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Os princípios gerais para o preparo cavitário é o tratamento biomecânico da cárie e outras lesões dos tecidos duros do dente, de forma que as estruturas remanescentes possam receber uma restauração que as proteja, seja resistente e previna a reincidência de cárie. Para Black, a amálgama era o único e bom material restaurador. Para ele, a restauração e uso do amálgama era o único processo que prevenia o surgimento da cárie. Hoje, sabe-se que a orientação sobre a escovação e dieta do paciente é a ferramenta essencial para a prevenção da lesão cariosa. Extensão de prevenção: Preparo cavitário maior do que o necessário para “prevenir” a recidiva de cárie. Hoje, os princípios de Black precisam de uma releitura, visto que não seguiam os conceitos da odontologia minimamente invasiva. • O amálgama não possui adesividade ao dente • É uma liga de mercúrio com 1 ou mais materiais • Pode possuir fraturas marginais • O amálgama não fortalece as estruturas dentais Plano de tratamento: baseado na orientação de dieta e higiene bucal / odontologia preventiva Conservação e bom senso: Cada lesão e cada dente apresentam características únicas Princípios biológicos: acesso adequado e remoção da lesão Princípios mecânicos: retenção e resistência adequada ao conjunto dente-restauração Tempos operatórios de Black • Acesso à lesão e remoção do tecido cariado • Forma de retenção • Forma de resistência • Forma de contorno • Forma de conveniência • Acabamento das paredes de esmalte • Remoção da dentina cariada remanescente • Limpeza da cavidade Etapa do preparo que consiste na remoção do esmalte dental sem suporte dentinário, expõe o processo radiológico, e permite a instrumentação das faces subsequentes. Processo no qual se abre o dente e se acessa a lesão por meio das pontes diamantadas ou com brocas para preparo cavitário (330/245) Remoção da dentina ocorre por meio dos instrumentos Carbide em baixa rotação ou colher de dentina. Outros métodos (Sistema CVD, Papacárie, laser, microabrasão a ar) . Princípios gerais do preparo cavitário EROS RUAN DE MEDEIROS – ODONTO/UFRN PRINCÍPIOS CLÁSSICOS DE PREPARO DE BLACK ACESSO À LESÃO PONTAS DIAMANTADAS • 1011 • 1012 • 1013 • 1014 O amálgama não tem adesividade aos tecidos dentais Black cria aspectos que ajudam a reter o amálgama na cavidade dental: cavidades retentivas Cavidades retentivas: característica dada as cavidades para que a mesma propicie a retenção do amálgama, evitando descolamento. SE UMA CAVIDADE FOR MAIS PROFUNDA DO QUE LARGA, NATURLMENTE ESSA CAVIDADE É MAIS RETENTIVA. PROFUNDIDADE > LARGURA Forma adicional de retenção: paredes convergentes para oclusal (V/L). A BASE DA RESTAURAÇÃO TEM QUE SER MAIS LARGA DO QUE O TOPO. Ocorre quando ela não tem a retenção natural. As paredes mesial e distal podem ser retas ou levemente divergentes para oclusal. As formas de retenção são uma associação de vários fatores: • Canaletas adicionais • Pinos em dentina • Criação de canaletas • Amálgama pin • Retentores intrarradiculares São estratégias para que o conjunto dente + restauração resistam aos esforços mastigatórios. • O amálgama tem que ter, no mínimo, 1,5mm de profundidade para resistir os esforços mastigatórios. • Para que essa dissipação de força adequada, a parede pulpar tem que ser plana, paralela ao plano oclusal • Parede pulpar irregular, pode promover as pontas de lança decorrentes do amálgama voltadas para a parede pulpar, que ficam em cima dentina, gerando estímulo, que causa a sensibilidade mastigatória. Parede pulpar paralela ao plano oclusal, para promover a dissipação adequada dessas forças e esforços mastigatórios. FORMA DE RETENÇÃO