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Unidade 2
Mensuração da atividade econômica
Economia
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial 
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico 
TIAGO DA ROCHA
Autoras 
HELOÍSA DE PUPPI E SILVA
ISABELLA CHRISTINA DANTAS VALENTIM
LUANA DA SILVA RIBEIRO
AS AUTORAS
Heloísa de Puppi e Silva
Olá. Meu nome é Heloísa de Puppi e Silva. Sou formada em 
Ciências Econômicas e possuo Mestrado em Sustentabilidade pela FAE 
– Centro Universitário (PR). Fiz o Doutorado em Tecnologia, no Programa 
de Pós Graduação em Tecnologia (PPGTE) e Sociedade da Universidade 
Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Tenho experiência técnico-
profissional na área de Gestão Pública, Privada e Ambiental por ter 
trabalhado na Secretaria de Planejamento do Estado do Paraná (SEPL-PR) 
e acadêmica de 16 anos em Instituições do Ensino Superior (IES). 
Tenho experiência de 6 anos com docência de educação 
fundamental e 13 anos com ensino de graduação, especialização e 
ensino a distância (EAD). Atualmente, leciono disciplinas de economia 
(micro e macro), economia brasileira, custos, modelagem de negócios e 
inteligência competitiva. Além disso, presto serviços de consultoria em 
inteligência competitiva e meio ambiente. Sou apaixonada pelo que faço 
e adoro transmitir minha experiência de vida àqueles que estão iniciando 
em suas profissões. Por isso fui convidada pela Editora Telesapiens a 
integrar seu elenco de autores independentes. Estou muito feliz em poder 
auxiliar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo!
Isabella Christina Dantas Valentim
Olá. Meu nome é Isabella Christina Dantas Valentim. Sou formada 
em Ciências Contábeis, com mestrado em Ciências Contábeis: usuários 
internos, controladoria e contabilidade gerencial. Tenho experiência 
técnico-profissional na área contábil, gerencial e consultoria econômica. 
Além de possuir cinco anos de experiência como professora de graduação 
e pós-graduação nas áreas de contabilidade, auditoria, perícia e gestão 
financeira. Sou apaixonada pelo que faço e adoro transmitir minha 
experiência de vida àqueles que estão iniciando em suas profissões. 
Por isso fui convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de 
autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase 
de muito estudo e trabalho. Conte comigo!
Luana da Silva Ribeiro
Olá. Meu nome é Luana da Silva Ribeiro. Tenho graduação em 
Economia pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), mestrado 
em Economia na Universidade Estadual de São Paulo (UNESP), sou 
Doutoranda em Economia na Universidade Estadual de São Paulo 
(UNESP) e pesquisadora participante do Grupo de Estudos em Economia 
Industrial (GEEIN). Tenho uma experiência profissional de 8 anos no setor 
financeiro e comercial, além de consultorias. Passei por empresas como 
a Companhia Sulamericana de Distribuição, Petra Consulting Corporation, 
Surya Dental, entre outras. Atualmente trabalho com Ensino à Distância 
(EaD) e faço especialização em mediação e aprendizagem EaD na 
Universidade Virtual de São Paulo (UNIVESP), também sou e conteudista 
de materiais técnico-pedagógicos para graduação e pós- graduação nas 
áreas de administração e economia. Estou muito feliz pela oportunidade 
de poder ajudar você neste novo ciclo e também agregar experiência para 
minha carreira. Os conceitos que serão trabalhados no decorrer deste 
e-book irão ajudá-los na compreensão inicial dos conceitos da Economia. 
Conte comigo e bom trabalho!
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez 
que:
INTRODUÇÃO:
para o início do 
desenvolvimento de 
uma nova compe-
tência;
DEFINIÇÃO:
houver necessidade 
de se apresentar um 
novo conceito;
NOTA:
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE:
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA?
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e links 
para aprofundamen-
to do seu conheci-
mento;
REFLITA:
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou dis-
cutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO:
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das últi-
mas abordagens;
ATIVIDADES:
quando alguma 
atividade de au-
toaprendizagem for 
aplicada;
TESTANDO:
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
A teoria da elasticidade ................................................................................. 12
Compree ndendo a Teoria da elasticidade .................................................................. 12
Externalidades ...................................................................................................20
Compreendendo a externalidade na economia ..................................................... 20
Conhecendo as lógicas e raciocínios gerais de economia 
e a organização dos estudos econômicos em micro e 
macroeconomia................................................................................................. 31
Campos de Estudo da Economia ........................................................................................ 31
O comportamento do consumidor: demanda de bens e 
serviços ..................................................................................................................37
Fatores de Produção e Bens e Serviços ........................................................................37
Classificações de Bens: .......................................................................................... 39
Fronteira de Possibilidade de Produção (FPP) .......................................................... 41
9
UNIDADE
02
Economia
10
INTRODUÇÃO
Você sabia que a externalidade é uma força que pode afetar 
positivamente e negativamente a sociedade como um todo? Isso mesmo. 
A externalidade pode ser desencadeada a partir do desenvolvimento e 
da produção de uma empresa. Nesse sentido, seu impacto pode afetar 
os vendedores e compradores do mercado. Ademais, se a externalidade 
for identificada como vantajosa para a sociedade, pode-se classificar 
como positiva, agora se seu impacto for desvantajoso, denominamos 
de negativa. Estudaremos ainda como as externalidades positivas 
e negativas se comportam perante as determinações das ofertas e 
demandas, princípios da economia clássica. Também estudaremos sobre 
o comportamento do consumidor e sobre a elasticidade, sobre o teorema 
de Coase, nomeado dessa forma em homenagem ao economista Ronald 
Coase, do qual traz as características que explicam o mercado privado 
sobre as externalidades. Entendeu? Ao longo desta produção letiva você 
vai mergulhar neste universo!
Economia
11
OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vindo(a) à Unidade 2 – Mensuração da atividade 
econômica. Nosso objetivo é auxiliar você no desenvolvimento dos seguintes 
objetivos de aprendizagem até o término desta etapa de estudos:
1. Aprender a teoria da elasticidade. 
2. Aprender a teoria da externalidades. 
3. Compreender a estrutura de produção e de custos das empresas 
4. Conhecer o comportamento do consumidor, que representa a 
demanda de bens e serviços. 
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento 
na área de microeconomia? Vamos ao trabalho!
Economia
12
A teoria da elasticidade
INTRODUÇÃO:
Na teoria do comportamento do consumidor existe o 
grau de sensibilidade em relação aos preços, ou seja 
a elasticidade. Vamos mergulhar nessa teoria? Iremos 
compreender a teoria da elasticidade. 
Compreendendo a Teoria da elasticidade
A demanda de um produto está conectada as quantidades que 
os consumidores/compradores estão dispostos a obter em funçãodos preços. A elasticidade é a variação da quantidade de equilíbrio em 
resposta a variação do preço de equilíbrio. 
A elasticidade preço da demanda que é calculado pela variação 
percentual da quantidade dividido pela variação percentual do preço. 
É muito importante ter o conhecimento de como variações no 
preço de um produto terá variações na quantidade deste produto. Assim, 
a demanda elástica tem uma queda no preço e a receita aumenta. 
Já o produto com demanda de elasticidade unitária a queda no 
preço mantém a quantidade de receita. Agora se for um produto de 
demanda inelástica a queda de preço diminuirá a receita.
As explicações para os fatores de elasticidades preços são pelos 
bens substitutos, quanto maior os bens substitutos maior vai ser a 
elasticidade preço. Quanto maior o peso dos bens no orçamento menor 
será sua elasticidade preço. Quanto maior a essencialidade do bem menor 
sua elasticidade. 
Na elasticidade preço da oferta a maneira como se calcula é igual 
a maneira que se calcula a elasticidade preço da demanda. Assim, a 
variação percentual da quantidade dividida pela variação percentual do 
preço de equilíbrio. 
Economia
13
Vamos aplicar isso em uma realidade, os produtos agrícolas são 
definidos como inelástico isso porque um aumento do preço não resulta 
em variações de quantidade suficientemente grandes. Se um ano para o 
outro o preço de café não afeta tanto a demanda. 
