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APOSTILA2BI_INTRO_ENG

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ASSOCIAÇÃO EDUCACIONAL DOM BOSCO 
Av. Darcy Ribeiro (antiga Resende/Riachuelo), Nº 2535 – Campo de Aviação – Resende-RJ 
Cep: 27.523-000 
Tel/Fax: (24) 3383 -9000 
www.aedb.br 
 
http://www.aedb.br/
Coordenação de Educação a Distância EAD - AEDB 2 
 
Prezado(a) Aluno(a); 
É com grande satisfação que nós: Prof. Msc Mario Esteves e Prof. Msc Michel Haddad, 
damos-lhe as boas vindas à disciplina de Introdução à Engenharia da FER(Faculdade de 
Engenharia de Resende). Ao longo do ano letivo trabalharemos juntos no intuito de 
fundamentar, pesquisar e debater os tópicos simultaneamente, oferecendo um treinamento 
teórico e prático, por meio de exemplos, simulados e exercícios. 
O conteúdo da disciplina foi estruturado em vários módulos, os quais se encontram no link 
"conteúdo da disciplina". Clique nesse links para conhecer os diferentes módulos e iniciar 
seus estudos. 
Não esqueça de acessar o calendário da disciplina (link "calendário de atividades da 
disciplina") para acompanhar nossas atividades programadas (trabalhos, provas etc.). 
Finalmente, sempre que você tiver qualquer dúvida pode entrar em contato conosco via e-mail 
ou fóruns disponibilizados nesta plataforma de EaD. 
Abs., 
Prof. Tutor Mario Esteves 
Prof. Tutor Michel Haddad 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Coordenação de Educação a Distância EAD - AEDB 3 
 Conteúdo Programático 2ª Bimestral 
4. Metodologia Científica e Tecnológica 
 O Método Científico 
 Técnicas de Aprendizagem 
 Estudo 
 Trabalhos Acadêmicos e Científicos 
 Normas para redação 
 Ferramentas de Benchmarking 
 Questionário para Estudo 
5. Engenharia de Projetos e Manutenção 
 Projetos 
 Gestão da Qualidade 
 Gestão Ambiental 
 Metrologia 
 Manutenção 
 Questionário para Estudo 
 2ª Prova Bimestral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.ead.aedb.br/ead/frame_principal/Intro_Engenharia/conteudo/Metodologia_Cientifica/metodocientifico.html
http://www.ead.aedb.br/ead/frame_principal/Intro_Engenharia/conteudo/Metodologia_Cientifica/tecnicasdeaprendizagem.html
http://www.ead.aedb.br/ead/frame_principal/Intro_Engenharia/conteudo/Metodologia_Cientifica/estudo.html
http://www.ead.aedb.br/ead/frame_principal/Intro_Engenharia/conteudo/Metodologia_Cientifica/trabalhosacademicos.html
http://www.ead.aedb.br/ead/frame_principal/Intro_Engenharia/conteudo/Metodologia_Cientifica/normaspararedacao.html
http://www.ead.aedb.br/ead/frame_principal/Intro_Engenharia/conteudo/Metodologia_Cientifica/ferramentasbenchmarking.html
http://www.ead.aedb.br/ead/frame_principal/Intro_Engenharia/conteudo/Projetos_Manutencao/projetos.html
http://www.ead.aedb.br/ead/frame_principal/Intro_Engenharia/conteudo/Projetos_Manutencao/gestaodaqualidade.html
http://www.ead.aedb.br/ead/frame_principal/Intro_Engenharia/conteudo/Projetos_Manutencao/GestaoAmbiental.html
http://www.ead.aedb.br/ead/frame_principal/Intro_Engenharia/conteudo/Projetos_Manutencao/metrologia.html
http://www.ead.aedb.br/ead/frame_principal/Intro_Engenharia/conteudo/Projetos_Manutencao/manutencao.html
http://ead.aedb.br/ead/frame_principal/Intro_Engenharia/conteudo/AvaliacaoBimestral.html
Coordenação de Educação a Distância EAD - AEDB 4 
4. - METODOLOGIA CIENTÍFICA E TECNOLOGICA 
 
4.1 - O Método Científico 
4.1.1 - O método 
Método segundo o dicionário Michaelis significa: 
1. Conjunto dos meios dispostos convenientemente para alcançar um fim. 
2. Ordem ou sistema que se segue no estudo ou no ensino de qualquer disciplina. 
3. Maneira sistemática de dispor as matérias de um livro. 
4. Maneira de fazer as coisas; modo de proceder. 
5. Conjunto de regras para resolver problemas análogos. 
6. Classificação ou distribuição sistemática dos diversos seres, segundo os caracteres ou 
semelhanças que apresentam. 
O método em seu sentido mais geral é a ordem que se deve impor aos diferentes processos 
necessários para atingir um fim dado ou um resultado desejado. Nas ciências, entende-se por 
método o conjunto de processos que o espírito humano deve empregar na investigação e 
demonstração da verdade. 
 
O método não se inventa. Depende do objeto da pesquisa. Os sábios, cujas investigações 
foram coroadas de êxito, tiveram o cuidado de anotar os passos percorridos e os meios que o 
levaram aos resultados. Outro, depois deles, analisaram tais processos e justificaram a 
eficácia dos mesmos. Assim, tais processos, empíricos no início, transformaram-se 
gradativamente em métodos verdadeiramente científicos. 
 
A época do empirismo passou. Hoje em dia não é mais possível improvisar. A atual fase é a 
da técnica, da precisão, da previsão, do planejamento. Ninguém se pode dar ao luxo de fazer 
tentativas ao acaso para ver se colhe algum êxito inesperado. 
 
Deve-se disciplinar o espírito, excluir das investigações o capricho e o acaso, adaptar o 
esforço às exigências do objeto a ser estudado, selecionar os meios e os processos mais 
adequados. Tudo isso é dado pelo método. Assim, o bom método torna-se fator de segurança 
e economia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Coordenação de Educação a Distância EAD - AEDB 5 
4. - METODOLOGIA CIENTÍFICA E TECNOLOGICA 
 
4.1.2 - Definição do método científico 
O método científico quer descobrir a realidade dos fatos e esses, ao serem descobertos 
devem, por sua vez, guiar o uso do método. Entretanto, como já foi dito, o método é apenas 
um meio de acesso: só a inteligência e a reflexão descobrem o que os fatos realmente são. 
O método científico segue o caminho da dúvida sistemática, metódica que não se confunde 
com a dúvida universal dos céticos, que é impossível. O cientista, sempre que lhe falta 
evidência como arrimo, precisa questionar e interrogar a realidade. 
O método científico mesmo aplicado no campo das ciências sociais deve ser aplicado de 
modo positivo, e não de um modo normativo, isto é, a pesquisa positiva deve preocupar-se 
com o que é e não com o que se pensa que se deve ser. 
Toda investigação nasce de um problema observado ou sentido, de tal modo que não pode 
prosseguir, a menos que se faça uma seleção da matéria a ser tratada. Essa seleção requer 
alguma hipótese ou pressuposição que irá guiar e, ao mesmo tempo, delimitar o assunto a ser 
investigado. Daí o conjunto de processo ou etapas de que se serve o método científico, tais 
como observação e coleta de todos os dados possíveis, a hipótese que procura explicar 
provisoriamente todas as observações de maneira simples e viável, a experimentação que dá 
ao método científico também o nome de método experimental, a indução da lei que fornece a 
explicação ou o resultado de todo o trabalho de investigação, a teoria que insere o assunto 
tratado num complexo mais amplo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Coordenação de Educação a Distância EAD - AEDB 6 
4. - METODOLOGIA CIENTÍFICA E TECNOLOGICA 
 
