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1 Introdução à Biologia Celular (Biologia de Campbell Cap. 6) – Sandy Lima (1º Semestre- Medicina) Introdução à Biologia Celular Célula: é a coleção mais simples de matéria capaz de viver. Microscopia e Ferramentas da Bioquímica Microscopia Foram observadas pela primeira vez... por...: - Paredes celulares: Robert Hooke, em 1665 (observava células mortas da cortiça do carvalho. - Células vivas: lentes produzidas por Antoni Van Leeuwenhoek, em 1674. - Três parâmetros importantes na microscopia são a magnificação, resolução e contraste. → Magnificação: é a proporção entre o tamanho da imagem do objeto e o seu tamanho real. → Resolução: mede a nitidez da imagem; é a distância mínima na qual dois pontos podem ser separados e ainda serem distinguidos como dois pontos. → Contraste: é a diferença de brilho entre as áreas claras e escuras de uma imagem. Microscópio óptico No Microscópio óptico (MO), a luz visível é passada através do espécime e então através de lentes de vidro. As lentes refratam (dobram) a luz de modo que a imagem do espécime é aumentada à medida que é projetada para dentro do olho ou de uma câmera Técnicas de microscopia: → Campo claro (espécime não corado): a luz passa diretamente pelo espécime. → Campo claro (espécime corado): adição de coloração com vários corantes para aumentar o contraste. → Contraste de fase: variação de densidade. → Contraste de interferência diferencial (Nomarski): modificações ópticas para exageras as diferenças de densidades. → Fluorescência: adição de corantes fluorescentes. → Confocal: utilizando um laser, essa técnica de “secção óptica” elimina a luz fora de foco de uma amostra espessa, criando um plano único de fluorescência na imagem. → Desconvolução: reconstrução da imagem de uma mesma célula, a partir de várias imagens borradas de diferentes planos. → Superresolução: um equipamento sofisticado é utilizado para acender moléculas fluorescentes individuais e registrar sua posição. A informação combinada a partir de várias moléculas em diferentes locais “rompe” o limite da resolução. Microscópio Eletrônico - Microscópio eletrônico de varredura (MEV): Micrografias obtidas com uma MEV mostram uma imagem em 3D da superfície de um espécime. Micrografias eletrônicas são em preto e branco, mas muitas vezes são coloridas artificialmente para destacar determinadas estruturas. (Útil para estudo detalhado da superfície) -Microscópio eletrônico de transmissão (MET): traça o perfil de uma fina secção de um espécime. (Útil para estudar a estrutura interna da célula) Os microscópios eletrônicos revelaram muitas estruturas subcelulares impossíveis de serem percebidas no microscópio óptico. Uma desvantagem da microscopia eletrônica é que os métodos usados para preparar o espécime destroem as células. Fracionamento Celular Técnica que isola as células e separa as principais organelas e outras estruturas subcelulares umas das outras. -Instrumento utilizado: Centrífuga – gira tubos com misturas de células rompidas a várias velocidades. → Velocidades mais baixas: sedimentos maiores → Velocidades mais altas: sedimentos menores 2 Introdução à Biologia Celular (Biologia de Campbell Cap. 6) – Sandy Lima (1º Semestre- Medicina) Células Eucarióticas Existem dois tipos distintos de células - Procarióticas: sem carioteca; Domínio Bactéria e Archaea. - Eucarióticas: com carioteca; Protistas (unicelulares), fungos, animais e plantas Características comuns aos dois tipos de cels - Possuem membrana plasmática, barreira seletiva que permite a passagem de oxigênio, nutrientes e resíduos. - Contém cromossomos, que carregam genes na forma de DNA - Contém ribossomos, minúsculos complexos que sintetizam as proteínas de acordo com as instruções a partir dos genes. - Contém citoplasma, com citosol. Características distintas 0 → Eucariótica: - Localização do DNA: está no núcleo, ligado por uma membrana dupla (carioteca) - Citoplasma: localizado entre membrana plasmática e o núcleo. Nele está suspenso diversas organelas de forma e função especializada. → Procariótica: - Localização do DNA: concentrado em uma região não envolta por membrana, chamada de nucleoide. - Citoplasma: sem organelas, porém, está organizado em diferentes regiões. Células Eucarióticas e suas Organelas Célula animal Flagelo - Estrutura de locomoção - Formado por um grupo de microtúbulos dentro de uma extensão da membrana