A reação comum da demanda em relação aos preços pode ser 
colocada em três principais aspectos:
 • Quanto mais baixos os preços maior a demanda, os consumidores 
tendem a comprar mais. Já se os preços estiverem muito altas 
menores quantidades são consumidas pelos consumidores;
 • O Efeito substituição é outro processo comum na demanda. 
Quando o preço de determinado bem aumenta, os consumidores 
tendem a substitui-lo por outro bem parecido;
 • A Utilidade marginal é explicada pelo processo de que quanto 
maiores forem às quantidades de um determinado produto, 
menores serão os graus de utilidade de cada nova unidade 
adicional.
Assim, os graus de sensibilidade em relação aos preços. Eles não 
são iguais para todos os produtos. Existem momentos que mesmo com 
variações no preço a quantidade de demanda não sofre alterações. 
Esses graus de sensibilidade são chamados de elasticidade. 
Eles podem ser explicados por meio do conceito elasticidade-preço 
da demanda. Quando as unidades da demanda aumentam na mesma 
proporção de que a queda dos preços, o produto apresenta uma 
elasticidade-preço unitária.
Quando a demanda aumenta menos que a redução dos preços, é 
chamado de demanda inelástica. Já se a quantidade demandada de um 
determinado produto aumenta mais que as reduções de preços, há uma 
demanda elástica (VARIAN, 1994; MANKIW, 2009).
Existem Fatores determinantes da elasticidade preço. Os principais 
determinantes são: 
1. Essencialidade; 
2. Hábitos; 
3. Periodicidade da aquisição. 
Economia
14
A essencialidade é relacionada ao grau de necessidade do produto. 
Os produtos em que as pessoas necessitam mais tendem a ter coeficientes 
de elasticidade baixos. 
Os Hábitos são aspectos rígidos do consumo. Isso porque alguns 
hábitos podem se tornar em vício e faz com que os consumidores tenham 
pouca sensibilidade em relação a variação de preços. 
Já na Periodicidade da aquisição relevante é o intervalo de tempo 
entre uma e outra aquisição de produto. Se forem grandes intervalos 
de tempo entre a compra provavelmente o consumidor irá esquecer o 
produto (VARIAN, 1994; MANKIW, 2009).
De acordo com a introdução acima a respeito da elasticidade, 
podemos conceituar que a elasticidade é uma medida de resposta da 
quantidade ofertada ou demandada das variações de mercado. 
Diante disso, a medida seria: quanto a quantidade ofertada ou 
demandada varia em função do preço? Esse fenômeno é chamado de 
elasticidade-preço da demanda. Que é dado pela fórmula: 
Elasticidade - Preço da demanda =
Variaçao percentual da quantidade de mandada
Variação percentual do preço
Os fatores determinantes da elasticidade-preço da demanda são: 
Substitutos próximos disponíveis; 
 • Se o bem é essencial ou supérfluo; 
 • A definição do mercado, quando mais específico o bem mais 
inelástico ele será, ou seja, não sofrerá variações de mercado;
 • Horizonte do tempo. Quanto mais passa o tempo mais elástico 
o bem se torna. Precisa-se de uma dimensão de tempo para 
adaptação do consumo.
Economia
15
Figura 1 - Planejamento de novos produtos
Fonte: freepik
Diante disso, a elasticidade da oferta determina se os vendedores 
têm saídas/soluções de produção do bem diante de uma condição 
desfavorável de mercado. A elasticidade da demanda determina se 
os compradores têm soluções de consumo na falta do bem que eles 
desejam (VARIAN, 1994; MANKIW, 2009). Quanto à elasticidade um bem 
pode ser denominado:
 • Perfeitamente elástico;
 • Elástico;
 • Unitário; 
 • Inelástico;
 • Perfeitamente inelástico.
Os produtos elásticos são mais sensíveis diante das alterações de 
preço. Ou seja, quando os preços dele sofrem alterações as pessoas 
tendem a aumentar/reduzir o consumo (VARIAN, 1994; MANKIW, 2009).
Já produtos inelásticos independe do preço para que ele seja 
consumido. Ou seja, mesmo se aumentar/diminuir quantidade ofertada, 
reduzir preços a demanda não tem alterações. 
Um exemplo de produto elástico seriam as carnes nobres. Se o 
preço da picanha aumentar sua demanda diminui, se o preço diminuir sua 
demanda aumentará.
Economia
16
Um exemplo de produto inelástico seriam os remédios. Ninguém 
vai consumir muito remédio se o preço dele cair e também não irá deixar 
de consumi-los caso o preço deles aumentem. 
A elasticidade dos produtos são acompanhados por diversas 
empresas em razão de que acompanham o comportamento do 
consumidor, verificam as sazonalidades de mercado, fazem alterações 
nos produtos, etc.
Assim, na teoria a Demanda perfeitamente inelástica seria uma 
elasticidade igual a zero, ou seja, um aumento no preço do bem X 
deixa inalterada a quantidade demandada. A Demanda inelástica seria a 
Elasticidade inferior a 1, ou seja, com um aumento de 22% no preço causa 
uma queda de 11% na quantidade demandada (VARIAN, 1994; MANKIW, 
2009).
A Demanda com Elástica unitária seria uma Elasticidade igual a 1. 
Ou seja, Um aumento de 22% no preço de um bem X causa uma queda de 
22% na quantidade demandada (VARIAN, 1994; MANKIW, 2009).
A Demanda elástica seria a Elasticidade maior do que 1. Ou seja, 
Um aumento de 22% no preço do bem X causa uma queda de 67% na 
quantidade demandada (VARIAN, 1994; MANKIW, 2009).
Por fim, a Demanda perfeitamente elástica que seria a Elasticidade 
infinita. Assim, a qualquer preço abaixo de “x” colocado no mercado a 
quantidade demandada é infinita (VARIAN, 1994; MANKIW, 2009).
Na teoria da elasticidade temos também a Elasticidade-Renda 
da demanda que é uma medida do quanto a quantidade de um bem X 
responderá a uma variação na renda dos consumidores. Para realização 
do cálculo da elasticidade-renda da demanda seria: a variação percentual 
da quantidade demandada dividida pela variação percentual da renda 
(VARIAN, 1994; MANKIW, 2009). A fórmula seria:
Elasticidade - Renda da demanda =
Variaçao percentual da quantidade de mandada
Variação percentual da renda
Economia
17
Temos também a elasticidade-preço cruzada da demanda e da 
oferta. 
A elasticidade-preço cruzada da demanda é considerada uma 
medida do quanto a quantidade demandada de um bem X responde a 
uma variação no preço de outro bem denominado Y. 
Para realização deste cálculo precisa da variação percentual 
da quantidade demandada do primeiro bem X dividida pela variação 
percentual do preço do segundo bem (Y) (VARIAN, 1994; MANKIW, 2009).
Na Elasticidade-preço da oferta é considerada uma medida do 
quanto a quantidade ofertada de um bem responde a uma variação do seu 
preço. Para calcular seria a variação percentualda quantidade ofertada 
dividida pela variação percentual do preço (VARIAN, 1994; MANKIW, 
2009). A fórmula seria:
Elasticidade - Preço da oferta =
Variaçao percentual da quantidade ofertada
Variação percentual do preço
Figura 2 - Fábrica em produção
Fonte: freepik
Diante disso, uma oferta perfeitamente inelástica seria a elasticidade 
igual a zero, ou seja, um aumento no preço deixa inalterada a quantidade 
ofertada. A Oferta inelástica seria a Elasticidade inferior a 1. Assim, um 
aumento de 22% no preço causa um aumento de 10% na quantidade 
ofertada (VARIAN, 1994).
Economia
18
Na Oferta com Elástica unitária seria a Elasticidade igual a 1. Pode-
se dizer que um aumento de 22% no preço causa uma queda de 22% na 
quantidade ofertada (VARIAN, 1994).
Na Oferta elástica a Elasticidade é maior do que 1. Com um aumento 
de 22% no preço causa uma queda de 67% na quantidade ofertada. 
Na Oferta perfeitamente elástica tem a Elasticidade infinita, ou seja, a 
qualquer preço acima de “x” colocado no mercado a quantidade ofertada 
é infinita (VARIAN, 1994).