4.1.3 – Conhecimento 
O homem não age diretamente sobre as coisas. Sempre há um intermediário, um instrumento 
entre ele e seus atos. Isto também acontece quando faz ciência, quando investiga 
cientificamente. Não é possível fazer um trabalho científico sem conhecer os instrumentos. E 
esses constituem de uma série de termos e conceitos que devem ser claramente distinguidos, 
de conhecimentos a respeito das atividades cognoscitivas que nem sempre entram na 
constituição da ciência, de processos metodológicos que devem ser seguidos, a fim de 
chegar-se a resultados de cunho científico e, finalmente, é preciso imbuir-se de espírito 
científico. 
O conhecer é uma relação que se estabelece entre o sujeito que conhece e o objeto 
conhecido. No processo de conhecimento o sujeito cognoscente se apropria, de certo modo, 
do sujeito conhecido. 
Se a apropriação é física, sensível, por exemplo, a representação de uma onda luminosa, de 
um som, o que acarreta uma modificação de um órgão corporal do sujeito cognoscente, tem-
se um conhecimento sensível. Tal tipo de conhecimento é encontrado tanto em animais 
quanto nohomem. 
Se a representação não é sensível, o que ocorre com realidades tais como conceitos, 
verdades, princípios e leis, tem-se então o conhecimento intelectual. 
O conhecimento sempre implica uma dualidade de realidades: de um lado, o sujeito 
cognoscente e, de outro, o objeto conhecido, que está possuído, de certa maneira, pelo 
cognoscente. O objeto conhecido pode, às vezes, fazer parte do sujeito que conhece. Pode-
se conhecer a si mesmo, pode-se conhecer e pensar os seus pensamentos. Mas nem todo 
conhecimento é pensamento. O pensamento é conhecimento intelectual. 
Pelo conhecimento o homem penetra nas diversas áreas da realidade para dela tomar posse. 
A própria realidade apresenta níveis de estruturas diferentes em sua própria constituição. 
Assim, a partir de um ente, fato ou fenômeno isolado, pode-se subir até situá-lo dentro de um 
contexto mais complexo, ver seu significado e função, sua natureza aparente e profunda, sua 
origem, sua finalidade, sua subordinação a outros entes, enfim, sua estrutura fundamental 
com todas as implicações daí resultantes. 
Esta complexidade do real, objeto de conhecimento, ditará, necessariamente, formas 
diferentes de apropriação por parte do sujeito cognescente. Essas formas darão os diversos 
níveis de conhecimento segundo o grau de penetração do conhecimento e consequente 
posse mais ou menos eficaz da realidade, levando ainda em conta a área ou estrutura 
considerada. 
Com relação ao homem, por exemplo, pode-se considerá-lo em seu aspecto externo e 
aparente e dizer uma série de coisas que o bom senso dita ou a experiência cotidiana 
ensinou; pode-se, também, estudá-lo com espírito mais sério, investigando 
experimentalmente as relações existentes entre certos órgãos e suas funções; pode-se, 
ainda, questioná-lo quanto à sua origem, sua realidade e destino e finalmente, investigar a 
respeito de suas crenças e convicções religiosas e filosóficas. 
Coordenação de Educação a Distância EAD - AEDB 7 
Tem-se assim, quatro espécies de considerações sobre a mesma realidade; o homem, 
consequentemente o pesquisador, está se movendo dentro de quatro níveis diferentes de 
conhecimento. O mesmo pode ser feito com outro objetos de investigação. 
Tem-se, então, conforme o caso: 
1. conhecimento empírico; 
2. conhecimento científico; 
3. conhecimento filosófico; 
4. conhecimento teológico. 
Figura 1 – Os níveis de conhecimento 
4.1.3.1 - Conhecimento empírico 
Conhecimento empírico, também conhecido como vulgar, é o conhecimento do povo obtido ao 
acaso, após inúmeras tentativas. É ametódico e assistemático. 
O homem comum, sem formação, tem conhecimento do mundo material exterior, onde se 
acha inserido, e de um certo número de homens, seus semelhantes, com os quais convive. 
Vê-os no momento presente, lembra-se deles, prevê o que poderão fazer e ser no futuro. Tem 
consciência de si mesmo, de suas ideias, tendências e sentimentos. Cada qual se aproveita 
da experiência alheia. Pela linguagem os conhecimentos transmitem-se de uma pessoa à 
outra, de uma geração à outra. 
Pelo conhecimento empírico, o homem simples conhece o fato e sua ordem aparente, tem 
explicações concernentes à razão de ser das coisas e dos homens. Tudo isso é obtido das 
experiências feitas ao acaso, sem método, e de investigações pessoais feitas ao sabor das 
circunstâncias da vida ou então sorvido do saber dos outros e das tradições da coletividade 
ou, ainda, tirado de uma religião positiva. 
4.1.3.2 - O conhecimento científico 
O conhecimento científico vai além do empírico, além do fenômeno, suas causas e leis. 
Coordenação de Educação a Distância EAD - AEDB 8 
Para Aristóteles o conhecimento só se dá de maneira absoluta quando sabemos qual a causa 
que produziu o fenômeno e o motivo, porque pode ser de outro modo; é o saber através da 
demonstração. 
A ciência, até a Renascença, era tida como um sistema de proposições rigorosamente 
demonstradas, constantes e gerais que expressam as relações existentes entre seres, fatos e 
fenômenos da experiência. 
O conhecimento científico era caracterizado: 
1. certo, porque sabe explicar os motivos de sua certeza, o que não acontece com o 
empírico; 
2. geral, no sentido que de conhecer no real o que há de mais universal e válido para 
todos os casos da mesma espécie. A ciência, partindo do indivíduo concreto, procura o 
que nela há de comum com os demais da mesma espécie; 
3. metódico e sistemático. O cientista não ignora que os seres e fatos estão ligados entre 
si por certas relações. O seu objetivo é encontrar e reproduzir esse encadeamento. 
Alcança-o por meio do conhecimento ordenado de leis e princípios. 
A essas características acrescentam-se outras propriedades da ciência, como a objetividade, 
o desinteresse pela vaidade e o espírito crítico. 
A ciência, assim entendida, era o resultado da demonstração e da experimentação, só 
aceitando o que fosse provado. 
Hoje a concepção de ciência é outra. A ciência não é considerada como algo pronto, acabado 
ou definitivo. Não é posse de verdades imutáveis. 
Atualmente, a ciência é entendida como uma busca constante de explicações e soluções, de 
revisão e reavaliação de seus resultados e tem a consciência clara de sua falibilidade e de 
seus limites. 
Nessa busca sempre mais rigorosa, a ciência pretende aproximar-se cada vez mais da 
verdade através de métodos que proporcionem um controle, uma sistematização, uma revisão 
de uma segurança maior do que possuem outras formas de saber não científicas. 
Por ser algo dinâmico, a ciência busca renovar-se e reavaliar-se continuamente. A ciência é 
um processo de renovação. 
4.1.3.3 - Conhecimento filosófico 
O conhecimento filosófico distingue-se do científico pelo objeto de investigação e pelo 
método. O objeto das ciências são os dados próximos, imediatos, perceptíveis pelos sentidos 
ou por instrumentos, pois sendo de ordem material e física, são por isso suscetíveis de 
experimentação (método científico = experimental). O objeto da filosofia é constituído de 
realidades mediatas, imperceptíveis aos sentidos e que, por serem de ordem suprassensíveis, 
ultrapassam a experiência (método racional). 
A ordem natural do procedimento é, sem dúvida, partir dos dados materiais e sensíveis 
(ciência) para se elevar aos dados de ordem metempírica, não sensíveis, razão última da 
existência dos entes em geral (filosofia). Parte-se do concreto material para o concreto 
suprameterial, do particular ao universal. 
Coordenação de Educação a Distância EAD - AEDB 9 
Na concepção clássica, a filosofia era considerada a ciência das coisas por suas causas 
supremas. Modernamente, prefere-se falar em filosofar. O filosofar é um interrogar, é um 
questionar a si e à realidade. A filosofia não é algo feito, acabado. A filosofia é uma busca 
constante do sentido, de justificação, de possibilidades, de interpretação a respeito de tudo 
aquilo que envolve o homem e sobre o próprio homem em sua existência concreta. 
Filosofar é interrogar. A interrogação parte da curiosidade. Esta é inata. Ela é constantemente 
renovada, pois surge quando um fenômeno nos revela alguma coisa de um objeto e ao 
mesmo tempo nos sugere o oculto, o mistério. Este impulsiona o homem a buscar o 
desvendamento do mistério. Vê-se assim, que a interrogação somente nasce do mistério, que 
é oculto enquanto sugerido. 
Jasper, em sua Introdução à Filosofia, coloca a essência da filosofia na procura do saber e 
não em sua posse. A filosofia trai a si mesma e degenera quando é posta em fórmulas. 
A tarefa fundamental da filosofia resume-se na reflexão. A experiência fornece uma 
multiplicidade de impressões e opiniões. Adquirem-se conhecimentos científicos e técnicos 
nas mais variadas áreas. Têm-se aspirações e preocupações as mais diversas. A filosofia 
procura refletir sobre esse saber, interroga-se sobre ele, problematiza-o. Filosofar é interrogar 
principalmente sobre fatos e problemas que cercam o homem concreto, inserido em seu 
contexto histórico. Essecontexto muda-se através dos tempos, o que explica o deslocamento 
de temas de reflexão filosófica. É claro que alguns temas perpassam a história como o próprio 
homem; qual o sentido do homem e da vida? Existe ou não existe o absoluto? Há liberdade? 
Entretanto, no campo da reflexão ampliou-se muito nos nossos dias. Hoje, os filósofos, além 
das interrogações metafísicas tradicionais, formulam novas questões: o homem será 
dominado pela técnica? A máquina substituirá o homem? Também o homem será produzido 
em série, em tubos de ensaio? As conquistas espaciais comprovam que o poder ilimitado do 
homem? O progresso técnico é um benefício para a humanidade? Quando chegará a vez do 
combate contra a fome e a miséria? O que é valor hoje? 
A filosofia procura compreender a realidade em seu contexto mais universal. Não há soluções 
definitivas para grande número de questões. Entretanto, habilita o homem a fazer uso de suas 
faculdades para ver melhor o sentido da vida concreta. 
4.1.3.4 - Conhecimento teológico 
Conhecimento revelado pela fé divina ou crença religiosa. Não pode, por sua origem, ser 
confirmado ou negado. Depende da formação moral e das crenças de cada indivíduo. Os 
estudiosos consideram o conhecimento teológico como produto da fé humana na existência 
de uma ou mais entidade divinas – a um deus ou muitos deuses ou seres divinizados, 
mitificados. 
Geralmente atribuídos a revelações do mistério, do oculto, por algo que é interpretado como 
mensagem ou manifestação de alguma divindade. Criam-se tradições orais e ou escritas que 
atribuem tais revelações a alguém que se considera sagrado. Apresenta respostas para 
questões que os conhecimentos vulgar, filosófico e científico não conseguem responder 
satisfatoriamente. 
Exemplo: Acreditar que alguém foi curado por um milagre; ou acreditar em duendes; acreditar 
em reencarnação; acreditar em espírito etc.. 
 
Coordenação de Educação a Distância EAD - AEDB 10 
4. - METODOLOGIA CIENTÍFICA E TECNOLOGICA 
 
4.1.4 - Leis 
Lei, segundo o dicionário Michaelis, (exemplar UOL) significa: 
 Preceito emanado da autoridade soberana; 
 Prescrição do poder legislativo; 
 Regra ou norma de vida. 
 Relação constante e necessária entre fenômenos ou entre causas e efeitos. 
 Obrigação imposta. 
 Preceito ou norma de direito, moral etc. 
 Religião fundada sobre um livro. 
As leis científicas que o processo alcança são, nas palavras de Montesquieu, as relações 
constantes e necessárias que derivam da natureza das coisas. As leis exprimem quer 
relações de existência ou de coexistência (a água é um corpo incolor, inodoro, tendo tal 
densidade a tantos graus Centígrados, suscetível de assumir o estado líquido, sólido ou 
gasoso etc.), quer relações de casualidade ou de sucessão (a água ferve a 100 graus 
Centígrados, o calor dilata os metais etc.), quer enfim relações de finalidade (o pâncreas tem 
por função também regular a quantidade de açúcar no sangue). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Coordenação de Educação a Distância EAD - AEDB 11 
4. - METODOLOGIA CIENTÍFICA E TECNOLOGICA 
 