plasmática. Centrossomo - Contém um par de centríolos. - Região em que os microtúbulos das células são iniciados. Citoesqueleto - Reforça o formato da célula. - Funciona no movimento celular. - Seus componentes são feitos de proteínas. - Inclui: Microfilamentos Filamentos intermediários Microtúbulos Microvilosidades - Aumentam a superfície de absorção da célula. Peroxissomos - Possui várias funções metabólicas, uma das principais é digerir algumas substâncias, isso porque em seu interior estão armazenadas as enzimas oxidases. - Nas reações de oxidação é produzido o peróxido de hidrogênio (H2O2), e por isso essa organela recebe esse nome. Mitocôndria - Organela onde ocorre a respiração celular. - Produção de ATP. Lisossomos - Organela digestória onde as macromoléculas são hidrolisadas. 3 Introdução à Biologia Celular (Biologia de Campbell Cap. 6) – Sandy Lima (1º Semestre- Medicina) Aparelho ou complexo de Golgi - Síntese, modificação, direcionamento e secreção de produtos celulares. Ribossomos - Síntese de proteínas livres no citosol ou ligadas ao RE rugoso ou a carioteca. Núcleo - Composto por Envelope Nuclear ou carioteca: Membrana dupla que envolve o núcleo; continuidade do RE. Nucléolo: Produção de ribossomos (ativa somente quando descondensado) Cromatina: Material que consiste em DNA e proteína – visível na forma de cromossomos individuais condensados. Retículos endoplasmáticos - O retículo endoplasmático é uma organela que está relacionada com a síntese de moléculas orgânicas. RE rugoso: crivados de ribossomos (ergastoplasma) RE liso: sem ribossomos Célula vegetal Parede celular - Mantem o formato da célula. - Protege a célula do dano mecânico. - Composta por celulose, outros polissacarídeos e proteínas. Vacúolo vegetal - Armazenamento, quebra de subprodutos e hidrolise de macromoléculas. - Aumento do vacúolo é o principal mecanismo de crescimento das plantas. Cloroplasto - Organela fotossintetizante: energia solar -> energia química (armazenada em moléculas de açúcar) Plasmodesmos - Canais citoplasmáticos: conectam os citoplasmas das células adjacentes. Núcleo e Ribossomos O núcleo, que contém a maior parte do DNA da célula, e os ribossomos, que utilizam a informação do DNA para produzir proteínas. Núcleo - Contém a maioria dos genes na célula eucariótica (alguns genes estão localizados nas mitocôndrias e nos cloroplastos). - Envelope nuclear (carioteca ou membrana nuclear): membrana dupla (sendo cada uma das membranas bicamada lipídica com proteínas associadas) que envolve o núcleo, permitindo a entrada e saída de proteínas e RNA, como também de grandes complexos de macromoléculas. - Cromossomos: estruturas contidas dentro do núcleo que carregam a informação genética / unidades de organização do DNA. - Cromatina: complexo de DNA e proteínas. Célula em divisão: cromatina se condensa (inativa), tornando possível a distinção dos cromossomos. Célula não está em divisão: cromatina descondensada (ativa), sendo assim uma massa difusa, cromossomos indistinguíveis. - Nucléolo: estrutura proeminente dentro do núcleo não em divisão. Nele ocorre: 4 Introdução à Biologia Celular (Biologia de Campbell Cap. 6) – Sandy Lima (1º Semestre- Medicina) Síntese de um RNA chamado RNA ribossomal (RNA r), a partir de instruções do DNA. As proteínasimportadas a partir do citoplasma unem-se ao RNAr, formando as subunidades ribossomais grande e pequena. - O núcleo direciona a síntese proteica: Ribossomos - Complexos formados por RNA ribossomal e proteína, são os componentes celulares que realizam a síntese de proteínas. - Células com altas taxas de síntese proteica = grande número de ribossomos. - Os ribossomos constroem proteínas em dois locais do citoplasma Livres suspensos no citosol. - em geral funcionam dentro d citosol, como enzimas que catalisam as primeiras etapas da quebra do açúcar. Ligados ao lado externo do Reticulo endoplasmático e da carioteca. – em geral produzem proteínas que irão ser inseridas nas membranas para empacotamento de certas organelas como lisossomos. Obs.: os ribossomos livres e ligados são estruturalmente idênticos e podem alternar os dois papéis. Obs.: Ribossomos não estão ligados a membranas, portanto, não são considerados organelas. Sistema de Endomembranas - Envelope nuclear, Reticulo endoplasmático, aparelho de Golgi, lisossomos, vários tipos de vesículas, vacúolos e a membrana plasmática. - Esse sistema realiza uma série de tarefas: Síntese de proteínas Transporte de proteínas para dentro de membrana e organelas ou para fora da célula. Metabolismo Movimento dos lipídeos. Destoxificação de venenos. - As membranas desse sistema estão relacionadas diretamente por continuidade física ou transferência de vesículas (segmentos de membranas). Retículo endoplasmático - Rede extensa de membranas que consiste em uma rede de túbulos e sacos membranosos chamados de cisternas. - A membrana do RE separa o lúmen do RE (espaço cisternal do RE) do citosol. - A membrana do RE é continua a carioteca. - Existem duas regiões distintas do RE: RE liso: sem ribossomos Re rugoso: com ribossomos Funções no RE liso - O RE liso funciona em processos como 1. Síntese dos lipídeos (incluindo óleos, esteroides e fosfolipídios): as células que sintetizam e secretam hormônios, como os sexuais ou esteroidais, são ricos em RE liso. 2. Desintoxicar drogas e venenos: normalmente envolve a adição de grupos hidroxilas a moléculas de drogas, 5 Introdução à Biologia Celular (Biologia de Campbell Cap. 6) – Sandy Lima (1º Semestre- Medicina) tornando-as mais solúveis e mais fáceis de serem eliminadas pelo corpo. - A proliferação de RE liso e suas enzimas associadas a desintoxicação, de fato aumenta a desintoxicação, entretanto, também aumenta a tolerância às drogas, significando que doses mais altas são necessárias para alcançar determinado efeito, como a sedação, podendo também diminuir a eficácia de certos antibióticos e outros medicamentos úteis. 3. Armazena íons cálcio 4. Metabolismo de carboidratos Funções do RE rugoso 1. Produz proteínas secretórias por meio dos ribossomos. 2. Fábrica de membrana para as células – cresce pela adição de proteínas de membrana a própria membrana. Aparelho de Golgi - Recebe as muitas vesículas que deixam o RE. - Nele produtos, como proteínas, são modificadas, armazenadas e então enviadas a outros destinos. - Extenso nas células especializadas para secreção. - Possui dois lados: Face cis (convexa) – próxima do RE, recebe vesículas que lá são secretadas. Face trans (côncava) – origina vesículas que se soltam e viajam para outros locais e também participam da maturação dos produtos do RE. - Também fabrica macromoléculas. - Classifica e “etiqueta” produtos que irão para várias partes da célula Lisossomos - Saco membranoso de enzimas hidrolisadas utilizadas para digerir macromoléculas. - Possui meio ácido, o que melhora o funcionamento das enzimas lisossomais. - O escoamento excessivo de um grande número de lisossomos pode destruir uma célula por autodigestão. - Enzimas hidroliticas e membranas lisossomais: ✓ Sintetizadas pelo RE rugoso ✓ Transferidas para o complexo de golgi para o processamento futuro Obs.: alguns lisossomos podem surgir por brotamento da face trans do complexo de Golgi. - As bolsas formadas na fagocitose e na pinocitose, que contêm partículas capturadas no meio externo, fundem-se aos lisossomos, dando origem a bolsas maiores, onde a digestão ocorrerá. Os produtos de digestão, incluindo açúcares simples, aminoácidos e outros monômeros, passam para dentro do citosol e tornam-se nutrientes celulares. Obs.: Macrófagos (glóbulo branco do sangue – defesa) são capazes de fazer fagocitose. - Autofagia: Os lisossomos também utilizam suas enzimas hidrolíticas para reciclar o próprio material orgânico da célula. Vacúolos - São grandes vesículas derivadas do retículo endoplasmático e do aparelho de Golgi. Como as proteínas da superfície interna da membrana do lisossomo e as próprias enzimas digestivas são poupadas da destruição? Aparentemente, as formas tridimensionais dessas proteínas protegem ligações vulneráveis ao ataque enzimático. SAIBA MAIS Na doença de Tay-Sachs, uma enzima que digere lipídeos está ausente ou inativa, e o cérebro danifica-se pelo acúmulo de lipídeos nas células. Felizmente, as doenças de armazenamento lisossomal são raras na população em geral. 