Vimos que a elasticidade-preço da demanda mede o quanto 
à quantidade demandada responde a variações do preço. Assim, a 
demanda tende a ser mais elástica se há substitutos próximos disponíveis, 
se o bem é supérfluo ao invés de ser necessário, se o mercado é definido 
de maneira restringido ou se os consumidores possuem muito tempo 
para uma resposta a uma determinada mudança do preço (VARIAN, 1994).
O cálculo da elasticidade-preço da demanda é realizado com a 
variação percentual da quantidade demandada dividida pela variação 
percentual do preço. Se o resultado da elasticidade der menor que 1, 
dizemos que a demanda é inelástica. Se a elasticidade é maior que 1, 
dizemos que a demanda é elástica (VARIAN, 1994).
A receita total, que é a quantia total paga por um bem, é igual ao 
preço do bem multiplicado pela quantidade vendida. A fórmula seria:
Receita Total (RT) = P x Q
 No caso de curvas de demanda inelásticas, a receita total aumenta 
quando o preço aumenta. Isto porque, um aumento nos preços leva a 
uma diminuição na quantidade demandada, em menor proporção que 
o aumento dos preços. Para curvas de demanda elástica, a receita total 
diminui quando o preço aumenta (VARIAN, 1994).
Economia
19
RESUMINDO:
E ai? Gostou desta produção? Vimos sobre os graus de 
sensibilidade em relação aos preços, ou seja, sobre a 
elasticidade. Vimos também sobre os fatores determinantes 
da elasticidade, elasticidade preço da demanda/oferta, 
demanda/oferta inelástica, demanda/oferta elástica, 
demanda/oferta unitária, entre outros aspectos. Com todos 
esses conceitos poderemos mergulhar no tópico 4 no 
qual veremos sobre a curva (fronteira) de possibilidade de 
produção, custo de oportunidade e os fatores de produção.
 
Economia
20
Externalidades
INTRODUÇÃO:
Ao término deste material você será capaz de entender 
como funciona o impacto das externalidades na economia. 
Isto será fundamental para o exercício de sua profissão. As 
atividades econômicas desenvolvidas pelas empresas têm 
um impacto na sociedade e isso pode ser identificado pelas 
externalidades. E então? Motivado para desenvolver esta 
competência? Então vamos lá. Avante!
Compreendendo a externalidade na 
economia
Uma externalidade surge quando uma pessoa está envolvida em 
um ato que afeta o bem-estar de terceiros que não participam desse ato 
sem pagar ou receber compensação, afirma Mankiw (2013). Nesse sentido, 
se o impacto sobre o terceiro é vantajoso, chamamos de externalidade 
positiva, agora se tal impacto for desvantagem para este terceiro, a 
externalidade caracteriza-se por negativa.
Se houver externalidades, o interesse da empresa em um resultado 
de mercado vai além do bem-estar de compradores e vendedores que 
participam do mercado. Isso inclui o bem-estar de terceiros que são 
indiretamente afetados. Como compradores e vendedores ignoram os 
efeitos externos de suas ações ao decidir sobre demanda ou oferta, o 
equilíbrio do mercado para efeitos externos não é eficiente (MANKIW, 2013).
Economia
21
Figura 3 - Compradores e Vendedores
Fonte: pixabay
Nesse sentido, o equilíbrio não maximiza o benefício geral para a 
sociedade como um todo. Por exemplo, a liberação de dioxina no meio 
ambiente é um efeito externo negativo, por isso uma externalidade que 
consideramos negativa, como afirma Mankiw (2013). As empresas de 
manufatura de papel que se concentram em seus próprios interesses não 
levam em consideração o custo total da poluição que causam no processo 
de produção, e os consumidores de papel não levam em consideração o 
custo total da poluição em que contribuem ao tomar decisões de compra. 
Deste modo, a menos que o governo as impeça ou desestimule, as 
empresas emitirão dioxina em excesso (MANKIW, 2013).
DEFINIÇÃO:
“Externalidades” podem ser definidas como impacto das 
ações de um agente econômico no bem-estar de outros 
agentes econômicos, dos quais não estão diretamente 
relacionados ou não fazem parte da ação. Por sua vez, as 
Externalidades podem ser consideradas como falhas de 
mercado (MANKIW, 2013).
O interesse da empresa em um resultado de mercado, se 
considerada as externalidades, vai além do próprio mercado, dos quais, 
podem incluir o bem-estar de outras pessoas afetadas. Em situações 
em que há efeitos externos, o governo pode melhorar ou melhorar os 
resultados do mercado (NEVES, 2011).
Economia
22
Nessa perspectiva, percebemos então uma externalidade negativa, 
quando o efeito de um impacto causado pela externalidade for danoso. 
Por exemplo, podemos dizer que se uma empresa polui os rios de 
uma cidade para efetivar sua produção. Tais feitos, podem gerar custos 
adicionais a sociedade. Se por acaso, o efeito deste impacto causado 
pela externalidade fosse benéfico a sociedade, teríamos então uma 
externalidade positiva.
Para Mankiw (2013) existem diferentes tipos de externalidades e 
respostas políticas para solucionar essas falhas de mercado. Alguns exemplos:
Quadro 1 - Exemplos de externalidades.
Falhas
Tipo de 
externalidade
Solução Política
Fumaça 
emitida pelos 
escapamentos 
dos carros
Externalidade 
negativa
O governo federal procura resolver 
esse problema estabelecendo 
padrões de emissão para os carros. 
Além disso, tributa a gasolina para 
diminuir o tempo que as pessoas 
passam dirigindo, reduzindo, assim, 
o uso do carro.
Restauração 
de imóveis 
antigos
Externalidade 
positiva
Muitos governos municipais reagem 
a isso controlando a demolição de 
construções históricas e oferecendo 
isenções fiscais aos proprietários que 
as restaurarem.
Latido dos 
cachorros
Externalidade 
negativa
Os governos municipais lidam com 
esse problema tornando ilegal a 
“perturbação da paz”.
Pesquisa 
de novas 
tecnologias
Externalidade 
positiva
O governo federal aborda 
parcialmente esse problema por 
meio do sistema de patentes, que 
confere aos inventores uso exclusivo 
de seus inventos por um período 
limitado.
Fonte: Adaptado de Mankiw (2013)
Economia
23
Analisando cada caso e sua externalidade, percebemos que 
ao considerar a fumaça dos carros, a externalidade é negativa, pois os 
motoristas tendem a se tornar grandes poluidores. Já no que se refere a 
restauração dos imóveis antigos, considerado uma externalidade positiva, 
percebemos que as pessoas que passam por eles podem desfrutar da 
beleza e do senso histórico que essas construções proporcionam. Por 
sua vez, o latido dos cães, são externalidades negativas, pois os vizinhos 
são perturbados pelo barulho. Por fim, são consideradas externalidades 
positivas as pesquisas em tecnologias, pois geram conhecimento que 
outras pessoas podem usar.
Em cada um desses casos, um tomador de decisão não considera 
o impacto externo de seu comportamento. O governo está respondendo 
tentando influenciar essas decisões para proteger os interesses dos 
prejudicados. 
Em um mercado semintervenção do governo, o preço do produto se 
ajusta para equilibrar/coordenar a oferta e a demanda, ou seja, coordena 
a quantidade comercializada quando os custos privados de produção 
das empresas são confrontados com o benefício ou valor privado que os 
consumidores avaliam nesse mercado. Como exemplo de tal situação, 
podemos analisar uma empresa que produz medicamentos, em que o 
custo social de produzir os medicamentos é da empresa e o benefício 
social é dos consumidores.
Figura 3 – Mercado de medicamentos
PEq. Mercado
QEq. Mercado
Demanda 
(Benefício Privado)
Oferta 
(Custo Privado)
P
Q
Fonte: Adaptado de Mankiw (2013)
Percebemos então que ao analisarmos tal figura, o Custo Social se 
iguala ao Custo Privado, da mesma forma que o Benefício Social se iguala 
ao Benefício Privado.