4.1.5 - Teoria e Hipótese 
O emprego usual do termo teoria opõe-se ao da prática. Nesse sentido, a teoria refere-se ao 
conhecimento (=saber, conhecer) em oposição à prática como ação (=agir, fazer). 
Aqui, entretanto, o termo teoria é empregado para significar um resultado a que tendem as 
ciências. Estas não se contentam apenas com a formulação das leis. Ao contrário, 
determinadas as leis, procuram interpreta-las ou explica-las. 
Assim surgem as chamadas teorias científicas, que reúnem determinado número de leis 
particulares sob a forma de uma lei superior e mais universal. 
Ou, conforme Lahr: “Um conjunto de leis particulares, mais ou menos certas ligadas por uma 
explicação comum, torna o nome de sistema ou teoria, por exemplo, sistema de Laplace, a 
teoria da evolução...”. 
Atualmente, porém, a teoria designa uma construção intelectual que aparece como resultado 
do trabalho filosófico ou científico (ou ambos). A teoria não pode ser reduzida, como alguns 
pretendem, à hipótese, mas é certo que as hipóteses – enquanto supostos fundamentais – 
não podem ficar excluídas da construção teórica. 
A teoria distingue-se da hipótese, uma vez que a hipótese é verificável experimentalmente, e 
a teoria não. Todas as proposições da teoria se integram no mundo do discurso 
(conhecimento), enquanto a hipótese comprova a sua validade, submete-se ao teste da 
experiência. 
A teoria é interpretativa, enquanto a hipótese resulta em explicação através de leis naturais. 
A teoria formula necessariamente hipóteses, enquanto ao passo que essas subsistem 
independente dos enunciados teóricos. 
Função das teorias: 
 coordenam e unificam o saber científico; 
 são instrumentos preciosos do sábio, sugerindo-lhe analogias até então ignoradas e 
possibilitando-lhe, assim, novas descobertas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Coordenação de Educação a Distância EAD - AEDB 12 
4. - METODOLOGIA CIENTÍFICA E TECNOLOGICA 
 
4.1.6 - Teoria e Fatos 
O senso comum tende a considerar o fato como realidade, isto é, verdadeiro, definitivo, 
inquestionável e auto evidente. Da mesma forma, imagina teoria como especulação, ou seja, 
ideias não comprovadas que, uma vez submetidas à verificação, se revelarem verdadeiras, 
passam a constituir fatos e, até, leis. 
Sob o aspecto científico, entretanto, se o fato é considerado uma observação empiricamente 
verificada, a teoria se refere a relações entre fatos ou, em outras palavras, à ordenação 
significativa desses fatos, constituindo em conceitos, classificações, correlações, 
generalizações, princípios, leis, regras, teoremas, axiomas etc. 
Dessa forma conclui-se que: 
 Teoria e fato não são diretamente opostos, mas inextrincavelmente inter-relacionado, 
consistindo em elementos de um mesmo objetivo – a procura da verdade –, sendo 
indispensáveis a abordagem científica. 
 Teoria não é especulação, mas um conjunto de princípios fundamentais, que se 
constituem um instrumento científico apropriado na procura e principalmente na 
explicação dos fatos; 
 Ambos, teoria e fato, são objetos de interesse dos cientistas: não existe teoria sem ser 
baseada em fatos; por sua vez; a compilação de fatos ao acaso, sem um princípio de 
classificação (teoria), não produziria a ciência – ter-se-ia um acúmulo de fatos não 
sistematizados, não relacionados, mas amorfos e dispersos, impossíveis de serem 
interligados e explicados; 
 O desenvolvimento da ciência pode ser considerado como uma inter-relação constante 
entre a teoria e fato. 
Atividades Propostas:
Volte para sua disciplina e participe do Fórum de "Metodologia Científica e Tecnológica" 
 
Anotações: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Coordenação de Educação a Distância EAD - AEDB 13 
4. - METODOLOGIA CIENTÍFICA E TECNOLOGICA 
 
4.2 - Técnicas de Aprendizagem 
4.2.1 - Leitura 
Para tirar proveito das riquezas literárias, o segredo está nas normas e técnicas da leitura 
inteligente. Quem não sabe ler cientificamente as obras escritas tampouco saberá tomar boas 
anotações. 
Pode-se ler com distintas finalidades: para formar-se, para distrair-se ou para recolher 
informações. Em razão destas finalidades, pode-se classificar a leitura em três tipos: leitura 
formativa, leitura de distração e leitura informativa. 
Esta última é feita com vista à coleta de dados ou informações que serão utilizados em 
trabalhos para responder a questões específicas. Deve-se sempre ter presente o objetivo da 
pesquisa, caso contrário, a leitura informativa torna-se distrativa ou passatempo. 
Expõe-se a seguir as fases das características da leitura informativa. Fases cronológica e 
lógica ao mesmo tempo, pois devem suceder-se uma após a outra e nesta sucessão 
temporal, o pensamento reflexivo percorre as etapas no termo das quais surge o 
conhecimento científico: visão global (sincrética), visão analítica, visão sintética. 
4.2.1.1 - Leitura dereconhecimento e pré-leitura 
Na fase inicial da leitura informativa, o pesquisador deve certificar-se da existência ou das 
informações que procura, além de obter uma visão global das mesmas. São duas, pois, as 
finalidades desta leitura: em primeiro lugar, permitirá ao pesquisador selecionar os 
documentos bibliográficos que contém dados ou informações suscetíveis de serem 
aproveitados na solução dos problemas; em segundo lugar, dará ao pesquisador uma visão 
global do assunto focalizado, visão indeterminada, mas indispensável para poder progredir no 
conhecimento. 
Faz-se a leitura de reconhecimento ou a pré-leitura examinada a folha de rosto, os índices, a 
bibliografia, as citações ao pé da página, o prefácio, a introdução e a conclusão. Tratando-se 
de livros, percorrem-se o capítulo introdutório e o final; para o conhecimento de um capítulo 
estudem-se o primeiro e o último parágrafos. Tratando-se de artigos de revistas ou jornais, 
normalmente a ideias está contida no título do artigo e das partes. Os primeiros parágrafos 
trazem geralmente o conjunto dos dados mais importantes. 
4.2.1.2 - Leitura seletiva 
Localizadas as informações, procede-se à escolha do melhor de acordo com os 
conhecimentos do trabalho. Selecionar é eliminar o dispensável para fixar-se no que 
realmente é interessante. 
Dá-se o primeiro passo de uma leitura mais séria, embora não se trate ainda de um estudo 
exaustivo e minucioso. Para selecionar os dados e informações é necessário definir os 
critérios de seleção. Os critérios da leitura seletiva são os propósitos do trabalho: o problema 
formulado, as perguntas elaboradas quando se questionou o assunto ou, ou em outros 
termos, os objetivos intrínsecos do trabalho. Somente os dados que possam fornecer alguma 
Coordenação de Educação a Distância EAD - AEDB 14 
luz sobre o problema, constituindo um elemento de resposta ou de solução, é que serão 
selecionados. Pode-se voltar várias vezes a um mesmo texto com propósitos distintos. São 
estes que determinam a importância e a significação dos materiais. 
4.2.1.3 - Leitura crítica ou reflexiva 
Feita a seleção do material útil para o trabalho, o pesquisador ingressa no estudo 
propriamente dito dos textos, com a finalidade de saber o que o autor afirma sobre o assunto. 
Nessa fase são necessárias certas atitudes, como culto desinteressado da verdade e 
ausência de preconceitos. Simultaneamente o pesquisador deve ter sempre presente diante 
de si os problemas que se dispõem a resolver através do estudo. 
É uma fase de estudos, isto é, de reflexão deliberada e consciente (processo de 
aprendizagem); de percepção dos significados, o que envolve um esforço reflexivo que se 
manifesta através de operações de análise, comparação, diferenciação, síntese e julgamento 
(processo de apreensão); da apropriação dos dados referentes ao assunto ou problema 
(processo de assimilação). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Coordenação de Educação a Distância EAD - AEDB 15 
4. - METODOLOGIA CIENTÍFICA E TECNOLOGICA 
 
4.2.2 - Esquema 
A leitura é um método de estudo que tem como objetivos: 
1. Favorecer a compreensão global do significado do texto; 
2. Treinar para a compreensão e interpretação crítica dos textos; 
3. Auxiliar no desenvolvimento do raciocínio lógico; 
4. Fornecer instrumentos para o trabalho intelectual desenvolvido nos seminários, no 
estudo dirigido, no estudo pessoal e em grupos, na confecção de resumos, resenhas, 
relatórios etc. 
A seguir estão descritos os processos básicos, figura 2: 
1. Análise textual: preparação do texto; trabalhar sobre unidades delimitadas (um 
capítulo, uma seção, uma parte etc., sempre um trecho com um pensamento 
completo); fazer uma leitura rápida e atenta da unidade para se adquirir uma visão de 
conjunto da mesma; levantar esclarecimentos relativos ao autor, o vocabulário 
específico, aos fatos, doutrinas e autores citados, que sejam importantes para a 
compreensão da mensagem; esquematizar o texto, evidenciando sua estrutura 
racional. 
2. Análise temática: compreensão do texto; determinar o tema-problema, a idéia central 
e as ideias secundárias da unidade; refazer a linha de raciocínio do autor, ou seja, 
reconstruir o processo lógico do autor; evidenciar a estrutura lógica do texto, 
esquematizando a sequência das ideias. 
3. Análise interpretativa: interpretação do texto; situar o texto no contexto da vida e obra 
do autor, assim como no contexto da cultura de sua especialidade, tanto do ponto de 
vista histórico quanto do ponto de vista teórico; explicar os pressupostos do autor que 
justifiquem suas propostas teóricas; aproximar e associar ideias do autor expressas na 
unidade com outras ideias relacionadas à mesma temática; exercer uma atitude crítica 
diante das posições do autor em termos de: 
1. coerência interna da argumentação; 
2. validade dos argumentos empregados; 
3. originalidade do tratamento dado ao problema; 
4. profundidade de análise do tema; 
5. alcance das suas conclusões e consequências; 
6. apreciação e juízo pessoal das ideias defendidas. 
4. Problematização: discussão do texto; levantar e debater questões explícitas ou 
implícitas no texto; debater questões afins sugeridas pelo leitor. (A leitura analítica é 
também fonte essencial da documentação. Cada uma das etapas fornece elementos 
que, de acordo com as necessidades de cada um, podem ser transcritos para a ficha 
de documentação). 
5. Síntese pessoal: reelaboração pessoal da mensagem; desenvolver a mensagem 
mediante retomada pessoal do texto e raciocínio personalizado; elaborar um novo 
texto, com redação própria, com discussão e reflexões pessoais. 
Coordenação de Educação a Distância EAD - AEDB 16 
 
Figura 2 – Processos básicos de análise 
Atividades Propostas:
Volte para sua disciplina e participe do Fórum de "Metodologia Científica e Tecnológica" 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Coordenação de Educação a Distância EAD - AEDB 17 
4. - METODOLOGIA CIENTÍFICA E TECNOLOGICA 
 
