de idade, sepultou 
a filha em uma cova rasa do Campo Santo,no Cemitério da Santa Casa, em Porto Alegre. Ao final do 
enterro, Antonio, descascador de eucalipto no município de Butiá, pronunciou uma frase que calou os 
poucos que o acompanhavam no Campo Santo:
— Esse é o caminho do pobre.
Antonio sabia o que estava dizendo, mas não tinha ideia de o quanto a frase se revelaria ao mesmo 
tempo sentença e profecia. Cinco dias depois de sepultar o bebê, sua mulher, Lizete, morreu em um 
leito de hospital.
BRUM, E. A vida que ninguém vê. Porto Alegre: Arquipélago, 2006.
No trecho de abertura da reportagem anterior, a jornalista utiliza-se do recurso de evocação de 
imagens para compor a narrativa. A aplicação dessa técnica associa a reportagem ao gênero:
A) Literário.
B) Ficcional.
C) Opinativo.
D) Descritivo.
E) Informativo. 
Resposta correta: alternativa A.
Análise das alternativas
A) Alternativa correta. 
Justificativa: evocação é uma palavra de origem latina que, grosso modo, significa recordar, fazer 
um resgate voluntário de algo pela memória ou trazer algo à lembrança. A evocação associa-se a uma 
imagem que precisa ser resgatada para situar melhor o leitor e enriquecer o texto, “ilustrá-lo”. É possível 
notar, no fragmento apresentado no enunciado, que a evocação serve para situar o leitor. A partir 
desse recurso literário, o leitor pode montar uma espécie de cenário em sua mente, o que deixa o 
texto informativamente mais rico e facilita a sua compreensão. No texto de Brum (2006), sabemos 
o momento do dia e do ano em que a história ocorre (final da tarde, começo do inverno – “entardecer 
173
TÉCNICAS E GÊNEROS JORNALÍSTICOS
de 22 de junho”), o local (um cemitério) e a cidade (a capital gaúcha). Vale destacar que a evocação 
é, de fato, uma técnica que associa a reportagem ao gênero literário. 
B) Alternativa incorreta. 
Justificativa: independentemente do recurso do qual o jornalista lance mão, um texto jornalístico 
não poderá ser ficcional. Gênero ficcional e jornalismo são conceitos incompatíveis.
C) Alternativa incorreta. 
Justificativa: a evocação não tem relação com o gênero opinativo. 
D) Alternativa incorreta. 
Justificativa: a evocação não tem relação direta com o gênero descritivo. Pode-se evocar sem descrever, 
bem como descrever sem evocar. Além disso, no trecho em questão, não há predomínio de descrição. 
E) Alternativa incorreta. 
Justificativa: a evocação não tem relação com o gênero informativo. 
174
FIGURAS E ILUSTRAÇÕES
Figura 1
MANCHETES.JPG?W=236&H=281. Disponível em: https://pedlowski.files.wordpress.com/2018/06/
manchetes.jpg?w=236&h=281. Acesso em: 23 fev. 2021. 
Figura 2
G1 SP. Governo de SP publica decreto que prorroga quarentena no estado até 16 de dezembro. G1, 
17 nov. 2020. Disponível em: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2020/11/17/governo-de-sp-publica-
decreto-que-prorroga-quarentena-no-estado-ate-16-de-dezembro.ghtml. Acesso em: 10 fev. 2021.
Figura 3
MENGUE, P. Estado de SP tem 18% de aumento de internações por covid; governo adia nova 
flexibilização. O Estado de S. Paulo, ano 141, n. 46417, 17 nov. 2020. Metrópole, p. A18. Disponível em: 
https://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,estado-de-sp-tem-18-de-aumento-de-internacoes-
por-covid-governo-adia-nova-flexibilizacao,70003516644. Acesso em: 10 fev. 2021. 
Figura 4
505177283182495116. Disponível em: https://br.pinterest.com/pin/505177283182495116/. Acesso 
em: 10 fev. 2021. 
Figura 5
ARMANDINHO-DIA-INDIO.JPG. Disponível em: https://www.greenmebrasil.com/wp-content/
uploads/2017/04/armandinho-dia-indio.jpg. Acesso em: 24 fev. 2021.