Economia
24
Se uma empresa incorre em custos durante suas atividades de 
produção ou vendas que não são suportados apenas por ela no mercado, 
mas também poderão ser pagos pela sociedade. Nesse sentido, para esta 
empresa, os efeitos são da externalidade negativa.
Como exemplo, uma empresa estará gerando externalidade 
negativa, se ela emitir poluentes, dos quais geram risco a saúde das 
pessoas de uma sociedade. Por sua vez, tal empresa, está gerando custos 
para a sociedade, mas estes custos não são pagos apenas pelas empresas 
do mercado. O custo social é maior que o custo privado das empresas. 
Figura 4 – Externalidade negativa na oferta
PÓtimo
PEq. Mercado
QEq. MercadoQÓtima
B
A
Demanda 
(Benefício Privado)
Custo Social 
(Custo Privado + Custo Externo)
Oferta 
(Custo Privado)
P
Q
Fonte: Adaptado de Mankiw (2013)
Neste caso, podemos perceber que o Custo Social é maior que o 
Custo Privado. Já o Custo Social se iguala ao Custo Privado como o Custo 
Externo. Da mesma forma são iguais o Benefício Social e o Benefício 
Privado.
IMPORTANTE:
Para realizar a produção, as empresas incorrem em 
custos no mercado, alguns desses custos são pagos pela 
empresa e outra parte é terceirizada para ser “paga” pela 
sociedade. Os benefícios da produção são suportados 
pelos consumidores. Dessa forma, se uma empresa emitir 
poluentes que gerem risco a saúde, por sua vez, o custo da 
saúde será externalizado para a sociedade.
Economia
25
Como a externalidade causa custos sociais superiores aos custos 
privados das empresas, existe uma diferença entre o preço de equilíbrio 
e o valor definido pelo ótimo de mercado, seria então o ponto A da Figura 
3 e o preço e o equilíbrio em quantidades ideais para toda a sociedade 
seria o ponto B.
Nesse sentido, algumas reflexões acerca de tais impactos podem 
ser analisadas, como o incentivo às empresas para produção de nível 
de ótimo social; a internalização dos custos externos, resultados das 
externalidades por meio de impostos, taxas ou multas relativas à 
quantidade produzida, ou seja, os custos externos gerados; e realizar o 
deslocamento da curva de oferta para a esquerda até que atinja o ponto 
do ótimo social.
Se os compradores incorrem em custos de suas atividades de 
compra que não são apenas absorvidos por quem compra no mercado 
em questão, eles criam externalidades negativas. Por exemplo, um 
indivíduo estará gerando externalidade negativa, quando decide comprar 
e consumir cigarros, pois tal ação, gerará custos de manutenção a saúde 
para a sociedade. 
Neste caso, o benefício privado do indivíduo é superestimado 
em comparação com o benefício social, uma vez que não leva em 
consideração nem desconta os custos que esse consumo acarreta.
Figura 5 – Externalidade negativa na demanda
Custo Social 
(Custo Privado - 
Custo Externo)
PÓtimo
PEq. Mercado
QEq. MercadoQÓtima
B
A
Demanda 
(Benefício Privado)
Oferta 
(Custo Privado)
P
Q
Fonte: Adaptado de Mankiw (2013)]]
Economia
26
Para esse comportamento, o Benefício Privado será maior que o 
Benefício Privado. No que se refere ao Custo Social, será igual ao Custo 
Privado. Já o Benefício Social será idêntico ao Benefício Privado menos o 
Custo Externo.
Os indivíduos aproveitam do consumo para causarem custos 
sociais. Nesse sentido, o benefício privado é inteiramente suportado pelo 
consumidor, mas o benefício social é menor que o privado porque tem 
que suportar custos externos. Por exemplo, as pessoas que consomem 
cigarros, pois o custo da saúde serão externalizado à sociedade.
Como a externalidade cria um benefício privado maior que o 
benefício social, dados os custos externos, haverá uma divergência entre 
o preço de equilíbrio e a quantia definida pelo ótimo de mercado, ao 
analisarmos o ponto A da Figura 6, e o ótimo preço e a ótima quantia para 
a sociedade como definidos no ponto B.
Quando uma empresa obtém benefícios durante suas atividades 
de produção ou vendas que são totalmente absorvidos não apenas por 
esse mercado, mas pela sociedade. Por sua vez, esta empresa gera 
externalidades positivas. 
Como exemplo, podemos imaginar que uma empresa, para gerar 
uma externalidade positiva, desenvolve um novo método para purificar 
a água, do qual provoca um benefício tecnológico e que pode ser 
aproveitado por pessoas fora do seu mercado de atuação.
Essa medida então, do tratamento da água por meio da tecnologia 
trará benefícios à sociedade, mas esses benefícios não afetarão apenas o 
mercado e causarão custos sociais mais baixos do que os custos privados 
desse mercado, se considerarmos os benefícios externos alcançados.
Economia
27
Figura 6 – Externalidades positivas de oferta
PÓtimo
QEq. Mercado QÓtima
A
B
Demanda 
(Benefício Privado)
Oferta 
(Custo Privado)
Custo Social 
(Custo Privado - 
Benefício Externo)
P
Q
PEq. Mercado
Fonte: Adaptado de Mankiw (2013)
Neste caso, ao analisarmos o Custo Privado, percebemos que ele 
será maior que o Custo Social. Enquanto que o Custo Social, será igual ao 
Custo Privado retirando o Benefício Externo e que o Benefício Social será 
igual ao Benefício Privado.
Nessa perspectiva, benefícios e custos sociais são gerados, após 
as empresas de um mercado gerarem sua produção. Dessa forma, os 
custos privados são suportados inteiramente pelo fabricante, mas os 
custos sociais são mais baixos que os custos privados, isso porque foram 
gerados benefícios externos. 
Como a empresa que desenvolve nova tecnologia para purificar a 
água. Neste caso, os benefícios da nova tecnologia são externalizados 
para a sociedade.
Como a externalidade nesse mercado causa custos privados 
superiores aos custos sociais, há uma divergência entre o preço de 
equilíbrio e o valor definido pelo ótimo de mercado que pode ser 
verificado no ponto A da Figura 5, além disso, o preço e o valor ótimos 
para a sociedade em geral podem ser observados no ponto B.
O impacto da externalidade positiva é percebido quando os 
compradores obtêm benefícios em sua atividade, dos quais, não são 
apenas absorvidos por quem compra neste mercado em questão. 
Por exemplo, um indivíduo gera externalidade positiva, quando 
decidir por estudar mais, nesse caso, tal individuo irá obtiver e consumir mais 
educação, que por sua vez gerará benefícios à população com um todo.
Economia
28
Nesse sentido, não considerando os benefícios externos que tal 
consumo implicará, ao comparar o benefício privado e o benefício social, 
este está sendo subavaliado. 
Figura 7 – Externalidades positivas de oferta
PÓtimo
PEq. Mercado
QEq. Mercado QÓtima
A
B
Demanda 
(Benefício Privado)
Oferta 
(Custo Privado)
P
Q
Benefício Social 
(Benefício Privado + 
Benefício Externo)
Fonte: Adaptado de Mankiw (2013)
Percebamos então que o Benefício Social é maior que o Benefício 
Privado. Já o Custo Social será igual ao Custo Privado. De forma que o 
Benefício Social se iguale ao Benefício Privado mais o Benefício Externo.
Para certos consumidores, os indivíduos absorvem benefícios e 
geram benefícios sociais. Alguns desses serviços são absorvidos pelos 
consumidores e outros são terceirizados para a sociedade foradeste 
mercado.
Nessa perspectiva, os produtores irão absorver o custo da produção, 
quando por exemplo as pessoas que decidirem consumir mais educação. 
Neste caso, o benefício de um maior nível de educação será externalizado 
para a sociedade.
Como a externalidade cria um benefício social superior ao benefício 
privado, haverá uma divergência nesse mercado entre o preço de 
equilíbrio e a quantidade definida pelo ótimo de mercado, observados no 
ponto A da Figura 7, além de notar o preço e a quantidade ótimos para a 
sociedade como um todo, destacados assim no ponto B.