4.3 - Estudo 
Em primeiro lugar, é preciso que o estudante se conscientize de que daqui para frente o 
resultado do processo depende fundamentalmente dele mesmo. Seja pelo seu próprio 
desenvolvimento psíquico e intelectual, seja pela própria natureza do processo educacional 
desse nível, as condições de aprendizagem transformam-se no sentido de exigir do estudante 
maior autonomia na efetivação da aprendizagem, maior independência em relação aos 
subsídios da estrutura do ensino e dos recursos institucionais que ainda continuam sendo 
oferecidos. O aprofundamento da vida científica passa a exigir do estudante uma postura de 
auto atividade didática que será sem dúvida, crítica e rigorosa. Todo o conjuntos de recursos 
que está na base do ensino superior não pode ir além de sua função de fornecer instrumentos 
para uma atividade criadora. 
Em segundo lugar, convencido da especialidade dessa situação, deve o estudante empenhar-
se em num projeto de trabalho altamente individualizado, apoiado no domínio e na 
manipulação de uma série de instrumentos que devem estar contínua e permanentemente ao 
alcance de suas mãos. É com o auxílio desses instrumentos que o estudante se organiza na 
no estudo e disciplina sua vida científica. Este material didático e científico serve de base para 
o estudo pessoal e para complementação dos elementos adquiridos no decurso do processo 
coletivo de aprendizagem em sala de aula. Dado o novo estilo de trabalho a ser inaugurado 
pela vida universitária, a assimilação de conteúdos já não pode ser feita de maneira passiva e 
mecânica como costuma ocorrer, muitas vezes, nos ciclos anteriores. Já não basta a 
presença física às aulas e o cumprimento forçado de tarefas mecânicas: é preciso dispor de 
um material de trabalho específico à sua área e explora-lo adequadamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Coordenação de Educação a Distância EAD - AEDB 18 
4. - METODOLOGIA CIENTÍFICA E TECNOLOGICA4.3.1 - Processos lógicos de estudo 
O trabalho científico implica ainda outros processos lógicos para a realização de suas vária 
etapas. Assim, para abordar determinado tema, objeto de suas pesquisas, reflexão e 
conhecimento, o autor pode utilizar-se de processos analíticos ou sintéticos. 
A análise de um processo de tratamento do objeto – seja ele um objeto material, um conceito, 
uma ideia, um texto etc. – pelo qual este objeto é composto em suas partes constitutivas, 
tornando-se simples aquilo que era composto e complexo. Trata-se, portanto, de dividir, isolar, 
discriminar. 
A síntese é um processo lógico de tratamento do objeto pelo qual esse objeto decomposto 
pela análise é recomposto, reconstituindo-se a sua totalidade. A síntese permite a visão de 
conjunto, a unidade das partes até então separadas num todo que então adquire sentido uno 
e global. 
A análise é pré-requisito para uma classificação. Esta se baseia em caracteres que definem 
critérios para a distribuição das partes em determinadas ordens. Não é outra coisa que se 
manifesta quando um texto é esquematizado, estruturado: as divisões seguem determinados 
critérios que não podem ser mudados arbitrariamente. Para se descobrir tais caracteres 
procede-se analiticamente. 
A análise e síntese, embora se oponham, não se excluem. Pelo contrario, complementam-se. 
A compreensão das coisas pela inteligência humana parece passar necessariamente por três 
momentos, ou seja, para se chegar a compreender intencionalmente um objeto, é preciso ir 
além de uma visão meramente indiferenciada da sua unidade inicial, tal como a temos na 
experiência comum, uma consciência de um todo sem a consciência das partes; é preciso 
dividir, pela análise o todo, tendo-se plena consciência das partes que o constituem: é a 
síntese. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Coordenação de Educação a Distância EAD - AEDB 19 
4. - METODOLOGIA CIENTÍFICA E TECNOLOGICA 
 
4.3.2 - Conclusão 
Para acompanhar o desenvolvimento do seu curso, o aluno deve preparar e rever aulas. O 
cronograma de estudo possibilita ao aluno maior proveito da aula, seja ela expositiva, um 
debate ou um seminário. Tratando-se de aula expositiva, até a tomada de apontamentos 
torna-se mais fácil, dada a familiaridade com a matéria que está sendo exposta; 
consequentemente, há melhores condições de selecionar o que é essencial e que deve ser 
anotado evitando-se a sensação de “estar perdido” no meio de informações aparentemente 
dispersas. Tratando-se de seminários ou debates mais necessário se faz ainda a preparação 
prévia do que se falará ulteriormente. 
A revisão da aula situa-se como a primeira etapa de personalização da matéria estudada. É o 
momento em que se retomam os apontamentos feitos apressadamente durante a aula e se dá 
acabamento aos informes, recorrendo-se aos instrumentos complementares de pesquisa após 
uma triagem que passarão definitivamente para as fichas de documentação. Não há 
necessidade, neste momento, de decorar os apontamentos: basta transcrevê-los, pensando 
detidamente sobre as ideias em causa e buscando uma compreensão exata dos conteúdos 
anotados. Rever essas fichas como preparação da aula seguinte é medida inteligente para o 
paulatino domínio do seu conteúdo. Na figura 3 é apresentado o fluxograma de vida de 
estudo. 
Atividades Propostas:
Volte para sua disciplina e participe do Fórum de "Metodologia Científica e Tecnológica" 
 
Anotações: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Coordenação de Educação a Distância EAD - AEDB 20 
4. - METODOLOGIA CIENTÍFICA E TECNOLOGICA
 
4.4 - Trabalhos Acadêmicos e Científicos: 
Os trabalhos científicos devem ser elaborados com normas preestabelecidas com os fins que 
se destinam. Serem inéditos ou originais e contribuírem não só para ampliação de 
conhecimentos ou compreensão de certos problemas, mas também servirem de modelo ou 
oferecer subsídios para outros trabalhos. 
Os trabalhos científicos originais devem permitir a outro pesquisador, baseado nas 
informações dadas: 
1. Reproduzir as experiências e obter os resultados descritos, com a mesma precisão e 
sem ultrapassar a margem do erro indicada pelo autor; 
2. Repetir as observações e julgar as conclusões do autor; 
3. Verificar a exatidão das análises e deduções que permitam ao autor chegar às 
conclusões.” 
Tipos de trabalhos científicos: 
1. Observações ou descrições originais de fenômenos naturais, espécies novas, 
estruturas e funções, mutações e variações, dados ecológicos etc. 
2. Trabalhos experimentais cobrindo os mais variados campos e representando uma das 
mais férteis modalidades de investigação, por submeter o fenômeno estudado às 
condições controladas da experiência. 
Trabalhos teóricos de análise ou síntese de conhecimentos, levando à produção de conceitos 
novos por via indutiva ou dedutiva; apresentação de hipóteses, teorias etc.” 
Coordenação de Educação a Distância EAD - AEDB 21 
 
Figura 3 – Fluxograma de vida do estudo 
Os trabalhos científicos podem ser realizados com base em fontes de informações primárias 
ou secundárias e elaborados de várias formas, de acordo com a metodologia e com os 
objetivos propostos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Coordenação de Educação a Distância EAD - AEDB 22 
4. - METODOLOGIA CIENTÍFICA E TECNOLOGICA 
 