FORMAS DE RESISTÊNCIA O ângulo cavosuperficial deve estar aproximadamente em 90°, mas, é aceitável estando entre 90° e 70°. Isso serve para que a cúspide tenha um desgaste adequado que permita ter um remanescente dental adequado para suportar os esforços mastigatórios. Os ângulos internos da cavidade devem ser arredondados, pois facilitam a dissipação das forças, espalhando melhor a tensão dos esforços mastigatórios, reduzindo as chances de fratura. O esmalte não deve ficar sem suporte de dentina, pois há tendência a fraturas. Arredondamento do ângulo axio-pulpar Planificação das paredes pulpares CURVA REVERSA DE HOLLENBACK – Quando, no preparo classe II, o ângulo agudo precisa ser um pouco mais desgastado para se obter um ângulo mais reto, com espessura a mais do que 1,5mm para que o amálgama possa se aderir de forma adequada. Caixa proximal: paredes vestibulares e lingual/palatal devem convergir para oclusal, ou seja, DEVEM TER A BASE MAIS LARGA DO QUE O TOPO. Isso ocorre para que a restauração fique retida. Geralmente dada pela cárie. Recortador de margem gengival 28/29 Brocas em baixa rotação (adaptador de baixa rotação) Adaptador de contra ângulo T10 Ajustes anteriores ao o preparo ou durante que facilitarão os procedimentos subsequentes (Isolamento; fio afastador gengival/fio retrator; Afastamento interdental; FORMAS DE CONTORNO ACABAMENTO DA CAVIDADE FORMAS DE CONVENIÊNCIA Promove a remoção de irregularidades dos prismas de esmalte. Aprimorando o vedamento e reduzindo os riscos de infiltração. Proporcionar melhor vedamento marginal Pode ser feito com brocas em baixa rotação ou instrumentos manuais como o recortador de margem gengival Procedimento que visa remover todos os resíduos presentes na cavidade após o uso de instrumentos cortantes e rotatórios utilizados durante o preparo cavitário Desmineralizanes: desmineralização de dentinas e demais tecidos. Mais utilizados. • Ácidos fortes (Ác.fosfórico) • Ácidos fracos (EDTA) e Poliacrílico Não desmineralizantes: germicidas (clorexidina) , detergentes(tergentol, tergensol) , alcalinizantes (a base de hidróxido de cálcio) Resina Composta Diferente da liga por amálgama, a resina possui ADESÃO ao tecido dentário. Logo, não são necessárias FORMAS DE RETENÇÃO. Tem capacidade de dissipação de forças mastigatórias melhor, com modulo de elasticidade semelhante aos dos tecidos dentários. Acesso à lesão/ preparo cavitário: ocorre por meio das brocas diamantadas 1011/1012/1013/1014 Com brocas CARBIDE em baixa rotação, remove-se o tecido cariado. Antes, removia o tecido cariado até alcançar a dentina, ouvindo-se o “grito da dentina” Em lesões muito profundas, a broca ultrapassava a dentina e alcançava a polpa Remoção seletiva do tecido cariado Deixa-se o tecido com possibilidade de remineralização Remove-se a dentina infectada e deixa-se a dentina afetada DECISÃO RESTAURADORA Lesão sem cavidade: proservar Lesão com microcavidade na qual pode-se limpar: proservar Lesão com microcavidade que paciente não consegue limpar: sela a lesão e cavidade, após visualização ao exame radiográfico Remoção seletiva da dentina Remove-se a dentina infectada e deixa-se a dentina afetada na região mais profunda. Cavidades profundas: Remove-se a dentina infectada e deixa-se a dentina afetada Cavidades rasas ou médias: remoção total do tecido ou de quantidade suficiente para material restaurador subsequente. PAREDES CIRCUNDANTES SEMPRE LIVRES DE TECIDO CARIADO, DIFERENTE DA PAREDE DE FUNDO. A restauração deve ser inserida até 05mm do sulco gengival ACABAMENTO DAS PAREDES DO ESMALTE LIMPEZA DA CAVIDADE objetivo do preparo em restaurações diretas com
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