Qual a eficácia do mercado privado para lidar com efeitos das 
externalidades? Questiona Mankiw (2013). Um resultado famoso, 
conhecido como teorema de Coase, em homenagem ao economista 
Ronald Coase, sugere que ele pode ser muito eficaz em determinadas 
Economia
29
circunstâncias. Segundo o teorema de Coase, o mercado privado sempre 
resolverá o problema dos efeitos externos e alocará recursos com 
eficiência se os operadores econômicos privados puderem negociar a 
alocação de recursos gratuitamente (MANKIW, 2013).
DEFINIÇÃO:
Assim, Vasconcellos (2002, p.102) define como “Teorema 
de Coase”: “Em ausência de custos de transação, e 
independentemente da distribuição dos direitos de 
propriedade, o resultado da negociação será eficiente.”
O teorema de Coase diz que os agentes econômicos privados 
podem resolver o problema das externalidades entre si. Qualquer que 
seja a distribuição inicial de direitos, as partes interessadas sempre 
podem chegar a um acordo em que todos estão melhores e o resultado 
é eficiente (MANKIW, 2013).
Vasconcellos (2002) exemplifica o teorema de Coase da seguinte 
forma: Imagine uma fábrica poluindo um rio perto de um pequeno 
povoado. A solução tradicional seria, por exemplo, cobrar um imposto 
sobre a produção da fábrica.
Figura 8 – Fábrica poluindo
Fonte: pixabay
Economia
30
Isso reduziria a poluição do rio, o que tornaria a vila mais habitável. 
Portanto, a tendência seria que a população desse vilarejo aumentasse, 
o que significaria que, mesmo que a produção da fábrica fosse reduzida, 
mais pessoas seriam afetadas pelo impacto da externalidade negativa. 
Por conseguinte, poderia justificar-se aumentar a taxa do imposto sobre a 
produção, o que reduziria ainda mais a produção e o consumo do produto 
ou serviço em questão. Como pode ser visto, a aplicação do imposto 
“pigouviano” pode reduzir bastante a produção e o consumo de bens 
valorizados pela sociedade (VASCONCELLOS, 2002). 
Nesse sentido, Vasconcellos (2002) defende ainda que poderia 
ser mais eficiente das partes envolvidas, a oportunidade de concluir 
um contrato ou acordo (por exemplo, a fábrica poderia compensar os 
moradores e continuar produzindo), o que significa custos mais baixos 
para todos. Obviamente, isso estará correto desde que os custos de 
realização dessas negociações não sejam muito altos.
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste material, 
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido 
que a externalidade, que desenvolvida a partir das atividades 
produtivas de uma empresa, se benéfica pode desencadear 
a externalidade positiva na sociedade, agora se a empresa 
afeta de forma danosa a sociedade, essa externalidade será 
classificada como negativa. Além disso, estudamos que 
tais impactos podem afetar tantos os compradores como 
os vendedores, por isso foram abordados nesta unidade 
as externalidades (positiva e negativa) a partir do seu 
comportamento na oferta e demanda. Estudamos ainda o 
teorema de Coase, nomeado dessa forma em homenagem 
ao economista Ronald Coase, do qual traz as características 
que explicam o mercado privado sobre as externalidades.
 
Economia
31
Conhecendo as lógicas e raciocínios gerais 
de economia e a organização dos estudos 
econômicos em micro e macroeconomia
INTRODUÇÃO:
Ao término deste material você terá conhecido algumas 
lógicas econômicas. Elas serão importantes para a 
qualidade do exercício de sua profissão. As pessoas que 
incorporam os raciocínios econômicos em suas escolhas 
cotidianas tendem a otimizar suas escolhas e torná-las mais 
produtivas. Vamos lá? Motivado para desenvolver mais uma 
etapa do seu conhecimento? Comecemos, então!
Campos de Estudo da Economia
A economia estuda o comportamento de indivíduos, famílias, 
empresas, governos, estados, países, nações e mundo. Assim, para 
relacionar os efeitos das ações de cada um desses agentes de modo 
integrado ou isoladamente, organiza-se o estudo na divisão entre a 
Macroeconomia e a Microeconomia.
A Microeconomia é o campo de estudo da economia que estuda 
comportamentos individuais, setoriais, ou grupos de atividade econômicas 
e organizações. Trata da parte, porque estuda o equilíbrio parcial, ou 
os mercados específicos do sistema econômico. O conjunto de partes 
integra o todo da economia. 
O conjunto de atividades econômicas e organizações é o campo 
de estudo da Macroeconomia. A macroeconomia estuda o equilíbrio 
geral do sistema econômico, os agregados econômicos. Evite relacionar 
a classificação da macro e da microeconomia regiões territoriais. Produto 
Interno Bruto (PIB), seja de um Município, Estado ou País fazem parte da 
macroeconomia. O desemprego total, a inflação, os gastos do governo 
também são elementos macroeconômicos. Seguindo com os exemplos, 
a produção de apenas um bem ou conjunto de bens como a agricultura 
Economia
32
é microeconomia, assim como o desemprego de apenas um setor, como 
o automobilístico.
A Microeconomia observa mercados específicos ou o equilíbrio e a 
formação de preços em cada mercado. Já a Macroeconomia ocupa-se do 
equilíbrio geral e das variações do nível geral de preços.
Tanto na micro quanto na macroeconomia estuda-se o uso de 
recursos escassos para satisfazer as necessidades ilimitadas das pessoas. 
Em ambos os campos de estudos, há a observação das escolhas e 
decisões coletivas ou individuais, realizadas diante de inúmeras variáveis. 
REFLITA:
Como tomar decisões em meio a tantas variáveis? Depois, 
veja a seguir o uso da condição “coeteris paribus”.
Para o tratamento das variáveis qualitativas e quantitativas e 
suas análises, a Economia estabelece diálogo com as demais áreas 
do conhecimento incorporando diversos raciocínios, sociológicos, 
antropológicos, históricos, matemáticos, entre outros. Utiliza-se de 
observações econômicas históricas, de estudos estatísticos e de métodos 
quantitativos para compreender o comportamento econômico, avaliar 
situações e traçar estratégias. Os métodos de pesquisa e observação são 
formas de organizar variáveis à tomada de decisão.
Em pauta no contexto de hoje, estão os raciocínios analíticos 
e a inteligência analítica, que exploram cotidianamente trabalhos 
aprofundados com métodos quantitativos e estatísticos, vinculados aos 
processos decisórios. Esse tipo de trabalho enriquece a base de tomada 
de decisões, o estabelecimento de estratégias e amplia os ganhos 
competitivos esperados, pelas pessoas e pelas organizações. 
O raciocínio analítico não retira a importância das observações 
históricas e das demais áreas do conhecimento que interferem no 
comportamento econômico. Mas, terão melhores posicionamentos 
estratégicos os profissionais que se utilizarem do maior número de 
métodos, ferramentas e instrumentos de análise das informações nos 
processos decisórios. A ciência de dados está em alta!
Economia
33
Para estudar o comportamento econômico e os processos de 
tomada de decisão, precisamos compreender que há diversas variáveis 
que o influenciam e que precisamos isolá-las e manter as demais 
constantes para entender como cada uma pode afetar tal comportamento 
humano ou decisão. Para isso, adotamos uma expressão latina “coeteris 
paribus” ou “ceteris paribus”. Ela quer dizer “mantidasas demais variáveis 
constantes”. 
EXPLICANDO MELHOR:
Suponha que está com fome e irá pedir uma comida em 
casa. O que você escolherá? Imagine neste “meio tempo” 
começou a chover, chegaram uns amigos e um grande 
amigo seu pediu uma ajuda urgente. Você ainda fará um 
pedido por telefone para entrega de comida em domicílio? 
Pedirá a mesma refeição? Como agirá? Perceba que há 
inúmeras variáveis que afetam o comportamento humano 
em sociedade. Por isso, precisamos isolar os fatos para 
compreender qual seria o seu comportamento a cada 
situação. A pergunta deveria ser feita da seguinte forma: 
O que você escolherá para comer, mantidas as demais 
variáveis constantes (coeteris paribus)? A resposta seria, 
por exemplo: comida japonesa. Mas, se chegarem amigos 
peço pizza e, se me pedirem ajuda, cancelo tudo e saio de 
casa. Como algo depois e assim, abro mão de me alimentar 
neste momento para atender a ajuda solicitada (custo de 
oportunidade).