4.4.1 - Monografia 
4.4.1.1 - Conceito 
A monografia é a descrição ou tratado especial de determinada parte de uma ciência 
qualquer, dissertação ou trabalho escrito que trata especialmente de determinado ponto da 
ciência, da arte, da história etc. ou “trabalho sistemático ou completo sobre um assunto 
particular, usualmente pormenorizado no tratamento, mas não extenso no alcance” (American 
Library Association). 
Trata-se, portanto, de um estudo sobre um tema específico ou particular, com suficiente valor 
representativo e que obedece a rigorosa metodologia. Investiga determinado assunto não só 
em profundidade, mas também em todos seus ângulos e aspectos, dependendo dos fins a 
que se destina. 
Tem como base a escolha de uma unidade ou elemento social, sobre duas circunstâncias: 
1)ser suficientemente representativo de um todo cujas características se analisa; 
2)ser capaz de reunir os elementos constitutivos de um sistema social ou de refletir as 
incidências e fenômenos de caráter autenticamente coletivo. 
4.4.1.2 - Características 
A monografia apresenta algumas características: 
a) trabalho escrito, sistemático ou completo; 
b)tema específico ou particular de uma ciência ou parte dela; 
c)estudo pormenorizado e exaustivo, abordando vários aspectos e ângulos do caso; 
d)tratamento extenso em profundidade, mas não em alcance (nesse caso, é limitado); 
e)metodologia específica; 
f)contribuição importante, original e pessoal para ciência. 
A característica essencial não é a extensão, como querem alguns autores mas o caráter do 
trabalho (tratamento de um tema delimitado) e a qualidade da tarefa, isto é, o nível da 
pesquisa, que está intimamente ligados aos objetivos propostos para a sua elaboração. 
A monografia implica originalidade, mas até certo ponto, uma vez que é impossível obter a 
total novidade em um trabalho; isto é relativo, pois a ciência sendo acumulativa, está sujeita a 
contínuas revisões. 
4.4.1.3 - Estrutura da monografia 
Os trabalhos científicos, em geral, apresentam a mesma estrutura: introdução, 
desenvolvimento e conclusão. 
Pode haver diferenças quanto ao material, o enfoque dado, a utilização desse ou daquele 
método, dessa ou daquela técnica, mas não em relação à forma ou à estrutura. 
Coordenação de Educação a Distância EAD - AEDB 23 
a) Introdução: Formulação clara e simples do tema da investigação; é a apresentação 
sintética da questão, a importância da metodologia e rápida referência a trabalhos anteriores, 
realizados sobre o mesmo assunto. 
Quando for o caso, levanta o estado da questão, mostrando o que já foi escrito a respeito do 
tema e assinalando a relevância e ointeresse do trabalho. Em todos os casos, manifesta as 
intenções do autor e os objetivos do trabalho, enunciando seu problema, sua tese e os 
procedimentos que serão adotados para o desenvolvimento do raciocínio. Encerra-se com 
uma justificação do plano de trabalho. Lendo a introdução, o leitor deve sentir-se esclarecido a 
respeito do teor da problematização do tema do trabalho, assim como a respeito da natureza 
do raciocínio a ser desenvolvido. Evitem-se intermináveis retrospectos históricos, a 
apresentação precipitada dos resultados, os discursos grandiloquentes. Deve ser sintética e 
versar única e exclusivamente sobre a temática intrínseca do trabalho. Note-se que é a última 
parte do trabalho a ser escrita. 
b) Desenvolvimento: Fundamentação lógica do trabalho de pesquisa, cuja finalidade é expor 
e demonstrar. O desenvolvimento corresponde ao corpo do trabalho e será estruturado 
conforme as necessidades do plano definitivo da obra. As subdivisões dos tópicos do plano 
lógico, os itens, seções, capítulos etc. surgem da exigência da logicidade e da necessidade de 
clareza e não de um critério puramente espacial. Não basta enumerar simetricamente os 
vários itens: é preciso que haja subtítulos portadores de sentido. Em trabalhos científicos, 
todos os títulos de capítulos ou de outros .itens devem ser temáticos e expressivos, ou seja, 
devem dar a ideia exata do conteúdo do setor que intitulam. 
No desenvolvimento, podem-se levar em consideração três fases ou estágios: explicação, 
discussão e demonstração. 
 Explicação "é o ato pelo qual se faz explícito o implícito, claro o escuro, simples o 
complexo" (Asti Vera, 1979:169).Explicar é apresentar o sentido de uma noção, é 
analisar e compreender, procurando suprimir o ambíguo ou obscuro. 
 Discussão é o exame, a argumentação e a explicação da pesquisa: explica, discute, 
fundamenta e enuncia as proposições. 
 Demonstração é a dedução lógica do trabalho; implica o exercício do raciocínio. 
Demonstra que as proposições, para atingirem o objetivo formal do trabalho e não se 
afastarem do tema, devem obedecer a uma sequência lógica. 
c) Conclusão: Fase final do trabalho de pesquisa, mas não somente um fim. Como a 
introdução e o desenvolvimento, possui uma estrutura própria.A conclusão consiste no 
resumo completo, mas sintetizado, da argumentação dos dados e dos exemplos constantes 
das duas primeiras partes do trabalho. Da conclusão devem constar a relação existente entre 
as diferentes partes da argumentação e a união das ideias e, ainda, conter o fecho da 
introdução ou síntese de toda reflexão. É também a síntese para a qual caminha o trabalho. 
Será breve e visará recapitular sinteticamente os resultados da pesquisa elaborada até então. 
Se o trabalho visar resolver uma tese-problema e se, para tal, o autor desenvolver uma ou 
várias hipóteses, através do raciocínio, a conclusão aparecerá como um balanço do 
empreendimento. O autor manifestará seu ponto de vista sobre os resultados obtidos, sobre o 
alcance dos mesmos. 
4.4.1.4 - Tipos de monografia 
Os estudantes, ao longo de suas carreiras, precisam apresentar uma série de trabalhos que 
se diferenciam uns dos outros quanto ao nível de escolaridade e quanto ao conteúdo. Via de 
regra, para o término do curso de graduação os estudantes têm o compromisso de elaborar 
Coordenação de Educação a Distância EAD - AEDB 24 
um trabalho baseado, geralmente, em fontes bibliográficas, que não precisa ser extenso nem 
muito específico. 
À medida que ascendem na carreira universitária, esses trabalhos vão exigindo maior 
embasamento, mais reflexão, mais amplitude e criatividade. 
Alguns autores, apesar de darem o nome genérico de monografia a todos os trabalhos 
científicos, diferenciam uns dos outros de acordo com o nível da pesquisa, a profundidade e a 
finalidade do estudo, a metodologia utilizada e a originalidade do tema e das conclusões. 
Dessa maneira, pode-se distinguir três tipos: monografia, dissertação e tese, que obedecem a 
esta ordem ascendente, em relação à originalidade, à profundidade e à extensão. 
Há os que apresentam outra divisão: 
 Monografias escolares ou trabalhos de caráter didático, apresentados ao final de um 
curso específico, elaborados por alunos iniciantes na autêntica monografia, ou de 
"iniciação à pesquisa e como preparação de seminários" (Salvador, 1980 p32). 
Também chamados trabalhos de média divulgação, porque são baseados em dados de 
segunda mão. 
 Monografias científicas. Trabalhos científicos apresentados ao final do curso de 
mestrado, com o propósito de obter o título de mestre. 
4.4.1.5 - Escolha do tema 
Na escolha, o estudante poderá tomar a iniciativa, selecionando um assunto ou problema de 
trabalho, de acordo com suas preferências, evidenciadas durante o curso de graduação. Pode 
aceitar o tema indicado pelo professor ou escolher um tópico, constante de uma relação 
oferecida pelo orientador, tendo sempre em vista o seu interesse. 
O tema geral de um estudo também "pode ser sugerido por alguma vantagem prática ou 
interesse científico ou intelectual em benefício dos conhecimentos sobre certa situação 
particular", afirma SeIltiz (1965 p.33-4). 
Escolhido o tema, a primeira coisa a fazer é procurar conhecer o que a ciência atual sabe 
sobre o mesmo, para não cair no erro de apresentar como novo o que já é conhecido há 
tempos, de demonstrar o óbvio ou de preocupar-se em demasia com detalhes sem grande 
importância, desnecessários ao estudo. 
Este trabalho prévio abrange três aspectos: 
 orientação geral sobre a matéria que vai ser desenvolvida; 
 conhecimento da bibliografia pertinente; 
 reunião, seleção e ordenação do material levantado. 
A bibliografia relacionada com o estudo muitas vezes é indicada pelo próprio professor e/ou 
orientador. Nesse caso, o estudante tem à sua disposição o material necessário ao seu 
trabalho. 
Outros pontos importantes a serem considerados: relevância do assunto, áreas controvertidas 
ou obscuras, natureza e extensão da contribuição. 
Coordenação de Educação a Distância EAD - AEDB 25 
No conhecimento da bibliografia faz-se necessário consultar, ler e fichar os estudos já 
realizados sobre o tema, com espírito crítico, valendo-se da literatura especializada, a partir 
dos trabalhos mais gerais e indo a seguir para os estudos mais específicos. 
Quanto ao assunto escolhido, devem-se ainda observar algumas qualidades importantes: 
 ser proporcional (em suas partes); 
 ter valor científico; 
 não ser extenso demais ou muito restrito; 
 ser claro e bem delineado. 
As monografias referentes ao grau de conclusão do estudante universitário não podem ser 
consideradas verdadeiros trabalhos de pesquisa (para o qual os estudantes não estão ainda 
capacitados, salvo raras exceções), mas estudos iniciais de pesquisa. 
O trabalho de investigação – teórico ou prático bibliográfico ou de campo – dá oportunidade 
ao estudante para explorar determinado tema ou problema, levando-o a um estudo com maior 
ou menor profundidade e/ou extensão. Possibilita o desenvolvimento da sua capacidade de 
coletar, organizar e relatar informações obtidas e, mais, de analisar e até interpretar os dados 
de maneira lógica e apresentar conclusões. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Coordenação de Educação a Distância EAD - AEDB 26 
4. - METODOLOGIA CIENTÍFICA E TECNOLOGICA 
 
4.4.2 - Artigos científicos 
Os artigos científicos são pequenos estudos, porém completos, que tratam de uma questão 
verdadeiramente científica, mas que não constituem em matéria de um livro. 
Apresentam o resultado de estudos ou pesquisas e distinguem-se dos diferentes tipos de 
trabalhos científicos pela sua reduzida dimensão e conteúdo. 
São publicados em revistas ou periódicos especializados e formam a seção principal deles. 
Concluído um trabalho de pesquisa – documental, bibliográfica ou de campo – para que os 
resultados sejam conhecidos, faz-se necessário sua publicação. Esse tipo de trabalho 
proporcionanão só a ampliação dos conhecimentos como também a compreensão de certas 
questões. 
Os artigos científicos, por serem completos, permitem ao leitor, mediante a descrição da 
metodologia empregada, do processo utilizado e resultados obtidos, repetir a experiência. 
4.4.2.1 - Estrutura do artigo 
O artigo científico tem a mesma estrutura orgânica exigida para trabalhos científicos. 
Apresentam as seguintes partes: 
1. PRELIMINARES: 
1. Cabeçalho – título (e sub título) do trabalho. 
2. Autor(es). 
3. Credenciais do(s) autor(es). 
4. Local de atividades. 
2. RESUMO 
3. CORPO DE ARTIGO 
1. Introdução – apresentação do assunto, objetivo, metodologia, limitações e 
proposição. 
2. Texto – exposição, explicação e demonstração do material; avaliação dos 
resultados e comparação com as obras anteriores. 
3. Comentários e Conclusões – dedução lógica, baseada e fundamentada no 
texto, de forma resumida. 
4. PARTE REFERENCIAL 
1. Referências 
2. Apêndices ou anexos (quando houver necessidade). 
3. Agradecimentos. 
4. Data (importante para salvaguardar a responsabilidade de quem escreve um 
artigo científico, em face da rápida evolução da ciência e da tecnologia e demora 
de certas editoras na publicação de trabalhos). 
A divisão do corpo do artigo pode sofrer alterações, de acordo com o texto, e ser subdividido 
em mais itens. Por exemplo: 
1. Introdução 
2. Material e Método 
3. Resultados 
Coordenação de Educação a Distância EAD - AEDB 27 
4. Discussão 
5. Conclusões 
Todavia, não convém que os artigos sejam muito subdivididos, para que o leitor não perca a 
sequência. Quando necessário, a divisão deve obedecer a uma ordem lógica, em que cada 
parte forme um todo e tenha um título adequado. 
4.4.2.2 - Conteúdo do artigo científico 
O conteúdo pode abranger os mais variados aspectos e, em geral, apresenta temas ou 
abordagens novas, atuais e diferentes. Pode: 
1. versar sobre um estudo pessoal, uma descoberta, ou dar um enfoque contrário ao já 
conhecido; 
2. oferecer soluções para questões controvertidas; 
3. levar ao conhecimento do público intelectual ou especializado no assunto idéias novas, 
para sondagem de opiniões ou atualizações de informes; 
4. abordar aspectos secundários, levantados em alguma pesquisa, mas que não seriam 
utilizados na mesma. 
O estabelecimento de um esquema para expor de maneira lógica, sistemática, os diferentes 
itens do assunto, evita repetições ou omissões ao longo da dissertação. 
O público a que se destina o artigo também deve ser levado em consideração; isso pode ser 
mais ou menos previsto, conhecendo-se de antemão a natureza da revista: científica, didática, 
de divulgação. 
4.4.2.3 - Informe científico 
O informe científico é um tipo de relato escrito que divulga os resultados parciais ou totais de 
uma pesquisa, as descobertas realizadas ou os primeiros resultados de uma investigação em 
curso. 
É o mais sucinto dos trabalhos científicos e se restringe à descrição de resultados obtidos 
através da pesquisa de campo, de laboratório ou documental. 
O informe consiste, pois, no relato das atividades de pesquisa desenvolvida, e é 
imprescindível que seja compreendido e aproveitado. Deve estar redigido de maneira que a 
comprovação dos procedimentos, técnicas e resultados obtidos, ou seja, a experiência 
realizada, possa ser repetida pelo participante que se interesse pela investigação. 
Atividades Propostas:
Volte para sua disciplina e participe do Fórum de "Metodologia Científica e Tecnológica" 
 