Figura 6
MATERIA-DE-VEJA-BOIMATE.JPG. Disponível em: https://www.cartacapital.com.br/wp-content/
uploads/2018/03/materia-de-veja-boimate.jpg. Acesso em: 10 fev. 2021.
Figura 7
LIMA, E. “Bando do palhaço” levou caos a PM e aterrorizou SP nos anos 1990. Banco de dados 
Folha de S. Paulo, 12 dez. 2017. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/banco-de-
dados/2017/12/1838804-bando-do-palhaco-levou-caos-a-pm-e-aterrorizou-sp-nos-anos-1990.
shtml. Acesso em: 10 fev. 2021.
Figura 8
OLIVEIRA, D. Iniciação aos estudos de jornalismo. São Paulo: AbyaYala, 2020. p. 89.
175
Figura 9
SANDRONI, T. A Bela e a Fera: a reafirmação do estereótipo feminino e sua subversão nas colunas de 
Tereza Quadros, máscara de Clarice Lispector. 2018. Tese (Doutorado em Teoria Literária e Literatura 
Comparada) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São 
Paulo, 2018. p. 42.
Figura 10
554.JPG. Disponível em: https://www.sensacionalista.com.br/wp-content/uploads/2018/06/554.jpg. 
Acesso em: 10 fev. 2021.
Figura 11
IMG_6921.JPG. Disponível em: https://www.sensacionalista.com.br/wp-content/uploads/2016/06/
img_6921.jpg. Acesso em: 10 fev. 2021.
Figura 12
PEREIRA JR., L. C. Guia para a edição jornalística. 3. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011. p. 25.
Figura 13
PEREIRA JR., L. C. Guia para a edição jornalística. 3. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011. p. 25.
Figura 14
PEREIRA JR., L. C. Guia para a edição jornalística. 3. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011. p. 26.
Figura 15
PEREIRA JR., L. C. Guia para a edição jornalística. 3. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011. p. 26.
Figura 16
EDITORIAL-FOLHA-27-DE-MAR%C3%A7O-DE-1983.JPG. Disponível em: https://marceloauler.com.br/wp-
content/uploads/2017/05/editorial-Folha-27-de-mar%C3%A7o-de-1983.jpg. Acesso em: 10 fev. 2021.
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Sites
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Exercícios
Unidade I – Questão 1: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO 
TEIXEIRA (INEP). Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2012: 
Comunicação Social/Jornalismo. Questão 33. Disponível em: https://download.inep.gov.br/educacao_
superior/enade/provas/2012/04_COM_SOCIAL_JORNALISMO.pdf. Acesso em: 24 fev. 2021.
Unidade I – Questão 2: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO 
TEIXEIRA (INEP). Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2012: 
Comunicação Social/Jornalismo. Questão 25. Disponível em: https://download.inep.gov.br/educacao_
superior/enade/provas/2012/04_COM_SOCIAL_JORNALISMO.pdf. Acesso em: 24 fev. 2021.
Unidade II – Questão 1: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO 
TEIXEIRA (INEP). Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2012: 
Comunicação Social/Jornalismo. Questão 27. Disponível em: https://download.inep.gov.br/educacao_
superior/enade/provas/2012/04_COM_SOCIAL_JORNALISMO.pdf. Acesso em: 24 fev. 2021.
186
Unidade II – Questão 2: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO 
TEIXEIRA (INEP). Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2015: 
Comunicação Social/Jornalismo. Questão 21. Disponível em: https://download.inep.gov.br/educacao_
superior/enade/relatorio_sintese/2015/jornalismo.pdf. Acesso em: 24 fev. 2021.
Unidade III – Questão 1: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO 
TEIXEIRA (INEP). Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2012: 
Comunicação Social/Jornalismo. Questão 32. Disponível em: https://download.inep.gov.br/educacao_
superior/enade/provas/2012/04_COM_SOCIAL_JORNALISMO.pdf. Acesso em: 24 fev. 2021.
Unidade III – Questão 2: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO 
TEIXEIRA (INEP). Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2012: 
Comunicação Social/Jornalismo. Questão 18. Disponível em: https://download.inep.gov.br/educacao_
superior/enade/provas/2012/04_COM_SOCIAL_JORNALISMO.pdf. Acesso em: 24 fev. 2021.
187
188
Informações:
www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000

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