A Ciência Econômica se utilizou e ainda se utiliza desta condição 
para fazer cálculos e análises. Caso contrário, precisaria de muito mais 
tempo para compreender o conjunto de comportamentos que regem a 
economia em sociedade. Por outro lado, quando você isola as situações, 
você estabelece decisões a cada caso e otimiza sua escolha. 
Para a elaborar cenários adota-se a condição “coeteris paribus”, um 
processo que envolve a organização e a análise de variáveis para adotar a 
decisão empresarial. Por exemplo, você supõe estratégias para alcançar 
seus objetivos a cada cenário que elabora. Suponha que queira realizar 
um investimento, se a situação for favorável, você realiza o investimento 
Economia
34
com recurso próprio. Se a situação for outra, ou adversa, você financia 
seu investimento, ou ainda, se houver outra situação você pode “abrir 
mão” de um investimento para realizar uma aplicação financeira (custo de 
oportunidade). 
REFLITA:
Escolhas têm Custo de Oportunidade.
As escolhas na economia envolvem o custo de oportunidade, diante 
da decisão sobre o que produzir, para quem produzir e como produzir. 
Ele pode ser financeiro e mensurado fisicamente ou ser abstrato como a 
destinação do tempo, por exemplo. 
O custo de oportunidade de realizar a leitura deste material, 
implica em abrir mão de estar com os amigos, com a família, trabalhando, 
estudando outras disciplinas, entre outras atividades. Note que nada é 
de graça, quando se apresenta o uso e destinação do tempo a nossas 
atividades. Toda atividade deve ser remunerada e pode ser contabilizada 
pelo lógica do custo de oportunidade. Se você escolher ser gerente 
de vendas, terá que abrir mão de desempenhar outros papéis em uma 
sociedade.
REFLITA:
Se há escassez de recursos contraposta à necessidade 
ilimitada das pessoas, precisamos decidir sobre: o que 
produzir? como produzir? e para quem produzir? (Figura 7)
Ao pensar o que produzir as pessoas escolhem os bens e serviços 
que atendem as necessidades humanas. Isto resulta nos esforços à 
eficácia alocativa dos fatores de produção. De modo mais direcionado, 
conforme nicho de mercado e público alvo, é decidido para quem serão 
produzidos os bens e os serviços. As técnicas e os conhecimentos 
utilizados para a produção são escolhidos, respondem ao como produzir, 
de modo eficiente.
Economia
35
Figura 9 – As 3 Questões Fundamentais da Economia. 
PROBLEMA: ESCASSEZ DE FATORES
O que produzir?
Para quem produzir?
Como produzir?
RECURSOS 
ESCASSOS
NECESSIDADES 
ILIMITADAS
Fonte: As autoras. 
Você, organizações e o governo pensam assim para atender 
as necessidades ilimitadas que nos regem. Considerando a eficiência 
produtiva e a eficácia alocativa dos fatores, tomaremos decisões ótimas, 
ao equilíbrio, à felicidade e à sustentabilidade.
Você toma suas decisões diárias baseando-se nos recursos que 
dispõe e naquilo que deseja fazer. Individualmente pensa-se o que 
produzir, para quem produzir e como produzir. Observe suas escolhas 
diárias! Todas elas têm custo de oportunidade!
De modo analítico, as pessoas ou organizações tomam estas 
decisões baseadas no raciocínio proposto pela “Fronteira de Possibilidade 
de Produção (FPP)” ou “Curva de Possibilidade de Produção (CPP)”. Dado 
um conjunto de fatores, ou recursos, qual seria a melhor forma de alocá-
los de modo a compor uma combinação ótima de produtos que lhe torne 
mais satisfeito? Este será o próximo tema de estudo: CPP ou FPP.
Depois de ter conhecido as lógicas e os raciocínios gerais da 
economia, bem como sua organização de estudo, procure identificar 
esses temas no seu cotidiano.
Economia
36
SAIBA MAIS:
Quer se aprofundar sobre variáveis e custo de oportunidade? 
Recomendo assistir ao menos 10 minutos do Vídeo: 
“Eduardo Gianneti ‘O Valor do Amanhã’”, acessível pelo 
link <https://www.youtube.com/watch?v=4vYB0rgnzoU> 
(Acesso em 20/08/2019).
RESUMINDO:
Como foi o seu aprendizado? Gostou de conhecer as lógicas, 
os raciocínios e a organização dos estudos da economia? 
Vamos resumir tudo o que vimos? Você deve ter aprendido 
que a economia se organiza em dois campos de estudo: 
a micro e a macroeconomia. Ambas possuem os estudos 
e a organização de variáveis para compreender de que 
forma fazemos uso de recursos para atender necessidades. 
Enquanto a microeconomia se ocupa do equilíbrio parcial, 
de mercados específicos, a macroeconomia observa 
os agregados econômicos e o equilíbrio geral. Você se 
lembra que todas as decisões envolvem a análise de 
inúmeras variáveis? Em decorrência disso, vimos que 
isolamos variáveis para analisar os processos decisórios, 
sob a condição “coeteris paribus”, mantidas as demais 
variáveis constantes. Também estudados que todas as 
nossas escolhas possuem custo de oportunidade e que 
nossas decisões também consideram este raciocínio. 
Por fim, tomamos ciência de que devido à escassez, 
tanto indivíduos quanto governos e empresas, pensam o 
que, para quem e como produzir, cotidianamente. Agora, 
seguimos, sistematizando nosso conhecimento, com os 
aprendizados sobre os conceitos gerais de economia.
Economia
37
O comportamento do consumidor: 
demanda de bens e serviços
INTRODUÇÃO:
Ao término deste material você terá iniciado a aprendizagem 
técnica de economia. Isto confere qualidade analítica para o 
exercício de sua profissão. As pessoas que se ocupam com 
o aprimoramento técnico contínuo tendem a alcançar seus 
objetivos com eficácia. Os raciocínios analíticos estão em 
pauta no atual contexto dos negócios, porque permitem 
operacionalizar conceitos. Nesta produção faremos 
este exercício por meio da Fronteira de Possibilidade de 
Produção (FPP). E então? Pronto para iniciar a construção 
destes conhecimentos? Prossiga nos seus estudos.
Fatores de Produção e Bens e Serviços
Os fatores de produção são classificados em: terra, capital, trabalho, 
capacidade empresarial e tecnologia. São recursos que formam os 
processos produtivos e que podem ser separados em físicos e financeiros, 
como a terra o capital e a tecnologia, e humanos, como o trabalho, a 
capacidade empresarial e a tecnologia. Note que a tecnologia possui uma 
parte física e uma parte humana.
Sobre o respeito aos recursos humanos, vale ressaltar que: as 
pessoas detêm os meios (fatores) de produção; as pessoas ofertam e 
demandam fatores de produção; as pessoas agem, praticando ações e 
atuando nas transformações dos meios de produção; um dos meios de 
produção é humano, porque compõem e alteram os processos produtivos, 
seja decidindo ou trabalhando; a tecnologia tem um componente 
humano; as pessoas detêm os bens; as pessoas não são bens; as pessoas 
trabalham e são classificadas como um fator humano de produção; as 
pessoas ofertam e demandam bens e serviços, principalmente quando 
organizadas em empresas.
Economia
38
 • O Fator Terra: consiste no conjunto dos recursos naturais e 
nas delimitações de espaço utilizados na produção de bens e 
de serviços. Devem ser cuidados, preservados,recuperados e 
respeitados, quando utilizados nos processos produtivos, para 
que sejam otimizados, no curto e no longo prazo. Quanto ao seu 
uso, enfatiza-se a “sustentabilidade ambiental”.
 • O Fator Capital: pode ser físico ou financeiro. O capital físico 
consiste nas máquinas, equipamentos e estruturas produtivas 
como fábricas, galpões, prédios, entre outras infraestruturas. 