Anotações: 
 
 
 
Coordenação de Educação a Distância EAD - AEDB 28 
4. - METODOLOGIA CIENTÍFICA E TECNOLOGICA 
 
4.5 - Normas para Redação 
4.5.1 - A redação do texto 
A fase de redação consiste na expressão literária do raciocínio desenvolvido no trabalho. 
Guiando-se pelas exigências próprias da construção lógica, o autor redige o texto, 
confrontando as fichas de documentação, criando texto redacional em que vão inserir-se. 
Uma vez de posse do encadeamento lógico do pensamento, esse trabalho é apenas uma 
questão de comunicação literária. 
Recomenda-se que a montagem do trabalho seja feita através de uma primeira redação de 
rascunho. Terminada a primeira composição, sua leitura completa permitirá uma revisão 
adequada do todo e a correção de possíveis falhas lógicas ou redacionais. Apesar da clareza 
e eficiência que o método de fichas possibilita para a redação do trabalho, muitos aspectos 
desnecessários acabam sobrando no mesmo e só depois de uma leitura atenta podem ser 
eliminados. 
Em trabalhos científicos, impõe-se um estilo sóbrio e preciso, importando mais a clareza do 
que qualquer outra característica estilística. A terminologia técnica só será usada quando 
necessária ou em trabalhos especializados, nível em que já se tornou terminologia básica. De 
qualquer modo, é preciso que o leitor entenda o raciocínio e as idéias do autor sem ser 
impedido por uma linguagem hermética ou esotérica. Igualmente evitem-se a pomposidade 
pretensiosa, o verbalismo vazio, as fórmulas feitas e a linguagem sentimental. O estilo do 
texto será determinado pela natureza do raciocínio específico às várias áreas do saber em 
que se situa o trabalho. 
4.5.2 - A construção do parágrafo 
De um ponto de vista da redação do texto, é importante ressaltar a questão da construção do 
parágrafo. O parágrafo é uma parte do texto que tem por finalidade expressar as etapas do 
raciocínio. Por isso, a sequência dos parágrafos, o seu tamanho e a sua complexidade 
dependem da própria natureza do raciocínio desenvolvido. Duas tendências são incorretas: ou 
o excesso de parágrafos – praticamente cada frase é tida como um novo parágrafo – ou a 
ausência de parágrafos. Como a paragrafação representa, ao nível do texto, as articulações 
do raciocínio, percebe-se então a insegurança de quem assim escreve. Nesse caso é como 
se as ideias e as proposições a elas correspondentes tivessem as mesmas funções, a mesma 
relevância nos desenvolvimento do discurso e como se este não tivesse articulações. 
A mudança de parágrafo toda vez que se avança na sequência do raciocínio marca o fim de 
uma etapa e o começo de outra. 
A estrutura do parágrafo reproduz a estrutura do próprio trabalho; constitui-se de uma 
introdução, de um corpo e de uma conclusão. 
Na introdução anuncia-se o que se pretende dizer; no corpo, desenvolve-se a ideia 
anunciada; na conclusão, resume-se ou sintetiza-se o que se conseguiu. 
Dependendo da natureza do texto e do raciocínio que lhe é subjacente, o parágrafo 
representa a exposição de um raciocínio comum, ou seja, comporta premissa e conclusão. 
Coordenação de Educação a Distância EAD - AEDB 29 
Portanto, a articulação de um texto em parágrafos está intimamente vinculada à estrutura 
lógica do raciocínio desenvolvido. É por isso mesmo que, na maioria das vezes, esses 
parágrafos são iniciados com conjunções que indicam as várias formas de se passar de uma 
etapa lógica para outra. 
4.5.3 - Conclusão 
A redação do trabalho exige o domínio prático de todo um instrumental técnico que deve ser 
utilizado devidamente. Como em outros setores da metodologia, aqui também há muitas 
divergências nas orientações. As diretrizes que seguem pretendem ser as mais práticas 
possíveis e visam atingir os trabalhos didáticos mais comuns à vida universitária. São normas 
gerais que, no caso de trabalhos científicos, como as dissertações de mestrado e as teses de 
doutoramento, precisam ser complementadas com as exigências que lhes são específicas. 
Atividades Propostas:
Volte para sua disciplina e participe do Fórum de "Metodologia Científica e Tecnológica" 
 
Anotações: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Coordenação de Educação a Distância EAD - AEDB 30 
4. - METODOLOGIA CIENTÍFICA E TECNOLOGICA 
 
4. 6 - Ferramentas do Benchmarking 
4.6.1 – Definição 
Benchmarking é um processo contínuo, sistemático, para avaliar produtos, serviços e 
métodos de trabalho de organizaçõesque são reconhecidos como representantes das 
melhores práticas administrativas, com o propósito de aprimoramento organizacional. É uma 
ferramenta viável a qualquer organização, e aplicável a qualquer necessidade. 
 
 
http://www.coladaweb.com/administracao/benchmarking 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.coladaweb.com/administracao/benchmarking
Coordenação de Educação a Distância EAD - AEDB 31 
4. - METODOLOGIA CIENTÍFICA E TECNOLOGICA 
 
4.6.2 - Características do benchmarking 
Benchmarking é... Benchmarking não é... 
um processo contínuo. um evento isolado. 
uma investigação que fornece uma informação 
valiosa. 
uma investigação que fornece respostas 
simples e “receitas”. 
um processo de aprendizado com outros. cópia, imitação. 
um trabalho intensivo, consumidor de tempo, 
que requer disciplina. 
rápido e fácil. 
uma ferramenta viável a qualquer organização 
e aplicável a qualquer processo. 
mais um modismo da administração. 
O benchmarking necessita estar aberto para novas ideias e aprendizados do que os outros 
fazem de melhor, quer eles estejam dentro ou fora da indústria, nacional ou estrangeiro. 
Entendendo a fortes competições e como eles operam, permitirão você adaptar e construir em 
cima deles excelentes práticas para o uso da sua própria organização. O benchmarking ajuda 
a melhorar a efetividade da organização e fazer as mudanças necessárias para ser um líder 
mundial na indústria ou no segmento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Coordenação de Educação a Distância EAD - AEDB 32 
 4. - METODOLOGIA CIENTÍFICA E TECNOLOGICA
 
4.6.3 - Fatores críticos no benchmarking 
Os fatores críticos (facilitadores e dificultadores) devem estar centrados em esforços no 
sentido de: 
 Posicionar o foco da empresa no ambiente externo reiterando a importância do 
Mercado e Clientes. 
 Aumentar o conjunto de conhecimentos da empresa no sentido de aquisição de novas 
práticas capacitadoras para a competição. 
 Ampliar os padrões internos de eficiência referenciados a melhoria dos padrões de 
competição. 
 Acrescer valor à satisfação percebida pelo cliente final. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Coordenação de Educação a Distância EAD - AEDB 33 
4. - METODOLOGIA CIENTÍFICA E TECNOLOGICA 
 
4.6.4 - Produtos finais no processo benchmarking 
 Medidas de avaliação comparativas entre empresas participantes do mesmo setor; 
 Explicação das melhores práticas capacitadoras da empresa líder no setor. 
 
http://acaofuturo.blogspot.com.br/2010/04/benchmarking.html 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Coordenação de Educação a Distância EAD - AEDB 34 
4. - METODOLOGIA CIENTÍFICA E TECNOLOGICA 
 
4.6.5 - Sistema de gerenciamento de benchmarking 
Guia para Benchmarking 
Este é um resumo do Guia PRM – Padrões de Referência de Mercado, contendo as principais 
informações para a realização de um Benchmarking bem sucedido. (O processo de 
Benchmarking é também conhecido como PRM, desta forma, você irá encontrar esta sigla ao 
longo do texto). 
Benchmarking é a comparação de resultados, outputs, métodos, processos ou práticas de 
maneira sistemática. 
Muitas pessoas identificam o processo de Benchmarking como a visita a outra empresas. 
Entretanto, a visita é apenas uma das etapas do processo. Um Benchmarking bem 
estruturado compreende várias etapas: 
 identificar o que comparar; 
 identificar qual é o benchmark, qual é o padrão de excelência e quem atingiu este 
padrão; 
 determinar como atingi-lo, que métodos ou processos produzem estes resultados e; 
 decidir fazer mudanças ou melhorias nas nossa própria maneira de fazer negócios a 
fim de igualar ou suplantar o benchmark. 
 
Figura 4 - Gabarito de PRM (Benchmarking) 
Coordenação de Educação a Distância EAD - AEDB 35 
 
 
Quadrante 1 – PRM de quê? 
O enfoque do primeiro quadrante é selecionar o assunto para o Benchmarking baseado no 
seu próprio output, resultados ou fatores críticos de sucesso. Sem dúvida, você já tem uma 
idéia do assunto para o Benchmarking, com base em um problema que tenha que resolver, 
um resultado que gostaria de alcançar ou uma melhoria que você gostaria de fazer no seu 
processo ou método de trabalho. 
Nesta etapa, devem ser definidas as características mensuráveis dos seus outputs, resultados 
e fatores críticos de sucesso, escolhendo medidas que possam ser comparadas com outras 
empresas (dólar, percentual, etc.). 
DICAS 
 listar assuntos potenciais; 
 definir bem as características mensuráveis que possam ser comparadas com outras 
empresas (dólar, percentual, etc.). 
ERROS FREQUENTES 
 escolher muitos assuntos diferentes; 
 não manter o foco no objetivo do Benchmarking. 
 