6 Introdução à Biologia Celular (Biologia de Campbell Cap. 6) – Sandy Lima (1º Semestre- Medicina) ✓ Vacúolos alimentares, formados por fagocitose ✓ Vacúolos contrácteis que bombeiam o excesso de água para fora da célula – células eucarióticas unicelulares que vivem em água frescas. ✓ Vacúolos hidrolíticos – plantas e fungos – alguns biólogos consideram um tipo de lisossomo. ✓ Vacúolo central - a solução dentro do vacúolo central, chamada seiva, é o depósito principal das células vegetais para íons orgânicos, incluindo potássio e cloreto. O vacúolo central tem um papel fundamental no crescimento de células vegetais, que aumentam à medida que os vacúolos absorvem água, permitindo que a célula aumente com um investimento mínimo no novo citoplasma - Os vacúolos também podem ajudar a proteger a planta contra herbívoros estocando compostos que são venenosos ou não palatáveis aos animais. Alguns vacúolos de plantas contêm pigmentos, como pigmentos vermelhos e azuis de pétalas, que ajudam a atrair insetos polinizadores para as flores. Mitocôndrias, Cloroplastos e Peroxissomos Origem evolutiva de mitocôndrias e cloroplastos Teoria endosimbionte: um ancestral das células eucarióticas engolfou uma célula procariótica que utilizava oxigênio e não realizava fotossíntese. Por fim, a célula engolfada formou um relacionamento com a célula hospedeira se tornando uma endossimbionte (uma célula vivendo dentro da outra célula.) Ainda, durante o curso da evolução, a célula hospedeira e sua endossimbionte fundiram- se em um único organismo, uma célula eucariótica com uma mitocôndria. - Provas: ✓ Em vez de estarem envoltos por uma membrana simples como as organelas do sistema de endomembranas, mitocôndrias e os cloroplastos típicos têm duas membranas ao seu redor ✓ Assim como os procariotos, as mitocôndrias e cloroplastos contêm ribossomos, além de moléculas de DNA circular associadas com suas membranas internas. O DNA nessas organelas programa a síntese de algumas proteínas de organelas nos ribossomos, que também foram sintetizadas e montadas nele. ✓ As mitocôndrias e os cloroplastos são organelas autônomas (um pouco independentes) que crescem e se reproduzem dentro da célula. Mitocôndria - As mitocôndrias são as “usinas” geradoras de energia química (adenosina trifosfato - ATP) da célula. Essas organelas realizam a respiração celular, ou seja, consomem oxigênio e liberam dióxido de carbono durante as suas atividades. - A quantidade de mitocôndrias na célula está relacionada com o nível celular de atividade metabólica. - Cada uma das duas membranas que envolve a mitocôndria é uma bicamada fosfolipídicacom uma rara coleção de proteínas embebidas: A membrana externa é lisa, mas a interna é convoluta, com dobramentos internos chamados de cristas. A membrana interna divide as mitocôndrias em dois compartimentos internos: ✓ Espaço intermembrana: a estreita região entre as membranas interna e externa. ✓ Matriz mitocondrial: está envolto pela membrana interna. A matriz contém várias enzimas diferentes, assim como DNA mitocondrial e ribossomos. As enzimas na matriz catalisam algumas etapas da respiração celular. - Outras proteínas que funcionam na respiração, incluindo a enzima que gera ATP, são construídas dentro da membrana interna. Na condição de superfícies muito dobradas, as cristas dão para a membrana mitocondrial interna uma ampla área superficial, aumentando, assim, a produtividade da respiração celular. Cloroplasto - Contêm o pigmento verde clorofila, junto com enzimas e outras moléculas que funcionam na produção fotossintética do açúcar. São encontradas em folhas e outros órgãos verdes de plantas e nas algas. - Converte energia solar em energia química durante a fotossíntese. 7 Introdução à Biologia Celular (Biologia de Campbell Cap. 6) – Sandy Lima (1º Semestre- Medicina) - O conteúdo do cloroplasto está separado do citosol por um envelope que consiste em duas membranas separadas por um espaço intermembrana muito estreito. ✓ Tilacoides: sistema membranoso na forma de sacos 0achatados e interconectados. ✓ Grana: Pilha em que os tilacoides estão empilhados. ✓ Estroma: O líquido fora dos tilacoides, que contém o DNA do cloroplasto e os ribossomos, assim como várias enzimas. - As membranas do cloroplasto dividem o espaço do cloroplasto em três compartimentos: O espaço intermembrana Estroma Espaço tilacoide. Peroxissomos - É um compartimento metabólico especializado envolto por uma membrana simples. - Os peroxissomos contêm enzimas que removem os átomos de hidrogênio a partir de vários substratos e os transferem para o oxigênio (O2), produzindo peróxido de hidrogênio (H2O2) como subproduto. - Algumas funções: ✓ quebrar ácidos em moléculas menores que são transportadas para as mitocôndrias e utilizadas como combustível para respiração celular. ✓ No fígado, os peroxissomos desintoxicam-se do álcool e de outros componentes prejudiciais pela transferência de hidrogênio dessas