Quando financeiro, pode ser considerado em um estado não 
físico, que pode, por meio de investimentos, ser transformado 
em estruturas produtivas. Disto resultam os cálculos do custo 
do capital investido. O respeito aos valores monetários e físicos 
passam pela ética e pela compreensão de que os recursos 
financeiros têm origem nos esforços dos trabalhos cotidianos. A 
partir destes valores é possível direcionar novos investimentos 
para solucionar desde desequilíbrios sociais, por exemplo, até 
alternativas para a vida da espécie.
 • O Fator Trabalho: é o esforço humano de produção que transforma 
os fatores terra, capital e tecnologia. O valor trabalho deve ser 
respeitado em todas as suas formas, em todas as suas atividades, 
em todas as territorialidades. A produtividade do trabalho é um 
dos valores humanos mais importantes porque é o meio pelo qual 
se escoa a criatividade humana. A qualidade das relações sociais 
de trabalho amadurecem a sociedade em que vivemos. 
 • O Fator Capacidade Empresarial: também chamada de 
empresariedade, que é a capacidade de dirigir empresas mediante 
os posicionamentos estratégicos e as soluções ótimas. Por ter 
origem em uma das formas de trabalho, deve ser igualmente 
respeitada, reconhecida e valorizada entre os demais fatores. Este 
fator representa o comportamento empreendedor das pessoas 
que direciona e mobiliza novos investimentos e alternativas para o 
uso de recursos e o atendimento de necessidades.
Economia
39
 • O Fator Tecnologia: a tecnologia tem uma parte abstrata 
e uma parte material. Trata-se da interação de técnicas e 
de conhecimentos capaz de reunir, reorganizar, repensar e 
redirecionar o uso dos demais fatores para o atendimento das 
necessidades ilimitadas. Pode-se considerar a tecnologia como 
inerente ou externa aos seres humanos, mas, de modo geral, uma 
interação que resulta na materialização de processos criativos 
de produção. A tecnologia pode ou não ser uma inovação e tem 
origem nas interações e pensamentos humanos.
Os fatores de produção se transformam ou são transformados 
em bens e serviços, e existem critérios para as classificações dos bens 
(Figura 10).
Figura 10 – Fatores, Bens e Processos Produtivos. 
Fatores de 
produção
• Terra
• Capital
• Trabalho
• Capacidade 
empresarial
• Tecnologia
Processos 
produtivos
• O que 
produzir?
• Para quem 
produzir?
• Como 
produzir?
Bens: produtos 
e serviços
• Bens 
intermediários
• Bens de capital
• Bens finais.
RECURSOS 
ESCASSOS
NECESSIDADES 
ILIMITADAS
escassez
Fonte: As autoras. 
Classificações de Bens:
 • Quanto à escassez os bens podem ser: econômicos ou livres. Por 
exemplo, a energia solar disponível na forma de raios solares é um 
bem livre. Os demais tipos de bens são considerados econômicos 
porque são escassos, como a água, por exemplo, ou qualquer 
produto ou serviço que se deseje consumir. 
Economia
40
 • Quanto ao nível de renda e consumo, os bens podem ser: Bem de 
Consumo; Saciado ou Bem Normal; Bem de Luxo; e Bem Inferior.
 • Bens públicos, são de domínio público como praças, iluminação, 
vias, ruas, placas, pontos de ônibus, entre outros bens disponíveis 
mediante gasto do recurso público para atender necessidades 
coletivas.
 • Comparativamente, os bens podem ser: Bem Substituto; Bem 
Concorrente; Bem Complementar. Substitutos podem ser 
perfeitos, como camiseta branca e camiseta bege; ou imperfeitos, 
como camiseta e regata. Bens concorrentes competem entre si; 
e bens complementares precisam ser consumidos em conjunto 
para serem úteis, como pasta de dente e escova de dentes.
 • Quanto à finalidade, os bens podem ser de Consumo Final e Bem 
de Consumo Intermediário. Os bens de consumo final podem ser 
Duráveis, e Não Duráveis, quando perecíveis em um curto período 
de tempo.
 • Nos processos produtivos os bens Intermediários são 
transformados pelos bens de Capital, em bens Materiais (Produtos) 
ou Bens Imateriais (Serviços). Os bens de capital são máquinas, 
equipamentos, infraestruturas e estruturas produtivas físicas, que 
transformam os bens intermediários.
Há, portanto, tipos de bens e serviços, que variam de acordo com 
sua utilidade, etapa do processo produtivo, entre outras classificações. 
Produtos são bens materiais e serviços são bens imateriais. Conforme o 
uso, os bens podem ser duráveis ou não-duráveis. Já conforme o processo 
produtivo, há os bens intermediários, consumidos no processo; os bens 
de capital, utilizados para a transformação dos bens intermediários; e os 
bens finais, que resultam do esforço produtivo. 
Bens de capital são máquinas e equipamentos utilizados para a 
transformação de insumos e de bens intermediários em bens finais ou 
serviços. Esta é a lógica de uma cadeia produtiva. Uma cadeia produtiva 
é o resultado da atividade econômica. Ela é composta por agentes e 
pelas relações estabelecidas entre eles no processo de organização da 
Economia
41
produção e da geração de bens e serviços. Em contrapartida do esforço 
produtivo está a remuneração dos fatores de produção e dos bens e 
serviços. 
Fronteira de Possibilidade de Produção (FPP)
A partir da FPP é possível compreender visualmente alguns 
raciocínios que fundamentam a teoria econômica: o Custo de 
Oportunidade, a Capacidade Ociosa, a Impossibilidade de Produção, o 
Pleno Emprego dos Fatores, bem como a necessidade de compartilhar 
técnicas e conhecimentos ou a tecnologia e avançarmos na satisfação 
dos nossos desejos. Os Avanços Tecnológicos podem provocar alterações 
nos níveis da Atividade Econômica.
A FPP representa a máxima capacidade de produção de dois bens, 
utilizando todos os recursos disponíveis, em um determinado período de 
tempo. A Figura 11 tem um esboço da curva (CPP).
1. Pleno Emprego: qualquer ponto sobre a curva (CPP) indica 
a combinação de produção do bem X e do bem Y. Trata-se da 
produção de 2 bens ou serviços, em pleno emprego. Note 
que cada eixo representa um bem diferente do outro, e se 
desejássemos analisar um conjunto de bens maior que dois, 
haveria a necessidade de representar mais eixos na figura. Por isso, 
esta suposição, limitada a dois bens, é feita para a compreensão 
conceitual, visto que na prática um indivíduo, uma organização ou 
uma sociedade produz uma gama incontável de bens e serviços 
por meio de suas ações e atividades cotidianas.
2. Capacidade Ociosa: ocorre quando os fatores de produção 
não estão sendo plenamente empregados. Há, portanto, a 
possibilidade de operamos em capacidade ociosa e, desta 
forma, não utilizamos todos os fatores de produção. Quando em 
capacidade ociosa, é possível ampliar a produção dos bens X e Y 
até atingir o pleno emprego. Qualquer ponto dentro da curva, ou, o 
espaço interno à fronteira mostra que há recursos ociosos. 
Economia
42
3. Impossibilidade de Produção: representa a combinação de 
produção dos bens X e Y que não é possível atingir com os fatores 
disponíveis. Trata-se do espaço externo à curva e também pode 
ser considerado níveis potenciais de produção, caso alternativas 
sejam encontradas à ampliação da capacidade de produção. Em 
um dado período de tempo, não há recursos disponíveis àquele 
nível de produção de bens ou serviços. 
4. Avanço Tecnológico: expansão da curva, devido às soluções 
tecnológicas. Caso todos os recursos (terra, capital, trabalho, 
capacidade empresarial e tecnologia) estejam em pleno emprego, 
apenas um fator pode ser variável: a tecnologia. Ela pode deslocar a 
CPP e ampliar as combinações de produção do bem X e do bemY.
5. Custo de Oportunidade: renúncia feita em função de escolhas. 
Tudo aquilo que se abre mão de produzir, por ter decido produzir 
outro bem. Em pleno emprego, quando direcionamos todos os 
fatores de produção ao bem X, a produção do bem Y é nula. A partir 
deste ponto, ao decidir ampliar a produção do bem Y, é necessário 
abrir mão da produção do bem X. Na Figura 9, as flechas indicam 
as variações da produção decorrentes do custo de oportunidade.