Quadrante 2 – Quem / Qual é o melhor 
O enfoque desse quadrante é a escolha da(s) empresas com quem você vai se comparar. Se 
você não está pesquisando características de um produto específico, empresas atuando em 
atividades diferentes da sua, podem ser uma rica fonte de parceiros para Benchmarking. Se 
você está, por exemplo, pesquisando um sistema de administração de estoque, nada impede 
que você escolha um supermercado. O importante é que você procure empresas eficientes 
nos resultados, outputs e fatores de sucesso ligados ao assunto escolhido no Quadrante 1. 
DICAS 
 fazer Benchmarking externo e interno também; 
 preparar uma lista de empresas através de consultas a especialistas no setor, 
publicações e jornais, bibliotecas de negócios, etc. 
Coordenação de Educação a Distância EAD - AEDB 36 
ERROS FREQUENTES 
 só escolher empresas similares a nossa; 
 não incluir outras operações do mesmo grupo (nós também temos boas idéias). 
 
Quadrante 3 – Como nós fazemos? 
Conhecer bem o nosso processo de trabalho para posteriormente identificar as mudanças que 
nos levarão ao Benchmark. 
O propósito é identificar que mudanças nos nossos processos , métodos e práticas nos 
levarão a resultados comparáveis ao benchmark. Para isso devemos compreender bem os 
nossos processos de trabalho. 
Uma boa forma é documentar o processo / método através de fluxogramas, pois eles 
apresentam as seguintes vantagens: 
 proporcionam uma visão geral do sistema; 
 mostram relacionamentos e interações; 
 facilitam a localização de problemas; 
 dirigem comparações com outros sistemas, etc. 
DICAS 
 documentar nossos processos de trabalho; 
 utilizar fluxogramas; 
 identificar que mudanças no nosso processo, métodos e prática nos levarão ao 
benchmark. 
ERROS FREQUENTES 
 não fazer planejamento do benchmarking (não se preparar antes). 
 
Quadrante 4 – Como eles fazem? 
Depois de ter seguido os três primeiros passos, cadê agora obter informações sobre os 
processos, métodos e práticas que fazem os resultados da empresa benchmark um padrão de 
Coordenação de Educação a Distância EAD - AEDB 37 
excelência. Há vários métodos para conseguir informações sobre as melhores práticas, uma 
das mais comuns é a visita à empresa. 
Entretanto, para que a coleta de informações através de uma visita seja eficiente, faz se 
necessário tomar as seguintes ações: 
ANTES DA VISITA 
 faça uma agenda junto a empresa que vai visitar; 
 reveja suas perguntas, certifique-se de que não são do tipo que induzam uma resposta 
errada ou duvidosa. 
 reveja as informações sobre a empresa que vai visitar; 
 leve brochuras para oferecer aos parceiros; 
 certifique-se de que todos no grupo sabem seus papeis; 
 faça um checklist dos assuntos a serem abordados, etc. 
DURANTE A VISITA 
 troque cartões de visita; 
 diga o objetivo de visita; 
 não use termos peculiares; 
 evite discussões sobre dados privados; 
 faça perguntas apropriadas – não fuja do propósito (mantenha o foco!); 
 seja profissional e agradável (a empresa que você visita pode ser um cliente); 
 não seja um sabe tudo ... deixe a outra empresa falar ... você ouve!; 
 não confie na memória, tome nota de todas as informações importantes durante a 
visita; 
 verifiquese o checklist foi cumprido; 
 esclareça todos os pontos que ficaram em duvidosos (testar o entendimento); 
 ofereça para ser visitado, etc.; 
DEPOIS DA VISITA 
 reuna o grupo que efetuou o Benchmarking e documente formalmente; 
 agradeça através de carta; 
 se for o caso, esclareça por telefone, carta, etc, pontos da visita que não ficaram claros, 
etc. 
DICAS 
 verificar se já existem estudos disponíveis sobre o assunto feitos pela nossa empresa; 
 determinar o melhor meio para a coleta de dados; visitas, entrevista telefônica, 
pesquisa pelo correio, publicações das empresas, seminários, palestras, artigos 
públicos, etc.; 
 desenvolver um checklist, etc. 
ERROS FREQUENTES 
 fazer perguntas que não são relevantes ao assunto ou problema (mantenha o foco!); 
 confiar na memória e não anotar nada; 
 acreditar que o benchmarking se resume só na visita. 
Coordenação de Educação a Distância EAD - AEDB 38 
IMPLEMTENTAÇÃO 
Agora, cabe a decisão das mudanças a serem feitas nas práticas e nos métodos a fim de se 
igualar ou suplantar os resultados encontrados na empresa que você visitou. O importante é 
ter em mente que as melhorias devem levar em conta a nossa própria maneira de fazer 
negócios. 
Após a implementada a mudança, é interessante medir os resultados dos novos métodos e 
práticas para quantificar a melhoria e verificar se o objetivo do estudo foi atingido. 
REGISTRO DOS ESTUDOS DO BENCHMARKING 
Um risco que corre uma empresa grande é que as pessoas podem perder muito tempo 
buscando oportunidades de melhorias que foram alvos de estudo. Sua idéia para um estudo 
de benchmarking já pode ter sido iniciada (ou terminada) por alguém. Para que seja possível 
compartilhar os resultados de outras pessoas deve haver um local que concentre os históricos 
de todos os projetos. 
Ao terminar o estudo de benchmarking, registre os resultados. 
Sistema de Gerenciamento de Benchmarking: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Coordenação de Educação a Distância EAD - AEDB 39 
4. - METODOLOGIA CIENTÍFICA E TECNOLOGICA 
 
4.6.5.1 - Fluxo do processo: 
 
Clique nos anexos abaixo para visualizar: 
Anexo A 
Anexo B 
Anexo C 
Anexo D 
Anexo E 
Anexo F 
Anexo G 
Anexo H 
Anexo I 
 
 
http://www.ead.aedb.br/ead/frame_principal/Intro_Engenharia/conteudo/Projetos_Manutencao/Anexos/AnexoA.pdf
http://www.ead.aedb.br/ead/frame_principal/Intro_Engenharia/conteudo/Projetos_Manutencao/Anexos/AnexoB.pdf
http://www.ead.aedb.br/ead/frame_principal/Intro_Engenharia/conteudo/Projetos_Manutencao/Anexos/AnexoC.pdf
http://www.ead.aedb.br/ead/frame_principal/Intro_Engenharia/conteudo/Projetos_Manutencao/Anexos/AnexoD.pdf
http://www.ead.aedb.br/ead/frame_principal/Intro_Engenharia/conteudo/Projetos_Manutencao/Anexos/AnexoE.pdf
http://www.ead.aedb.br/ead/frame_principal/Intro_Engenharia/conteudo/Projetos_Manutencao/Anexos/AnexoF.pdf
http://www.ead.aedb.br/ead/frame_principal/Intro_Engenharia/conteudo/Projetos_Manutencao/Anexos/AnexoG.pdf
http://www.ead.aedb.br/ead/frame_principal/Intro_Engenharia/conteudo/Projetos_Manutencao/Anexos/AnexoH.pdf
http://www.ead.aedb.br/ead/frame_principal/Intro_Engenharia/conteudo/Projetos_Manutencao/Anexos/AnexoI.pdf
Coordenação de Educação a Distância EAD - AEDB 40 
Anexo A. 
Sistema de Gerenciamento de Benchmarking 
REGISTRO DE BENCHMARKING 
Empresa : 
Endereço : 
Data : 
Nomes dos Contatos na Empresa Área Telefone/Fax e-mail 
/ / / 
/ / / 
/ / / 
/ / / 
 
Participantes da AEDB Área Telefone/Fax e-mail 
/ / / 
/ / / 
/ / / 
/ / / 
 
Características Principais da Empresa: 
1. Local: 
2. Área Visitada: 
3. Número de Funcionários Diretos: 
4. Principal Negócio da Empresa: 
5. 
Assuntos abordados: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Coordenação de Educação a Distância EAD - AEDB 41 
Anexo B 
POLÍTICA DA EMPRESA NA OBTENÇÃO DE INFORMAÇÃO CONFIDENCIAL: 
 É a política da Empresa que informações confidenciais não deverão ser divulgadas fora 
da empresa, e que informação confidencial de outros não deverá ser recebidas por pessoal 
das Empresas. 
A divulgação de informação confidencial da Empresa necessita da aprovação de: 
 Pessoal Administrativo e Técnico da Empresa cuja responsabilidade primária seja a 
da matéria em questão. 
 Diretor o qual responde à organização responsável pela matéria em questão. 
A divulgação só poderá ser feita após acordo por escrito entre a Empresa e a outra 
empresa. 
GUIAS GERAIS: 
 Não faça concorrência qual não gostaria que lhe fizessem; 
 Não falsifique sua identidade; 
 Quando em dúvida, contate o Departamento Jurídico da Empresa; 
Coordenação de Educação a Distância EAD - AEDB 42 
ANEXO C 
GUIA PARA PREPARAR UM QUESTIONÁRIO 
1. Reveja os vários tipos de perguntas: 
 Abertas; 
 Escolha Múltipla; 
 Escolha Forçada; 
2. Reveja a amostragem de cada e avalie os prós e contras: 
1. Abertas 
“Como é que se transfere os desenhos para a manufatura?’ 
2. Escolha Múltipla 
Porque é que foi escolhido o atual sistema? 
( ) Reputação da Empresa 
( ) Custo 
( ) Suporte 
3. Escolha forçada: 
“Compraria novamente do seu atual fornecedor?” 
( ) Sim ( ) Não 
4. Pergunta escalonada: 
“Qual a importância do fator custo na seleção do seu fornecedor?” 
( ) Muito importante ( ) Algo importante 
( ) Importante ( ) Sem importância 
3. A intensidade da pergunta influencia a resposta. Utilize um meio termo em vez de 
extremismos. Por exemplo: 
“O tempo de resposta de seu fornecedor é melhor que pode esperar?” (Extremista). 
“O tempo de resposta de seu fornecedor é razoavelmente bom?” (Meio Termo). 
Cada uma da perguntas acima proporcionará uma resposta diferente. 
4. Escreva suas perguntas. Não se preocupe com a ordem. 
5. Reveja sua lista de perguntas para determinar a seqüência que devem ser feitas. Deverá 
iniciar com perguntas fáceis e colocar as perguntas mais importantes no meio, com as 
perguntas demográficas (tipo de negócio, nome, etc.) no fim. 
6. Teste o questionário usando uma situação real. Não use o questionário antes de ter sido 
testado. 
 Determine se a pessoa a responder está apta a faze-lo; 
 Determine se há razões para que a pergunta não possa ser respondida. 
7. Altere o questionário em função do teste. 
 