substâncias para o oxigênio. - O H2O2 formado pelos peroxissomos é tóxico por si só, mas a organela também contém uma enzima que converte H2O2 em água. Citoesqueleto - Rede de fibras que organiza estruturas e atividades na célula. - Sua função principal é a organização das estruturas e atividades da célula (dar sustentação mecânica e manter sua força). - É composto de três tipos de estruturas moleculares: ✓ Microtúbulos. – Mais espesso ✓ Microfilamentos. (actina) – mais finos ✓ Filamentos intermediários. - O termo motilidade celular inclui tanto alterações na localização celular como movimentos de partes da célula. A motilidade celular requer a interação do citoesqueleto com proteínas motoras. - O citoesqueleto também manipula a membrana plasmática, dobrando-a para dentro para formar vacúolos alimentares ou outras vesículas fagocíticas. (a imagem segue a ordem dos componentes apresentados) Microtúbulos Manutenção da forma da célula (“vigas mestre” que resistem à compressão); motilidade celular (como nos cílios e nos flagelos); movimentos de cromossomos na divisão celular; Movimento de organelas. Microfi lamentos Manutenção da forma da célula (elementos com tensão); alterações na forma da célula; contração muscular; fluxo citoplasmático nas células vegetais; motilidade celular (como no movimento ameboide); divisão de células animais. Filamentos intermediários Manutenção da forma da célula (elementos com tensão); ancoragem do núcleo e certas outras organelas; formação da lâmina nuclear. Os peroxissomos podem aumentar em número dividindo-se em dois quando alcançam certo tamanho, dando apoio à sugestão de uma origem evolutiva endossimbiótica, mas outros argumentam contra esse cenário. A discussão sobre esse tema continua. 8 Introdução à Biologia Celular (Biologia de Campbell Cap. 6) – Sandy Lima (1º Semestre- Medicina) Componentes extracelulares Matriz extracelular (mec) de céls animais - Os principais ingredientes da MEC são glicoproteínas e outras moléculas contendo carboidratos, secretadas pelas células. - A glicoproteína mais abundante na MEC da maioria das células animais é o colágeno, que forma fibras fortes fora da célula. - Algumas células estão ligadas à MEC por glicoproteínas da MEC, como a fibronectina. - A fibronectina e outras proteínas da MEC se ligam às proteínas receptoras da superfície da célula chamadas de integrinas, que são construídas dentro da membrana plasmática. As integrinas atravessam a membrana e se ligam na face citoplasmática a proteínas associadas anexas aos microfilamentos do citoesqueleto. O nome integrina baseia-se na palavra integrar: as integrinas são capazes de transmitir sinais entre a MEC e o citoesqueleto e, assim, integrar as alterações que ocorrem fora e dentro da célula. - Funções: ✓ regula o comportamento celular. ✓ pode influenciar a atividade de genes no núcleo. (a matriz extracelular de um determinado tecido pode ajudar a coordenar o comportamento de todas as células desse tecido.) Junções intercelulares Junções aderentes - Nas junções aderentes, as membranas plasmáticas das células vizinhas estão firmemente pressionadas, umas contra as outras, unidas por proteínas específicas (em roxo). Formando barreiras contínuas ao redor das células, as junções aderentes estabelecem uma barreira que previne a perda do líquido extracelular através da camada de células epiteliais (ver setas vermelhas). Por exemplo, as junções aderentes entre células da pele nos tornam impermeáveis à água. Desmossomos - Os desmossomos (também chamados de junções de ancoramento) funcionam como rebites, unindo as células em camadas fortes. Filamentos intermediários feitos de robustas proteínas queratina ancoram os desmossomos ao citoplasma. Os desmossomos ligam as células musculares umas às outras no músculo. Algumas “distensões musculares” envolvem a ruptura dos desmossomos. Junções comunicante - As junções comunicantes (gap junctions) fornecem canais citoplasmáticos de uma célula para a célula adjacente. Nesse particular, são muito similares em função aos plasmodesmas nas plantas. As junções comunicantes consistem em proteínas de membrana que envolvem um poro pelo qual íons, açúcares, aminoácidos e outras pequenas moléculas podem passar. As junções comunicantes são necessárias para a comunicação entre células em vários tipos de tecidos, incluindo músculo cardíaco e embriões animais. -
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