A CPP pode ser utilizada para compreender os limites da produção 
de um indivíduo, de uma empresa, de uma organização, de um país 
ou do mundo. Na prática, para que sejamos mais produtivos no mundo 
precisamos compartilhar estas técnicas e conhecimentos disponíveis para 
que todos tenham acesso e possam fazer parte do sistema econômico. 
Trata-se de um esforço para que pessoas saiam da linha de miséria e da 
pobreza e passem a trabalhar de modo produtivo, reduzindo a fome, a 
desigualdade social e a criminalidade. 
Economia
43
Figura 11 – Fronteira de Possibilidade de Produção (FPP)
Pleno emprego: os fatores de 
produção estão sendo plenamente 
empregados na produção do bem 
X e do bem Y. Impossibilidade de produção: 
não há fatores disponíveis para a 
produção do bem X e do bem Y.
Custo de oportunidade: 
reduzir a produção 
do bem X para iniciar 
a produção do bem 
Y, quando em pleno 
emprego.
Avanço tecnológico: 
alternativas encontradas para 
aumentar a produção do bem 
X e do bem Y, mantendo os 
demais fatores constantes.
Capacidade ociosa: os 
fatores de produção 
não em pleno emprego 
para a produção do 
bem X e do bem Y.
BEM X
1
4
0
2
BEM Y
5
3
Fonte: As autoras.
Na FPP da Figura 12 é possível operacionalizar os conceitos 
descritos a partir da Figura 11. Siga com as interpretações:
1. Pleno Emprego: a CPP tem algumas combinações de produção 
de dois bens: carros tipo A e carros tipo B, que podem ser de luxo 
e populares, respectivamente. Observe no Quadro 1 os volumes 
de produção de carros tipo A e B. Em pleno emprego, quando são 
produzidas 6.000 unidades do carro tipo A, são produzidas 7.000 
unidades de carros tipo B.
2. Capacidade Ociosa: observe o ponto que combina a produção de 
5.750 unidades de carro tipo A e 7.000 unidades de carro tipo B. 
Neste nível de produção a empresa opera em capacidade ociosa.
3. Impossibilidade de Produção: o ponto marcado fora da CPP, que 
combina a produção de 6.500 unidade de carro tipo A e 13.000 
unidades de carro tipo B, representa um nível de impossibilidade 
de produção, neste período de tempo. Com os fatores disponíveis, 
não é possível produzir esta combinação de carros tipo A e B.
4. Avanço Tecnológico: para atingir níveis mais elevados de produção, 
que vão além da CPP, a empresa precisa encontrar alternativas 
de usos dos recursos escassos. Os pontos de impossibilidade 
de produção se tornam potenciais alcances produtivos, quando 
admitimos a existência dos avanços tecnológicos. Os avanços 
Economia
44
tecnológicos podem ocorre para o carro tipo A ou para o carro 
tipo B, ou, para o carro tipo A e carro tipo B.
5. Custo de Oportunidade: a partir do ponto que combina a produção 
de 6.250 unidades de carro tipo A e 0 unidades de carro tipo B, 
é possível iniciar a produção de 7.000 unidades de carro tipo B, 
abrindo-se mão de 250 unidades de carros tipo A. Na sequência, 
o custo de oportunidade de aumentar 2.500 unidades de carro 
tipo B, seria deixar de produzir mais 250 unidades de carro tipo 
A. Note que a cada 250 unidades que se deixa de produzir do 
carro tipo A, são incrementadas cada vez menos unidades de 
carro tipo B. Em um primeiro momento, 250 unidade de carro 
tipo A corresponderam á produção de 7.000 unidades de carro 
tipo B. Em um segundo momento, 250 unidades do carro tipo A 
corresponderam à produção de mais 2.500 unidades de carro 
tipo B, que corresponde a um total de 9.500 unidades produzidas. 
Assim, podemos afirmar que a produção de carros tipo B cresce 
a taxas cada vez menores, a cada 250 unidades sacrificadas de 
carro tipo A. A Lei dos Rendimentos Decrescentes, diz que dada 
uma capacidade de produção, na medida que se incrementam 
fatores, a produção cresce a taxas cada vez menores. Observe, no 
Quadro 2, as variações de produção utilizadas para medir o custo 
de oportunidade e sua variação gráfica (Figura 11). 
Quadro 2 – Dados – Fronteira de Possibilidade de Produção (FPP): Exemplos.
Carros Tipo A
(Vol. de Produção 
– em unidades)
Carros Tipo B 
(Vol. de Produção 
– em unidades)
Variação – 
Carros Tipo A
Variação – 
Carros Tipo B
6.250 0 - -
6.000 7.000 250 7.000
5.750 9.500 250 2.500
N ... N ... N ... N ...
0 13.000 5.750 3.500
Fonte: As Autoras
Economia
45
Figura 12 – Fronteira de Possibilidade de Produção (FPP): Exemplos
Carros Tipo A
0 Carros Tipo B
Custo de 
oportunidade
6.500
6.250
6.000
5.750
7.000       9.500
Pleno emprego
Impossibilidade de produção
Avanço 
tecnológico
Capacidade 
ociosa
13.000 13.500
Fonte: As Autoras
Você iniciou a aprendizagem da operacionalização técnica dos 
conceitos dos estudos econômicos. Procure aplicar estes conhecimentos 
no seu dia a dia, observando as diversas capacidades de produções de 
bens e serviços.
SAIBA MAIS:
Quer se aprofundar mais no tema sobre avanços tecnológicos 
e raciocínios analíticos? Recomendo assistir ao Vídeo: “A 
história da Inteligência Artificial - TecMundo” (TECMUNDO, 
2019) acessível pelo link <https://bit.ly/2QkbItl> (Acesso em 
10/02/2020).
Você sabia que a ANFAVEA (Associação Nacional dos 
Fabricantes de Veículos Automotores) possui estatísticas 
sobre a capacidade e o volume de produção de veículos 
no Brasil? Para saber mais, acesso o site da ANFAVEA pelo 
link: <https://bit.ly/3a9DdfZ> (Acesso em 10/02/2020).
Economia
46
RESUMINDO:
E então? Gostou de operacionalizar conceitos 
sistematizando-os em gráficos? Vamos revisar os conteúdos 
desta produção letiva? Primeiramente, conhecemos os 
fatores de produção: terra, capital, trabalho, capacidade 
empresarial e tecnologia. Vimos que estes fatores são 
alocados nos processos produtivos para a produção de 
bens e serviços. Para desenvolver a linha de raciocínio 
da economia, operacionalizamos as três questões 
fundamentais (o que, como e para quem produzir) na 
fronteira de possibilidade de produção (FPP). Você deve 
ter aprendido que a fronteira expressa a escolha sobre “o 
que produzir”, que, a partir do conhecimento do público 
alvo, consegue direcionar a produção compreendendo 
“para quem produzir”. As escolhas dos níveis de produção 
e a alocação dos fatores na FPP, representam o “como” 
produzir. A FPP sintetiza a operacionalização de cinco 
conceitos: o Pleno Emprego, a Capacidade Ociosa, a 
Impossibilidade de Produção, os Avanços Tecnológicos e o 
Custo de Oportunidade.
Economia
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ALBERGONI, L. Economia. IESDE BRASIL S/A. Curitiba – PR. 2008. 
Acesso em: 30 de dez de 2019. Disponível em: http://bit.ly/3bYsJPS.
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TEODORO, J. (s.d.). Os dez princípios básicos de economia: uma relaçao 
entre a teoria e o cenário economico atual. Universidade Federal de 
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em: https://rl.art.br/arquivos/3938588.pdf.
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and Kroton Group. Jul. 2015. Disponível em: http://bit.ly/2VhAbQt.
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uma proposta. Revista de Economia Política, vol. 28, nº 1 (109), pp. 116-135, 
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VASCONCELLOS, M. S. Economia, Micro e Macro. São Paulo: Atlas, 
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VASCONCELLOS, Marco A.; GARCIA, Manuel. Fundamentos da 
Economia. São Paulo: Ed. Saraiva, 2010.
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