 
 
 
 
Coordenação de Educação a Distância EAD - AEDB 43 
ANEXO D 
GUIA PARA PESQUISA ATRAVES DO CORREIO 
1. Determine qual a população a ser abrangida. 
2. Obtenha endereços da população através de: 
 Revistas de especialidade; 
 Associações profissionais; 
3. Proporcione um incentivo para a obtenção de respostas: 
 Dinheiro; 
 Prêmio; 
 Cópia do resultado da pesquisa. 
4. Utilize as seguintes técnicas para aumentar o número de respostas: 
 Se a população for pequena, telefone antecipadamente e use o telefone para o 
seguimento futuro; 
 Personalize o envelope; 
 Utilize serviço postal de primeira classe; 
 Inclua uma carta devidamente assinada; 
 Faça o questionário fácil de responder e atrativo; 
 Anexe um envelope selado e com o seu endereço para que o questionário seja 
devolvido. 
Consulte o Anexo C para preparar o questionário. 
Coordenação de Educação a Distância EAD - AEDB 44 
ANEXO E 
GUIA PARA CONDUZIR ENTREVISTAS PESSOAIS 
1. Determine o contato apropriado investigando as seguintes fontes: 
 Fontes internas: 
 Empregados que trabalham na empresa; 
 Especialista de Qualidade / PRM; 
 Vendedores; 
 Administração de clientes. 
 Fontes externas: 
 Contatos pessoais; 
 Associações de trabalho. 
2. Antes de fazer o contato, informe o seu especialista de qualidade / PRM para determinar 
se outros contatos já foram efetuados. 
3. Antes de contatar a pessoa, prepare uma introdução, um resumo da finalidade do estudo 
(porque está fazendo) e porque escolheu essa pessoa como a de contato. Jogue no com o 
ego do contato para obter seu interesse. 
4. Faça contato e peça uma visita. Caso concorde, informe-os do que tem que preparar paraa visita. 
5. Antes de fazer a visita prepare um plano: 
 Determine os objetivos; 
 Reveja toda a informação sobre a empresa; 
 Prepare uma lista de perguntas a fazer; 
 Certifique-se de que as perguntas são pertinentes à obtenção do padrão; 
 Esteja preparado para responder porque está fazendo certas perguntas; 
 Prepare respostas sobre a empresa, sobre o mesmo questionário, e certifique-se a quais 
pode responder; 
 Se desejar troca de informações confidenciais, obtenha a devida autorização (Anexo B); 
6. Durante a visita deve: 
 Representar a sua pessoa e a empresa honestamente; 
 Declare claramente os seus objetivos; 
 Faça as perguntas apropriadas; 
 Evite discutir assuntos confidenciais, a menos que faça parte do seu plano; 
 Se for conveniente, convide a pessoa para visitar a empresa. 
 
 
 
 
 
Coordenação de Educação a Distância EAD - AEDB 45 
ANEXO F 
GUIA PARA PESQUISAS PELO TELEFONE 
1. Determine o objetivo apropriado; 
2. Obtenha números de telefone. Fique ciente de que a localização da pessoa certa a 
entrevistar pode levar horas, pelo telefone. 
3. Providencie um incentivo para que a pessoa concorde em ser entrevistada. Uma cópia 
dessa pesquisa pode ser um incentivo suficiente. 
4. Utilize as seguintes técnicas para aumentar as probabilidades de sucesso na entrevista: 
 Explique quem é você e porque está telefonando; 
 Torne suas perguntas interessantes; 
 Não demonstre ser um sabe tudo, seja humilde, aja como ingênuo; 
 Utilize perguntas que flutuam, que vá do geral ao específico, e passe gradualmente de 
uma matéria para outra; 
 Evite perguntas complexas. Se estas forem inevitáveis, usa-as em entrevista pessoal; 
5. Consulte o Anexo C para preparar o questionário. 
Coordenação de Educação a Distância EAD - AEDB 46 
ANEXO G 
GUIA PARA ENGENHARIA REVERSA 
1. Assegure-se de que o produto selecionado é adquirido na mesma configuração que 
melhor poderá responder às perguntas críticas, tais como: 
 Características / funções que se igualem a máquina desejada; 
 Qualidades superiores que necessitam ser avaliadas; 
 Qualidades superiores em produtos não competitivos. 
2. Assegure-se de que o plano de Engenharia Inversa inclui disposições para: 
 Aquisição de Hardware; 
 Obtenção de Documentação; 
 Utilização de Espaço de Laboratório; 
 Fotografias da máquina; 
 Medições e pré-desmantelamento; 
 Investigações detalhadas; 
 Raio X ou Teste Destrutivo; 
 Reconstrução da Máquina; 
3. Designar um ponto central para controle e comunicação do projeto. 
4. O custo de equipamento deve ser alocado a despesas e não a capital. 
5. Adquira o equipamento de um fornecedor local, que possa dar: 
 Garantia; 
 Documentação completa; 
 Acesso de comunicação com a equipe de manutenção; 
 Opções de preços e máquinas; 
 Bom serviço durante a instalação e desmontagem. 
6. Mantenha uma pessoa encarregada durante a desmontagem para assegurar de: 
 Acesso restrito e controlado à máquina; 
 Situação funcional por fase; 
 Controle de entrada e saída de componentes. 
7. Certifique-se de que cada componente é devidamente rotulado antes de transferido para 
outra área. Mantenha um controle de movimentação de componentes. 
Coordenação de Educação a Distância EAD - AEDB 47 
ANEXO H 
GUIA PARA VISITA A FÁBRICAS 
1. Ao fazer o contato inicial, informe o Gerente da Fábrica a razão da visita. 
2. Poderá ajudar a lembrar que, como concorrente, a troca de informações poderá trazer 
benefícios para ambos. 
3. Prepare uma agenda e obtenha a aprovação do Gerente da Fábrica antes da visita. 
4. É aconselhável que a visita à Fábrica seja efetuada por mais de uma pessoa. Determine o 
papel de cada um antecipadamente. Quem é o líder, quem fará as perguntas, etc. 
5. Troque cartões de visita. 
6. Durante a reunião antes da visita, faça perguntas e anotações. 
7. Durante a apresentação não faça anotações. Fixe os pontos chaves e faça anotações logo 
após a visita. 
8. Prepare-se para troca de informações, caso contrário, dará a impressão de ser um espião 
e o concorrente poderá não informar tudo que precisa-se saber. 
9. Use bem os olhos assim como os ouvidos. Nesse momento faça anotações mentalmente. 
10. Leve gravador, máquina fotográfica se autorizada, auxilia na obtenção de informação. 
11. Convite o gerente da Fabrica para visitar a sua Fábrica. 
Coordenação de Educação a Distância EAD - AEDB 48 
ANEXO I 
MODELO DA CARTA DE AGRADECIMENTO ENVIADA ÀS EMPRESAS 
 
Resende, ____ de ______________ de 200_. 
 
Nome da Empresa: 
 
A/C: 
Senhor ______________________________ (Funcionário que recepcionou sua empresa) 
 
Prezado Senhor: 
 
 Vimos pela presente, agradecer à solicitude e a atenção que nos foi dispensados, 
durante a nossa visita à empresa, com o objetivo de coletar informações sobre o método de 
trabalhos empregados por vocês, no que diz respeito à (Motivo da Visita). 
 
Atenciosamente 
 
Alunos do 1º ano de Engenharia da FER – AEDB. 
Atividades Propostas:
Volte para sua disciplina e participe do Fórum de "Metodologia Científica e Tecnológica" 
 
Anotações: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Coordenação de Educação a Distância EAD - AEDB 49 
5. - ENGENHARIA DE PROJETOS E MANUTENÇÃO 
 
5.1 - Projetos 
5.1.1 - Conceito 
Projeto é entendido como um conjunto de ações, executadas de forma coordenada por 
uma organização transitória, ao qual são alocados os insumos necessários para, em um dado 
prazo, alcançar um objetivo determinado. 
 
Um projeto é também um conjunto de atividades inter-relacionadas que tem por objetivo a 
execução de um produto, sistema, processo ou serviço. O projeto estabelece um conjunto de 
procedimentos e especificações que postos em prática, resultam em algo concreto ou em um 
conjunto de informações. Assim, o processo do projeto é a aplicação de uma metodologia de 
trabalho na resolução de problema. 
 
Figura 5.1.1-1 – Características do projeto 
 É um evento único; 
 Tem datas específicas para início e término; 
 Tem orçamento definido; 
 O escopo do trabalho é estabelecido por tarefas definidas; 
 O produto final é preciso; 
 Utiliza recursos. 
 
 
 
 
 
 
Coordenação de Educação a Distância EAD - AEDB 50 
5. - ENGENHARIA DE PROJETOS E MANUTENÇÃO 
 
5.1.2 - Exigências legais de projeto 
Qualquer projeto terá que ser elaborado em conformidade com códigos, leis ou normas 
pertinentes ao assunto e vigentes na esfera municipal, estadual ou federal. Embora exista 
hierarquia entre as três esferas, devemos considerar a prescrição mais exigente, que 
eventualmente pode não ser a do órgão de hierarquia superior. 
Ex. Obedecer a lei orgânica municipal para o projeto de uma determinada edificação. 
Os documentos legais a serem observados são: 
 NBR – 5984 – Norma Geral de Desenho Técnico; 
 Disposições da ABNT; 
 Códigos, Leis e Normas Municipais, Inclusive regulamentações de concessionárias; 
 Códigos, Leis e Normas Estaduais; 
 Códigos, Leis e Normas Federais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Coordenação de Educação a Distância EAD - AEDB 51 
5. - ENGENHARIA DE PROJETOS E MANUTENÇÃO 
 
5.1.3 - Etapas de projeto 
Os projetos são desenvolvidos basicamente em três etapas: Estudo preliminar; Projeto 
básico e Projeto executivo. 
5.1.3.1 - Estudo Preliminar 
É um estudo técnico efetuado para determinar a viabilidade de uma solução. Visa a 
análise e escolha, dentre as alternativas de solução a que melhor responde, técnica e 
economicamente, aos objetivos propostos. 
5.1.3.2 - Projeto Básico 
Definição técnica e dimensional da solução adotada, contendo a concepção clara e precisa 
do sistema proposto, bem como a indicação de todos os componentes, características e 
materiais a serem utilizados. 
5.1.3.3 - Projeto Executivo 
Definição de todos os detalhes construtivos ou executivos dos sistemas objeto do projeto e 
sua apresentação gráfica, de maneira a esclarecer perfeitamente

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